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Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco-
nomia mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade
de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços,
ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de
prestação de serviços públicos.
Obs.: Subsidiária é vinculada à empresa principal, parecido com a ideia de matriz e filial,
mas com mais autonomia.
Criação
CF, Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada à
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
5m complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
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Obs.: A lei apenas autoriza, não cria. O mesmo caminho que o Poder Público tem que cum-
prir para uma fundação de direito privado também precisa cumprir para criar uma
empresa estatal.
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar empresa pública unipessoal, na forma
definida no inciso II do art. 5 o do Decreto-Lei n o 200, de 25 de fevereiro de 1967, e no art.
5 o do Decreto-Lei n o 900, de 29 de setembro de 1969, denominada Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares - EBSERH, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio
próprio, vinculada ao Ministério da Educação, com prazo de duração indeterminado.
§ 1º A EBSERH terá sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e poderá manter escritórios,
representações, dependências e filiais em outras unidades da Federação.
§ 2º Fica a EBSERH autorizada a criar subsidiárias para o desenvolvimento de atividades
inerentes ao seu objeto social, com as mesmas características estabelecidas no caput deste
artigo, aplicando-se a essas subsidiárias o disposto nos arts. 2º a 8º, no caput e nos §§ 1º, 4º
e 5º do art. 9º e, ainda, nos arts. 10 a 15 desta Lei.
Obs.: A lei que criou a empresa pública já autorizou, de maneira genérica, as suas subsidi-
árias
Art. 2º A EBSERH terá seu capital social integralmente sob a propriedade da União.
Parágrafo único. A integralização do capital social será realizada com recursos oriundos
de dotações consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer
espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação em dinheiro.
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ATENÇÃO
No entanto, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 1.649-1, fixou entendimento de ser
“dispensável a autorização legislativa proposta pela Constituição para a criação de
10m
subsidiárias de um mesma entidade, desde que a lei que autorizou a criação da empresa
pública e sociedade de economia mista traga em sua redação a possibilidade de ela criar
subsidiárias”.
Isso significa que, se a lei que autorizou a criação da empresa principal, também autorizar a
criação de suas subsidiárias, não há necessidade de edição de leis autorizativas para criar
cada subsidiária.
Na prova, só se pensará nesse entendimento do STF se falar sobre a jurisprudência.
Decisão judicial do STF a constituir suas subsidiárias, mesmo que conste na CF a obriga-
ção de lei autorizativa:
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE 2019/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/PROCURADOR MUNICIPAL) A criação
de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por meio de
atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de autorização
legislativa.
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COMENTÁRIO
Descentralização é diferente de desconcentração. A primeira cria entidade e a segunda,
órgão público. A primeira parte da questão fala de descentralização de forma correta. A
segunda parte dispõe que é preciso ir ao cartório para construir a personalidade jurídica
com a necessidade de lei autorizativa para criar a empresa pública, o que também é correto.
Regime Jurídico
COMENTÁRIO
Regime jurídico é de direito privado. Lembrando que direito privado é abrandado em alguns
momentos em razão de normas de direito público. Empresa pública tem personalidade de
direito privado, portanto a afirmação está incorreta.
COMENTÁRIO
A empresa pública e a sociedade de economia mista são idênticas ao que se refere à
personalidade jurídica.
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Pessoal
ATENÇÃO
O Supremo Tribunal Federal consolidou jurisprudência no sentido da obrigatoriedade da
motivação da despedida de empregado público (RE 589998/PI).
O pessoal é contrato por meio de concurso público, mas o vínculo é de celetista. O STF
tem a tese segundo a qual, para o empregado público ser demitido, precisa ser explicado o
porquê de sua demissão. Se, por um acaso, um funcionário público for demitido e um outro
for contratado sem essa motivação, significa desvio de finalidade da Administração Pública:
é preciso motivar.
O art. 37, XI, CF, estabelece que as empresas públicas e sociedades de economia mista
devem respeitar o teto de remuneração do serviço público.
As empesas estatais ficam vinculadas ao teto remuneratório. No Brasil, existe o teto geral, que
tem como base os subsídios remuneratórios recebidos pelos ministros do STF. Lembrando
que, nos estados e municípios, existem subtetos vinculados a cada poder. Nos estados, se
for no poder executivo, o subteto tem como base o subsídio remuneratório recebido pelo
governador; se for no Poder Legislativo, o subsídio remuneratório do deputado estadual; e,
se for no Poder Judiciário, o subsídio remuneratório tem como subteto a remuneração dos
desembargadores do tribunal de justiça. Em nível municipal, o subsídio remuneratório do
prefeito funciona como subteto.
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no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41,
19.12.2003)
ATENÇÃO
O pessoal que trabalha em empresa ou sociedade de economia mista fica vinculado ao
teto, conforme estabelecido anteriormente. No entanto, se a empresa não receber recurso
público para pagamento de pessoal ou para qualquer tipo de custeio, não é aplicado o teto
remuneratório constitucional.
GABARITO
1. C
2. E
3. E
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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