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ATIVIDADES AVALIATIVAS A1 A2

NOTA: ______________

Disciplina(s): PRÁTICA CIVIL – 10º SEMESTRE

Professora: Bruno Cristian Gabriel / Turma: DIR5BN-MCC

ATIVIDADE DE PRÁTICA CIVIL

CASO PRÁTICO – RESPOSTA DO RÉU

LUIZ ALFREDO MACIEL DA SILVA / RA: 81727882


MAURICIO SOARES DOS ANJOS / RA: 817124445
NICOLE NAVES CARA PEREIRA / RA: 817123655
THIAGO DOS SANTOS SILVANO / RA: 81717261
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO
RIO DE JANEIRO

Processo nº XXXX

CONDOMÍNIO BOSQUE DAS ARARAS, CNPJ..., com sede na rua...,


bairro..., cidade..., CEP..., vem por seu advogado com procuração anexa (Endereço completo
art. 39, I, CPC) nos autos da ação indenizatória movida neste juízo que lhe move João, já
devidamente qualificado nos autos apresentar a sua CONTESTAÇÃO o que faz,
articuladamente, nos seguintes e melhores termos de direito:
CONTESTAÇÃO

I. PRELIMINARMENTE

AUSÊNCIA DE AÇÃO DE ILEGIMITIDADE PASSIVA

Não pode ser condomínio responsável por tal pleito indenizatório,


uma vez que, o vaso caiu do apartamento 601, estando bem esclarecida a questão, sendo
assim ficando a ilegitimidade passiva sendo medida mais adequada, uma vez que, é notório
que a unidade que lançou o objeto tinha sido identificada, não podendo o condomínio
responder pelo dano nos termos do art. 938 do Código Civil.

Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo
dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em
lugar indevido.

Assim sendo, é evidente que a parte legítima para figurar no polo


passivo da presente demanda seria o dono do apartamento 601, unidade autônoma, não
sendo relevante aqui se ele é o proprietário ou possuidor, e não o condomínio, sendo que,
só comportaria legitimidade passiva caso não fosse possível identificar de qual apartamento
o pote foi arremessado.

2. DOS FATOS

João andava pela calçada na rua onde morava, no Rio de Janeiro,


alegando que foi atingido por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 601 do
Condomínio Bosque das Araras. Relatou em sua petição inicial que desmaiou com o impacto,
tendo de ser socorrido por pessoas que transitavam pelo local, pessoas estas que acionaram
o Corpo de Bombeiros levando assim, para o Hospital Municipal X. João recebeu
atendimento sendo encaminhado para o centro cirúrgico para estancar um hemorragia
interna decorrente do lançamento do vaso.
Após alguns dias João alega que passou mal, e foi obrigado a retornar
ao Hospital Municipal X, sendo que foi detectado um erro médico, e que ele deveria
submeter-se a realização de uma nova cirurgia para extrair uma gaze deixada em seu corpo
pelo médico que realizou o procedimento cirúrgico anterior, causando-lhe assim infecção.
Isto posto, ele alega na inicial que sofreu danos, requerendo o pagamento de lucros
cessantes, devido ao tempo que ficou sem trabalhar em virtude da primeira cirurgia e
também da segunda cirurgia, entretanto, não lhe deve o direito, além disse requer também
danos morais.

3. MÉRITO

Superada a preliminar apresentada anteriormente, constatando a


improcedência a obrigação de indenização a autor em relação aos danos sofridos em virtude
da segunda cirurgia a qual João foi submetido, na medida em que, os danos foram
produzidos por essa cirurgia se devem a um erro médico, cometido de forma negligente pela
equipe médica do Hospital Municipal X, devendo este ser demandado, e não propriamente
dito em relação a queda do pote de vidro, de maneira que, o autor na inicial alega que estava
melhor, até podendo trabalhar, e que somente alguns dias depois da primeira cirurgia que
ele passou mal e descobriu que isto se devia ao erro médico. Assim, vejamos o disposto no
art. 403 do Código Civil Brasileiro:

Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as


perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes
por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei
processual.

Não obstante, do ponto de vista material o evento esteja relacionado,


a queda do pote do vidro que foi arremessado do apartamento 601, unidade
individualizadas do Condomínio Bosque das Araras, apenas deve ser atribuído os resultados
sofridos do primeiro evento, isto é, os lucros cessantes no valor de R$ 20 mil (vinte mil reais).
Entretanto, como esse valor foi atribuído pelo autor na inicial, o procedimento mais correto
seria nomear um perito em juízo, cabendo a este ponderar se o valor foi corretamente
calculado.

4. DOS PEDIDOS

Após o exposto acima, REQUER a vossa excelência:


a) A desconsideração do Condomínio como parte legítima de acordo com o art. 938 do
Código Civil.
b) O acolhimento da preliminar de decadência de ação por ilegitimidade passiva, com
consequente extinção do processo sem análise do mérito.
c) Julgar totalmente improcedentes os pedidos do autor, alegados na inicial;
d) A condenação do autor ao pagamento aos honorários advocatícios fixados em 20%;
e) A produção de todas as provas admitidas sem direito.

Nestes Termos,

Pede deferimento.
Local..., Data... e ano...

Advogado...

OAB XXX

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