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Provisões Técnicas

Paulo Pereira Ferreira

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Agenda
 Conceitos Gerais

 Legislação

 Diferenciação de Terminologia

 Cálculo das Provisões Técnicas


 Cálculo a Valor Presente

 Cobertura das Provisões Técnicas

 Aspectos Contábeis

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Conceitos Gerais

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Definição de Provisões Técnicas

 São estimativas dos compromissos financeiros futuros da


seguradora com seus segurados

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Balanço Simplificado

 Posição estática numa determinada data

PROVISÕES OBRIGAÇÕES PASSIVO


BENS
TÉCNICAS (PURO)
ATIVO +

DIREITOS
SOLVÊNCIA CAPITAL
PATRIMÔNIO
+
LÍQUIDO
LUCROS
ACUMULADOS

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Provisões Técnicas

 Provisões Técnicas devem ser dimensionadas num padrão


adequado

Comprometem lucro
Super-dimensionadas
(Investimentos futuros)

Comprometem solvência
Sub-dimensionadas (Saúde financeira)

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Regimes Financeiros

PRÊMIO PRÊMIO POR


($) IDADE
(R.S ou R.C.C)

PRÊMIO
NIVELADO
(Capitalização)

TEMPO
(ANOS)

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Regimes Financeiros

 Repartição Simples ou Caixa


 Os prêmios são suficientes para cobrir somente as despesas com
os pagamentos de benefícios no ano
– Não há Provisões para exercícios futuros

 Repartição de capitais de cobertura

 Os prêmios são suficientes para garantir o valor atual


dos benefícios que venham a ser gerados no ano
(Provisão de Benefícios Concedidos)
– Não há Provisão de benefícios a conceder
 Capitalização

 Os prêmios são suficientes para gerar montantes (Provisões)


que garantem não somente os benefícios iniciados no ano
(Provisão de Benefícios Concedidos) como também os
benefícios que serão gerados no futuro (Provisão de
Benefícios a Conceder)
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Diferenciação Cobertura X Constituição

CONSTITUIÇÃO (Passivo)

 Provisão necessária para arcar com os


compromissos futuros

COBERTURA (Ativo)

 Bens garantidores da Provisão

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Legislação

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Legislação

 Seguradoras, Previdência, Capitalização e Resseguro

 Resolução CNSP 321/2015


 Circular Susep 461/2013
 Circular Susep 462/2013

 Seguro Saúde

 RN 209 de 2009 e suas diversas alterações

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Relação de Provisões Técnicas
 Seguradoras, Previdência e Resseguro. Exceto Saúde

 Provisão de Prêmios não Ganhos (PPNG e PPNG-RVNE)

 Provisão Matemática de Benefícios a Conceder - PMBAC


 Provisão Matemática de Benefícios Concedidos - PMBC
 Provisão de Sinistros Ocorridos e Não Avisados (IBNR)
 Provisão de Sinistros a Liquidar (incluindo o IBNER) - PSL
 Provisão de Despesas Relacionadas - PDR
 Provisão de Excedentes Técnicos - PET
 Provisão de Excedentes Financeiros - PEF
 Provisão de Resgates e Outros Valores a Regularizar – Exceto
Resseguro - PVR

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 Provisão Complementar de Cobertura - PCC
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Relação de Provisões Técnicas

 Saúde

 Provisão para Prêmios ou Contribuições não Ganhas


(PPCNG)
 Provisão de Sinistros a Liquidar
 Provisão de IBNR (PEONA)
 Provisão para Remissão (Somente concedida)
 Outras Provisões Técnicas

Obs: PIP e Provisão de Remissão a Conceder podem ser aprovadas como


Outras Provisões Técnicas

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Relação de Provisões Técnicas
 Capitalização

 Provisão Matemática para Capitalização


 Provisão para Despesas Administrativas
 Provisão para Sorteios a Realizar
 Provisão para Distribuição de Bônus (participação nos lucros)
 Provisão para Resgate
 Provisão para Sorteios a Pagar
 Provisão Complementar de Sorteios

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Últimas Mudanças Legislação Susep

 Obrigatoriedade de cálculo do IBNER


 PPNG será líquida do prêmio destinado aos custos iniciais de
contratação e a DCD poderá ser utilizada como cobertura de
reserva
 Inclui variação cambial na PPNG
 Salvados e ressarcimentos continuam sendo abatidos da PSL,
porém de forma explícita e desde que a seguradora possua dados
suficientes para análise
 Acaba com Outras Provisões Técnicas de Garantia Extendida. A
PPNG será calculada antes do risco iniciar igual a 100% do
prêmio emitido
 Acaba com a PCP, POF e POR, pois representam capital
adicional
 Acaba com a PIC/PIP e cria a PCC, a qual é calculada juntamente
com o TAP, permitindo compensação entre os riscos e o uso da
mais valia dos ativos mantidos até o vencimento
 Obriga a aplicação de juros e correção monetária na PSL judicial
 Os valores das provisões extintas podem ser mantidas até
31/12/2014 a título de Outras Provisões Técnicas
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Diferenciação de Terminologia

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Diferenciação de Terminologia das
Provisões Técnicas

 Quanto ao Regime Financeiro


 Ex.: PPNG X PMBAC

 Status do Participante
 Ex: PMBAC x PMBC

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Diferenciação de Terminologia das
Provisões Técnicas

 Tempo em que são calculadas


 Terminal - Calculada em anos completos
 Balanço - Calculada em qualquer tempo

 Complexidade do Cálculo

 Provisões Matemáticas
 Cálculos atuariais considerados mais complexos

 Outras Provisões
 Cálculos atuariais considerados mais simples

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Diferenciação de Terminologia das
Provisões Técnicas

 Metodologia de Cálculo
 Prospectiva
— Valor atual do compromisso futuro da seguradora menos o
compromisso futuro do segurado
 Retrospectiva
— Saldo acumulado entre os compromissos passados do
segurado menos os compromissos passados da
seguradora
 Recorrência

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Diferenciação de Terminologia das
Provisões Técnicas

 Compromissos Assumidos
 Pura ou Completa
— Calculada pelo Prêmio Puro (líquida dos riscos assumidos)
 Carregada
— Calculada pelo Prêmio Comercial (líquida dos riscos
assumidos e dos carregamentos para despesas)
 Zilmerada

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Diferenciação Cálculo das Provisões Técnicas

Exemplo:
SEGURO TEMPORÁRIO POR 1 ANO PAGO EM 7 PARCELAS
MENSAIS
 Prêmio comercial anual = 
 Sinistralidade = 70% 
 Comissão = 10%  paga nas parcelas
 D.A. média = 20% 

 Sendo 75% no 1º mês
12

 e 15% nos demais meses
12
 Cálculo da Provisão ao final do 6º mês

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Diferenciação Cálculo das Provisões Técnicas
1) PROVISÃO PURA
 Método Retrospectivo

6x 70%
 - 6 x 70%  =25% 
7 12
 Método Prospectivo
6 
x 70%  - 1 x 70% = 25% 
12 7
2) PROVISÃO CARREGADA
 Método Retrospectivo
  - 5 x 15%  - 6 x 10%  = 29,6% 
6x - 6 x 70%  - 75%
7 12 12 12 7
 Método Prospectivo
6   
x 70%  + 6 x 15% +1 x 10% - 1 x = 29,6% 
12 12 7 7

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Diferenciação de Terminologia das
Provisões Técnicas
 Tempo em que ocorre o Sinistro

1- Ocorridos e avisados  Provisão de Sinistros a Liquidar,


antes da data t e ainda Benefícios Concedidos
não pagos

2- Ocorridos antes da  Provisão de Sinistros Ocorridos,


data t, porém não Mas Não Avisados (IBNR)
avisados até esta data

3- A ocorrer após a data  Provisão de Prêmio Não


t e referentes a Ganhos, Benefícios a Conceder
apólices vigentes
nesta data

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Diferenciação de Terminologia das
Provisões Técnicas
 Conceito Único
 Saldo médio real da operação em favor do segurado

 Critério Único de Cálculo:


Saldo Real
 Provisão Carregada de Balanço

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Resgate da Provisão Técnica

 O que deve ser resgatado


Reserva Carregada

 Cuidado
Anti-seleção no resgate pode tornar o resgate inviável
apesar de matematicamente justo

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Cálculo das Provisões Técnicas

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Cálculo das Provisões Técnicas

 Regulamento do Decreto-Lei Nº 806 de 4 de setembro de 1969 que


dispõe sobre o exercício da profissão de atuário

 Art. 4º - O exercício da profissão de atuário compreende,


privativamente:

I - A elaboração dos planos e a avaliação das reservas


técnicas e matemáticas das empresas privadas de seguro,
de capitalização, de sorteios, das instituições de Previdência
Social, das Associações ou Caixas Mutuárias de Pecúlios
e dos órgãos oficiais de seguro e resseguros

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Provisão de Prêmios não Ganhos

 Dimensionamento não problemático através do método


“pro-rata”, se a estrutura tarifária estiver correta

Prêmio ganho no (1-k)P Provisão de Prêmios não


período de kP Ganhos ao final do período de
apuração
apuração
Prêmio emitido P Risco
Vigência do Risco

Período de Apuração
Data de
constituição da
Provisão

k: Proporção de vigência do risco dentro do período de apuração

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Provisão de Prêmios Não Ganhos
 Cálculo aproximado para riscos mensais

ANO X1 ANO X2

1 2 3 … 10 11 12 1 2 3 … 10 11 12
P01/X1
P02/X1
P10/X1

P11/X1
1 P12/X1
P12/X1 2
Provisão de Prêmios não Ganhos
ao final do ano X1

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PPNG - RVNE
 Deve ser estimado o quanto a seguradora deixa de constituir
de PPNG por ter atrasado a emissão. Estimativa a partir do
histórico de atraso de emissão, podendo utilizar os triângulos
de run-off
 Deve ser estimado, também, o prêmio que deixa de ser
emitido. Tal prêmio é contabilizado como prêmio estimado

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Provisão de Sinistros a Liquidar
 SITUAÇÃO LEGAL
 Valor acordado entre seguradora e segurado
ou
 Valor reclamado pelo segurado, caso não impugnado pela
seguradora
ou
 Média entre valor reclamado e o oferecido pela seguradora
em caso de divergência
ou
 Valor de sentença transitada em julgado

Obs.:
 Nos seguros de Responsabilidade Civil, o valor
máximo por vítima e por tipo de dano;

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Provisão de Sinistros a Liquidar

Individuais
— Em geral efetuadas pelo departamento de
sinistros com auxílio dos reguladores
ESTIMATIVAS — Tendência de utilização de sistemas
especialistas
Por Médias
— Valores obtidos a partir da experiência própria
ou de mercado, para carteiras massificadas

 Despesas com Sinistros


Devem ser incluídas na estimativa

 Recuperações
As estimativas de recuperações podem ser deduzidas

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Provisão de Sinistros Ocorridos Mas Não
Avisados

 Provisão de Sinistros Ocorridos Mas Não Avisados

(IBNR = Incurred But Not Reported)

IBNR Puro (IBNYR)


IBNR
(Total) Provisão para cobrir erros
nas estimativas da PSL (IBNER)

Cálculo efetuado de forma agregada através de projeção


estatística realizada a partir dos triângulos de “Run-Off”

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Provisão de Sinistros Ocorridos
Mas Não Avisados
 Provisão IBNR (total)

Triângulo " Run-Off "

Ano de Liquidação
0 1 2 ...... k
Ano
0 C00 C01 C02 ..... C0k
de
1 C10 C11
.. C. 12 Nº de Sinistros
Ocorrência .. ..
.. .
.
k ?
Ck0 Valores de
Sinistros

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Método do Desenvolvimento De Sinistros
Pagos - IBNR
 Passos Básicos
1. Ordenar os sinistros pagos por ano de ocorrência, em
formato triangular

Companhia de Seguros XYZ - Ramo ABC


Sinistros Pagos Acumulados
Ano de Desenvolvimento Anual Projeção
Ocorrência 0 1 2 3 4 Final
1994 4.212 7.541 9.351 10.639 11.536 ???
1995 4.901 8.864 10.987 12.458 ???
1996 5.708 10.268 12.699 ???
1997 6.093 11.172 ???
1998 6.962 ???

 7.541 / 4.212 = 1,790


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Método do Desenvolvimento de Sinistros
Pagos - IBNR
2. Calcular os fatores de desenvolvimento e suas médias

Companhia de Seguros XYZ - Ramo ABC


Sinistros Pagos Acumulados
Ano de Desenvolvimento Anual
Ocorrência0-1 1-2 2-3 3-4 4-final
1994 1,790 1,240 1,138 1,084
1995 1,809 1,240 1,134
1996 1,799 1,237
1997 1,834
MS - Todos 1,808 1,239 1,136 1,084 -
MS - 3 anos 1,814 1,239 - - -
MS - Máx. e Mín. 1,804 1,240 - - -
MP - Todos 1,810 1,239 1,136 1,084 -

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Método do Desenvolvimento de Sinistros Pagos
- IBNR
3. Selecionar fatores para cada intervalo de desenvolvimento e acumulá-los
Companhia de Seguros XYZ - Ramo ABC
Sinistros Pagos Acumulados
Ano de Desenvolvimento Anual
Ocorrência 0-1 1-2 2-3 3-4 4-final
1994 1,790 1,240 1,138 1,084
1995 1,809 1,240 1,134
1996 1,799 1,237
1997 1,834
MS - 3 anos 1,814 1,239 - - -
MS - Máx. e Mín. 1,804 1,240 - - -
MP - Todos 1,810 1,239 1,136 1,084 -
Fator Selec. 1,804 1,239 1,136 1,084 1,103
Fator Acum. 3,036 1,683 1,358 1,196 1,103
1/Fator Acum. 32,9% 59,4% 73,6% 83,6% 90,7%

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Método do Desenvolvimento de Sinistros Pagos -
IBNR

4. Projetar os sinistros finais, a partir dos sinistros pagos

Companhia de Seguros XYZ - Ramo ABC

Fatores de
Ano de Sinistros Projeção
Desenvolvimento
Ocorrência Pagos Final
Acumulados
1994 $ 11.536 1,103 $12.724
1995 12.458 1,196 14.900
1996
1997
12.699
11.172 X 1,358
1,683 = 17.245
18.802
1998 6.962 3,036 21.137
Total 54.827 84.808

Provisão de Sinistros Total = 84.808 – 54.827 = 29.981

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Provisões Matemáticas de Benefícios
a Conceder, Benefícios Concedidos

 ESTIMATIVAS TABULARES
São Provisões para pagamentos em parcelas de longo prazo.
As Provisões são estimativas com auxílio de Tábuas Biométricas
(Mortalidade e Invalidez) e Taxa de Juros

 RECÁLCULO
Deve ser feito periodicamente utilizando hipóteses mais atualizadas
das Tábuas Biométricas e das Taxas de Juros. A diferença deve ser
incorporada na Provisão Complementar de Cobertura

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Provisões Matemáticas de Benefícios
a Conceder, Benefícios Concedidos

EXEMPLO: SEGURO DE VIDA INTEIRA PAGAMENTO LIMITADO

 Idade Contratação = 40 anos


 Capital Segurado = R$ 10.000
 Tempo de pagamento do prêmio = 20 anos
 Prêmio Puro Anual = R$ 90
 Taxa de Juros = 6% ao ano

Provisão após 3 anos:


 t
 1 
V   t P43 q43  t
3 40  R$ 10.000    
t 0  1,06 
t
16
 1 
 t P43  R$ 90   
t 0  1,06 

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Provisão Para Despesas Relacionadas

 Deve cobrir as despesas administrativas futuras não incorporadas na


Provisão Matemática ou na PSL

 Não conduz exatamente ao conceito de Provisão Carregada, pois incide


somente sobre os benefícios passados e ainda não pagos e os futuros

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Provisão Complementar de Cobertura
 A PCC substitui a antiga PIC (Provisão de Insuficiência de Contribuição)
 Cálculo realizado junto com o Teste da Adequação de Passivos (TAP),
onde todas as receitas e despesas devem ser projetadas com
premissas realistas e trazidas a valor presente pela taxa a termo livre de
risco
 Se o fluxo futuro for superior às Provisões Técnicas constituídas, a
diferença deve ser alocada como PCC
 Teste feito de forma segmentada por tipo de risco e garantia de
mortalidade, juros, etc. Nova legislação mudou substancialmente a
segmentação, permitindo a compensação entre todos os riscos e
somente separando o risco das contribuições futuras, as quais não
podem compensar eventuais perdas das contribuições vigentes
 Inclusive os planos do tipo PGBL/VGBL na fase de contribuição podem
gerar deficiências, pois o fundo inicial, acrescido das contribuições
futuras, é projetado para a data da aposentadoria, onde a premissa
realista de juros e mortalidade pode gerar perdas para a seguradora em
relação à premissa contratual de conversão em renda
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Cálculo a Valor Presente

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Como é Realizado Sob o Enfoque Legal

 Para as Provisões Matemáticas deve ser utilizada a taxa de juros


garantida no contrato
 Somente Previdência e Vida Longo Prazo possuem essa
característica
 Para a PCC, calculada no TAP a Susep exige o uso da taxa a termo livre
de risco
 Para as demais Provisões não há previsão legal nem restrição quanto
ao desconto financeiro
 Na prática aplica-se sempre o desconto financeiro na PDR de
Previdência e nunca se aplica desconto nas Provisões para os
valores devidos a curto prazo na Previdência
 As Provisões de Sinistros são descontadas por algumas
seguradoras, sendo usadas diversas taxas de desconto

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Como Deve Ser Realizado Sob o Enfoque
Realista
 Deve ser considerada a remuneração dos ativos em carteira e a
projeção de juros para as possíveis recompras
 Fundamental para os produtos com excedente financeiro
 A seguradora não pode contabilizar uma Provisão Matemática inferior à
Provisão calculada com premissas legais, pois em caso de resgate o
segurado tem direito à Provisão com premissas originais
 O desconto das Provisões de Sinistros deve ser feito após a projeção de
correção monetária e juros devidos

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Cobertura das Provisões Técnicas

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Cobertura das Provisões Técnicas
 Legislação

— Resolução CMN 3.308/2005 – determina limites máximos nos


segmentos possíveis para aplicação dos recursos: renda fixa,
renda variável e imóveis;
— Resolução CMN 3.358/2006 – altera o regulamento anexo à
Resolução CMN 3.308;
— Resolução CMN 3.557/2008 – Remete a legislação das
Resseguradoras à Resolução CMN 3.308, ou seja, a mesma das
Seguradoras;
— Resolução CNSP 226/2010 – Define critérios para a realização
de investimentos;
— Circular Susep 452/2012 – Define os ativos redutores da
necessidade de cobertura das Provisões Técnicas.

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Cobertura das Provisões Técnicas
 Principais Limites de Cobertura

— Renda Fixa – de 5% a 100%, dependendo do nível de risco;


— Renda Variável – de 3% a 49%, dependendo do nível de risco;
— Imóveis – 8%.

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Cobertura das Provisões Técnicas
 Ativos Redutores

— Direitos Creditórios: Prêmios fracionados não vencidos,


respeitado o limite de 100% da PPNG, líquido da proporção de
resseguro cedido;
— Prêmio de Resseguro Diferido (equivalente a PPNG do
resseguro), líquido dos prêmios de resseguro a vencer e
vencidos;
— Fluxo esperado de sinistros de resseguro ocorrido e ainda não
pago pelo ressegurador;
— Parcela da Provisão de Insuficiência de Cobertura a cargo do
ressegurador.

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Cobertura das Provisões Técnicas
 Ativos Redutores – Observações

— A seguradora pode utilizar direitos creditórios referentes a riscos


vigentes e não emitidos, mas deve manter um estudo atualizado
que comprove a sua adequação;
— A partir do IFRS, a constituição das Provisões Técnicas passou a
ser feita pelo valor bruto de resseguro, daí a lógica de utilizar os
ativos de resseguro como redutores de cobertura.

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Aspectos Contábeis

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Caixa e Competência

Compromisso futuro Seguradora A


- Compromisso futuro Segurado B
= Provisão C

Provisão Competência A
- Direitos Creditórios B
= Provisão CAIXA C

OBS:
 Na Previdência, o regime de contabilização das contribuições
é semelhante ao de caixa e as Provisões são calculadas líquidas
dos prêmios futuros

 Nas seguradoras o regime é de competência e as


Provisões de Prêmios Não Ganhos não são nem completas
nem carregadas e sim simples diferimento da receita
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Composição da Provisão Técnica no
Resultado

 PROVISÕES DE OSCILAÇÕES

 Foram extintas e afetavam o resultado no Brasil

 No USGAAP são consideradas adequadamente como Capital e não


afetam o resultado

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Composição da Provisão Técnica no
Resultado
 PROVISÃO PURA X PROVISÃO CARREGADA

 Provisão carregada reflete o resultado real da operação

 Cuidado, pois o lucro futuro deve ser incluído como despesa na


provisão carregada para que o lucro futuro não seja todo distribuído
hoje, e exista um fluxo de lucros a serem distribuídos no futuro

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Composição da Provisão no Resultado
 DESCONTO DE SALVADOS NAS PROVISÕES DE SINISTROS

 Possível, inclusive no USGAAP

 Cuidado no cálculo da provisão de sinistros, para os salvados que já


estão reconhecidos no Ativo

 DESCONTO FINANCEIRO NAS PROVISÕES DE SINISTROS

 Apropria todo o lucro financeiro futuro nas provisões para o momento


atual. Não é muito comum fora do Brasil, apesar de ter um sentido
econômico. Algumas empresas no exterior chegam a contabilizar o
valor futuro

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Principais Causas de Insolvência

Deficiência nas Provisões técnicas


51%
(forte ligação com tarifas inadequadas)

Crescimento muito acelerado 10%

Fraudes
3%
(Inclui desonestidade na administração)

Mudanças significativas no negócio


3%
(novos produtos, expansão geográfica, etc.)

Perdas catastróficas 3%
Superavaliação dos ativos 2%
Outras 28%
100%

Fonte: Estudo “BEST” envolvendo 218 insolvências de


seguradoras não-vida nos EUA no período 1999-2002

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