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DISSOCIATIVO
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS
Característica central:
Distúrbio na integração das funções de consciência, memória, identidade ou
percepção do ambiente. (2)
PREVALÊNCIA
Prevalência: 5 a 10%.
Subtipos:
Amnésia Dissociativa,
Fuga Dissociativa,
Transtorno Dissociativo de Identidade (Transtorno de Personalidade Múltipla- TPM)
Despersonalização
Sintomas Dissociativos podem fazer parte dos
quadros:
SINTOMAS ▪ TEPT
▪ Transtornos Somatoformes
ÁREAS AFETADAS
NEGRO JUNIOR, Paulo Jacomo; PALLADINO-NEGRO, Paula; LOUZA, Mario Rodrigues. Dissociação e transtornos
dissociativos: modelos teóricos. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 21, n. 4, Dec. 1999 .
MANIFESTAÇÕES
NEGRO JUNIOR, Paulo Jacomo; PALLADINO-NEGRO, Paula; LOUZA, Mario Rodrigues. Dissociação e transtornos dissociativos:
modelos teóricos. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 21, n. 4, Dec. 1999 .
DISSOCIAÇÃO Pesquisadores de trauma sugerem que a dissociação
é empregada, muitas vezes, com o propósito de
COMO DEFESA alterar uma realidade que pode ser insuportável,
como no caso de trauma.
TRAUMA, ABUSO E DISSOCIAÇÃO
A maioria da literatura e pesquisa relativa à dissociação te sido apresentado no
contexto do trauma.
As crianças que sofrem abusos recorrentese de longa duração empregam a
dissociação como uma defesa comum para "escapar mentalmente" de sua realidade
enquanto são submetidos ao abuso.
Quando a criança espera o abuso de uma fonte imprevisível o uso da dissociação
pode se estender como defesa usada em momentos de extrema tensão, mesmo
quando a ameaça de abuso não existe.
“Em essência, a teoria do trauma sugere que a dissociação se origina quando um
indivíduo pode ser incapaz de integrar a totalidade de sua realidade diante de
uma ameaça de perigo esmagadora (Van der Kolk, 1996).
Esta defesa intrapsíquica permite ao indivíduo suportar sua realidade, por mais
maligna que seja, sem se sentir aniquilado como resultado de ter que suportá-la.”
Van der Kolk, Van der Hart e Marmar (1996) distinguem três categorias de
fenómenos dissociativos associados, mas separadas: a dissociação primária,
secundária e terciária.
DISSOCIAÇÃO PRIMÁRIA
Incapacidade de integrar os aspectos sensoriais e emocionais do trauma na
consciência, de modo que o indivíduo pode desconhecer a realidade do trauma.
Ex: amnésia de uma experência disruptiva
DISSOCIAÇÃO SECUNDÁRIA
Dissociação entre os egos de observação versus experiência, de modo que o
indivíduo pode permanecer consciente do próprio evento traumático, mas dissocia-
se ou empurra para fora da consciência o efeito negativo esmagador ligado ao
trauma.
Ex: cisão entre a experiência subjetiva e objetiva: se mantém a percepção, dissocia
o sentimento e as sensações e vice-versa.
DISSOCIAÇÃO TERCIÁRIA
Reflete-se no Transtorno de identidade dissociativa, representa uma dissociação de
"estados do ego" separados, consistindo em padrões cognitivos, afetivos e
comportamentais organizados, nos quais acredita-se que o indivíduo experimente
identidades ou estados do ego distintos. A dissociação terciária é muitas vezes
demonstrada por indivíduos com uma história duradoura de abuso grave (Van der
Kolk, Van der Hart e Marmar, 1996) e pode ser considerado o extremo mais
patológico dos processos dissociativos.
DISSOCIAÇÃO DE OBJETO E DO EGO
Pai abusador/protetor = pai mau (dissociado da consciência)/bom
Essas representações do pai podem então se entrelaçar com as representações
internalizadas da criança. Assim, não é surpreendente que as crianças que sofreram
abuso extremo nas mãos de seus pais também são susceptíveis de dissociar aspectos
de sua própria identidade, o que, no extremo, pode resultar na apresentação de
diferentes "estados do ego" ou eus distintos .
DISSOCIAÇÃO GERADA NA RELAÇÃO
INTERPESSOAL
Grande parte dos estudos que enfatizam a compreensão da dissociação como um
fenômeno intrapsíquico,
é importante investigar se a dissociação pode ser gerada interpessoalmente e / ou
se originar em fenômenos interpessoais. Uma exploração da dissociação à luz da
teoria do desenvolvimento pode levar a uma melhor compreensão dos aspectos
interpessoais da dissociação.
Os fatores ambientais familiares são um conjunto de fatores significativamente
relacionados à dissociação, acima e além do trauma sozinho.
(BRAUN & SACHS, 1985; KLUFT, 1984; MANN & SANDERS, 1994) (MALINOSKY-RUMMEL & HOIER, 1991 MANN & SANDERS, 1994; MODESTIN, LOTSCHER E THOMAS, 2002, MODESTIN ET AL., 200 MAARANEN ET AL., 2004 2,
Semelhanças entre as características do transtorno de
identidade dissociativa com o transtorno de apego.
TEORIA DO Indivíduos com TID tendem a demonstrar o
2. Mamer (1991) sugere que “na ausência de adultos nutridores, as crianças que
finalmente desenvolveram TPM devem usar a si próprias (ou seus alter egos) como
objetos transicionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
NEGRO JUNIOR, Paulo Jacomo; PALLADINO-NEGRO, Paula; LOUZA, Mario Rodrigues.
Dissociação e transtornos d.issociativos: modelos teóricos. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v.
21, n. 4, Dec. 1999 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44461999000400014&lng=en&nrm=iso>. access on 03 July 2010. doi:
10.1590/S1516-44461999000400014.
DUTRA, L., BIANCHI, I.; SIEGEL, D. J. ; LYONS-RUTH, K. The Relational Context of
Dissociative Phenomena. In: Dell, Paul F. II. O'Neil, John A, editors Dissociation and
the dissociative disorders: DSM-V and beyond . New York: Taylor & Francis e-
Library, 2011.