Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FTIIIAULA10
FTIIIAULA10
Aula 10
Prof. Gerônimo
1.4 Balanço macroscópico de matéria em regime
permanente e sem reação química.
Para projetar ou dimensionar um equipamento destinado à
separação, são necessários informações sobre:
yA y YA YA
YA A yA
yB 1 yA YB 1 YA
xA x XA XA
XA A xA
x B 1 xA XB 1 XA
3
Exemplo 01: Os dados de equilíbrio do sistema ar-SO2-água a 1 atm e 20C são
apresentados na tabela a seguir, sob a forma de p versus ( p é a pressão parcial do
SO2 em mmHg e é a concentração mássica de SO2 na solução em g SO2/100 g de
água). Obter a curva de equilíbrio em termos das relações molares absolutas X e Y.
4
12
YA ( mol de SO2/mol de ar )
10
5
1.4.1 Operações contínuas
Contato contracorrente
Fase Gasosa
L z , xA z , X A z , L s G z , yA z , YA z , Gs
6
G1 e G 2 Fluxo molar tota l do gás na base e no topo da coluna
G s Fluxo molar do gás inerte na base e no topo da coluna
y A1 e y A 2 fração molar do soluto gasoso na base e no topo da coluna
YA1 e YA 2 fração molar absoluta do soluto gasoso na base e no topo da coluna
7
Balanço macroscópico de matéria da Figura 4
Mols de A que entram na coluna = Mols de A que saem da coluna ( 30 )
Visto que o balanço (31) ser genérico, ele pode ser aplicado em qualquer plano z da
coluna:
Considerando que os fluxos molares dos inertes (s) permanecem constantes em toda a
coluna, teremos:
Para a corrente G:
Por conseguinte:
yA y
YA A y A (1 y A )YA ( 36 )
1 yA yB
Para a corrente L:
xA x
XA A x A (1 x A )X A ( 37 )
1 xA xB
Substituindo as equações (36) e (37) na equação (31), temos:
G s YA1 Ls X A2 G s YA2 Ls X A1 ( 37 )
Rearranjando essa equação, o resultado fica:
Ls YA1 YA2
( Linha de operação ) ( 38 )
Gs X A1 X A2
A equação (39) é a expressão geral que descreve a relação entre as frações molares
absolutas do soluto no seio das correntes G e L em qualquer plano do equipamento
de transferência de massa. Essa equação denomina-se linha de operação.
Operação contracorrente (soluções diluídas):
Reta de equilíbrio
Reta de equilíbrio
Operação G L Operação L G
Absorção Desabsorção
( Reta de equilíbrio ) y Ai mx Ai ( 40 )
Operação: G L Operação: L G
X A2 YA 2 X A2 YA 2
L G
L G
X A1 YA1 X A1 YA1
L entra pobre e sai rico de soluto : X A2 X A1 L entra rico e sai pobre de soluto : X A2 X A1
G entra rico e sai pobre de soluto : YA2 YA1 G entra pobre e sai rico de soluto : YA2 YA1
X A2 YA 2
X A1 ? YA1
L 2 , xA 2 , X A 2 , L s G 2 , yA 2 , YA 2 , G s
Fase Líquida
Fase Gasosa
L z , xA z , X A z , L s G z , yA z , YA z , Gs
Ls YA1 YA2
( Linha de operação ) ( 43 )
Gs X A1 X A2
Ls YA1 YAz
( Linha de operação ) ( 44 )
Gs X A1 X Az
Operação paralelo (soluções diluídas):
Reta de equilíbrio
Reta de equilíbrio
Operação G L Operação L G
Absorção Desabsorção
( Reta de equilíbrio ) y Ai mx Ai ( 40 )
Operação: G L Operação: L G
X A2 YA 2 X A2 YA 2
L G
L G
X A1 YA1 X A1 YA1
L entra pobre e sai rico de soluto : X A 2 X A1 L entra rico e sai pobre de soluto : X A2 X A1
G entra rico e sai pobre de soluto : YA 2 YA1 G entra pobre e sai rico de soluto : YA2 YA1
Ls YA1 YA 2 YA
( diluída )
s mín
G X A1
X A2
X A
Cálculo da altura efetiva de uma coluna para operação
contínua em um sistema diluído
A altura efetiva de uma coluna é aquela na qual há o contato entre as correntes que
compõem as técnicas de separação, Figuras 2 (torre de spray), 3 (torre de
borbulhamento) e 4 (coluna de recheiro) da Aula 9.
Admitindo soluções diluídas e a técnica tipo G L, definiremos o fluxo em função da
fração molar absoluta de A da seguinte maneira:
Ls
Z dz NA,Zadz K Ya YAG YA* dz ( 47 )
Gs
X A1 YA1
Ls YA1 YAz
( 39 ) Ls dX A G s dYA ( 48 )
Gs X A1 X Az
Visto que as equações (47) e (48) correspondem ao mesmo fluxo global de A, temos:
Gs dYA
dz
K Ya YAG YA*
( 50 )
YA1
( Altura efetiva ) Gs dYA
z
GL K Ya YA YA* ( 51 )
YA 2
Denominando;
Gs
AUT ( 52 )
K Ya
GL
e YA1
dYA
NUT
YA 2
YA YA* ( 53 )
dX A
NUT ( 55 )
XA2
X A X*A
Qualquer que seja a forma de contato entre as correntes G e L (absorção ou
desabsorção), a altura efetiva da coluna é obtida por intermédio de:
z AUT NUT ( 56 )
Método gráfico
O cálculo do NUT é feito por integração gráfica ou numérica. Quanto ao valor da
diferença ( YA – YA* ), as Figuras 6 e 7 ilustram o procedimento para avaliar YA*.
L G
Figura 6 Figura 7
YA1 YA2 1
h ; f
n YA YA*
Ls YA1 YA 2 Ls YA YA2
( 38 ) * ( 58 )
Gs X A1 X A 2 Gs YA /m YA* 2 /m
ou
y Ai mx Ai ( 40 ) Ls YA YA2
* ( 59 )
mG s YA YA* 2
YA 2 mX A 2
*
( diluição extrema ) Ls
A
YA mX A ( 60 ) ( fator de absorção )
*
mG s
Isolando YA* na equação 59 fica:
1 1
YA* YA YA 2 YA* 2 YA* 2 mX A2
A A
1 1
YA* YA YA 2 mX A 2 ( 61 )
A A
YA1
dYA dYA
NUT NUT
YA YA* 1 1 Y 1 Y mX
A A2 A2
YA 2 YA 2
A A
1 YA mX A
GL NUT n 1
1 1/A 1/A
2
( 62 )
1 1/A YA mX A2 2
Para a técnica L G, para contato contracorrente, temos:
1 X A2 YA1 / m
NUT n 1 A A ( 63 )
1 A X A1 Y A1 / m
Para o contato paralelo, existem as seguintes equações:
1 YA1 mX A1
NUT
1 1/A YA 2 mX A 2
GL n ( 64 )
1 X A 2 YA 2 / m
NUT
1 A X A1 Y A1 /m
L G n ( 65 )
Técnica de
Tipo de contato AUT NUT
separação
Z
( Desabsorção )
Base X A2 X A1
Recuperação 100%
X
X A1 YA1 A 2
30
Exemplo 02: Uma corrente de ar que passa por um sistema de ventilação
industrial a 755 mmHg possui 4% de amônia em volume. Pretende-se
recuperar a amônia por lavagem em contracorrente com água a 28C numa
torre de enchimento, empregando-se 40% de água a mais do que a quantidade
mínima necessária para obter 99,5% de recuperação da amônia inicialmente
presente no gás. Calcular a vazão de água a ser empregada, para uma vazão de
gás igual a 200 kmol/h e fazer uma estimativa da altura da torre.
Dados:
(1) Para as condições especificadas, os dados de equilíbrio do sistema poderão
ser representados pela seguinte equação:
y 1,154x
31
Solução:
Absorção em contracorrente
x A2 0 y A2 ? YA1
y A1
1 y A1
Topo
G 200 kmol/h y A1 0,04
YA1
1 y A1 1 0,04
Z=?
YA1 0,0417
L?
Base
x A1 ? y A1 0,04 YA1 YA 2
Recuperação 100%
YA1
0,0417 YA 2
99,5% 100%
0,0417
YA 2 2,085x10 4
32
y A1 0,04 x A1 ?
4
y A2
y A2 YA 2 2,085x10
YA2 1 y A2
1 y A2
y A 2 2,0846x10 4
X A1
x A1 XA máx 1 0,0346
1
0,0346
1 x A1
XA máx 0,0358
1
33
Determinação do (xA1)máx utilizando a reta de equilíbrio (RE) e a linha de
operação (LO)
yA
y A1 0,04
Ls
?
y A2 0,00020846 G s mín
x A2 0 xA
x A máx 1,154
1
0,04
0,0346
34
Ls YA1 YA2 YA
G s mín X A1 máx X A2
( diluída )
X A
Ls 0,0417 2,0846x10 4
G s mín 0,0358 0
Ls
1,159
G s mín
35
Neste caso, tanto a reta de equilíbrio (RE) como a linha de operação (LO)
são retas, de modo que não será necessário traçar diagramas de escala.
yA
y A1 0,04
Ls
1,159
y A2 0,00020846 G s mín
xA
x A máx 1,154
1
0,04
0,0346
36
A relação a empregar é de 40% maior em relação a mínima, portanto:
Ls
1,4(1,159) 1,6226 kmol de água / kmol de ar
G s real
18 kg/kmol
Ls 311,54 kmol de água/h 3
1000 kg/m
Ls 5,608 m3 /h (vazão volumétrica)
37
(b) Altura da torre, Z
Para operação em contracorrente, temos as seguintes equações:
z AUT NUT ( 56 )
Gs
AUT 0,52m ( 52 )
K Ya
1 YA1 mX A 2
NUT n 1 1/A 1/A
1 1/A YA2 mX A2
( 62 )
Ls
A ( 60 )
mG s
38
Cálculo do NUT:
Ls
1,6226 kmol de água/kmol de ar
G s real
Ls 1
A (1,6226) 1,4061
mG s 1,154
1 YA1 mX A 2
NUT n 1 1/A 1/A
1 1/A YA2 mX A2
0,0417
NUT
1
n 1 1/1,4061 1/1,4061
1 1/1,4061 0,0002085
39
NUT 3,4624n(200)0,2888 0,7112
NUT 3,4624n50,4712
NUT 13,58
z 7,06 m
40
Exemplo 03: A lavagem de uma mistura de ar e amônia contendo 2% de
NH3 a 20C e 1 atm será realizada numa torre com recheios de anéis
Raschig de cerâmica de 1in. As vazões de água e gás serão ambas iguais a
1170 kg/h.m2 no topo e na base da torre, respectivamente. A operação será
realizada a 20C, temperatura para a qual a relação de equilíbrio em
termos de pressão parcial de NH3, p em mmHg, sobre soluções aquosas de
concentração kg NH3/100 kg H2O é dado pela tabela:
1 YA1 mX A2
( Método Analítico ) NUT n 1 1/A 1/A
1 1/A YA2 mX A2
Ls
( fator de absorção ) A
mG s
42
Método Gráfico
y A1 0,02
YA 2 0,0004082
y A1 y A2
YA1
0,02 1 YA 2 1 0,0004082
1 y A1 1 0,02 y A 2 0,000408
YA1 0,02041
YA1 YA 2 1170 kg/h.m 2
Recuperação 100% LS
Y 18kg/kmol
A1
H 2O
0,02041 YA 2
98% 100% LS 65 kmol/h.m 2
0,02041
YA 2 4,082x10 4 1 0,02 1170 kg/h.m 2
GS
29kg/kmol
yA2 YA2
YA2 y A2 Ar
1 y A2 1 YA2
G S 39,54 kmol/h.m 2
43
pA p mmHg
yA A lei de Dalton xA
XA
P 760 mmHg 1 XA
ρ A Kg NH 3
Kmol A 17 Kg/Kmol
XA ρ A (0,01059) Kmol NH 3 / Kmol H 2O
Kmol B 100 Kg de H 2 O
18 Kg/Kmol
pA A XA
yA xA
(mmHg) (kg NH3/100 kg H2O) (Kmol A/Kmol B)
0 0 0 0 0
12 0,016 2 0,0212 0,0208
18,2 0,024 3 0,0318 0,0308
31,7 0,042 5 0,0529 0,0502
50 0,066 7,5 0,0794 0,0736
69,6 0,091 10 0,1059 0,0958
166 0,218 20 0,2118 0,1748
44
0,25
0,20
0,15
yA
0,10
Curva de equilíbrio para solução concentrada
0,05
0,00
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20
xA 0,018
0,016
yA = 0,76923xA
0,014
0,012
0,010
yA
0,008
Reta de equilíbrio para solução diluída
0,006
0,004
0,002
0,000
0,000 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010 0,012 0,014 0,016 0,018 0,020 0,022
xA
45
Ls YA1 YA2
X A2 0 YA1 0,02041 YA2 0,0004082
Gs X A1 X A2
65 0,02041 0,0004082
1,6439
39,54 X A1 0
X A1 0,01217 kmol de NH3 /kmol de H 2O
CA H ρA
p A Hx A H H*ρ A (lei de Henry)
C C MA
H ρ
p A H*ρ A ( lei de Henry ) ; H* ; C A A ; M A 17 kg/kmol (NH3 )
CM A MA
ρA 100
pA H* ρ A 17 18
17
P P 17 ρ A 100
17 18
ρ 100 ρA
17H* A
m 17 18
; xA 17 C
A
P ρA 100 C
17 18
y A* mx A
47
Calculando o valor de m com o primeiro par de valores da tabela (região
diluída), resulta:
p A H*ρ A ρ 100
17H* A
m 17 18
p A 12 P
H* 6
ρA 2 100
2 176
m 17 18
760
m 0,761
y*A 0,761x A
dYA
NUT
0,5371YA 1,89x10 4
YA 2
NUT
1
0,5371
ln 0,5371YA 1,89x10 4 YY A1 0,02041
A 2 4,1x10
4
1 0,53710,02041 1,89x10 4
NUT ln
0,5371 (0,5371)4,1x10 4 1,89x10 4
1 0,0112
NUT ln
1
ln 27,37
0,5371 4,0921x10 4 0,5371
NUT 6,2 50
Método Analítico
Cálculo do AUT:
Gs 39,54 kmol/h.m 2
AUT
K Ya 62,4 kmol/h.m3
AUT 0,63 m
1 YA1 mX A 2
Cálculo do NUT: NUT n 1 1/A 1/A
1 1/A YA 2 mX A2
0,02041 0
NUT
1
n 1 1/2,16 1/2,16
A
Ls
1,6439 1 1/2,16 0,0004082 0
NUT 1,8621n500,537 0,463
mG s 0,761
A 2,16
NUT 1,8621n27,313
NUT 6,16