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Caso n.

º 4 A

Por forma a promover o novo destino turístico, a RIVCOSTA encarrega Greg Walker,
grande empresário da área musical, da organização de um mega festival de Verão com o
melhor cartaz de sempre. Para tal, dirige um pedido à Direcção Geral de Artes e
Espectáculos com vista à realização de um grande festival, o Caparica Greg Fest. A lei
determina que estes espectáculos podem ser realizados sempre que ocorram em local
adequado e estejam reunidas todas as condições de segurança. No entanto, a referida
entidade indefere este pedido, não considerando oportuna a sua realização, alegando que
Greg é apenas titular de um interesse legalmente protegido mas não de um direito
subjectivo.
Inconformado, Greg recorre para o Ministro da Cultura, o qual defere o seu pedido com
fundamento de que a decisão anterior teria violado o princípio da prossecução do
interesse público e da protecção dos direitos e interesses dos cidadãos.
Ao tomarem conhecimento de que o festival se vai realizar, os residentes naquela zona
impugnam o acto do Ministro, com fundamento de que o ruído produzido vai impedi-
los de descansar, para além de deixarem de ter lugar para estacionar naquela zona.
Entretanto, a associação recreativa do bairro, incomodada pelo facto de o festival se ir
realizar numa data que coincide com a realização das suas festas, decide também
impugnar o acto do Ministro, alegando que os planos da organização do mesmo não
cumprem normas legais de segurança em vigor.

1) Tem razão a Direcção-Geral quando indefere o pedido de Greg?


A administração quando tem de tomar uma decisão ela tem sempre, por regra, de
ponderar interesses.
Está sempre em causa interesse publico e os interesses particulares, existindo colisão
entre o interesse colectivo e particular.
O que parece transparecer da resposta da Administração, esta fez a ponderação e
considerou o interesse particular inferior e com o direito de recusar.
O direito subjectivo é discutível a pertinência da discussão entre este o interesse
legalmente protegido.
É considerada a posição jurídica de alguém que está condicionada por razões de
interesse público, portanto a foma como a lei da administração é diferente com mais
restrições feitas pela administração ao caso concreto.
A administração tem de decidir com base na lei.
O particular realmente tem um interesse legalmente protegido, o regente considera que
devemos ter em consideração o grau e não o género, pelo que ne sempre os direitos
subjectivos serão superiores em relação aos interesses legalmente protegidos.
A administração tem que justificar com a lei. Ou seja os motivos de segurança, e deverá
de relevar também os interesses legalmente protegidos

Minha resolução
A direção geral apenas poderia deferir o pedido de realização do evento com base na
falta de condições de segurança, e não com base no interesse legalmente protegido,
infringindo o princípio da legalidade, art.º 3º e do Princípio do Respeito pelos Direitos e
Interesses Legítimos dos Cidadãos, art.º 4 do CPA e art.º 266º/1 da CRP.

2) Tem razão o Ministro quanto ao fundamento que invoca para deferir o mesmo
pedido?
Qual é o interesse publico da decisão?
Economico, financeiro, turismo, cultural serão alguns interesses que poderiam ser
relevantes, mas por outro lado teremos interesses também eles públicos em choque
como a saúde publica e até de segurança.
A administração apenas poderá de decidir estes interesses e os do particular que quer
realizar a actividade e até a questão pode se colocar relativamente aos direitos dos
residentes.
O que determina qual o interesse que é relevante ou não é sempre a lei, sendo que pos
interesses que deve considerar é os interesses positivados, protegido pela lei

3) Serão válidos os argumentos sustentados pelos residentes para contestarem o


despacho do Ministro?
O argumento válido, é o direito ao descanso, um direito personalidade artº 70º do CC,
colocando em causa o princípio da proporcionalidade art.º 7º do CPA, já o do
estacionamento como não está positivado não releva para a lei.
A posição daqueles que pretendem um lugar de estacionamento ao pé de casa e seria
perturbado indirectamente por uma autorização administrativa e daqueles que iriam
sofrer com o ruido.

O Existe norma da constituição subjectivo direito à saúde e a integridade física e a lei


do ruido que protege as pessoas pelo que é um bem legalmente protegido, existe um
prejuízo eventual e com o aumento de pessoas e temos apenas um interesse de facto.

4) Seria procedente a acção da associação recreativa?


Art.º 68º/1 2º parte do CPA, cabe nos fins da associação, no entanto, as normas de
segurança apenas afecta os usufrutuários do evento e não associação pelo que na
previsão normativa não existe o interesse que a associação invoca

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