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Ducto Deferente:
Glândulas Seminais: Cada glândula seminal é uma estrutura alongada (tem cerca de 5 cm de
comprimento, mas às vezes é bem mais curta) situada entre o fundo da bexiga e o reto. As
glândulas seminais encontram-se em posição oblíqua superiormente à próstata e não
armazenam espermatozoides. Secretam um líquido alcalino espesso com frutose (fonte de
energia para os espermatozoides) e um agente coagulante que se mistura aos
espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra. O ducto da glândula
seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório.
Ductos ejaculatórios: Os ductos ejaculatórios são tubos delgados que se originam pela união
dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Os ductos ejaculatórios
(aproximadamente 2,5 cm de comprimento) originam-se perto do colo da bexiga e seguem
juntos, anteroinferiormente, atravessando a parte posterior da próstata e ao longo das laterais
doutrículo prostático. Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal por
meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas sobre a abertura do utrículo prostático, ou
logo dentro da abertura
A próstata tem:
A descrição tradicional da próstata inclui os lobos a seguir, embora não sejam bem distintos do
ponto de vista anatômico:
Na parte dianteira da crista uretral, abaixo de seu cume, está uma elevação mediana, o
colículo seminal, sobre ou dentro das margens do qual estão os orifícios do utrículo prostático
e as aberturas em forma de fenda dos dutos ejaculatórios.
Os ductos prostáticos (20 a 30) se abrem principalmente nos seios prostáticos, situados de
cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra . O líquido
prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume do sêmen (uma
mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas seminais, próstata e glândulas
bulbouretrais que constitui o veículo no qual os espermatozoides são transportados) e
participa da ativação dos espermatozoides.
Uretra:
Escroto:
Pênis:
CÂNCER DE PRÓSTATA:
Epidemiologia:
O câncer de próstata é a neoplasia com maior incidência entre os homens, com estimativa de
68.800 novos casos no Brasil, cm 2014, correspondendo a 22,8% dos diagnósticos de câncer
cm homens no país. Mundialmente, constitui a segunda neoplasia mais incidente e a segunda
causa de mortalidade por câncer cm homens, com cerca de l, l milhão de novos casos e 300 mil
óbitos pela doença cm 2012.
Fatores de Risco:
Em termos de fatores de risco, os únicos bem estabelecidos são idade, etnia negra, história
familiar e algumas condições genéticas hereditárias.
Outro aspecto importante é a etnia, já que dados epidemiológicos demonstram que homens
negros têm maior incidência de câncer de próstata, especialmente de casos mais agressivos, e
também parecem ter maior mortalidade em relação a pessoas de outras etnias. A incidência
do câncer prostático é incomum entre asiáticos, altíssima entre negros e também alta entre os
escandinavos.
A história familiar de câncer de próstata está presente cm 5 a 10% dos casos e também tem
relação importante com risco desta neoplasia, com aumento do risco relativo de 2 a 5 vezes
dependendo do número de familiares diagnosticados com a doença. Além da história familiar
de câncer de próstata, deve-se ter atenção à história outros tipos de câncer na família, já que
síndromes hereditárias como síndrome de Lynch e mutação do gene BRCA também podem
aumentar o risco de câncer de próstata.
Apesar de não estarem bem estabelecidos, outros fatores parecem estar associados ao
aumento da incidência ou a mortalidade por câncer de próstata, como obesidade, tabagismo,
consumo de carne processada, entre outros.
O ambiente externo também desempenha seu papel, como evidenciado pelo fato de que, em
imigrantes japoneses nos Estados Unidos, a incidência da doença aumenta (embora não no
nível visto em nativos dos Estados Unidos). Além disso, à medida que a dieta asiática se torna
mais ocidentalizada, a incidência do câncer da próstata clínico nessa região do mundo parece
estar aumentando. Contudo, a relação entre componentes dietéticos específicos e o risco de
câncer da próstata é obscura.
Próstata:
A próstata pode ser dividida em várias regiões biologicamente distintas, e as mais importantes
delas são as zonas periférica e de transição. Os tipos de lesões proliferativas são diferentes em
cada região. Por exemplo, a maioria das lesões hiperplásicas surge na região mais interna da
zona de transição, ao passo que a maioria dos carcinomas (entre 70-80%) surge nas zonas
periféricas.
Patologia:
Quadro clínico:
No caso de doença localizada, os possíveis sintomas são originados do trato urinário inferior
como disúria, aumento da frequência urinária, redução do jato urinário, além de disfunção
erétil, entre outros. Importante ressaltar que frequentemente esses sintomas não são
causados pelo câncer da próstata, mas pela hiperplasia prostática benigna, muito frequente
nessa população, e que muitas vezes levam os pacientes a procurar o médico.
Casos com doença localmente avançada podem se apresentar com retenção urinária,
hematúria, hematospermia e dor pélvica. São apresentações incomuns mesmo no contexto da
doença avançada localmente.
Devido à localização periférica, o câncer da próstata, em seu estágio inicial, é menos danoso
que a HPB no que tange à obstrução uretral.
Os cânceres avançados localmente se infitram nas vesículas seminais e nas zonas periuretrais
da próstata e podem invadir os tecidos moles adjacentes, as paredes da bexiga urinária ou
(menos comumente) o reto. Metástases nos ossos, particularmente no esqueleto axial, são
frequentes nos estágios avançados da doença e tipicamente causam lesões osteoblásticas
(produtoras de ossos) que podem ser detectadas em uma cintilografia óssea
Rastreamento:
O rastreamento com teste de PSA e toque retal para diagnóstico precoce do câncer de
próstata com homens assintomáticos é um tema controverso, visto que a evidência
atualmente disponível não demonstra superioridade clara dos benefícios em relação aos riscos
dessa estratégia.
Estudos clínicos randomizados foram conduzidos na Europa e nos Estados Unidos com grande
número de pacientes, demonstraram resultados inconsistentes, mas questões metodológicas
dificultam a interpretação completa dos dados, especialmente pelo fato da "contaminação” do
braço-controle com pacientes que realizaram o rastreamento.
Esse aparente paradoxo está relacionado com a ampla variação na história natural do câncer
de próstata, de doença agressiva e rapidamente fatal a doença indolor e sem importância
clínica. De fato, é comum encontrar o carcinoma da próstata por acaso durante a autópsia de
homens que morrem de outras causas, e a quantidade de homens que morrem com o câncer
da próstata é muito maior do que a de homens que morrem desse câncer. Atualmente, não é
possível identificar com certeza os tumores que terão comportamento mais agressivo. Assim,
enquanto alguns homens são indubitavelmente salvos pela detecção precoce e pelo
tratamento do seu câncer da próstata, é igualmente certo afirmar que outros estão sendo
“curados” de tumores clinicamente inconsequentes.
Diagnóstico:
Como já mencionado, a maior parte dos casos é diagnosticado após PSA elevado para a idade
e/ou nódulo prostático detectado no exame de toque retal, sendo realizada biópsia transretal
de próstata por ultrassonografia e obtenção de 12 a 24 fragmentos de tecido dos sextantes da
glândula bilateralmente.
Nesses casos, recomenda-se avaliação com provas de coagulação/ hemostasia pelo risco de
complicações hemorrágicas em pacientes com coagulação intravascular disseminada. Além
disso, recomenda-se avaliação laboratorial com hemograma, função renal, eletrólitos incluindo
cálcio, PSA, testosterona, desidrogenase lática e fosfatase alcalina.
Como reconhecimento desses problemas, muitas alterações sutis no que tange à apreciação e
à interpretação dos valores do PSA têm sido propostas com o intuito de aprimorar a
especificidade e a sensibilidade do exame. Uma delas é corrigir o PSA para o tamanho
estimado da próstata, para explicar as elevações do PSA que estejam associadas ao aumento
prostático (p. ex., HPB). Outra é usar uma escala móvel que leve em conta o aumento do PSA
em função da idade do paciente. Uma terceira é focar as alterações dos níveis do PSA em
medições seriadas ao longo do tempo. Os homens com câncer da próstata apresentam taxa
maior de aumento do PSA em comparação com homens que não têm câncer da próstata . Um
aumento significativo nos níveis séricos do PSA, mesmo se o PSA estiver dentro de uma
variação “normal”, deveria incitar a realização de outros exames. Por fim, a maior parte do PSA
presente no sangue está ligada às proteínas do plasma, mas também inclui uma fração menor
livre. A porcentagem de PSA livre (a proporção de PSA livre para a de PSA total) é mais baixa
em homens com câncer da próstata do que em homens com doenças prostáticas benignas.
Uma vez diagnosticado o câncer, as medições seriadas do PSA são de enorme valor para a
avaliação da resposta à terapia. Por exemplo, um nível crescente de PSA depois de
prostatectomia radical ou de radioterapia para a doença localizada é indício de doença
disseminada ou recorrente.
Diagnóstico Diferencial:
A HPB ocorre quase sempre na zona transicional interna da próstata. A próstata afetada fica
aumentada, pesa tipicamente 60-100g e contém muitos nódulos bem circunscritos que
causam protrusão na superfície de corte. Os nódulos podem conter espaços císticos que
correspondem aos elementos glandulares dilatados ou ser sólidos. A uretra é geralmente
comprimida pelos nódulos hiperplásicos, que deixam apenas uma estreita fenda de passagem.
A presença de urina residual na bexiga causada por obstrução crônica aumenta o risco de
infecções do trato urinário. Em alguns homens afetados, a HPB leva à completa obstrução
urinária e, na falta do tratamento apropriado, à hidronefrose
Estadiamento:
Tratamento:
Doença localizada:
Para pacientes com câncer de próstata de baixo risco as opções terapêuticas são a
vigilância ativa, a radioterapia (externa ou braquiterapia) ou a prostatectomia radical.
Quando a doença localizada se mostra de maior risco aumentam as chances de recidiva local e
sistêmica. Neste sentido também aumentam as indicações de tratamentos multimod ais
envolvendo cirurgia radical, radio- e hormonioterapia, em diferentes combinações. Neste
cenário, não há indicação de vigilância ativa e em geral os tratamentos propostos são os
seguintes:
Prostatectomia radical: ainda é uma opção bastante adotada, sobretudo nos pacientes com
menos de 65 anos de idade. Nesses casos, a intenção é a de se proceder ao tratamento
cirúrgico, sem nenhum tratamento complementar. Após a cirurgia, os pacientes permanecem
cm seguimento com controles regulares de PSA. A opção cirúrgica em geral é considerada nos
pacientes mais jovens e que tenham características de doença de risco intermediário, como
definido anteriormente.
Radioterapia com ou sem terapia de deprivaçao androgénica: outra opção importante no
tratamento desses pacientes é a utilização da radioterapia externa, como única modalidade de
tratamento local, associada ao emprego de bloqueio androgênico.
Nesse grupo, encontram-se tanto pacientes que apresentam recidiva de doença metastática
após tratamento local quanto pacientes que já se apresentam com doença disseminada ao
diagnóstico inicial. O tratamento padrão da doença disseminada tem como objetivo a redução
da testosterona sérica para níveis de castração, seja com castração cirúrgica (orquiectomia
bilateral) ou química (uso de agonistas ou antagonistas do receptor do hormônio de liberação
de gonadotrofinas [ GnRH).
Nos últimos anos tem-se observado a aprovação de inúmeros tratamentos do CPRC com base
cm aumento de sobrevida e melhora na qualidade de vida, incluindo novas terapias hormo·
nais (abiraterona e enzalutamida), quimioterapia (cabazitaxel). radiofármacos (rádio-223) e
imunoterapia (sipuleucel-T). que trazem novas perspectivas de beneficio para pacientes com
essa doença.