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AULA 16/11/2021 – PROCESSO CIVIL

Direito Material – Direito Substantivo


Direito Adjetivo – Direito Processual
Processo é relação jurídica

a) Natureza Jurídica: Criação da ciência jurídica, criar compartimentos. Institutos similares entre si são
colocados na mesma prateleira.
No caso do processo a sua natureza jurídica é: relação jurídica (ambiente que existe mais de uma pessoa
e todas as pessoas que compõem esse ambiente possuem regramentos do que podem ou não fazer)
mas é uma relação jurídica diferente da relação jurídica corriqueira. No processo o elemento volitivo
não é o que vai ditar os rumos. A resolução final dos processos tem uma carga de definitividade ou
imutabilidade (tramitação em julgado), na relação jurídica comum não.
O processo só inicia se alguém provocar  Direito de Ação (Art.5° da CF – É um direito e garantia
fundamental) nem a lei pode impedi-lo, existem as regras processuais, mas a lei não pode falar “fulano
de tal não pode ajuizar uma ação.”
O processo é o ambiente que é formado a jurisdição (ambiente de resolução dos conflitos), único fora
da jurisdição: Via arbitral (mesma validade de uma decisão do juiz togado).
Existem 2 formas de instauração da forma processual: Processo de conhecimento e de execução
O que a parte quer no processo de conhecimento? Ele quer que aquele direito que ele diz que existe
seja reconhecido, ele sabe que existe, mas ele quer reconhecimento do direito pleiteado. Decisão
favorável
O que a parte quer no processo de execução? No processo de execução quer exigir a satisfação de
direito.

2. Pressupostos Processuais

AULA 18.11.2021
 Processo de conhecimento:
Quando há necessidade que o estado-juiz reconheça um direito que ainda não foi reconhecido.
Processo é algo mais complexo que o procedimento
Tem o rito comum e os ritos especiais, alguns ritos especiais estão fora do código de processo (ex:
mandado de segurança)
Os ritos especiais são mais breves e enxutos

 Procedimento único: Comum, mais flexível


Qual o caminho que o processo vai trilhar
É ele que vai reger o processo
O juiz pode ampliar os prazos e alterar a ordem de produção de provas – de maneira fundamentada
As partes tem a faculdade de eleger algumas regras procedimentais – cláusula geral de negócio jurídico
processual, serve para adaptar os ritos as suas necessidades. Obviamente o juiz limita isso, por exemplo,
não pode ferir os direitos previstos na constituição. Não é algo ilimitado
Calendário Processual: Art.191 – as partes podem estipular datas. As partes já saem com o roteiro
processual todo pronto.
Saneamento em cooperação: Todos são responsáveis por evitar que o processo saia dos trilhos

 Petição Inicial: Inaugurar um processo


Ela é apresentada para ser distribuída (quando há mais de um juízo competente) ou despachada
Distribuição: Sorteio aleatório, mas se por exemplo for ajuizada em Demerval Lobão não há sorteio vai
ser apenas despachado para aquele juiz da Vara Única.
-Indeferimento liminar: Petição Inicial tá toda cagada – É um tipo de sentença (terminativa), pois a
sentença terminativa não disse o direito. O processo já terminou o réu sequer foi citado.
-Requisitos (Art.319)
-Documentos indispensáveis à propositura da ação (art. 320)  Só é aceita documentação posterior se
a prova foi produzida no curso do processo ou quando a parte ainda não a tinha.
-Fatos (motivo do pedido – o que aconteceu que gerou a relação jurídica) e Fundamentos Jurídicos do
Pedido (dar roupagem jurídica aos fatos ocorridos)
-Fundamentação Legal: Não é requisito da petição inicial.
-Valor da Causa
-Provas que deseja que seja produzida
-Se a parte autora não quiser a audiência de autocomposição tem que FALAR isso na petição inicial, caso
contrário subtende-se que ela quer.
-Prazo de 15 dias: Emendar a petição inicial, se não é declarado a inépcia da petição inicial
-“Liminar:” o juiz bem no início do processo.
-Pedido: Deve ser certo e determinado, o juiz deve saber exatamente o que a Parte Autora quer
exatamente. Deve ser interpretado de acordo com a petição inicial (ele é, portanto, contextualizado)
-Pedido genérico só é aceitável nas situações que o código disse (art.324 §1°) exemplo: ato de
propositura do inventário e não se sabe todos os bens da pessoa falecida.
-Pedido alternativo (art.325) ou isso ou aquilo, qualquer uma das alternativas acataria o pedido do
Autor.
-Pedido subsidiário (art.326) se não der certo isso eu quero aquilo
-Cumulação de pedidos: compatibilidade (exceto subsidiário – é analisado se o principal não for
acolhido), Competência (juiz tem que ser competente para deferir todos), Procedimento deve ser
adequado.
-Aditamento (realização de um novo pedido) ou alteração do pedido: possível até a citação do réu,
independente da vontade do réu.
-Após citado o réu, apenas com o seu consentimento, desde que não proferida a decisão de
saneamento (fixação dos limites da demanda). Com o saneamento a demanda está estável, os limites do
processo estão fixados.

AULA 23.11.2021

 Indeferimento da Inicial: Forma de extinguir o processo sem se posicionar sobre o direito material
(sobre o mérito da ação)
-Revisão de empréstimos e financiamentos: tem que apontar o que do contrato a parte quer discutir
em juízo. O judiciário pode revisar o contrato mais tem que ser de forma PONTUAL, não se pode
produzir um novo contrato, ou seja, rediscuti-lo completamente.
-O réu é citado para comparecer a audiência de conciliação ou mediação
-Por disposição legal o juiz só dispensa essa audiência se as duas partes falarem que não querem, não
caber no processo ou for desnecessária
-O defeito pode ser sanável ou insanável (o único caso de insanável é uma petição totalmente em língua
estrangeira)
1) Citação: A citação ela dá ciência e chama o réu para praticar algo e se não praticar
2) Intimação: Comunicação mais leve que a citação, dirigida as partes. É uma espécie de notícia.
3) Notificação: Às vezes utilizada com conteúdo de intimação ou citação, em regra ela não deveria
existir no processo civil. Dá-se a entender que é uma comunicação mais informal

a) Hipóteses (art.330)
-Não havendo retratação (por parte do juiz), réu é citado para responder recurso
-Reformando o tribunal a sentença, prazo para defesa se inicia a contar da intimação do retorno dos
autor.
-Não havendo recurso (por parte do Autor), réu (processo começou e acabou e ele saiu vencedor) é
intimado do trânsito em julgado da sentença.
O recurso é para recorrer não para consertar a petição inicial (pois o prazo já passou) e sim para recorrer
à decisão que diz que a petição é inepta.
-No caso de extinção do processo sem julgamento de mérito pode-se ajuizar outro processo pois não
houve julgamento do direito material. Esse novo processo (segunda ação sobre o mesmo direito) pode
ser feita, mas tem que ser necessariamente no MESMO ÓRGÃO – Juízo prevento (juízo conheceu da
causa em primeiro lugar).

 IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO


Já é uma análise de mérito, o juiz logo de cara diz “autor seu direito não existe”, geralmente ele faz isso
após encerrada todas as fases do processo cognitivo, mas ocorre a improcedência liminar quando tiver
na cara que aquilo não procede. Ocorre nas demandas aventureiras.
a) Requisitos
-Fase instrutória despicienda
Hipóteses de cabimento: o pedido do autor contraria
1) Enunciado ou Súmula do STF ou STJ: Juiz já julga liminarmente improcedente o pedido do Autor
2) Acórdão de julgamento de recurso repetitivo do STF ou STJ: Quando se há uma demanda repetitiva
3) Entendimento firmado em IRDR OU IAC: incidente de resolução de demanda repetitiva, incidente de
assunção

Nesses 3 casos a jurisprudência já disse que o direito não existe

-Prescrição e Decadência: Nesses 2 casos não tem por que o juiz prolonga o processo se o direito está
prescrito ou já decaiu. O juiz nesse caso JULGA O MÉRITO.
Prescrição: Perda da pretensão
Decadência: Perda do Direito

-Não apresentado recurso, réu é intimado do trânsito em julgado da sentença.


-Apresentado recurso, juiz pode se retratar em 5 dias
 Havendo retratação, prossegue o feito com citação do réu para comparecimento à tentativa de
autocomposição.
 Não havendo retratação, o réu é citado para oferecer contrarrazões

25.11.2021
Slide de Tentativa de Autocomposição
Slide de Contestação
a) Defesa
-Direta/Indireta (mérito)
-Dilatório/peremptória (processual)
b) Prazo: 15 dias, a contar - dies a quo
- Tentativa de autocomposição (não comparecimento ou comparecimento)
-Protocolo do pedido de cancelamento da audiência
-Citação: Precisa-se do comprovante juntado aos autor

c) Conteúdo da defesa (art.336)


-Concentração
-Impugnação específica: Tudo o que não foi impugnado têm-se como verdadeiro
-Preliminares (art.337)
Conhecíveis de ofício (mesmo que a parte não alega o juiz pode reconhecer de ofício), à exceção da
convenção de arbitragem e incompetência relativa (tem que ser levantada como preliminar)
Primazia pelo enfretamento do mérito (juiz tem todas as possibilidades necessárias para extinguir o
mérito, mas ele observa que a parte que seria beneficiada pela extinção do mérito também vai ser
beneficiada com o julgamento, então ele julga)
-Litispendência: identidade de ações tramitando paralelamente (2 ações idênticas mesmas partes,
mesmo pedido e mesma causa de pedir)
-Coisa Julgada: identidade de ação em tramite com outra julgada materialmente

Obs: Reconvenção não precisa de peça separada, antigamente precisava. A única peça que tem que ser
separada da contestação é quando se tem questões sobre a parcialidade do juiz
Obs: Questões preliminares (não diz respeito ao mérito) são diferentes de prejudiciais (diz respeito ao
mérito)
Obs: Prescrição é questão prejudicial, questão material, tanto material quanto decadência. Pois os
prazos estão disciplinados no código civil.

d) Nomeação à autoria foi transformada em incidente de regularização do polo passivo (art.338)


Juiz faculta ao autor em 15 dias a alteração da petição inicial para correção do réu
Arguindo ilegitimidade, réu deve apontar quem seja legítimo
Autor pode aceitar a correção ou pedir inclusão do réu indicado na contestação

e) Novas alegações de defesa após contestação (art.342)


-Direito ou fato superveniente
Matérias de ordem pública
Institutos do Direito Material
a) Prescrição  Perda da Pretensão
b) Preempção  Preferência
X
Institutos do Direito Processual
a) Perempção  Ex: Alguma ajuíza uma ação no meio do processo abandona a ação e faz isso uma
segunda vez...Terceira vez, mas caso nessa terceira vez ele abandone o processo ele perde o direito de
acionar (perda do direito de ação).
b) Preclusão  Perda do direito de praticar um ato processual pois não foi praticado no tempo devido

AULA 30.11.2021
a) Reconvenção: Réu inclui uma segunda ação no mesmo processo, o réu formula um pedido ao seu
favor. Vão tramitar duas ações: petição inicial (autor) + ação incidental (defesa). Há na reconvenção uma
inversão de polos. Ações irão tramitar em paralelo.
Requisitos

 Seja conexo com a demanda principal (elemento de comunicação entre o pedido que está sendo
feito na reconvenção e algo pedido na petição.
 Apresentação no corpo da contestação: o réu além de se defender pode apresentar um pedido
ao seu favor (essa é a reconvenção)
 Ações dúplices (própria resistência do réu representa um pedido ao seu favor): nas ações
dúplices é desnecessária o pedido de reconvenção.
 Desistência ou causa de extinção da ação principal não obsta ao prosseguimento da
reconvenção.
 O próprio advogado é chamado para atuar como patrono do processo

Ações Conexas  Identidade entre algum pedido ou alguma causa de pedir, se duas ações são conexas elas
devem ser decididas pelo mesmo juiz na mesma sentença.

 Pode ser proposta contra o autor e terceiro


 Pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro (outras pessoas que não estão participando do
processo entram como parte ativa)
 Se autor é substituto processual (Nasce o processo com uma pessoa que substitui outra autorizada em
litigar ao seu favor), será também réu da reconvenção, a mesmo título
 Pode ser proposta independente de contestação: nesse caso ela é apresentada em peça única

REVELIA

Réu é chamado pra se defender, mas não apresenta defesa, é a ausência de defesa

CONSEQUÊNCIAS DA REVELIA (344 E 346)

-Presunção de veracidade dos fatos narrados na inicial isso pode resultar na vitória da parte autora ou não
 Exceto:
 Pluralidade de réus e um deles contesta
 Direitos indisponíveis: direitos revestidos de interesse público
 Inicial não esteja acompanhada de instrumento essencial exigido por Lei
 Alegações fáticas do autor inverossímeis ou em contradição com a prova dos autos

-Prazos fluirão na data da publicação do ato decisório (se o revel escolher não participar do processo então ele
não será mais intimado basta a publicação do ato para que comece a contar para ELE)

Revelia não significa que o revel não pode comparecer ao feito a qualquer tempo, ok até pode, mas ele vai
receber o processo no estado em que se encontra.

Uma coisa é os fatos serem tidos como verdade outra coisa é esse fato acarretar na procedência da ação em favor
do autor

Se o réu não foi citado a tempo ou a citação é tida como nula  ele pode alegar isso e aí o juiz volta o processo
para o trâmite original

FASE DE PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES

Improcedência liminar do pedido, Petição imprestável  Julgamento logo no início, não passa pelo saneamento

Nessa fase de providência preliminar faz a complementação da fase postulatória

Nesse caso o réu não apresenta defesa e não incidem os efeitos da revelia (art.348) pois as alegações da inicial
não são tidos como verdadeiros

Autor intimado para especificar provas que pretende produzir

Revel pode produzir prova se comparecer ao feito e ainda houver tempo hábil

Réu apresenta defesa indireta (fatos extintivos, modificativos...) e/ou processual  apenas nesses casos o autor é
intimado para apresentar réplicas em 15 dias, tirando esses casos também há replica quando o réu traz novas
provas documentais.

Havendo irregularidades ou vícios sanáveis, juiz determinada correção em no máximo 30 dias (art.352)

JULGAMENTO CONFORME ESTADO DO PROCESSO

A conduta normalmente esperada para essa fase é o saneamento, mas caso não seja cabível pode ocorrer:

a) Extinção do processo (art.354)

O processo já nessa fase está maduro para sentença, ele está maduro quando tiver previstas as situações do 485
ou 487 II e III (reconhecimento de prescrição e decadência e III sentenças homologatórias alguma atitude das
partes já resolveu o conflito ai o juiz apenas homologa)

Pode se ater a apenas parte do pedido, hipótese em que será recorrível por agravo de instrumento
Juiz se manifesta através de 3 pronunciamentos  despacho (único que não tem conteúdo decisório, ele apenas
dá andamento, por isso não há recurso contra ele ex: marcar audiência) , decisão interlocutória (decisões
intermediárias, mas não fecham o processo ex: detectar que um dos pedidos está prescrito, mas o processo e os
restantes dos pedidos seguem normalmente) e sentença (sem resolução de mérito ou resolve a lide)

b) Julgamento antecipado do mérito (art.355)

Puxar a fase decisória logo para depois da fase postulatória

Revelia com efeito principal  fatos são tidos como verdadeiros

Não houver necessidade de outras provas

c) Julgamento antecipado parcial do mérito (356): um ou mais pedidos

incontroverso: partes estão de acordo sobre determinada coisa do processo

estiverem em condições de mediato julgamento (ex: ação de divórcio que tem briga pela guarda dos filhos, eles
se entendem quanto ao divórcio, mas não quanto ao restante, então o juiz logo decreta o divórcio e o julgamento
segue para definir pensão, guarda, separação dos bens e etc.)

Decisão deve reconhecer obrigação líquida ou ilíquida

Passível de liquidação ou execução imediatas, independentemente de caução e de recurso pendente, em autos


suplementares

Decisão recorrível por agravo de instrumento

d) Julgamento antecipado versus tutela provisória antecipada:

Pelo fato de tratar-se de questão unicamente de direito ou que prescinde de produção de provas, por já se ter
todos os fatos alegados devidamente comprovados por meio de documentos, o magistrado deverá conhecer
diretamente do pedido e exarar, desde logo, sentença de mérito, recorrível, apesar de ser proferida de plano.

Todos os que batem às portas do Poder Judiciário pretendem ter suas ações julgadas de forma efetiva, adequada
e rápida. A lentidão do processo gera não só o desprestígio do Poder Judicante, mas a frustração das partes.

O processo utilizado de forma demorada torna-se um instrumento de inquietação social, na medida em que
favorece a parte que não tem direito.

A Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXXV, garante o acesso à Justiça ao assegurar que não será excluída
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Ocorre que, do acesso à Justiça à sentença final, a
lentidão processual equivale à ineficiência do princípio constitucional.

Nesse sentido, a bem ponderada aplicação da Antecipação do Julgamento da Lide, em absoluto acordo com o
direito constitucional das partes de se defenderem e fazerem provas de seus direitos, é medida extremamente
eficaz. Assim, o julgamento antecipado da lide representa uma forma anormal de decisão, tendo em vista que é
ultrapassada a fase instrutória do processo.
Isso quer dizer que, pelo fato de tratar-se de questão unicamente de direito ou que prescinde de produção de
provas, por já se ter todos os fatos alegados devidamente comprovados por meio de documentos, o magistrado
deverá conhecer diretamente do pedido e exarar, desde logo, sentença de mérito, recorrível, apesar de ser
proferida de plano.

Ou seja, isso quer dizer que o NCPC identifica a possibilidade do juiz realizar o julgamento antecipado de apenas
uma parte das demandas iniciais do processo. Por essa razão, o Art. 356 permite que o juiz julgue sobre uma
parcela dos pedidos formulados pela parte autora, sempre que eles atendam aos requisitos do Art. 355, e
complementarmente, que se mostrem incontroversos.

Contudo, é essencial que o advogado esteja atento a essa questão, porque por conta desse dispositivo, se a
contestação do réu em uma causa civil não contrapor cada uma das demandas dos autores, esse réu poderá ser
imediatamente condenado. Se distingue da tutela antecipada do artigo 273 (Código de Processo Civil de 1973),
que é uma decisão provisória (tutela de urgência), ao passo que o julgamento antecipado da lide é julgamento
definitivo do mérito (lide).

O Julgamento Antecipado da Lide extingue o processo, com a prolação de sentença definitiva. Já a antecipação da
tutela é provimento temporário, dado mediante decisão interlocutória, modificável ou revogável a qualquer
tempo, até a prolação da sentença final.

AULA 07.12.2021

d) Julgamento antecipado versus tutela provisória antecipada:

O que é igual tanto na tutela provisória antecipada quanto no julgamento existem técnicas de antecipação de
decisão judicial, seriam dadas de forma posterior, mas são dados em momento anterior.

Na tutela provisória ela precisa ser ratificada posteriormente pela tutela definitiva.

SANEAMENTO

-Saneamento escrito como regra (art.357)

Exceto se causa apresentar complexidade, quando deverá ser feito em cooperação em audiência (§3°)  Causas
mais complexas que traz uma gama de direitos, conflitos, ações coletivas e etc.

Juiz vai analisar os postulados da parte de um por um

-Atividades realizadas no saneamento

Resolução das questões processuais pendentes  O juiz aprecia no saneamento, os argumentos que as partes
trouxeram em suas petições o juiz deve resolver logo aqui. Argumentações que dizem respeito à questão
processual já é enfrentada prontamente aqui para deixar o processo enxuto para julgar o mérito, pois alguma
questão alegada de processual pode até mesmo extinguir o processo sem julgamento do mérito.

Delimitação das questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória  Questões controvertidas de
matéria fática, para esclarecer os pontos obscuros em que uma parte diz que aconteceu de um jeito e a outra
parte diz que ocorreu de outro

Definição da distribuição do ônus da prova  O juiz vai definir aqui se o ônus da prova vai seguir o trâmite legal
ou irá ser invertido.
Delimitação das questões de direito relevantes para a decisão do mérito  Regra legal: cada parte comprova o
fato que alega, inverter o ônus da prova é mexer nessa obrigação. Ex: Consumidor. É, portanto, provar que os
fatos que a outra disse não ocorreram. Inversão do ônus da prova no CPC  São parâmetros mais genéricos;
quando uma das partes tem excessiva facilidade ou excessiva dificuldade

Designação, se necessário, de audiência de instrução e julgamento

Feito saneamento as partes tem cinco dias para pedir esclarecimentos, sob pena de estabilização  (após a
estabilização as questões fixadas no saneamento não se alteram mais pois depois disso é apenas produção de
provas)

Partes podem apresentar ao juiz delimitação consensual sobre questões controvertidas

Caso deferida colheita de prova testemunhal, juiz fixará prazo comum, não superior a 15 dias para partes
apresentarem rol (Caso saneamento ocorra em audiência, partes deverão trazer rol consigno ao ato)

Cada parte pode arrolar no máximo 10 sendo 03 no máximo para prova de cada fato

Determinado prova pericial (quando existe controvérsia e esse ponto só pode ser elucidado por um profissional
de outra área que irá fazer um estado e entrega-lo chamado de laudo pericial) Juiz deve nomear perito e fixar
desde logo prazo para entrega do laudo.

Pauta das audiências deve ser preparada com intervalo mínimo de uma hora entre uma e outra.

AULA DIA 09/12/2021

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

-Hipóteses de adiantamento, a serem apresentadas até a sua abertura (art.362)

A ) convenção das partes: as duas partes concordam que o dia não está bacana

b) Ausência justificada de qualquer pessoa que deva participar

c) Atraso injustificado superior a 30 minutos

-Juiz pode dispensar produção de provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público não esteja
presente ao ato

a) Regra também aplicável ao MP


-Aquele que der causa ao adiantamento (não justificada) responderá pelas despesas acrescidas

-Findada a instrução, serão colhidas as razões finais das partes e do MP, por 20 minutos, prorrogáveis por 10
minutos (art.363)  Razões finais partes devem convencer ao juiz de que as provas produzidas no processo as
favorecem

a) Litisconsórcio ou intervenção de terceiros: 30 minutos divididos por grupo, salvo convenção diversa

b) Se a causa contiver questões complexas de fato ou de direito, as razões poderão ser convertidas em memoriais
em prazos sucessivos de 15 dias

-Audiência una e contínua (art.364)

-Cisão excepcional e justificada por ausência de perito ou testemunha, designando o juiz nova data para
continuação

AULA 10.12.2021

PROVAS: TEORIA GERAL

Admissibilidade ampla – meios legais e moralmente legítimos (art.369)

Juiz deferirá provas necessárias ao julgamento, indeferindo fundamentadamente as inutéis ou protelatórias


(art.370)

Comunhão da prova: resultado é aproveitado, independente de quem a produziu (art.371)  Prova pode vir
para o processo através do requerimento ou o juiz pode solicitar de ofício. Qualquer que seja o agente que
solicitou a prova. Isso (a prova) não pertencerá a prova, o resultado da prova aproveita ao processo, pertence ao
processo e não as partes.

Prova emprestada: admissibilidade, desde que observado o contraditório (art.372)  Pega- se emprestada a
prova que já se produziu em outro processo

Ônus da prova: (art. 373) - direito e obrigação ao mesmo tempo, dizer a quem cabe provar o que

a) Autor: Fatos constitutivos – tem o ônus de provar aquilo que ele alega que fizeram surgir o seu direito

Réu: fatos impeditivos, modificativos e extintivos

b) Possível inversão

Previsão legal e específica

CDC: Alegações verossímeis ou vulnerabilidade probante (art.6°, VII) – Inversão do ônus da prova se dá apenas a
favor do consumidor nunca em favor do fornecedor

c) Peculiaridades da causa
Impossibilidade ou excessiva dificuldade

Maior facilidade

d)Como deve ser feito a inversão do ônus da prova: Decisão fundamentada, dando oportunidade para que as
partes possam se desincumbir do novo ônus que lhe é atribuído (regra de procedimento)

e) Inversão do ônus não pode causa desincumbência impossível ou excessivamente difícil

f) Inversão do ônus da prova também pode ser gerada por convenção das partes, antes ou durante o processo,
salvo: direito indisponível ou se essa convenção das partes fixar dificuldade excessiva

2) Certos fatos independem de prova os fatos

a) Notórios: todo mundo sabe que aconteceu

b) Confessados: Se a parte confessar o fato

c) Incontroversos

d) Presunção de existência ou veracidade

3) Regras da experiência (art.375): Não depende de provas aquilo que realmente acontece no dia a dia ex: parte
diz que na ponte estaiada estava tendo no dia do fato um tráfego intenso de veículos, isso já é de conhecimento
geral, portanto, não precisa de prova

Ex: estava muito quente em Teresina naquela época

4) Prova de direito municipal, estadual ou consuetudinário (art.376)

Juri novit curiae: juiz em tese conhece o direito

5) Carta Precatória, rogatória ou auxílio direto suspendem o andamento do feito no caso do 313,v, b, quando
imprescindível e requerido antes do saneamento  o juiz pede que outros juízes colha as provas, são formas de
comunicação.

6) Colaboração probatória: ninguém se exime de descobrir a verdade (art.378)

7) Direito de não produzir prova contra si mesmo (art.379)

Comparecimento em juízo para responder perguntas

Colaboração com inspeção judicial: quando o juiz e os advogados saem do fórum para produzir provas, ida do
juiz ao local do problema

Praticar ato que lhe for determinado


8) Incumbe ao terceiro, em matéria probatória (art.380)

a) informar ao juiz fatos e circunstâncias que conheça: por isso que a testemunha tem o dever de colaborar, falar
a verdade e responder

b) Exibir coisa ou documento que esteja em seu poder

9) Devido Processo probatório

Indicação (autor na fase inicial e réu na contestação)  Especificação (depois de encerrado o ciclo da fase
postulatória as partes indicam que provas de fato já que uma parte conhece a fala da outra)  Deferimento (juiz
diz qual daquelas de fato vão ser colhidas exceto a documental que é colhida instantaneamente ao ser juntada no
auto do processo ex: perícia, testemunha. Juiz na fase de saneamento defere as provas se houver contradições)
 Produção/Colheita  Manifestação (nas razões finais as partes debatem apenas sobre as provas colhidas) 
Valoração (juiz diz que prova serviu para firmar o convencimento dele, qual prova mereceu mais valor e o motivo
disso que é justamente na sentença).

AULA 15.12.2021

Ata notarial:

-Fato pode ser atestado, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião (o tabelião tem que
ser capaz de ser atestado pelo tabelião, ex: determinada fazenda está pegando fogo o dono vai lá certificar o
fogo)

-Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial

2) Depoimento Pessoal:

Cada parte promove depoimento pessoal da outra, sem prejuízo do juiz ordená-lo de oficio.

Se a parte é intimada e alertada previamente, sua ausência à audiência ou recusa em depor provocará confissão

Parte que não depôs não pode presenciar o depoimento da outra (para não haver influência)

Depoimento pessoal de parte que resida em outra comarca pode ser colhido por videoconferência ou outro
recurso tecnológico

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