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Unidade II - Como ser professor de Química no Ensino Médio?

1) Leia o trecho a seguir, e responda as perguntas:

Representação e comunicação na área de Química:

• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;


• Compreender os códigos e os símbolos próprios da Química atual;
• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química e vice-versa;
• Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas
modificações ao longo do tempo;
• Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química: gráficos,
tabelas e relações matemáticas;
• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o
conhecimento da Química (livro, computador, jornais, manuais etc.);

Pergunta 1 - O que significa, na prática: “Traduzir a linguagem discursiva em


linguagem simbólica da Química e vice-versa”?
R:

Pergunta 2 - O que significa na prática: “Traduzir a linguagem discursiva em outras


linguagens usadas em Química: gráficos, tabelas e relações matemáticas”?
R:

Para responder a essas duas perguntas precisamos entender o que é linguagem


discursiva. Terra, Souza e Fófano (2017, p. 2) afirmam que:

“Toda prática discursiva se dá por meio de textos. A produção de um


texto será o resultado da atividade comunicativa, que se faz seguindo
regras e princípios discursivos. Dentro da prática discursiva, língua e
linguagem são vocábulos de diferentes significações. Mas ao mesmo
tempo são elementos que fazem parte do ato comunicativo. Assim sendo,
linguagem significa capacidade de comunicação que apenas os seres
humanos possuem...”.

A linguagem sendo um meio de comunicação que nos diferencia dos outros


seres vivos amplia nossa capacidade de comunicação, porque possibilita utilizar
recursos além da língua para transmitir a informação.
Os artifícios utilizados na linguagem são variados. Podendo ser utilizados
símbolos, tabelas, imagens, gráficos, sinais, luzes, fenômenos naturais, por meio do
cheiro e do tato e muitas outras formas que constituem diferentes formas de linguagens
(GOIS e GIORDAN, 2007).
A linguagem simbólica como proposta na pergunta um, nos remete as teorias de
Vigotski que afirma que o sentido que cada palavra tem é de extrema importância para o
estudo da química visto que é através desses sentidos que conseguiremos construir a
ponte das simbologias que unirá um texto discursivo ao simbólico (PAULETTI,
FENNER e ROSA, 2013).

Gresczysczyn et al (2017) define as simbologias como:

“instrumentos psicológicos são elementos que expressam uma ideia, ou


representam objetos, imagens ou acontecimentos. Os sistemas de signos
podem ser: a linguagem, a escrita, os numerais, os monumentos, as
fórmulas químicas, etc. Os signos são marcas construídas pelo homem
com a finalidade de lembrá-lo de algo, podendo também criar-lhe a
memória. Por isso, podemos dizer que os signos são objetos exteriores aos
homens, construídos por eles e voltados para o seu interior, o fato de o
signo criar a memória no homem tem mudado seu comportamento no
decorrer da história, permitindo-lhe um maior controle das próprias
atividades e aprimorando sua relação com o mundo.”

Já a linguagens usadas em química como gráficos, tabelas e relações


matemáticas da pergunta dois são aspectos que facilitam a apreciação de dados, os quais
costumam ser montados em tabelas quando se realiza análises estatísticas. Eles trazem muito
mais funcionalidade, principalmente quando os elementos não são discretos, ou seja, quando são
números consideravelmente amplos. Além disso, os gráficos também oferecem de maneira
evidente os dados em seu aspecto temporal.

Assim, tanto a pergunta um quanto a pergunta dois nos faz compreender a


importância da contextualização dentro da realidade do aluno, porque aplicando as
simbologias e os instrumentos matemáticos como gráficos e tabelas, serão instrumentos
importantes para o protagonismo do aluno na sociedade.
Referências Bibliográficas:

GOIS, Jackson e GIORDAN, Marcelo. Semiótica na Química: a teoria dos signos de


Peirce para compreender a representação. Cadernos Temáticos de Química Nova na
Escola. Recebido em 10/10/06; aceito em 18/10/07 Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/07/a06.pdf. Acesso em: 17 maio de 2021

GRESCZYSCZYN, Marcella Cristyanne Comar; FILHO, Paulo Sérgio Camargo;


LABURÚ, Carlos Eduardo; MONTEIRO, Eduardo Lemes. A perspectiva semiótica de
Pierce para o Ensino e Aprendizagem de Química. XI Encontro Nacional de
Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPEC Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017. Disponível em:
http://www.abrapecnet.org.br/enpec/xi-enpec/anais/resumos/R1475-1.pdf . Acesso em:
31 de maio de 2021.

PAULETTI, Fabiana; FENNER, Roniere dos santos e ROSA, Marcelo prado amaral.
A linguagem como recurso potencializador no ensino de química. Recebimento:
22/04/2013 - Aceite: 02/09/2013. Disponível em:
https://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/139_358.pdf . Acesso em: 17 maio de
2021.

TERRA, Kenner Roger Cazotto; SOUZA, Sonia Maria da Fonseca e FÓFANO,


Clodoaldo Sanches. Prática discursiva: uma reflexão sobre língua, linguagem,
Ideologia e discurso na concepção da análise do discurso de Filiação francesa.
RevLet – Revista Virtual de Letras, v. 09, nº 01, jan/jul, 2017. ISSN: 2176-9125.
Disponível em: http://www.revlet.com.br/artigos/426.pdf. Acesso em: 17 maio de 2021.

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