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Federal do Rio Grande do Sul ‐ Faculdade de Veterinária
Departamento de Patologia Clínica Veterinária Relatório de
Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas (VET03/121)
http://www.ufrgs.br/bioquimica Caso Clínico
IDENTIFICAÇÃO
o
Caso Clínico n 2015/1/01 Espécie: Canina Ano/semestre: 2015/1
Raça: Labrador | Idade: 12 anos | Sexo: fêmea | Peso: 34 kg
Alunos(as): Maria Eduarda Jaeger Marques, Marília Cáceres Rocha de Araujo, Paula Dockhorn Seger,
Sybele Lima de Mello
Médico(a) Veterinário(a) responsável: Gabriela Friedrich Lobo d'Ávila
ANAMNESE
A paciente foi levada ao Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
no dia 24 de março de 2015, por apresentar sangramento na vulva há cinco dias e por não caminhar há
dois dias. A tutora relatou que: o sangramento já havia ocorrido anteriormente, mas cessara; anorexia há
alguns dias; hipodipsia; e diarreia. Não era castrada e já havia tido duas gestações. Foi vacinada com a
polivalente e com a antirrábica em 2014; e desvermifugada no mês anterior ao da consulta. Recebe
alimento caseiro e ração.
EXAME CLÍNICO
Exame físico:
Escore corporal: 5, ideal [1, muito magro, a 9, obeso (FEITOSA, 2008)];
Estado mental: apático;
Desidratação: 7%;
Obs.: de 6 a 8% considera‐se uma desidratação moderada (GONZÁLEZ & SILVA, 2006).
Temperatura retal: 38,7°C [37,5 – 39,2 (FEITOSA, 2008)];
Mucosas congestas;
Linfonodos sem alterações;
Tempo de preenchimento capilar (TCP): > 2 segundos [animal desidratado: 2 – 4 segundos (FEITOSA, 2008)];
Presença de secreção sanguinolenta na vulva e aumento do volume abdominal.
Terapêutica aplicada durante a consulta:
Metronidazol, antibiótico e antiparasitário;
Ampicilina, antibiótico.
EXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia: útero severamente aumentado, ocupando grande parte da cavidade abdominal, com
coleção com alta celularidade compatível com muco, pio ou hemometra. Obs.: o tamanho do útero
dificulta a visibilização das demais vísceras. Figura 1.
UFRGS / Faculdade de Veterinária / Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas ‐ Caso Clínico 2015/1/01 Página 2
URINÁLISE
Método de coleta: micção natural Obs.: Data: 30/03/2015 (Dia 6)
Sedimento urinário* Exame químico
Células epiteliais: escamosas (0‐2); de transição pH: 7,0 (5,5‐7,5)
(0‐3) ↑ Corpos cetônicos: negativo
Cilindros: ausentes Glicose: negativo
Hemácias: ausentes Bilirrubina: negativo
Leucócitos: ausentes Urobilinogênio: ≈0,2 mg/dL (<1)
Bacteriúria: leve ↑ Proteína: negativo
Outros: Sangue: + [leve] ↑
Exame físico
Densidade específica: 1,008 (1,015‐1,045) ↓ Consistência: fluida
Cor: amarelo escuro Aspecto: levemente turvo
*número médio de elementos por campo de 400 x; n.d.: não determinado
BIOQUÍMICA SANGUÍNEA
Amostra: soro | Anticoagulante: | Hemólise: ausente Data: 24/03/2015 (Dia 0)
Proteínas totais: 98 g/L (54‐71) ↑ Cálcio: mg/dL (9,0‐11,3)
Albumina: 24 g/L (26‐33) ↓ Fósforo: mg/dL (2,6‐6,2)
Globulinas: 74 g/L (27‐44) ↑
Fosfatase alcalina: 653 U/L (<156) ↑
Bilirrubina total: mg/dL (0,10‐0,50) AST: U/L (<66)
Bilirrubina livre: mg/dL (0,01‐0,49) ALT: 9 U/L (<102)
Bilirrubina conjugada: mg/dL (0,06‐0,12) CPK: U/L (<121)
Figura 1. Aspecto do útero à ultrassonografia.
Útero severamente aumentado , ocupando grande
parte da cavidade abdominal, com coleção com
alta celularidade compatível com muco, pio ou
hemometra. (© 2015 Fábio dos Santos Teixeira)