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Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco. Filipe.fjs@ufpe.br
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Antropóloga brasileira de grande reconhecimento por sua atuação na área da antropologia urbana e
da antropologia da violência.
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Sociólogo americano reconhecido pelos seus estudos etnográficos em antropologia urbana.
e ou de "por que?" tanto para a escrita de seu livro, quanto para a coleta de informações, enquanto
análise aprofundada dos objetos estudados. E então, nesta mesma lógica, William decide terceirizar
ainda mais a sua participação nas pesquisas – no que diz respeito à possibilidade de extrair
informações suficiente sem que estivesse em relação direta com o grupo, isso porque não é de
costume comum o pesquisador ter interferência e influência nos seus objetos de estudos –, tendo
participações indiretas na construção de relatórios e de cartas de um indivíduo para o outro. Além
disso, William formenta a importancia de poucas entrevistas de cunho formal e ainda aprende a
promover conversas e rodas de dialogo e a participar de debates sobre baseball, sexo e corridas de
cavalos no bairro, para que a sua coleta de informacoes tivesse a manor taxa de sua influencia
possivel.
Descobri que a minha aceitação no bairro dependia muito mais das relações
pessoais que desenvolvesse do que das explicações que pudesse dar. Escrever um
livro sobre Corneville seria bom ou não, dependendo da opinião expressa a respeito
da minha pessoa. Se eu fosse uma boa pessoa, o projeto era bom, se não fosse,
nenhuma explicação poderia convencê-los de que o livro era uma boa ideia .
FOOTE-WHYTE, 1975, Treinando a pesquisa participante. PP, 79.
Esta abertura de extração trouxe para o sociólogo, que não era muito experiente em pesquisas
urbanas, ainda mais compreensão de como funcionavam as trocas e as relações pessoais das pessoas e
dos grupos comunitários e de como uma pesquisa social poderia ser perfeitamente aprofundada.
Porém, ainda na tentativa de interação com o grupo, William força relações que não eram
esperadas deles por outros indivíduos, isso porque as pessoas não queriam que William fosse igual a
elas, mas sim diferente, porque era isso que, de fato, as cativaram e que as faziam, de certo modo,
confortáveis quando William estava presente. O sociólogo, portanto, toma essa lição, a de parar de
forçar uma integração muito mais forte e direta com os seus grupos de estudos, quando boceja
diversos palavreados numa caminhada com outros indivíduos, em que, inclusive, Doc estava presente.
Tentando penetrar no espírito de uma conversa trivial, deixei escapar uma série de
obscenidades e palavrões. A caminhada foi interrompida quando todos pararam para
me olhar surpreendidos. Doc meneou a cabeça e comentou: "Bill, você não deveria
falar deste modo, isto não combina com você.
FOOTE-WHYTE, 1975, Treinando a pesquisa participante. PP, 82.
O capítulo é finalizado, portanto, quando William entende que o seu papel de pesquisador
urbano de alguns grupos comunitários de Corneville toma proporções inesperadas, isso porque a sua
aceitação tinha sido aprovada pelos seus grupos de estudos e porque o ele, justamente por essa
aceitação, poderia consultar as suas informações quando quisesse, assim sendo.