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• 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral e, às vezes, até ridículas.

ículas. Porém elas foram o ponto de


do assunto; partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas vidas.
interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; Não fique chateado com comentários desagradáveis.
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o
texto pelo monos umas três vezes ou mais; 2º - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas seu meio.
entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura,
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre um bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras
as do autor; cruzadas.
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes)
para melhor compreensão; 4º - Faça exercícios de sinônimos e antônimos.
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo,
parte) do texto correspondente; 5º - Leia verdadeiramente. Somos um País de poucas
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado leituras.
de cada questão;
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente 6º - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão
de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes.
verdadeira, exceto, e outras; palavras que Antes de responder as questões, retorne ao texto para
aparecem nas perguntas e que, às vezes, sanar as dúvidas.
dificultam a entender o que se perguntou e o que
se pediu; 7º - Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao
procurar a mais exata ou a mais completa; parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a
12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar questão está voltada à idéia geral do texto.
um fundamento de lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados 8º - Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do
superficiais; conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro que está escrito.
daquela resposta, mas a opção que melhor se 9º - Tome cuidado com as vírgulas, pois elas podem mudar
enquadre no sentido do texto; o sentido das frases.
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das
palavras denuncia a resposta; 10º - Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões ele nas questões, um detalhe pode invalidar a resposta.
expostas pelo autor, definindo o tema e a Veja o exemplo abaixo:
mensagem; 'Sempre fez parte do desafio do magistério administrar
17. O autor defende idéias e você deve percebê- adolescente com hormônios em ebulição e com o desejo
las; natural da idade de desafiar as regras. A diferença é que,
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do hoje, em muitos casos, a relação comercial entre a escola e
sujeito são importantíssimos na interpretação do os pais se sobrepõe à autoridade do professor'. (VEJA, p.
texto. 63, 11 maio 2005.)
Ex.: Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a Frase para análise.
causa na realização do fato (= morte de "ele").
Ex.: Ele morreu faminto. Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente das
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que escolas privadas. E esse é o grande desafio do professor
"ele" se encontrava quando morreu.; moderno.
19. As orações coordenadas não têm oração
principal, apenas as idéias estão coordenadas 1- Não é mencionado que a escola seja da rede privada.
entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a 2- O desafio não é apenas do professor atual, mas sempre
ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe fez parte do desafio do magistério. Outra questão é que o
ou determinando-lhe o significado. grande desafio não é só administrar os desafios às regras,
isso é parte do desafio, há também os hormônios em
Escrito por Redação ebulição que fazem parte do desafio do magistério.
terça, 18 de novembro de 2008
11º- Observe a mudança de posição de palavras ou de
Interpretação de textos é para
expressões nas frases.
muitos vestibulandos um 'bicho
de sete cabeça', muitos fogem
Exemplos
de exercícios dessa categoria,
pois reclamam que não sabem
a) Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de
interpretar. Porém a
professores.
interpretação de textos é
b) Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de
essencial para as provas do
professores.
Vestibular e um requisito que
c) Os alunos determinados pediram ajuda aos professores.
pode ajudar muito o vestibulando na hora de responder as
d) Determinados alunos pediram ajuda aos professores.
questões.
Pensando nessa dificuldade que muitos têm, o Estudando
Explicações:
Direito enumera algumas dicas para se analisar,
compreender e interpretar com mais proficiência.
a) Certos alunos = qualquer aluno
b) Alunos certos = aluno correto
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós
c) Alunos determinados = alunos decididos
passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu
d) Determinados alunos = qualquer aluno
funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se
familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa
impressão de que ler não faz diferença. Também não se < Anterior Próximo >
intimide caso alguém diga que você lê porcaria. Leia tudo [ Voltar ]
que tenha vontade, pois com o tempo você se tornará mais COMO ESTUDAR
seleto e perceberá que algumas leituras foram superficiais
Estudar não é apenas ler. O fato de ser ter devorado com quadro sinóptico - uma espécie de “radiografia” do texto.
avidez um livro - seja por achá-lo interessante, seja por se
ter pressa em dar conta de seu conteúdo - não significa tê- 2. FICHAMENTO TEMÁTICO - reúne elementos relevantes
lo estudado. Esse tipo de leitura, é, ainda, superficial. Em (conceitos, fatos, idéias, informações) do conteúdo de um
geral, tira-se pouco proveito de imediato e, caso não se tema ou de uma área de estudo, com título e subtítulos
retorne ao texto, muita coisa se perderá alguns dias após a destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto
leitura. estudado ou no seu resumo, ou, ainda, no registro de idéias,
segundo a visão do leitor. As transcrições literais devem vir
Estudar é bem diferente. Significa compreender o que se entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título
leu, meditar sobre os pontos principais, reter o fundamental. da obra, cidade, editora, data, página). As que contêm
Por isso, o estudo requer tempo bem maior que a simples apenas uma síntese das idéias dispensam as aspas, mas
leitura. Mas seus resultados são mais profundos e exigem a indicação completa da fonte. As que trazem
duradouros. simplesmente idéias pessoais não exigem qualquer
indicação.
O estudo exige várias leituras. Num primeiro momento, é
importante fazer uma leitura geral, atenta, para se ter uma 3. FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO - consiste em resenha
visão de conjunto do texto. Geralmente, essa primeira ou comentário que dê idéia do que trata a obra, sempre com
leitura suscita a necessidade de consultar o dicionário, ou indicação completa da fonte. Pode ser feito também a
anotações de aulas/palestras, ou até mesmo outras obras respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado
que estejam ao alcance e que sejam importantes para o segundo o tema ou a área de estudo. O fichamento
entendimento do texto. No entanto, não convém bibliográfico completa a documentação textual e temática e
interromper a leitura para essa consulta, salvo nos casos representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes
em que o desconhecimento de algum termo ou fato e professores.
comprometa a compreensão geral, tornando impossível ou
muito difícil o prosseguimento do estudo. Eis, em síntese, os passos a serem seguidos no estudo:

Mas, mesmo durante a primeira leitura, é útil assinalar as · LER – integralmente e com entendimento (visão de
passagens consideradas mais importantes e fazer conjunto).
anotações ( no próprio texto e às suas margens). Isto nos
permite voltar com maior facilidade aos pontos principais ou · IDENTIFICAR – o tema.
nos chama a atenção para a necessidade de
retomar/aprofundar idéias expressas pelo autor. É · DESTACAR – as idéias principais.
importante, então, termos sempre lápis e caderno à mão,
para assinalar ou anotar palavras desconhecidas, trechos · LOCALIZAR – argumentos, fundamentações, justificações,
importantes, dúvidas que surgem, pontos a serem exemplos ligados às idéias principais.
pesquisados em outra fontes, etc...
· ANOTAR – dúvidas, impressões, associações, etc.,
Num segundo momento, volta-se ao texto, agora para uma despertadas pelo texto, bem como passagens que
leitura mais pausada, buscando sua compreensão, chamaram atenção.
parágrafo a parágrafo, localizando as idéias principais e as
secundárias, tentando reconstruir o processo do · FORMULAR – questões cujas respostas se encontrem no
pensamento do autor e captar a estrutura do texto. texto e/ou questões por ele suscitadas.

Num terceiro momento, cuida-se da interpretação do texto, · RESUMIR – construir um texto sucinto, que contenha as
buscando explicitar os pressupostos que justifiquem a idéias mais importantes do texto estudado.
posição do autor, fazer comparações e associações das
idéias contidas no texto com outras do mesmo autor e de · ESQUEMATIZAR – elaborar um quadro ou sinopse que
outros autores; formar opinião e tomar posição diante das permita visualizar a estrutura, o planejamento do texto,
idéias o autor. Neste caso, a volta ao texto não será expondo suas idéias centrais.
necessariamente um nova leitura (parágrafo a parágrafo),
mas um reportar-se apenas aos trechos ainda não · INTERPRETAR – comparar/associar as idéias do autor
totalmente entendidos, ou aos que contenham idéias (com as pessoais, do leitor; com outras do mesmo autor;
centrais ou aos que mais chamaram atenção. com as de outros autores).

Depois da interpretação vem o quarto momento, o da · CRITICAR – formar opiniões próprias a respeito das idéias
problematização, que consiste no levantamento e do autor, fazer apreciações e juízo pessoal do texto.
discussão de questões explícitas e/ou implícitas no texto.
Finalmente, a síntese pessoal, o quinto momento: a Dependendo do tempo de que se dispõe e da familiaridade
retomada do texto, com discussão, reflexão, crítica e maior ou menor que se tenha com o texto ou tema, é
tomada de posições pessoais. possível deter-se em uns passos mais que em outros, ou
“queimar” alguns, desde que não se perca de vista a
Esses dois últimos momentos poderão ou não exigir necessidade de aprofundamento, para assimilação das
nova(s) leitura (s) do texto como um todo (ou trechos), idéias e adequado posicionamento pessoal. O importante é
dependendo de como se desenvolveram os momentos compreender todo o significado daquilo que se lê e refletir
anteriores e do registro que deles foi feito, e variando, sobre o que se estuda, pois só assim é possível dele nos
também, conforme o grau de complexidade do texto. apropriarmos, aplicando-o de maneira viva às mais diversas
situações.
Os momentos que se sucedem à primeira leitura exigem
mais que as assinalações e anotações feitas no próprio Finalmente, alguns lembretes para a elaboração e
texto ou às suas margens. Requerem um registro mais cumprimento do plano de estudo individual:
sistematizado, através de fichamentos, resumos, resenhas.
1. Definir o que estudar e selecionar a bibliografia
Podem-se destacar três tipos de fichamentos correspondente
determinando por onde começar.
1. FICHAMENTO TEXTUAL - é o que capta a estrutura do 2. Fazer o levantamento do tempo disponível e
texto, percorrendo a seqüência do pensamento do autor e predeterminar um horário.
destacando: idéias principais e secundárias; argumentos, 3. Cuidar para a garantia de algumas condições básicas
justificações, exemplos, fatos etc., ligados às idéias para o estudo:
principais. Traz, de forma racionalmente vizualizável - em · Concentração – evitar ou procurar isolar os elementos de
itens e de preferência incluindo esquemas, diagramas ou dispersão
· disciplina e organização:
- providenciar antecipadamente todo o material necessário
(livro, caderno, lápis, dicionário etc...) Procurar
- cumprir o horário planejado
- fazer anotações e fichamentos Pesquisa avançada
- não deixar de ler índices, prefácios, tabelas, notas de
rodapé, etc...
Publicações

ESTUDO INDIVIDUAL, REFLEXÃO COMPARTILHADA

Sempre que se enfatiza a importância do estudo, fala-se da


necessidade de “fazer cursos”. Estes, sem dúvida, ajudam a
“organizar as idéias”, traçar as linhas gerais da teoria e seus
temas básicos. Contribuem para nossa formação teórica,
ideológica e política, assim como palestras, seminários e
outras situações de debates. Calendário
JUL 2009
No entanto, nada substitui o estudo individual. Ele é D S T Q Q S S
indispensável à preparação e aprofundamento dos temas 1 2 3 4
tratados, contribuindo para o aproveitamento dos cursos e 5 6 7 8 9 10 11
participação em discussões. 12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
É preciso, porém, empenhar-se para enfrentar desafios. 26 27 28 29 30 31
Quando não se tem o hábito de estudo, fica-se
impressionado ao pegar um livro. Pensa-se que só pode ser [Hoje]
lido por quem freqüentou escola durante muitos anos. No
início surgem muitas dúvidas e dificuldades, mas com o Meus Textos
prosseguimento do estudo começa-se a compreender
melhor os textos e a assimilá-los. Acima de tudo é
necessário ter vontade de aprender e não desistir diante 1. Saúde, higiene, educação física e cultura escolar:
dos primeiros obstáculos. um olhar sobre a infância a partir da revista Educação
Daí a importância do estudo individual planejado, Physica (108)
permanente, metódico. Que tal assumir um compromisso 2. Educação física como promoção da saúde:
com o estudo? E se experimentarmos encará-lo como uma
tarefa a ser cumprida com o mesmo rigor que todas as contradições de um discurso (58)
outras? Para isto, nada melhor que estabelecer (e seguir) 3. Intelectuais, Pedagogia e Educação Física no
um plano de estudo individual. As dificuldades iniciais irão
diminuir aos poucos, com paciência e dedicação. Brasil: contribuição de Rui Barbosa, Manoel Bomfim e
Fernando de Azevedo (47)
Mas, convém não fechar-se em si mesmo! É melhor levar
4. A relação dos alunos com os saberes
as dúvidas e dificuldades individuais para discussão no
coletivo. Companheiros mais experientes ajudarão os compartilhados nas aulas de educação física (27)
principiantes. O plano individual terá mais resultado se 5. A revista Educação Physica (1932-1945):
conjugado a um plano coletivo. Uma boa prática é a
formação de grupos de estudo, segundo o interesse por circulação de saberes pedagógicos e a formação do
algum tema ou livro, procurando-se garantir o debate professor de educaçãop física (27)
organizado, dirigido por um roteiro comum. E persistir na
reflexão e no debate.

Cada grupo pode organizar sessões de estudo, na Links Recentes


periodicidade considerada conveniente. Elege-se um
coordenador e um secretário. Os participantes
apresentam/discutem dúvidas, fazem comentários e 1. PROTEORIA (01/6/2009)
decidem se devem voltar ao texto individualmente e realizar 2. UFES (01/6/2009)
novas sessões. Quando necessário, solicita-se a presença
de alguém que tenha mais acúmulo, para expor aspectos
que facilitem a compreensão do texto e para auxiliar a
Site feito com o CMS Xoops
dirimir dúvidas ou reorientar o estudo.

É importante que o grupo estabeleça prazos para


divulgação dos avanços da reflexão compartilhada. Por BIBLIOGRAFIA
exemplo, apresentação de seminários, produção de artigos, BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da língua
monografias, resenhas etc. portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
CARNEIRO, Agostinho Dias. Prática de texto: língua
É este o sentido do estudo programado. portuguesa para nossos estudantes.
Petrópolis: Vozes, 1992.
CUNHA, Celso. CINTRA, Lindley. Nova Gramática do
Índice :: Imprimir Português Contemporâneo. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
Atualizar GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. Rio
de Janeiro: FGV, 1985.
Os comentários são de propriedade de seus respectivos ILARI, Rodolfo. Introdução à semântica. Brincando com a
gramática. São Paulo: Contexto,
autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.
2001.
KOCH, Ingedore. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto,
Pesquisa 1990.
_____________. A coerência textual. São Paulo: Contexto,
1992.
VALENTE, André. A linguagem nossa de cada dia.
Petrópolis: Vozes, 2001.

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