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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

INSTITUTO DE RECURSOS NATURAIS


ENGENHARIA AMBIENTAL

PROJETO DE ARBORIZAÇÃO DO CENTRO DE ITAJUBÁ-MG: DIAGNÓSTICO

EAM902: PLANEJAMENTO TERRITORIAL

ADRIANO SOARES GONÇALVES

BEATRIZ MARQUES PEREIRA

LEONARDO SILVA DOS SANTOS

NICOLLY FAGUNDES CARVALHO

ITAJUBÁ – MG

2019
ADRIANO SOARES GONÇALVES

BEATRIZ MARQUES PEREIRA

LEONARDO SILVA DOS SANTOS

NICOLLY FAGUNDES CARVALHO

PROJETO DE ARBORIZAÇÃO DO CENTRO DE ITAJUBÁ-MG: DIAGNÓSTICO

EAM902: PLANEJAMENTO TERRITORIAL

Trabalho elaborado para a disciplina


Planejamento Territorial (EAM902),
referente ao projeto de arborização do
bairro Centro na cidade de Itajubá- MG,
submetido às Profas. Dra. Nivea Adriana
Dias Pons, Dra. Daniela Rocha Teixeira
Riondet Costa e Dra. Daniele Ornaghi
Sant'anna.

ITAJUBÁ- MG

2019
RESUMO

Em vista da importância do planejamento territorial e para atender as diretrizes do artigo 183


da Constituição Brasileira, faz-se necessário propor planos de gestão e planejamento da cidade
para melhorar a qualidade de vida e o bem estar. Nesse sentido, entra a arborização que é
essencial para garantia da qualidade de vida e construção de um ambiente sustentável. Assim,
este estudo tem por objetivo elaborar um plano de arborização para o bairro Centro da cidade
de Itajubá - MG e para compreender melhor a realidade do bairro fez-se o estudo diagnóstico
através de visitas ao local, questionários presenciais e online, além de formulação de mapas
hipsométricos, de declividade, viário, áreas de preservação permanente, entre outros. Uma vez
compreendida a realidade local, pode-se perceber que o bairro apresenta problemas com a
pequena quantidade de árvores, calçadas estreitas e insatisfação da população que mostrou-se
interessada pelo estudo e busca melhoria da qualidade de vida e promoção de um ambiente
mais sustentável.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5
2. CENTRO DE ITAJUBÁ-MG .......................................................................................... 6
3. CASO DE SUCESSO ....................................................................................................... 6
4. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ARBORIZAÇÃO E PLANO DIRETOR ................... 13
4.1. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE .................................................. 13
4.2. ZONEAMENTO...................................................................................................... 14
4.3. ARBORIZAÇÃO URBANA E CALÇADAS ....................................................... 16
4.1. CARTILHA DE ARBORIZAÇÃO URBANA ..................................................... 16
5. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................. 17
5.1. MAPAS ..................................................................................................................... 17
5.2. QUESTIONÁRIOS E OPINIÕES PÚBLICAS .................................................... 21
6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PALESTRA ................................................................. 34
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 34
8. REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 35
9. ANEXOS.......................................................................................................................... 36
1. INTRODUÇÃO

Segundo Ribeiro e Fiori (2018), o planejamento territorial no meio urbano é de


extrema importância para manter o equilíbrio do meio ambiente e evitar problemas
como enchentes, poluição do ar, problemas de mobilidade, perda da qualidade de vida
entre outros. Dessa forma, a Constituição Federal do Brasil de 1988 traz em seu artigo
182 diretrizes sobre o planejamento urbano, que deve ser feito pelo poder municipal e
garantir o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar
de seus habitantes, através da formulação e cumprimento do Plano Diretor:

“Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo


poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem
por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. § 1º O plano diretor,
aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de
vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana. § 2º A propriedade urbana
cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor.” (Constituição da
República Federativa do Brasil, 1988).

O plano diretor, portanto, é um documento legal e serve para embasar decisões


na gestão das cidades e deve garantir a qualidade de vida dos habitantes, e dessa forma,
Martini (2008) diz que a arborização das cidades deve fazer parte da política urbana
por ser um fator essencial a melhoria da qualidade de vida e uma necessidade ambiental.

Segundo o Manual Técnico de Arborização Urbana da Prefeitura de São Paulo


(2005), dentre os vários benefícios da arborização, temos o fato de que árvores
contribuem para o controle da poluição retendo particulados em suspensão do ar;
controle da temperatura e umidade do ar; interceptar água da chuva evitando erosões,
elevar a permeabilidade do solo diminuindo o escoamento superficial e dessa forma,
diminuindo a contribuição com enchentes; funcionar como corredor ecológico,
conectando fauna e flora, além da árvore por si abrigar muitos organismos vivos;
proporcionar sombra, protegendo a população de raios solares nocivos à saúde e
asfaltos contra o efeito de dilatação; agir como barreira contra ventos, ruídos e alta
luminosidade, entre outros.

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Além de trazer benefícios ecológicos, a arborização também contribui com o
bem estar psicológico da população através da melhoria da estética e funcionalidade do
ambiente o que resulta em melhoria da qualidade de vida.

Ainda, os efeitos da arborização se estendem a nível global através da captura e


armazenamento de dióxido de carbono. O gás representa atualmente de acordo com
IPPC maiores proporções em relação ao efeito estufa. Ou seja, o sequestro de carbono
por meio da bioacumulação auxiliam na mitigação do aquecimento global.

Devido a todos os fatores elencados acima, o presente trabalho é de extrema


importância para a cidade de Itajubá - MG. O objetivo deste estudo é propor um plano
de arborização para o bairro Centro da cidade, levando em consideração o planejamento
urbano com o Plano Diretor e a Cartilha de Arborização proposta pela prefeitura de
Itajubá afim de garantir melhoria qualidade de vida dos residentes e pessoas que passam
pelo bairro e criar um ambiente sustentável.

2. CENTRO DE ITAJUBÁ-MG

De acordo com uma pesquisa realizada em 2015, foi obtido alguns dados sobre
a cidade de Itajubá, que contém uma população em torno de 77694 habitantes, e na
região de estudo (Centro) conta com 4706 habitantes , sendo um total de 2087 homens,
e 2619 mulheres, que representam cerca de 6,06% da população total.

Segundo o censo 2010, a arborização de vias públicas corresponde 50,1% e a


urbanização das vias públicas 40,3%. Ainda é notório que no bairro centro predominam
áreas comerciais, algumas áreas residenciais e o restante por áreas permeáveis, como
praças.

3. CASO DE SUCESSO

Para embasamento do estudo, foram feitas pesquisas a respeito de lugares que


obtiveram sucesso na elaboração e execução de um plano de arborização. Nesse
quesito, destaca-se Goiânia.

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O Início da arborização:

Nas décadas de 30 e 40, praticamente não havia arborização em Goiânia. Nessa


época, até mesmo o arruamento era precário. O que havia eram as matas às margens
dos córregos.

Quando se iniciou o arruamento de Goiânia e a criação dos primeiros setores,


pensou-se na arborização das ruas. Mas nesse período o cerrado era desvalorizado,
portanto, utilizou-se espécies exóticas, como os flamboyants (Delonix regia) nas
Avenidas Tocantins e Araguaia, e o fícus (Ficus microcarpa) na Av. Goiás.

A Prefeitura de Goiânia, nessa época, não era a responsável pela arborização da


cidade. Esse trabalho ficava a cargo do Governo do Estado, através da Secretaria de
Ação e Obras. Ela possuía um viveiro pequeno e um depósito de plantas – tecnicamente
bem preparado, mas que se limitava a reproduzir as espécies já introduzidas na cidade
(fícus – Ficus microcarpa, flamboyant – Delonix regia, espatódea – Sphathodea
campanulata, alfeneiro – Ligustrum japonicum, e dilênia – Dilenia indica). Não havia
profissionais especializados em arborização, motivação para a preservação nem
nenhuma preocupação ambiental. Quase tudo era importado, inclusive os hábitos,
costumes e as espécies para a arborização. Como no Brasil existiam poucos viveiros,
pouco também se sabia sobre as espécies com potencial para se utilizar na arborização
de calçadas e praças.

Imagem 3.1 - Av. Tocantins com arborização composta por flamboyant - Delonix regia na década de
40. Fonte: Plano Diretor de Goiânia

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Imagem 3.2 - Av. Goiás na década de 40. Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento - SEPLAM –
2007. Fonte: Plano Diretor de Goiânia

Este projeto foi todo modificado, pois Goiânia foi projetada para 50.000
habitantes e hoje tem mais de 1.200.000. Essas áreas verdes foram destruídas, loteadas
para abrigar a população que chegava a Goiânia.

A arborização de Goiânia na atualidade:

Goiânia é a capital de Estado com a maior extensão de áreas verdes por


habitantes e o maior número de árvores em vias públicas do País, em proporção ao
número de habitantes. Essa condição foi comprovada por estudos realizados pelos
técnicos da Agência Municipal do Meio Ambiente – AMMA, com base em
metodologia amplamente utilizada e o apoio de modernas técnicas de
georreferenciamento.

Mais Parques e áreas de conservação ambiental:

Goiânia possui hoje 94 metros quadrados de áreas verdes por habitante, índice
quase 8 vezes superior ao recomendado pela Organização das Nações Unidas, que é de
12m²/habitante. Esse índice é superior também aos 51 m²/habitante de Curitiba, a
capital estadual considerada anteriormente líder nesse ranking.

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De 2005 a 2007, a ação da Prefeitura de Goiânia na identificação e proteção de
unidades de conservação nas regiões de parcelamento urbano resultou no aumento de
80 para 187 áreas destinadas a parques e bosques.
Em fevereiro de 2008 praticamente triplicou na capital o número de parques
implantados, com vegetação recomposta e dotados de infraestrutura de lazer e
contemplação, saltando de 6 para 16. Outros 5 parques já existentes passaram ou estão
passando por obras de revitalização.

Imagem 3.3 -Vista Panorâmica do Parque Flamboyant Lourival Louza, local onde houve
recomposição florística das áreas degradadas. Fonte: Plano Diretor de Goiânia

Imagem 3.4 - Vista Panorâmica do Parque Botafogo revitalizado em 2005. Fonte: Plano
Diretor de Goiânia

Programa Plante a Vida, o sucesso da arborização voluntária:

O Programa Plante a Vida consiste na distribuição gratuita de mudas para a


população, dentro de um amplo programa institucional de rearborização de Goiânia.

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Estimula plantios voluntários nas calçadas das vias públicas, ilhas e rotatórias, fundos
de vale, parques, bosques e praças de Goiânia, além de plantios em quintais, chácaras
e outras áreas particulares. Inicia-se desde a coleta de sementes e produção e
distribuição das mudas, indo até o monitoramento, sendo o plantio e manutenção das
árvores de responsabilidade dos moradores Esse programa conta com a distribuição de
1.200.000 mudas de espécies nativas do cerrado à população num prazo de quatro anos,
para, com isso, resgatar a valorização do cerrado através da produção e distribuição de
espécies deste ecossistema, além de atuar na melhoria da qualidade de vida da
população. O Plante a Vida contribui decisivamente para que Goiânia seja hoje a capital
estadual com maior volume de áreas verdes e de arborização em vias públicas por
habitante.

Imagem 3.4 - Distribuição de mudas no evento em comemoração ao aniversário de Goiânia.


Fonte: Plano Diretor de Goiânia

Imagem 3.6 - Vista Panorâmica da Região Norte da cidade de Goiânia demonstrando a arborização
da cidade. Fonte: Plano Diretor de Goiânia

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Imagens fotográficas da arborização atual de Goiânia:

Imagem 3. 7 - Imagem do canteiro central duplo da Av. Pedro Ludovico arborizado com Ipê-rosa –
Tabebuia rosea no Setor Parque Oeste Industrial – Região Oeste. Fonte: Plano Diretor de Goiânia

Imagem 3.8 - Arborização de canteiro central com árvores jovens da espécie de jamelão e/ou
jambolão - Syzygium cumini, na Avenida Alexandre de Morais, no Parque Amazônia. Fonte:
Plano Diretor de Goiânia

Imagem 3.9 - Canteiro central com espécies adultas de palmeiras-imperiais - Roystonea borinqueana,
na Alameda Xavier de Almeida no Setor Pedro Ludovico – Região Sul. Fonte: Plano Diretor de
Goiânia

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Pontos Cadastrados:
Para controle das ações do programa e efetividade, foram cadastrados o número e
percentual de árvores, plantios, entre outros, como visto na Tabela 3.1

Tabela 3.1. Descrição de todos os pontos cadastrados. Fonte: Plano Diretor de Goiânia

Programas de Educação Ambiental:

Segundo o programa, ainda são utilizadas estratégias de educação ambiental


para desenvolver práticas de ações públicas esclarecedoras sobre a importância da
arborização. O trabalho tem enfoques específicos, capazes de despertar o interesse de
diferentes segmentos da comunidade para participar de plantios voluntários e/ou
comunitários, e também de estimular a participação da comunidade no processo de
manutenção das árvores existentes nas vias públicas. Os programas são:

a) Subprograma de Informação Coletiva


Serve para divulgar o plano de arborização, seus objetivos e legislação
correspondente para a sociedade. Para tanto, são desenvolvidos projetos
específicos de comunicação para veiculação nos diferentes meios de
comunicação. Inclui folders, cartilhas e banners para distribuição à população
goianiense e para divulgação em eventos, congressos, dentre outros.

b) Subprograma de Educação Formal


Visa abordar a arborização urbana junto à rede escolar (pública e
privada), para formação de consciência crítico-responsável quanto à
arborização urbana e ao meio ambiente, bem como a participação ativa deste
componente da sociedade na implementação do plano de arborização. Inclui

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palestras ou apresentação de material audiovisual, além de distribuição de
material educativo.

c) Subprograma de Educação Informal e Participação Comunitária


Trata a questão da arborização urbana em um caráter mais amplo que o
informativo. A meta é não apenas informar, mas também conscientizar a
comunidade. Inclui projetos específicos que contemplem as características
sócio-culturais e econômicas dos diferentes segmentos da sociedade, bem como
as peculiaridades de cada setor de Goiânia. Abrange o Programa Plante a Vida,
citado anteriormente.

Dessa forma, é possível perceber que Goiânia obteve sucesso através da


idealização de uma parceria entre a população e os órgãos responsáveis, através da
conscientização dos envolvidos.

4. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ARBORIZAÇÃO E PLANO DIRETOR

4.1. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Código Florestal de 2012

O Código Florestal Brasileiro (BRASIL, 2012) na prática é mais destinado as


ocupações rurais devido a particularidade dos espaços urbanizados. Para o caso estudo
é interessante destacar que as áreas de preservação permanente correspondentes às
margens de rios com largura entre 10 e 50 metros (caso do Rio Sapucaí) seria de 50
metros para cada margem definidas pelo código.

Contudo, fica a cargo de leis municipais a adequação desses espaços de maior


sensibilidade ambiental dentro dos espaços urbanizados. O munícipio apresenta tanto o
Plano Diretor (Lei Municipal nº8 de 2003 1988) e Lei Municipal n 1998 que dispõe
sobre o Zoneamento e ocupação urbana.

Lei Municipal 1988 de 1994 (Alterado em 2001)

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O § 1º do artigo 17 da legislação que foi alterado em 2001 dispõe que para os
perímetros urbanos a faixa de proteção em margens de cursos d’agua não deve ser
inferior a 15 metros e será definida pela aprovação de órgãos específicos da prefeitura.

A lei também complementa que essa distância será medida da crista do talude
do leito do curso d’água ou em caso de talude não esteja perfeitamente definido a
medida será a partir das partes mais altas de terrenos lodosos, de aluvião ou bancos de
areia, formados naturalmente no curso do rio.

Plano Diretor (Lei Complementar nº 08 de 2003)

O plano diretor atual acompanha o código florestal e diz que as margens de


cursos de água serão designadas como Áreas de Interesse Ambiental I destinadas a
proteção dos respectivos Rios. A área seria equivalente a 50 metros para o Rio Sapucaí,
respeitando 15 metros para efeito de desapropriação. Na prática não é que pode ser
observado pelos mapas gerados.

4.2. ZONEAMENTO

Em 2003

O bairro centro de acordo com o Zoneamento definido no Plano diretor de 2003


estaria dividido entre Zona Central (ZC) e Zona de Adensamento (ZAD). Na prática a
Imagem 4.2.1 a seguir apresenta o que é ou não permitido ou não em relação ao uso e
ocupação desse espaço, ambas admitem a mesma ocupação.

Imagem 4.2.1 – Uso e ocupação do solo. Fonte: Itajubá, 2003

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O plano diretor define ainda as áreas como;

• Zona Central – ZCE – corresponde às áreas do centro tradicional da


cidade, onde se concentram atividades de comércio e serviços de
atendimento geral, sem excluir o uso residencial e as pequenas indústrias
não poluentes, e que, pela infraestrutura instalada, apresenta
possibilidade de maior verticalização.

• Zona de Adensamento – ZAD – corresponde às áreas que apresentam


condições favoráveis ao adensamento controlado, com uso residencial
multifamiliar e usos diversificados, desde que compatíveis com o uso
residencial.

Em 2015

Para a proposta de revisão do plano a área passaria se enquadrar como Zona de


Adensamento Restrito (ZAR). Como podemos observar na Imagem 4.2.2 a seguir.
Destaca-se que como definido pela descrição uma ZAD: Conjunto das áreas
urbanizadas internas ao Perímetro Urbano, não passíveis de adensamento, em virtude
de restrições ambientais e condições desfavoráveis de acessibilidade, infraestruturas e
características do uso do solo.

Imagem 4.2.2 – Uso e ocupação do solo. Fonte: Itajubá, 2015

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4.3. ARBORIZAÇÃO URBANA E CALÇADAS

Em 2003

A arborização urbana é uma diretriz do planejamento viário e como um dos


objetivos da readequação dos espaços públicos. Seria de responsabilidade do poder
público municipal implantar e manter hortos para produção de mudas destinadas aos
logradouros públicos.

Foi instituído também nesse plano diretor o Manual de Arborização Urbana


como um instrumento voltado para conservação ambiental, sendo também a utilização
dessa cartilha uma das prioridades dos Programas Municipais de Meio Ambiente.

O plano também apresenta diretrizes para a arborização urbana como por


exemplo cadastramento de espécies, inventário qualitativo e quantitativo, entre outros.
Não há menção sobre o tamanho adequado de calçadas.

Em 2015

Estabelece a obrigação de novos conjuntos residenciais tenham um espaço para


arborização interna e também que a implantação de obras para arborização e adequação
dos logradouros deveria ser prioridade.

Para o sistema viário é estabelecido um valor mínimo de 2,4 metros de recuo


para as construções ou 20% do tamanho da via. Desse modo haveria uma adequação
dos espaços em termos de acessibilidade de pedestres e arborização.

4.1. CARTILHA DE ARBORIZAÇÃO URBANA

Apresenta diretrizes para ao plantio de mudas de modo a adequar aos


equipamentos urbanos já instalados. Alguns exemplos de orientações são a respeito do
tamanho da cova para plantio, largura mínima livre na calçada, distância das esquinas,
tipo de copa mais adequado, altura mínima de copa entre outras informações.

Apresenta informações bem claras e ilustradas e desse modo seria de fácil


entendimento para diferentes níveis de instrução.

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5. DIAGNÓSTICO

Para que fosse possível compreender de forma mais clara o ambiente de estudo e
propor um plano de arborização que realmente favoreça o local, foram levantadas
algumas informações como mapas de declividade, mapa viário, entre outros e também
foi feita uma consulta a opinião pública, como é descrito nos tópicos a seguir.

5.1. MAPAS

Os mapas foram construídos com auxílio do software ArcMAP® e se encontram


todos em anexo. Nos próximos tópicos serão feitas análise de recortes ampliados dos
mapas para melhor visualização. Ao todos, foram feitas cinco análises, sendo elas: uso
e ocupação do solo, hipsometria, declividade, análise viária e de calçadas e de áreas de
proteção permanente (APP).

Uso e Ocupação do Solo:

Abaixo encontra-se uma ampliação da região de estudo.

Imagem 5.1.1 - Recorte uso e ocupação do solo. Fonte: Autoria Própria

O recorte mostra toda a área do bairro centro de Itajubá. O retângulo destacado


em rosa se trata da área de estudo do presente projeto de planejamento territorial, uma
área equivalente à menor das 4 áreas estudadas pela turma, de valor 137485,152 metros
quadrados.

Da análise da imagem, nota-se que a área de estudo é majoritariamente


urbanizada (cor vermelha) e alguns pontos de vegetação (cor verde) que representam

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as praças (Teodomiro Carneiro Santiago, Presidente Getúlio Vargas e “do Banco do
Brasil”), além de alguns outros pontos se tratando de árvores.

Hipsometria:

O mapa hipsométrico foi construído com nove elevações, de 5 em 5 metros, de


845 a 890 metros de altitude. As curvas de nível estão representadas de metro em metro.
Assim como no mapa anterior, a área de estudo encontra-se destaca com um retângulo
em cor rosa. Também estão representados os quarteirões do bairro pela malha viária.

Imagem 5.1.2 - Recorte hipsometria. Fonte: Autoria Própria

Percebe-se que a área de estudo possui apenas três elevações diferentes, de 845
a 850 (em lilás), 850 a 855 (em bege) e 855 a 860 (em verde).

Declividades:

O mapa de declividades foi construído com 5 categorias diferentes


representando porcentagens de declividades: Plano (0 a 3%), Suave Ondulado (3 a 8%),
Ondulado (8 a 20%), Forte Ondulado (20 a 45%), Montanhoso (45 a 75%) e Escarpado
(maior que 75%).

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Imagem 5.1.3 - Recorte declividades. Fonte: Autoria Própria

A área de estudo apresenta quatro declividades diferentes: Plano (verde escuro),


Suave Ondulado (verde limão), Ondulado (verde-amarelo) e Forte Ondulado (amarelo).

Calçadas:

O mapa de calçadas foi construído em relação à malha viária da cidade de


Itajubá, recortada sob o molde da área de estudo. Os quarteirões da área foram
enumerados e a equipe foi à campo medir as calçadas. Todas as calçadas da área foram
medidas e lançadas em uma planilha. Com esses valores, através das funções “explodir”
e “offset” no AutoCAD® foram feitas as medidas reais das calçadas, apresentadas na
imagem a seguir e no mapa em anexo.

Imagem 5.1.4 - Recorte calçadas. Fonte: Autoria Própria

Em anexo encontra-se as medidas das calçadas coletadas em campo.

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Área de Preservação Permanente:

A Lei Municipal número 1998/94, alterada pelas leis 2037/95, 2415/01 e


2465/03, tem em seu artigo 17:

“Art. 17. Zona de Proteção Ambiental (ZPA) corresponde às áreas marginais às
águas correntes, às rodovias, às adutoras, às linhas de transmissão de energia
elétrica, às áreas de matas naturais e de reflorestamento, de cunho não
comercial, aos topos de morros, às áreas cuja declividade do terreno seja
superior a 45% e às áreas que forem destinadas como depósitos de lixo urbano
e/ou industrial, áreas estas definidas como "non aedificandi".

§ 1o. Dentro dos limites do perímetro urbano, a faixa "non aedificandi" das águas
correntes será definida pelo órgão de Aprovação de Projetos da Prefeitura
Municipal e Órgãos Ambientais do município, não podendo ser inferior a
15 m (quinze metros).

§ 2o. Os trechos canalizados dos ribeirões, para efeito desta Lei, serão considerados
Áreas Pedestrianizadas.”

Construiu-se, portanto, os seguintes mapas: área de proteção permanente de


valor 5 metros (como foi instruído na disciplina), de valor 15 metros (como descrito na
lei) sem assumir como canalizado o ribeirão, e por fim, de valor 15 metros assumindo
o ribeirão canalizado como área pedestrianazada. O recorte dos mapas estão inseridos
a seguir.

Imagem 5.1.5 - Recorte APP 5m. Fonte: Autoria Própria

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Imagem 5.1.5 - Recorte APP 15m sem canalização do ribeirão. Fonte: Autoria Própria

Imagem 5.1.5 - Recorte APP 15m com canalização do ribeirão. Fonte: Autoria Própria

5.2. QUESTIONÁRIOS E OPINIÕES PÚBLICAS

Com a intenção de facilitar o diagnóstico, dados de opiniões públicas do bairro


estudado foram levantados, dessa forma foram aplicados 65 questionários presenciais
no bairro Centro no dia 22/04/2019 das 13:30h às 17:30h e também foi disponibilizado
um formulário online para alunos, servidores e professores da UNIFEI, totalizando 55
respostas online. O formulário foi aberto no dia 22/04/2019 pela manhã e fechado no
domingo (28/04/2019) também pela manhã.

Para identificar melhor os aspectos a serem analisados, o questionário foi


dividido nos campos: identificação, família, caracterização socioeconômica, percepção
do indivíduo em relação ao bairro, conforto ambiental e percepção do indivíduo.

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Com um total de 120 respostas, foi possível analisar que pelo menos 58% das
respostas são de não residentes do bairro estudado, mas ainda é válido já que são
pessoas que trabalham ou passam pelo Centro diariamente. O resultado dos
questionários pode ser analisado nos gráficos 5.2.1 a 5.2.30 e as perguntas do
questionário encontram-se em anexo.

Dados de identificação:

Gráfico 5.2.1 - Classificação dos entrevistados

Gráfico 5.2.2 - Gênero

Gráfico 5.2.3 -Faixa Etária

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Também consta no questionário uma aba de endereços para avaliar possíveis
locais onde árvores seriam bem aceitas. Os endereços estão dispostos na tabela 5.2.1.

5.2.1 - Tabela de endereços

Através da análise dos gráficos acima é possível afirmar que a maioria dos
participantes é do gênero feminino na faixa de 20 a 30 anos de idade.

Dados sobre Família:

Gráfico 5.2.3 - Presença de Crianças

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Gráfico 5.2.4 - Presença de Idosos

Caracterização Socioeconômica:

Gráfico 5.2.5 -Grau de Escolaridade

Gráfico 5.2.6- Profissão

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Gráfico 5.2.7 - principais meios de transporte

A maioria dos participantes encontra-se nas características de estudantes de


ensino superior incompleto, além de uma alta porcentagem frequentar o bairro a pé, de
bicicleta ou de carro. Muito poucos participantes possuem baixo nível de escolaridade.

Percepção do bairro:

Gráfico 5.2.8 - Segurança Pública

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Gráfico 5.2.9 - Quantidade de Árvores

Gráfico 5.2.10 - Localização das árvores

Gráfico 5.2.11 - Presença de Árvores com flores

26
Gráfico 5.2.12 - Presença de árvores frutíferas

Gráfico 5.2.13 - Presença de Arbustos

Gráfico 5.2.14 - Presença de áreas gramadas

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Gráfico 5.2.15 - Inclinação das Ruas

Gráfico 5.2.16 - Sensação ao caminhar pelo bairro

Analisando os dados de percepção do bairro é notório que a população em sua


grande parte encontra-se insatisfeita com a quantidade de árvores frutíferas, com flores,
arbustos e áreas gramadas, sendo estes, portanto fatores que devem ser melhorados no
bairro. Além de aumentar a quantidade de árvores distribuídas de forma geral.

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Conforto Ambiental:

Gráfico 5.2.17 - Sombra nas calçadas

Gráfico 5.2.18 - Sombra nas ruas

Gráfico 5.2.19 - Umidade

29
Gráfico 5.2.20 - Sol no inverno

Gráfico 5.2.21 - Iluminação Pública

Gráfico 5.2.22 - Poluição

30
Gráfico 5.2.23 - Acústica

Gráfico 5.2.24 - Estética

Embora alguns parâmetros tiveram uma resposta bem distribuída, é notório a


insatisfação popular com a inexistência de sombras, caracterizando o local como
desconfortável.

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Percepção do Indivíduo:

Gráfico 5.2.25 - Características de uma árvore que mais chamam atenção dos indivíduos

Gráfico 5.2.26 - Vantagens da Arborização

Gráfico 5.2.27 - Desvantagens da Arborização

32
Gráfico 5.2.28 - Opiniões sobre aceitar a plantação de uma muda na calçada da casa do
indivíduo.

Gráfico 5.2.29 - Opiniões sobre cuidar de uma muda plantada na calçada da casa do
indivíduo.

Gráfico 5.2.30 - Opiniões sobre a possibilidade de apadrinhar uma árvore.

De forma geral, os participantes da pesquisa se sentem atraídas por árvores que


possuem características marcantes como flores, folha e porte. Além disso, a maioria vê

33
vantagens como qualidade do ar, conforto térmico e a possibilidade de usufruir de
sombras durante a estadia no bairro, como as principais vantagens da arborização.
Outro fator interessante é que 54% dos entrevistados acreditam não haver nenhum tipo
de desvantagem na presença de árvores.

Outros dados que comprovam o descrito acima é que a grande maioria aceitaria
uma muda de árvore plantada na calçada da sua residência, cuidaria da muda e poderia
apadrinhar, se houver essa possibilidade. Dessa forma, é possível concluir que um
projeto de arborização para o bairro seria agradável para a maioria das pessoas.

6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PALESTRA

De acordo com o que foi proposto pelas professoras orientadoras do projeto, o


estudo ainda contará com uma palestra no bairro de estudo. O tema abordado será a
arborização do bairro com a finalidade de conscientizar alunos do ensino médio e
educadores da Escola EE Coronel Carneiro Júnior. A palestra será realizada no dia
12/06/2019 às 10:00h para aproximadamente 100 espectadores.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da análise dos dados acima discutidos, alguns pontos merecem atenção
na elaboração do prognóstico para o bairro:

• Programas de educação ambiental foram decisivos para o sucesso do caso de


sucesso de Goiânia analisado, então é interessante abordar estratégias nessa
área;
• As áreas verdes do bairro estão concentradas apenas em praças, logo é
necessário pensar em uma melhor distribuição das futuras plantas;
• Como é possível analisar no anexo sobre as calçadas do bairro, algumas
apresentam-se em pequena extensão o que faz com que a equipe se empenhe em
buscar outras soluções e formas de plantio para que a arborização seja feita sem
atrapalhar o fluxo de pessoas e veículos;

34
• Devido a alta demanda analisada nos questionários, é recomendável escolher
espécies com mais flores, frutos, além de arbustos e áreas gramadas para serem
implementadas no bairro utilizando árvores nativas do bioma;
• Outro fator importante, é a significativa procura e insatisfação com a quantidade
de sombras nas ruas e calçadas, portanto escolher espécies que auxiliem a
resolver este problema;
• Investir na manutenção e melhoria das áreas de preservação permanente e
unidades de conservação para criar um ambiente ecologicamente favorável;
• Abordar estratégias de plantio e manutenção voluntário, já que foram tópicos
bastante aceitos nos questionários e agiliza o serviço da prefeitura na
implementação no projeto;
• Investir em espécies que não atrapalhem a iluminação pública e não ofereçam
riscos à segurança pública. Foco em melhorar as características apontadas como
ruins pela população no questionário e manter as boas;
• Considerar que o acesso à todos os portadores de necessidades especiais deve
ser facilitado, e não dificultado com a implementação do projeto, levando a um
planejamento holístico.

Considerando todos os tópicos abordados, o prognóstico ainda irá seguir as


especificações pré-determinadas no Plano Diretor de Itajubá e as recomendações da
Cartilha de Arborização da Prefeitura de Itajubá juntamente com as legislações vigentes
sobre o assunto.

8. REFERÊNCIAS

Manual Técnico de Arborização Urbana, 2ª edição, de 2.005 - Prefeitura de São


Paulo. Disponível em <> Acesso em 02/05/2019.

REIS, Antonio Esteves dos et al. Plano Diretor de Arborização Urbana de Goiânia.
Goiania, 2008. Disponivel em <
https://www.goiania.go.gov.br/download/amma/relatorio_Plano_Diretor.pdf > Acessp
em 04

RIBEIRO, A. M., FIORI, S., CONHECENDO O PLANO DE ARBORIZAÇÃO


URBANA DO MUNICÍPIO DE GOIOERÊ: UM OLHAR PARA O BAIRRO

35
JARDIM CURITIBA (2018). Disponível em
<https://revistavalore.emnuvens.com.br/valore/article/download/105/118> Acesso em
02/05/2019.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988.


Disponível em
<https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=FA9C7
632CAE488419E7BAE8611005C13.proposicoesWebExterno1?codteor=541213&file
name=LegislacaoCitada+-PL+2897/2008> Acesso em 02/05/2019.

MARTINI, M., PROJETO DE LEI No , DE 2008. Disponível em


<https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=540466>
Acesso em 02/05/2019.

SANTIN, J.R., MARANGON E.G., O estatuto da cidade e os instrumentos de


política urbana para proteção do patrimônio histórico: outorga onerosa e
transferência do direito de construir. História vol.27 no.2 Franca 2008. Disponível
em<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
90742008000200006> Acesso em 02/05/2019.

BRASIL, 2012. Código Florestal Brasileiro. Disponível em:


http://www.jusbrasil.com. br/legislacao/1032082/lei-12651-12 Acesso em 01/05/2019.

ITAJUBÁ, 1994. Disponível em


<http://www.itajuba.mg.gov.br/leis/Lei%201988.pdf> Acesso em 01/05/2019.

CARTILHA DE ARBORIZAÇÃO URBANA DE ITAJUBÁ. Disponível em


<http://www.itajuba.mg.gov.br/semma/pics/Cartilha_Arborizacao_Urbana.pdf>
Acesso em 25/04/2019.

ITAJUBÁ, 2003. Plano Diretor. Disponível em


<http://www.itajuba.mg.gov.br/plano_diretor/plano_diretor.pdf>. Acesso em:

23/04/2019.

9. ANEXOS

Planilha de Medidas de Calçadas:

36
Número do Calçada
Rua Observação Orientação
Quarteirão (m)

Av BPS 1 2,2 Pneusul Vetical

Rua Francico Maceli 1 1,7 Vetical

Tiago Carneiro Santiago 1 1,2 Horizontal

Rua Dr Américo de Oliveira 1 1 Horizontal

Av BPS 2 2 Pneusul Vetical

Rua Antônio Simão Mauad 2 1,5 Vertical

Rua Dr Américo de Oliveira 2 1 Horizontal

Tiago Carneiro Santiago 2 1,5 Horizontal

Rua Antônio Simão Mauad 3 1,5 Vertical

Rua doutor Silvestre Ferraz 3 1,5 Banco do Brasil Vertical

Rua Dr Américo de Oliveira 3 0,8 Horizontal

De 1,5 para 0,8 próximo a


Tiago Carneiro Santiago 3 1,1 Horizontal
esquina

Praça Banco do Brasil 4 Praça Horizontal

Rua Dr Américo de Oliveira 5 1,5 Horizontal

Tiago Carneiro Santiago 5 0,8 Horizontal

Rua Coronel Franciso Braz 5 1,2 Killogrego

Coronel Renó 5 1,5

Coronel Renó 6 1,4

Francisco Pereira Cabral 6 0,8 Lume Vertical

Rua Dr Américo de Oliveira 6 1 Horizontal

Tiago Carneiro Santiago 6 1,1 Em frente a câmara Horizontal

Rua Doutor João de Azevedo 7 1,5 Praça/ escola Horizontal

Rua Dr Américo de Oliveira 7 1,1 Atras da escola/praça Horizontal

Rua Francico Maceli 7 1,5 Vetical

Simão Mauá 7 Praça

Praça Presidente Getúlio


8 2,2 Vertical
Vargas

Rua Doutor João de Azevedo 8 0,9 Horizontal

Rua doutor Silvestre Ferraz 8 4,5 Calçadão Vertical

37
Rua Dr Américo de Oliveira 8 0,8 Horizontal

Rua Coronel Francisco Bras 9 4,5 Calçadão Vertical

Rua Doutor João de Azevedo 9 4,5 Calçadão Horizontal

Rua doutor Silvestre Ferraz 9 4,5 Calçadão Vertical

Dr Américo de Olivera 9 1,1 Nobel Horizontal

Rua Coronel Francisco Braz 10 4,5 Calçadão Vertical

Coronel Renó 10 Praça Vertical

Rua Doutor João de Azevedo 10 4,5 Calçadão Horizontal

Rua Dr Américo de Oliveira 10 1,5 Termina na Praça Horizontal

Francisco Pereira 11 1 Subway Horizontal

Praça do Vadinho 11 Praça Vertical

Rua Doutor João de Azevedo 11 Calçadão Horizontal

Rua Dr Américo de Oliveira 11 Praça Horizontal

AV Coronel Carneiro Jr 12 1,2 Horizontal

Praça Wenceslau Braz 12 2 Vertical

Rua Doutor João de Azevedo 12 1,5 Horizontal

Rua Francico Maceli 12 1 Oiki Vetical

Praça Wenceslau Braz 13 Calçadão Vertical

Rua Doutor João de Azevedo 13 Calçadão Horizontal

Rua doutor Silvestre Ferraz 13 4,5 Calçadão Vertical

Rua Santos Pereira 13 0,7 Horizontal

Rua Doutor João de Azevedo 14 Calçadão Horizontal

Rua doutor Silvestre Ferraz 14 4,5 Calçadão Vertical

Rua Cel Francisco Braz 14 Calçadão Vertical

Rua Santos Pereira 14 0,7 Horizontal

Cel. Rennó 15 1,5 Subindo matriz Vertical

Rua Doutor João de Azevedo 15 Calçadão Horizontal

Rua Santos Pereira 15 0,9 Horizontal

Cel. Rennó 16 2,2 Começa com 2,9 termina 1,5 Vertical

De 2 para 0,8 no mesmo


dr Pereira Cabral 16 1,4 Vertical
quarteirao

Francisco Pereira 16 2,9 Antiga Coxinharia Horizontal

Rua Santos Pereira 16 0,8 Horizontal

38
AV Coronel Carneiro Jr 17 1,2 Horizontal

Major Belo 17 1 Horizontal

Praça Wenceslau Braz 17 1,8 Vertical

Rua Francico Maceli 17 1 Vetical

Major Belo 18 1 Horizontal

Padre Marçal Ribeiro 18 0,8 Horizontal

Rua Francico Maceli 18 1,5 Vetical

Major Belo 19 1 Horizontal

Beira Rio (varia de acordo com


Padre Marçal Ribeiro 19 1,1 Horizontal
as faixadas de loja)

Praça Wenceslau Braz 19 2 Vertical

Beira Rio (varia de acordo com


Padre Marçal Ribeiro 20 0,8 Horizontal
as faixadas de loja)

Praça Wenceslau Braz 20 1,5 Vertical

Rua doutor Silvestre Ferraz 20 4,5 Calçadão Vertical

Rua Santos Pereira 20 0,7 Horizontal

Beira Rio (varia de acordo com


Padre Marçal Ribeiro 21 1 Horizontal
as faixadas de loja)

Rua doutor Silvestre Ferraz 21 4,5 Calçadão Vertical

Rua Santos Pereira 21 0,8 Horizontal

Cel. Rennó 22 1,5 Subindo matriz Vertical

Doutor José Sanches 22 0,5 Estacionamento predio central Horizontal

Rua Santos Pereira 22 1 Horizontal

Cel Francisco Braz 22 1 Vertical

Cel. Rennó 23 1,3 Subindo matriz Vertical

Doutor José Sanches 23 1,1 Horizontal

dr Pereira Cabral 23 0,8 Vertical

Rua Santos Pereira 23 0,8 Horizontal

39
Desenho Esquemático dos quarteirões analisados:

40

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