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15/05/2021 Boletim Letras 360º #427

LETRAS IN.VERSO E RE.VERSO INSCREVER-SE

LETRAS IN.VERSO E RE.VERSO INSCREVER-SE

Literatura e entretenimento

Boletim Letras 360º #427


- maio 15, 2021

DO EDITOR
 
1. Caro leitor, esta foi uma semana atípica, das que acontecem uma ou duas vezes
por ano no calendário de novidades literárias. Se acompanha nossa conta no
Facebook, viu isso.

2. Com tanta coisa, cou decidido dividir as informações entre duas edições do
Boletim Letras 360º: o material total resultaria mais de vinte páginas em arquivo
Word. Então, a seguir, está parte das notícias apresentadas durante a semana na
página do blog no Facebook e o conteúdo das demais seções de leitura criadas em
momento posterior à existência deste Boletim.

3. Se a curiosidade não permitir esperar o próximo sábado para o restante das


notícias e se estiver na referida rede social, o convite é feito para acompanhar o
Letras aqui. A garantia é certa: se gosta de livros, saber sobre livros, não se
arrependerá.

4. Reitero os agradecimentos pela companhia do nosso trabalho. Boas leituras!

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LETRAS IN.VERSO E RE.VERSO INSCREVER-SE

Julio Cortázar. Foto: Ulf Andersen.

 
LANÇAMENTOS

Pela primeira vez no Brasil, todos os contos do autor argentino, reunidos em dois
volumes com capa dura, numa caixa com projeto grá co especial.
 
“A verdadeira revolução de Cortázar está nos contos. Neles, Cortázar não
experimentou: ele encontrou, descobriu, criou algo que não perece”, anotou o
escritor Mario Vargas Llosa. Com novas traduções de Heloisa Jahn e Josely Vianna
Baptista, uma edição com os contos completos de Julio Cortázar chega pela primeira
vez ao leitor brasileiro. Considerado um dos autores mais inventivos do século XX,
Cortázar modi cou para sempre o gênero e escreveu clássicos como “Casa tomada”,
“A autoestrada do sul”, “Carta a uma senhorita em Paris”, “Continuidade dos
parques”, “As babas do diabo”, “A ilha ao meio-dia”, entre muitos outros. A edição
Todos os contos, em dois volumes com capa dura e mais de 1200 páginas, vem
numa caixa com projeto especial de Elaine Ramos. Bestiário, Todos os fogos o fogo,
As armas secretas, Octaedro, Fim do jogo, Histórias de cronópios e de famas, todos
os livros fundamentais de Cortázar estão aqui. A edição conta ainda com os dois
célebres ensaios do autor sobre a escrita de contos, “Alguns aspectos do conto”, de
1963, e “Do conto breve e seus arredores”, de 1969, além de um estudo do crítico
argentino Jaime Alazraki sobre o Cortázar contista.
 
Primeiro dos três volumes das Obras completas de Rabelais em nova tradução.
 
Organizadas e vertidas ao português pelo premiado tradutor e poeta  Guilherme
Gontijo Flores, este livro reúne os romances Pantagruel (1532) e Gargântua (1534),
as criações mais conhecidas do genial escritor renascentista francês François Rabelais
(1483?-1553), que colocaram o autor, segundo Mikhail Bakhtin, num lugar na
história da literatura “ao lado de Dante, Boccaccio, Shakespeare e Cervantes”.  As
aventuras dos gigantes beberrões Gargântua e Pantagruel, pai e lho, e suas
peripécias em Paris e outros locais reais e imaginários, são um dos pontos altos da
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cção humorística ocidental. Alternando com extrema liberdade os registros popular
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e erudito, e se utilizando da picardia, do grotesco e do escatológico para satirizar a
pompa dos poderosos, Rabelais antecipou recursos estilísticos que só apareceriam
séculos depois na prosa moderna. Completam o volume cerca de 120 ilustrações de

Gustave Doré, selecionadas a partir das edições de 1854 e 1873 da obra de Rabelais.
O livro é publicado pela Editora 34.
 
O autor de Barba ensopada de sangue, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura,
nos traz um livro marcante, que foge dos padrões da literatura atual.
 
As três histórias reunidas neste volume vão do passado recente ao futuro distante, e
falam de expectativas e perdas, e de como reconstruir a vida a partir de nossos
próprios erros. Daniel Galera expande as possibilidades da literatura nas três novelas
reunidas neste livro. Em O deus das avencas, que abre este volume, um casal se fecha
em casa à espera do nascimento do primeiro lho, e mergulha numa incerteza
crescente, tanto pelo destino deles quanto pelos rumos do país. Em “Tóquio”, Galera
abandona a narrativa mais realista ao retratar a vida de um homem solitário,
obrigado a enfrentar o passado em um mundo que atravessou um desastre ambiental
e tecnológico. E, por m, em “Bugônia”, ele dá um passo além ao recriar a história
de uma comunidade pós-apocalíptica em simbiose com a natureza, que, pressionada
pelas ameaças externas de um planeta devastado, precisa se transformar de forma
radical. O deus das avencas  é um livro especulativo e por vezes sombrio, mas
extremamente humano.
 
O terceiro volume dos diários de Ricardo Piglia.
 
O pânico de viver sob uma ditadura. As dúvidas sobre ser ou não um intelectual
público. As amizades literárias e os amores. O triunfo com a publicação de
Respiração arti cial, sua obra-prima. O envelhecimento e a doença. Aqui, como nos
dois volumes anteriores dos diários de Emilio Renzi, alter ego do autor, é possível
montar uma cartogra a pessoal de Piglia por meio das aventuras da vida íntima,
cafés, quartos de hotel. E, sempre, o chamado da escrita. Com tradução de Sérgio
Molina, Um dia na vida. Os diários de Emilio Renzi é publicado pela editora
Todavia.
 
Quarto livro de uma das vozes mais extraordinárias da poesia contemporânea.
 
A poesia de Ana Martins Marques atesta que as palavras são capazes de tudo: de
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absorver o que está ao redor — na tentativa de compreender o mundo —, mas,


LETRAS IN.VERSO
sobretudo, E RE.VERSO
de criar novos
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mundos. Em seus versos, que nascem da observação e da
curiosidade, a linguagem às vezes serve para pensar. Outras vezes, as palavras são
deixadas de lado e dão lugar a um “buraco/ cheio de silêncio”. E então a poeta

conclui: “um poema não é mais/ do que uma pedra que grita”. Em Risque esta
palavra, uma das vozes mais celebradas da literatura hoje cria uma espécie de
inventário de experiências afetivas. Com clareza, inquietação e extrema habilidade,
Ana Martins Marques mapeia os encontros e desencontros, a paixão e o luto, e prova
que “quase só de palavras/ se faz o amor”.
 
Neste livro, Levy explora os limites da imaginação humana e embaralha de forma
magistral as noções políticas e sexuais para revelar o mundo em toda a sua amplitude.
 
Em 1988, o historiador Saul Adler é convidado a viajar à Alemanha Oriental. Ele
cará hospedado na casa de seu tradutor e pretende dar à irmã dele — fã dos Beatles
— uma foto atravessando a Abbey Road. Enquanto aguarda para ser retratado, é
atropelado, e o acidente mudará o rumo de sua vida. Neste livro, Levy explora os
limites da imaginação humana e embaralha de forma magistral as noções políticas e
sexuais para revelar o mundo em toda a sua amplitude. O homem que viu tudo, de
Deborah Levy é traduzido por Ana Ban e publicado pela editora Todavia.
 
Nenhum romance do século XX teve maior in uência do que 1984. Essa é a tese do
autor de O Ministério da Verdade, primeiro livro a examinar completamente a
origem e o legado da obra-prima de George Orwell.
 
Quando 1984 foi publicado no Reino Unido, em 8 de junho de 1949, um crítico
perguntou se um romance tão oportuno naquele momento teria a possibilidade de
exercer a mesma in uência nas gerações seguintes. Hoje, é praticamente impossível
falar sobre propaganda, vigilância, autoritarismo ou fake news sem fazer referência à
obra-prima de George Orwell. Em O ministério da verdade, o crítico britânico
Dorian Lynskey remonta a gênese de 1984 e investiga o alcance do romance na
nossa cultura. Além de expressões que se tornaram corriqueiras como “Big Brother”,
“Polícia das Ideias”, “duplipensar”, “pensamento-crime” e “Novafala”, Lynskey nos
mostra como o romance inspirou lmes, séries de TV, peças de teatro, óperas, o
álbum Diamond Dogs, de David Bowie, os livros O conto da aia, de Margaret
Atwood, e V de Vingança, de Alan Moore e David Lloyd, o lme Brazil, de Terry
Gilliam, entre outras obras. De modo acessível e informativo, o autor a rma a
grandeza duradoura do romance de Orwell. Um guia fundamental para o livro mais
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emblemático do mundo contemporâneo. A tradução é Claudio Alves Marcondes e é


LETRASpela
publicada IN.VERSO E RE.VERSO
Companhia das Letras.
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Uma biogra a sobre Euclides da Cunha.

 
Euclides da Cunha viveu apenas 43 anos, mas foi militar, engenheiro, jornalista,
cientista, literato e cartógrafo. E a despeito da abundância de fontes, alguns episódios
de sua vida continuam pouco conhecidos, como a expedição à Amazônia e a
passagem pelo Itamaraty. Euclides da Cunha. Um  biogra a, de Luís Cláudio
Villafañe G. Santos  traz ainda novas interpretações para eventos conhecidos,
sublinhando contradições entre o discurso e os fatos. Nunca para diminuir o
personagem, e sim para realçar sua profunda humanidade.
 
Um dos principais romances da literatura mundial chega à Penguin-Companhia
com nova tradução e aparatos. A exploração inquietante do desejo humano que se
contrapõe às expectativas do mundo faz deste livro um clássico incontornável.
 
Obra-chave do romantismo alemão, este relato epistolar e autobiográ co de Goethe
alcançou sucesso imediato de público logo após sua publicação, em 1774, e
continuou in uenciando escritores de diversas gerações — de Mary Shelley a
Thomas Mann. Visitando uma idílica vila alemã, Werther conhece e se apaixona
pela doce Charlotte. Embora saiba que ela vai se casar com outro, ele é incapaz de
subjugar sua paixão, que o atormenta ao ponto do desespero. A exploração de
Goethe da mente de um artista em con ito com a sociedade e mal equipado para
lidar com a vida é uma das mais pungentes narrativas romanescas da tragédia
humana. Comovente e intimista, Os sofrimentos do jovem Werther continua atual.
Sem renunciar a uma escrita uida, Goethe traz para o centro do romance o eterno
con ito entre homem e mundo, fazendo deste livro um dos maiores clássicos da
literatura mundial. A tradução e notas são de Mauricio Mendonça Cardozo e o livro
tem introdução de Michael Hulse.
 
Um romance sobre a vida nas celas subterrâneas do centro de tortura de Istambul.
 
Istambul Istambul  é a história de quatro prisioneiros que convivem nas celas
subterrâneas do centro de tortura de Istambul. A história é narrada ao longo de dez
capítulos, dez dias na vida dessas pessoas. Elas compartilham episódios e suportam sua
condição criando um universo paralelo de fantasia e recordação. O tempo aqui é
dividido entre o tempo subterrâneo e o tempo lá de cima, e a narrativa se desloca do
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interior da cela para a superfície, de uma Istambul oculta para uma Istambul de
LETRAS
cartão IN.VERSO
postal. E RE.VERSO
Mas as duas
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são, a nal, uma única e mesma realidade. O romance de
Burhan Sönmez tem tradução de Tânia Ganho e é publicado pela editora Tabla.
 

Alice Walker em revista às bases de sua identidade e pensamento.


 
Primeira mulher afro-americana a receber o prestigioso prêmio Pulitzer de cção,
Alice Walker também foi pioneira ao tratar de diversos temas da cultura negra dos
Estados Unidos. Ainda nos anos 1970, abordou pela primeira vez questões raciais
como o colorismo, e passou a defender um ponto de vista mulherista, termo
reivindicado pelo feminismo negro para expressar as particularidades de suas lutas.
Filha de trabalhadores rurais, Alice Walker experimentou a violência da segregação
racial e as di culdades de ser uma mulher negra no Sul do país, contexto que
incorporou em seu romance A cor púrpura e que está presente em vários ensaios
deste livro. Entre perspectivas pessoais e políticas, a autora nos convida a
acompanhá-la na busca da própria identidade e das referências afro-americanas,
muitas delas apagadas pela história. Seguindo-a nesse caminho, nos deparamos com
Zora Neale Hurston, Martin Luther King, Phillis Wheatley, e chegamos ao jardim
de uma casa modesta na Geórgia. Lá, em meio a uma rotina sem descanso, sua mãe
encontrou a porção diária de vida cultivando dedicadamente suas ores — e Alice
Walker, o sentido desse legado materno. Com tradução de Stephanie Borges e
posfácio Rosane Borges Em busca do jardim de nossas mães é publicado pela editora
Bazar do Tempo.
 
Novo romance de Bae Su-ah chega aos leitores brasileiros.
 
Neste romance de uma das vozes mais originais e ousadas da nova literatura sul-
coreana, o leitor embarca em uma jornada onírica por uma Seul densa e misteriosa.
Após perder seu emprego em um teatro para cegos, a atriz Ayami vaga pelas ruas à
procura de uma professora desaparecida enquanto a realidade parece pouco a pouco
se desfazer, e elementos enigmáticos ressurgem em outros locais, quando o livro nos
conduz à ensolarada Valparaíso. Noite e dia desconhecidos remete aos melhores
lmes de David Lynch e Kim Ki-Duk ao oferecer um quebra-cabeças surreal que
ecoará em nosso pensamento — consciente e inconsciente — por muito tempo. Com
tradução de Hyo Jeong Sung, o livro é publicado pela DBA Editora.
 
Um dos maiores nomes do modernismo no Brasil, gura tão genial quanto trágica,
ganha primeira biogra a de vulto.
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ALETRAS
obra de IN.VERSO
Alberto da E RE.VERSO INSCREVER-SE
Veiga Guignard — em especial suas paisagens de Minas, as
reais e as imaginárias — é um dos pontos altos do modernismo no Brasil. A sólida
formação europeia, conquistada ao longo dos anos entre Alemanha, França e Suíça, e

o lirismo de suas pinturas destacavam o artista de seus pares. Sua vida, porém, foi
marcada pela instabilidade e a solidão.  Portador de uma deformidade no rosto que
afetou suas relações sociais desde a mais tenra idade, o “anjo mutilado” — como o
chamou o poeta Manuel Bandeira — recebeu essa alcunha por sofrer de caso severo
de lábio leporino, de ciência que afetava sobretudo sua fala. Era, então, com sua arte
que Guignard comunicava o que seria incapaz de elaborar num discurso. Nesta
extensa e detalhada pesquisa para a reconstrução da biogra a do pintor, com
narrativa tão envolvente quanto a cção, Marcelo Bortoloti faz um retrato histórico
da Europa entreguerras, do Brasil modernista e de um artista cuja obra comprova as
dores e as alegrias de ser diverso. Guignard, anjo mutilado é publicado pela
Companhia das Letras.
 
Na peça O deus da carni cina a escritora e dramaturga francesa Yasmina Reza expõe
a di culdade de comunicação que impera entre nós, mesmo em um universo repleto
de palavras, talvez justamente por seu excesso.
 
Annete e Véronique observam a pintura de Francis Bacon na capa do livro de arte
sobe a mesa de centro: “Crueza e esplendor”, diz uma, “Caos e equilíbrio”, a outra
completa. Tulipas, clafoutis, cafés, um con ito e dois casais tentando resolvê-lo da
maneira mais civilizada possível. Reunidos em um único cenário cujos elementos
vão ruindo aos poucos, os personagens passam ao largo de cada tentativa de
conciliação, e a ânsia por encontrar o justo equilíbrio e ordenar o caos resulta na
exposição implacável da fragilidade, da ira, da incompreensão, de inúmeros
pequenos desaforos que fazem pesar o ar do apartamento friamente decorado, sua
arena, e chegam ao mais humano e ridículo (também risível) que pode existir em
cada um de nós. Na peça O deus da carni cina a escritora e dramaturga francesa
Yasmina Reza expõe a di culdade de comunicação que impera entre nós, mesmo em
um universo repleto de palavras, talvez justamente por seu excesso. A peça foi
adaptada para o cinema pelo diretor Roman Polanski em 2011 e contou com a
participação da escritora no roteiro. A tradução de Marina Del ni é publicada pela
Âyinè.
 
Toda a narrativa breve de um dos escritores mais notáveis da literatura brasileira,
reunida pela primeira em um só volume.
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LETRAS
As históriasIN.VERSO
de José J. E RE.VERSO
Veiga
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intercalam beleza e absurdo, inocência e brutalidade.
Com humor a ado e contundente, o autor de A hora dos ruminantes construiu uma
obra capaz de misturar a violência do cotidiano com o lirismo da fantasia. Este

volume reúne, pela primeira vez, toda a produção de contos do escritor. Estão aqui
as narrativas breves de Os cavalinhos da Platiplanto (1959), A estranha máquina
extraviada (1967) e Objetos turbulentos (1997), além de uma farta seção de textos
esparsos — publicados em jornais, revistas e coletâneas entre 1941 e 1989 —, posfácio
inédito da escritora Socorro Acioli e uma alentada cronologia do autor. Contos
reunidos é publicado pela Companhia das Letras.
 
A Martelo Casa Editorial publica livro de Paulo Guicheney.
 
Antes de qualquer coisa, Tempo de atirar pedras e dançar é o re exo de um surto
social a que a sociedade industrial nos encaminha, e também nos chama a ver e
pensar: “até quando aguentaremos tudo isso que nos rodeia, quando é que
começaremos a atirar pedras e a dançar?”— se já não o estamos fazendo… O volume
09 da Coleção cabeça de poeta, Série contemporânea (que publica parte da boa
poesia brasileira contemporânea), que há tanto aguardava para ganhar esta forma
nal e encontrar leitoras e leitores pelas esquinas, pelas tabelas, pelos joguetes das
ruas, pelos Tatus Malandros das Vila Novas de todo este país, nos desensina, nos leva
a encarar o engano da vida como uma melhor possibilidade de viver num mudo
desenganado. As ilustrações de Fabiana Queiroga mostram um pouco das ligações de
um tempo de surtos, com elementos entre o plausível do cotidiano e o impossível do
absurdo, entrelaçados como numa constante naturalizada. Com o caráter de
desevangelização, desencantamento, de desilusão descon ada da própria desilusão,
não é, por isso, nem alvissareiro, mas muito menos cético, como dualisticamente se
poderia imaginar. E por isso mesmo verão que este Paulo é poeta, não profeta. ainda
bem!
 
Misturando cção e realidade, Aqueles olhos verdes  é um delicioso passeio pelas
festas, culinária, futebol, tradições, música e política do Brasil do nal dos anos 1930
até o início dos 1960.
 
O ano é 1938. Vicente Meggiore pede ao irmão José Reis que o encontre no estádio
das Laranjeiras. O motivo, logo se descobre, não era assistir ao Fluminense dando
uma volta olímpica pela conquista do bicampeonato. Vicente precisa que o caçula
escolte um fugitivo do governo de Getúlio  Vargas a um local seguro, até que a
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situação política se acalme. Zé Reis não gosta do envolvimento do irmão com os


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camisas-verdes, E RE.VERSO
mas, como
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lhe devia favores, resolve ajudá-lo. O leitor é levado,
então, para uma fazenda no interior do Rio de Janeiro — palco central da vida de Zé
Reis, onde ele receberá guras como Plínio Salgado, Zizinho, Dori Kürschner e

Chiquinho do Acordeon. Encantado com as pessoas e a natureza da região, Zé Reis


mergulha na cultura local e exalta suas tradições. Em uma via de mão dupla, ele
também cativa os moradores da cidade. Conhecido pelos imensos olhos verdes e por
sua paixão pelo futebol, ele arrebata seus ouvintes com suas aventuras fora do cenário
interiorano. Zé Reis é uma homenagem de José Trajano ao avô, que, assim como o
personagem, gostava de cavalos e frutas e era um proseador de primeira — só não
ligava para futebol. Aqueles olhos verdes é publicado pela Alfaguara.
 
Sujeita à censura antes da primeira publicação em 1945, esta história traz uma crítica
ao fascismo e à rígida noção de feminilidade que ele promoveu.
 
Das páginas dessa pequena joia da literatura italiana, vibram questionamentos sobre
maternidade, trabalho doméstico e o autoritarismo contido em macro e
microrrelações, sempre com acentos humorísticos, surrealistas e o instinto rebelde de
Paola Masino. Demolidor, bem-humorado, amargo. E muito atual. Saindo de seu
amado baú cheio  de migalhas de pão, livros e enfeites funerários esfarrapados, a
protagonista é uma menina sem nome, rosto ou endereço, ciente de seu destino:
conformar-se às expectativas burguesas em relação à mulher, ter a imaginação
selvagem controlada, e a inteligência, ocultada. Em suma, ser dona de casa.
Temendo matar a mãe de desgosto por sua recusa a se enquadrar, concorda em se
comportar como uma jovem “normal” e tornar-se desejável ao universo masculino.
Em um caótico baile, celebra sua entrada na sociedade e começa uma nova vida no
casamento com um tio mais velho, rico e de hábitos aristocráticos. Como num conto
de fadas às avessas, em que o fantástico e o surreal se in ltram nas malhas de um
território — geográ co e humano — dominado por regras, repressão e controle de
corpos e mentes, sobretudo os das mulheres, a Dona de Casa encontra no devaneio e
nas re exões mordazes as únicas vias para escapar da realidade que se impõe e
sobreviver a esse embate. Embora que nítida a abordagem da luta da mulher para
desempenhar papéis que não correspondem a seus desejos, e com isso todo um
questionamento da maternidade e do trabalho doméstico invisibilizado, não foge ao
olhar da autora o contexto histórico da Itália no auge da ditadura de Mussollini.
Desa ando interpretações, a Dona de Casa de Masino continua sendo uma gura
enigmática e desconfortável, cuja determinação insolente para desa ar os baluartes
dos papéis femininos tradicionais ultrapassa os limites históricos e ressoa
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poderosamente entre os leitores contemporâneos. Nascimento e morte da dona de


LETRAS
casa IN.VERSO
tem tradução E RE.VERSO
de Francesca
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Cricelli e é publicado pela editora Instante.
 

A editora Nós organiza uma coleção com ensaios de Virginia Woolf. A Coleção
Mariposa aparece com três títulos.
 
1. “A morte da mariposa” é um dos ensaios clássicos da escritora inglesa; não trata
tanto do m de um inseto (aparentemente insigni cante), mas da sua luta incansável.
Da sua dignidade de insistir na vida mesmo diante de um poder que o ultrapassa e
que até pode subjugá-lo, mas ao qual ele entregará tudo aquilo que tem. Nesse
sentido, o ensaio ecoa temas caros a Virginia, para quem as coisas mínimas da vida
guardam em si algo de esplêndido.
 
2. Em “Pensamentos de paz durante um ataque aéreo”, Virginia Woolf nos conduz
na busca por nossa serenidade perdida. Como ter um pensamento de paz enquanto
bombas caem ao nosso redor? Como lutar nos valendo apenas de nossa mente?
Como nos livrar do “hitlerismo inconsciente”. Como “fazer felicidade”, em meio ao
horror?
 
3. “Sobre estar doente” atualiza nossa noção de precariedade subjetiva para lidar com
as doenças (nada mais atual que isso) e mostra como a literatura foi deixando essa
lacuna ao longo do tempo, talvez por isso mesmo, di cultando o desenvolvimento
em nós de uma capacidade linguística e corporal para lidar e suportar e superar as
doenças de um modo geral.
 
REEDIÇÕES
 
Nesta edição ampliada, atualizada e de nitiva de Ela é carioca, Ruy Castro apresenta
237 minibiogra as de homens e mulheres fascinantes que marcaram Ipanema e a
cultura brasileira de 1910 a 1970.
 
Na estreita faixa entre o Atlântico e a Lagoa Rodrigo de Freitas, chamada Ipanema,
no Rio de Janeiro, "produziu-se a maior quantidade de cronistas, poetas,
romancistas, designers, arquitetos, cartunistas, artistas plásticos, compositores,
cantores, jornalistas, fotógrafos, cineastas, dramaturgos, roteiristas, cenógrafos,
gurinistas, atores, diretores de TV, modelos, estilistas de moda e esportistas de que
se tem notícia no Brasil”. Por sessenta anos, essa “província de cosmopolitas" in uiu
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decisivamente na cultura brasileira, e muitos de seus protagonistas se tornaram


LETRAS
estrelas IN.VERSOem
reconhecidas E RE.VERSO INSCREVER-SE
todo o Brasil. Ela é carioca compõe-se de 237 verbetes,
abrangendo centenas de guras que ajudaram a mudar o jeito de o brasileiro
escrever, falar, se comportar, se vestir e até se despir. Narrados no estilo

inconfundível de Ruy Castro, essas minibiogra as se completam mutuamente e


apresentam não apenas a história de cada gura, mas transportam o leitor ao
fervilhante clima cultural da época. Tudo isso é Ipanema: Tom Jobim, Leila Diniz,
Rubem Braga, Tônia Carrero, Millôr Fernandes, Danuza Leão, Vinicius de Moraes,
Fernando Gabeira, Jô Soares, João Saldanha, Paulo Francis, Odette Lara, Glauber
Rocha, Ibrahim Sued, Alair Gomes, Jaguar, Marina Colasanti, Ira Etz, Ferreira
Gullar, Roniquito de Chevalier, Nelson Motta, Cazuza, Zózimo Barrozo do Amaral,
Ziraldo, Zuzu Angel, e muito mais.
 
Do autor de Moby Dick, a mais sombria e crítica narrativa sobre a vida no mar, a
nova edição de Jaqueta Branca.
 
Neste romance, Herman Melville, um dos grandes autores da língua inglesa, parte de
suas próprias experiências como marinheiro para fazer um relato cru e poderoso
sobre as condições de vida a bordo de um navio de guerra no século XIX. Narrado
por um marujo que se identi ca apenas como Jaqueta Branca — referência à roupa
que ele mesmo precisa confeccionar para tentar se proteger do frio —, o
livro  descreve as agruras da rotina miserável e opressiva dos tripulantes de baixa
patente na fragata Neversink. Indo do Pací co para a Costa Leste dos Estados
Unidos, o navio percorre quase toda a América do Sul, destacando-se a perigosa
travessia do cabo Horn e a escala no Rio de Janeiro, onde despertam a atenção do
autor a beleza da paisagem e a pompa da visita de d. Pedro II à embarcação. Com a
narrativa do jovem e honesto Jaqueta Branca, Melville produz — em sua obra mais
política — uma denúncia incisiva da desumanidade das relações sociais na Marinha
americana, tratando de temas que seguem contemporâneos, como reformismo,
revolução, escravidão e liberdade. Publicado pela coleção Clássicos Zahar, o livro
tem tradução, apresentação, notas e glossário feitos por Bruno Gambarotto.
 
Nova edição de um romance indispensável de William Golding, vencedor do
prêmio Nobel, sobre a natureza do mal e a tênue linha que separa a civilidade da
barbárie. Considerado um dos 100 melhores romances do século XX pela Modern
Library.
 
Senhor das Moscas  é um dos romances essenciais da literatura mundial. Adaptado
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duas vezes para o cinema e traduzido para 35 idiomas, o clássico de William Golding
jáLETRAS
foi visto IN.VERSO E RE.VERSO INSCREVER-SE
como uma alegoria, uma parábola, um tratado político e até mesmo uma
visão do apocalipse. Durante a Segunda Guerra Mundial, um avião cai numa ilha
deserta e os únicos sobreviventes são um grupo de meninos. Liderados por Ralph,

eles procuram se organizar enquanto esperam um possível resgate. Mas aos poucos
esses garotos aparentemente inocentes transformam a ilha numa visceral disputa pelo
poder, e sua selvageria rasga a na superfície da civilidade. Ao narrar essa história
sobre meninos perdidos numa ilha, aos poucos se deixando levar pela barbárie,
Golding constrói uma re exão sobre o limite entre o poder e a violência desmedida.
Senhor das Moscas mantém o mesmo impacto desde seu lançamento: um clássico
moderno que retrata de maneira inigualável as áreas de sombra e escuridão da
essência do ser humano. A tradução de Sergio Flaksman é reeditada pela Alfaguara.
 
A Ateliê Editorial reedita sua primorosa edição da Divina Comédia.
 
Em comemoração aos 700 anos da morte de Dante Alighieri (1265-1321), a Ateliê
Editorial reedita uma das obras-primas da literatura mundial. E reedita mantendo o
texto e o projeto grá co inovador da edição anterior. Além de trazer de volta a
primorosa tradução do erudito italiano João Trentino Ziller publicada originalmente
em 1953, em Minas Gerais, a presente reedição do poema oferece as ilustrações de
Sandro Botticelli, perdidas durante séculos e identi cadas somente na década de
1980. Completa a edição, texto de apresentação de João Adolfo Hansen e notas à
“Comédia de Botticelli”, por Henrique Xavier.

DICAS DE LEITURA
 
No dia 13 de maio de 2021 celebramos o 140º aniversário de Lima Barreto, um dos
escritores mais importantes da literatura brasileira do século XIX. Nesta seção
recomendamos três livros do escritor brasileiro para conhecer um pouco sobre sua
obra.
 
1. Recordações do escrivão Isaías Caminha. Este não é o melhor romance de Lima
Barreto, que, nesta forma literária, cou reconhecido por Triste m de Policarpo
Quaresma, mas tem uma importância signi cativa para além de ser o primeiro livro
que o escritor publicou; apareceu em 1909, em Lisboa, e quase uma década depois
ganhou a forma que agora conhecemos. O leitor pode dividir a narrativa em duas
partes — e elas se distinguem até mesmo pela qualidade literária: na primeira, ao
modo de um romance de formação, acompanhamos o despertar da consciência de
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um jovem mulato numa sociedade profundamente cindida pelo embate de classes; na


LETRASaoIN.VERSO
segunda, E RE.VERSO
modo de uma
INSCREVER-SE
sátira, acompanhamos o dia-a-dia do protagonista na sede
de um jornal. A primeira parte é notoriamente superior à segunda, seja pelo
desenvolvimento de volição psicológica, seja pela maneira outra de percepção do

mundo pelo ponto de vista do homem fora do seu casulo natal; a segunda é morosa,
repetitiva, como se o seu autor perdesse um tanto o prumo do itinerário, ora entre
uma amargura pelo destino falhado ora entre o desejo de um ódio de classe que não
alcança tomar forma de nitiva, a nal, o próprio Caminha é um rendido ao sistema
de forças. Este é um romance que evidencia todas as preocupações que passarão pelo
interesse de Lima Barreto mais tarde. A edição da Penguin / Companhia das Letras
oferece um rico texto de Alfredo Bosi que situa este entre os mais importantes
romances da nossa literatura.
 
2. Contos completos. É possível que os leitores tenham conhecimento de pelo menos
dois contos — um deles editado à parte como um livro independente: “O homem
que sabia javanês e “A nova Califórnia”. Estes contos e outros tantos menos
conhecidos foram reunidos por Lilia Moritz Schwarcz; são 149 textos, alguns ainda
perdidos entre manuscritos, edições originais, jornais e revistas que os publicaram
pela primeira vez. Ou seja, eis um daqueles trabalhos que, se possível alcançá-lo em
sua completude, por que se contentar com um ou dois textos. A organizadora
preparou um texto de introdução que, do seu ponto de interesse, oferece uma rica
compreensão sobre os estreitamentos entre o escritor o seu tempo e dividiu toda a
vasta obra dele em seis partes: na primeira estão os textos que aparecem
originalmente como apêndice da primeira edição de Triste m de Policarpo
Quaresma — a começar pelo citado “A nova Califórnia”; na segunda, os contos
publicados conforme a seleção de Lima Barreto para a primeira edição de Histórias e
sonhos, o último livro que apresentou em vida; na terceira, os contos de Outras
histórias que formam parte da segunda edição de Histórias e sonhos; na quarta, os
chamados contos argelinos, também parte na segunda edição do livro antes referido;
na quinta, os contos que aparecem na quarta edição de Vida e obra de M. J. Gonzaga
de Sá; e, por m, na sexta parte, os materiais encontrados completos ou não e
classi cados como contos.
 
3. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. O envolvimento de Lima Barreto
com álcool o arrastou para um périplo de desterro em instituições psiquiátricas.
Neste livro se documenta sua passagem pelo Hospício Nacional dos Alienados, no
Rio de Janeiro. Ele veio a lume depois que as notas do escritor foram reunidas e
publicadas pelo seu primeiro biógrafo, Francisco de Assis Barbosa. Junto com este
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livro-diário sempre tem se publicado um romance inacabado que funciona como


LETRAS
uma IN.VERSO
reescrita E RE.VERSO
por sobre as experiências pessoais em clave
INSCREVER-SE
ccional desse mesmo
período. A edição conjunta foi organizada mais tarde por Augusto Massi e Murilo
Marcondes de Moura. A que foi publicada em 2017 pela Companhia das Letras tem

prefácio de Alfredo Bosi e oferece ainda notas e imagens inéditas e uma reportagem
de Raymundo Magalhães dos anos 1920 — todo um aparato que enrique e ilumina
os textos que estão no limiar entre a literatura e o registro histórico. Caso o leitor se
interesse apenas pelo Diário, uma dica é a belíssima edição publicada pelo coletivo
borda com ilustrações de Luciano Feijão e posfácio de Júlia Carvalho.
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
1. “Do You Reverse”  foi gravado em 1923. No vídeo vemos a jovem Flannery
O'Connor (ainda Mary, de Savannah, Geórgia) a ensinar galinhas a andar de ré. O
feito copiado por outros animais do sítio é um truque de câmera, é claro. “Depois
disso, o resto da minha vida foi um anticlímax” — disse mais tarde a escritora.
 
2. A Editora Moinhos celebra durante o este mês o aniversário de 5 anos. Para
marcar a data, realiza uma série de conversas com autores da casa. Nesta semana,
passaram pelo canal no YouTube nomes como a escritora chilena Alejandra
Costamagna e a venezuelana Carla Maliandi. Estes e outros eventos aqui.
 
BAÚ DE LETRAS
 
1. Ainda sobre Lima Barreto, recordamos duas séries de textos dentre os muitos
publicados aqui no Letras e que comentam aspectos gerais da biogra a e da obra do
escritor: a) estes três textos que constitui algo como um dossiê editado a partir de
uma chamada pública em 2017; b) e estes três textos de Alfredo Monte sobre
Recordações do escrivão Isaías Caminha.

2. Ainda sobre aniversários. Neste dia 15 de maio de 2021 passam-se os 130 anos do
nascimento de Mikhail Bulgákov. Recordamos este texto de Davi Lopes Villaça
sobre o romance mais conhecido do escritor russo — O mestre e Margarida.

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