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NOVEMBRO 2013
VERDE AZUL Consult Lda | Rua Fernando Ganhão # 110 | Tel: +258 21 48 62 13/4 | Fax: +258 21 49 95 19
SUMÁRIO
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................................................. 1
2. FINALIDADE DA REGULARIZAÇÃO: .................................................................................................... 2
3. ANÁLISE DA POSTURA MUNICIPAL DE DUAT E SEU ENQUADRAMENTO NO ÂMBITO DO
PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO MASSIVA DE DUAT ........................................................................... 2
CADASTRO MUNICIPAL DE TERRAS .................................................................................................................... 3
4. ÓRGÃO COMPETENTE PARA AUTORIZAÇÃO/ REGULARIZAÇÃO DO DUAT ............................. 3
5. PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO DE DUATS ..................................................................................... 4
6. TITULAÇÃO ................................................................................................................................................ 6
6.1. DA FORMA: .......................................................................................................................................... 7
6.2. DOS REQUISITOS: ................................................................................................................................. 7
6.3. ESBOÇO DE LOCALIZAÇÃO DO TERRENO:.............................................................................................. 9
6.4. MEMÓRIA DESCRITIVA COM A INDICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO QUE O REQUERENTE SE PROPÕE A
REALIZAR: ........................................................................................................................................................ 10
6.5. ACTA DE CONSULTA ÀS COMUNIDADES LOCAIS.................................................................................. 10
6.6. PARECER DO ADMINISTRADOR MUNICIPAL APÓS CONSULTA ÀS COMUNIDADES LOCAIS:................... 10
6.7. PLANO DE EXPLORAÇÃO (PARA O CASO DE ACTIVIDADES ECONÓMICAS): .......................................... 11
6.8. RECIBO DO PAGAMENTO DA TAXA ANUAL DE DUAT ......................................................................... 11
6.9. GUIA COMPROVATIVA DO DEPÓSITO PARA PAGAMENTO DA TAXA DE AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA: .... 12
7. CONTEÚDO DO TITULO ......................................................................................................................... 13
8. AVERBAMENTO (ART. 42 RSU) ............................................................................................................ 15
8.1. ACTOS SUJEITOS A AVERBAMENTO ................................................................................................... 15
1. Contextualização
O Conselho Municipal de Maputo (CMM) está a implementar a segunda fase (2011 – 2015)
do Programa de Desenvolvimento Municipal de Maputo (PROMAPUTO - MMDP) visando
o fortalecimento institucional e financeiro do CMM e garantir a sustentabilidade da melhoria
dos serviços aos seus munícipes. A componente do Planeamento Urbano e Ambiente
(Componente C) compreendeu a fase da elaboração do Plano de Estrutura Urbana do
Município de MAPUTO (PEUMM), já aprovado e que permitiu a elaboração e aprovação dos
planos parciais e de pormenor. Está em curso o desenho e instalação dum sistema de
tecnologia moderna de gestão de informação (SIGEM) com vista a melhorar a capacidade
municipal na gestão do solo urbano.
Este programa incide sobre os 9 bairros com Planos Parciais de Urbanização (PPU)
aprovados nomeadamente, Zimpeto, Magoanines A, B e C, Albazine, Mahotas, Laulane,
Ferroviário e 3 de Fevereiro. A fase piloto de regularização de DUATs será implementada
numa área de intervenção específica devendo emitir 4000 DUATs. A área deve ser proposta
pelo Consultor e aprovada pelo CMM. Recomenda-se que a mesma tenha reduzido número
de potenciais conflitos de terra para garantir celeridade na implementação desta fase piloto.
Após a metodologia aprovada será possível massificar ainda mais o programa de
regularização para as restantes áreas do município.
O CMM está a desenvolver um estudo sócio económico nos bairros abrangidos que irá servir
de base para a implementação do Programa de Regularização Massiva de DUATs (RMD). O
sistema de monitoria e avaliação a ser desenvolvido pela VA/Sinergia irá garantir a monitoria
da metodologia nas áreas de intervenção piloto.
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Desenvolver uma metodologia e posturas municipais sobre a regularização de
DUATs;
Garantir assistência técnica ao município na implementação da fase piloto de RMD;
2. Finalidade da Regularização:
1. Aumentar a capacidade de planificação, criando maior serenidade na administração de
terras;
4. Servir de um mecanismo para o exercício e defesa dos direitos adquiridos por homens e
mulheres sobre a terra;
2
aprovado através do Decreto nº 60/206, de 26 de Dezembro constitui a fonte básica de
referência da Postura Municipal sobre o DUAT. Anexo III
Foi assim que o Conselho Municipal instituiu a necessidade doutros sectores municipais
enviarem os dados necessários para a organização e actualização do Cadastro Municipal de
acordo com as normas definidas (ou a serem definidas) pelos Serviços de Cadastro. Acontece
porém, que estas normas ainda não foram definidas, o que constitui constrangimento para a
operacionalização do cadastro municipal (nº 3 Art.. 7 PMDUAT).
OBSERVAÇÃO I
A operacionalização do Cadastro Municipal pressupõe a definição das normas técnicas de
envio de dados e a indicação dos sectores que deverão canalizar estes dados, o tipo e natureza
de dados a constituírem o Cadastro Municipal, mecanismos do seu envio e formato,
regularidade da sua actualização, natureza da informação de acesso público e de natureza
confidencial entre outros elementos de natureza técnica cadastral, tendo como suporte o
SIGEM.
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num plano de uso da terra ou enquadráveis num mapa de uso da terra) e respectivas zonas de
protecção parcial (Art. 22 LT).
OBSERVAÇÃO II
O Formulário do requerimento que deve acompanhar a ficha de recolha de dados a ser
adoptado no processo de RMD deve indicar, expressamente, que o pedido é dirigido ao
Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo (PCM), conforme previsto no Art.
23 da LT, conjugado com o Art.10 PMDUAT, sem prejuízo do pedido dar entrada nas
Administrações Municipais e ser tramitado a nível da DMPUA, antes da sua submissão à
apreciação e decisão pelo PCM.
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A PMDUAT assumiu a necessidade de simplificação de procedimentos de tramitação do
DUATs num prazo não superior a 90 dias, dentro dos quais o requerente deverá obter a
autorização provisória ou comunicação do despacho sobre o seu pedido (Art. 18 PMDUAT).
Para isso, desenvolveu um formulário M I, anexo V visando assegurar esta simplificação.
Recomenda igualmente que o reconhecimento das assinaturas seja feito na Administração do
Distrito Municipal onde o pedido é submetido – Mais um acto louvável de simplificação que
o Programa de RMD deverá adoptar (Art. 19 PMDUAT).
OBSERVAÇÃO III
A PMDUAT deverá ser revista para incluir um capítulo específico dedicado a regularização
de DUATs. Inclui neste a noção legal de regularização de DUAT, procedimento
administrativo, requisitos, processo, tramitação e outras excepções á regra do processo de
autorização do pedido harmonizando com a LT e o RSU que prevê o reconhecimento ou
mera titulação, por se tratar da regularização ou reconhecimento do DUAT das pessoas
singulares ocupantes de boa fé, que o obtiveram o DUAT por via da LT (Art. 10,11 e 12)
conjugados com (Art. 29 e ss RSU), esta revisão da postura municipal enquadra se nos
objectivos específicos do programa de RMD em especial o de Desenvolver uma metodologia
e posturas municipais sobre a regularização de DUATs;
Enquanto de elabora a revisão da Postura nos termos acima referidos, a RMD pode ser feita
nos termos do RSU, socorrendo se do Artigo 45 da PMDUAT que recomenda que os casos
omissos sejam tratados nos termos da legislação vigente sobre a matéria, propomos a
aplicação do RSU para tratar os casos de regularização de DUAT dos ocupantes pessoas
singulares de boa fé, cujo DUAT deriva dos efeitos da lei (al a) e b) art. 12 LT).
OBSERVAÇÃO IV
“ A aquisição do DUAT por ocupantes de boa fé é reconhecida no quadro dos inquéritos
realizados nos termos dos Artigos 10 a 16, desde que a ocupação seja enquadrável no plano
de ordenamento e que o ocupante assuma respeitar as regras nele estabelecidas” (Art. 29
RSU)
Esta redacção é mais feliz por tratar como reconhecimento dos direitos e não da atribuição do
DUAT. Estes DUATs derivam do efeito da lei (al.a) e b) Art. 12 da LT). Assim os objectivos
da RMD enquadram se legalmente na figura do reconhecimento do DUAT nos termos do
Artigo 29 do RSU, que por sua vez nos remete para a figura do inquérito. Com a revisão da
PMDUAT teremos um regime jurídico de regularização do DUAT mais próxima do que
comummente se trata e de acordo com as práticas municipais sobre a matéria. No
mesmo processo de revisão da Postura iremos delimitar a noção de Regularização
Massiva de DUAT (RMD) por forma a legitimar todos os procedimentos legais e
administrativos usados pelo Município na titulação das parcelas neste regime.
O pressuposto legal é que a regularização ou titulação dos DUATs devem realizar se onde
existam planos de ordenamento, o que irá permitir confirmar se determinado talhão é
enquadrável ou não no Plano e se obtenha o compromisso do ocupante em respeitar as regras
nele estabelecidas. Estes requisitos mostram se cumpridos, contanto que o Programa da RMD
irá acontecer nos 9 bairros onde existem Planos de ordenamento aprovados e por outro lado
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este Plano tem a natureza de Regulamento administrativo (nº 2 Art. 4 RSU) e foi realizado
com a consulta dos diversos interessados (Art. 9 RSU). O compromisso do ocupante pode
não carecer de formalidade adicional, isto é, os planos são de cumprimento obrigatório.
Todavia no processo de sensibilização devem ser novamente informados do teor do plano de
ordenamento e do seu carácter vinculativo. As situações cujas ocupações não sejam
enquadráveis no Plano de ordenamento, devem ser atribuídos novas áreas de ocupação com
uso similar e serem indemnizadas pelas benfeitorias sua propriedade (al.b) e c) Art.11 RSU).
Considerando a hipótese deste procedimento ter sido preterido aquando da elaboração dos
planos de ordenamento dos 9 bairros em questão, teríamos uma preterição duma formalidade
essencial e que coloca em causa a validade jurídica e eficácia dos referidos Planos de
Ordenamento. Não sendo o caso, o Programa RMD visa materializar titulação dos ocupantes
cuja situação jurídica foi conhecida e que as suas parcelas são enquadráveis no plano de
ordenamento aprovado/ adoptado (al.a) Art. 11 RSU). O que pressupõe a existência do
respectivo Relatório do inquérito contendo os mapas da área do inquérito, ocupações
existentes, descritivos, lista de ocupantes e sua situação jurídica, reclamações e tratamento
dado, acto administrativo da aprovação e BR de sua publicação (Art. 15 e 16 RSU). Neste
caso, o Programa de RMD deve incidir sobre esta base e proceder a titulação ou regularização
dos ocupantes constante do relatório e cuja situação jurídica já foi definida e as ocupações
são enquadráveis no Plano de ordenamento aprovado.
OBSERVAÇÃO V
Se os inquéritos não tiverem sido feitos, nos termos acima referidos, a RMD deve incluir o
suprimento desta lacuna ao mesmo tempo que é feita a titulação dos ocupantes cujas áreas se
mostram enquadráveis no plano e a sua situação jurídica se mostre regular em termos de
capacidade e legitimidade (requisitos da titulação).
6. Titulação
O Titulo é um documento emitido pelos serviços públicos de cadastro gerais ou urbanos,
comprovativo de DUAT. Embora a ausência de titulo não prejudique o DUAT das pessoas
singulares que o tenham adquirido por ocupação de boa fé ou de acordo com as normas e
praticas costumeiras, o legislador não distinguiu os processos de titulação para uns e outros,
devendo observar os procedimentos estabelecidos para o efeito, com as necessárias
adaptações (nº 18 Art.. 1, Art. 13 LT). No caso do Titulo de Uso e Aproveitamento do Solo
Urbano que é o documento comprovativo do Direito de Uso e Aproveitamento do Solo
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Urbano (art. 41 RSU) este deve ser emitido de acordo com os procedimentos e requisitos
previsto no respectivo regulamento e respectivas posturas, em tudo que não contrarie a LT.
6.1. Da Forma:
Pedido, através do formulário próprio, entregue junto aos Serviços de Administração do
Distrito Municipal da respectiva área (Art. 18 e 19 PMDUAT). No caso do programa de
RMD deve se entender que o processo inicia nestes serviços, ainda que realizado com o
apoio da equipe técnica. Nos termos da PMDUAT o formulário é vendido, todavia no
processo de RMD este pode ser gratuito ou os custos incluídos no valor total da titulação;
Exige se a assinatura do formulário pelo requerente e seu reconhecimento pelos serviços
municipais e pagamento de emolumentos fixados.
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OBSERVAÇÃO VI
A titularidade do requerente deve ser objecto de triagem cuidadosa, devendo entre
outros incluir a assinatura do requerente na ficha de inquérito/ formulário ou de
recolha de dados que passa a servir como formulário de pedido em simultâneo,
confirmando que os dados contidos no pedido são fiáveis. Deve ser prevista a
advertência de falsas declarações com as consequências legalmente previstas na
legislação penal sem prejuízo de outras medidas administrativas aplicáveis. A
declaração do chefe do quarteirão ou secretário do bairro deve complementar esta
informação, com as mesmas consequências em caso de falsidade. Desconhecendo
o chefe do quarteirão, deve este facto ficar expresso na ficha para que conste do
processo e seja referido no edital a ser publicado.
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Havendo casamento civil, religioso ou tradicional registado, o requerente (homem
ou mulher) deverá fornecer o nome do conjugue e se possível mencionar o regime
de casamento e desconhecendo deste, esta informação ficaria em aberto na
respectiva ficha, podendo ser fornecida até o final do prazo da apresentação das
reclamações aos editais com recurso a testemunhas ou outros meios de prova
permitidos por lei.
Divórcio não podendo ser presumido deve ser comprovado através da sentença
que defina os direitos das partes, não havendo prevalece a informação documental
ou declarada por testemunhos ou autoridade local devendo sempre constar os
nomes do conjugues.
Nos casos de ocupantes apenas filhos dos pais ausentes, falecidos ou separados
devem configurar como titulares todos os filhos residentes e respectivos pais no
imóvel sem distinção de sexo, idade, filiação sendo sempre obrigatória a
existência de testemunhas residentes sem prejuízo da declaração da autoridade
local.
OBSERVAÇÃO VII
O processo de RMD deve incluir um gabinete de triagem, a funcionar junto da
Administração Municipal local antes da emissão dos editais e depois destes, com
termos de referência claros e pessoal capacitado para receber documentos a serem
fornecidos a posterior a passagem das equipas técnicas, tais como provas de
titularidade, documentos de co-titularidade, habilitação de herdeiros entre outras
situações, de natureza jurídica ou administrativa.
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6.4. Memória descritiva com a indicação do empreendimento que o requerente se propõe a realizar:
Na regularização a equipe técnica deve fazer a memória descritiva do empreendimento
existente, melhor já realizado pelo ocupante conforme ficha de recolha de dados a ser
aprovada (ficha unificada). A ficha deveria permitir que se o titular ou ocupante tem
consigo memória descritiva do projecto de construção que pretende realizar ou está a
construir possa fazer este constar do processo de regularização, com as necessárias
recomendações do sector técnico respectivo;
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Este parecer deriva da lei e deve ter como base a consulta nos termos acima referidos. No
quadro do programa de RMD deve ter lugar após término do prazo de editais, visando
assegurar que foram sanados todos eventuais vícios no processo e resolvidas as questões
controvérsias e constar a forma de resolução adoptada (al. F Art. 15 RSU).
Tecnicamente, um texto previamente concebido deve ser concebido para obter a
assinatura do Administrador nos casos regulares deixando se a descrição para os casos de
conflitos, garantindo maior celeridade processual.
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Na República de Moçambique as taxas são criadas e isentas por lei fora destes casos
todos os titulares ficam sujeitos ao pagamento de taxa. Considerando que a regularização
tem como objecto as ocupações de boa fé por pessoas singulares nacionais, que
integram as comunidades locais, parece óbvio que estes estão isentos de pagamento de
taxas (al.) Art. 29 Conjugado com alça) e b) do Art. 12 Todos da LT). Contundo, não
entendeu assim, o legislador regulamentar do solo urbano ao não prever nenhum tipo de
isenção para estes casos ou entendeu melhor que tendo a lei isentado, apenas tratou de
regular os casos em que são devidos os pagamentos e conferir a fixação das taxas e
formas de pagamento bem como a consignação e utilização dos valores destas taxas e
emolumentos (Art. 49 e SS RSU). A PMDUAT foi pela mesma abordagem ao dedicar se
aos pagamentos devidos e nada dizer sobre as isenções constantes da lei. Tentou conferir
uma isenção temporária (Art. 41 PMDUAT) para os casos de autorização de pedidos
para exercício de actividades económicas, que não constitui isenção nem tinha
competência para o fazer, mas sim uma moratória de 3 anos para os casos e força maior.
Dos processos de regularização de DUAT consta recibo emitido pelo CMM, referente a
taxa regularização de DUAT e emissão da planta topográfica, sem no entanto fazer a
descriminação entre a taxa de regularização e o valor referente a emissão da planta
topográfica.
OBSERVAÇÃO VIII
A PMDUAT deve ser revista na componente de taxas por forma a clarificar os sujeitos
passivos e o valor das diferentes taxas e emolumentos e pagamentos de serviços
prestados ou taxas de urbanização, harmonizando com a legislação vigente.
OBSERVAÇÃO IX
Não está sujeito a prazo, melhor dizer é por tempo indeterminado o prazo do DUAT
adquirido pelas comunidades locais e as pessoas singulares nacionais que as integram,
destinado a habitação própria e exploração familiar exercida por pessoas singulares
nacionais. Na regularização estão reunidos os requisitos para a emissão de título
definitivo, com dispensa expressa da emissão da autorização provisória, dai a dispensa
deste pagamento. Mesmo entendimento parece ter inspirado o legislador do solo urbano
ao escusar se de tratar dos prazos de validade de DUAT e limitar se apenas aos prazos de
início das obras e do início da utilização do terreno para o fim a que se destina (Art. 36 e
37 RSU).
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OBSERVAÇÃO X
Não são aplicáveis os requisitos dos pedidos de obtenção de DUATs previstos
nomeadamente: Artigo 19: Tramitação do pedido de obtenção; Artigo 21: Autorização
provisória; Artigo 22: Demarcação; Artigo 23: Do uso e aproveitamento da terra; Artigo
27: Revogação da autorização provisória; Artigo 28: Transformação da autorização
provisória em definitiva e Artigo 29: Redução da área de exploração.
7. Conteúdo Do Titulo
O Titulo é um documento emitido pelos serviços públicos de cadastro gerais ou urbanos,
comprovativo de DUAT. No caso do solo urbano a comprovação do DUAT pode ser feita
mediante apresentação do respectivo título (nº 1 Art. 41). O título não é o único meio de
prova, sendo admissível a peritagem, prova testemunhal e outros permitidos por lei (art. 15
LT). O RSU definiu os elementos que devem, necessariamente, estar contidos no título e
facultou um modelo, entenda se por modelo uma amostragem exemplificativa mas não
obrigatória, por isso iremos nos focalizar nos elementos que devem ser contidos no título e
nos métodos da sua colecta regular e lícita (Art. 30 PMDUAT).
A situação actual caracteriza se por existência dum modelo de título em uso anexo VI,
existência dum modelo de nota de comunicação do despacho de atribuição do DUAT (anexo
VII), vulgarmente chamado por DUAT e que é entregue ao titular como titulo no quadro da
RMD e dum modelo de título concebido nos termos do RSU, ainda em discussão a nível do
CMM (anexo VIII). O Modelo em uso anexo 7 está tecnicamente revogado por forma da
aprovação do RSU que estabelece os elementos a constar do título não podendo por isso ser
objecto de análise. A comunicação do despacho não deve ser tratada como DUAT muito
menos como titulo e juridicamente não se enquadra na titulação da RMD devendo ser
imediatamente cancelada e os titulares atribuídos os títulos efectivos conforme previsto no
RSU. O título a ser concebido para a RMD deverá conter os elementos previstos no RSU e
harmonizado com a PMDUAT e ser conciliada com o SIGEM e outros aspectos práticos e
metodológicos resultantes desta análise, considerando:
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regularização e requerem plano de exploração/ projecto de investimento e ficam
sujeitos a prazos e taxas devidas; Vale para este elemento, o que foi dito acima sobre
a necessidade de determinação do conceito de RMD onde se iria clarificar se a sua
abrangência restringe se a finalidade de habitação própria ou se estende para outras
finalidades e em que medida.
k) Finalidade do DUAT: Tipo de exploração para que o DUAT foi adquirido. Este
requisito não estando previsto no RSU consta da PMDUAT e vai mais longe a prever
a combinação de mais do que uma finalidade do DUAT o que pode conflituar a
determinação dos prazos, nos casos em que se destine a habitação própria e exercício
de actividade económica na mesma parcela (al.f.1 Art. 30).
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8. Averbamento (Art. 42 RSU)
Os averbamentos são parte integrante do titulo sobre pena de nulidade dos actos
averbados se não conforme o disposto no RSU.
Entidade que efectua o averbamento: Exige-se que seja um funcionário superior do órgão
da Administração publica com mandato expresso. Assim em cada campo de averbamento
deve constar a indicação do nome do funcionário, assinatura, data e cargo ocupado
autenticado com o mesmo selo branco usado para autenticar a assinatura do presidente no
acto da emissão do respectivo título.
c) Início de obras.
d) Autorização de início de utilização do terreno e descrição precisa das obras realizadas; Esta
parece ser a sede própria para se criar o campo onde devem ser colocados os dados
referentes ao imóvel de habitação própria e outras benfeitorias existentes no talhão, fotos e
todos os dados referentes a ocupação. Todas as benfeitorias permanentes existentes no
talhão até a data do levantamento de dados devem ser descritas e fotografadas para
constarem do averbamento. Tratando se de obras em construção, devem os titulares serem
informados no acto da entrega do titulo que após a conclusão num prazo considerado
razoável deverão solicitar junto da Administração local a actualização das mesmas na
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respectiva ficha, findo o qual qualquer alteração estará fora do processo de RMD, seguindo
o procedimento de licenciamento normal.
f) Constituições de servidões;
g) Taxas devidas: A PMDUAT estabelece que deve constar do título o valor da taxa anual
devida. Este elemento é desnecessário considerando que o valor da taxa pode ser alterado
varias vezes ao longo da sua validade. Nos casos de isenção compreende -se que este facto
deva constar o título, facilitando o conhecimento desta excepção por todas as instituições
públicas e privadas que se relacionem com este título.
O título tal e como é hoje emitido e como esta previsto na legislação vigente em
apreço, tem mais detalhes sobre a parcela/talhão objecto de regularização ou
atribuição e menos detalhes sobre o titular do mesmo. Dados como o estado civil,
regime do casamento, naturalidade e local de residência, não constam do título,
todavia são estes que vêm a conferir a posse segura da terra a este cidadão ao longo da
vida do DUAT atribuído.
Após a emissão do título é emitido uma certidão para efeitos de registo predial da
parcela, junto a respectiva Conservatória. Para efectivar este registo a Conservatória
solicita ao Requerente que formule um pedido donde devem constar os dados pessoas
que se encontram omitidos no título e na certidão enviada pelo CMM,
designadamente o estado civil e o regime de casamento se for o caso e respectivos
comprovativos.
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Principias constatações e recomendações
Nr Constatações Recomendação
1 Esta em curso a operacionalização do Cadastro Desenho dos Tdr para contratação duma
Municipal. Não estão definidas as normas do consultoria para a elaboração das normas
envio de dados e a indicação taxativa dos técnicas do envio de dados ao Cadastro
sectores que devem canalizar os dados, o tipo Municipal
e natureza de dados a constituírem o Cadastro
Municipal, mecanismos do seu envio e
formato, regularidade da sua actualização,
natureza da informação e níveis de acesso.
2 Os actuais procedimentos práticos da RMD O Formulário/ficha de recolha de dados do
dispensam o requerimento do titular e sua processo da RMD deve incluir um formulário
assinatura de pedido dirigido ao PCM a ser assinado pelo
titular após o prazo de consulta do edital
3 A PMDUAT não define o que se entende por Revisão da Postura Municipal por forma a
RMD no mesmo contexto que que os desenvolver um capítulo próprio sobre a RMD;
processos de regularização são implementados Pressupostos, requisitos, processo, tramitação e
pelo CMM. legitimar todos os procedimentos legais e
administrativos usados pelo Município na
titulação das parcelas neste regime.
4 No processo de elaboração dos Planos de O actual processo de RMD deve incluir os
Ordenamento não foram realizados os elementos do inquérito ao mesmo tempo que se
inquéritos conforme previsto no RSU faz a titulação dos ocupantes cujas áreas se
mostram enquadráveis no plano e a sua
situação jurídica se mostre regular em termos
de capacidade e legitimidade (requisitos da
titulação);
A PMDUAT deve ser revista por forma a
adoptar mecanismos práticos de RMD em
simultâneo com os processos de inquérito;
5 Inexistência de mecanismos legais fiáveis para A PMDUAT deve prever mecanismos práticos
aferir a legitimidade do titular nos processos e de verificação da legitimidade do potencial
de RMD; titular para minimizar conflitos posteriores a
titulação;
Responsabilização do declarante pelas
informações fornecidas no acto do inquérito ou
levantamento de dados;
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determinação do potencial titular;
Prever outros meios de prova e os mecanismos
de resolução de eventuais conflitos no acto de
levantamento;
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