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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL BÁSICA

PRÁTICA 04 – MICRÔMETRO

ALUNO: Antônia Caricielle Amaro da Cruz


MATRÍCULA: 512338
CURSO: Engenharia de Alimentos
TURMA: 02
PROFESSOR: Prof. Dr. Marcos Antônio Araújo Silva

2021.2
1. OBJETIVOS

- Conhecimento do micrômetro e familiarização com seu uso.

2. MATERIAL

- Para um filme sobre as partes do MICRÔMETRO e os diversos tipos e usos, veja: Telecurso
2000 Metrologia 08 Micrometro: https://www.youtube.com/watch?v=BdHXTAGtuYc;

- Para um filme sobre leitura do MICRÔMETRO veja: Telecurso 2000 Metrologia 09


Leitura no sistema Métrico: https://www.youtube.com/watch?v=wsnC8bj9jYg ou o filme:
https://www.youtube.com/watch?v=RmvOsQFN738;

- Para uma simulação interessante:


https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mech_mikrometr&l=pt

- Na página: http://www.stefanelli.eng.br/micrometro-virtual-milimetro-centesimal-simulador/
Você encontra um simulador do micrômetro semelhante ao utilizado em nossos laboratórios e
outras informações;

- Para a realização dos procedimentos práticos, utilize o link a seguir:


https://www.stefanelli.eng.br/micrometro-milimetro-centesimal-autoavaliacao/

3. FUNDAMENTOS

O micrômetro (Figura 1), também denominado Palmer na França, em homenagem ao


seu inventor, é um instrumento que permite efetuar mediadas de até milésimos de milímetros,
tendo uma exatidão maior que o paquímetro. O seu grau de precisão está entre 0,01 mm e 0,001
mm. É utilizado em momentos em que é necessário fazer a medição de objetos e verificar sua
espessura em pequenas dimensões. O seu amplo uso se dá, em especial, na indústria mecânica,
onde é usado para medir peças de máquinas. Os micrômetros são altamente sensíveis a choques
térmicos ou mecânicos, o que exige de seus usuários cuidados especiais ao guardá-los,
mantendo o instrumento em locais com temperatura ambiente, para que não descalibrem.

Figura 1: Micrômetro

Fonte: https://www.lojadomecanico.com.br
O seu formato assemelha-se a um parafuso micrométrico, obtendo mais precisão nos
resultados do que o paquímetro. As principais partes do micrômetro (figura 2) são denominadas
de arco, isolante térmico, parafuso micrométrico, faces de medição, bainha, tambor, porca de
ajuste, catraca e trava. Os micrômetros são altamente sensíveis a choques térmicos ou
mecânicos, o que exige de seus usuários cuidados especiais ao guardá-los, mantendo o
instrumento em locais com temperatura ambiente, para que não descalibrem.

Figura 2: Partes do micrômetro

Fonte: indústria hoje

O funcionamento do micrômetro é baseado no deslocamento axial de um parafuso com


passo de alta precisão, dentro de uma porca micro metricamente lapidada. Quando o parafuso
micrométrico gira, este avança a face de medição proporcionalmente ao passo da rosca.
Dividindo-se a cabeça do parafuso, pode-se avaliar frações menores que uma volta e, com isso,
medir comprimentos menores do que o passo do parafuso. Os micrômetros obedecem ao
“princípio de Abbé”. Segundo Abbé, um instrumento de medição deve possuir como condição
ideal a escala alinhada com a posição na qual o objeto a medir é colocado. Antes de iniciar a
medição de uma peça, devemos calibrar o instrumento de acordo com a sua capacidade.

De acordo com o site sulforp Metrologia (27 abr. 2020):

o cálculo de leitura em um micrômetro é feito que a cada volta do tambor, o


fuso micrométrico avança uma distância chamada passo. A resolução de uma
medida tomada em um micrômetro corresponde ao menor deslocamento do seu
fuso. Para obter a medida, divide-se o passo pelo número de divisões do tambor.
Se o passo da rosca é de 0,5 mm e o tambor tem 50 divisões, a resolução será:

Assim, girando o tambor, cada divisão provocará um deslocamento de 0,01 mm no


fuso.

É importante entende os possíveis erros em micrômetros para sua minimização durante


o processo de medição. Uma das grandezas físicas que mais influência nas medições é a
temperatura. Uma parcela do erro dos micrômetros se deve à transferência de calor no momento
em que o operador trabalha com o mesmo, segurando-o. Este procedimento causa erro de
leitura, desalinhamento dos sensores pela dilatação do arco, pode ser reduzido pelo emprego de
um plástico (isolante) no arco do micrômetro ou segurando o mesmo por intermédio de um
pedaço de couro. Alguns possuem um suporte especial para fixação do micrômetro. Também
devem ser evitadas a incidência direta de luz solar, proximidade de um forno ou ventilador.

Outro problema comum é a deflexão do arco. A aplicação de uma força de medição sem
uso da catraca pode causar a deflexão do arco resultando na separação das superfícies de
medição. Além da deflexão do arco, forças excessivas provocam deformações e achatamento
nas peças submetidas a medição, o que é uma fonte de erro significativa. O emprego da catraca,
aliado a um movimento suave e lento garante força de medição constante e com isto, resultados
com pequena dispersão de medição. Erros de leitura por paralaxe são evitados lendo-se o
tambor perpendicularmente. Durante a medição não se deve empurrar o micrômetro sobre as
superfícies ásperas ou sujas. Também não se deve abrir o micrômetro para uma determinada
medida, acionar a trava e forçá-lo sobre a peça como se fosse um calibrador de boca. Com este
procedimento tem-se um desgaste rápido dos sensores.

Para realizar a leitura de uma medida com um micrômetro, deve-se observar a escala
principal do tambor e o nônio, identificando qual a resolução do instrumento utilizado. Após
observar as escalas e analisar os valores. Se observa a posição da face do tambor e identifica
qual a última graduação na escala principal que o tambor ultrapassou. Desta maneira tem-se a
leitura na escala principal. Em seguida, observa-se que na escala principal possui uma linha
horizontal, chamada linha de leitura. Com os olhos a escala do tambor e identifica-se qual traço
está coincidindo com esta linha horizontal, caso nenhuma venha a coincidir, deve-se identificar
qual graduação da escala do tambor está imediatamente abaixo a esta linha. Assim, tem-se a
leitura no tambor. Deve observar a escala do nônio e identificar qual graduação está coincidindo
com alguma graduação da escala do tambor. Assim, tem-se a leitura no nônio. A medida será
obtida pelo somatório das leituras.

Medida = leitura da escala principal + leitura da escala do tambor + leitura do nônio

4. PROCEDIMENTOS

- Primeiramente acessei a Autoavaliação micrômetro em milímetro centesimal elaborada


pelo Prof. Eduardo J. Stefanelli no link: https://www.stefanelli.eng.br/micrometro-milimetro-
centesimal-autoavaliacao/ para realizar esse procedimento;

- Observe a Figura 3, cujo seus valores estão anotados na Tabela 1;


- Fiz uma série de 8 (oito) leituras e anotei na Tabela 1;

- Posteriormente fiz um print da tela da primeira leitura, mostrando que se trata da primeira
leitura e do primeiro acerto, um print da última leitura mostrando o número de acertos e erros;

1- Observe a Figura 3, cujos valores estão anotados na Tabela 1, como exemplo.

Figura 3 - Exemplo de leitura da autoavaliação.

Fonte: Figura adaptada da página: https://www.stefanelli.eng.br/micrometro-milimetro-


centesimal autoavaliacao/. Acessado em 30/10/2020.

Observe que na Figura 3, no círculo vermelho, está indicado o intervalo de leitura do


micrômetro, assim, esse micrômetro só mede no intervalo de 250 mm a 275 mm. A Leitura do
parafuso micrométrico é 1,39 mm. A Leitura Final deverá ser a soma do valor mínimo de 250
mm mais a leitura do parafuso micrométrico (ver anotação deste exemplo na Tabela 1.8).

2- Faça uma série de 8 (oito) leituras e anote na Tabela 1 como indicado no exemplo

Tabela 1 - Tabela para anotar os resultados das leituras de autoavaliação.

# Intervalo de leitura Leitura do Leitura


do Micrômetro (mm) parafuso micrométrico (mm) Final (mm)

Exemplo 250 - 275 1,39 251,39

1 0-25 11,61 11,61

2 0-25 24,94 24,94

3 0-25 13,19 13,19


4 150-175 16,70 216,70

5 150-175 15,99 165,99

6 225-250 2,51 227,51

7 225-250 18,37 243,37

8 250-275 20,73 270,73

Figura 4

Fonte: próprio autor

Figura 5
Fonte: próprio autor

6. QUESTIONÁRIO

1 - Faça as leituras das medidas dos Micrômetros (sensibilidade 0,01 mm) ilustrados a seguir:

Fonte: Figura gerada na página: https://www.stefanelli.eng.br/micrometro-virtual-milimetro-


centesimal simulador/. Acessado em 30/10/2020.
LEITURA 1:_1,71___________ LEITURA 2:_8,47_________________

2 - De um modo geral, ao medir com um micrômetro, quais as causas mais prováveis de


erros?

Temperatura, pode causar erro de leitura, desalinhamento dos sensores pela dilatação do
arco; forças excessivas, paralaxe.

3 - Determine a precisão de um micrômetro cujas características são: tambor dividido em 50


partes iguais e passo de 0,25 mm.

P= passo/ número de divisões= 0,25/50= 0,005 mm

4 - Um micrômetro não zerado indica uma leitura de 0,06 mm quando totalmente fechado. Ao
fazer a medida do diâmetro de uma esfera um estudante desatento (não tendo observado que o
micrômetro não estava zerado) anotou 15,32 mm. Qual a leitura correta do diâmetro da esfera?

15,26 mm

5 - A figura a seguir indica a leitura do diâmetro de um fio de cabelo medido com o micrômetro.
Qual a leitura correspondente? Observe que não faz sentido uma medida com apenas um
algarismo significativo.

Fonte:
Adaptação de figura gerada na página: https://www.stefanelli.eng.br/micrometro-virtual-milimetro
centesimal-simulador/. Acessado em 30/10/2020.

0,80 mm
Conclusão
Essa prática foi de extrema importância pois foi possível aprender sobre o micrômetro e suas
partes. Foi possível saber a diferença entre o micrometro e o paquímetro, que são dois
instrumentos bem parecidos em relação aos seus objetivos. Percebendo que o micrometro é um
instrumento ainda mais preciso do que um paquímetro. Tem micrômetros de várias resoluções,
mas a usada para essa trabalha foi o de 0,01 mm, onde não precisou da escala do nônio. A
prática obteve 8 resultados, onde todas estavam corretas assim é possível concluir que a prática
deu tudo certo.

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