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Educação e Relações Étnico-Raciais brasileiras na Contemporaneidade
RELEMBRANDO CONCEITOS
FUDAMENTAIS

• AFRO-BRASILEIROS.

• RAÇA.

• ETNIA.
2
AFRO-BRASILEIRO(A)S

• Termo que designa os descendentes da diáspora


africana nascidos no Brasil.
• Remete a um movimento de identificação com
os nascidos na diáspora africana em diferentes
lugares
• Preto(a)s: definidos pela cor da pele
• Pardo(a)s: definidos por maior ou menor
presença de fenotipia negra
• Negro(a) conceito cultural com base na etnia.
3
RAÇA
• É um dos muitos mecanismos de
estratificação social.
• É determinante de “status”positivo, ou
negativo de estamentos sociais .
• Opera fundamentado na percepção da
diversidade fenotípica.
• Constitui-se como resultado de relações
sociais assimétricas de poder.
• Rompe com qualquer filiação à 4

determinismos biológicos.
ETNIA

• É outro dos mecanismos de estratificação


social.
• Opera fundamentado na percepção de
cultura (tradição cultural, língua e signos
comuns, que a tornam manifesta).
• Possibilita a construção de subjetividades
diferenciadas.
• Exclui a existência de sinais fenotípicos ou de
genealogia comum. 5
AÇÕES AFIRMATIVAS
• São políticas sociais públicas e
privadas de reparação e de
efetivação de direitos.
• Estão voltadas para a efetivação do
princípio constitucional da igualdade.
• Objetivam combater manifestações
de discriminação, flagrantes, como
as de naturalidade, cultura, gênero,
sexo, raça, ou etnia.
• Fundamentalmente afirmam direitos
das minorias políticas excluídas das 6
esferas de poder.
COTAS
• São um dos mecanismos possíveis de
implementação de políticas de ação
afirmativa.
• Fundamenta-se em uma razão, ou proporção
numérica com base em algum princípio de
representação.
• São, necessariamente provisórias,
extinguindo-se ao atingirem as metas
propostas.
• Configuram-se como discriminação legítima, ou
positiva.
7
DISCRIMINAÇÕES
LEGÍTIMAS

• Consistem em casos ou situações


entendidas como especiais, pelo direito,
nas quais tratamentos discriminatórios
são legalmente aceitos.
• Decorrem das exigências especiais do tipo
de atividade exercida que exclui, por
8
princípio, certas categorias de pessoas.
Discriminação Positiva
(“reverse discrimination”)

• Está voltada para a correção de situações de


desigualdade historicamente comprovadas.
• Consiste em conferir-se tratamento favorável,
ou preferencial, aos grupos historicamente
marginalizados, inserindo-os na competição
por posições sociais e bens em posição
equivalente aos que historicamente se
beneficiaram da sua exclusão.
• São políticas de caráter redistributivo.
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AÇÃO AFIRMATIVA E COTAS
NO MUNDO: Alguns Países

• Ilhas Fidji, Canadá, Austrália e EUA. Na Europa, é possível


encontrá-las, aplicadas às desigualdades de gênero.
• Na Malásia, voltada para a etnia bimiputra, com o objetivo
de que fosse promovido seu desenvolvimento econômico.
• Na Índia, pós-independência, voltada para os chamados
“intocáveis”.
• Na ex-URSS, na Universidade de Moscou, para alunos
siberianos.
• Na Noruega e na Bélgica, para imigrantes.
• Na Colômbia e no Peru. 10
AÇÃO AFIRMATIVA NO BRASIL: Alguns
Exemplos
• Cota, ou, Lei dos dois terços no mercado de trabalho.
• Cota para Afro-brasileiros na Guarda Nacional.
• Cota criada pela “Lei do Boi”.
• Privilégios, para os Pracinhas, ex-combatentes da
• Segunda Guerra Mundial.
• Cota de cargos e empregos públicos para os portadores
• de necessidades especiais.
• Cotas para as mulheres, de 30% das vagas nas listas de
candidatos apresentados pelos partidos políticos.
• Legalização de terras de remanescentes de quilombos.
• Lei 10639/03.
• Cotas para candidatos PPIs ao ensino superior (categorias
Renda, PPIs e Deficientes.
• Cotas diferenciadas aos acessos à cursos de Pós-
Graduação.
NO CAMPO EDUCACIONAL

• Os PCN’s que tratam da PLURALIDADE


CULTURAL; mas como são
Parâmetros, não tem “força de Lei”.
• Janeiro de 2003: com a Lei 10639
temos a obrigatoriedade da temática
História e cultura Afro-brasileira e
africana no currículo oficial das
escolas.
• Lei 11645/2008 torna obrigatório o
estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena. 12
A LEI 10639/2003

• § 2° Os conteúdos referentes à História e


Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no
âmbito de todo o currículo escolar, em especial
nas áreas de Educação Artística e de Literatura
e História Brasileiras.
§ 3° (VETADO)“
• "Art. 79-A. (VETADO)"
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20
de novembro como 'Dia Nacional da
Consciência Negra'."

13
A LEI 10639/2003 E O PARECER
CNE/CP 3/2004
• Art. 1° A Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A
e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino
fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se
obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-
Brasileira.
§ 1° O conteúdo programático a que se refere o caput
deste artigo incluirá o estudo da História da África e
dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas
áreas social, econômica e política pertinentes à
História do Brasil.
A LEI 10639/2003 E O PARECER CNE/CP 3/2004
Art. 1° A Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a
vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e
médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino
sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1° O conteúdo programático a que se refere o caput deste
artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a
luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro
na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes à História do Brasil.
§ 2° Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-
Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de
Literatura e História Brasileiras.
§ 3° (VETADO)"
"Art. 79-A. (VETADO)"
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro
como 'Dia Nacional da Consciência Negra‘”.
COTAS SOCIAIS/ ÉTNICO-RACIAIS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS:

“É DEMANDA ANTIGA DE INTELECTUAIS AFRO-BRASILEIROS


E DO MOV. SOCIAL NEGRO.
ARGUMENTOS FAVORÁVEIS ÀS POLÍTICAS DE COTAS

• Combate aos efeitos acumulados do racismo e da


discriminação racial.
• Combate às desigualdades herdadas, ou estruturais.
• Reparação de injustiças passadas, promoção da Justiça
social e da igualdade substantiva.
• Construção de uma nação democrática efetivada sobre
sobre bases inter/multiculturais, valorizando a
diversidade e a igualdade.
• Implementação da cidadania plena.

• Tratar igualmente os desiguais, em nome de pretensas


correção, igualdade, justiça, ou equidade, apenas
aumenta e aprofunda o fosso das desigualdades.
IMPLEMENTANDO A IGUALDADE DE
REALIZAÇÃO

• “Porque não basta que os portões da igualdade


estejam abertos a todos. É necessário que se tenha
condições efetivas de passar por eles”.

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Criação e implementação de programas de
acompanhamento e de apoio logístico.
• A importância de espaços de ações políticas
institucionais cultural e étnico-racialmente
diversificados.
• Os NEABIs como atores sócio-políticos.
• O papel significativo da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD).
• O UNIAFRO – Programa de Ações Afirmativas nas
Instituições Públicas de Ensino Superior.
CARACTERÍSTICAS DO PERFIL DISCENTE
DA UFRRJ
- anos 2010/2012
• Realização o I Censo Discente na
UFRRJ, para que fosse levantado o
quantitativo de estudantes

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pertencentes a cada grupo étnico-
racial, bem como suas origens sociais,
culturais e econômicas
ALGUNS RESULTADOS ESPERADOS E
INESPERADOS DA PESQUISA

• Universidade majoritariamente branca, embora o


percentual de alunos que se identificaram como
mestiços seja significativa.
• Renda familiar – maioria na faixa compreendida
entre 3 e 4 salários mínimos (30,6%)
• Universidade não excludente, em termos de
classe social.
• CEPE/UFRRJ 2012: aprova proposta de Cotas
Étnico-Raciais e Sociais formulada pelo Gpesurer
e Leafro.
• Lei 12.711/2012: torna obsoleta tal proposta.
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UNIVERSIDADES FEDERAIS E A LEI
12.711/2012
• “A partir da sanção da Lei 12.711, as universidades
federais passaram a ter como meta distribuir 50% de suas
.
vagas entre quatro subcotas: (1) candidatos egressos de
escolas públicas, (2) candidatos de escolas públicas e
possuidores de baixa renda (3) candidatos pretos, pardos e
indígenas de escolas públicas, e (4) candidatos pretos,
pardos e indígenas de escolas públicas e de baixa renda. A
lei ainda estabelece que a proporção de reservas para
candidatos pretos, pardos e indígenas (PPIs) deve ser
calculada a partir de dados sobre a soma de pessoas com
essas características na população do Estado de cada
universidade”.
• . Lei nº 13.409, de 2016: atualiza a Lei 12.711/2012, nela
incluindo nela também inclui os candidatos com
deficiência.
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RESERVA DE VAGAS EM CONCURSOS PÚBLICOS
LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014.

Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos
concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito
da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das
empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.

Art. 1o Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos
concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da
administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas

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públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União, na forma desta Lei.
§ 1o A reserva de vagas será aplicada sempre que o número de vagas oferecidas no concurso
público for igual ou superior a 3 (três).
Art. 2o Poderão concorrer às vagas reservadas a candidatos negros aqueles que se
autodeclararem pretos ou pardos no ato da inscrição no concurso público, conforme o
quesito cor ou raça utilizado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE.
Parágrafo único. Na hipótese de constatação de declaração falsa, o candidato será eliminado
do concurso e, se houver sido nomeado, ficará sujeito à anulação da sua admissão ao serviço
ou emprego público, após procedimento administrativo em que lhe sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Art. 4o A nomeação dos candidatos aprovados respeitará os critérios de alternância e
proporcionalidade, que consideram a relação entre o número de vagas total e o número de
vagas reservadas a candidatos com deficiência e a candidatos negros.
DESAFIO III: Aferição da veracidade de autodeclaração étnico-racial
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO
SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES DO TRABALHO NO SERVIÇO PÚBLICO -
DOU de 02/08/2016 (nº 147, Seção 1, p. 54)
Dispõe sobre regras de aferição da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos
negros para fins do disposto na Lei nº 12.990, de 9 de junho de 2014.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES DO TRABALHO NO SERVIÇO
PÚBLICO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO, no uso das
atribuições que lhe confere o artigo 25 do Decreto nº 8.818, de 21 de julho de 2016, tendo
em vista o disposto na Lei 12.990, de 9 de junho de 2014, e
considerando a necessidade de orientação aos órgãos e entidades da Administração Pública
federal, resolve:
Art. 1º - Estabelecer orientação para aferição da veracidade da informação prestada por
candidatos negros, que se declararem pretos ou pardos, para fins do disposto no parágrafo
único do art. 2º da Lei nº 12.990, de 2014.
Art. 2º - Nos editais de concurso público (...) deverão ser abordados os seguintes aspectos:
I - especificar que as informações prestadas no momento da inscrição são de inteira
responsabilidade do candidato;
II - prever e detalhar os métodos de verificação da veracidade da autodeclaração, com a
indicação de comissão designada para tal fim, com competência deliberativa;
III - informar em que momento, obrigatoriamente antes da homologação do resultado final
do concurso público, se dará a verificação da veracidade da autodeclaração; e
IV - prever a possibilidade de recurso para candidatos não considerados pretos ou pardos
após decisão da comissão. Prof. Ahyas Siss - Uso exclusivo
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DESAFIO IV: Portaria Normativa Nº 4, de
6 de Abril/ 2018 (MPOG)
• Em seu Art. 3º estabelece que “A auto-declaração
do candidato goza da presunção relativa de
veracidade” e que, a mesma deverá ser
comprovada por “procedimento de
heteroidentificação” comprovada por uma

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“comissão de heteroidentificação”. Tal dispositivo
respondeu a um reclame do movimento social
negro, segundo o qual boa parte das vagas
reservadas para candidatos PPIs não vinham
sendo ocupadas por pessoas socialmente lidas
tal. Pessoas não negras estavam fazendo uso de
um benefício que não era a elas destinado.
http://www.lex.com.br/legis_27634767_PORTARIA_NORMATIVA_N_4_DE_6_DE_ABRIL_D
E_2018.aspx
A UFRRJ E A IMPLEMENTAÇÃO DAS COMISSÕES DE
HETEROIDENTIFICAÇÃO RACIAL NA HOMOLOGAÇÃO
DAS VAGAS: DENÚNCIAS
• Outubro de 2017: representantes da Pró-Reitoria de Graduação
da UFRRJ participam, no Ministério Público Federal –
Procuradoria do Rio de Janeiro da Audiência Pública intitulada
“AÇÕES AFIRMATIVAS PARA IGUALDADE RACIAL: CRITÉRIOS
DE AFERIÇÃO DO DIREITO ÀS COTAS PARA ACESSO AO
ENSINO SUPERIOR NO SISTEMA FEDERAL”

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• Desafio para os cursos de Graduação:
• Sessenta dias para identificar, designar e orientar 15 membros
efetivos e os respectivos suplentes das comissões;
• Em dezembro de 2017, a Rural oferece uma oficina ministrada
pela SEPPIR – Secretaria de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial;
• No início de 2018, implementa as comissões presencias de
heteroidentificação na graduação (uma por campus) em
analogia as comissões do concurso púbico.
PÓS GRADUAÇÃO:
PORTARIA NORMATIVA No - 13, DE 11 DE MAIO DE 2016 .

• (...) Art. 1º As Instituições Federais de Ensino Superior, no âmbito de sua


autonomia e observados os princípios de mérito inerentes ao
desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação, terão o prazo de
noventa dias para apresentar propostas sobre inclusão de negros (pretos e
pardos), indígenas e pessoas com deficiência em seus programas de pós-
graduação (Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado), como Políticas
de Ações Afirmativas.
• Art. 2º As Instituições Federais de Ensino deverão criar comissões

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próprias com a finalidade de dar continuidade ao processo de discussão e
aperfeiçoamento das Ações Afirmativas propostas.

• Ações Afirmativas na Pós-Graduação Na UFRRJ:


Proposta institucional de Políticas de Ações Afirmativas e cotas étnico-
raciais em construção elaborada por uma Comissão sob a presidência do Prof.
Otair Fernandes (Neabi Leafro/PPGPACS) e integrada por coordenadores de
PPGs, Pós-Graduando/as e representante discente no Conselho de Ensino e
Pesquisa (CEPE) da UFRRJ
• Autonomia de Programas de Pós-Graduação para implementação de tais
políticas.
• Ex: CPDA (2017); PPGEduc (2018); PPGCS (2019) e PPGGEO (2020)
COMISSÕES DE HETEROIDENTIFICAÇÃO RACIAL NA UFRRJ:
trajetória temporal de implantações.

• Primeira Experiência: ano de 2016 - concursos públicos para provimento de


cargos efetivos e empregos públicos. Iniciativa da Progep (Pró-Reitoria de
Gestão de Pessoas), através de sua Pró-Reitora Adjunta, Dra Ângela Ferreira
Pace.
• Formatação.
• Primeira Experiência de Implantação na Graduação: ano de 2018. Iniciativa da
Prograd (Pró-Reitoria de Graduação) através de sua Pró-Reitora Adjunta, Dra.
Waleska Giannini.

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• Formatação:

• Política institucional de Implantação na Pós-Graduação: proposta em


construção
• Experiências por autonomia de Programas:
• Ano 2017 – CPDA (Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em
Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade)
• de Ações Afirmativas na Pós-GraduaçãoNa UFRRJ:
• Ano 2018 - Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos
Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc)
• Ano 2019 – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS)
• Ano 2020: Programa de Pós Graduação em Geografia (PPGGEO)
• Formatações.
GRADUAÇÃO na UFRRJ:
PORTARIA NORMATIVA No - 13, DE 11 DE MAIO DE 2016 .
• Características das bancas
• Quantitativo de três a cinco membros
• Qualificação de seus membros: pesquisadores/as das Relações étnico-
raciais
• Pesquisadores/as membros do Neabi/Leafro
• Servidores/as técnico-administrativos/as qualificados/as
institucionalmente

• Bancas portariadas e remuneradas para o exercício de função específica

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• Bancas estratificadas por cor/etnia e gênero
• Existência de Termo de Confidencialidade

• Procedimentos de entrevistas: em tempos pré pandemia, entrevistas


presenciais registradas em áudio e vídeo.
• Em tempos de pandemia: entrevistas presenciais em meio virtual
registradas em áudio e vídeo

• Possibilidade de recursos em caso de resultado indeferimento na primeira


entrevista
• Recurso acolhido: o candidato é novamente entrevistado por banca formada
por membros diferentes da primeira banca.
CONCURSOS PÚBLICOS/GRADUAÇÃO/PÓS GRADUAÇÃO.
DESAFIOS: afrofobia afroconveniência

• As Comissões de Heteroidentificação Étnico-Racial de Verificação de


Veracidade de Autodeclaração no Sistema de Cotas nas políticas de
ação afirmativa foram instituídas pela Orientação Normativa nº 3, de
1º de agosto de 2016 e atualizada pela Portaria Normativa Nº 4, de 6
de Abril de 2018 do Ministério de Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão (MPOG) ela “determina a verificação da veracidade da
autodeclaração do candidato que se denominar preto ou pardo para

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concorrer pelo sistema de cotas” à processos seletivos regidos pelas
leis 12.711/2012 e 12.990/2014.
• São mecanismo de combate às fraudes ou burlas que, segundo
denúncias veiculadas pela imprensa e outras comprovadas pelo
Ministério Público Federal e pelas próprias instituições, vinham
ocorrendo em processos seletivos instituídos por aquelas respectivas
leis.
• Constituem-se ainda como instrumento de avaliação da efetividade de
e avaliação do sucesso de políticas públicas, principalmente no seu
recorte étnico-racial
• .Não são tribunais étnico-raciais e nem podem ser assim qualificadas.
COMISSÕES DE HETEROIDENTIFICAÇÃO RACIAL:
Sugestões de visitas

http://costalima.ufrrj.br/index.php/REPECULT/index

Revista da ABPN | Jun - Ago 2019 |


Dossiê Temático "A importância das
Comissões de Heteroidentificação para
a garantia das Ações Afirmativas
destinadas aos Negros e Negras nas
Universidades Públicas Brasileiras"
v. 11 n. 29 (2019

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