A exposição ocupacional à poeira de sílica é um problema de saúde pública no Brasil que causa silicose, uma doença pulmonar, e aumenta o risco de outros problemas de saúde. Embora o governo brasileiro tenha lançado um programa nacional para eliminar a silicose em 2002, novos casos continuam sendo notificados, especialmente entre trabalhadores em domicílios. Controles de exposição e mudanças nos processos de trabalho são necessários para lidar com este problema de saúde ocupacional.
A exposição ocupacional à poeira de sílica é um problema de saúde pública no Brasil que causa silicose, uma doença pulmonar, e aumenta o risco de outros problemas de saúde. Embora o governo brasileiro tenha lançado um programa nacional para eliminar a silicose em 2002, novos casos continuam sendo notificados, especialmente entre trabalhadores em domicílios. Controles de exposição e mudanças nos processos de trabalho são necessários para lidar com este problema de saúde ocupacional.
A exposição ocupacional à poeira de sílica é um problema de saúde pública no Brasil que causa silicose, uma doença pulmonar, e aumenta o risco de outros problemas de saúde. Embora o governo brasileiro tenha lançado um programa nacional para eliminar a silicose em 2002, novos casos continuam sendo notificados, especialmente entre trabalhadores em domicílios. Controles de exposição e mudanças nos processos de trabalho são necessários para lidar com este problema de saúde ocupacional.
Efeitos sobre a saúde da exposição ocupacional da silicose
A exposição ocupacional a poeiras contendo sílica e o adoecimento
decorrente desta exposição constituem um grave problema de saúde no Brasil. As mudanças no perfil produtivo no país são os responsáveis pela ampliação e em certos casos pelo agravamento dos quadros, lembrando que apesar da exposição ocupacional a poeiras contendo sílica ser muito frequente, o risco de adoecimento depende da conjugação de múltiplas variáveis que serão detalhadas a seguir. As poeiras contendo sílica refere-se aos compostos de dióxido de silício, o mineral mais abundante na crosta terrestre, encontrado em rochas e areias. A sílica é amplamente utilizada como produto final, subproduto ou matéria-prima em vários processos industriais, como no setor econômico da agricultura, no que se refere à aragem e à colheita. Acrescenta-se que suas formas de exposição pode vir a ser ambiental, ou seja, pela proximidade a ambientes em que a rocha seja fraturada em pequenos pedaços, ou em ambientes de trabalho, isto é, representa um risco maior em ambientes de trabalho como: construção civil, indústrias de cerâmica, agricultura, metalurgia entre outros. Ocorre que, a exposição à sílica também pode aumentar o risco de doenças autoimunes, esclerose sistêmica, artrite reumatoide, lúpus, complicações na derme, anemia hemolítica, além de vários tipos de câncer, tais como de pulmão, estômago, fígado, esôfago, pâncreas, intestino, ósseo, faríngeo, pele, cérebro e rim. No Brasil, o Programa Nacional de Eliminação da Silicose começou a ser desenvolvido em 2002, porém, a despeito dessa iniciativa, novos casos da doença, alguns muito graves e acometendo trabalhadores jovens, continuam a ser notificados pelos sistemas de vigilância. O problema ganha contornos mais dramáticos nas situações de trabalho desenvolvidas em domicílio e no peridomicílio, como por exemplo, a apidação, corte e beneficiamento de pedras, escavação manual de poços, com exposição de trabalhadores, familiares e vizinhança à poeira contendo sílica. No entanto, infelizmente, essas atividades ainda são invisíveis e estão fora do alcance da fiscalização do Ministério do Trabalho e das ações da Previdência Social e de outras formas de proteção social. Ademais, a silicose é a principal pneumoconiose causada por inalação de poeira de sílica no Brasil, que se caracteriza pela formação de tecido conjuntivo fibroso no pulmão, chamada de fibrose. Esta é responsável pela diminuição da elasticidade pulmonar, prejudicando o processo de trocas gasosas. O adoecimento por silicose propicia o aumento do risco de câncer pulmonar e de outras doenças autoimunes. Com base nisso, recomenda-se a eliminação da substância, mudança de processo ou operação, umidificação, ventilação, enclausuramento, isolamento, limpeza ou manutenção geral, sinalização e rotulagem, monitoramento ambiental, limitação do tempo de exposição, proteção respiratória, asseio pessoal e exames médicos. Certamente, a especial atenção não deve ser dispensada, isto é, o enfrentamento desse problema deve ser tratado em escala mundial, por meio da adoção de medidas de controle ambiental e mudanças nos processos de trabalho.