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Gestão de Riscos

Atuário

Segundo definição da OIT (Genebra):


 “É o profissional que aplica seus conhecimentos de matemática,
estatística e finanças no projeto e operação de planos de
previdência e de seguros”.

Segundo a “International Actuarial Association” (IAA)


 “O atuário utiliza as Teorias Financeira e das Probabilidades para
estabelecer os limites de segurança na gestão de riscos, da forma
mais precisa possível”.
Teoria das Probabilidades
(Estatística)
ATUÁRIA = +
Matemática Financeira
(Finanças)
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Atuário em Dados
 Tipos de Atuário
Profissional especializado na área de vida
Atuário (seguros, fundos de pensão, previdência
Vida social), utilizando modelos determinísticos
(Tradicional) para avaliação do risco.

Atuário Profissional especializado na área de seguros


de ramos elementares (não vida), utilizando
de
modelos estocásticos para avaliação de riscos
Seguros

Profissional especializado na área de gestão


financeira, utilizando modelos estocásticos para
Atuário avaliação de riscos, baseados numa síntese das
Financeiro abordagens atuarial (teoria do risco) e financeira
(CAPM, OPM, “Portfolio Selection” etc)

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Atuário em Dados
 Onde trabalha?

Governo
Bancos
Fundos
de
Pensão Corretoras
de Seguro/ Empresas
Seguradoras/Resseguradoras Resseguro de
Consultoria
e Auditoria
 Entidades de Classe

Nacional: Internacional:
Instituto Brasileiro de International Actuarial
Atuária - IBA Association - IAA
Rio de Janeiro Bruxelas

 Atuário mais conhecido (?) Dica:


 Pioneiro no desenvolvimento de
Edmund Halley metodologia científica para construção de
tábuas de mortalidade 4
Importância do Seguro e Consequentemente do Atuário

 Permite o gerenciamento de riscos de forma mais


eficiente
 Reduz ou atenua as perdas dos agentes
 Aumenta a paz de espírito de pessoas e instituições,
além de promover a estabilidade financeira
 Em paralelo ao governo, promove a prestação de
serviço nas áreas de segurança e proteção social
 Facilita o comércio, apoiando as empresas e o
crescimento econômico
 Mobiliza e estimula a poupança doméstica
 Promove uma alocação mais eficiente do capital e o
desenvolvimento dos serviços financeiros

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Dados da Indústria de Seguros

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Dados da Indústria de Seguros

2003 2012
Indicadores Valores Ranking Valores Ranking
Vida/PIB 1,30% - 2,00% -
Não Vida/PIB 1,70% - 1,70% -
Total/PIB 3,00% 51 3,70% 42
Vida/População (US$) 36 - 225 -
Não Vida/População (US$) 47 - 188 -
Total/População (US$) 83 55 414 45
PIB per Capta (US$) 2.795 - 11.317 -

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Aumento da Competição Entre Seguros
e Outros Serviços Financeiros

Poupança Riscos Custo /


e Benefício
Proteção Bancos

Fundos
Mútuos
Proteção
renda
patrimônio Corretoras
saúde de Valores

Investimento/ Seguradoras
Poupança
Outros
Competidores

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Principais Problemas
na Indústria Seguradora

Operação excessivamente cartelizada por muitos anos


- Limitada variabilidade de produtos

- Canais de distribuição ineficientes

- Underwriting pouco desenvolvido

- Baixa produtividade

- Pouca especialização

- Monopólio de resseguros
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Oportunidades Estratégicas

SEGURO DE AUTOMÓVEL

 Apenas 25% da frota brasileira de 75 milhões de


veículos é segurada
 Regulamentação do seguro popular
(possibilidade de uso de peças usadas) pode
levar esse percentual para 40%
 Grande crescimento na venda de novos
veículos

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Oportunidades Estratégicas
REFORMA DA SEGURIDADE SOCIAL

1 – O sistema estará sempre sob reforma

2 – Possibilidade de Privatização do Seguro de Acidentes de


Trabalho

3 - Receita da Previdência Social em 2013 = R$ 313,7 Bilhões

4 – Déficit da Previdência Social em 2013 = R$ 51,2 Bilhões

5 - A razão Ativos / Inativos decresceu de 5:1 em


1974 para 2:1 atualmente

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Oportunidades Estratégicas
Crise na Previdência Pública

1 – O déficit somado na Previdência Pública da União (R$ 60


Bilhões) ao dos Estados/Municípios (R$ 50 Bilhões) é
bastante superior ao da Previdência Social, só que com
muito menos participantes

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Oportunidades Estratégicas

BANK ASSURANCE

- Nível de sofisticação de serviços bancários comparável aos


padrões internacionais
- Uso expressivo de tecnologia
- Bancos de dados de clientes

SUPRESSÃO DA CORRETAGEM OBRIGATÓRIA

- Expressivo desenvolvimento de bank assurance


- Desenvolvimento de novas estratégias de marketing e
vendas ( venda direta )

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Principais Funções numa Empresa de Seguros

Projeto e
Desenvolvimento
de Produtos
Produção e Finanças e
Distribuição Investimentos

Gerência de Produtos Administração


Serviços
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Desenvolvimento de Produtos
Competição

Avanço
 “Mola Propulsora” Tecnológico
Necessidades dos
Consumidores

 A competição contra grandes e


bem estabelecidas seguradoras
requer inovação no projeto e
desenvolvimento de produtos.

 Este é um incentivo para o


empreendedor e para as
pequenas ou novas companhias
seguradoras, no sentido de
oferecer ao mercado novos
produtos ou aperfeiçoamento
daqueles já existentes.
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Desenvolvimento de Produtos
 Necessidades do Consumidor
 Produto “legível”
 “Empacotamento” de coberturas
 Estatísticas comparáveis
Coberturas  Provadas jurídicamente
Padrão  Facilidades de liquidação no
caso de várias apólices

VANTAGENS
de diferentes seguradoras
X  Simplicidade para corretores
 Economia
Coberturas
 Flexibilidade
Específicas  Competição
Restrições do órgão fiscalizador

Mudanças ambientais demandando novas formas de


cobertura

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Produção e Distribuição

Marketing Todas as empresas devem ter uma


estratégia de marketing, explícita ou não!

O setor de marketing deve descobrir as


necessidades dos produtores e
consumidores e adequar os produtos a
essas necessidades!

Propaganda
Por vezes confundida com marketing!

Pesquisa de
marketing Forma de acessar as necessidades do
consumidor

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Decisões Chave de Marketing

 Que clientes vamos servir ?

 Com que produtos e serviços?

 Com quais canais de distribuição ?

 Com que preço ?

 Com que tipo de comunicação com os clientes ?

 Com qual nível de qualidade de serviços aos clientes ?

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Canais de Distribuição

 Corretores

 Agentes Independentes

 Agentes Exclusivos

 Venda Direta

 Telemarketing

 Mala Direta

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Distribuição de Seguros de Vida - EUA

Tendência de crescimento acelerado dos métodos


não tradicionais de distribuição

Agente Corretor Banco Consultor  Mala direta/


tradicional Financeiro telefone
de Vida  Tecnologias
interativas
 Força de
vendas não
comissionada

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Gerência de Produtos
Gerência das operações internas que lidam com tarifação,
seleção e transferência de riscos.
 Tarifação
 Custo do produto só conhecido a posteriori!

Dados passados de sinistros gerando


Filosofia prêmios presentes, adequados para pagar
sinistros futuros.

Cobrir custos
Seletividade
Requisitos Incentivar controle de perdas
Competitividade
Satisfazer legislação (solvência)
Acessível ao consumidor

Processos “Rating Bureaus” (Birôs de taxação)


de Avaliações internas (atuariais)
Tarifação Legislação

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Serviços

 Sinistros

 Jurídico  Atuária

 Auditoria  Informática

 Gerência
de riscos

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Administração

 Planejamento e Desenvolvimento

Metas: Direção O que a empresa deseja ser

Como atingir? Como vai atingir

Que etapas e quando


Corpo Gerencial
Quem deve agir

 Recursos Humanos
 Contabilidade
 Outras
 Administração de sucursais; relações com mercado...

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$

Finanças e Investimentos

 Estratégia de investimentos

 Gestão de portfólios de investimentos

 Administração do fluxo de caixa

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Fatores de Sucesso na Operação
de Seguros

Desenvolvimento de produtos

Marketing e vendas
Especificidade
fundamental
Underwriting
da atividade
Capacitação
seguradora
em: Processamento de apólices

Processamento de sinistros

Tecnologia de informação

Investimentos

Gestão

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Qual é o nosso produto?

 TRANSFERÊNCIA DE RISCO (TANGÍVEL)


 TRANQUILIDADE (INTANGÍVEL)

ESSÊNCIA DO PRODUTO: RISCO

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Riscos
O QUE É RISCO ?

ESPECULATIVOS
(Finanças; Jogos)
RISCOS

PUROS
(Seguros)

POSSIBILIDADE DE PERDA
ECONÔMICA, FUTURA,
INCERTA E INVOLUNTÁRIA

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SELEÇÃO
DE RISCOS

TÉCNICA DE SEGUROS
=
“UNDERWRITING”
=
GESTÃO DE RISCOS

TRANSFERÊNCIA
PRECIFICAÇÃO DE
DE RISCOS RISCOS

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Princípios de “Underwriting”

 “Underwriting” é o processo de avaliação de riscos, seleção de


seguros, precificação e determinação de condições e cláusulas
de apólices de seguros.

UNDERWRITING É O SEGURO !

“STAFF”
ATIVIDADES (ASSESSORIA)
DE
UNDERWRITING LINHA
(EXECUTIVA)

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Atividades Típicas de “Staff”
 Formulação da política de “underwriting”
 Análise da experiência das carteiras
 Pesquisa e desenvolvimento de novas coberturas e condições de
apólices
 Elaboração de planos tarifários
 Preparação de manual de procedimentos de “underwriting”
 Condução de auditorias de “underwriting”
 Participação em associações e birôs
 Treinamento de underwriters

Atividades Típicas de Linha


 Seleção de segurados
 Determinação das coberturas e classificação dos riscos
 Determinação do preço
 Apoio ao produtor e ao segurado

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Formulação da Política de “Underwriting”
 Centralização X Descentralização
 Aceitação, emissão e liquidação
 A política de “underwriting” consiste em:
 Carteiras a serem operadas
 Mix de negócios + Segmentação
 Regiões a serem desenvolvidas
 Condições e tarifa
 Normas de aceitação!
 Fatores limitantes
 Capacidade
 Nível de solvência
 Legislação
 Pessoal
 Resseguro

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Seleção de Riscos

 Não existem 2 riscos iguais


 Cada risco tem seu preço
 Quando o seguro é procurado pelo segurado existe o risco de
antisseleção
 O seguro deve ser vendido a partir de políticas de seleção
 Se a seguradora não seleciona o risco, o mercado
antisseleciona contra ela

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Decisão de Preço - os três C’s

CUSTOS Diretoria CONCORRENTES


da
Empresa
Enfoque “Inteligência” de
Decisão
Técnico / Mercado
Estratégica
Financeiro

CONSUMIDORES

Pesquisa de Mercado
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Princípios de Tarifação de Seguros
Principais requisitos, sob o ponto de vista comercial, de um sistema tarifário:
 Estabilidade
 Flutuações não abruptas de preço de ano para ano
 Distribuir perdas catastróficas por todo o portfólio de riscos e/ou via resseguro
 Calcular taxas com base em experiência de longo prazo
 Sensibilidade a variações temporais no risco
 Ex: Roubo crescente de veículos no tempo, custos médicos crescentes no
tempo
 Incentivo ao controle de perdas
Prevenção de Diminuiçãoção na frequência
Controle de perdas de sinistros
perdas
Redução no valor Diminuição no valor do
de perdas sinistro

 Provisão para oscilação no risco


 Feito através de “carregamento” atuarial
 Simplicidade
 Maior aceitação pelos produtores
 Maior facilidade operacional

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Principais Requisitos
(sob o ponto de vista do Órgão Fiscalizador
(SUSEP), de um sistema tarifário)

Tarifas devem ser:


 Adequadas sob o ponto de vista da solvência
Tarifa inadequada Insolvência

Tarifas muito baixas em Sintoma de tentativa de


regimes competitivos monopolização do mercado
 Justas sob o ponto de vista de preço
 Cabe ao órgão fiscalizador zelar para que o consumidor de seguros
não seja explorado
 Não injustamente discriminatórias
 Para assegurar a seletividade, as tarifas são necessariamente
discriminatórias
 Deve-se procurar, através de metodologia atuarial, os fatores
tarifários que influenciam a experiência do seguro
 Critério Brasileiro:
 Liberdade tarifária
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Equilíbrio Tarifário

Preço baixo
Preço alto
Antisseleção
Insolvência Não massificação
Insolvência
Oscilação negativa Não absorção de
de risco custos fixos

Insolvência
SOLUÇÃO
Atuarialmente

Preço justo Mercadologicamente

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