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dos planos
amorosos
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Breves Palavras
SUMÁRIO
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Breves
palavras...........................................................2
O lugar dos primeiros amores [Capítulo
1]................3
Já te contei essa história? [Capítulo
2].......................7
O Festival do dia dos namorados [Capítulo
3].........24
Lindsey e David [Capítulo
4].....................................28
Reencontros inesperados, despedida indesejada
[Capítulo
5]...............................................................35
O Festival do dia dos namorados Part. 2
[Final]......43
Inconstância, a paixão instantânea [Capítulo
6]......50
Amizade em vez de paixão [Capítulo
7]...................53
A fotografia da flor rosa [Capítulo
8].......................58
3
Porque você apareceu justo agora? [Capítulo 9]....66
Nem todo final é feliz [Capítulo
10].........................71
Capítulo 1
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intervalo na escola, alunos correndo, conversando e
as horas se passando. -"Ah nada não, vamos
encontrar com a Lindsey?” respondi quase que
imediatamente, não queria que Lucy lesse meus
devaneios que estavam a ser escritos. Fomos
encontrar Lindsey que estava conversando com seus
muitos amigos em uma mesa da cantina, ela era uma
menina popular sem dúvidas. Eu e Lucy queríamos
nos aproximar, mas a timidez das duas impedia
como um muro que impede prisioneiros de sair.
Esperamos até que algum sinal de interrupção da
conversa aparecesse, quase dando o horário de
encerramento do recreio. -"Ahh pensamos que ia
conversar aqui até as aulas começarem” exclamei
cansada de bisbilhotar atrás da árvore seca que só
um milagre faria a direção da escola derrubá-la. -"E
porque não vieram logo? Eu só estava com alguns
amigos aqui, vocês podiam se enturmar aqui”
-"Podia ser mas somos tímidas demais... Eu digo
por mim, queria ter muitos amigos como você mas
sou insegura demais” murmurou Lucy que se sentou
na cadeira em frente a mim. -"Pode até ser, Lucy,
mas se você se enturmasse um pouco, você teria
muitos amigos já que é uma ótima pessoa e a mais
fofinha que já vi, eles vão com certeza te adorar".
Lucy era bastante tímida, mas como em todas as
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coisas, há sempre um motivo. Muitos anos atrás
Lucy era cercada por amigos legais como
adolescentes normais, eles conversavam bastante e
se divertiam uns com os outros. Porém alguma coisa
tinha acontecido que até então era desconhecida, “O
que tinha acontecido?”.
Ahh~ O ensino médio, é como um grande ritual de
passagem, onde jovens passam pelos seus medos de
forma agressiva, recebe a pressão de todos os
lugares sobre seu futuro, as provas... Alguns podem
dizer que é o próprio inferno juvenil, mas nem tudo
é ruim, é ali que os primeiros amores surgem, ou os
segundos, terceiros e por ai vai. Fazemos muitos
amigos e superamos muitas coisas. Dizer de forma
extremista que a escola é ruim ou que só se ganha
nota pode não ser a melhor ideia, nem tudo na vida é
ruim. A escola é o lugar dos primeiros amores.
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Já te contei essa história?
Capítulo 2
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meu rosto e vejo de relance alguém, um movimento
quase involuntário me faz olhar diretamente a
pessoa. E então foi que meu coração começou a
bater mas rápido, minhas mãos suaram, e como nos
filmes, meu estômago parece que tinha mil
borboletas voando apressadamente. Podia ser
gases? Podia mas prefiro dizer que foi... enfim... Ele
estava de costas e eu...” hesitei um pouco e fiz uma
careta, interrompendo ela disse -"Você se apaixonou
pelas costas dele?! Isso é novo para mim olha
haha!”
-"Parece que sim né, mas deixa eu continuar, depois
que vi ele, não consegui tirar ele da minha cabeça,
mesmo não vendo o rosto dele, parecia que já o
conhecia há anos...” Lucy me contando era
interessante, sentia que precisa prestar atenção em
todos os detalhes, inédito -"Amy e Lucy , vamos
parar com a conversa, por favor?” A professora
Giovana não deixava nada passar quando o assunto
era conversar em aula, parecia um radar anti
conversas paralelas. Murmuramos mas sabíamos que
nós éramos as erradas então cuidamos de quietar e
assistir a aula, a história tinha que esperar.
Passando-se as horas, chega a hora mais esperada
pelos alunos menos espirituosos. -"A campainha já
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soou, vamos pra casa meninas?”, disse Catarina.
Catarina era uma colega minha próxima, uma pessoa
difícil de lidar, rodada por lendas e amores. -"Eu
ainda vou ter que ficar para ajeitar algumas coisas
sobre o clube com a Adriela, foi mal" -"Ahh tem
problema não, eu fico contigo!” -"Não, tá tudo bem,
eu vou mais tarde pode ir" Catarina era sem duvida
uma baita duma grudenta mas fazer o que, não é?
Uns minutos mais tarde depois da saída apressada de
Catarina vejo de longe Lucy e Lindsey tomando
água no bebedouro, vou atrás delas e falar que não
vou poder acompanhá-las. -" Aí meninas! Podem ir
na frente, vou só mais tarde, tenho assuntos com a
Adriela no clube” , Elas consentiram,
compreendiam que eu tinha assuntos para resolver e
então antes de as duas irem, Lucy diz: “Amanhã
continuamos a história, Amy!” , Lindsey faz uma
cara estranha e pergunta: -"Que história? Vocês
estão me excluindo? Beleza, pode deixar” ela
claramente ficou chateada então Lucy e eu cuidamos
de explicar, Lindsey entendeu e foi logo se
mostrando interessada na história, compartilhávamos
o mesmo interesse pelas histórias românticas
alheias.
Passado a noite, que por sinal se mostrou chuvosa e
uma sensação de frio fazia o sono ainda melhor, a
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hora de entrada na escola parecia a entrada de um
formigueiro, cheio de alunos quase mortos-vivos
temendo por sua sanidade em mais um dia quase
nada glorioso na escola. De repente, alguém me
surpreende com a seguinte notícia: “novato na sala
6” e logo me animo, não é todo dia que chega gente
nova na escola e como uma boa amante que sou,
rezei para que fosse “gato” e “cabeludin" como eu e
minhas amigas gostamos de chamar os caras que
estão em nossas preferências. Fui para a minha sala
ver o burburinho que com certeza estava tendo na
sala e para minha surpresa o menino era sim o que
eu esperava, as suas madeixas grandes e raspadas
nas laterais, algo como um lenhador mais ou menos.
Bem, isso até então não me chamou tanta atenção,
não mais do que a minha curiosidade da continuação
da história de Lucy e tratei de correr atrás das
meninas.
Elas estavam sentadas no mesmo lugar em que nos
sentamos todo dia, em uma mesa na cantina, ela
parecia que tinha nosso nome nelas, sempre
sentamos nela e todos sabiam. Eu cheguei, como
dizem, cheguei pegando o bonde andando. Lucy já
tinha contado até uma certa parte da história para
Lindsey, uma forma de ela estar à par de tudo. – “Eu
já estava em uma fase em que eu não conseguia
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mais acordar sem pensar nele e foi então que tomei
coragem de onde não tinha e...” –“Não creio, você
se declarou para ele? E o que ele respondeu?” –“
Na verdade eu não me declarei mas pedi ajuda para
os amigos deles que eram meus amigos, eles até
falaram com ele e tudo mas dava em nada" –“ Ahh
Que chato! E o que você fez?” –“ Ahh nada oras,
não sabia o que fazer nessas horas e foi então que
decidi eu mesma ir lá e me declarar!” –“ Até que
enfim né, quando é amor de verdade temos que se
declarar e...” Parei com a minha fala e percebi o
olhar da Lucy, sua expressão parecia algo como
“Ok, para, eu já sei que não era amor de verdade" e
então perguntei: “E ele, Lucy? O que aconteceu?”
–“ Bem... Nós até que namoramos e tudo mais... Só
que para ele, era só um namorico, uma “ficada".
Depois ele ficou distante e até que ele terminou
comigo...”. Eu e Lindsey nos olhamos e
perguntamos: “Qual o nome dele?” E ela
respondeu: “Jonathan"...
“O que fazer quando você depois de anos não tira
aquela pessoa da sua mente?”
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Felício, loiro com olhos azuis e sem dúvidas muito
desejado e como todas as garotas, Judith o olha e se
apaixona. Ela tinha medo de não ser suficiente para
ele, coisas de garotas jovens que se sentem
inseguras. E então ela tenta se aproximar dele e
consegue, ele disfere um sorriso e ela suspira de
amores. Todo dia ela chegava de sua caminhada e
se encontrava com ele, vivia falando como sempre
fazia e os dois conversavam sobre várias coisas,
cada vez se apaixonando mais e mais. Cada dia que
passava era algo diferente que eles falavam e
tagarela sempre Judith se fazia. Um dia ela soube
que ele era rico, que sua mãe havia morrido e que
seu pai tinha um cavalo branco. Judith era diferente
de todas as meninas, ela vivia falando e era
sorridente sempre. Naquele tempo as moças para
serem bem vistas tinham que ser recatadas, sem rir
muito alto ou falar demais... Outra garota que não
tirava os olhos de Felício era Gera, uma moça
arrogante que só pensava nela mesma. Gera
realmente gostava de Felício mas este não lhe dava
atenção desde que conheceu Judith. Mais um dia se
passa e Judith se apressa logo para ir até o bosque
para ver Felício. Chegando lá ela não o encontra e
depois de muito esperar, ela vai embora e no
caminho encontra Gera que a chama para um chá e
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Judith inocente foi, como Gera tinha um gênio
malicioso coloca uma poção no chá de Judith que
ao tomar não consegue mas falar uma palavra
sequer. Gera ri em felicidade por sua vitória quase
completa. Ela tramou um plano que parecia não ter
erro. Pediu à seu irmão Jeremy para ir até Judith
no mesmo momento em que Gera viesse com Felício
para um passeio e depois de um tempo implorando
para ele, Felício aceita já que não havia encontrado
Judith. Quando os dois passam, no momento exato
em que Jeremy ouviu o sinal de Gera, ele beija
Judith e então Felício vê a cena e não consegue
acreditar. Ele sai correndo em direção a sua casa e
pensa muito, Judith disfere um tapa em Jeremy e vai
em busca de seu amado. Ela o encontra mas a única
coisa que conseguia sair de sua boca eram ruídos
inaudíveis, Felício não entende e fala “Você é tão
tagarela, mas para se explicar não consegue falar
nada?” e então Judith chora. Notícias novas! Um
novo casamento está para surgir, mas é entre
Felício e Gera, e no dia do casamento, Judith não
aguenta e fica com uma febre que custava passar,
sua doença chega aos ouvidos de Felício e este se vê
culpado, mas Gera faz a cabeça dele e a raiva de
ser traído fala mais alto. Judith foge de casa e vai
para a montanha mais alta que pode encontrar, ela
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se achega no pico e com seu coração doendo de
tristeza, se joga e antes que ela tivesse chegado ao
chão, sai algo de seus lábios. Antes que Felício
dissesse “sim" correu para longe deixando Gera se
queimando em raiva. Felício foi para a parte do
bosque e lá chorou como uma criança, ele ouviu o
que Judith falou. “Eu te amo, Felício”
-"Nossa! Que história mais bonita, e triste ao
mesmo tempo!” -"Sim... E você pode me dizer o que
entendeu dessa história?” -“Que tomar chá de
alguma menina estranha pode dar ruim? Haha!”
Brincou, Lindsey –“Haha! Isso também mas há
outra coisa que quero que entenda, Judith perdeu
alguém que ela amava muito por qual motivo?”
–“Por não ter conseguido falar o que tinha
acontecido...” –“Exatamente , consegue entender o
que quero dizer? Às vezes, uma palavra colocada
errada ou até não dita pode ocasionar tudo isso”
-"Entendi, mais ou menos".
Depois de conversar bastante, acho que essa história
ainda tem coisas mal resolvidas.
Sempre que lia romances policiais, via algo em
comum que era o fato de sempre fazerem
“flashbacks" com lembranças do casal, algo
explicando como tudo ficou naquela situação e
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talvez se fizéssemos aquilo podia ser de ajuda.
-"Lucy me diz ai! Tinha alguma menina que vivia
grudada nele? Melhor amiga, talvez?” -"Ele falava
com várias mas ter melhor amiga não... Ele tinha
melhores amigos, você sabe quem são, o TJ e o
Arnold, viviam grudados". E então fui correndo
saber de algo. Pelo que entendi, eles sabiam de
coisas interessantes, que eles também não entendiam
o que havia acontecido com eles mas tinham uma
ideia, havia outro na jogada, um grupinho de amigos
de outra sala de Jonathan fizeram a cabeça dele. O
quase líder se chamava Rodolfo, ele secretamente
gostava de Lucy porém só se soube um tempo
depois.
O grupo, a mando de Rodolfo, falavam coisas
erradas de Lucy, que ela era uma biscate, ficava com
todos e só estava com ele por diversão e ela iria
humilhar ele assim como, mentirosamente, os outros
foram. Comecei a entender que assim como na
lenda, o principal erro foi a falta de comunicação,
Lucy não perguntou o que estava acontecendo como
ele ou pelo menos não teve forças para ir atrás e dele
por não tirar satisfação com ela.
E o final da história se repete, é tarde demais...
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“Ou será que não?”...
-"Ah sim, mas nem sei quem você é moça. Mas pode
me dizer quem é essa amiga?”
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-“Você já vai descobrir. Enfim, você pode me dizer
o que sabe de um tal de Rodolfo? Um amigo seu e
tal"
-"Ah sim, acho que já entendi. Ele era o meu melhor
amigo, algumas coisas aconteceram e nos
distanciamos, na época da escola ele e eu não
desgrudávamos.”
-"E você na época tinha uma namorada, certo?”
-"Espera aí, como ficou sabendo da Lucy. Ah já sei,
você veio aqui porque ela pediu, certo?”
-"Na verdade, ela me contou que namorou você, e
que do nada ficou estranho com ela e eu queria
saber o porquê. Você sabia que Rodolfo gostava
dela?”
-"Ele era meu amigo, as pessoas falavam que
gostava mas eu acreditei nele, que dizia que não e
tudo mais"
-"Todos os seus amigos falavam que ele gostava,
isso não era um pouco suspeito? Fiquei sabendo
que depois que vocês terminaram ele foi atrás dela
mas ela ainda gostava muito de você”
-"O que? Para de falar mentiras! Rodolfo nunca
faria isso”
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-"E se eu te mostrasse, ou melhor, provasse que ele
fez mesmo isso, você acreditaria?”
-"Pode apostar que sim”
-"Nos falamos mais tarde, tchau"
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-"Que traíra, acho que fui muito injusto com a
Lucy...”
-"Que bom que percebe isso, vou te mandar o
número dela, talvez você consiga explicar tudo...”
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O Festival do dia dos
namorados
Capítulo 3 [Part.1]
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Depois que tudo aconteceu, Lucy voltou a ser mais
sociável. Tudo aquilo, das pessoas falando por trás
dela e o Jonathan, fez com que ela ficasse mais na
dela e tudo mais. A vida escolar estava cada vez
mais puxada. Provas quase toda semana, tarefas e
isso tudo ainda no primeiro ano.
Foi então que soubemos da professora Loren que
iriamos ter uma surpresa. -"Alunos! Silêncio! Vou
anunciar a surpresa que havia mencionado para
vocês semana passada!” -"O que será? Talvez seja
uma excursão no teatro?” exclamei, pensando ser
algo grande -"Que nada! Deve ser pizza e
refrigerante na merenda!”, falou Lucy já pensando
nos pedaços que ia comer. –“Será um festival, em
comemoração ao dia dos namorados. Não será algo
grande, é apenas para os alunos descansarem um
pouco depois de todas essas tarefas e provas, a
direção me autorizou essa tarefa. E pensei já em
tudo!”. Um festiva comemorando o dia dos
namorados? Não é normal, mas pareceu divertido e
sempre fui muito ligada em fazer meu melhor em
cada festival que a escola nos proporciona.
-“Vai funcionar assim: teremos barracas, um jurado
do rei e da rainha mais bonitos e apaixonados, além
de um microfone para recitar cartas de amor dos
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apaixonados e enfim, toda a escola vai
participar !”. Fiquei em choque, essa era minha
chance de fazer o que sei fazer de melhor! Unir
casais! -"Ahh não, já sei o que quer dizer essa cara!
Você vai montar uma barraca que ajuda casais não
é?”, murmurou Monique, outra amiga nossa, não tão
próxima, mas que não deixava de participar das
nossas palhaçadas e que há uns tempos antes havia
sido conquistada pelo Cauê, outro amigo nosso que
foi novato. Assim que ele viu a Monique, senti no
olhar dele o interesse e tratei logo de dar uma
mãozinha, claro que só a química dos dois era
suficiente, mas às vezes é bom ajudar. –“ É isso aí!
Vou fazer isto que adivinhou, vai ser um estouro!”.
-"Nós temos duas semanas para aprontar tudo isso!
Se apressem!” exclamou a professora em toda a sua
gloriosa ansiedade.
Todos estavam naquela pressa de terminar tudo a
tempo e as provas dos professores menos
espirituosos acabavam por competir com o festival a
nossa concentração e devoção. Na primeira semana
alguns alunos estavam passando para receber nomes
de inscritos no concurso do rei e rainha da paixão,
nada que tivesse minha atenção. Focada na produção
da barraca recebi ajuda das amigas. –“Você pode
pegar a fita para mim por favor?”, perguntou Lucy
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para Lindsey. -"Meninas, está quase pronto, ficou
muito bonito, acho que vai chamar atenção tudo
isso" -"Assim esperamos. Ahh conseguiu o caderno
para anotações, Amy?” -"Vou anotar naquele
caderninho" -"Naquele dos planos da Lucy?”
-"Esse mesmo! Resolvi tirar tudo que for útil e
colocar no caderno, quem sabe teremos outras
oportunidades de colocar a banca, haha!” -"Nem
morta que eu uso esses vestidinhos rosas com
asinhas de anjo, aff!”, todas riram com a piada da
Lindsey.
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Lindsey e David
Capítulo 4
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E teve o David, o carinha que mexeu com alguma
coisa naquela cabeça piradinha da Lindsey.
Muita coisa tinha acontecido, conhecemos também
alguém por quem compartilharíamos uma antipatia ,
por nome Ashley, menina sonsa e falsa não havia.
-"Oi amigas, que tal fazermos o trabalho de Física
juntas?” –“ Não, obrigada, faremos Amy, Lucy e
eu" – “Se vocês insistem...” . Ashley saiu depois do
fora que demos nela e foi fazer com outras garotas
do final da sala. – “Ahh que menina mais
irritante...” -Sim... eu que diga, falsa...”
Mas claro, havia um motivo para não gostarmos
dela. Um dia, Lindsey estava passeando pelos
corredores e conhece ninguém menos que David, um
rapaz sorridente, cheio de amigos, amigos esses que
apresentaram ele para a Lindsey. Eles se falavam de
vez em quando nos corredores e com o passar do
tempo Lindsey e David começaram a ser mais que
amigos. Sim, eles estavam de “ficância".
- “Então quer dizer que a senhorita está apaixonada
por um tal de David e ainda não falou para suas
amigas, é? – “Eu falei sim dele, vocês que não
ouviram!” – “Haha! Mas tem graça olha, você só
falou que vocês eram amigos e que estavam se
falando, nada de algo sério. Aliás, isso é bem sua
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cara né? Mistério...”. – “Haha, verdade, mano. Mas
então já que você e Lucy sabem, não preciso dizer
mais nada” – “Vai bem pensando, pode sentar e
contar tudo amada! Lucy! Vem aqui!”
Apesar dessa história naquela época ser mais secreta
que idade da minha tia, ela acabou por parar nos
ouvidos de Ashley. David e Lindsey passaram vários
dias se falando, os 15 minutos inteiros da merenda.
Eu e Lucy sabíamos que Lindsey não era assim,
parecia ser amor mesmo cara. E então, ele tomou a
iniciativa, sim senhores, ele pediu ela em namoro e
sua resposta não dia causar mais espanto.
- “Que? Ele te pediu em namoro e você disse o
que?” – “Uê, nada, eu deixei ele no vácuo, não
sabia o que responder, então até agora ele está
esperando uma resposta e... – “Amada? Para que
isso tudo? Você não gosta dele? Então cai dentro !”
exclamei, assustada, até porque nas histórias que li,
o casal sempre acaba em namoro. Foi então que
Lucy apareceu e depois de ter ouvido a resposta da
Lindsey, teve a mesma reação que eu. – “Mas você
não gosta dele? Isso é demais para mim, e eu
achando aqui que era a complicada haha!” – “Que
isso, se acalmem, eu só ainda não falei com ele,
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prometo que vou falar com ele assim que tiver uma
resposta"
Porém, essa resposta nunca saiu da boca dela, e
víamos quando ele terminava de falar com ela,
saindo contrariado.
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- "Ahh, tô cansado de ouvir isso, fui, me esquece,
Lindsey"
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“Você esqueceria de alguém por uma amizade
forte por alguém? Ou mesmo preferisse a
felicidade de seu amigo ao invés da sua?”
Reencontros inesperados,
despedidas indesejadas
Capítulo 5
33
- “Sentem-se, alunos! Trago-lhes boas notícias,
teremos um aluno novo” – “Uau, essa escola está
sendo bastante requisitada! Espero que seja um
garoto, bonito e que seja...” – “Cabeludin?”,
continuou Lucy, com um sorriso malicioso, nós
compartilhávamos do mesmo gosto para garotos.
-"Esse aqui é Travor, seu novo colega”. Naquele
momento eu parei, travei como uma máquina velha
quebrada. Não pode ser, ele de novo? –“Pode se
apresentar, Travor!”. Como isso é possível? Eu não
vejo ele há anos... – “Aconteceu alguma coisa,
Amy?”, perguntou Lindsey, naquele momento.
-"Na verdade aconteceu sim, esse novato... Eu já
conhecia ele...” – “O que? Como assim? Me conta
isso direito"
“Um amor que perdura por anos, 4 para ser mais
exata...”
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“As pessoas são apaixonadas pelo sentimento de
gostar de outra pessoa, e não pela própria pessoa.
A sensação de amar alguém é tão surpreendente e
emocionante, que às vezes estar apaixonado é mais
satisfatório do que estar namorando.”
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turbilhão de pensamentos e sentimentos na minha
mente, não conseguia me concentrar em nada.
- “Lucy? Oi amiguinha... É verdade que você vai
viajar? Para bem longe?” – “É verdade sim...
Minha mãe está pensando em se mudar para longe,
problemas mais pessoais sabe? – “E ela? Continua
preferindo sua irmã?” – “Sim, mas tudo bem, eu
não vou ficar lá para sempre, vou voltar para visitar
vocês...” – “Assim espero...”
Lucy estava combatendo suas batalhas internas e
externas. Sua mãe era uma mulher difícil, seu pai
havia fugido de casa. Agora eram apenas elas: Sua
mãe Gisele, Lucy e sua irmã mequetrefe Pamela.
Pamela era a irmã mas velha, fazia faculdade e
estava desempregada na época, fazia tudo o que
queria, namorados, festas, bebidas e mordomia,
enquanto Lucy era a “ovelha negra" segundo as
duas. A casa vivia em brigas constantes e isso
deixava Lucy ainda mais triste, a fuga de seu pai,
sua mãe doente, e a irmã que nunca estava presente.
Lucy era muito fofa para acontecer isso tudo,
conversávamos muito, houveram dias de tristeza,
coisas que a deixavam triste e cabisbaixa e outrora
haviam momentos mais felizes. Talvez tudo o que
ela passou tenha sido apenas para deixá-la forte o
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bastante. Eu sabia apenas o que ela me contava, ou o
que eu via acontecer.
Assim como eu e Lindsey, ela tinha muitos
“crushs”, houve o Flaviano, o Marciones, o
Wilbiner, O Bagner e ainda nosso amigo Doug, mas
nenhum eles fez ela esquecer o Jonathan...
- “Tchau, Lucinha, nos veremos algum dia...”
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O festival do dia dos
namorados
Part. 2
42
foi de uma menina do 3° ano, ela estava em dúvida
sobre dois rapazes, um era “bad-boy”, não dava o
devido valor para ela, as amigas dela diziam para ela
deixar ele mas ela gostava muito dele e tinha outro
que gostava dela, mas ele era apenas amigo, todos a
sua volta torciam para ela e ele ficarem juntos. Ou
seja, um dilema, “eu fico com o cara que me
maltrata mas que eu gosto ou com o que é perfeito
para mim mas é apenas meu amigo?”. Eu disse que
a autoestima era tudo e que ela precisava focar mais
nela e depois ver quem realmente era a melhor
opção e que não existiam apenas aqueles garotos no
mundo, existam vários e que ela podia ter qualquer
um. Outro cliente veio e me disse que gostava da
Lindsey, ele esperou um momento em que ela fosse
beber água, eu disse que ele precisava ter bom papo,
ser ele mesmo e claro, chegar nela sem medo. E
vieram casos e mais casos. Fechamos a banca por
um tempo e fomos aproveitar o festival. Fomos até
as comidas, votamos para os ganhadores do
concurso Rei e Rainha Apaixonados, e por fim
fomos na banca das cartinhas do amor, e por um
segundo cogitei em mandar uma para Travor, mas
isso era estranho demais... – “Você vai mandar uma
carta para Travor!” – “Que?! Mas...” – “Aqui! Me
dê uma cartinha e uma caneta por favor!”. Ela
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realmente queria que eu escrevesse, e mesmo que eu
aceitasse escrever, o que escreveria? Isso estava fora
de questão. Ela me convenceu a escrever, falou que
mesmo que ele não aceitasse ou percebesse quem
era, eu pelo menos tentei e tudo mais. Eu fui na
onda, e então escrevi:
“Talvez você nem se lembre de mim, mas eu me
lembro de você. Aceite meus sentimentos, eu nunca
tirei você da minha cabeça. Desde que estudei
fórmula de baskara, só consigo pensar no Delta¹”
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Delta¹: apelido de Travor, na minha época eu e
Lindsey dávamos nomes engraçados para disfarçar o
nome dos nossos paqueras, assim ninguém
adivinhava quem eram.
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hora naquela pessoa. Não pude retribuir os
sentimentos. Somos amigos até hoje.
“Ter os sentimentos de alguém é uma
responsabilidade muito grande. Você tem medo de
magoar a pessoa, tem receio de elogiar demais, de
iludir a pessoa. Enfim, isso é apenas para os
fortes...”
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Inconstância, a paixão
instantânea
Capítulo 6
49
Garota pós garota
Me sinto tão idiota
Por todos esses anos arrependida
Sentir que não sou correspondida
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gostava de anime e jogos como eu. Ela e eu nos
conhecemos na época em que Lindsey ainda não era
minha amiga. Formamos um clube para fãs de
cultura japonesa, os Otasuki, tempo bom esse em
que podíamos fazer otakisse que quisermos. Nesse
mesmo tempo, conhecemos um carinha chamado
Matt, uma abreviação de Mattwes. Eu chamava ele
de “O cara do cavanhaque”, ele mandava bem em
deixar o cavanhaque dele bacana. Logo que vi
Adriela e Matt juntos, senti aquela química de tirar o
fôlego, aquela que só quem está fora consegue
sentir. Estava ocupando minha mente em provas, em
ajudar Adriela e Matt a ficarem juntos e a Lindsey
me ajudando com o Travor. Matt sempre perguntava
por Adriela, pelo visto ele quem se apaixonou
primeiro.
Eu não precisei ajudar ninguém, eles se firmaram
sozinhos. Soube por meio de Matt que ele quem
pediu primeiro.
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- “Que? Mas que ótimo, estava torcendo por vocês e
claro, como a enxerida que sou, ia ajudar os dois a
ficarem juntos, porém o destino uniu logo, hehe”
- “Pois é, eu quem pediu primeiro. Ela de imediato
não aceitou e então pedi para ela ir em um jantar. Os
pais dela foram juntos, olha que interessante? Então,
fui logo contando minhas intenções com ela e eles
até que aceitaram. Tudo estava conspirando para nós
ficarmos juntos, só que...”
- “Só que...?”
- “Ela estava em um dilema, sabe? A religião dela
não permite essas coisas de namoro. A família dela
era aquelas tradicionais. Então conversamos bastante
e perguntei se ela gostava de mim mesmo. E ela
disse que sim. E só precisei disso para continuar.
Chamei o pai e a mãe dela para voltar a lembrar de
minhas intenções e que compreendo os costumes da
religião. E agora estamos juntos...”
- “Que bom! Fico feliz por vocês. Espero ser a
madrinha do casamento, hein? Haha!”
E então nos dias de hoje eles estão bem, converso
com eles dois até hoje. Até que enfim uma história
que teve um final decente.
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“Fique feliz por seus amigos que encontraram
alguém especial. Amigos especiais merecem
amigos especial.”
Capítulo 8
55
Muito tempo havia se passado desde aqueles
acontecimentos. Eu tinha mudado de escola, arrumei
novos amigos. Léo era um moreno sapeca que
adorava dizer que ficava com todas, Milena, ou
Milly para os mais chegados, ela era daquelas
amigas que quando uma precisa ela vai lá e ajuda, e
já me ajudou muitas vezes. Teve também a
Raimunda, calma e serena, sempre quieta. O Carlos
e Augusto, dois bobões que não se entendiam muito,
sempre brigando mas eram amigos grudados, até se
envolveram um a mesma garota, coisa de louco.
Teve o punk Guilherme mas ele gostava que
chamassem ele de Jack, ou algo parecido. Entre
outros que conheci. Conheci também o Dominique,
um cara esperto, ele estava no 3° ano e queria fazer a
faculdade de psicologia. Sempre depois da hora da
saída reuníamos a rapaziada para ficar discutindo
assuntos polêmicos como Feminismo, Política,
Teorias da conspiração e por aí vai.
Até que ficamos quase amigos, ele era um carinha
engraçado e então chamei ele para conversar nesses
aplicativos de conversas instantâneas.
- “Oi! Sou eu a Amy, lá da escola...”
- “Ahh Oi! E aí?”
- “Anda fazendo o que de bom?”
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- “Tomando um suco amarelo e pelo que me conta
parece ser de maracujá?”
- “Como assim parece? Ele não tem gosto de
maracujá?”
- “Ele está doce demais para eu sentir gosto algum"
- “Que viagem, cara! Haha!”
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“A coragem é uma dádiva que se consegue com o
tempo, aqueles que a tem são fortes e mesmo com a
possibilidade de serem rejeitados, vão lá. É como
dizem: Você já tem o não, vamos atrás do sim,
certo?”
Dominique e Anabela
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Amy volta para seu reino, triste mas entendendo que
fez alguém feliz. Indo para seu castelo, encontra
Donatelo.
E depois começam sua história romântica, e como
acabou? Sim! Temos um final feliz!
Capítulo 9
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Estava no começo do ano. Todo mundo se
conhecendo e reencontrando seus amigos. Mas
dentre tudo isso, eu vejo algo que me tirou o fôlego.
- “Ele de novo? Não pode ser...”
- “Ele quem, Amy?”
- “Travor...”
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que ficou sem reação? Que fofa... E pode esperar,
ele veio só pra te pedir em namoro”
- “Que? Está maluca? Ele nem se lembra de mim
sequer...”
- “Ele se lembra sim! Se lembra daquele dia na casa
dele? Eu escrevi seu nome errado e ele consertou, é
claro que aí tem, amiga!”
- “Sei não, eu vou fazer o que você me disse, vou
agir normalmente...”
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Sim, ele veio pedir para ser do meu grupo de teatro,
isso não quer dizer nada, mas para alguém como eu,
que não tem noção de nada, valeu como um gatilho
para voltar a sentir algo. E desde então eu fui
vivendo como sempre vivi, fazendo macacada com
os amigos, esforçada nos estudos... Mas sempre
observando ele de longe... Ficamos no mesmo grupo
no cursinho de Marketing, conversamos como
colegas e é isso. Augusto me falava que ele me
olhava de longe mas isso era para mim sempre
implicância por ele saber meu histórico apaixonado
por um certo alguém.
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amigas levaremos até o fim dos tempos (falo por
mim, claro)
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