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Onde Investir Fundos de renda fixa

Fundos com crédito


privado na carteira
superam o CDI com folga
em fevereiro; veja
retornos
Especialistas avaliam que rentabilidades
seguirão boas, mas que deverão perder
um pouco de força após queda
expressiva dos spreads dos títulos

Bruna Furlani
07/03/2024 08h00 • Atualizado 4 horas atrás

Após uma sequência de mudanças que


afetaram em cheio o mercado de crédito
privado, fundos que possuem esses tipos de
papéis na carteira superaram com folga o CDI
(taxa de referência da classe). Em fevereiro, a
maior parte dos fundos de renda fixa com essa
característica entregou rentabilidade de até
1,09%, bem acima dos 0,80% entregues pelo
CDI no mesmo período. Os dados são da
Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O melhor resultado foi obtido por fundos de


renda fixa duração média crédito livre. Na
sequência, vieram os fundos de renda fixa
duração livre crédito livre, com retornos médios
de 1,06%, e fundos de renda fixa duração baixa
crédito livre, com rentabilidade de 0,99%.

Apenas fundos de renda fixa duração alta


crédito livre encerraram o mês passado abaixo
do CDI no mesmo período, com ganhos de
0,76%.

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ferramentas para
fortalecer oferta de
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privada

Novidades foram apresentadas no


Insurance Day 2024, evento voltado ao
desenvolvimento do ecossistema de
seguros

Tipos de fundos de renda Retorno mé


fixa (%)

Renda Fixa Duração Baixa


0,99
Crédito Livre

Renda Fixa Duração Média


1,09
Crédito Livre

Renda Fixa Duração Alta


0,76
Crédito Livre

Renda Fixa Duração Livre


1,06
Crédito Livre

Fonte: Anbima

Rodrigo Marcatti, CEO da Veedha


Investimentos, afirma que há três motivos que
ajudaram a impulsionar os ganhos de fundos
de renda fixa com crédito na carteira no mês
passado.

Carrego: O primeiro seria o carrego (quanto


um ativo de renda fixa gera de rendimentos
diariamente até a data de vencimento) elevado
dos fundos. O executivo explica que os
gestores estão carregando títulos que foram
marcados com taxas piores durante o estresse
causado por Americanas e Light. Agora, diz, os
fundos estão incorporando os rendimentos
desses títulos com ganhos mais elevados do
que esperados inicialmente.

Tributação de fundos de “super-ricos”:


Marcatti lembra que as mudanças na
tributação de fundos exclusivos fechados no
fim do ano passado, por exemplo, geraram um
fluxo comprador de investidores mais
endinheirados para papéis isentos de renda
fixa, de olho em fugir da cobrança do come-
cotas (antecipação semestral do IR) em alguns
fundos. Como resultado, os spreads (juros
adicionais que um ativo de crédito oferece em
relação ao dos títulos públicos, considerados
de baixo risco) de títulos recuaram.

Restrição a isentos: Na sequência, vieram


restrições impostas pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN) a alguns tipos de emissões no
começo de fevereiro (e que foram amenizadas
um mês depois). As medidas reforçaram uma
procura maior por debêntures incentivadas,
que possuem a isenção de IR para pessoa
física, e por debêntures tradicionais, que não
apresentam esse tipo de benefício tributário.

Como ficam os fundos daqui


para frente?
Após tamanhas mudanças e rearranjos de
fluxo, Marcatti avalia que é possível que a
indústria veja uma quantidade de fundos de
crédito fechando para novas aplicações. “Se
tiver uma corrida muito forte para isentos e
uma entrada grande de capital, veremos alguns
fundos fechando, porque os gestores terão
uma certa dificuldade de alocação em relação
aos papéis disponíveis no mercado”, afirma o
CEO.

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O executivo também argumenta que, se a


gestão aumentar muito o patrimônio líquido do
fundo, o carrego poderá ficar mais diluído. “O
gestor vai ter que comprar novos papéis com
spread menor. Assim que eles entrarem na
carteira, o carrego médio do portfólio vai ficar
mais baixo”, lembra.

Outra questão envolve o retorno dos produtos


pelos próximos meses. João Arthur Almeida,
CIO da Suno Wealth, diz que é bem provável
que a rentabilidade não seja tão elevada
quanto a que foi vista nos últimos meses.

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“Não dá pra ter esse nível de fechamento de


spread sempre, porque eles já estão num
patamar considerado de razoável para baixo.
Tem que ter 1% ou 2% a mais quando há um
bom risco de crédito, e quando tem um risco
pior, tem que ter um spread maior”, diz o
executivo da Suno, que acredita numa
estabilização do retorno dos fundos nos meses
à frente.

Embora os retornos possam ser mais baixos no


curto prazo, o executivo da Suno avalia que é o
momento é favorável para deter uma posição
em fundos de crédito, desde que o investidor
alinhe a expectativa de rentabilidade com os
ganhos que deverão ser obtidos daqui para
frente e aloque no produto com um horizonte
de investimento mínimo de três anos.

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da empresa

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