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TEORIAS DE PAPÉIS
Licenciatura Em Psicologia
Universidade Save
Massinga
2021
Osfemio Timóteo Chaúque
TEORIAS DE PAPÉIS
Docente:
Msc. Rogério Mário Chilengo
Universidade Save
Massinga
2021
Índice Pág.
Resumo ........................................................................................................................................... iv
Resumo
Existe um debate substancial no campo de psicologia sobre o significado do papel na teoria dos
papéis. Os papéis são definidos como posição social, comportamento associado com uma posição
social, ou um comportamento típico. Alguns teóricos propuseram a ideia de que os papéis são
essencialmente expectativas sobre como o individuo deve se comportar em uma determinada
situação, enquanto outros consideram que significa como indivíduos realmente se comporta de
uma determinada posição social. Outros sugerem que um papel e um comportamento
característico ou comportamento esperado, uma parte para ser jogado, ou um script para a
conduta social. Moreno os contrapõe mostrando que papel antes de tudo se inventa, pela
possibilidade criativa do homem que se assemelha a Deus. Cuja acções são de criação e
espontaneidade. Reflectindo em busca de alguns dos vários conceitos de papéis dispersos no
constructo mereniano temos, a saber: “o papel e a forma de funcionamento que individuo assume
no momento específico em que reage a uma situação específica, na qual outras pessoas ou
objectos são envolvidos”. Entretanto, o papel pode ser definido como uma unidade de experiencia
sintética em que se fundiram elementos privados, sociais e culturais ou como sendo uma
experiencia interpessoal e necessita, usualmente de dois ou mais indivíduos para ser realizada.
Capitulo I: introdução
Todo individuo ocupa uma posição na sociedade a que pertence, com maior ou menor
prestígio, menores ou maiores ganhos, menor ou maior poder. Na realidade são muitos os papéis
atribuídos a um só indivíduo ao longo da sua história de vida, com implicações relativas aos
modelos de sociedade. Esses papéis sociais envolvem comportamentos, pensamentos e
sentimentos que determinam a consciência colectiva dentro de um cenário social. Sendo que o ser
humano durante a sua vida tem desempenhado vários perfis, que marcam o seu dia-a-dia. A
essência desses papéis, na sua maioria, depende do contexto em que ele se encontra juntamente
com o meio ambiente que define as condições naturais do local onde ele vive.
O presente trabalho tem como objectivo em estudo a teoria de papéis. Um papel é uma
forma de funcionamento que o individuo assume no momento específico em que reage a uma
situação específica, na qual outras pessoas ou objectos estão envolvidos, os papéis sociais
permitem compreender a situação social do individuo, pois são referências para percepção do
outro, ao mesmo tempo em que são referências para o comportamento próprio.
1.1. Objectivos:
1.1.0. Específicos:
1.1.1. Metodologia
Para Moreno (1978), papéis se definem como formas reais e tangíveis que o ego adopta. o
desempenho de papéis é anterior ao surgimento do eu, sendo que o eu emerge dos papéis.
Encontramos na identificação entre o psíquico e o papel também a sua dimensão social.
Shein (1992), define organização como um conjunto de pessoas que trabalham juntas
numa divisão de trabalho para atingir um objectivo comum. Essa abrange uma ampla variedade
de clubes, organizações voluntárias e instituições religiosas, órgãos governamentais, entre outros.
O informal – pode ser entendido como todas as actividades e papéis que o indivíduo
executa em seu quotidiano.
Cada um de nós desempenha, como já se viu, vários papéis decorrentes das muitas posições
que ocupa. Cada papel exige de nó certos comportamentos. É possível que apareçam, assim,
algumas vezes, incompatibilidades entre as exigências de diferentes papéis. É o que se chama de
conflito de papéis. As incompatibilidades podem se dar por diferentes razões (Braghirolli, Pereira
& Rizzon, 1994).
Muitas outras razões podem determinar o conflito entre papéis diferentes, conflito que pode
variar quanto à intensidade. Dependendo do rigor com que são definidos os comportamentos
adequados ao papel, da importância dos mesmos, etc., pode se dar um conflito pouco intenso ou
muito intenso, causando inclusive perturbações emocionais na pessoa (idem).
Espera-se, por exemplo, que um professor explique a matéria para seus alunos,
planeje suas aulas, realize avaliações, entre outros. No entanto, ele pode explicar a matéria
através de aulas expositivas, estudo dirigido, organizando seminários, ou outros. Não há
norma fixa de como ele deva fazer isso, apesar de se considerar em algum dia deles mais
adequadas, além disso, se um determinado dia ele não explicar nada, isso também e
tolerado (idem).
Braghirolli, Pereira & Rizzon (1994), afirmam que “a questão da percepção de pessoas
enquanto desempenham seus papéis é bastante estudada em Psicologia Social, por se constituir
num problema central da percepção de acontecimentos sociais”.
As organizações e os grupos sociais podem ser analisados através dos papéis que
contêm, papéis que, por sua vez, são desempenhados por indivíduos que podem ser
trocados. Em outras palavras, os papéis existem independentemente dos indivíduos. É
claro que as diferenças individuais de personalidade imprimem diferenças no desempenho
dos papéis, mas a estrutura geral do papel é a mesma (idem).
Nós todos aprendemos a julgar a adequação dos componentes das pessoas aos
papéis. Tanto é que frequentemente se escutam coisas como: "ele não está cumprindo seu
papel de pai", ou "ela assumiu o papel de chefe". Aprendemos também a identificar os
efeitos do desempenho prolongado de um papel nas características de personalidade de
uma pessoa, mesmo quando ela não está desempenhando aquele papel.
Nas ciências sociais o papel social define a estrutura social, basicamente como um conjunto
de normas, direitos, deveres e expectativas que condicionam o comportamento humano dos
indivíduos junto ao grupo ou dentro de uma organização. Eles são atribuídos ou conquistados têm
em vista a interacção social e resultam do processo de socialização (Souza, 2014).
De acordo com Wesley (1983), um papel social e aquilo que se espera de alguém que tem
certo estatuto social. E o conjunto de deveres ou funções que a pessoa tem.
Para Erving (1999) o papel social envolve a interacção face a face, que pode ser entendida,
em linhas gerais como influencia reciproca dos indivíduos sobre as acções uns dos outros, quando
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em presença física imediata, compreender esse processo de interacção nos facilita projectar nossa
acções e expressões dos diversos ambientes (cenários), especialmente em ambiente de trabalho.
A cultura e muito importante para a definição dos papéis sociais porem, o fundamental e o
indivíduo e as suas relações. O foco e a dinâmica e a qualidade da interacção. Assim a
representação deste papel social depende da nossa habilidade de compreensão do cenário e das
personagens interpretados pelos demais actores para projectarmos representação (Martins, 2010).
No contexto extra trabalho, o desempenho deste papel centra-se nas seguintes actividades:
O papel profissional e um dos vários papéis assumidos pelas pessoas na vida social.
Representa a contribuição para a evolução do mundo, para o bem-estar social. O papel
profissional gera uma espectativa de comportamento, no sentido de sua contribuição para a acção
global da empresa, da sociedade (Tatiana, 2019).
De acordo com Tatiana (2019), exercer um pape; profissional e exercer funções que lhe
forem conferidas, nos limites estabelecidos; e atender a expectativa que suscita; e contribuir para
o alcance dos objectivos institucionais; e contribuir para o desenvolvimento da organização da
qual esse papel e exercido.
Assumir um papel um papel profissional e ter uma referencia como pessoa. E a escolha do
papel profissional e uma decisão importante na vida, porque representa uma forma de viver.
O repensar e o redefinir destes papéis quase não acontece ao longo da vida organizacional,
mas no entanto frequentemente ou vimos queixas com relação a desvio de funções. A constatação
de que há desvio de funções e um sinal de que aquele papel não foi ou não está claramente
definido no momento. Isto acontece por conta de conversa cultural que congela os papéis e suas
funções no tempo (Quadros & Khouri, 1994, cit. Em Oliveira, 2006).
Assim, numa dimensão mais global e sistémica o papel profissional a ser desenvolvido,
também requer:
Considera que o comportamento humano é um reflexo das expectativas que possuímos dos
outros e de nós, que os indivíduos se comportam de uma maneira previsível com base em sua
posição social, actividades diárias, cargos, entre outros.
A teoria dos papéis afirma que para mudar o comportamento dos indivíduos, o necessário e
mudar os papéis que possuem diariamente. Os papéis organizacionais influenciam fortemente nas
atitudes, no comportamento e nas crenças do individuo, pois os indivíduos alteram suas crenças
para se adequar ao papel que lhe foi designado.
O manter a segurança;
Proporcionar o bom ambiente do trabalho;
Traçar estratégias de relacionamento entre os diversos membros da organização;
Cumprir com as obrigações em torno de remuneração dos seus funcionários; etc.
O papel social e aquele que envolve tarefas ou actividades que enquadram no âmbito social.
O papel organizacional e aquele que envolve actividades que funções de uma tarefa ou careira
profissional.
a. Bazili, C., Rentria, E., Duarte, J.C., Franciscatti, K., Andrade, L. & Rala. L. A. (1998).
Interaccionismo simbólico e teoria dos papéis: uma aproximação para a psicologia social.
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