Alunos: Gabriela Maria Damacena Gomes, Gabrielly Barbosa Gonçalves Izabel Christina de Freitas Mayr.
Turma: 3NB.
FÁBRICA DE FOGOS
Violência nas condições de trabalho, a crueldade e destruição do acidente e a
negligência do Município, Estado e União com relação a saúde destas pessoas, outra violência seria destacada: a demora judicial, a impunidade que cai sobre a cabeças dos culpados (transito em julgado em alguns processos) Não somente, o senhores da pólvora, seriam responsabilizados, mas também o poder público, que em mais de 22 anos após o fato, não responsabilizou ninguém de maneira integral, nenhuma indenização paga por completo, nenhum cumprimento de pena.
Podemos dizer que neste caso, a violência e negligência ao trabalho é algo
extremamente visível.
Atividades realizadas apenas por mulheres, e crianças. 64 vítimas, todas
mulheres, apenas 1 home no caso uma criança de 11 anos. Um caso de negligência do Estado, Município, do Pais.
Nesse trabalho interdisciplinar, vamos utilizar o sistema multiportas para
chegar a uma solução pacífica. Sistema que demonstra que a justiça é para todos.
Atualmente, o processo judicial é tido como o principal meio de resolução de
conflitos, mas, não é o único, e nem mesmo pode ser considerado o mais democrático, considerando que haverá a imposição de uma solução que, em muitas situações, não satisfaz o interesse de um, ou de até ambos os litigantes.
Não se pode negar que, para determinados tipos de conflitos, a solução
através do Poder Judiciário apresenta-se como a mais indicada. Porém, entendendo que vivemos em uma sociedade dinâmica, em que há o surgimento de conflitos dos mais variados tipos, é compreensível que estes sejam resolvidos através da utilização de diferentes métodos, a depender das particularidades dos litigantes, do tema discutido, bem como de outros elementos que não cabem na resposta única da solução adjudicada, dada em decorrência de um processo judicial.
Um dos meios de solucionar conflitos é a arbitragem, neste caso, por meio da
intervenção de árbitros, que recebem poderes de uma convenção privada, através de uma cláusula arbitral contida em contrato privado ou através de uma convenção arbitral, com a finalidade de decidirem sobre um ou mais conflitos de uma situação específica entre as partes, sendo a decisão final equiparada a uma decisão judicial com eficácia imediata.
Ao escolher a arbitragem, as pessoas deixam de recorrer ao Poder Judiciário
para o julgamento do conflito. Encontrando um método de solução de conflito que ocorre fora do âmbito judiciário, oferecendo decisões ágeis e técnicas para a solução de controvérsias. Podendo ser usada por acordo espontâneo das partes envolvidas no conflito, que automaticamente abrem mão de discutir o assunto na Justiça.
Assim, ganham espaço os métodos alternativos de solução de conflitos. Tais
métodos têm como objetivo entender os sujeitos enquanto coconstrutores de suas realidades, transitando por um caminho entre o existente e o possível.
Em muitas situações, utilizar os métodos alternativos se mostra mais
adequado do que recorrer à via judicial, tendo em vista que tais meios alternativos dão importância à peculiaridade do conflito, às condições do mesmo, e às necessidades que envolvem as partes presentes na controvérsia.
A arbitragem, junto com a jurisdição estatal, apresenta-se como uma forma
heterocompositiva de solução de conflitos. As partes, de comum acordo, estabelecem um terceiro que terá poderes para emitir a solução da controvérsia posta em análise. Nesse caso, não há intervenção estatal, tendo a decisão efeito de uma sentença judicial. A decisão dada pelo terceiro, o árbitro, é imposta às partes, lembrando que tal solução é adjudicada, e não consensual. Uma das vantagens da arbitragem é a possibilidade das partes escolherem o arbitro, respeitando-se os limites estabelecidos em lei. (Lei regulamentadora da Arbitragem 9.307/96).
Por ser um processo flexível, pode se adequar as necessidades das partes
como escolher o idioma, quem será o árbitro, dia e local da audiência, prazo, etc.
O objetivo da arbitragem é a sentença, com qualidade e rapidez. Sendo daí
todos os esforços para diminuir a burocracia, evitar formalidades ineficientes, expedientes protelatórios, buscando um procedimento mais prático, no sentido de conseguir o melhor resultado dos atos praticados.
Porém, essa liberdade dada às partes é vigiada, visto que a arbitragem se
submete ao princípio geral do devido processo legal, através do qual se impõem regras de preservação do direito ao contraditório, igualdade entre as partes, imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.
A sentença arbitral é o pronunciamento do árbitro que irá encerrar o
procedimento. A sentença, pode tanto decidir o litígio, quanto a matéria de fundo, como também pode apenas concluir pelo não cabimento da arbitragem.
Havendo o julgamento do mérito, a sentença poderá ser condenatória,
constitutiva ou declaratória. A sentença poderá ser também meramente homologatória, em caso de acordo celebrado entre as partes e levado a conhecimento do árbitro.
A sentença arbitral constitui título executivo judicial, não dependendo de
homologação judicial para produzir seus efeitos. Dela, não cabe recurso. Caso a parte que “perdeu” não cumpra de forma espontânea o que foi decidido pelo árbitro, a sentença poderá ser executada judicialmente.
Em anexo deixarei uma tabela comparativa entre Mediação x Conciliação x