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Bruna Cassimiro Batista

Métodos de Diagnósticos de infecções bacterianas e Coloração de Gram

Diagnóstico correto
Para um diagnóstico correto, é necessário cumprir algumas etapas. A primeira
etapa seria a coleta, no qual o profissional precisa encontrar o sítio da infecção
e assim ter uma maior chance de isolar o microrganismo desejado; para isso é
necessário utilizar os materiais desejados, e a quantidade precisa ser adequada.
Nem sempre ter muita amostra é bom. Geralmente, as coletas são feitas fora do
laboratório, para isso é necessário fazer o transporte. Assim temos a etapa de
transporte, que tem que se utilizar uma temperatura adequada e um meio
adequado. Após a amostra chegar no laboratório, é necessário que o profissional
use a metodologia correta, de acordo com a amostra e indicação clínica ele tem
que usar uma técnica específica. Por fim, tem a etapa do resultado, onde o
profissional deve saber interpretá-lo.
Todas as etapas têm sua importância – se feito uma de forma errada,
compromete todo o diagnóstico.
Colorações
• Coloração de Gram: é a mais utilizada, que cora organismos específicos,
sendo a maioria das bactérias – algumas não são coradas por
especificidades na parede –, dividindo-a em dois grandes grupos: Gram-
positivas e gram-negativas.
• Colorações ácidos-resistentes: também muito utilizada, principalmente
para as micobactérias e outros organismos ácido resistentes. Temos
como exemplo a coloração de Zhiel-Neelsen e a coloração de Kinyoun (
a frio).
Microscopia
Após feita a coloração, vamos ao microscópio avaliar o microrganismo. Na
microscopia, temos dois propósitos básicos: a detecção inicial de
microrganismos e a identificação preliminar ou definitiva. Dependendo do quão
avançada está a infecção, o profissional já pode entrar com antibioticoterapia e
já segue os demais diagnósticos.
O microscópio é usado para detectar fungos, parasitas e bactérias;
Entre as microscopias temos a de campo claro, que usa a de 10x, 40x, 100x
(imersão em óleo), sua limitação é a resolução de imagem e precisa de
coloração. Temos a microscopia de campo escuro, tendo a vantagem de um
poder de resolução maior, e a desvantagem de não poder estudar a estrutura
interna – o microscópio possui um condensador especial, impedindo que a luz
transmitida ilumine diretamente a amostra.
Já a microscopia eletrônica utiliza um equipamento mais avançado e mais caro,
permitindo um aumento da resolução e as amostras precisam ser coradas,
cobertas por íons metálicos.
Cultura
É o método definitivo em algumas infecções, e tem um tempo de geração um
pouco mais demorado. Para se ter o êxito, é necessário ter algumas
características como a biologia do organismo, sítio da infecção, resposta imune
do paciente, qualidade do meio de cultura.
Temos meios não seletivos de enriquecimento, que permite o crescimento da
maioria dos organismos, e os seletivos, que permite a recuperação de
organismos específicos – podem estar presentes em uma mistura com outros
organismos. Há também meios especializados para detecção de organismos
específicos fastidiosos, e cultura de células, que permite microrganismos
intracelulares estritos.
Diagnóstico molecular
A partir do DNA, RNA e agente infeccioso podem ser utilizados para ajudar a
identificar o agente mesmo sem isolamento. Vantagens: sensibilidade,
especificidade, e segurança para o profissional.
Exemplos: análise do DNA por eletroforese, sondas genéticas, PCR
Diagnóstico Sorológico
Técnica imunológica usada para identificar, detectar e quantificar o antígeno em
amostras clínicas; alta sensibilidade.
Exemplos: reações de aglutinação, enzimaimunoensaio;

Coloração de Gram
Desenvolvida por Hanns Christian Gram, e é o método mais utilizado. Quase
sempre o primeiro passo para a caracterização de amostras bacterianas,
classificando as bactérias em Gram-positivas e negativas. As informações
permitem monitorar a evolução do estado clínico do paciente, e as lâminas
podem ser montadas de forma permanente, sendo guardadas como
documentação.
Mecanismo da coloração: tem como diferença as diferenças das paredes das
bactérias. Gram-positivas coram-se de roxo, violeta e púrpura e negativas
coram-se em rosa ou vermelho.
Técnica:
1. Fixar pelo calor;
2. Cobrir com o cristal violeta por 1m (corante primário), depois lava com
água corrente;
3. Lugol por 1m (agente fixador); depois lava novamente com água corrente;
4. Álcool-acetona por 10 a 20s, sendo o agente diferenciador; lava-se com
água corrente
5. Fuccina ou safaria por 30s. O esfregaço é lavado novamente, seco com
papel e examinado microscópicamente.

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