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O veto foi primeiro analisado na Câmara e os deputados o derrubaram por um placar de 317
votos a 143. No Senado, foram 53 votos pela derrubada do veto e 21 por sua manutenção. No
Senado, assim como na Câmara, o assunto foi alvo de debates.
Para o senador Telmário Mota (Pros-RR), ser a favor do veto, e contra os R$ 5,7 bilhões para
as campanhas, é adotar um “discurso fácil e demagógico”. Ele defendeu a derrubada do veto
para, segundo ele, trazer igualdade de condições aos candidatos e fortalecer a democracia.
“Como um líder comunitário vai conseguir disputar uma eleição com um grande empresário ou
um descendente de uma oligarquia? O sistema de financiamento privado [de campanha] quase
comprometeu a democracia brasileira. Escolheu-se o financiamento público. É preciso o
financiamento ser igualitário para todos”, afirmou.
Já o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) se disse “indignado” com tal quantia para o
Fundo Eleitoral. Para ele, não é momento do país reverter tal quantia para campanhas
políticas. “A manutenção do veto é o mínimo de respeito com um país machucado pela
pandemia, com mais de 20 milhões de pessoas passando fome e que agora, no apagar das
luzes, se vê no direito de premiar presidentes de partidos e candidatos nas próximas eleições
com montanhas de dinheiro público.”
Fundo Eleitoral
O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, ou apenas Fundo Eleitoral, foi criado em
2017. Sua criação se seguiu à proibição do financiamento privado de campanhas. Em 2015, o
Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas a campanhas políticas, sob
alegações de haver desequilíbrio na disputa política e exercício abusivo do poder econômico.
Sem a verba privada para custear campanhas eleitorais, foi criado o Fundo Eleitoral. Ele é
composto de dotações orçamentárias da União, repassadas ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) em até o início do mês de junho, apenas em anos eleitorais. Em 2018, por exemplo, foi
repassado aos partidos pouco mais de R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para financiamento de
campanhas. (com Agência Brasil)
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional (para
deputados) destinada à deliberação dos Vetos nºs 4, 14, 18, 19, 20, 22 a 52 de 2021 e dos
Projetos de Lei do Congresso Nacional n°s 12, 13 e 15 de 2021. Em discurso, à tribuna,
deputado Hildo Rocha (MDB-MA). Mesa: vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado
Marcelo Ramos (PL-AM); secretário-geral da Mesa do Senado, Gustavo A. Sabóia Vieira. Foto:
Pedro França/Agência Senado
Senador Alessandro Vieira se disse indignado
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https://www.jb.com.br/pais/politica/2021/12/1034714-centrao-derruba-veto-e-fundo-eleitoral-ser
a-de-rs-57-bilhoes.html#:~:text=Sexta%2C%2017%20de,X