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10.

000 Questões Oncologia Ortopédica


Nordon et al.

2014: TARO, TEOT


2015: Anual R2, Mensal R2
2016: R3, R2, R2 anual, TARO, TEOT
2017: Encontro de Residentes
1000 questões

01. (TARO 2016)


a)
b)
c)
d)

Discussão:
Resposta:
Cisto ósseo aneurismático
426. Lesão lítica na metáfise distal do fêmur, insuflativa, excêntrica, de crescimento rápido,
com aspecto radiográfico tipo favo de mel, em paciente jovem, é mais sugestiva de
a) tumor de células gigantes
b) fibroma condromixoide
c) cisto ósseo aneurismático
d) condroblastoma

Discussão:
Condroblastoma: lesão epifisária.
Fibroma condromixoide: trabeculado fino, insuflativo, crescimento lento.
TGC: insuflativo, sem trabéculas, metafisário, pacientes a partir da 3-4 décadas de vida.
Cisto ósseo aneurismático: cisto com sangue em seu interior, localmente destrutivo.
Epidemiologia: Afeta principalmente ossos longos (20%) úmero proximal, joelho (fêmur distal,
tíbia proximal) e coluna (25%) (elementos posteriores). Pacientes com menos de 20 anos
(75%), discretamente mais comuns em mulheres. Associado a outros tumores em 30%: TGC;
condroblastoma; displasia fibrosa; fibroma condromixoide.
Quadro clínico: Pode apresentar dor, inchaço, fratura patológica. Déficit neurológico se lesão
medular.
Histologia: espaço cavernoso, espaços cheios de sangue sem linha endotelial. Limites da
cavidade: numerosas células gigantes benignas, finas faixas de osso lamelar novo, spindle cells.
Radiografia: lesão lítica, expansiva, que eleva o periósteo pelo crescimento rápida, mas se
mantém contida por uma fina camada de córtex (Enneking B2-3). Podem ter margens bem
definidas, ou característica permeativa – pode confundir com lesão maligna, mas geralmente é
bem característico. Excêntrico na metáfise.
Cintilografia: captação marginal, centro hipocaptante.
TC: delimita área do cisto em locais ruins ao rx (coluna, pelve).
RNM: o cisto ósseo aneurismático apresenta nível líquido de dupla densidade (deposição de
ferro); septos intralesionais.
Diagnóstico diferencial: Cisto ósseo simples; osteossarcoma telangiectásico. Histologicamente:
osteossarcoma telangiectásico, TGC.
Tratamento: Com fratura: tratamento conservador até consolidação; após consolidação, tratar
cisto como se não houvesse fratura, se ele não recrudescer com a própria consolidação.
Curetagem extensa com enxerto ósseo ou cimento; ressecção marginal (ossos de menor
importância); embolização.
Prognóstico: recorrência 10-20%. Mais frequente em: <15 anos, localização central, remoção
incompleta.
Resposta: C

26. Prova R2 2016. Lesão lítica na metáfise distal do fêmur, insuflativa, excêntrica, de
crescimento rápido, com aspecto radiográfico tipo favo de mel em paciente jovem é mais
sugestivo de:
a) TGC
b) fibroma condromixoide
c) cisto ósseo aneurismático
d) condroblastoma

Discussão:
Além de todas as outras características citadas, o aspecto em favo de mel é característico de
COA.
Resposta: C

43. (ER 2017) Lesão lítica na metáfise distal do fêmur, insuflativa, excêntrica, de crescimento
rápido, com aspecto radiográfico tipo favo de mel, em paciente jovem, é sugestivo de:
a) TGC
b) fibroma condromixoide
c) COA
d) condroblastoma

Discussão:
Falou favo de mel, falou COA. Mata a questão na hora.
De qualquer forma, lembrar: lesões insuflativas, metaepifisárias, excêntricas, também são
sugestivas de TGC, embora fêmur distal não seja o local mais comum.
Condroblastoma é uma lesão epifisária.
COA ocorre levemente mais em mulheres que em homens, com menos de 20 anos,
apresentando as características cima. Deve-se sempre curetar para diferenciar de um TGC ou
OS telangiectásico. Se ocorre na coluna (15-20% dos casos), acomete elementos posteriores.
Resposta: C
Condroblastoma
432. A lesão neoplásica que mais frequentemente afeta o centro de ossificação secundário de
osso longo é o:
a) osteocondroma
b) fibroma condromixoide
c) condroblastoma
d) encondroma

Discussão:
Adultos: somente o TGC é encontrado em epífises.
Osteocondroma, encondroma, fibroma condromixoide: metáfises.
Condroblastoma: lesão rara e benigna. Diferenciada do TGC pela matriz condroide.
Epidemiologia: 2H:1M; 80% menores de 25 anos. Lesão epifisial em pacientes jovens
(geralmente 12 anos). Fêmur distal e tíbia proximal >>> úmero proximal, fêmur proximal,
calcâneo, ossos chatos, apófise ou cartilagem trirradiada da pelve. Tipicamente epifisário, mas
ocasionalmente pode cruzar a fise.
Fisiopatologia: origem da placa epifisária cartilaginosa. < 1% desenvolvem metástases
pulmonares (similar ao TGC). Recorrência: 10-15%.
Apresentação: dor progressiva no local afetado; manquejar. Atrofia muscular, sensibilidade
sobre osso afetado, diminuição da ADM.
Radiografias: lesão lítica epifisária bem circunscrita com borda de osso esclerótico
agudamente demarcada da cavidade medular normal. Lesões geralmente cruzam fise até
metáfise. Calcificações podem estar presentes (25-45%). Rara expansão de partes moles.
Diferenciar: TGC; osteomielite; condrossarcoma de células claras.
TC: não indicada. Define extensão de lesão óssea.
RNM: Edema extenso.
Histologia: condroblastos organizados em paralelepípedos ou grade de galinheiro. Células
gigantes multinucleadas espalhadas com áreas focais de matriz condroide. Núcleos das células
estromais parecem grão de café, S100+. 1/3 dos condroblastomas têm áreas de cisto ósseo
aneurismático secundário.
Tratamento: curetagem intralesional estendida e enxerto ósseo. Tratamento padrão em
pacientes sintomáticos.
Ressecção cirúrgica: em metástases pulmonares.
Resposta: C

452. Em relação ao condroblastoma, é correto afirmar que:


a) não causa derrame articular
b) não afeta o osso subcondral
c) acomete o núcleo de ossificação secundário
d) seu diagnóstico diferencial é com cisto ósseo simples

Discussão:
O condroblastoma origina-se do núcleo de ossificação secundário, acometendo a metáfise.
Causa derrame articular, pode acometer apófises. Ocorre na fise ainda aberta.
Diagnóstico diferenciais para lesões epifisárias são: Condroblastoma (10-25 anos); TGC (20-40
anos); condrossarcoma claro (raro).
Resposta: C
03. (Prova Tumor R2 2015) Qual a neoplasia que apresenta aspecto anátomo-patológico com
presença de calcificações em tela de galinheiro?
a) Osteocondroma
b) Encondroma
c) Condroblastoma
d) Displasia fibrosa

Discussão:
O condroblastoma apresenta calcificações em tela de galinheiro ou em paralelepípedos. É uma
lesão epifisária, que se irradia para a metáfise, e ocorre em pacientes jovens. Afeta muito mais
joelho, depois úmero proximal.
A displasia fibrosa é pode afetar qualquer segmento do osso; apresenta lesão com borda
esclerótica e vidro fosco. A histologia apresenta estroma fibroso e osso lamelar com espículas
ósseas.
Resposta: C
Condroma
430. O condroma periostal ocorre mais frequentemente na região:
a) proximal da tíbia
b) distal do rádio
c) distal do fêmur
d) proximal do úmero

Discussão:
Condroma = lesão benigna de cartilagem hialina. Se ocorre na medular
é considerado encondroma. Se ocorre na cortical, condroma periosteal ou condroma
justacortical.
50% dos condromas periostais ocorrem no úmero proximal. Nas localizações proximais (pelve,
úmero e fêmur proximal), erosões endosteais grandes (>2/3 do córtex) indicam
condrossarcoma. Se houver acometimento de partes moles, é considerado condrossarcoma.
O condroma parosteal gera lesões pequenas, bem definidas, <3cm, com defeito cortical em
forma de pires. O córtex adjacente aparece esclerótico e a lesão parece ser sustentada por um
espessamento cortical.
O tratamento é com exames seriados. Se houver crescimento ou ficar sintomático: curetagem.
Resposta: D

22. Prova R3 2016. Qual o nome da lesão mostrada na figura ao lado?


a) Osteossarcoma
b) Sacroma periosteal
c) Condroma periosteal
d) Histiocitoma fibroso benigno

Discussão:
Pela localização e pelo aspecto de lesão, é um condroma periosteal.
50% ocorrem no úmero proximal.
Resposta: C

01. Prova R3 2016.


a)
b)
c)
d)

Discussão:

Resposta:
Condrossarcoma
429. A incidência de condrossarcoma secundário é mais frequente:
a) na doença de Ollier
b) na síndrome de Maffucci
c) na osteocondromatose múltipla
d) no condroblastoma

Discussão:
Condroblastoma secundário: origem em lesão cartilaginosa benigna pré-existente.
Doença de Ollier: encondromas múltiplos. Ossificação endocondral. Principalmente na epífise,
mas pode se irradiar para metáfise e diáfise. Pode ocasionar deformidades ósseas.
Aproximadamente 25% de malignidade aos 40 anos.
Síndrome de Maffucci: encondromas múltiplos com hemangiomas de tecidos moles: incidência
ainda maior.
Exostoses hereditárias múltiplas: 5%.
Osteocondroma solitário: 1%.
Resposta: B

433. No condrossarcoma, a presença de calcificações nos tumores de baixo grau de


diferenciação são de padrão:
a) anelar
b) sombreado
c) amorfo
d) salpicado

Discussão:
Condrossarcoma:
Lesão condrogênica maligna, pode ser:
- Primário: baixo grau, alto grau, desdiferenciado; condrossarcoma de células claras;
condrossarcoma mesenquimal. Pacientes de 40-75 anos.
- Secundário: originário de lesões benignas, incluindo: osteocondroma (<1%); exostose
hereditária múltipla (1-10%); encondromas (1%); doença de ollier (25-40%); Maffucci (100%).
Pacientes de 25-40 anos.
Ligeiramente mais comum em homens. Pelve, fêmur proximal, escápula. Localização é
importante, pois a mesma histologia pode ser benigna na mão e maligna em ossos longos.
85% são grau 1 ou 2; 15% são grau 3 ou desdiferenciados.
Prognóstico: lesões axiais e proximais têm curso mais agressivo.
Grau I: 90% sobrevivência.
Grau II: 60-70%
Grau III: 30-50%.
Desdiferenciado: 10%.
Subtipos:
Condrossarcoma de células claras: tumor imaturo cartilaginoso. 3-4 décadas de vida. Dor
insidiosa. Lesão epifisária, pode ser confundida com condroblastoma. Localmente destrutivo.
Pode metastatizar.
Condrossarcoma mesenquimal: padrão bifásico de cartilagem neoplásica com células azuis
pequenas. Pacientes mais jovens que no condrossarcoma típico. Pode ocorrer em vários locais
descontínuos; pode ocorrer nas partes moles. Tratamento inclui QT neoadjuvante + ressecção
ampla.
Radiografias: lesão lítica ou blástica com espessamento reativo do córtex.
Baixo grau: semelhante a encondromas, com expansão/espessamento cortical
adiciona e erosão endosteal. A calcificação do baixo grau, quando ocorre, é em forma de anel,
ao redor dos nódulos de cartilagem hialina.
Alto grau: destruição cortical e massa de partes moles. Quando ocorrem calcificações,
geralmente são amorfas.
Mineralização intralesional em pipoca.
Desdiferenciados: lesão condroide de menor grau com área altamente destrutiva
superimposta consistente com condrossarcoma de alto grau transformado em
desdiferenciado.
RNM/CT: útil para definir destruição cortical, envolvimento medular, envolvimento de partes
moles. Pode diferenciar do encondroma através da capa de cartilagem (>2cm = sugestivo de
malignidade).
Cintilografia: muito quente em todos os graus de condrossarcoma.
Histologia:
Baixo grau: poucas figuras mitóticas com aparência histológica branda.
Alto grau: estroma hipercelular com bolas azuis características.
Desdiferenciado: histologia bimórfica. Componente condroide de baixo grau;
componente de alto grau de spindle cells.
Tratamento:
Curetagem intralesional: lesões grau 1. Alguns autores recomendam excisão de todos
os condrossarcomas na pelve, mesmo se grau 1.
Excisão cirúrgica ampla: grau 2 ou 3.
Não há indicação de RT ou QT no condrossarcoma intramedular típico.
Excisão ampla + QT: condrossarcoma mesenquimal; papel controverso no
condrossarcoma desdiferenciado.
Resposta: A

450. São fatores prognósticos para o condrossarcoma, exceto:


a) grau histológico do tumor
b) localização
c) realização de procedimento cirúrgico adequado
d) resposta à QT

Discussão:
O condrossarcoma não responde nem à QT, nem à RT. Outros fatores prognósticos são: grau
histológico, localização, realização de ressecção adequada.
Resposta: D

451. A incidência de condrossarcoma secundário é mais frequente:


a) na doença de Ollier
b) na síndrome de Maffucci
c) na osteocondromatose múltipla
d) na condromatose sinovial

Discussão:
A probabilidade de malignização na doença de Ollier é 25%; na osteocondromatose múltipla,
5%; na síndrome de Maffucci, 100%.
Resposta: B

9. Prova de tumor R2 2015. O condrossarcoma de alto grau, quando diagnosticado na infância,


tem como principal diagnóstico diferencial o:
a) osteossarcoma condroblástico
b) condroblastoma maligno
c) fibrossarcoma congênito
d) rabdomiossarcoma

Discussão:

Condrossarcoma de alto grau – se a biópsia vier com osteoide maligno, deve ser diferenciado
do osteossarcoma condroblástico. O primário afeta pacientes mais velhos (40-75), e o
secundário, mais novos (25-40 anos), principalmente após síndromes com osteocondromas
múltiplos. É diferenciado do encondroma pela capa de cartilagem de >2cm.

Osteossarcoma condroblástico
Condroblastoma – epifisário, pacientes jovens. Principal DD de TGC (que ocorre em adultos).

Rabdomiossarcoma – Sarcoma mais comum na infância. Massa indolor de crescimento rápido.


Células azuis. Afeta partes moles.
Resposta: A

26. Prova R3 2016. Em relação aos condrossarcomas, assinale a alternativa correta:


a) o tratamento é puramente baseado em QT e RT
b) Encondromas com mais de 1 cm de capa cartilaginosa sugerem malignidade
c) A partir da suspeita em exames de imagem, é comum se indicar sua exérse sem confirmação
anatomopatológica prévia, em razão das altas taxas de contaminação e recorrência devido à
realização da biópsia
d) Pico de incidência é entre 40-60 anos para o secundário e 25-45 anos para o primário.

Discussão:
Condrossarcoma não responde a QT nem a RT; encondromas com mais de 2cm de capa
cartialginosa sugerem malignidade; pico de incidência de 40-75 anos para primário e 25-45
para secundário.
Resposta: C

27. Prova R3 2016. A imagem a seguir é sugestiva de qual


tumor?
a) Osteossarcoma
b) Condrossarcoma
c) Fibrossarcoma
d) Plasmocitoma

Discussão:
A lesão ao lado apresenta características de condrossarcoma,
com formação de pontos de cartilagem intraóssea, e o
componente maligno, com erosão da cortical.
Osteossarcoma apresentaria lesões líticas e reação periosteal.

Resposta: B

31. Prova R3 2016. Paciente de 50 anos de idade, refere dor na região proximal do úmero E há
6 meses. RX e lâmina abaixo. Qual o diagnóstico?

a) Osteossarcoma
b) Tgc
c) Cordoma
d) Condrossarocma

Discussão:
A radiografia já é bastante diagnóstica de condrossarcoma, tanto pela idade, quanto pela
localização e pelo aspecto.
Resposta: D

70. (TEOT 2016) Qual a causa mais comum de osteossarcoma secundário?


a) Irradiação prévia
b) Osteomielite
c) Osteogenese imperfeita
d)

Discussão:
Osteossarcoma secundário se associa a:
Doença de Paget – 1% deles; 5-10% se doença poliostótica; RT prévia (1% dos pacientes com
>2500Gy); displasia fibrosa, infarto ósseo, osteocondroma, OMC, melorreostose, OI.
Resposta: A

38. (TARO 2015) O condrossarcoma primário tem seu pico de incidência na faixa etária entre:
a) 0 e 20 anos
b) 20 e 40 anos
c) 40 e 60 anos
d) 60 e 80 anos

Discussão:
9% das malignidades ósseas, metade do osteossrcoma. Segunda mais comum primária não
hematológica. Picos entre 40 e 60 anos para o primário e 25 e 45 anos para o secundário.
Resposta: C
v
Metástases
427. Na metástase óssea de origem desconhecida, os tumores primários mais prováveis são os
de:
a) mama e próstata
b) tireoide e estômago
c) intestino e pâncreas
d) pulmão e rim

Discussão:
Em ordem decrescente de frequência de metástase: mama e próstata, pulmão, rim, tireoide,
trato intestinal.
Os mais comuns de origem conhecida são mama e próstata.
No caso de origem desconhecida, são pulmão e rim, pois metastatizam cedo e antes de o
tumor primário ser diagnosticado.
Resposta: D

443. Qual o local mais comum onde ocorrem metástases dos sarcomas ósseos?
a) suprarrenal
b) pulmão
c) rim
d) outro osso

Discussão:
Os sarcomas ósseos produzem metástase principalmente para os pulmões; o segundo local
mais acometido é osso. Estadiamento deve, portanto, incluir cintilografia e tc de pulmão.
Resposta: B

463. Qual o principal diagnóstico diferencial da metástase óssea?


a) condrossarcoma
b) TGC
c) mieloma múltiplo
d) cisto ósseo simples

Discussão:
Após os 40 anos de idade, as principais hipóteses diagnósticas para tumores são metástases e
mieloma múltiplo. Como a metástase, o MM pode apresentar múltiplas lesões, mas estas são
predominantemente em saca-bocado e sem esclerose perilesional, ao contrário das
estasesses, que podem ser líticas (rim e tireoide), blásticas (próstata e mama), mista (pulmão).
LIRITI BLAMAPRO MIPU No geral, a cintilografia das metástases é quente, enquanto do MM é
fria. Por isso, no aparecimento de uma lesão em paciente com mais de 40 anos, deve-se
procurar a origem, realizando cintilografia, tc de tórax, abdome e pelve, RNM do local
acometido e exames direcionados para a neoplasia suspeita (mamografia para mama, PSA
para próstata, TC para pulmão, rins, intestino, USG para tireoide, eletroforese de proteínas
séricas para MM).
Resposta: C

465. Quando uma metástase óssea ocorre nos ossos longos, distalmente ao joelho e cotovelo,
o tumor primário mais provável é de:
a) próstata
b) mama
c) rim
d) pulmão

Discussão:
A lesão distal secundária a neoplasia primária mais comumente é relacionada a câncer de
pulmão.
Resposta: D

27. Prova R2 2016. Na metástase óssea de origem desconhecida, os tumores primários mais
prováveis são os de:
a) mama e próstata
b) tireoide e estômago
c) intestino e pancreas
d) pulmão e rim

Discussão:
De origem desconhecida, são mais comuns de pulmão e rim.
De origem conhecida, são mama e próstata.
Resposta: D

29. Prova R2 2016. Paciente de 40


anos e tabagista, com RX ao lado.
Qual a principal hipótese
diagnóstica?
a) Metástase de tumor primário de
próstata
b) Metástase e tumor primário de
rim ou pulmão
c) Osteomielite hematogênica
d) TGC

Discussão:
Acima dos 40 anos deve-se sempre
pensar em mieloma múltiplo ou
metástase para lesões ósseas. Uma lesão lítica/blástica de aspecto agressivo como mostrada
fala a favor de tumor de Rim ou tireoide (LIRITI) ou pulmão (MIPU). Tumor primário de origem
desconhecida mais provável é pulmão ou rim. Além disso, o paciente é tabagista, sendo mais
um fator a favor de pulmão.
Por fim, pacientes com tumor de próstata geralmente já o sabem e são de faixa etária mais
avançada.
Resposta: B

94. (TARO 2014) A ressecção de uma metástase óssea isolada com margem alargada é indicada
se for secundária ao carcinoma:
a) renal
b) intestinal
c) pulmonar
d) tireoidiano

Discussão:
Uma lesão metastática de origem renal pode ser tratada com intenção curativa com ressecção
ampla.
Resposta: A

44. (ER 2017) Na metástase óssea de origem desconhecida, os tumores primários mais
prováveis são os de:
a) mama e próstata
b) tireoide e estomago
c) intestino e pancreas
d) pulmão e rim

Discussão:
Questão batida. Os principais causadores de metástases são mama e próstata; contudo, como
eles geralmente são descobertos cedo, devido aos exames preventivos, eles não são
considerados na origem desconhecida. Quando identificadas metástases e não se sabe a fonte,
geralmente provém de câncer de pulmão ou rins, que são mais silenciosos e geralmente
identificados pelas próprias metástases, que ocorrem mais precocemente em relação aos
outros dois. Lembrar também que, se distais aos cotovelos e joelhos, geralmente são oriundos
do pulmão.
Resposta: D

28. (TEOT 2014) Metástase distal ao cotovelo e joelho, qual o sítio primário mais comum?
a) pulmao
b) rim
c) prostata
d) mama

Discussão:
Me recuso a discutir isso de novo.
Resposta: A
Mieloma múltiplo
428. Gamaglobulinopatia com pico monoclonal na imunoeletroforese está presente:
a) no linfoma
b) no hiperparatireoidismo
c) na osteomielite
d) no mieloma

Discussão:
Gamaglobulinopatia monoclonal é característica do mieloma. Em lesão única, considerar
osteomielite crônica, com abundantes células plasmocitárias. Apresenta células plasmáticas
monoclonais, enquanto o plasmocitoma mostra cadeias livres capa e lambda monoclonais.
Mieloma múltiplo:
Proliferação de plasmócitos com lesões esqueléticas. Produz imunoglobulinas: IgG (52%); IgA
(21%); IgM (12%). Cadeias leves: kappa ou lambda (proteínas de Bence Jones).
Epidemiologia: malignidade óssea primária mais comum. >40 anos; mais homens que
mulheres; 2X mais comum em negros.
Prognóstico: 5 anos: 30%; 10 anos: 11%.
Fatores de mau prognóstico: deleção do cromossomo 13 ou translocação 4:14;
plasmócitos circulantes; microglobulina beta2 aumentada; albumina reduzida; aumento de
microvasos medulares.
Melhor prognóstico é do plasmocitoma solitário.
Quadro clínico: Dor, fratura patológica, fadiga.
Diagnóstico: plasmócitos clonais > 10% ou plasmocitoma ósseo ou extramedular provado por
biópsia e uma ou mais dos seguintes eventos definidores ou CRAB:
- Lesões de órgãos que podem ser atribuídas aos plasmócitos, especificamente:
hiperCalcemia; insuficiência Renal; Anemia; Bone lesion.
- Marcadores de malignidade: > 60% de plasmócitos ao exame de medula óssea;
cadeias leves livres envolvidas/não envolvidas > 100; mais de uma lesão focal na RNM de pelo
menos 5mm.
Radiografias: lesões em saca bocado; a falta de função osteoblástica gera lesões sem borda
esclerótica. Vale fazer rx de todos os ossos, pois a cintilografia é fria em 30%
RNM: lesões com hipersinal em t2 e hipossinal em t1. Mais sensível para pelve e coluna.
Cintilografia: fria em 30%.
FDG-PET: sensibilidade de 93%, melhor que RX.
Laboratoriais: anemia, aumento da creatinina, hipercalcemia (presente em 30% pela
reabsorção óssea), VHS elevado, eletroforese de proteínas com espícula M(50% IgG 25% IgA),
proteinúria, eletroforese de proteínas da urina pode mostrar proteinúria de Bence-Jones.
Histologia: células plasmáticas redondas com núcleo excêntrico. Porcentagem de plasmócitos
no aspirado de medula diferencia plasmocitoma (10-30%) de MM (>30%). CD38+.
Tratamento: gamopatia monoclonal de significado desconhecido ou MM assintomático:
avaliação anual.
MM: Não cirúrgico: QT multiagentes: principal tratamento; utilizado isoladamente apenas para
pacientes não candidatos a TMO (>65 anos, más condições físicas). QT citotóxica + esteroides.
TMO: não é curativa, mas atrasa evolução da doença em 2-3 anos.
Bisfosfonatos: diminuem o número de eventos esqueléticos em pacientes com
MM.
Cirúrgico: estabilização cirúrgica e irradiação. Indicações: para fraturas completas ou
iminentes. Quando expectativa de vida superior a 3 meses. Fraturas em compressão de coluna
com instabilidade ou compressão neural resistente a irradiação.
Resposta: D

435. O tumor ósseo que usualmente não apresenta hipercaptação na cintilografia é o:


a) condrossarcoma
b) sarcoma de Ewing
c) mieloma múltiplo
d) osteossarcoma de baixo grau

Discussão:
Como o mieloma múltiplo não produz reação óssea ao redor da lesão (lise sem borda
esclerótica), a cintilografia é negativa. Exceção: fraturas patológicas em consolidação.
Resposta: C

455. No mieloma múltiplo, na radiografia e na cintilografia temos, respectivamente:


a) lesões líticas com bordas escleróticas e hipercaptação
b) lesões líticas sem bordas escleróticas e hipercaptação
c) lesões líticas com bordas escleróticas e nromocaptação
d) lesões líticas sem bordas escleróticas e normocaptação

Discussão:
AS lesões do mieloma múltiplo são em saca bocado, ou seja, classicamente líticas e sem bordas
escleróticas. Por consequência, não há captação normalmente na cintilografia, a não ser que
ocorra fratura e esteja em consolidação.
Resposta: D

457. Mieloma múltiplo causa:


a) lesões líticas e hipocalcemia
b) lesões líticas e hipercalcemia
c) lesões blásticas e hipercalcemia
d) lesões blásticas e cálcio sérico normal

Discussão:
O mieloma múltiplo provoca lesões líticas sem bordas escleróticas. Apresenta-se através do
acrônimo CRAB: hiperCalcemia, insuficiência Renal, Anemia, Bone lesions.
Resposta: B

17. Prova Anual R2 2015. Assinale a incorreta sobre Mieloma Múltiplo


a) É a doença maligna óssea primária mais comum
b) Predomina no sexo masculino
c) Na análise histopatológica, em situações raras encontramos produção abundante de
amiloide
d) A IHQ ajuda no diagnóstico diferencial com o linfoma, que costuma ser positivo para CD45 e
CD20 (linfoma).

Discussão:
É a malignidade óssea primária mais comum, predomina no sexo masculino. Apresenta células
redondas azuis com núcleos com cara de relógio, citoplasma abundante, halo perinuclear.
Substância amiloide pode ser abundante. Na IHQ< é positivo para CD56 e negativo para CD45 e
CD 20 (ambos positivos para linfoma).
Resposta: C

45. (ER 2017) Gamaglobulinopatia com pico monoclonal na imunoeletroforese está presente:
a) no linfoma
b) no hiperparatireoidismo
c) na osteomielite
d) no mieloma

Discussão:
Esta é uma questão de prova para entrar na residência. Basta você ler as primeiras quatro
palavras e procurar Mieloma múltiplo. Não precisa nem se dar ao trabalho de ler o resto.
Interessante lembrar que são células em “face de relógio”.
Para as questões, vale lembrar também que não apresenta captação na cintilografia.
Entretanto, na realidade apenas 30% são frios. Ou seja, a maioria ainda capta. Mas não brigue
com a questão.
Resposta: D

75. (TEOT 2014) Qual o principal sintoma do paciente com mieloma múltiplo?
a) Astenia
b) Dor óssea
c) Parestesia
d) Perda de peso

Discussão:
O principal sintoma é dor óssea. Também podem ocorrer fadiga e fraturas patológicas.
Resposta: B
Osteocondroma

449. Sobre a ocorrência de malignização em um osteocondroma solitário, podemos dizer que


é:
a) rara e para osteossarcoma
b) comum e para osteossarcoma
c) comum e para condrossarcoma
d) rara e para condrossarcoma

Discussão:
Osteocondromas são lesões em forma de caule produzidas por ossificação endocondral
progressiva. 90% têm lesão única. Mais comumente na metáfise de ossos longos. Fêmur distal,
tíbia proximal, úmero proximal.
Quando maligniza-se, torna-se um condrossarcoma. 1% de chance em lesões únicas, 5% em
exostoses múltiplas, 25% na doença de Ollier, e 100% na síndrome de Maffucci.
Resposta: D
Osteoma Osteoide/Osteoblastoma
444. O tumor de Dahlin, chamado de osteoma osteoide gigante, é o:
a) condroblastoma
b) osteoblastoma
c) hemangioma intraósseo
d) tgc

Discussão:
“Irmão mais velho” do osteoma osteoide. Nidus >2cm.
Epidemiologia: raro, menos comum que OO. 10-30 anos, 2-3 homens para cada mulher, 40-
50% na coluna. Cisto ósseo aneurismático secundário associado em 10-40%.
Sintomas: dor pior à noite, aliviada com AINE, que progressivamente passa a não ser mais
responsiva. Pode apresentar sintomas neurológicos com envolvimento vertebral; edema,
atrofia muscular, manquejar. Pode ocorrer escoliose antálgica. Lombar: compressão de raiz é
mais comum. Dorsal: compressão medular é mais comum.
Radiografia: lesão lítica ou mista com nidus radioluscente >2cm; osso esclerótico reativo; 66%
cortical, 33% medular. Geralmente expansivo com extensão até tecidos moles com borda de
osso reativo; 25% parecem bastante agressivos e são confundidos com lesão maligna.
TC: indicada para avaliação completa da lesão.
Cintilografia: quente com captação focal intensa.
Histologia: similar ao OO, mas com mais células gigantes; demarcação distinta entre nidus e
osso reativo. Nidus de osteoide imaturo e osteoblastos com citoplasma abundante e núcleos
normais. Estroma fibrovascular que funde com trabéculas ósseas normais. Borda de
osteoblastos circunda osteoide. Numerosas mitoses, sem atipia.
Diagnósticos diferenciais: osteossarcoma; cisto ósseo aneurismático; osteomielite; osteoma
osteoide.
Diferenciando de OO: o OB é raro, localmente agressivo, mas benigno; mais de 40% ocorrem
nos elementos posteriores da coluna e sacro; dor não responsiva a AINE; maior.
OO OB
Incidência 10% dos tumores benignos 3%
Tamanho <2cm (tipicamente <1.5) >2 (geralmente 3.5-4cm)
Local >50% em diáfise de ossos >35% em elementos posteriores
longos da coluna
Localização Fêmur proximal > diáfise da Coluna vertebral > úmero
tíbia > coluna proximal > quadril
História natural Autolimitado Progressivo
Histologia Aparência benigna, sem Aparência benigna, crescimento
potencial de crescimento, localizado, com potencial
nidus central de osteoide mais agressivo. Lesão central menos
organizado e circundado por organizada e com mais
osteoblastos vascularização
Sintomas Dor noturna que melhora com Dor surda que não melhora com
AINE AINE, >50% com sintomas
neurológicos
Manejo de lesões da Tratamento não cirúrgico é Cirurgia é sempre indicada pois
coluna indicado como primeira linha não respondem a tratamento
de tratamento conservador
Tratamento: Observação: raramente indicada, pois a lesão continuará a crescer
Cirúrgico: curetagem ou excisão marginal com enxerto ósseo. Recorrência 10-20%.
Resposta: B

04. (Prova Tumor R2 2015) O osteoma osteoide, quando presente na coluna vertebral, localiza-
se mais frequentemente:
a) na metade anterior do corpo vertebral
b) na metade posterior do corpo vertebral
c) nos processos transversos
d) no segmento posterior da vértebra

Discussão:
Nos diagnósticos diferenciais de lesões da coluna:
>40 anos: metástases, mieloma múltiplo, hemangioma, cordoma.
<30 anos: corpo vertebral: histiocitose, hemangioma
Elementos posteriores: osteoma osteoide, osteoblastoma, cisto ósseo aneurismático.
O OO, quando presente na coluna, geralmente acomete os elementos posteriores.
Resposta: D

43. Prova R3 2016. Sobreo osteoma osteoide, assinale a alternativa correta:


a) Dor pior pela manhão, melhora com salicilatos
b) Tipico da região anterior da coluna
c) Nidus radioluscente geralmente <1,5cm
d) Mais comum em mulheres

Discussão:
A dor do OO é tipicamente à noite e melhora com AINE. Tíipico dos elementos posteriores da
coluna. O nidus é menor que 1,5cm. Mais comum em homens.
Resposta: C
Osteossarcoma
438. No osteossarcoma, a sequencia correta de tratamento é
a) cirurgia/qt/rt
b) cirurgia/rt/qt
c) qt/cirurgia/qt
d) qt/cirurgia/rt

Discussão:
Osteossarcoma:
É o sarcoma primário mais comum do osso. A neoplasia maligna mais comum do osso é
metástase; a neoplasia primária maligna é mieloma. Neoplasia maligna não hematogênica
primária mais comum.
Epidemiologia: geralmente crianças e adultos jovens; distribuição bimodal (maioria ocorre na
secunda década de vida); segundo pico em idosos com Paget.
Parosteal: 3-4 década, mulheres.
Secundário: mais velhos, mais comum em homens.
Relacionado a retinoblastoma hereditário, Sd. Rothmund-Thomson e Li-Fraumeni.
Ossos de maior crescimento: fêmur distal, tíbia proximal, úmero proximal.
Malignidade: mais comumente diagnosticado como IIB (alto grau, extracompartimental, sem
meta); 10-20% dos pacientes apresentam metástases pulmonares. Pulmão é o sítio mais
comum; osso é o segundo mais comum.
Prognóstico: 76% de sobrevida com tratamento moderno. Alto grau: 60-70%; baixo grau: 90%.
Metástase pulmonar: <20% (principal fator prognóstico). Ordem de fatores prognósticos:
metástase > grau de lesão > tamanho do tumor > localização.
Fatores de mau prognóstico: estado avançado (maior preditivo de sobrevida);
resposta à QT (Huvos); local do tumor e tamanho; expressão de P-glicoproteína; FA sérica
elevada; DHL elevado; envolvimento vascular; margens cirúrgicas; tipo de regime de QT.
O principal fator prognóstico é o estágio ao diagnóstico; 15% já são diagnosticados
com meta pulmonar. Aqueles com meta não pulmonar têm prognóstico ainda pior. O 2º é o
grau da lesão: baixo grau raramente metastatiza.
Tamanho maior = pior, mais proximal = pior.
Resposta a QT neoadjuvante: Huvos 3 e 4: bom prognóstico.
Mau prognóstico após tratamento: relapso rápido, > 8 nódulos pulmonares, nódulos
grandes (>3cm) ou irressecáveis.
Sintomas: dor rapidamente progressiva, febre, edema; massa à palpação. 25% apresentam dor
noturna; no alto grau, a dor é progressiva, mas no baixo grau, pode apresentar massa indolor.
Radiografia: lesão mista. Aspecto permeativo, bordas mal delimitadas, reação periosteal em
triângulo de Codman ou raios de sol. Grande massa de partes moles com manutenção de
córtices ósseos. Metafisário; apenas 10% primariamente diafisários e 1% epifisários.
RNM: incluir todo o osso para avaliar: envolvimento de partes moles, envolvimento
neurovascular, presença de metástases em salto (se encontradas, considerado estágio III).
Cintilografia: lesão muito quente; útil para ver extensão local da doença e presença de
metástases.
TC: para avaliar metástases pulmonares (a mais comum).
Laboratório: FA elevada 2-3 vezes o normal.
Histologia: atipia significante, produz “osteoide em laço”; células estromais mostram
características malignas com atipia, razão alta nuclear a citoplasmática, figuras mitóticas
anormais. Células de aparência condroblástica, fibroblástica ou osteoblástica. Células gigantes
podem estar presentes e confundir o diagnostico. Biópsia é necessária para definir o
tratamento.
Classificação:
Primário: convencional, baixo grau intramedular, parosteal, periosteal, alto grau
superficial, telangiectásico, e de pequenas células.
Secundário
O mais comum é o convencional; começa IM, pode quebrar o córtex e formar uma
massa de tecidos moles.
Periosteal: malignidade intermediária, surge na superfície do osso. Mais comum nas
diáfises do fêmur e tíbia. Ligeiramente mais velhos e maior amplitude etária.
Baixo grau intramedular: tipo raro, curso indolente, características benignas
(relativamente) ao rx, podendo ser confundido com osteoblastoma ou displasia fibrosa. Pode
também atravessar o córtex na fase tardia.
Osteossarcoma parosteal: raro, baixo grau, nasce na superfície do osso e invade a
medula em estágio avançado. Massa lobulada ossificada no aspecto posterior de fêmur
distal. TC: ajuda a diferenciar da miosite ossificante ou osteocondroma. Apresenta mais
calcificação central do que periférica.
Alto grau superficial: mais raro, agressivo. Lesão invasiva, de bordas mal definidas.
Envolvimento medular é comum na hora do diagnóstico.
Osteossarcoma telangiectásico: lesão puramente lítica. Parece um cisto cheio de
sangue, porém é definitivamente maligno à microscopia.
OS células pequenas: raro, com células azuis que podem lembrar Ewing ou linfoma.
OS secundário: >50 anos; FR: Paget, RT anterior. No Paget, geralmente entre 6 e 8
décadas, mais comum na pelve.
Tratamento: QT + ressecção de salvamento de membro. Alto grau. QT pré (8-12 semanas) + QT
pós (6-12 meses). 98% necrose = bom prognóstico. Sobrevida é igual após amputação ou
ressecção com preservação do membro para tratar de doença local. Rotacionoplastia é uma
boa opção para manter função, bastante utilizada em pediatria.
Ressecção com margem ampla: OS de baixo grau como parosteal.

Resposta: C

442. No osteossarcoma, o comprometimento ósseo e a metástase pulmonar são mais bem


avaliados, respectivamente, por
a) TC e RNM
b) TC e TC
c) RNM e TC
d) RNM e RNM

Discussão:
A RNM permite avaliar a extensão de comprometimento medular, de partes moles, periosteal
pelo tumor. A TC é mais utilizada para a avaliação de metástases pulmonares (útil em qualquer
tumor).
Resposta: C

445. Abaixo são características do osteossarcoma, exceto:


a) reação periosteal
b) acometimento metafisário
c) aspecto blástico
d) esclerose reacional ao redor da lesão

Discussão:
O osteossarcoma é uma lesão mista, de acometimento metafisário, crescimento rápido e
consequente reação periosteal importante. Não provoca, porém, esclerose perilesional.
Resposta: D

446. Após a ressecção de um osteossarcoma, segundo a classificação de HUVOS-Ayala, que


paciente terá o melhor prognóstico?
a) 4
b) 3
c) 2
d) 1

Discussão:
A classificação de Huvos é utilizada para a avaliação da peça patológica após a quimioterapia, e
é dividida em:
1 – até 50% de necrose – mau prognóstico.
2 – até 90% de necrose – mau prognóstico
3 – ate 99% de necrose – melhor prognóstico
4 – 100% de necrose – o melhor prognóstico
Resposta: A

447. Considerando o padrão histológico e o grau de malignidade do osteossarcoma parosteal,


é correto afirmar, respectivamente:
a) tecido ósseo e alto grau
b) tecido ósseo mais fibroso e baixo grau
c) tecido fibroso e baixo grau
d) tecido ósseo mais fibroso e alto grau

Discussão:
O OS parosteal inicia-se na superfície do osso e invade a medular. Classicamente cria uma
lesão lobulada na cortical posterior do fêmur. Rara, de baixo grau, constituída de tecido fibro-
ósseo. Semelhante histologicamente a um OS intramedular de baixo grau. Mais comum em
mulheres.
Resposta: B

448. Dentre os osteossarcomas, qual não se inclui nos de superfície?


a) telangiectásico
b) parosteal
c) periosteal
d) alto grau

Discussão:
São considerados como de superfície os osteossarcomas periosteal (malignidade
intermediária, diáfise de tíbia e fêmur, inicia-se na superfície, pacientes ligeiramente mais
velhos e com faixa etária mais ampla), parosteal (baixo grau de malignidade, inicia-se
superficialmente e depois penetra na medular, forma tecido ósseo-fibroso, mais mulheres) e o
de alto grau são considerados como de superfície. O telangiectásico forma cistos repletos de
sangue, como o COA, sendo diferenciado na microscopia.
Resposta: A

14. Prova de tumor R2 2015. Com relação ao sarcoma osteogênico, é correto afirmar que:
a) é mais frequente na primeira década de vida
b) o local mais acometido é o terço proximal do úmero
c) e o mais frequente no sexo feminino
d) tem predileção pela metáfise dos ossos longos

Discussão:
O osteossarcoma é o mais frequente entre a segunda e terceira décadas de vida. O local mais
acometido é fêmur distal, seguido de tíbia proximal e aí úmero proximal. Não é o tumor mais
frequente em mulheres. Afeta principalmente a metáfise.
Resposta: D

28. Prova R3 2016. Sobre os osteossarcomas secundários, assinale a alternativa correta:


a) raramente ocorre em jovens
b) OMC não é um fator causal
c) Nos pacientes com doença de Paget, a pelve é a segunda localização mais comum
d) Apresentam baixos índices de sobrevida em 5 anos.

Discussão:
Raramente acomete jovens; representa aproximadamente 50% dos osteossarcomas nos
pacientes com mais de 50 anos.
Fatores causais comuns: geralmente acomete mais a pelve; ocorre em 1% dos pacientes com
Paget, e até 5-10% dos com doença poliostótica avançada. 6ª a 8ª décadas de vida.
Outras causas: irradiação; displasia fibrosa; infartos ósseos; osteocondromas; OMC;
condrossarcomas; Osteogênese imperfeita.

Resposta: A

29. Prova R3 2016. Sobre os OS, assinale a alternativa incorreta:


a) o subtipo parosteal é mais comum em mulheres
b) Geralmente se apresentam como imagens agressivas epifisárias
c) Pulmão é o sítio mais comum de metástases
d) 2ª neoplasia óssea primaria mais comum

Discussão:
OS apresenta lesões agressivas metadiafisárias.
Resposta: B

34. Prova R2 2016. Sobre o osteossarcoma, assinale a alternativa incorreta:


a) sarcoma ósseo mais comum
b) a presença de células fusiformes ao AP faz o diagnóstico
c) a maioria dos pacientes é classificado como estágio IIB de Ennekking
d) envolvimento neurovascular, fraturas patológicas e incapacidade de obtenção de margens
amplas são contraindicações para a preservação cirúrgica do membro.

Discussão:
A presença de fratura não impede a preservação do membro, contanto que sejam obtidas
margens amplas.
Resposta: D

48. Prova R2 2016. Paciente masculino, 16 anos, com osteossarcoma de alto grau no fêmur
distal sem metástases. Qual é o melhor tratamento?
a) ressecção ampla ou radical, RT
b) ressecção ampla ou radical, QT adjuvanete
c) RT, ressecção ampla ou radial, QT adjuvante
d) QT neoadjuvante, ressecção ampla ou radical, QT adjuvante

Discussão:
Sempre a ordem: QT  cirurgia  QT
Resposta: C

49. Prova R2 2016. Qual é o tumor maligno primário com maior prevalência na coluna?
a) Cordoma
b) Hemangioma
c) Mieloma múltiplo
d) Osteoblastoma

Discussão:
O maligno mais comum é metástase. Se maligno primário, é mieloma múltiplo. O segundo
maligno mais comum é cordoma.
Resposta: C

30. (ER 2017) Qual o tipo de Osteossarcoma que acomete preferencialmente a região posterior
e distal do fêmur?
a) osteossarcoma osteoblástico
b) osteossarcoma periosteal
c) osteossarcoma parosteal
d) osteossarcoma de pequenas células

Discussão:
Periosteal: superfície, pessoas mais velhas, faixa etária mais ampla, afeta principalmente
diáfise de fêmur e tíbia.
Células pequenas: raro, pode lembrar Ewing ou Linfoma.
O sarcoma parosteal origina-se na superfície do osso e invade a medular apenas tardiamente.
Forma uma massa lobulada posterior no fêmur distal. Pode ser usada TC para diferenciar de
miosite ossificante ou osteocondroma.
Resposta: C

25. (TEOT 2014) Qual o local mais comum de osteossarcoma secundário a Paget?
a) escapula
b) coluna
c) pelve
d) tibia

Discussão:
Osteossarcoma secundário geralmente atinge mais a pelve, ocorrendo em 1% dos casos e
Paget e 5-10% dos casos de doença poliostótica.
Resposta: C
Sarcoma de Ewing
437. O prognóstico no sarcoma de ewing é pior:
a) na raça negra
b) no sexo feminino
c) caso haja translocação entre os cromossomos 11 e 22
d) se houver baixa resposta à quimioterapia neoadjuvante

Discussão:
Sarcoma de Ewing:
1ª neoplasia maligna mais comum em menores de 10 anos; 2ª mais comum em menores de 30
anos; 3ª neoplasia maligna não hematológica mais comum.
Epidemiologia: 5-25 anos, metáfise de ossos longos (pelve, fêmur distal, tíbia proximal, diáfise
femoral, úmero proximal), ligeiramente mais comum em homens, extremamente raro em
negros.
Genética: t(11:22) encontrada em todos os casos.
Prognóstico: 60-70% de sobrevivência em longo prazo com lesão isolada de extremidade e
tratamento adequado/respostas a QT; 40% sobrevivência com lesões pélvicas; 15%, se
metastático.
Fatores de mau prognóstico: tumores pélvicos e vertebrais; maiores que 100cm³;
Huvos 1 e 2; DHL elevado; mutação do P53 em associação à translocação. Pior prognóstico se
início após 12-15 anos e homens.
Sintomas: Dor insidiosa, geralmente acompanhada por febre. Imita infecção. Edema e
sensibilidade local. Tempo até diagnóstico é geralmente de 34 semanas.
Radiografia: lesão destrutiva grande na metáfise/diáfise com aspecto roído por traças; pode
ser puramente lítica ou ter variáveis quantidades de osso reacional neoformado; reação
periosteal em casca de cebola ou raios de sol.
Cintilografia: lesão bem quente
RNM: investigar extensão para tecidos moles e medula; geralmente mostra componente
grande de partes moles.
TC de tórax: estadiamento adequado.
Laboratório: VHS elevado, leuco elevado, anemia, DHL elevado.
Biópsia de medula: importante como parte da avaliação para excluir metástase para medula. A
punção traz líquido com aparência de pus – de forma que toda OM puncionada deve ser
enviada para anatomopatológico para excluir Ewing!
Histologia: células pequenas e azuis; núcleo proeminente e pouco citoplasma; pseudorosetas
(círculo de células com necrose no centro).
IHQ: CD 99 +, MIC2 +, PAS +, vimentina +, citoqueratina -, reticulina -.
Tratamento:
QT + ressecção com preservação de membro: padrão; QT neoadjuvante 8-12 semanas
 cirurgia  QT 6-12 meses. Evita-se RT pelo risco de malignidades secundárias;
porém, pode ser útil em tumores irressecáveis; margens positivas pós ressecção;
pacientes com doença amplamente metastática.
Diagnóstico diferencial por idade: tumores de células pequenas:
<5 anos: neuroblastoma ou leucemia.
5-10: granuloma eosinofílico.
5 a 30: Sarcoma de Ewing.
Mais de 30: Linfoma
Mais de 50: mieloma.
Resposta: D
456. O sarcoma de Ewing apresenta translocação cromossômica 11:22. Qual dos tumores
abaixo apresenta a mesma translocação?
a) sarcoma pleomórfico
b) tumores da glia
c) osteossarcoma
d) tumores neuroectodérmicos (PNET)

Discussão:
O tumor neuroectodérmico primitivo foi descrito em 1984 e apresenta as mesmas
características do tumor de ewing, inclusive a translocação t(11:22)(q24:q12).
Resposta: D

471. Para o patologista, é difícil diferenciar o linfoma ósseo e o sarcoma de Ewing porque as
duas neoplasias são constituídas por células pequenas redondas e azuis. Sendo assim, é
realizado o estudo imunohistoquímico para se conseguir o diagnóstico definitivo. Os dois
anticorpos mais importantes para estes diagnósticos são:
a) EMA e CD99
b)LCA e CD99
c) vimentina e CD99
d) vimentina e LCA

Discussão:
CD 99 é o principal marcador utilizado para Sarcoma de Ewing.
O LCA (antígeno leucocitário comum) é utilizado para neoplasias linfoides.
Lembrar que o linfoma afeta mais homens que mulheres, é mais comum entre 35 e 55 anos,
embora possa afetar todas as idades, e associado a fatores de risco como HIV, hepatite,
infecções virais ou bacterianas. Apresenta sintomas B, dor que não melhora com descanso,
25% têm fratura patológica. AS lesões líticas são difusas e mal definidas; seus diagnósticos
diferenciais são principalmente doença metastática, MM e OM, radiograficamente.
Histologicamente, porém, é como o Ewing, apresentando células pequenas azuis. Apresenta
CD20, CD 45 e LCA positivos. O tratamento é feito com QT.
Resposta: B

10. Prova de Tumor R2 2015. Com relação ao Sarcoma de Ewing, assinale a alternativa correta:
a) São PAS negativos
b) São reticulonegativos, o que contrasta com os linfomas
c) A t(11:22)(q24:q14) está presente em menos de 50% dos casos.
d) Não é diagnóstico diferencial de osteomielite nas crianças

Discussão:
O sarcoma de Ewing é o tumor ósseo maligno mais comum nos menores de 10 anos, e o
segundo mais comum nos menores de 30 anos.
A translocação citada é a características da doença.
Pode ser considerado como diagnóstico diferencial de osteomielite, tanto que todas as
osteomielites que são submetidas a limpeza na infância devem ser avaliadas no AP para exclui-
lo:
Tipo Descrição Diagnóstico diferencial
I Lesão em saca bocado
a Sem esclerose ao redor Histiocitose de células de Langerhans
b Com esclerose ao redor Abscesso de brodie
II Radioluscência metafisária com erosão Granuloma eosinofílico
cortical Osteossarcoma
III Hiperostose cortical sem reação em casca Osteoma osteoide
de cebola
IV Novo osso subperiosteal e casca de cebola Sarcoma de Ewing
V Radioluscência central em epífise Condroblastoma
VI Processo destrutivo vertebral TB/Osteossarcoma
É reticulina negativo, também podendo ser diferenciado dos linfomas através do LCA. Mas é
PAS e CD99 positivo.
Resposta: B

11. Prova de tumor R2 2015. Menina 7 anos. Com base nas imagens abaixo, tem como
provável diagnóstico:

a) Sarcoma de Ewing
b) Osteomielite
c) Osteoma osteoide
d) Condroblastoma

Discussão:
O sarcoma de Ewing provoca uma lesão metadiafisária com reação em casca de cebola e
histologia com células pequenas e azuis. É o principal tumor maligno em menores de 10 anos.
Diagnóstico diferencial de lesões diafisárias:
Ewing: 5-25 anos; Linfoma: adulto; displasia fibrosa: 5-30 anos; adamantinoma (tíbia);
histiocitose (5-30 anos).
Resposta: A

15. Prova Tumor R2 2015. O pior fator prognóstico no Sarcoma de Ewing é:


a) o tamanho da lesão primária
b) o grau histológico da lesão
c) a idade avançada
d) a presença de metástases a distância
Discussão:
O pior fator é a presença de metástase à distância, com apenas 15% de sobrevivência. Outros
fatores são: início após 12-15 anos, lesão maior que 100cm³.
Resposta: D

19. Prova Anual R2 2015. Qual dos tumores abaixo não costuma responder bem a RT
adjuvante?
a) Sarcoma de Ewing
b) Linfoma
c) Carcinoma de células renais metastático
d) Mieloma múltiplo

Discussão:
Não se deve usar RT no sarcoma de Ewing pelo risco de malignidades secundárias.
O tratamento é realizado com: QT  Cx  QT, da mesma forma que o osteossarcoma.
Para os outros três, pode ser usada RT (no MM, especialmente para plasmocitoma solitário).
Resposta: A

30. Prova R3 2016. Sobre o sarcoma de Ewing, assinale a incorreta:


a) OM é um diagnóstico diferencial
b) Mais comum acometer a metáfise de ossos longos
c) VHS e PCR aumentados frequentemente sugerem mau prognóstico
d) Os de baixo grau apresentam sobrevida de 5 anos próximo a 85%.

Discussão:
A sobrevida, se lesão isolada e tratada adequadamente, é de apenas 60-70%.
Resposta: D

32. Prova R2 2016. Sobre a epidemiologia do Sarcoma de Ewing, assinale a alternativa


incorreta:
a) 4º tumor ósseo primário maligno mais comum
b) tumor ósseo primário maligno mais comum abaixo dos 10 anos de idade
c) comum em negros
d) pico de incidência entre 5 e 25 anos

Discussão:
O tumor é raro em negros. O resto está correto.
Resposta: C

33. Prova R2 2016. Qual dos itens abaixo não é um fator de mau prognóstico no tumor de
Ewing:
a) grau histológico
b) presença de metástase
c) idade
d) sexo masculino

Discussão:
Grau histológico não é fator de risco. Metástase é o fator de pior prognóstico. Além disso,
início após 12-15 anos, sexo masculino, e tamanho da lesão.
Resposta: A
32. (ER 2017) O prognóstico do Sarcoma de Ewing é pior:
a) na raça negra
b) no sexo feminino
c) caso haja translocação entre os cromossomos 11 e 22
d) se houver baixa resposta à QT neoadjuvante

Discussão:
A doença é mais grave em homens, com início entre 12 e 15 anos. Há translocação 11-22 em
todos. Raro na raça negra. Boa resposta à QT neoadjuvante indica bom prognóstico.
Resposta: D
Tumor Gigantocelular
434. O diagnóstico mais provável de lesão tumoral epifisária no esqueleto maduro é:
a) cisto ósseo aneurismático
b) encondroma
c) condroblastoma
d) tumor de células gigantes

Discussão:
Cisto ósseo aneurismático: sem localização preferencial.
Encondroma: pequenos ossos tubulares de mãos e pés, central.
Condroblastoma: epífise de ossos imaturos.
Tumor de células gigantes:
Tumor benigno agressivo encontrado em epífises de adultos.
Epidemiologia: 20-40 (30-50) anos, M>H (ao contrário do normal). Fêmur distal > tíbia
proximal > rádio distal. 50% ao redor do joelho, 10% sacro e vértebras. Se acomete coluna,
geralmente corpo vertebral.
Malignidade: primária – metastático para pulmão em 2-5%. Lesões de mão têm maior chance
de metástase. 15% malignização após RT.
Sintomas: dor progressiva, localizada, inicialmente após esforços e posteriormente constante.
Massa palpável, diminuição de ADM.
Radiografia: lesão excêntrica, lítica, epifisária – metafisária; neocórtex é característico de
lesões agressivas benignas, mas não é única de TGC.
CT: estadiamento; lesões pulmonares geralmente são benignas.
Cintilo: muito quente.
RNM: demarcação clara em T1 entre medula óssea e tumor. Pode haver nível fluido-fluido em
20%.
Histologia: célula estromal mononuclear; células gigantes numerosas. Degeneração secundária
para cisto ósseo aneurismático não é incomum.
Tratamento:
RT isolada: casos inoperáveis ou recorrentes.
Não cirúrgico: bisfosfonatos (quem promove a lise são os osteoclastos); denosumab.
Cirúrgico: curetagem extensa e reconstrução; importante tratamento adjuvante,
diminui recorrência em até 10 vezes.
Amputação: lesões de mão com rompimento cortical que não são passíveis de
ressecção intercalar.
Diagnósticos diferenciais:
Tumor marrom do hiperparatireoidismo: lesões múltiplas, anormalidades do Ca sérico.
Condroblastoma: localização epifisária, também pode formar COA, extenso edema de
tecidos moles ao redor e medula; margem esclerótica e calcificação central da matriz em
padrão de anéis e arcos.
Osteossarcoma: telangiectásico, rico em células gigantes, fibroblástico.
Condroma: acomete linha média.
Resposta: D

436. A célula característica do tumor de células gigantes tem aspecto semelhante ao:
a) plasmócito
b) osteoclasto
c) macrófago
d) linfócito

Discussão:

Células gigantes

Osteoclasto
A constituição de células gigantes se assemelha aos osteoclastos.
Resposta: B

453. O tumor ósseo cuja biópsia pode ser confundida pelo patologista com a do TGC é:
a) condrossarcoma de células claras
b) osteossarcoma telangectásico
c) fibro-histiocitoma benigno
d) tumor marrom do hiperparatireoidismo
Discussão:
O condrossarcoma de células claras é diagnóstico diferencial do TGC apenas por ser lesão
epifisária.
O osteossarcoma telangectásico é principalmente diagnóstico diferencial do COA, no qual não
há células com atipia.
O fibro-histiocitoma benigno é ume lesão extremamente rara, que forma lesão lítica com
borda esclerótica, sendo principalmente diagnóstico diferencial radiográfico.
Histologicamente, apresenta células espiculadas, macrófagos espumosos e padrão estoriforme
(helicóptero em campo de trigo). Tratado com curetagem e enxertia, de recorrência rara.
Por fim, o tumor marrom do hiperparatireoidismo apresenta lesão neoplásica circunscrita com
numerosos osteoclastos, células gigantes, organizadas em grupos e separadas por tecido
fibroso muito vascularizado. O tratamento é através da remoção das paratireoides, controle
metabólico e tratamento ortopédico visando principalmente à prevenção de fraturas.
Resposta: D

454. Sobre o TGC, é correto afirmar que ele é um tumor:


a) benigno, que não metastatiza
b) maligno, que não metastatiza
c) benigno que metastatiza
d) maligno que metastatiza

Discussão:
Classicamente o TGC é considerado como Enneking B3, ou seja, benigno que metastatiza.
Porém, alguns vem preferindo considerá-lo como um tumor maligno de baixo grau. Para todos
os fins, ainda é considerado B3.
Resposta: C

473. A lesão de células gigantes corresponde às lesões abaixo, exceto:


a) sarcoma de Ewing
b) cisto ósseo aneurismático
c) TGC do osso
d) tumor marrom do hiperparatiroidismo

Discussão:
Ewing é formado por células pequenas e azuis. Todas as outras apresentam células grandes.
Resposta: A

25. Prova R2 2016. Paciente de 40 anos, com o RX abaixo, tem


como diagnóstico:
a) Condroblastoma
b) Cisto ósseo simples
c) TGC
d) Osteossarcoma

Discussão:
A lesão apresentada tem uma área blástica grande, metaepifisária, razoavelmente excêntrica,
com bordas definidas e afilamento cortical em rádio distal. Pela faixa etária, localização e
características, é compatível com TGC. Os outros tumores em geral não afetam rádio distal.
Resposta: C

46. Prova R2 2016. Sobre o TGC:


a) Ocorrem nas primeiras duas décadas de vida
b) Acometem com maior frequência o rádio distal
c) Metástases pulmonares ocorrem em cerca de 3% dos pacientes
d) O preenchimento da lesão com enxerto ósseo após ac uretagem extendida tem a vantagem
de facilitar a identificação de possíveis recidivas

Discussão:
Ocorre entre 20-40 anos; acomete mais fêmur distal – tíbia proximal – rádio distal.
O preenchimento com cimento ajuda a identificar recidivas.
Resposta: C

81. (TARO 2014) No TGC, a incidência de metástase pulmonar é de:


a) 0,5%
b) 3%
c) 7%
d) 10%

Discussão:
Metástases pulmonares ocorrem em aproximadamente 3% dos pacientes com TGC.
Resposta: B

29. (ER 2017) Assinale a alternativa correta com relação ao TGC:


a) Ocorre transformação maligna do TGC mesmo sem radioterapia
b) Acomete pacientes na faixa etária entre 15 e 30 anos
c) A lesão típica ao raio x é metaepifisária nos osso longos e cêntrica
d) A classificação de Jaffe se baseia no grau de atipia das células do estroma do tumor

Discussão:
A classificação de Jaffe se baseia na histologia da lesão e originalmente tentou-se associá-la ao
curso clínico do tumor e prever os resultados. Não se mostrou confiável.
Malignização primária é para os pulmões e ocorre em 2 a 5%. Após RT, sobe para 15%. A lesão
típica é metaepifisária, excêntrica, de ossos longos. Acomete pacientes dos 20 aos 40 (30-50)
anos.
Resposta: D
Outros tumores:
458. Sobre o fibrossarcoma intraósseo, assinale a alternativa correta
a) é mais comum no homem
b) é mais comum em caucasianos
c) é mais comum no terço distal do fêmur e no terço proximal da tíbia
d) acomete apenas crianças

Discussão:
O fibrossarcoma intraósseo é uma lesão maligna, ocorrendo com igual frequência entre os
sexos após a primeira década, ocorrendo em todas as faixas etárias, mas sendo mais comum
após os 50 anos. Acomete principalmente fêmur distal e tíbia proximal.
Apresenta lesão puramente lítica, mal definida, parecida com osteossarcoma. Hipercaptação
importante na cintilografia. Apresenta spindle cells, disposição em osso de arenque e
apresenta múltiplos níveis de produção de colágeno. O tratamento é realizado com ressecção
ampla e QT. Baixo grau tem uma boa sobrevida com o tratamento, mas alto grau não.
Resposta:

459. Sobre o lipossarcoma, é correto afirmar que:


a) é mais frequente nas partes moles
b) é um tumor maligno caracterizado por proliferação de lipoblastos sem atipia
c) localizam-se predominantemente nos membros superiores
d) quando intraósseo, ocorre predominantemente em crianças

Discussão:
Lipossarcoma: maligno. Segunda forma mais comum de sarcoma de partes moles.
Principalmente adultos após os 50 anos, mais homens que mulheres. Geralmente profundo à
fáscia, acomete membros inferiores. O mixoide ocorre no retroperitôneo e tem t(12:16)
Metástases: baixo grau: <1%; intermediário (mixoide): 10-30%; alto grau: >50%. Mixoide com
>10% de células azuis têm grande probabilidade de metástase.
Prognóstico: bem diferenciado = 10% recorrência, <1% meta, sobrevida quase 100%.
Intermediário e alto graus: 20% recorrência, sobrevida de 5 anos de 25-50%.
Tipos: bem diferenciado (tumor lipomatoso); mixoide; células redondas; pleomórfico;
desdiferenciado.
Radiografia: calcificação de partes moles ou ossificação nos bem diferenciados.
RNM: os bem diferenciados parecem lipomas (T1 brilhante, T2 escuro). Os de alto grau
parecem sarcomas: escuro em T1, brilhante em T2.
Histologia: Proliferação de lipoblastos imaturos com atipia; caracterizado pela células em anel
de sinete. Adipócitos maduros. O de células redondas apresenta células azuis redondas.
Tratamento: ressecção marginal sem RT: bem diferenciado.
Ressecção ampla com RT adjuvante: intermediário e alto grau. QT pode ajudar alguns
pacientes.
Resposta: A

460. Na RNM o hemangioma se apresenta com:


a) hipersinal em T1 e intermediário em T2
b) hipossinal em T1 e em T2
c)intermediário em T1, hipersinal em T2
d) intermediário em T1 e T2
Discussão:
Hemangioma: Tumor benigno, geralmente acomete corpo vertebral e ossos crânio-faciais.
Dor ou fratura patológica.
Radiografia: lesões líticas com estrias verticais dando a impressão de favo de mel ou grade de
prisão. Pode ser multifocal.
Cintilografia morna a quente.
RNM: sinal intermediário em T1 e brilhante em T2.
Histologia: lesão cavernosa com numerosos vasos sanguíneos de paredes finas.
Tratamento: observação se paciente assintomático; se sintomático e lesão acessível,
curetagem e enxertia; se inacessível, RT baixa dose (25-40 Gy).
Resposta: C

461. Sobre o adamantinoma, assinale a alternativa incorreta


a) é mais comum na tíbia
b) se parece histologicamente com o ameloblastoma
c) tem crescimento rápido
d) sua localização é na maioria das vezes diafisária

Discussão:
Adamantinoma:
Tumor raro, maligno, de baixo grau, quase sempre localizado na tíbia. Adultos jovens 20-40
anos. Crescimento lento.
Condições associadas: displasia osteofibrosa.
Prognóstico: pode metastatizar para pulmões (25%), de forma que seguimento de longo prazo
é recomendado; recorrência é incomum com margem excisional negativa.
Dor por meses a anos. Encurvamento ou massa palpável da tíbia.
Imagem: lesões luscentes circunscritas agudas (bolha de sabão) com osso esclerótico
intermeado. Alguns podem destruir córtex. Evolução radiográfica pode mostrar crescimento e
erosão através do córtex. Não apresenta reação periosteal.
Histologia: tecido fibroso e epitelial em aspecto de glândula. Se parece com ameloblastoma
(tumor de mandíbula).
Tratamento: ressecção de margem ampla.
Diagnóstico diferencial: principalmente com displasia osteofibrosa.
Resposta: C

462. O cordoma é um tumor maligno que ocorre:


a) no sacro
b) na clavícula
c) na bacia
d) em qualquer lugar da coluna

Discussão:
Cordoma:
Tumor maligno de origem na notocorda. Crescimento lento e frequentemente confundido com
dor lombar baixa.
2º tumor maligno primário da coluna mais comum em adultos (o primeiro é Mieloma; se fosse
geral, seria terceiro) e o mais comum do sacro. 3 homens para cada mulher; geralmente
maiores de 50 anos.
50% sacro, 35% esfeno occipital, 15% coluna.
Prognóstico: metástase 30-50%. 60% sobrevida em 5 anos, 25% longo prazo.
Apresentação: início insidioso de dor; alterações esfincterianas; déficits sensitivos são raros.
Constipação, incontinência fecal. Mais de 50% são palpáveis ao toque retal.
Imagem: ruim de ver à radiografia. TC: destruição óssea em linha média e massa de partes
moles; calcificações geralmente presentes entre lesão de partes moles. RNM: brilhante em T2,
útil para avaliar extensão de partes moles.
Histologia: células fisalíferas espumosas, vacuolizadas. Positivo para queratina, fracamente
positivo para S100.
Tratamento: RT para tumores não operáveis; ressecção com margem ampla +/- RT para a
maioria.
Resposta: D

464. A definição correta de fratura patológica é:


a) fratura de um osso com metástase
b) fratura de osso longo de paciente acamado
c) fratura com grade desvio
d) fratura de osso acometido por doença metabólica, infecciosa ou tumoral.

Discussão:
Fratura patológica é a que ocorre em um osso acometido pro uma patologia, sendo esta
metabólica, infecciosa ou tumoral.
Resposta: D

466. Qual das alternativas abaixo Não representa um dos possíveis tratamentos para o cisto
ósseo simples?
a) observação
b) ressecção com margem oncológica
c) aspiração e injeção de metilprednisolona
d) parafuso canulado para drenagem contínua

Discussão:
Cisto ósseo simples:
Lesão óssea cheia de fluido resultante de falha de formação óssea medular próximo à fise.
Epidemiologia]: paciente com menos de 20 anos; geralmente úmero proximal, mas pode
afetar fêmur proximal tíbia distal, íleo, calcâneo, metacarpos, falanges ou rádio distal. Origina-
se na metáfise e progride para a diáfise com o crescimento ósseo. Em adultos, é mais comum
no ilíaco e calcâneo. Em jovens, úmero e fêmur.
Prognóstico: conforme o paciente se aproxima da maturidade esquelética, geralmente diminui
e pode curar quando o crescimento completa. Consolidação de fratura geralmente não leva a
resolução do cisto. Precisa de acompanhamento próximo durante fase ativa devido a
recorrência e comprometimento do crescimento.
Classificação: Ativo: adjacente à fise
Latente: se separada da fise por osso normal.
Apresentação: maioria assintomático a não ser que ocorra fratura; dor por fratura patológica
em aproximadamente 50%
Imagens: RX: lesão metafisária lítica central bem definida. Expansão cística com afinamento
cortical simétrico. Sinal da folha caída: fratura patológica com fragmento cortical na base de
cisto vazio é patognomônico.
RNM: muito escuro em T1, muito claro em T2.
Cintilografia: variável, mas geralmente quente.
Histologia: cisto com linhas finas contendo tecido fibroso, células gigantes e pigmentos de
hemossiderina.
Diagnóstico diferencial: COA – mais expansivo que o COS (geralmente a lesão do COS não é
mais larga que a fise); osteossarcoma telangiectásico.
Tratametno: não cirúrgico: imobilização: fratura patológica do úmero proximal (15% vao ser
preenchidas por osso normal); aspiração e injeção de metiprednisolona: cistos ativos n oúmero
proximal, necessita de múltiplas injeções.
Cirúrgico: curetagem + enxertia +/- fixação interna: cistos latentes que não responderam à
injeção; cistos latentes no fêmur proximal com preocupação com relação a fratura e ON;
lesões femorais proximais com fratura patológica que têm altas taxas de refratura e malunião.
Deve-se evitar em lesões ativas porque a comunicação com a fise tende a levar a
comprometimento do crescimento.
Resposta: B – não há indicação de ressecção com margem cirúrgica, mas apenas curetagem
com enxertia. Alguns locais preferem cimento a osso, para poder notar quando houver
recorrência.

467. Em relação à doença de Paget, é correto afirmar que:


a) possui etiologia bem determinada
b) a cintilografia em geral não é captante
c) caracteriza-se por alteração no turnover ósseo
d) as radiografias aparecem como esclerose óssea

Discussão:
Doença de Paget:
Epidemiologia: Osteíte deformando, afeta 3-4% dos maiores de 50 anos. Mais homens do que
mulheres. 10-15% dos maiores de 90 anos.
Patologia: alteração do turnover ósseo leva a reabsorção óssea acelerada, nova formação de
má qualidade (altamente vascualrizado, fraco, propenso a deformidades e fraturas
patológicas).
Fase ativa: Fase lítica: prevalência de osteoclase.
Fase mista: formação óssea compensatória
Fase esclerótica: formação óssea predomina.
Fase inativa: lesão esclerótica permanece na ausência de atividade celular.
O osso é lamelar, totalmente mineralizado, com estrutura em mosaico e padrão errático de
linhas de cimentação.
Etiologia: causa mais provável: infecção lenta óssea com predisposição familiar Virus sincicial
respiratório, paramixovirus.
Manifestações clínicas: pode afetar qualquer osso e ser mono ou poliostótica. Geralmente
assintomática. Se sintomática, dor leve a grave, sem relação com atividade física. Dor aguda=
fratura (fratura patológica = fratura transversa de giz).
Crescimento ósseo pode causar compressão medular. Pode haver sequestro sanguíneo em
tumores muito grandes, piorando sintomas neurológicos locais. Crescimento no osso temporal
leva a surdez condutiva.
Lesões articulares: artrite degenerativa, perartrite calcificante, gota.
Complicações metabólicas: hipercalciúria e hipercalcemia.
Sarcoma de Paget: menos de 1% dos Paget, raro antes dos 70 anos. Aumento marcante e
sustentado da dor. Dor noturna; destruição óssea ao RX. FA pode permanecer inalterada. O
diagnóstico é bastante sombrio.
Diagnóstico: RX, FA, Cálcio, Fósforo, Albumina.
Cintilografia: identificar áreas de captação e radiografar.
As lesões mais precoces são líticas e mais prontamente observada no crânio e nos ossos
longos. No crânio, áreas discretas ovais ou arredondadas de osteólise são chamadas de
osteoporose circunscrita. Nos membros geralmente começa com envolvimento metafisário
local. Quando vertebral, causa aumento marcante do tamanho da vértebra.
Trabéculas rudes, com aparência blástica. Na fase lítica, há áreas luscentes expansivas com
corticais afinadas, com ponta em avanço em lâmina de vidro ou em chama.
Fase mista: lise, esclerose, trabéculas rudes.
Fase esclerótica: aumento ósseo, afinamento cortical, áreas luscentes e escleróticas.
Histologia: trabéculas largas com linhas de cimento desorganizadas em padrão de mosaico;
reabsorção óssea profunda com numerosos osteoclastos com múltiplos núcleos por célula;
corpos de inclusão semelhantes a vírus em osteoclastos; tecido fibroso vascular.
Tratamento: pacientes em último estágio geralmente têm artrose que pode ser tratada com
AINE e analgésicos. Bengala deve ser usada para auxílio.
Indicações de tratamento: dor óssea, envolvimento neurológico, falha cardíaca de alta ejeção,
prevenção de fratura/deformidade em pacientes jovens com doença ativa e preparação para
cirurgia ortopédica.
 Dois principais tratamentos: calcitonina e bisfosfonatos.
 Após os 6 meses de tratamento inicial, remissões bioquímicas e sintomáticos podem
persistir por meses e ocasionalmente anos. Se recorrerem, fazer novo tratamento por
6 meses. Contudo, resistência a cursos recorrentes do tratamento é comum.
 Tratar metabolicamente o osso antes de fazer artroplastias.
 Osteossínteses estão indicadas em fraturas de ossos deformados ou para preveni-las.
Resposta: C

468. A imagem radiográfica em vela derretida é típica de:


a) osteopetrose
b) displasia fibrosa
c) tumor marrom
d) melorreostose

Discussão:
Melorreostose:
Desordem benigna, rara, dolorosa das extremidades, com formação de novo osso periosteal.
Epidemiologia: geralmente antes dos 40 anos; sem preferência por sexo; mais comum nas
extremidades inferiores.
Apresentação: dor, diminuição da ADM, contraturas articulares. Fibrose da pele com
enduração e eritema; hiperostoses dolorosas.
Imagem: hiperosotse cortical com aparência de “cera de vela derretida”; a hiperostose pode
progredir através das corticais.
Histologia: sistemas harvesianos normais com trabéculas ósseas aumentadas e sem atipia
celular ou figuras mitóticas.
Tratamento: sintomático; indicada ressecção e liberação de contraturas quando houver
contratura grave, mobilidade limitada e dor.
Resposta: D

469. Em relação ao sinoviossarcoma, é correto afirmar que


a) é o tipo histológico mais comum de partes moles
b) é mais comum no sexo feminino
c) acomete preferencialmente adultos jovens
d) perfaz aproximadamente 30% dos sarcomas de partes moles

Discussão:
Sinoviossarcoma
Sarcoma maligno de partes moles que aparece próximo a articulações.
Epidemiologia: sarcoma mais comum encontrado em adultos jovens (15-40 anos); afeta mais
homens que mulheres; sarcoma maligno mais comum do pé. Compreende 5,4% dos sarcomas
de partes moles, sendo o terceiro tipo mais comum.
Metástases: geralmente tem alto grau histológico; podem ocorrer metástases em 30-60% dos
pacientes; como outros sarcomas, mais comum meta no pulmão. Pode metastatizar para
linfonodos. Sobrevida de 50% em 5 anos e 25% em 10 anos.
Apresentação: massa crescente próximo a articulação, dolorosa ou não. Joelho, ombro,
cotovelo, pé; 60% extremidade inferiores. Importante palpar linfonodos!
Imagem: Pode ocorrer calcificação nestes tumores, lembrado ossificação heterotópica.

RNM: massa heterogêna geralmente escura no T1 e brilhante no T2.


Histologia: bifásico com dois tipos de células: spindle cells e células epiteliais.
Tratamento: ressecção com margem ampla e RT (neo)adjuvante.
Resposta: C

470. Na miosite ossificante, além do osso neoformado, podemos encontrar também:


a) células gigantes multinucleadas atípicas
b) células da glia
c)PNET
d)cartilagem

Discussão:
Miosite ossificante:
Processo reativo caracterizado por proliferação bem circunscrita de fibroblastos, cartilagem e
osso dentro do músculo.
Pode se dever a trauma direto ou hematoma intramuscular, geralmente em diáfises de ossos
longos.
Mais comum em homens jovens ativos (15-35 anos); quadríceps, braquial, glúteos.
Geralmente autolimitada, recrudesce após 1 ano.
Dor, sensibilidade, edema, diminuição da ADM que geralmente aparece alguns dias após a
lesão; dor e tamanho diminuem com tempo. Massa aumenta em tamanho após vários meses.
Ao rx, formação periférica de osso com área luscente central. Aumento de captação de
contraste na borda dentro das primeiras 3 semanas. À TC, parece casca de ovo.
Histologia: periferia: trabéculas de osso lamelar e reticular; calcificação vista no RX.
Centro da lesão: massa irregular de fibroblastos imaturos; componente cartilaginoso pode
estar presente; sem atipia.
Tratamento: descanso, exercícios de ADM, modificação de atividade. Alongamento passivo é
contraindicado e piora; FST utilizada para manter a ADM. Seguimento radiográfico para
monitorar a maturação de lesão.
Excisão cirúrgica: apenas se permanece um problema após maturar; não operar na fase aguda,
esperar ao menos 6 meses. Operar entre 6 e 12 meses predispõe a recorrência local.
Resposta: D

472. Uma lesão óssea que se apresente ao RX como bem delimitada, grande, com diagnóstico
histopatológico de tecido ósseo maduro, tem como possibilidade
a)condroma
b) fibroma condromixoide
c) osteoma puro (exostose óssea)
d) osteoma osteoide

Discussão:
A exostose é constituída por tecido ósseo maduro, com alargamento de trabéculas ósseas.
O osteoma osteoide apresenta trabéculas ósseas imaturas. O fibroma condromixoide
apresenta histologia bifásica, com área hipercelular com lóbulos de tecido fibromixoide, e
área hipocelular com material condroide.
Resposta: C

474. O tumor ósseo mais comum entre os benignos é


a) condroma
b) osteocondroma
c) osteossarcoma
d) encondroma

Discussão:
Osteocondroma é o tumor ósseo benigno mais comum. Osteossarcoma é maligno.
Resposta: B

01. (Prova Tumor R2 2015) Com relação ao osteocondroma, assinale a alternativa correta:
a) O crescimento é mantido após a maturidade esquelética
b) Lesões múltiplas ocorrem na maior parte das vezes
c) Geralmente ocorre na diáfise de ossos longos
d) A massa óssea é produzida por ossificação endocondral.

Discussão:
Osteocondromas são uma lesão condrogênica benigna derivada de cartilagem aberrante do
anel pericondral. É o tumor benigno mais comum. Ocorrem na superfície óssea e geralmente
em locais de inserção tendínea. Locais comuns: joelho, fêmur proximal, úmero proximal,
exostose subungueal (maioria no hálux).
Ele se afasta da articulação. Com a maturidade, a capa de cartilagem involui.
Ocorre na metáfise de ossos longos. 90% são isolados.
Resposta: D

02. (Prova Tumor R2 2015) O cisto ósseo unicameral em adultos é mais frequentemente
localizado no:
a) úmero e fêmur
b) ilíaco e calcâneo
c) tálus e metatarsos
d) rádio e metacarpos

Discussão:
Em jovens, o cisto ósseo simples é mais comum em úmero e fêmur; em adultos, no ilíaco e
calcâneo.
Resposta: B

7. Paciente de 13 anos, sexo masculino, previamente hígido, apresenta-se ao seu consultório


com a radiografia abaixo. O diagnóstico mais provável é:

a)TGC
b) Hemangiossarcoma
c) Osteossarcoma telangiectásico
d)Cisto ósseo simples

Discussão:
Hemangiossarcoma e osteossarcoma telangiectásicos são tumores raros. O OST é diagnóstico
diferencial principalmente de COA (que não deixa de ser DD do COS).
O TGC é uma lesão epifisária de esqueleto maduro, 20-40 anos, acomete principalmente fêmur
distal, tíbia proximal e rádio distal, nesta ordem de frequência. Seu principal diagnóstico
diferencial é o condroblastoma.
O cisto ósseo simples, por outro lado, é uma doença de jovens (10-25 anos), geralmente
enquanto a epífise ainda está aberta. É dividido em ativo, quando tem contato com a fise, e
latente, quando há uma separação óssea entre eles. Em jovens, afeta úmero proximal e
fêmur; em adultos, ilíaco e calcâneo.
Resposta: D

8. Prova de tumor R2 2015. O tipo mais comum de tumor ósseo benigno é:


a) Osteocondroma
b) Encondroma
c) Osteoma osteoide
d) Cisto Ósseo Simples

Discussão:
O tumor ósseo benigno mais comum é o osteocondroma. É tão comum, que não se sabe nem
ao certo a sua incidência. 90% são solitários; risco de malignização é 1% para lesões isoladas
Resposta: A

16. Prova Tumor R2 2015. Uma lesão maligna classificada por Enneking como 2ª significa:
a) alto grau, intracompartimental, sem metástase
b) alto grau, extracompartimental, sem metástase
c) baixo grau, intracompartimental, sem metástase
d) baixo grau, extracompartimental, sem metástase

Discussão:
Classificação de lesões malignas por Enneking:
I: Baixo grau.
A: intracompartimental
B: extracompartimental
II: Alto grau
A: intracompartimental
B: extracompartimental
III: Metastática
Resposta: A

35. Prova Tumor R2 2015. Qual das doenças abaixo cursa com aumento da FA no sangue?
a) Mieloma múltiplo
b) Doença de Paget
c) Osteoporose
d) Hiperparatireoidismo

Discussão:
A osteoporose não apresenta aumento da FA no sangue, mas a osteomalácia, sim.
Osteoporose apresenta diminuição da vitamina D, assim como osteomalácia, ao contrário de
doença de Paget.
Hiperparatireoidismo pode ser primário (hiperfunção das glândulas), secundário (por falta de
cálcio por defeito absortivo) ou terciário (desregulação glandular a partir de um hiperpara
secundário, de modo que reabsorve osso independentemente do cálcio). Promove reabsorção
óssea, em especial da cortical. Pode provocar o tumor marrom, diagnóstico diferencial do
tumor de células gigantes. Pode provocar aumento de FA, mas não classicamente.
Mieloma múltiplo não provoca aumento de FA.
Paget classicamente provoca aumento de FA, mas mantém o cálcio normal, e não há alteração
da vitamina D.
Resposta: B

36. Prova tumor R2 2015. A dose alvo de radiação no tratamento do sarcoma de partes moles
é:
a) 30 Gy
b) 60 Gy
c) 150 Gy
d) 200 Gy
Discussão:
30-40 gray é o alvo para mieloma múltiplo.
60 é o alvo para sarcoma.
Resposta: B

37. Prova tumor R2 2015. Paciente de 40 anos com lesão lítica pouco dolorosa, diafisária de
fêmur, acometendo mais de 2/3 do diâmetro do osso. Qual é a conduta mais adequada?
a) ressecção da lesão tumoral e diagnóstico anatomopatológico
b) investigação da lesão tumoral primária e radioterapia
c) investigação da lesão tumoral primária e fixação profilática
d) investigação da lesão tumoral primária e observação

Discussão:
Em paciente com 40 anos ou mais, é necessário pensar em duas patologias: metástase de
tumor (principalmente próstata ou mama) e mieloma múltiplo.
O escore de Mirells dita se é necessário ou não fixar uma lesão óssea. Valores maiores que 7
indicam fixação.

Pontos 1 2 3
Dor Leve Moderada Grave
Local MMSS MMII Pertrocantérica
Diâmetro <1/3 1/3-2/3 >2/3
Padrão Blástico Misto Lítico

Resposta: D

39. Prova tumor R2 2015. Marque a alternativa correta sobre o lipossarcoma:


a) é o tumor maligno mais comum de partes moles
b) ocorre mais frequentemente em pacientes com idade inferior a 40 anos
c) o sintomas mais precoce é dor
d) é mais frequente na porção proximal das extremidades

Discussão:
É o segundo tumor maligno mais comum de partes moles. Acomete principalmente pessoas
com mais de 50 anos, homens. Geralmente profundo à fascia. Acomete mais os membros
inferiores, principalmente glúteos e coxa, e pode acometer o retroperitôneo. Apresenta
células em anel de sinete.
Resposta: D

14. Prova Anual R2 2015. Segundo a classificação de Enneking, uma lesão maligna de alto grau,
intracompartimental e sem metástases a distância é classificada como:
a) IIB
b) IIA
c) III
d) IA

Discussão:
Classificação de Enneking para lesões malignas:
I: baixo grau a: intracompartimental
II: alto grau b: extracompartimental
III: metastática
Resposta: B

15. Prova Anual R2 2015. Qual o local mais comum de fratura patológica secundária a
metástase óssea à distância?
a) fêmur proximal
b) fêmur distal
c) úmero proximal
d) coluna torácica

Discussão:
Não consegui achar a fonte exata da questão, mas alguns artigos indianos indicam que a
metástase é mais comum na coluna vertebral do que nos ossos longos; entretanto, fratura é
mais comum em ossos longos do que na coluna. Dentre os ossos longos, é mais comum fratura
no fêmur proximal e no úmero proximal.
Resposta: A

16. Prova Anual R2 2015. Paciente com lesão lítica, peritrocantérica, menor que 1/3 e com dor
leve. Qual é a pontuação e conduta segundo os critérios de Mirels:
a) 8 e fixação profilática
b) 8 e conservadora
c) 9 e fixação profilática
d) 9 e conservadora

Discussão:
Pontos 1 2 3
Dor Leve Moderada Grave
Local MMSS MMII Peritrocantérica
Diâmetro ósseo Até 1/3 1-2/3 >2/3
Padrão Blástico Misto Lítico
Escore <7 = conservador, > 8 = fixação profilática.

Resposta: A

18. Prova Anual R2 2015. Sobre tumores de partes moles, assinale a incorreta:
a) A RNM geralmente é capaz de dar o diagnóstico definitivo dos lipomas
b) A doença de Dercum é caracterizada por infiltrações gordurosas dolorosas
c) O schwannoma pode acometer qualquer nervo, porém é mais comum nos nervos periféricos
maiores.
d) Os tumores desmoides se comportam como lesões indolentes e são mais frequentes na
parede abdominal anterior.

Discussão:
Doença de Dercum: descrita em 1892, é uma associação de obesidade com múltiplos tumores
adiposos dolorosos em extremidades. Diagnosticada por quatro critérios: 1) lipomas dolorosos
múltiplos; 2) obesidade, frequentemente na idade de menopausa; 3) fraqueza e cansaço; 4)
instabilidade emocional, depressão, epilepsia, confusão e demência. Entretanto, estes critérios
diagnósticos são questionáveis e muitos consideram apenas 1) obesidade; 2) dor crônica no
tecido adiposo.
Schwannoma: neurilemoma; tumor benigno de células de schwann. Bem encapsulado em
nervos periféricos. Pico: 3-6 décadas. H = M. Geralmente superfícies flexores de extremidades,
cabeça e pescoço. Geralmente assintomático; pode haver parestesia. Escuro em T1, brilhante
em T2, captação difusa com gadolíneo. Sinal da corda; difícil de diferenciar do neurofibroma.

Corpos de Verocay são patognomônicos (duas linhas paralelas de núcleos fusiformes com área
anuclear no meio). Só é indicada ressecção em pacientes sintomáticos ou com
comprometimento da qualidade de vida; excisão marginal. Recorrência é rara.

Lipomas: tumor benigno de gordura madura, pacientes entre 40-60 anos, H>M, sedentários.
Calcificação ao RX deve levantar hipótese de sarcoma de células sinoviais.
RNM: alta intensidade em T1; alta intensidade em T2, totalmente suprimida por STIR/Fat.
Geralmente tratamento conservador.

Tumor desmoide: o tumor benigno de partes moles mais localmente invasivo. Pacientes
jovens (15-40 anos), M > H. Ombro, tórax, costas, coxa; >50% extra abdominais. Associado a
Dupuytren e Ledderhose. Não há metástase ou malignização, mas tem alto grau de recorrência
e lesões muito imprevisíveis. Acometem mais frequentemente a parede abdominal anterior
de gestantes.
Tumores indolores; palpação “duro como pedra”. Melhor exame: RNM: baixo sinal T1, sinal
baixo a médio em T2; capta gadolíneo; infiltra músculo; pode erodir músculo. IHQ: 100%
positivo para receptor beta de estrogênio.
QT/Tamoxifeno indicado para lesões inoperáveis.
Ressecção ampla com RT indicada para lesões sintomáticas, lesões recorrentes, usar até 60 gy.
Resposta: D

20. Prova Anual R2 2015. Assinale a correta a respeito das ressecções pélvicas:
a) As periacetabulares são as do tipo II
b) As ressecções do tipo I requerem um procedimento de reconstrução
c) AS amputações costumam ter um resultado funcional melhor, se comparadas com as
ressecções
d) As ressecções sacrais são as do tipo III.

Discussão:

Classificação de ressecções pélvicas:


I – Ilíaco
II – Periacetabular
III – Obturatória
IV – Sacral
Mais de um nível: números associados + H se incluir cabeça do fêmur.
Ressecções do tipo I não necessitam de reconstrução; provocam encurtamento de 1-2cm do
membro afetado.
Ressecções do tipo II podem ser reconstruídas com artrodese iliofemural ou isquiofemoral,
aloenxerto + prótese ou prótese em sela.
Prótese em sela.
Ressecções tipo III não necessitam de reconstrução.
Ressecção do inominado: técnica de Karakousis e Vezeridis. Chamada de Hemipelvectomia
interna.

Após muitos meses de reabilitação, é possível andar com apenas uma bengala!
Resposta: A

21. Prova Anual R2 2015. Na osteomielite subaguda, qual tipo da classificação de Roberts faz
diagnóstico diferencial com osteossarcoma?
a) Ia
b) Ib
c) II
d) III

Discussão:
Classificação de Roberts para OM subaguda:
Tipo Lesão DD
I Lesão metafisária central em saca bocado
A Sem esclerose óssea Histiocitose
B Com esclerose óssea Abscesso de Brodie
II Lesão metafisária com acometimento cortical Granuloma eosinofílico
Osteossarcoma
III Lesão diafisária com acometimento cortical Osteoma Osteoide
IV III + reação em casca de cebola Sarcoma de Ewing
V Lesão epifisária Condroblastoma
VI Lesão vertebral TB
Osteossarcoma

Resposta: C

26. Prova Anual R2 2015. Qual das metástases abaixo costuma ter aparência blástica no RX?
a) Pulmão
b) Rim
c) Tireoide
d) Próstata

Discussão:
Mama e próstata: blásticas
Rim e tireoide: Líticas
Pulmão: Mista
BLAMAPRO, LIRITI, MIPU
Resposta: D

11. Prova R3 2016. Paciente com lesão óssea metastática mista na diáfise femoral,
acometendo metade do diâmetro femoral, com dor leve. Qual o valor do escore de Mirels e
qual a conduta para o caso?
a) 7 – fixação profilática
b) 7 – observação
c) 8 – fixação profilática
d) 8 - observação

Discussão:
Blástica = 1, Mista = 2, Lítica = 3
MMSS = 1, MMII = 2, Pertrocantérica = 3
Dor leve = 1, Moderada = 2, grave = 3.
1/3 = 1, 1-2/3 = 2, >2/3 = 3.
2 + 2 + 1 + 2 = 7.
Fixar apenas acima de 7.
Resposta: B

16. Prova R3 2016. Segundo a classificação de Roberts para OMSA, uma lesão tipo I a
apresenta como diagnóstico diferencial:
a) Abscesso de Brodie
b) Sarcoma osteogênico
c) Tuberculose
d) Hisitiocitose de células de Langerhans

Discussão:
Uma lesão tipo Ia é uma lesão metafisária em saca bocado sem esclerose óssea, o que faz
pensar em histiocitose.
Ib seria com esclerose, o que leva ao abscesso de Brodie.
Para lembrar:
2 – Granuloma eosinofílico e osteossarcoma
3 – osteoma osteoide (lesão diafisária sem reação periosteal)
4 – sarcoma de ewing (com reação periosteal)
5 – condroblastoma (lesão epifisária)
6 – tuberculose, osteossarcoma (lesão vertebral).
Sendo assim, a) Ib, b) 2, c) 6.
Resposta: D

19. Prova R3 2016. Quais tumores são sensíveis à RT?


a) Sarcoma de Ewing
b) Mieloma Múltiplo
c) Carcinoma mestastático
d) Todas as anteriores

Discussão:
A maioria dos tumores primários ósseos é relativamente radiorresistente. Exceções: tumores
de células azuis, incluindo linfoma, mieloma múltiplo, sarcoma de Ewing. Para o resto, os
resultados geralmente são melhores com cirurgia.

Indicações de radioterapia:
Controle definitivo:
Sarcoma de Ewing (funciona, mas se evita pelo risco de malignização secundária!)
Tumor primário neuroectodérmico
Linfoma primário ósseo
Hemangioendotelioma
Plasmocitoma
Adjuvante a excisão cirúrgica:
Sarcomas de partes moles
Tratamento paliativo e fixação para prevenção de fratura
Doença óssea metastática (tumores prostáticos são bastante radiosensíveis; tumor de
mama, 70% sensível; tumores renais e do TGI não são radiossensíveis – Campbell fala que
apenas o renal não é sensível).
Complicações:
Efeitos precoces: atraso no fechamento de feridas; infecção; descamação.
Efeitos tardios: fibrose, rigidez articular, sarcoma secundário (13%, mais comum em
pacientes com QT prévia), fraturas (25% após ressecção de sarcoma de partes moles e
irradiação; FR: feminino, idade, ressecção do compartimento femoral anterior, stripping
periosteal, dose de radiação, osteoporose).
Resposta: D

20. Prova R3 2016. Paciente apresenta uma lesão óssea benigna na qual é realizada uma
ressecção através do plano de pseudocápsula. Qual o tipo de ressecção realizada?
a) intralesional
b) marginal
c) ampla
d) radical

Discussão:
Tipos de ressecção tumoral:
Intralesional: dentro do tumor
Marginal: plano de dissecção mais próximo passa através da pseudocápsula
Ampla: plano de dissecção é em tecido normal. Embora nenhuma distância seja definida, o
tumor inteiro permanece rodeado por tecido normal.
Radical: todos os compartimentos que contêm o tumor são removidos em bloco.

Resposta: B

21. Prova R3 2016. Segundo a classificação de Enneking para pelvectomia, uma ressecção
periacetabular associada a ressecção do fêmur proximal pode ser classificada como tipo:
a) II
b) IIa
c) III
d) IIa + III

Discussão:
Pela classificação de Enneking:
I – Ilíaco
II – Periacetabular
III – Obturatória
IV – Sacral
Se incluir a cabeça do fêmur, adicionar H.
Resposta:

23. Prova R3 2016. Paciente apresenta a lesão ao lado (área radioluscente com aparência de
vidro fosco, com halo bem delimitado e esclerose ao redor), associado a mixomas
intramusculares. Qual o nome da síndrome apresentada pelo paciente?
a) Sd. Mazabraud
b) Sd. De McCune Albright
c) Sd de Bessel Hagen
d) Sd de Prota

Discussão:
Tanto a síndrome de Mazabraud quanto a Sd. De McCune Albright consistem em lesões de
displasia fibrosa poliostótica. Entretatno, na sd. de Mazabraud há também mixomas
intramusculares, enquanto na síndrome de McCune há pigmentação cutânea e alterações
endócrinas.
A displasia fibrosa tem estas características citadas: lesão em vidro fosco com borda
esclerótica bem definida.
A síndrome de Bessel Hagen é uma exostose múltipla hereditária.
Resposta: A

24. Prova R3 2016. Dentre as apresentação que podem ocorrer na histiocitose de células de
Langerhans, qual delas podem ocorrer em crianças <3 anos, que desenvolvem febre,
linfonodomegalia, lesões ósseas e apresenta alta taxa de mortalidade?
a) Leterrer-Siwe
b) Hand-Schüller-Christian
c) Sd Ollier
d) Sd Maffuci

Discussão:
Hand-Schüller-Christian: alguns autores usam o termo para se referir a qualquer
histiocitose multissistêmica. Classicamente, porém, refere-se à tríade de lesões cranianas,
exoftalmia e diabetes insipidus.
Letterer-Siwe: começa antes dos 3 anos de idade, e é caracterizada por febre,
linfadenopatia, hepatoesplenomegalia e múltiplas lesões ósseas. Geralmente é rapidamente
fatal.
Ollier e Maffuci são síndromes associadas a encondromatoses múltiplas.
A histiocitose de Langerhans pode ter múltiplas aparências; vertebra plana é a
manifestação mais comum, mas pode se dever a outras causas, como Ewing, linfoma,
leucemia, doença de Gaucher, cisto ósseo aneurismático e infecção. As lesões podem
apresentar um aspecto de buraco dentro de buraco, por acometimentos diferentes em cada
cortical. Nas diáfises, pode ter aspecto maligno, permeativo, com reação periosteal.

Resposta: A

25. Prova R3 2016. Qual das lesões ósseas abaixo não se apresenta normalmente nos
elementos posteriores da coluna?
a) Osteoma osteoide
b) Osteoblastoma
c) COA
d) Hemangioma

Discussão:
Ostoema osteoide, Osteblastoma e COA são lesões que frequentemente acometem os
elementos posteriores; hemangioma, contudo, geralmente afeta o corpo vertebral.
Resposta: D

31. Prova R3 2016. Sobre os cordomas, assinale a correta:


a) São tumores benignos indolentes e localmente agressivos
b) Suas principais localizações são cervicotorácicas e coccígea
c) 2ª neoplasia óssea primária da coluna mais comum
d) Advém de resquícios da mesoderma.

Discussão:
Tumores malignos, agressivos. Principalmente sacrais (50%) e na base do crânio (30%). Advém
de resquícios da notocorda (mesoderma).
Resposta: C

32. Prova R3 2016. Sobre o tumor a seguir, assinale a correta:


a) Geralmente são sensíveis a RT e QT
b) Localização profunda no osso
c) Principal osso acometido é a fíbula
d) Advém de células ectópicas epiteliais

Discussão:
Adamantinoma:
Lesão geralmente na cortical anterior da tíbia, portanto,
superficial; não é sensível a RT ou QT, tendo de ser ressecado;
maligno, com potencial de metastização de 25% a longo prazo.
Apresenta aspecto de bolhas de sabão.
Advém de células ectópicas epiteliais.
Resposta: D
33. Prova R3 2016. Qual tumor classicamente causa vértebra plana?
a) Granuloma eosinofílico
b) Linfoma
c) Condroblastoma
d) Osteoblastoma

Discussão:
O mais clássico é histiocitose (granuloma eosinofílico). Porém, outras causas possíveis são:
Ewing, linfoma, leucemia, Gaucher, COA, infecção.
Resposta: A

46. Prova R3 2016. Na fase lítica da doença de Paget:


a) Existe hiperatividade osteoclástica
b) A cavitação ocorre por ação das enzimas betalactãmicas
c) Os osteoblastos estão com sua atividade suprimida
d) O processo de remodelação atinge seu ápice

Discussão:
A doença de Paget é constituída de 4 fases:
Lítica, Mista, Esclerótica, inativa.
Na lítica há predomínio da osteoclase; na esclerótica, de neoformação óssea/remodelamento;
na fase inativa, permanecem as alterações, mas sem atividade celular.
Na fase lítica há hiperatividade osteoclástica.
Resposta: A

48. Prova R3 2016. Qual o tumor mostrado a


seguir?
a) COA
b) Fibroma não ossificante
c) Hemangioma
d) TGC

Discussão:
Fibroma não ossificante
Comum; 35% das crianças apresentam esta
anormalidade.
2-20 anos de idade; metáfise de ossos longos. 40% fêmur distal, 40% tíbia, 10% fíbula.
Assintomáticos, regridem espontaneamente na fase adulta.
Radiografia: lesão lobulada, bem definida, excêntrica, metafisária. Aparência multilobulada,
margem esclerótica e erosão do córtex são achados frequentes. Não há reação periosteal.
Tratamento:autolimitado; curetar se sintomático; alguns advogam fixar se >50% do diâmetro
doosso pelo risco de fratura.
Hemangioma: ao RX, imagem em sela de prisão – espessamento trabecular vertical.
Cisto ósseo aneurismático: lesão lítica, expansiva, que eleva periósseo mas se mantém contida
por uma fina camada de córtex. Pode ter margem bem definida, ou característica permeativa
que mimetiza uma lesão maligna. Localizada excentricamente na metáfise.
TGC: lesão epifisária, com rarefação óssea de início excêntrica, respeitando cortical mas depois
pode rompê-la.
Resposta: B
50. Prova R3 2016. Pela AJCC, um tumor de partes moles, de alto grau, maior que 5 cm e
profundo, é classificado como:
a) 2B
b) 2C
c) 4
d) 3

Discussão:
Classificação AJCC de tumor de partes moles:
1A: baixo grau, < 5 cm, qualquer profundidade.
1B: baixo grau, >5cm, superficial.
2A: baixo grau, >5cm, profundo.
2B: alto grau, <5cm, qualquer profundidade.
2C: alto grau, >5cm, superficial
3: alto grau, >5cm, profundo
4: metastático

Classificação AJCC de tumores ósseos:


1A: baixo grau, intracortical
1B: baixo grau, extracortical
2A: alto grau, intracortical
2B: alto grau, extracortical
3A: não definido
3B: não definido
4A: metástase linfonodal
4B: metástase a distância

Resposta: D

16. Prova R2 2016. Na doença de Paget, o achado histológico é o padrão:


a) em mosaico
b) metaplásico
c) epitelioide
d) cavitário

Discussão:
O padrão histológico é em mosaico.
Resposta: A

30. Prova R2 2016. Paciente de 40 anos com lesão lítica pouco dolorosa, diafisária de fêmur e
acometendo >2/3 do diâmetro do osso deve ter como conduta:
a) Ressecção da lesão tumoral para anatomopatológico
b) Investigação de lesão tumoral primária e fixação profilática
c) Investigação de lesão tumoral primária e radioterapia
d) Investigação de lesão tumoral primária e observação

Discussão:
Lesão lítica = 3, dor leve = 1, diafisária de fêmur = 2, >2/3 = 3.
Resposta: B

35. Prova R2 2016. Sobre os tumores de partes moles, assinale a incorreta:


a) Lipomas são os tumores benignos mais comuns do tecido conjuntivo
b) a condromatose sinovial é uma doença proliferativa sinovial monoartricular
c) a condromatose sinovial cursa com presença apenas de corpos livres, sem doença sinovial
no estágio 3 (tardio)
d) tumores desmoides são na maioria das vezes indolentes e com baixa taxa de recorrência

Discussão:
Tumores desmoides são agressivos e altamente recorrentes.
Resposta: D

36. Prova R2 2016. Qual é o tumor maligno de partes moles mais comum?
a) Lipossarcoma
b) Fibrohistiocitoma maligno
c) Fibrossarcoma
d) Sarcoma sinovial

Discussão:
Sarcomas de partes moles mais frequentes: lipossarcoma 29%, fibrossarcoma 20%,
fibrohistiocitoma maligno 8%, Sarcoma sinovial 6%, rabdomiossarcoma 5% (mas o mais
comum na infância)  há controvérsias! Ver questão 79 da anual dos R2.
Resposta: A

37. Prova R2 2016. São tumores que acometem os elementos posteriores da coluna, exceto:
a) Osteoma osteoide
b) Osteoblastoma
c) TGC
d) Osteocondroma

Discussão:
Acometem elementos posteriores da coluna: osteoma osteoide, osteoblastoma, cisto ósseo
aneurismático. TGC definitivamente não acomete. Osteocondroma...?
Resposta:C

38. Prova R2 2016. São indicações para o tratamento farmacológico na doença de Paget,
exceto:
a) perda ponderal
b) dor óssea/articular
c) deformidade óssea
d) risco de compressão neurológica

Discussão:
Doença de Paget
 Alterações mais precoces são cunhas osteolíticas metafisárias de ossos longos em
forma de chama.
 Alargamento, deformidade óssea, corticais espessas e irregulares.
 Nunca afeta exclusivamente a diáfise.
 Nervos mais afetados (por compressão): 1º par, 2º par, 5º par, 7º par, 8º par.
 Monitoramento da doença: cintilografia, uranálise de 24h para níveis de prolina, FA
para avaliar grau de formação óssea. Níveis séricos de cálcio geralmente esão normais.
 Tratamento: principal indicação = quando sintomático (dor); deformidade óssea
progressiva, fratura patológica, ICC. Medicamentos mais utilizados: calcitonina,
bisfosfonatos. Mitramicina – casos refratários.
 Indicações cirúrgicas: fraturas e AO importante.
Resposta: A

39. Prova R2 2016. Qual das doenças abaixo cursa com aumento de FA no sangue?
a) Mieloma múltiplo
b) Doença de Paget
c) Osteoporose
d) Hiperparatireoidismo

Discussão:
Apenas Paget aumenta FA no sangue.
Resposta: B

40. Prova R2 2016. Sobre a hipercalcemia maligna, assinale a incorreta:


a) é uma contraindicação à radioterapia
b) sobrevida de 3 meses de 60%
c) podem ocorrer sintomas como náuseas,, irritabilidade, fraqueza e poliúria
d) Pode ser tratada com hiperidratração e bisfosfonatos

Discussão:
Sintomas:: anorexia, náuseas, vômitos, poliúria, declínio da capacidade cognitiva, estupor,
coma, hipertensão, bradicardia, encurtamento do intervalo QT, bloqueio AV, fraqueza
muscular, dores ósseas, artralgias. Proporcionais ao grau de hipercalcemia: leve 10,5-11,9,
moderada 12-13,9, grave >14.
Tratamento: hiperidratação (200-500ml/h, regulado somente por função cardíaca e renal).
Reposição de fosfato. Corticoides (se 1,25 vitamina D estiver envolvida na gênese).
Bisfosfonatos.
Hipercalcemia maligna é um mau fator prognóstico para o paciente.
Uma vez estável o paciente, não contraindica nenhuma forma de tratamento oncológico.
Resposta: A

41. Prova R2 2016. Qual da smetástases abaixo costuma ter aparência blástica ao RX?
a) Pulmão
b) RIm
c) Tireoide
d) Próstata

Discussão:
BLASMAPRO, LIRITI, MIPU. Blástico = mama e próstata.
Resposta: D

42. Prova R2 2016. Assinale a incorreta:


a) Osteoma osteoide pode cursar com dor noturna
b) TGC é mais prevalente em mulheres
c) Metástases linfonodais são comuns na maioria dos sarcomas
d) Sarcoma de Ewing é raro em negros

Discussão:
O principal local de metástase dos tumores ósseos é osso. Metástase linfonodal não é comum.
Resposta: C

43. Prova R2 2016. Segundo a classificação de Enneking para tumores malignos, um OS de


baixo grau extracompartimental não metastático seria classificado como:
a) IA
b) IB
c) IIA
d) IIB

Discussão:
Baixo grau = I
Extracompartimental = B
Não metastático = não é III.
Resposta: B

44. Prova R2 2016. São tumores que costumam ser sensíveis a radioterapia, exceto:
a) Sarcoma de Ewing
b) Mieloma mútliplo
c) tumor de células renais
d) tumor de próstata

Discussão:
Dentre as metástases, a originária de células renais não é responsiva a radioterapia. Os outros
citados são.
Resposta: C

45. Prova R2 2016. Sobre o cisto ósseo simples, assinale a incorreta:


a) ocorrem nas primeiras duas décadas de vida com prevalência maior em mulheres (2:1)
b) ao rx costumam ser lesões líticas, cêntricas e metafisárias
c) acometem principalmente úmero e fêmur proximais
d) tratamento com injeção de corticoide pode apresentar sucesso em 90% dos casos

Discussão:
2 vezes mais comum em homens.
No adulto, o local mais comum é ilíaco e calcâneo. Entretanto, locais clássicos são úmero e
fêmur proximais, pois acomete principalmente nas primeiras duas décadas de vida.
Sinal do fragmento caído – casca de cortical cai para dentro do cisto por fratura patológica.
20% dos casos. Patognomônico.
Resposta: A

47. Prova R2 2016. Sobre o granuloma eosinofílico, assinale a incorreta:


a) acomete com maior frequência pacientes entre 5 e 20 anos
b) sintomas são similares à OM, com dor noturna e febre
c) lesões assintomáticas devem ser tratadas somente com corticosteroides
d) pacientes com colapso vertebral (vértebra plana) podem ser tratados conservadoramente

Discussão:
Lesões assintomáticas não devem ser tratadas. Pacientes com colapso vertebral podem ser
tratados conservadoramente, com brace para analgesia se necessário e radioterapia se
sintomas neurológicos leves. Descompressão e artrodese para sintomas progressivos ou
graves.
Resposta: C

79. Prova Anual R2 2016. Qual o segundo sarcoma de partes moles mais frequente?
a) Osteossarcoma de partes moles
b) Rabdomiossarcoma
c) Fibrohistiocitoma maligno
d) Lipossarcoma

Discussão:
A bibliografia indicada (Campbell) indica na pagina 966 que o lipossarcoma é o segundo mais
comum. Entretanto, em uma questão anterior e seguindo a mesma bibliografia (mas não a
mesma página), lipossarcoma é indicado como primeiro mais comum. No próprio Campbell,
algumas páginas antes, ele indica que o fibroistiocitoma maligno (na verdade, a sua entidade
patológica) é o mais comum, mas na realidade inclui uma grande variedade de tumores.
Resposta: Considere como fibroistiocitoma maligno o primeiro mais comum e lipossarcoma o
segundo. D

Questão de número indeterminado. Prova de R4 2017.


Qual o tipo de rotacionoplastia mostrado abaixo, segundo Winkelmann?

a) A1
b) A2
c) B1
d) B2

Discussão:
Pois é, existe uma classificação para rotacionoplastia. E não, não está no Pinhal nem no
Rucedo. Mas agora está no Nordon.
Rotacionoplastia
Classificação de Winkelmann
A1: lesão no fêmur distal. Fêmur distal, joelho e tíbia proximal são ressecados; a perna é
rodada 180 graus e a tíbia é presa ao resto do fêmur.
A2: lesão na tíbia proximal. O fêmur distal, joelho e tíbia proximal são ressecados; após
rotação de 180 graus, a tíbia distal é unida ao fêmur distal.

B1: Lesões no fêmur proximal que poupam a articulação do quadril e músculo glúteos. O fêmur
proximal e quadril são ressecados, a perna é rodada 180 graus. O fêmur distal é unido à pelve,
de forma que o joelho funciona como quadril, e o tornozelo funciona como joelho.
B2: Lesão no fêmur proximal com envolvimento da articulação do quadril e tecido
circunjacente. Fêmur proximal, quadril e hemipelve baixa são ressecados, e a perna é rodada
180 graus. O fêmur restante é fundido ao ílio, e o joelho funciona como quadril em dobradiça.
O tornozelo funciona como joelho.

B3: Lesão no mediofemur. Todo o fêmur é ressecado. A tíbia é presa à pelve usando uma
endoprótese.
Resposta: a.

16. (TARO 2016) O Cisto ósseo unicameral é mais frequente:


a) na tíbia
b) no homem
c) nos ossos chatos
d) na 3ª e 4ª décadas

Discussão:
Cisto ósseo simples
Lesões comuns da infância.
85% nas primeiras duas décadas de vida.
Mais comum em homens (2X).
Mais comum no úmero e fêmur proximais em crianças, e íleo e calcâneo em adultos.
Lesões mais ativas durante crescimento ósseo e recuperam espontaneamente na maturidade.
Geralmente assintomáticos; 2/3 dos pacientes se apresentam com fratura, após as quais
geralmente o osso consolida.
Em ossos chatos, geralmente assintomáticos, raramente fraturam. Achado incidental.
Resposta: B

19. (TARO 2016) Na fase inicial da histiocitose de células de Langerhans, a imagem radiográfica
assemelha-se a:
a) plasmocitoma
b) condrossarcoma
c) tumor de Ewing
d) tumor de células gigantes

Discussão:
Histiocitose de Células de Langerhans:
Acomete mais pacientes de 5-15 anos.
Principal acometimento: crânio. Em seguida, corpos vertebrais e ílio. Quando acomete ossos
longos, pode gerar dor relacionada a atividade sugestiva de fratura por estresse ou patológica.
Lesão geralmente radioluscente com bordas pontiagudas de transição e geralmente nenhuma
reação do osso hospedeiro. Pode formar um sequestro central.
Para excluir Hand-Schüller-Christian (lesão óssea, exoftalmo, diabetes insipidus), fazer um RX
de crânio para observar sela túrcica e testar a primeira urina do dia para ver se consegue
concentrá-la. Fazer rx de corpo todo para buscar outras lesões e enzimas hepáticas. Qualquer
alteração, encaminhar a criança ao hematologista.
Atualmente acredita-se que não se deve tratar as lesões do granuloma eosinofílico.
Letterer-Siwe: forma maligna de HCL; apresenta-se antes dos 3 anos com lesões de pele,
viscerais e cerebrais, com ou sem lesões ósseas. Necessitam QT agressiva.
A aparência radiográfica da HCL depende da fase da doença e local de ocorrência.
Fase inicial: agressiva, padrão de osteólise permeativo e reação periosteal laminada imitando
Sarccoma de Ewing.
Depois, lesão de aparência menos agressiva, com margens bem definidas, zona estreita de
transição, reação periosteal madura ou ausente. Alargamento da cavidade medular com
afinamento cortical ou penetração são achados comuns em ossos longos. Geralmente em
metáfise e diáfises; raro em epífises.
No crânio, pode gerar lesões redondas, radioluscentes, em saca bocado quando vistas em
radiografias.
A manifestação clássica é vértebra plana.
Resposta: C

82. (TARO 2016) Na doença de Paget, as atividades osteoclástica e osteoblástica apresentam-


se, respectivamente:
a) diminuída na fase inicial e diminuída na fase tardia
b) aumentada na fase inicial e diminuída na fase tardia
c) diminuída na fase inicial e aumentada na fase tardia
d) aumentada na fase inicial e aumentada na fase tardia

Discussão:
Reabsorção excessiva osteoclástica é seguida por aumento da atividade osteoblásitca. Uma
fase lítica inicial é seguida por produção óssea excessiva com engrossamento cortical e
trabecular.
Resposta: D

85. (TARO 2016) O fibroma não ossificante localiza-se caracteristicamente na região:


a) central da diáfise
b) central da metáfise
c) excêntrica da diáfise
d) excêntri ca de metáfise

Discussão:
Fibromas não ossificantes ocorrem em 35% das crianças. Ocorrem incidentalmente.
Geralmente ocorre na região metafisária de ossos longos em indivíduos de 2 a 20 anos. Apesar
de qualquer osso poder estar envolvido, 40% fêmur distal, 40% tíbia, 10% fíbula.
Lesão bem definida, lobulada, encontrada excentricamente na metáfise. Aparência
multilocular ou cristas na paree óssea, bordas escleróticas, erosão no córtex são achadso
prequentes. Não há reação periosteal na ausência de fratura patológica.
Resposta: D

86. (TARO 2016) O Cisto ósseo unicameral no adulto acomete principalmente:


a) ilíaco e calcaneo
b) terço proximal do úmero e iliaco
c) terço proximal do fêmur e calcaneo
d) terço proximal do úmero e do femur

Discussão:
Na criança, afeta mais úmero e fêmur proximais; no adulto, ilíaco e calcâneo.
Resposta: A

87. (TARO 2016) O sarcoma de partes moles mais comum na infância é o:


a) lipossarcoma
b) fibrossarcoma
c) sinoviossarcoma
d) radbdomiossarcoma

Discussão:
Sarcomas de partes moles em crianças são muito menso comum que lesões benignas de
partes moles, mas ambos podem ser difíceis de distinguir. O sarcoma mais comum de partes
moles em crianças é o rabdomiossarcoma. Os outros sarcomas de partes moles são muito
menos comuns que em adultos.
Resposta: D

71. (TEOT 2016) Qual a localização mais frequente da displasia fibrosa?


a) Metáfise e excêntrica
b)
c)
d)

Discussão:
Displasia fibrosa é uma lesão metafisária, excêntrica, de borda esclerótica e aspecto em vidro
fosco ou multilobulado.
Resposta:

09. (TARO 2015) O cisto ósseo simples geralmente é detectado quando o paciente apresenta:
a) dor
b) fratura patológica
c) aumento de volume
d) limitação de movimento

Discussão:
Por ser assintomático, na maioria das vezes o cisto só é identificado quando ocorre fratura.
Resposta: B

11. (TARO 2015) O fibroma ossificante localiza-se mais comumente:


a) na tíbia
b) na pelve
c) no fêmur
d) no úmero

Discussão:
Fibroma ossificante, ou displasia osteofibrosa, acomete principalmente a mandíbula ou o
córtex anterior da tíbia em crianças, sendo mais bem visto na radiografia em perfil. Apresenta
numerosas lesões radioluscentes com uma borda de osso reativo. Inicia-se no córtex e
acomete o canal meular tardiamente no processo da doença. Geralmetne associado com tíbia
curva, e recorre rapidamente se curetado.
Se lesão pequena e paciente com menos de 10 anos, recomenda-se observar. Se lesão maior
de 3 a 4 cm, recomenda-se biopsia para excluir adamantinoma. Mesmo que venha compatível
com diagnósticos de displasia osteofibrosa, recomenda-se excisão de toda a lesão para
avaliação anatomopatológica excluir adamantinoma (em caso de lesões grandes). No caso de
observação, recomendam-se radiografias a cada seis meses até a lesão curar ou ser ressecada.
O fibroma não ossificante é encontrado em até 40% das crianças, mais comumente entre 4 e 8
anos, sendo 90% no fêmur distal. A lesão é geralmente metafisária, radioluscente, irregular,
rodeada por uma borda de osso reativo. O córtex ao redor é fino e com aparência de
expandido.
Resposta: A

27. (TARO 2015) O granuloma eosinofílico em apresentação isolada é encontrado mais


frequentemente:
a) no crânio e no femur
b) na pelve e ossos tarsais
c) na coluna e nas costelas
d) no úmero e ossos carpais

Discussão:
Granuloma eosinofílico
2/3 dos casos são diagnosticados em indivíduos com menos de 20 anos de idade, a maioria no
grupo entre 5 e 10 anos. O primeiro sintoma é dor localizada, ocasionaolmente acompanhada
por edema e febrícula. VHS pode estar elevado. O crânio é o local mais comum de
envolvimento, seguido pelo fêmur. Aproximadamente 40% dos granulomas eosinofílicos
isolados são encontrados em um destes dois locais, e ambos também são os mais afetados em
casos de múltiplas lesões.
Resposta: A

62 (TARO 2015) No cordoma sacrococcígeo, o diagnóstico radiográfico é dificultado pela:


a) presença de gás intestinal
b) presença de bordas irregulares
c) ausência de calcificações
d) aparência osteoblástica

Discussão:
A maioria aparece abaixo de S3, na linha média, com caráter destrutivo. São obscurecidas por
gás intestinal na radiografia AP, sendo mais bem vistos na incidência lateral.
Resposta: A

09. (TARO 2014) Neurofibroma pode sofrer transformação maligna para:


a) fibrossarcoma
b) sarcoma epitelioide
c) schwanoma maligno
d) dermatofibrossarcoma

Discussão:
Tumor maligno da bainha nervosa (schwannoma maligno, neurofibrossarcoma) é a
contraparte maligna do neurofibroma e é raro.
Resposta: C
16. (TARO 2014) O cisto ósseo simples no úmero de crianças geralmente localiza-se na região:
a) diafisária
b) epifisária
c) metafisária
d) metaepifisária

Discussão:
Cistos osseos simples iniciam-se como lesões metafisárias colados à fise durante o
crescimento. Com o tempo, movem-se mais próximo à diáfise. São classificados como ativos
quando estão a menos de 1cm da fise, e latentes quando estão mais próximos da diáfise.
Resposta: C

39. (TARO 2014) Nas crianças, o rabdomiossarcoma acomete principalmente:


a) extremidades
b) cabeça e pescoço
c) sistema geniturinário
d) mediastino e abdome

Discussão:
Rabdomiossarcoma: 4% dos tumores malignos em crianças de 15 anos ou menos. Ocorre nas
primeira e segunda décadas de vida; meninos são levemente mais afetados do que meninas,
negros e asiáticos têm menor incidência do que caucasianos. Pode ocorre em todas as partes
do corpo, sendo cabeça e pescoço (26%), sistema genitourinário (24%), mediatino e abdome
(22%), extremidades (19%), órbita (9%).
Resposta: B

42. (TARO 2014) Após a ressecção da fibromatose agressiva com margem oncológica
comprometida, está indicada:
a) observação
b) radioterapia
c) reintervenção
d) quimioterapia

Discussão:
Fibromatoses
Lesões fibrosas benignas em crianças são relativamente comuns e raramente malignas.
Fibromatose desmoide extra-abdominal, ou fibromatose agressiva, e a lesão fibrosa mais
comum vista em crianças. O paciente apresente com dor leve e massa lentamente crescente. A
massa é profunda, firme e levemente sensível, mas não inflamada.
Fibromatose agressiva é uma lesão infiltrativa, e excisão local raramente remove todo o
tumor. Frequentemente o patologista encontra margem positiva. Entretanto, margem positiva
na ressecção inicial nem sempre leva a recorrência local, sendo recomendado que o paciente
seja observado.
Aproximadamente metade dos pacientes desenvolve recorrência, independentemente da
margem histológica.
Resposta: A

73. (TARO 2014) Na doença de Paget, a biópsia geralmente revela um padrão em:
a) mosaico
b) paliçada
c) roda de carroça
d) tela de galinheiro

Discussão:
Mosaico: Paget.
Tela de galinheiro: condroblastoma.
Paliçada: Schwannoma (Neurilemoma)
Roda de carroça: histiocitoma fibroso maligno.
Resposta: A

24. (TEOT 2014) Qual o tumor de partes moles mais comum em crianças?
a) lipossarcoma
b) rabdomiossarcoma
c) sinoviossarcoma
d) fibrossarcoma

Discussão:
Questão clássica, já caiu em outras provas.
Resposta: B

78. (TEOT 2014) Cisto ósseo unicameral no adulto é mais comum em:
a) úmero e fêmur
b) calcâneo e ilio
c) fêmur e tibia
d) fêmur e calcaneo

Discussão:
Já caiu milhões de vezes. Adulto – calcâneo e ilio
Criança – fêmur e umero
Resposta: B

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