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TITULO

RESUMO
O presente artigo tem como objetivo

INTRODUCAO

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CONCLUSAO

REFERENCIAS

CC 1916
Art. 588, § 2º Por "tapumes" entendem-se as sebes vivas, as cercas de arame ou de madeira,
as valas ou banquetas, ou quaisquer outro meios de separação dos terrenos, observadas as
dimensões estabelecidas em posturas municipais, de acordo com os costumes de cada
localidade, contanto que impeçam a passagem de animais de grande porte, como sejam gado
vacum, cavalar e muar. § 3º A obrigação de cercar as propriedades para deter nos seus limites
aves domesticas e animaes, taes como cabritos, porcos e carneiros, que exigem tapumes
especiaes, cabe exclusivamente aos proprietarios e detentores.

Art. 593. São coisas sem dono e sujeitas à apropriação:

I - Os  animais bravios, enquanto entregues à sua natural liberdade.

IV - As pedras, conchas e outras substâncias minerais, vegetais ou animais


arrojadas às praias pelo mar, se não apresentarem sinal de domínio anterior.
Art. 595. Pertence ao caçador o animal por ele apreendido. Se o Caçador for no encalço
do animal e o tiver ferido, este lhe pertencerá, embora outrem o tenha apreendido.

Art. 596. Não se reputam animais de caça os domésticos que fugirem a seus donos,
enquanto estes lhes andarem à procura.

Art. 722. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem,
para inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto.

Art. 781. Podem ser objeto de penhor agrícola:

V - Animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.

Art. 784. No penhor de animais, sob pena de nulidade, o instrumento designá-los-á com a
maior precisão, particularizando, o lugar onde se achem, e o destino, que tiverem.

Art. 785. O devedor não poderá vender o gado empenhado, sem prévio consentimento
escrito do credor.

Art. 786. Quando o devedor pretenda vender o gado empenhado, ou, por negligente,
ameace prejudicar o credor, poderá este requerer se depositem os animais sob a guarda de
terceiro, ou exigir que se lhe pague a dívida in-continenti.

Art. 787. Os animais da mesma espécie, comprados para substituir os mortes, ficam sub-
rogados no penhor.

Parágrafo único. Esta substituição presume-se, mas não valerá contra terceiros, se não
constar de menção adicional ao respectivo contrato.

Art. 788. O penhor de animais não admite prazo maior de dois anos, mas pode ser
prorrogado por igual período, averbando-se a prorrogação no título respectivo.

Parágrafo único. Vencida a prorrogação, o penhor será excutido, quando não seja
reconstituído.

Art. 1.416. Dá-se a parceria pecuária, quando se entregam animais a alguém para os
pastoreais, tratar e criar, mediante uma quota nos lucros produzidos.

Art. 1.417. Constituem objeto de partilha as crias dos animais e os seus produtos, como
pele, crinas, lãs e leite.

Art. 1.418. O parceiro proprietário substituirá por outros, no caso de evicção, os animais
evictos.

Art. 1.419. Salvo convenção em contrário, o parceiro proprietário sofrerá os prejuízos


resultantes do caso fortuito, ou força maior.
Art. 1.420. Ao proprietário caberá o proveito, que se obtenha dos animais mortos,
pertencentes ao capital.

Art. 1.421. Salvo clausula em contrário, nenhum parceiro, sem licença do outro, poderá
dispor do gado.

Art. 1.422. As despesas com o tratamento e criação dos animais, não havendo acordo
em contrário, correrão por conta do parceiro tratador e criador.

Art. 1.423. Aplicam-se a este contrato as regras do de sociedade, no que não tiver
regulado por convenção das partes, e, na falta, pelo disposto nesta seção.

Art. 1.527. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não
provar:

I. Que o guardava e vigiava com o cuidado preciso.

II. Que o animal foi provocado por outro.

III. Que houve imprudência do ofendido.

IV. que o fato resultou de caso fortuito, ou força maior.

CC10.406

Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de
trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na
posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.

§ 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do
momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens
móveis; e de um ano, para os imóveis.

§ 2 o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os


estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo
antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.

Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima
ou força maior.

Art. 964. Têm privilégio especial:

(...)

IX - sobre os produtos do abate, o credor por animais.


Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio,
urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois
prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se
proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas.

§ 3 o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou
para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está
obrigado a concorrer para as despesas.

Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio,
mediante prévio aviso, para:

I - dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou


limpeza de sua casa ou do muro divisório;

II - apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.

Art. 1.397. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar
as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto.

Art. 1.442. Podem ser objeto de penhor:

(...)

V - animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.

Art. 1.444. Podem ser objeto de penhor os animais que integram a atividade pastoril, agrícola ou de
lacticínios.

Art. 1.445. O devedor não poderá alienar os animais empenhados sem prévio consentimento, por
escrito, do credor.

Parágrafo único. Quando o devedor pretende alienar o gado empenhado ou, por negligência, ameace
prejudicar o credor, poderá este requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiro, ou exigir que
se lhe pague a dívida de imediato.

Art. 1.446. Os animais da mesma espécie, comprados para substituir os mortos, ficam sub-rogados
no penhor.

Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista neste artigo, mas não terá eficácia contra
terceiros, se não constar de menção adicional ao respectivo contrato, a qual deverá ser averbada.

Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em
funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à
exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e
derivados; matérias-primas e produtos industrializados.

PL na Camara no 27 2018 PL6799 2013

INICIAL

Acrescenta dispositivo à Lei no 9.605, de 12 de fevereiro


de 1998, para dispor sobre a natureza jurídica dos animais
não humanos.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1o Esta Lei estabelece regime jurídico especial para


os animais não humanos.

Art. 2o Constituem objetivos fundamentais desta Lei:

I - afirmação dos direitos dos animais não humanos e sua


proteção;

II - construção de uma sociedade mais consciente e


solidária;

III - reconhecimento de que os animais não humanos possuem


natureza biológica e emocional e são seres sencientes,
passíveis de sofrimento.

Art. 3o Os animais não humanos possuem natureza jurídica


sui generis e são sujeitos de direitos despersonificados,
dos quais devem gozar e obter tutela jurisdicional em caso
de violação, vedado o seu tratamento como coisa.

Art. 4o A Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a


vigorar acrescida do seguinte art. 79-B:

“Art. 79-B. O disposto no art. 82 da Lei no 10.406, de 10


de janeiro de 2002 (Código Civil), não se aplica aos
animais não humanos, que ficam sujeitos a direitos
despersonificados.”

Página 2 de 4 Parte integrante do Avulso do PLC no 27 de 2018.


Art. 5o Esta Lei entra em vigor após decorridos 60
(sessenta) dias de sua publicação oficial.

CÂMARA DOS DEPUTADOS, de abril de 2018.

RODRIGO MAIA
Presidente

----------------------------------

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1° - Esta Lei estabelece regime jurídico especial para os animais


domésticos e silvestres.

Art. 2° - Constituem objetivos fundamentais desta Lei:

I. Afirmação dos direitos dos animais e sua respectiva proteção;


II. Construção de uma sociedade mais consciente e solidária;
III. Reconhecimento de que os animais possuem personalidade própria
oriunda de sua natureza biológica e emocional, sendo seres sensíveis e
capazes de sofrimento.

Art. 3o - Os animais domésticos e silvestres possuem natureza jurídica sui


generis, sendo sujeitos de direitos despersonificados, dos quais podem gozar e
obter a tutela jurisdicional em caso de violação, sendo vedado o seu tratamento
como coisa.

Art. 4o - O artigo 82 do Código Civil passa a vigorar com a seguinte redação:


Art.82.................................................................................................................

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos animais domésticos e


silvestres.

Art. 5°- Esta lei entra em vigor 60 (sessenta dias) após sua publicação.

CAMARA DOS DEPUTADOS

JUSTIFICATIVA

A presente proposta visa tutelar os direitos dos animais, domésticos e


silvestres, conferindo-os lhe novo regime jurídico, suis generis, que afasta o
juízo legal de “coisificação” dos animais - que os classificam como meros bens
móveis - , e prevê nova natureza jurídica que reconhece direitos significativos
dos animais.
Em análise ao tema, conclui-se que as normas vigentes que dispõem sobre os
direitos dos animais incidem sob a ótica de genuína proteção ambiental,
desconsiderando interesses próprios desses seres, de modo que o bem
jurídico tutelado fica restrito à função ecológica.

Com o fim de afastar a ideia utilitarista dos animais e com o objetivo de


reconhecer que os animais são seres sencientes, que sentem dor, emoção, e
que se diferem do ser humano apenas nos critérios de racionalidade e
comunicação verbal, o Projeto em tela outorga classificação jurídica específica
aos animais, que passam a ser sujeitos de direitos despersonificados.

Assim, embora não tenha personalidade jurídica, o animal passa a ter


personalidade própria, de acordo com sua espécie, natureza biológica e
sensibilidade. A natureza suis generis possibilita a tutela e o reconhecimento
dos direitos dos animais, que poderão ser postulados por agentes específicos
que agem em legitimidade substitutiva.

Para o reconhecimento pleno dos direitos dos animais há de se repensar e


refletir sobre as relações humanas com o meio ambiente. O movimento de
“descoisificação” dos animais requer um esforço de toda a sociedade, visto
que, eles próprios não podem exigir sua libertação. Como seres conscientes,
temos não só o dever de respeitar todas as formas de vida, como o de tomar
providências para evitar o sofrimento de outros seres.

Sala das Sessões, 20 de novembro de 2013.

Deputado Ricardo Izar PSD/SP

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