O documento descreve três metodologias para ajustar o teor de água em sementes: 1) adição de quantidade pré-determinada de água, 2) uso de substrato umedecido como papel-toalha, e 3) atmosfera controlada usando recipientes fechados com soluções químicas que controlam a umidade relativa. Essas metodologias são importantes para padronizar pesquisas sobre sementes e produzir resultados precisos.
O documento descreve três metodologias para ajustar o teor de água em sementes: 1) adição de quantidade pré-determinada de água, 2) uso de substrato umedecido como papel-toalha, e 3) atmosfera controlada usando recipientes fechados com soluções químicas que controlam a umidade relativa. Essas metodologias são importantes para padronizar pesquisas sobre sementes e produzir resultados precisos.
O documento descreve três metodologias para ajustar o teor de água em sementes: 1) adição de quantidade pré-determinada de água, 2) uso de substrato umedecido como papel-toalha, e 3) atmosfera controlada usando recipientes fechados com soluções químicas que controlam a umidade relativa. Essas metodologias são importantes para padronizar pesquisas sobre sementes e produzir resultados precisos.
DOCENTE: ALEK SANDRO DUTRA DISCENTE: RAFAEL SANTIAGO DA COSTA
METODOLOGIAS PARA AJUSTE DO TEOR DE ÁGUA
As relações água/semente influenciam diversos fatores associados ao
desempenho agronômico da semente, sendo necessário à busca por explicações lógicas, através de condução de pesquisas, visando elucidar fenômenos, processos ou procedimentos tecnológicos relacionados com o processo de germinação e deterioração; os efeitos de injurias mecânicas; os processos de colheita, secagem e armazenamento e a avaliação da qualidade da semente. Para tanto, deve-se seguir metodologias seguras para ajustar o grau de umidade das sementes aos níveis desejados e nesse sentido, vários procedimentos foram desenvolvidos, tais como:
1. Adição de quantidades de água preestabelecidas
O método consiste na adição de um volume conhecido de água a uma amostra
de sementes, umedecendo-a até que esta atinja grau de umidade preestabelecido. Consiste numa alternativa eficiente, desde que a quantidade de água necessária não seja muito grande. No entanto, há necessidade de determinar o grau de umidade inicial, utilizar quantidade conhecida de sementes e calcular o volume de água necessário para o umedecimento adequado. O umedecimento é efetuado mediante aspersão, seguida por movimentação da amostra para uniformizar a distribuição, porém, essa adição de água é efetuada de uma só vez e, em seguida, a amostra é colocada num recipiente fechado, completamente preenchido para não deixar espaço excessivo para ocupação pelo ar e, mantida em ambiente controlado, geralmente em câmara regulada de 5-10 ºC por período variante de acordo com a espécie utilizada (3-7 dias), com o objetivo de uniformizar a amostra. Por fim, o grau de umidade é novamente determinado, através do método da estufa. 2. Uso de substrato umedecido
Este método permite controlar a quantidade de água fornecida à semente,
utilizando-se principalmente papel-toalha, de filtro ou vermiculita, sendo o primeiro o mais comum. Os volumes de água e a quantidade das sementes são fixados e ao utilizar o papel-toalha, pode-se fixar também o número de folhas e variar a quantidade de água. As sementes são colocadas entre folhas de papel, para estabelecimento de superfície mais ampla de contato, e retiram água diretamente do substrato umedecido. Sabendo o peso e o grau de umidade inicial da amostra, calcula-se o peso final correspondente ao das sementes com o teor de água desejado, porém, vale lembrar que a massa da matéria seca não se altera durante o umedecimento. Para tanto, colocam-se as sementes entre as folhas do papel-toalha umedecido, sob temperatura constante e controlada. Os acréscimos do teor de água da amostra são monitorados através de pesagens sucessivas, de preferência em períodos pré-determinados, tomando o cuidado de retirar, antes de cada pesagem, o excesso de água presente na superfície da semente, com auxílio de papel-toalha seco. A escolha da temperatura é fundamental, pois o umedecimento não deve promover alterações do potencial fisiológico das sementes de modo que geralmente não ultrapassa 20ºC uma vez que excessiva, a temperatura acarreta aceleração da deterioração. A combinação inadequada entre o grau de umidade e a temperatura pode ainda proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de microrganismos, acentuando a deterioração das sementes e comprometendo a qualidade dos resultados pretendidos. Atingindo o peso final desejado é necessário uniformização do teor de água da amostra e verificação do grau de umidade final e para isso deve ser adotado o procedimento descrito no tópico 1.
3. Atmosfera controlada e/ou atmosfera úmida
O método é baseado em trocas de vapor de água entre as sementes e o ar, sob
temperatura controlada. Para tanto, as sementes podem ser umedecidas ou desidratadas até entrarem em equilíbrio higroscópio com umidade relativa ambiente, com a utilização ou não de uma solução de produto específico, em substituição à agua. Este método é conduzido em caixas plásticas, de maneira semelhante as usadas no teste de envelhecimento acelerado. A amostra é colocada sobre tela metálica adaptada ao interior da caixa, distribuindo-se as sementes de modo a formar camada simples na tela. A caixa, contendo 40mL de água, é mantida em câmara regulada para manter a temperatura pré-determinada. O monitoramento da captação de água pelas sementes é efetuado por pesagens sucessivas e, atingindo o grau de umidade desejado, a uniformização é efetuada, como descrita no tópico 1. Por outro lado, o ajuste do grau de umidade também pode ser efetuado em recipiente fechado, contendo solução de produto químico, em proporção adequada para manter a umidade relativa desejada; o recipiente é mantido sob temperatura constante durante o período necessário. Geralmente é utilizada solução saturada de sal, que proporciona pressão constante de vapor, sob determinada temperatura, podendo ainda ser empregadas soluções aquosas de ácidos, glicerina e polietilenoglicol. Para tanto, é necessário o conhecimento dos pontos de equilíbrio higroscópico das sementes com a umidade relativa do ar, sob diferentes temperaturas, permitindo a escolha do procedimento mais eficiente. Por exemplo, a 25 ºC, uma solução de 38% de água e 62% de glicerina proporciona umidade relativa de 70%, enquanto com a mistura de 53% de água e 47% de glicerina, a umidade relativa correspondente é de 80%. O equilíbrio higroscópico é atingindo em período de tempo variável com o teor inicial de água das sementes e o final desejado, a umidade relativa do ar, a temperatura, a composição química e o potencial fisiológico da semente. Deve ser ressaltado que os cálculos da umidade relativa obtida são precisos, podendo apresentar ligeira variação, normalmente inferior a + ou - 2%, devendo-se evitar a utilização de produtos que liberem vapores para a atmosfera e sejam reconhecidamente tóxicos para as sementes e para o homem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essas metodologias são de fundamental importância para a padronização da
pesquisa, o que favorece resultados mais seguros e precisos, uma vez que determinam como devem ser realizados tais procedimentos.
REFERÊNCIAS MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Fealq, 2005, p. 191-195.