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História
Outras dificuldades surgiram quando o parlamento do império, a Assembleia Geral, foi inaugurado em 1826.
Pedro I, juntamente com uma percentagem significativa da legislatura, defendeu um sistema judiciário
independente, um legislativo eleito pelo povo e um governo que seria liderado pelo imperador que deteria
amplos poderes executivos e prerrogativas.[24] Outros no Parlamento defenderam uma estrutura semelhante,
apenas com um papel menos influente para o monarca e com o poder legislativo sendo dominante na política e
na governança.[25] A luta sobre se o governo seria dominado pelo imperador ou pelo parlamento foi travada
em debates entre 1826 e 1831 no estabelecimento da estrutura governamental e política do império.[20] Ao não
conseguir lidar com problemas tanto no Brasil quanto em Portugal simultaneamente, o imperador abdicou em
nome de seu filho, D. Pedro II, em 7 de abril de 1831 e imediatamente embarcou para a Europa para restaurar
sua filha ao seu trono.[26]
Regência
Após a saída precipitada de D. Pedro I, o Brasil ficou com um menino de cinco anos de idade como chefe de
Estado. Sem precedentes a seguir, o império foi confrontado com a perspectiva de um período de mais de 12
anos sem um executivo forte, visto que, nos termos da Constituição de 1824, D. Pedro II não iria atingir a
maioridade e começar a exercer a autoridade como o imperador até 2 de dezembro de 1843.[27] A regência foi
eleita para governar o país nesse período. A regência tinha apenas alguns dos poderes exercidos por um
imperador e era completamente subordinada à Assembleia Geral, que não podia preencher o vácuo deixado no
cargo mais alto do governo brasileiro.[28]
Os políticos que haviam subido ao poder durante a década de 1830 haviam até então se familiarizado com as
dificuldades e as armadilhas do poder. Segundo o historiador Roderick J. Barman, por volta de 1840 "eles
haviam perdido toda a fé na sua capacidade de governar o país por conta própria. Eles aceitaram D. Pedro II
como uma figura de autoridade, cuja presença era indispensável para a sobrevivência do país."[31] Alguns
desses políticos (que formariam o Partido Conservador em 1840) acreditavam que uma figura neutra era
necessária, que poderia estar acima de facções políticas e de interesses mesquinhos para enfrentar o
descontentamento e disputas moderadas.[32] Eles imaginaram um imperador que seria mais dependente do
legislador do que o monarca constitucional imaginado por D. Pedro I, mas com mais poderes do que tinha sido
defendido no início da regência por seus rivais (que mais tarde formaram o Partido Liberal).[33] Os liberais, no
entanto, conseguiram passar uma iniciativa para antecipar a maioridade de D. Pedro II de 18 para 14 anos. O
imperador foi declarado apto para governar em julho de 1840.[34]
Consolidação
os de seu círculo íntimo sem causar qualquer perturbação pública.[37] Ele também rejeitou os liberais, que se
haviam revelado ineficazes enquanto estavam no cargo, e exortou os conservadores a formar um governo em
1848.[38]
As habilidades do imperador e do gabinete conservador recém-nomeado foram testadas durante três crises
entre 1848 e 1852.[39] A primeira foi um confronto sobre a importação ilegal de escravos. Importar escravos
tinha sido proibido em 1826, como parte de um tratado com o Reino Unido, [38] mas o tráfico continuou
inabalável. No entanto, a aprovação pelo governo britânico da Lei Aberdeen de 1845 autorizou que os navios
de guerra britânicos abordassem navios brasileiros e prendessem quem fosse flagrado envolvido no comércio
de escravos.[40] Enquanto o Brasil lutava com este problema, a Revolução Praieira, um conflito entre facções
políticas regionais na província de Pernambuco (e aquela em que partidários liberais e cortesãos estiveram
envolvidos) irrompeu em 6 de novembro de 1848, mas foi suprimida em março de 1849. Foi a última rebelião
a ocorrer durante a monarquia e seu fim marcou o início de um período de 40 anos de paz interna no Brasil. A
Lei Eusébio de Queirós foi promulgada em 4 de setembro de 1850 dando ampla autoridade ao governo para
combater o comércio ilegal de escravos. Com esta nova ferramenta, o Brasil procurou eliminar a importação de
escravos e em 1852 a primeira crise acabou quando a Grã-Bretanha aceitou que o comércio havia sido
suprimido.[41]
A terceira crise foi um conflito com a Confederação Argentina sobre ascendência sobre territórios adjacentes
ao Rio da Prata e pela navegação gratuita na hidrovia.[42] Desde a década de 1830, o ditador argentino Juan
Manuel de Rosas apoiava rebeliões no Uruguai e no Brasil. O império foi incapaz de enfrentar a ameaça
representada por Rosas até 1850,[42] quando uma aliança forjada entre Brasil, Uruguai e desafetos
argentinos,[42] levou à Guerra do Prata e a posterior deposição do governante argentino em fevereiro de
1852.[43][44] A passagem bem sucedida do império por estas crises melhorou consideravelmente a estabilidade
e o prestígio da nação e o Brasil emergiu como uma potência hemisférica.[45] No plano internacional, os
europeus vieram para ver o país incorporando os ideais liberais familiares, como a liberdade de imprensa e o
respeito constitucional das liberdades públicas. Sua monarquia parlamentar representativa também contrastou
com a mistura de ditaduras e instabilidade política endêmica nas outras nações da América do Sul durante este
período.[46]
Panorama do Recife, capital da província de Pernambuco (nordeste brasileiro), em 1855, cinco anos após o fim da
Revolução Praieira
Crescimento
Os membros restantes do Partido Liberal, que definhavam desde a sua queda em 1848 e a desastrosa
Revolução Praieira em 1849, aproveitaram o que parecia ser iminente implosão do Partido Conservador para
voltar à política nacional com força renovada. Eles entregaram um poderoso golpe para o governo, quando
conseguiram ganhar vários assentos na Câmara dos Deputados em 1860.[57] Quando muitos conservadores
moderados desertaram para se unir aos liberais para formar um novo partido político, a Liga Progressista,[58]
continuar no poder se tornou insustentável para os conservadores devido à falta de uma maioria governista
viável no parlamento. Eles se demitiram e, em maio de 1862, Pedro II nomeou um gabinete progressista.[59] O
período desde 1853 tinha sido de paz e prosperidade para o Brasil: '"O sistema político funcionou sem
problemas, liberdades civis foram mantidas. A partida tinha sido feita na introdução no Brasil das linhas da
estrada de ferro, do telégrafo e do vapor. O país não era mais conturbado pelas disputas e conflitos que se
acumulou durante seus primeiros 30 anos".[60]
Guerra do Paraguai
O que parecia no início ser uma breve e simples intervenção militar levou a uma guerra em grande escala no
sudeste da América do Sul. No entanto, a possibilidade de um conflito em duas frentes (com a Grã-Bretanha e
com o Paraguai) desapareceu quando, em setembro de 1865, o governo britânico enviou um emissário que
pediu desculpas publicamente pela crise entre os impérios.[72][73] A invasão paraguaia em 1864 levou a um
conflito muito maior do que o esperado e a fé na capacidade do gabinete progressista de lidar com a guerra
desapareceu.[74] Além disso, desde o seu início, a Liga Progressista foi assolada por um conflito interno entre
as facções formadas por antigos conservadores moderados e por ex-liberais.[74][75]
O gabinete renunciou e o imperador nomeou o envelhecido Visconde de Itaboraí para chefiar um novo
governo em julho de 1868, marcando o retorno dos conservadores ao poder.[76] Isto impulsionou ambas as
alas progressistas para deixar de lado suas diferenças, levando-os a rebatizar seu partido para Partido Liberal.
Uma terceira, menor e mais radical ala progressista declarou-se republicana em 1870, um mau sinal para a
monarquia.[77] No entanto, o "ministério formado pelo visconde de Itaboraí era um corpo muito mais capaz do
que o gabinete substituído"[76] e o conflito com o Paraguai terminou março 1870 com a vitória total do Brasil
e de seus aliados.[78] Mais de 50 mil soldados brasileiros morreram[79] e os custos da guerra foram onze vezes
superiores ao orçamento anual do governo.[80] No entanto, o país era tão próspero que o governo foi capaz de
superar a dívida da guerra em apenas dez anos.[81][82] O conflito também foi um estímulo para a produção
nacional e o crescimento econômico.[83]
Apogeu
A vitória diplomática sobre o Império Britânico e a vitória militar sobre o Uruguai em 1865, seguida da
conclusão bem sucedida da guerra com o Paraguai em 1870, marcou o início da "era de ouro" do Império do
Brasil.[84] A economia brasileira cresceu rapidamente; outros projetos de modernização de estradas de ferro e
transportes foram iniciados; a imigração floresceu.[85] O império ficou conhecido internacionalmente como
uma nação moderna e progressista, perdendo apenas para os Estados Unidos na América, era uma economia
politicamente estável, com um bom investimento potencial.[84]
Em março de 1871, Pedro II nomeou o conservador José Paranhos, o Visconde do Rio Branco, como chefe de
um gabinete, cujo principal objetivo era o de aprovar uma lei para libertar imediatamente todas as crianças
nascidas de escravas.[86] O controverso projeto de lei foi apresentado na Câmara dos Deputados em maio e
enfrentou "uma oposição determinada, que comandou o apoio de cerca de um terço dos deputados e que
procurou organizar a opinião pública contra a medida".[87] O projeto de lei foi finalmente promulgado em
p g p p p j p g
setembro e ficou conhecido como Lei do Ventre Livre. [87] O sucesso de Rio Branco, no entanto, prejudicou
seriamente a estabilidade política do império a longo prazo. A lei "dividiu os conservadores ao meio, uma
facção do partido apoiou as reformas do gabinete de Rio Branco,
enquanto a segunda — conhecida como a escravocratas — foram
implacáveis em sua oposição", formando uma nova geração de
ultraconservadores.[88]
Declínio
As deficiências da monarquia levaram muitos anos para se tornarem aparentes. O Brasil continuou a prosperar
durante os anos 1880, com a economia e a sociedade se desenvolvendo rapidamente, incluindo o primeiro
impulso organizado pelos direitos das mulheres.[91][92] Por outro lado, cartas escritas por Pedro II revelam um
homem envelhecido e cansado do mundo, cada vez mais alienado de eventos atuais e em perspectiva
pessimista.[93] Ele permaneceu meticuloso em suas funções formais como imperador, embora muitas vezes
sem entusiasmo, mas ele já não intervinha ativamente para manter a estabilidade no país.[94] Sua crescente
"indiferença ao destino do regime"[95] e sua inação em proteger o sistema imperial quando ele foi ameaçado
levaram historiadores atribuírem a "principal, talvez única, responsabilidade" pela dissolução da monarquia ao
próprio imperador.[96]
A falta de um herdeiro que pudesse viabilizar e proporcionar um novo rumo para o país também ameaçou as
perspectivas de longo prazo da monarquia brasileira. O herdeiro do imperador era sua filha mais velha, Isabel,
que não tinha interesse e nem expectativa de tornar-se uma monarca.[97] A Constituição permitia a sucessão
feminina ao trono, mas o Brasil ainda era uma sociedade muito tradicional, dominada por homens e a visão
predominante era de que apenas um monarca masculino seria capaz de executar a funções de chefe de
Estado.[98] Pedro II,[99] as classes dominantes[100] e o estamento político consideraram um sucessor do sexo
feminino como impróprio e Pedro II acreditava que a morte de seus dois filhos e a falta de um herdeiro do sexo
masculino eram um sinal de que o império estava destinado a ser suplantado.[99]
Um imperador cansado que não se importava mais com o trono, um herdeiro que não tinha nenhum desejo de
assumir a coroa e uma classe dirigente cada vez mais descontente e que não condizia com o papel Imperial em
assuntos nacionais: todos esses fatores pressagiaram a desgraça iminente da monarquia brasileira. Os meios
para alcançar a queda do sistema imperial logo aparecem dentro das fileiras do Exército. O republicanismo
[101][102]
nunca tinha florescido no Brasil fora de certos círculos elitistas.[101][102] e tinha pouco apoio nas
províncias[103] A combinação de crescimento dos ideais republicanos e positivistas entre oficiais do exército,
no entanto, começou a se tornar em séria ameaça à monarquia. Estes oficiais eram a favor de uma ditadura
republicana, que eles acreditavam que seria superior à monarquia democrática liberal.[104][105] Começando
com pequenos atos de insubordinação no início da década de 1880, o descontentamento no exército cresceu
em escopo e audácia durante a década, já que o imperador estava desinteressado e os políticos eram incapazes
de restabelecer a autoridade do governo sobre os militares.[106]
Queda
Para evitar uma reação republicana, o governo explorou o crédito prontamente disponível para o Brasil,
resultado de sua prosperidade, para alimentar ainda mais o desenvolvimento. O governo estendeu enormes
empréstimos a taxas de juros favoráveis aos fazendeiros, títulos generosamente concedidos e honras menores
de favores com figuras políticas influentes que se tornaram descontentes.[112] O governo também
indiretamente começou a resolver o problema dos militares recalcitrantes pela revitalização da moribunda
Guarda Nacional, até então uma entidade que existiu na maior parte apenas no papel.[113]
As medidas tomadas pelo governo alarmaram os republicanos civis e os positivistas nas Forças Armadas. Os
republicanos perceberam que elas minariam o apoio para seus próprios objetivos e foram encorajados a outra
ação.[105] A reorganização da Guarda Nacional foi iniciada pelo gabinete em agosto de 1889 e a criação de
uma força militar rival fez com que os dissidentes entre os oficiais considerassem medidas desesperadas.[114]
Para ambos os grupos, os republicanos e os militares, tornou-se um caso de "agora ou nunca".[115] Apesar de
não haver o desejo entre a maioria dos brasileiros de mudar forma de governo do país,[116] os republicanos
começaram a pressionar os oficiais do exército para derrubarem a monarquia.[117]
S i d d
Sociedade
Demografia
O primeiro censo nacional verdadeiro com cobertura exaustiva e ampla no território nacional foi realizado em
1872. O pequeno número de pessoas e o pequeno número de cidades relatados pelo censo revelam o enorme
território do Brasil ainda pouco povoado. A pesquisa estimou a população brasileira em total de 9 930 478
habitantes.[129] As estimativas feitas pelo governo em décadas anteriores mostravam 4 milhões de habitantes
em 1823 e 7,7 milhões de pessoas em 1854.[129] A população era distribuída em 20 províncias, no Município
Neutro (onde a capital imperial era compreendida) e em 641 municípios.[129]
Entre a população livre, 23,4% dos homens e 13,4% das mulheres foram considerados alfabetizados.[130] Os
homens representavam 52% (5 123 869) da população total.[130] Os dados populacionais por faixa etária
mostraram que 24,6% da população eram de crianças menores de 10 anos de idade; 21,1% eram adolescentes
e jovens entre 11 e 20 anos; 32,9% eram adultos entre 21 e 40 anos; 8,4% tinham entre 41 e 50 anos; 12,8%
tinham entre 51 e 70 anos; e, por último, apenas 3,4% tinham mais de 71 anos de idade.[130] Os moradores das
regiões nordeste e sudeste combinados compunham 87,2% da população do país.[131] O segundo censo
nacional foi realizado em 1890, quando a república brasileira tinha apenas alguns meses de idade. Seus
resultados mostraram que a população havia crescido para 14 333 915 habitantes desde o primeiro censo
demográfico.[132]
Em 1872 o peso da população rural era enorme quando comparado ao da urbana. A população das capitais do
Império representava 10,41% da população total, ou seja, 1 083 039 pessoas. Para completar o quadro, 48%
da população urbana concentrava-se apenas no Rio de Janeiro, Salvador e Recife.[133]
Grupos étnicos
Quatro grupos étnicos eram reconhecidos no Brasil imperial: branco, preto, pardo e indígena.[132] O termo
pardo é uma designação usada para brasileiros multirraciais que ainda é usada oficialmente,[134][135] embora
alguns estudiosos prefiram o termo mestiço, e é uma categoria ampla que inclui caboclos (descendentes de
brancos e índios), mulatos (descendentes de brancos e negros) e cafuzos (descendentes de negros e
índios).[136]
índios).
Os brasileiros brancos eram descendentes dos colonizadores portugueses originais. A partir dos anos 1870 este
grupo étnico também passou a incluir outros imigrantes europeus: principalmente italianos, espanhóis e
alemães. Embora os brancos pudessem ser encontrados em todo o país, eles eram o grupo majoritário na região
sul e na província de São Paulo.[130] Os brancos também compunham uma parcela significativa (40%) da
população das províncias do nordeste do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.[130] Os negros brasileiros
eram de ascendência da África subsaariana e habitavam as mesmas áreas que os mulatos. A maioria da
população das províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas e
Pernambuco (as quatro últimas com os menores percentuais de brancos em todo o país, menos de 30% em
cada) era composta por negros ou pardos.[130] Os índios, os povos nativos do Brasil, eram encontrados
principalmente no Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas.[130]
Por causa da existência de comunidades raciais e culturais distintas, o Brasil se desenvolveu no século XIX
como uma nação multiétnica. No entanto, esse dado é problemático, visto que não há nenhuma informação
demográfica disponível para os anos anteriores a 1872. O primeiro censo nacional oficial foi elaborado pelo
governo neste ano e mostrava que, dos 9 930 479 habitantes, 38,1% eram brancos, 38,3% pardos, 19,7%
negros e 3,9% indígenas.[132] O segundo censo nacional oficial, em 1890, revelou que, de uma população de
14 333 915, 44% eram brancos, 32,4% pardos, 14,6% negros e 9% índios.[132]
Imigração europeia
Antes de 1808, os portugueses eram o único povo europeu que tinha
se consolidado no Brasil em números significativos. Embora
britânicos, alemães, italianos e espanhóis já tivessem imigrado para o
Brasil, vieram em grupos muito pequenos e não tiveram um impacto
significativo sobre a cultura da colônia portuguesa do Brasil.[144] A
situação mudou a partir de 1808, quando João VI começou a
incentivar a imigração vinda de países europeus fora de
Portugal.[144][145]
O número de imigrantes aumentou durante a década de 1870, o que veio a ser chamado de "grande
imigração". Até aquele momento, cerca de 10 mil europeus chegavam ao Brasil anualmente, mas, depois de
1872, os números aumentaram dramaticamente.[151] O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
estima que 500 mil europeus emigraram para o Brasil entre os anos de 1808 e 1883.[152] Entre 1884 e 1893, o
número de colonos europeus que chegaram ao Brasil chegou a 883 668.[152] O número de europeus que
imigraram continuou a aumentar nas décadas seguintes, com 862,1 mil entre 1894 e 1903; e 1 006 617
imigrantes entre 1904 e 1913.[152]
De 1872 até 1879, as nacionalidades que formavam a maior parte dos novos colonos eram compostas por
portugueses (31,2%), italianos (25,8%) , alemães (8,1%) e espanhóis (1,9%).[151] Na década de 1880 , os
italianos superam os portugueses (de 61,8% para 23,3%, respectivamente), e os espanhóis superam os alemães
(6,7% para 4,2%, respectivamente).[151] Outros grupos menores também chegaram, inclusive russos,
poloneses e húngaros.[153] Uma vez que quase todos os imigrantes europeus se estabeleceram em áreas do
sudeste e do sul do império, a distribuição étnica, já desigual perante a imigração em massa, tornou-se ainda
mais divergente entre as regiões.[154] Para uma nação que tinha uma população pequena e dispersa (4 000 000
em 1823 e 14 333 915 em 1890), a imigração de mais de 1,38 milhão de europeus teve um enorme efeito
sobre a composição étnica e cultural do país. Em 1872, o ano do primeiro censo nacional confiável, os
brasileiros brancos representavam pouco mais de um terço (38,1%) da população total; em 1890 tinham
aumentado para um pouco menos de metade (44,0%) de todos os brasileiros.[132]
Escravidão
Em 1823, um ano após a independência, os escravos representavam 29% da população do Brasil, um número
que caiu durante toda a existência do império: de 24% em 1854, para 15,2% em 1872 e, finalmente, para
menos de 5% em 1887 — no ano posterior (1888) a escravidão foi totalmente abolida.[155] Os escravos eram
na sua maioria homens adultos do sudoeste da África[156] de
diferentes etnias, religiões e línguas, que se identificavam
principalmente com o seu próprio país de origem do que com uma
etnia africana compartilhada.[157] Alguns dos escravos trazidos para
as Américas haviam sido capturados enquanto lutavam em guerras
entre tribos e que, em seguida, foram vendidos para traficantes de
escravos.[158][159]
A prevalência da escravidão não era geograficamente uniforme em todo o Brasil. Em 1864, apenas cinco
províncias (Rio de Janeiro com 23%, Bahia com 18%, Pernambuco com 15%, Minas Gerais com 14% e São
Paulo com 5%) tinham 75% dos escravos do país, que à época perfaziam um total de 1 milhão e 715 mil
indivíduos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[172] Entre as demais 15
províncias, se destacava o Maranhão com 4% da população escrava brasileira.[172] Por volta de 1870, cinco
províncias (Rio de Janeiro com 30%, Bahia com 15%, Minas Gerais com 14%, São Paulo com 7% e Rio
Grande do Sul também com 7%) tinham 73% do total da população escrava do país segundo Ronaldo Vainfas
em seu livro Dicionário do Brasil Imperial.[166] Estes eram seguidos por Pernambuco (com 6%) e Alagoas
(com 4%). Entre as restantes 13 províncias nenhuma chegava a ter individualmente até 3% do total de
escravos.[173] E já em 1887, ano anterior à Abolição da Escravatura, as cinco províncias com maior população
escrava (Minas Gerais com 26%, Rio de Janeiro com 23%, São Paulo com 15%, Bahia com 11% e
Pernambuco com 6%) detinham 81% dos escravos do Império do Brasil, de um total de 723.419 indivíduos
segundo o IBGE.[172]
Os escravos que foram libertos imediatamente se tornaram cidadãos com todos os direitos civis garantidos. A
única exceção era que, até 1881, os escravos libertos foram impedidos de votar nas eleições, embora seus
única exceção era que, até 1881, os escravos libertos foram impedidos de votar nas eleições, embora seus
filhos e descendentes pudessem participar do processo eleitoral.[166]
Nobreza
Entre 1822 e 1889, 986 pessoas se tornaram nobres.[181] Apenas três se tornaram duques: Augusto de
Beauharnais, 2º Duque de Leuchtenberg (como Duque de Santa Cruz, cunhado de Pedro I), Dona Isabel
Maria de Alcântara Brasileira (como Duquesa de Goiás, filha ilegítima de Pedro I) e, finalmente, Luís Alves
de Lima e Silva (como Duque de Caxias, herói da Guerra do Paraguai).[182] Os outros títulos concedidos
foram os seguintes: 47 marqueses, 51 condes, 146 viscondes "com grandeza", 89 viscondes sem grandeza,
135 barões "com grandeza" e 740 barões sem grandeza, resultando em um total de 1.211 títulos
nobiliárquicos.[183] Havia menos nobres do que títulos de nobreza porque muitos foram elevados mais de uma
vez durante a sua vida, como o Duque de Caxias, que foi feito pela primeira vez barão, depois conde, em
seguida marquês e, finalmente, foi elevado a duque.[177] Os títulos da nobreza brasileira não se limitavam aos
brasileiros do sexo masculino: o almirante Thomas Cochrane, 10.º Conde de Dundonald, um escocês, foi feito
Marquês do Maranhão pelo seu papel na Guerra de Independência do Brasil[184]; e 29 mulheres foram
agraciadas com títulos nobiliárquicos em seu próprio direito.[185] Além de não ter restrições em relação ao
gênero, nenhuma distinção racial era feita para se conferir o título de nobre. Caboclos,[186] mulatos,[187]
negros[188] e até mesmo índios[188] foram enobrecidos .
A pequena nobreza, que não tinha títulos, era composta por membros das ordens imperiais. Havia seis delas:
Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, Imperial Ordem de São Bento de Avis, Imperial Ordem de
Sant'Iago da Espada, Imperial Ordem do Cruzeiro, Imperial Ordem de Pedro Primeiro e Imperial Ordem da
Rosa.[176] As três primeiras tinham graus de honra, além de grão-mestre (reservado apenas para o imperador):
cavaleiro e comandante. As três últimas, no entanto, tinham diferentes níveis: a Imperial Ordem do Cruzeiro
t I i lO d d R i I i lO d d P d P i i t ê [176]
com quatro, a Imperial Ordem da Rosa com seis e a Imperial Ordem de Pedro Primeiro com três.[176]
Religião
A constituição permitia que os seguidores de outras religiões não católicas praticassem suas crenças religiosas,
embora apenas em privado. Era proibida a construção de edifícios religiosos não católicos.[194] Desde o início,
estas restrições eram ignoradas por cidadãos e autoridades. Em Belém, a capital da província do Pará, a
primeira sinagoga foi construída em 1824. [194] Os judeus migraram para o Brasil logo após a sua
independência e e estabeleceram-se principalmente nas províncias do nordeste, como Bahia e Pernambuco, e
nas províncias do norte, como Amazonas e Pará.[194] Outros grupos judaicos vieram da região da Alsácia-
Lorena e da Rússia.[195] Por volta de 1880, havia várias comunidades judaicas e sinagogas espalhadas por
todo o Brasil.[196]
Os protestantes foram outro grupo que começou a estabelecer-se no Brasil no início do século XIX. Os
primeiros protestantes eram ingleses e uma igreja anglicana foi inaugurada no Rio de Janeiro em 1820. Outros
foram se estabelecendo posteriormente nas províncias de São Paulo, Pernambuco e Bahia.[197] Estes foram
seguidos por luteranos alemães e suíços que se estabeleceram nas regiões sul e sudoeste e construíram seus
próprios centros de culto.[197] Após a Guerra de Secessão nos Estados Unidos em 1860, imigrantes do sul dos
Estados Unidos que tentavam escapar da Reconstrução, estabeleceram-se em São Paulo. Várias igrejas norte-
americanas patrocinaram atividades missionárias, incluindo batistas, luteranos, congregacionais e
metodistas.[198]
Entre os escravos africanos, o catolicismo era a religião da maioria. A maior parte dos escravos veio
originalmente das partes do meio-oeste e do sudoeste da costa africana. Por mais de quatro séculos, essa região
tinha sido alvo de atividades missionárias cristãs.[199] Alguns africanos e seus descendentes, no entanto,
sustentaram elementos das tradições religiosas politeístas, fundindo-os com os do catolicismo. Isso resultou na
criação de credos sincréticos, como o candomblé.[200] O islamismo também era praticado entre uma pequena
minoria de escravos africanos, apesar de ter sido duramente reprimido até ser completamente extinto no final
do século XIX.[201] Até o início do século XIX, os índios, na maioria dos leste do Brasil, haviam sido
assimilados ou dizimados. Algumas tribos resistiram à assimilação e fugiram mais para oeste, onde eram
capazes de manter as suas diversas crenças politeístas ou se restringiam a aldeamentos (reservas), onde
l id li i [202]
eventualmente eram convertidos ao catolicismo.[202]
Governo e política
Parlamento
Em matéria de política externa, a constituição (artigo 102) exigia que a Assembleia Geral fosse consultada
sobre declarações de guerra, tratados e a condução das relações internacionais. Um determinado legislador
poderia explorar essas disposições constitucionais para bloquear ou limitar as decisões, nomeações de
influência e força de reconsideração das políticas do governo.[205]
Durante suas sessões anuais de quatro meses, a assembleia realizava debates públicos, que eram amplamente
divulgados e formavam um fórum nacional para a expressão de preocupações do público de todas as partes do
país. Era frequentemente um local para expressar queixas e oposição às políticas. Os legisladores gozavam de
imunidade contra processos no exercício das suas funções. Apenas suas próprias câmaras dentro da assembleia
poderiam ordenar a prisão de um membro durante o seu mandato. "Com qualquer responsabilidade real para a
condução real das coisas, os legisladores eram livres para propor reformas radicais, defenderem soluções ideais
e denunciarem a conduta comprometedora por parte do governo".[205]
O imperador era o chefe do poder moderador e do executivo (sendo auxiliado pelo Conselho de Estado e pelo
Conselho de Ministros, respectivamente), tinha a palavra final e mantinha o controle sobre o governo
nacional.[203] Ele era encarregado de garantir a independência e a estabilidade nacional. A constituição (artigo
101) deu-lhe muito poucos caminhos para impor a sua vontade sobre a Assembleia Geral. Seu principal
recurso era o direito de dissolver ou prorrogar as sessões legislativas. No Senado, a autoridade de um
imperador de nomear os senadores não lhe dava necessariamente influência, portanto, os senadores eram livres
da pressão do governo. Nessas ocasiões, quando a Câmara dos Deputados era dissolvida, novas eleições eram
obrigatoriamente e imediatamente realizadas e a nova câmara era eleita. "Este poder era eficaz quando
realizado em reserva como uma ameaça. Ele não poderia ser empregado repetidamente, nem seu trabalho
usado a favor do imperador".[205]
Durante o reinado de Pedro I a Câmara dos
Deputados nunca foi dissolvida e as sessões
legislativas nunca foram estendidas ou adiadas.[206]
Sob o governo de Pedro II, a Câmara dos
Deputados era dissolvida apenas quando a pedido
do Presidente do Conselho de Ministros (ou
primeiro-ministro). Houve onze dissoluções durante
o reinado de Pedro II e, destas, dez ocorreram após
consulta ao Conselho de Estado, o que foi além do
que era exigido pela Constituição.[207] Existia um
equilíbrio constitucional de poder existente entre a
Assembleia Geral e o poder executivo sob o
comando do imperador. O legislativo não pode
governar sozinho e o monarca não pode forçar a sua O imperador Pedro II rodeado por proeminentes figuras
vontade sobre a assembleia. O sistema funcionou políticas nacionais, c.1875
bem apenas quando Assembleia e o imperador
atuavam em um espírito de cooperação pelo bem
nacional.[205]
Um novo elemento foi adicionado quando o cargo de Presidente do Conselho de Ministros foi criado
oficialmente em 1847, embora tenha existido na prática desde 1843. O presidente do Conselho tinha que lidar
com a sua posição tanto no seu partido quanto perante o imperador e estes podiam às vezes entrar em conflito.
Joaquim Nabuco, o líder abolicionista e historiador do século XIX, disse que o "Presidente do Conselho no
Brasil não era o chanceler russo, criatura do soberano, nem o primeiro-ministro britânico, feito apenas pela
confiança dos [Câmara dos] Comuns: a delegação da Coroa era para ele tão necessária e importante quanto a
delegação da câmara, e para exercer com segurança as suas funções, ele tinha que dominar o capricho, as
oscilações e as ambições do Parlamento, bem como preservar sempre inalterável a boa vontade do
imperador".[208]
Governo provincial
Quando promulgada em 1824, a Constituição Imperial criou o Conselho Geral de Província, o legislador das
províncias.[209] Este conselho era composto por 21 ou 13 membros eleitos, dependendo do tamanho da
população da província.[210] Todas as "resoluções" (leis) criadas pelos conselhos precisavam da aprovação da
Assembleia Geral, sem direito de recurso.[210] Os Conselhos Provinciais também não tinham autoridade para
aumentar as receitas e os seus orçamentos eram debatidos e ratificados pela Assembleia Geral.[210] As
províncias não tinham autonomia e eram inteiramente subordinadas ao governo nacional.[209]
Com a emenda constitucional de 1834, conhecida como Ato Adicional, os Conselhos Gerais de Províncias
foram suplantados pelas Assembleias Legislativas Provinciais. As novas Assembleias gozavam de uma
autonomia muito maior em relação ao governo nacional.[211] A Assembleia Provincial era composta por 36,
28 ou 20 deputados eleitos, número que dependia do tamanho da população da província.[212] A eleição de
deputados provinciais seguia o mesmo procedimento usado para eleger deputados gerais para a Câmara dos
Deputados.[212]
Governo local
conselho da cidade passaram a precisar da ratificação da Assembleia Provincial, mas não do Parlamento.[219]
Enquanto o Ato Adicional concedeu maior autonomia para as províncias do governo central, ele também
transferiu a autonomia dos municípios para os governos provinciais.[220] Não havia o cargo de prefeito e as
cidades eram governadas por um conselho municipal e seu presidente era o vereador que tinha ganhado a
maioria dos votos durante as eleições.[221]
Eleições
15%.[235] Embora o número de votantes fosse alto, o número de eleitores nem tanto, os eleitores
representavam entre 1,5% e 2% até o final do Império. O corpo eleitoral era tão reduzido que havia casos de
deputados eleitos com um pouco mais de uma centena de votos.[236][237]
Embora fraudes eleitorais fossem comuns, elas não eram ignoradas pelo imperador, por políticos ou por
observadores da época. O problema foi considerado uma questão importante e tentativas foram feitas para
corrigir abusos,[223][232] sendo que legislações (como as reformas eleitorais de 1855, 1875 e 1881) foram
promulgadas repetidamente para combater as fraudes.[238] As reformas de 1881 trouxeram mudanças
significativas: elas eliminaram o sistema eleitoral de dois estágios, introduzido a votação direta e
facultativa,[239] e permitiu os votos dos ex-escravos e não católicos emancipados.[230] Por outro lado ,os
cidadãos analfabetos já não podiam mais votar.[230] A participação nas eleições caiu de 13% para apenas 0,8%
em 1886.[230] Em 1889, cerca de 15% da população brasileira sabia ler e escrever, aliado ao fato de que 80%
da população masculina agora era excluída do direito do voto, a exclusão dos analfabetos explica muito a
queda dos votantes.[240]
Embora o número de votantes seja alto, isso não significava uma ampla representação da população,[233] o
corpo eleitoral ainda era pequeno, correspondendo a entre 1,5% e 2% pelo período. As reformas que visavam
eliminar fraudes eleitorais e garantir representação da oposição foram implementadas em 1842, 1855 e 1860,
todas falharam. Nenhuma dessas atacavam a raiz do problema: o monopólio de terras por uma minoria que a
maioria da população dependia, a marginalização de grandes segmentos da população de setores produtivos da
economia, e a falta de instituições que poderiam garantir independência dos eleitores não foram capazes de
permitir uma representação mais ampla da população.[241] As eleições eram controladas pelos chefes locais
que, mediante o sistema de clientela e patronagem, podiam carrear votos para seus candidatos favoritos.[236]
Apenas pequena parte da população urbana teria noção aproximada da natureza e do funcionamento das novas
instituições. Os votantes eram convocados às eleições pelos patrões, autoridades do governo, pelos juízes de
paz, pelos delegados de polícia, pelos comandantes da Guarda Nacional. A luta política era intensa e violenta.
O que estava em jogo não era o exercício de um direito de cidadão, mas o domínio político local. O chefe
político local não podia perder as eleições. A derrota significava desprestígio e perda de controle de cargos
públicos. Uma figura importante era o capanga eleitoral. Os capangas cuidavam da parte mais truculenta do
processo. Eram pessoas violentas a soldo dos chefes locais. Cabia-lhes proteger os partidários e, sobretudo,
ameaçar e amedrontar os adversários, se possível evitando que comparecessem à eleição. Não raro entravam
em choque com capangas adversários, provocando os "rolos" eleitorais de que está cheia a história do período.
Mesmo no Rio de Janeiro, maior cidade do país, a ação dos capangas, frequentemente capoeiras, era comum.
Nos dias de eleição, bandos armados saíam pelas ruas amedrontando os incautos cidadãos. Pode-se
compreender que, nessas circunstâncias, muitos votantes não ousassem comparecer, com receio de sofrer
humilhações. Votar era perigoso. Mas não acabavam aí as malandragens eleitorais. Em caso de não haver
comparecimento de votantes, a eleição se fazia assim mesmo. A ata era redigida como se tudo tivesse
acontecido normalmente. Eram as chamadas eleições feitas "a bico de pena", isto é, apenas com a caneta. Em
geral, eram as que a davam a aparência de maior regularidade, pois constava na ata que tudo se passara sem
violência e absolutamente de acordo com as leis.[236][240][241]
Forças armadas
Nos termos dos artigos 102 e 148 da constituição, as Forças Armadas do Brasil estavam subordinadas ao
imperador como seu comandante-em-chefe.[242] Ele era auxiliado pelos Ministros da Guerra e da Marinha nos
assuntos sobre o Exército e a Armada (Marinha) — embora, na prática, o presidente do Conselho de Ministros
normalmente exercesse a fiscalização dos dois ramos das forças armadas. Os ministros da Guerra e da Marinha
eram, com poucas exceções, civis.[243][244]
Os militares brasileiros eram organizados em moldes semelhantes aos
das forças armadas britânicas e norte-americanas da época, em que
um pequeno exército permanente poderia aumentar rapidamente a sua
força durante as emergências com uma milícia de reserva (no Brasil, a
Guarda Nacional). A primeira linha de defesa do Brasil invocava uma
marinha grande e poderosa para proteger o país contra um ataque
estrangeiro. Por uma questão política, os militares deviam ser
completamente obedientes ao controle governamental e civil para as
Oficiais do exército brasileiro em forças armadas permanecerem na participação de decisões
1886
políticas.[245]
A armada era constantemente modernizada com os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos de guerra
naval. Adotou a navegação a vapor na década de 1830, a armadura de ferro na década de 1860 e os torpedos
na década de 1880. Em 1889, o Império Brasileiro tinha a quinta ou sexta marinha mais poderosa do
mundo[248] e os navios de guerra mais poderosos do hemisfério ocidental.[249] O exército, apesar de seu corpo
de oficiais altamente experiente e aguerrido, foi atormentado durante tempos de paz por unidades que eram
mal pagas, inadequadamente equipadas, mal treinadas e mal cobriam todo o vasto território do império.[250]
A dissensão resultante da inadequada atenção do governo para as necessidades do exército foi contida sob a
geração de oficiais que tinham começado suas carreiras durante a década de 1820. Esses oficiais eram leais à
monarquia, acreditavam que o militar devia estar sob o controle civil e abominavam o caudilhismo (as
ditaduras latino-americanos) contra o qual haviam lutado. Mas no início dos anos 1880, esta geração
(incluindo os comandantes como o Duque de Caxias o Conde de Porto Alegre e o Marquês de Erval) tinha
(incluindo os comandantes, como o Duque de Caxias, o Conde de Porto Alegre e o Marquês de Erval) tinha
morrido, aposentaram-se ou já não exerciam comando direto.[104][251]
A insatisfação tornou-se mais evidente durante a década de 1880 e alguns oficiais começaram a exibir
insubordinação aberta. O imperador e os políticos não fizeram nada para melhorar a estrutura dos militares
nem para atender as suas demandas.[252] A disseminação da ideologia positivista entre os jovens oficiais
trouxe outras complicações, visto que o positivismo se opunha à monarquia sob a crença de que uma república
ditatorial traria melhorias.[105] Uma coligação entre uma facção rebelde do exército e o campo positivista foi
formada e conduziu diretamente ao golpe republicano em 15 de novembro 1889.[253] Os batalhões e
regimentos, mesmo cheios de soldados leais ao império, compartilhavam os ideais da velha geração de líderes
e tentaram restaurar a monarquia. As tentativas de uma restauração provaram-se inúteis e partidários do
império foram executados, presos ou forçados a se aposentar.[254]
Relações internacionais
Uma série de conflitos ocorreu entre o império e seus vizinhos. O Brasil não teve conflitos sérios com os seus
vizinhos do norte e oeste, devido à quase impenetrável e escassamente povoada floresta amazônica.[nota 3] No
sul, no entanto, as disputas coloniais herdadas de Portugal e Espanha sobre o controle da rios navegáveis e de
planícies que formam as fronteiras continuaram depois da independência.[263] A falta de fronteiras
consolidadas nesta região levou a vários conflitos internacionais, da Guerra da Cisplatina à Guerra do
Paraguai.[264]
"O Brasil é, ao lado de nós mesmos, a grande potência no continente americano", afirmou James Watson
Webb, o ministro dos Estados Unidos para o Brasil, em 1867.[265] A ascensão do império foi logo notada em
1844 por John C. Calhoun, o então Secretário de Estado dos Estados Unidos: "Ao lado dos Estados Unidos, o
Brasil é o mais rico, o maior e mais firmemente estabelecido de todos os poderes americanos".[266] No início
dos anos 1870,[84] a reputação internacional do Império do Brasil havia melhorado consideravelmente e
manteve-se bem vista internacionalmente até o seu fim, em 1889.[107] Christopher Columbus Andrews, um
diplomata norte-americano na capital brasileira na década de 1880, recordou mais tarde o Brasil como um
"império importante" em suas memórias [267] Em 1871 o Brasil foi convidado a arbitrar uma disputa entre os
império importante em suas memórias. Em 1871, o Brasil foi convidado a arbitrar uma disputa entre os
Estados Unidos e o Reino Unido, que se tornou conhecido como "Reclamações do Alabama". Em 1880, o
império atuou como árbitro entre os Estados Unidos e a França sobre os danos causados aos cidadãos norte-
americanos durante a intervenção francesa no México. Em 1884, o Brasil foi chamado para arbitrar o Chile e
vários outros países (França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Áustria-Hungria e Suíça) sobre os danos
decorrentes da Guerra do Pacífico.[268]
O governo brasileiro finalmente se sentiu confiante o suficiente para negociar um acordo comercial com os
Estados Unidos em 1889, o primeiro a ser realizada com qualquer nação desde o desastroso e explorador
tratado comercial com o Reino Unido feito em 1826 (e cancelado em 1844). O historiador norte-americano
Steven C. Topik disse que a "busca [de Pedro II] por um tratado comercial com os Estados Unidos foi parte de
uma estratégia mais grandiosa para aumentar a soberania e a autonomia nacional." Ao contrário das
circunstâncias do pacto anterior, o império estava em uma posição forte para insistir em termos comerciais
favoráveis, sendo que negociações ocorreram durante uma época de prosperidade nacional brasileira e de
prestígio internacional.[269]
Economia
Entre 1870 e 1890, o PIB per capita brasileiro cresceu
aproximadamente 0,21% ao ano. No mesmo período, a Argentina
crescia 2,51% ao ano, e o México 1,68% ao ano.[270] Tendo como
base valores em dólares de 1990, foi calculado que o PIB per capita
brasileiro, em 1820, no fim do domínio português, era de US$ 646
dólares (comparado a US$ 759 dólares para o México, US$ 1.245
dólares para doze países da Europa Ocidental e US$ 1.257 dólares
para os Estados Unidos). Portanto, em 1820, ainda não havia um
grande hiato salarial entre o Brasil e esses países. Já para o ano de Uma fazenda na província de São
1890, pouco após o fim do Império, o Brasil tinha um PIB per capita Paulo, em 1880
de US$ 794 dólares, comparado a US$ 1.011 dólares para o México,
US$ 2.152 dólares para a Argentina, US$ 3.392 dólares para os
Estados Unidos e US$ 4.009 dólares para o Reino Unido. Esses
dados indicam que o crescimento da economia brasileira, durante o
Império, foi muito mais lento, aumentando, assim, o abismo salarial
dos brasileiros em comparação a moradores de outras nações
americanas e de países da Europa Ocidental.[271] Em 1820, o Brasil
tinha o 18º maior PIB per capita do mundo, dentre 48 países sobre os
quais há dados. Em 1870, o Brasil havia despencado para a 42º
posição, dentre 67 países sobre os quais há dados.[270]
Estimativas sugerem que, entre 1822 e 1913, o crescimento Uma fábrica brasileira, em 1880
aproximado do PIB per capita brasileiro foi de somente 0,4% ao
ano.[272] A explicação para o baixo crescimento do produto per capita
no Brasil, antes de 1900, indubitavelmente, se coloca sobre as condições do setor agrícola doméstico, que
empregava uma grande porção da mão de obra do país. Primeiramente, havia homens livres vivendo dentro ou
próximo das áreas de exportação, mas o acesso dessas pessoas à posse de terras foi limitado pela política de
terras do país. A produtividade dos trabalhadores livres brasileiros, nas ocupações em que estavam
contratados, foi provavelmente afetada pelo seu baixo nível educacional. Em adição, parte da mão de obra da
agricultura doméstica estava envolvida na agricultura de terras abundantes do interior do país, relativamente
longe das áreas de exportações. Durante os primeiros 3/4 do século, não há razões para acreditar que o
crescimento do produto per capita no setor agrícola era, no melhor, mais do que extremamente modesto.[272]
Uma das principais causas do subdesenvolvimento brasileiro também é uma instituição que dominava o
mercado de trabalho brasileiro: escravidão. A presença de escravos retardou o desenvolvimento brasileiro, por
fazer os latifundiários manter seus retornos ao aumentar a oferta de trabalho, em vez de enfatizar a formação de
capital e o progresso tecnológico. A escravidão também retardou o crescimento econômico de um grande
mercado consumidor interno, necessário para um desenvolvimento industrial em larga escala.[237] O preço da
mão de obra livre era bem maior do que o custo de manter escravos e isso explica o motivo pelo qual escravos
eram usados em preferência ao trabalho livre, nas maiores atividades do Brasil, durante a maior parte do
século. A disponibilidade de mão de obra escrava também colocou um teto nos salários que os empregadores
estavam dispostos a oferecer pelo trabalho livre e, como consequência, os trabalhadores livres não eram
comumente usados em atividades com um alto produto marginal, durante a primeira metade do século. A partir
de 1870, a mão de obra livre começa a aumentar substancialmente no Brasil, porém uma baixa taxa de
progresso tecnológico e um baixo nível de tecnologia são claramente relacionados a um pífio capital
humano.[273]
As matrículas escolares estavam muito longe de alcançar os países desenvolvidos: em 1857, somente 1% da
população brasileira estava matriculada em escolas primárias. Em contraste, em 1850, as porcentagens para os
países desenvolvidos eram: Nova Inglaterra, 26%; Estados Unidos (excluindo escravos), 22%; Prússia, 16%;
Grã-Bretanha, 14%; França, 10%. Em 1857, só 7% da população brasileira, entre 7 e 11 anos de idade, estava
matriculada em escolas primárias; em 1878, 10%; já no final do Império, 14%.[273] Segundo o censo de 1872,
82,3% dos brasileiros com mais de 5 anos de idade eram analfabetos, índice que não melhorou quase duas
décadas depois (o censo de 1890 contabilizou 82,6% de analfabetos no Brasil).[274] Em comparação, na
Argentina, a taxa de analfabetismo despencou de 78,2%, em 1869, para 54,4%, em 1895. [275] Nos Estados
Unidos, o analfabetismo foi reduzido de 20%, em 1870, para 13,3%, em 1890. [276] Durante todo o Império, o
analfabetismo foi generalizado em todas as regiões brasileiras, atingindo não apenas a população mais pobre,
porquanto muitos dos mais ricos proprietários rurais também não sabiam ler e escrever. Esse baixo nível
educacional atrapalhou o desenvolvimento social e econômico do Brasil.[277][274]
O comércio internacional do Brasil atingiu um valor total de Rs 79.000:000$000 entre 1834 e 1839. Este
continuou a aumentar a cada ano até chegar a Rs 472.000:000$000 entre 1886 e 1887: uma taxa de
crescimento anual de 3,88% desde 1839.[278] O valor absoluto das exportações do império em 1850 foi o
maior na América Latina e o triplo do da Argentina, que ficou em quarto lugar. O Brasil iria manter a sua alta
posição em exportações e crescimento econômico geral até o fim da monarquia.[279] A expansão da economia
brasileira, especialmente depois de 1850, podia ser comparada a dos Estados Unidos e de nações
europeias.[280] A receita fiscal nacional totalizou Rs 11.795:000$000 em 1831 e subiu para Rs
160.840:000$000 em 1889. Por 1858, as receitas fiscais nacionais eram classificadas como a oitava maior do
mundo.[281] O império era, apesar de seu progresso, um país onde a riqueza era distribuída de forma muito
desigual.[282] No entanto, para fins de comparação, de acordo com o historiador Steven C. Topik, nos Estados
Unidos "em 1890, 80 por cento da população vivia na margem da subsistência, enquanto 20 por cento
controlavam quase toda a riqueza."[283]
À medida que novas tecnologias surgiram e com o aumento da produtividade interna, as exportações
aumentaram consideravelmente. Isso tornou possível alcançar equilíbrio na balança comercial. Durante os anos
1820, o açúcar constituía cerca de 30% do total das exportações, enquanto o algodão constituído de 21%, o
café 18% e couros e peles 14%. Vinte anos depois, o café alcançaria 42%, o açúcar 27%, couros e peles 9% e
o algodão 8% do total das exportações do império. Isto não significa uma redução na produção de qualquer
um desses itens e, na verdade, ocorreu o oposto. O crescimento ocorreu em todos os setores, alguns mais do
que outros. No período entre 1820 e 1840, Fausto diz que "as exportações brasileiras dobraram em volume e
triplicaram em valor nominal", enquanto a valorização denominada em libras esterlinas aumentou em mais de
40%.[284] O Brasil não foi o único país onde a agricultura desempenhou um papel importante nas exportações.
Por volta de 1890, nos Estados Unidos, até então o país mais rico das Américas, os produtos agrícolas
representaram 80% de todas as exportações.[285]
Na década de 1820, o Brasil exportou 11 mil toneladas de cacau e em 1880 esta tinha aumentado para 73,5 mil
toneladas.[286] Entre 1821 e 1825, 41 174 toneladas de açúcar foram exportadas, valor que subiu para 238 074
toneladas entre 1881 e 1885.[287] Até 1850, produção de borracha era insignificante, mas entre 1881 e 1890,
tinha alcançado o terceiro lugar entre as exportações brasileiras.[288] Entre 1827 e 1830 as exportações desse
produto foi cerca de 81 toneladas, atingindo 1 632 toneladas em 1852. Em 1900 o país estava exportando
24 301 452 toneladas de borracha.[286] O Brasil também exportou cerca de 3 377 000 toneladas de café entre
1821 e 1860, enquanto entre 1861 e 1889 esta quantia chegou a 6,804 milhões de toneladas.[289] As
inovações tecnológicas também contribuíram para o crescimento das exportações,[284] em especial a adoção
da navegação a vapor e de ferrovias permitido o transporte mais rápido e conveniente de carga agrícolas.[290]
Moeda
Desenvolvimento
200 000 réis ou Rs 200$000 ou
Um desenvolvimento econômico de larga escala ocorreu durante este 200 mil-réis
período no país, antecipando avanços similares em países
europeus.[293][294] Em 1850, havia cinquenta fábricas com um capital
total de Rs 7.000:000$000. No final do período imperial, em 1889, o Brasil tinha 636 fábricas, o que
representa uma taxa anual de crescimento de 6,74% em relação ao número de 1850 e com um capital total de
cerca de Rs 401.630:600$000 (o que representa uma taxa de crescimento anual no valor de 10,94% entre 1850
[295]
e 1889).[295] O "campo ecoou com o som estridente das linhas de ferro que estavam sendo colocadas como
ferrovias, no ritmo de construção mais furioso do século XIX; na verdade, a construção em 1880 foi a segunda
Cultura
Artes visuais
Na década de 1880, depois de ter sido considerado como o estilo oficial da Academia, o romantismo diminuiu
e outros estilos foram explorados por uma nova geração de artistas. Entre os novos gêneros estavam a pintura
de paisagem, cujos mais famosos expoentes eram Georg Grimm, Giovanni Battista Castagneto, França Júnior
e Antônio Parreiras.[313] Outro estilo que ganhou popularidade nos campos da pintura e da arquitetura foi o
ecletismo.[313]
Literatura e teatro
Nos primeiros anos após a independência, a literatura brasileira era ainda fortemente influenciada pela
literatura portuguesa e seu predominante estilo neoclássico.[314] Em 1837, Gonçalves de Magalhães publicou
o primeiro trabalho do romantismo no Brasil, começando uma nova era no país.[315] No ano seguinte, 1838,
foi feito a primeira peça teatral encenada por brasileiros e com um tema nacional, que marcou o nascimento do
teatro brasileiro. Até então, os temas eram muitas vezes baseados em obras europeias, mesmo que não fossem
realizados por atores estrangeiros.[315] O romantismo na época foi considerado como o estilo literário que
melhor se ajustava à literatura brasileira, o que poderia revelar sua singularidade quando comparada à literatura
estrangeira.[316] Durante as décadas de 1830 e 1840, "uma rede de jornais, revistas, editoras e gráficas
surgiram junto com a abertura de teatros em grandes cidades, o que poderia ser chamado, mesmo para a
estreiteza de seu alcance, uma cultura nacional."[317]
O romantismo teve o seu apogeu entre o final dos anos 1850 e início dos anos 1870, dividindo-se em vários
ramos, incluindo o indianismo e o sentimentalismo.[318] Por ser o estilo literário mais influente no Brasil do
século XIX, muitos dos mais renomados escritores brasileiros eram expoentes do romantismo: Manuel de
Araújo Porto-Alegre,[319] Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães, José de Alencar, Bernardo Guimarães,
Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de
Almeida e Alfredo d'Escragnolle Taunay.[320]
No teatro, o mais famoso romancista foi o dramaturgo Martins Pena,[320] embora outros, como Joaquim
Manuel de Macedo, também tenham alcançado a fama.[321] Embora o romantismo brasileiro tenha encontrado
, ç
seu lugar na literatura, não teve o mesmo sucesso no teatro, sendo que a maioria das peças executadas ou eram
tragédias neoclássicas, obras românticas de Portugal ou traduções do italiano, francês ou espanhol.[321] Como
em outras áreas, o teatro era patrocinado pelo governo (após a
abertura do Conservatório Dramático Brasileiro, em 1845), que
tentava ajudar companhias de teatro nacionais com ajuda financeira
em troca de encenarem peças em português.[321]
Ver também
Lista de monarcas do Brasil
Imperatriz do Brasil
Presidente do Conselho de Ministros (Brasil)
Príncipe do Brasil (Brasil)
Príncipe Imperial do Brasil
História do Brasil
História do Império do Brasil
Evolução territorial do Brasil
Monarquismo no Brasil
Notas
de 1840 e 1889, quando foi instaurado um
1. Entre 1831 e 1840 foi imperador de jure. A regime republicano.
declaração da maioridade de Dom Pedro II,
2. Durante o século XIX, o Brasil era dividido
também referida em História do Brasil como
em apenas duas regiões geográficas: o
"Golpe da Maioridade", ocorreu em 23 de
norte (as atuais regiões nordeste e norte) e o
julho de 1840 com o apoio do Partido
julho de 1840 com o apoio do Partido
sul (as atuais regiões centro-oeste, sudeste
Liberal, e pôs fim ao período regencial
brasileiro. O governo de Dom Pedro II durou e sul). Veja Vainfas 2002, p. 39.
Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Empire of
Brazil».
Referências
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1. VAINFAS, Ronaldo,
Dicionário do Brasil 17. Barman 1988, pp. 104–106. 46. Veja:
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1824 (http://www.monarqui Equador» (http://escola.brita
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50. Barman 1999, p. 162.
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4. Viana 1994, pp. 42–44. 169.
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Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Empire of
Brazil».
Ligações externas
«Casa Imperial do Brasil» (http://www.monarquia.org.br/)
«Museu Imperial de Petrópolis» (http://www.museuimperial.gov.br/)
«Atas do Conselho de Estado do Império do Brasil (1822-1889)» (http://www.senado.gov.br/sf/
publicacoes/anais/asp/AT_AtasDoConselhoDeEstado.asp)
«Primeiro Reinado» (http://www.brasilescola.com/historiab/primeiro-reinado.htm)
«Segundo Reinado» (http://www.brasilescola.com/historiab/segundo-reinado.htm)
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