As primeiras máquinas que começaram o processo de formação da
sociedade industrial são denominadas máquinas-ferramentas. Capazes de executar várias tarefas ao mesmo tempo. O primeiro passo para a criação dessas maquinas foi juntar muitos artesões e suas ferramentas em um mesmo local. Surgia a manufatura, a grande oficina controlada pelo comerciante. A partir daí começaram a montar maquinas. O setor têxtil foi o primeiro a realizar essas modificações. Principalmente porque foi o setor que permitiu a articulação entre a produção local inglesa e o comercio internacional.
Etapas da industrialização
A revolução industrial teve uma série de etapas.
A primeira etapa ao final da idade média e no começo da idade moderna, ocorreu a montagem de oficinas de artesãos controladas por comerciantes. A segunda etapa pode ser identificada de 1780 até 1840 quando se estabelece o mundo das fabricas, com a produção em grandes quantidades. As maquinas evoluíram da clássica roca para maquinas muito mais fáceis de trabalhar como a de James Hargreaves, conhecida como spinning-jenny, com capacidade muito maior que reduzia o trabalho humano. Após alguns anos foi inventado o tear hidráulico de Richard Arkweight, e em 1785 Edmund Cartwright possibilitou a aplicação de energia a vapor à indústria têxtil. A terceira etapa ocorreu no final do século XIX e no início do XX. O emprego da energia elétrica, as pesquisas químicas e o desenvolvimentos de motores a explosão permitiram o aperfeiçoamento das industrias e maquinas. O quarto momento da revolução Industrial teria se iniciado ao final do século XX, com o desenvolvimento da informática, da biotecnologia e, principalmente, em um contexto de globalização da economia. A transformação da sociedade
A industrialização modificou a Inglaterra. A medida que os trabalhadores
febris aumentava, pela multiplicação das maquinas e os artesoes foram desaparecendo. Os operários sobrevivam em regime de privações. Trabalhavam com 20 a 100 outros empregados e tinham pouco contato com seus patrões. Além disso, havia os capatazes, contratados para fazê-los trabalhar duramente e com eficiência. Passavam a maior parte do tempo nas fábricas.
O trabalho de mulheres e crianças
Mulheres e crianças não recebiam os devidos direitos, porem partilhavam das
mesmas condições, do mesmo tempo de trabalho. Não havia garantias contra acidentes de trabalho, e ainda eram explorados ganhando menos que os homens adultos, trabalhando o mesmo tanto de horas.
Movimento cartista
O movimento cartista, assim denominados porque as reivindicações politicas
foram redigidas em forma de carta. Os principais aspectos do programa político cartista eram: direito de voto, eleições anuais para o paramento e o estabelecimento do voto secreto. O cartismo não conseguiu o direito de voto aos trabalhadores, mas contribuiu para algumas importantes conquistas sociais, como a regulamentação do trabalho de crianças e mulheres.
O socialismo utópico
Vinculado ao movimento dos trabalhadores, surgiam os socialistas
utópicos, propondo a criação de uma sociedade ideal, que não existia na realidade, mas que era desejada pelos trabalhadores e pelos intelectuais indignados com a exploração social. Teóricos da utopia
Saint-Simon um socialista francês tentava criar uma sociedade em que a
base no conhecimento cientifico em que a igreja perderia o poder para os cientistas e pesquisadores. Charles Fourier foi outro socialista francês que idealizava sociedades em que todos eram iguais chamadas falanstérios, cada um trabalharia na tarefa que quisesse, o dinheiro não seria distribuído igualmente, mais sim por dotes, ou seja, pessoas que trabalhavam melhor e produziam mais ganhariam mais.