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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO - FACED

CURSO DE JORNALISMO

KAREN KRISTINE FERREIRA MUNIZ - 11611JOR021

O centro e a periferia política e suas vias mediáticas

Resenha apresentada como exigência


parcial para aprovação na disciplina
Teorias da Comunicação II do Curso
de Jornalismo da Universidade
Federal de Uberlândia

UBERLÂNDIA - 2017
O CENTRO E A PERIFERIA POLÍTICA E SUAS VIAS MEDIÁTICAS

MARQUES, Angela C. S. Os meios de comunicação na esfera pública: novas perspectivas


para as articulações entre diferentes arenas e atores. Líbero. Ano XI, no 21 - Jun. 2008. p.
23-36.

Em seu texto “Os meios de comunicação na esfera pública: novas perspectivas para as
articulações entre arenas e atores” a doutora em comunicação social, Ângela Cristina
Salgueiro Marques, discorre inicialmente sobre o conceito de esfera pública e a estruturação
do sistema político definido por Habermas. Sendo a esfera pública um espaço de congruência
comunicativa que inclui discussões formais e deliberativas, informais e cívicas; a estruturação
política para Habermas é disposta em camadas circulares, sendo o centro deliberativo, ou mais
claramente, as instituições e pessoas administrativas que fazem parte do processo político
formal do Estado, e a periferia cívica, cidadãos comuns ou organizações sem poder
deliberativo.

Marques ressalta a transformação da esfera pública que inicialmente era unicamente


uma via de publicação das opiniões e posicionamentos da burguesia, mas que se transformou
e atualmente torna o processo comunicativo mais democrático; o uso das informações e
demandas realizadas na esfera pública deveriam ser também de consulta do poder central para
realizar deliberações, mas como menciona, à luz de outros autores, no contexto brasileiro não
se trata de uma via linear que é consultada para delimitar ações direcionadas a uma
problemática específica.

Para a constituição de uma esfera pública mais participativa os media são essenciais,
pois possibilitam espaço de fala para atores de diversas arenas, tornando públicas e acessíveis
demandas que poderiam não sair do convívio do indivíduo. Entretanto os mass media ainda
selecionam e filtram o que será publicado e ser publicado não necessariamente traz
visibilidade a questão, torna público mas não garante a repercussão.

Segundo a autora, nem mesmo um fluxo ideal entre o poder central e a periferia
garante deliberações perfeitas, pois o processo é constituído de vários indivíduos com
diferentes posicionamentos e problemáticas de interesse, portanto seria inconcebível um
processo perfeito; Porém, no Brasil nem mesmo é de concernimento do poder deliberativo a
importância da esfera pública para o auxílio nas deliberações.

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