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exercício físico
Artigos Maurício Mendonça, Motivação ao Treino, Qualidade de Vida
Eu quero falar com você sobre os efeitos psicológicos positivos que o exercício físico e
o esporte podem nos proporcionar.
Não sobre a liberação de substâncias no cérebro, que nos dão sensação de bem-estar e
prazer; não sobre alívios de tensões, ou sobre aumento na neurotransmissão, pois tudo
isso se refere à nossa parte física. Também não reforçarei a ideia de que nossa mente
descansa enquanto malhamos o corpo, porque acredito que, mais do que isso, ela se
fortalece e cresce. Os verdadeiros efeitos psicológicos do exercício físico são profundos
e transformadores. Já observou nossos atletas: a concentração e determinação de Ayrton
Senna, a perseverança de Cafu, a força e visão de Bernardinho, a potência das suas
equipes? Já pensou sobre o que faz uma pessoa continuar correndo por quilômetros com
dor e ainda se sentir feliz ao cruzar a linha de chegada? O que faz com que essas
pessoas se esforcem tanto? Como elas conseguem continuar mesmo quando perdem ou
se machucam na véspera da competição final? Como podem testar e colocar tanto à
prova os seus próprios limites? As respostas estão no comportamento e na mente dessas
pessoas, nas coisas que elas aprendem e alimentam através do exercício. Essas coisas
representam tudo aquilo que você e eu podemos adquirir na caminhada diária, na
corrida, na natação, no levantamento de peso, etc. Vamos falar sobre algumas dessas
coisas.
Autoestima: quando nos vemos como capazes de nos por à prova, de dizer “não” para
as coisas que realmente não queremos, como vencedores de medos, ansiedades e
angústias; quando nosso corpo e saúde caminham e/ou atingem nossos objetivos, nossa
autoestima se fortalece. A atividade física, o treino pode ser usado de diversas formas:
podemos esquecer os problemas enquanto nadamos; ou é possível que vejamos nossos
adversários e obstáculos caindo por terra enquanto levantamos peso repetidas vezes;
também podemos pensar na vida e organizar os pensamentos durante uma caminhada.
Que sentido você dá para o seu exercício? Como ele está fortalecendo sua autoestima,
ajudando você a gostar e dar mais valor a si mesmo?
Determinação: não é fácil ver o peso na balança, o nível de colesterol num exame, o
tamanho dos músculos no espelho e conseguir visualizar a meta necessária ou desejada.
Às vezes o resultado final pode parecer muito distante ou inatingível, mas isso pode não
acontecer apenas em relação ao exercício físico. Talvez você esteja no início de uma
faculdade cujo final parece inalcançável, ou tenha uma meta no trabalho que se
apresenta como esmagadora, ou ainda ter um problema pessoal que te faz sofrer e não
aparenta solução. A atividade física regular não é remédio, no entanto, a sua prática te
ensina a seguir adiante, a enfrentar o que parece ser difícil. Eu vejo senhores e senhoras
fazendo isso em academias da terceira idade. Eles poderiam estar em casa,
deitados, ou no bar bebendo e fumando, afinal já viveram tudo, né? Não. Eu vejo
essa determinação nos olhos do amigo que está gritando na última e mais dolorida
repetição da série de musculação.
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