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Direito Administrativo

Caso n.º 5

Tendo em conta a realização de um grande evento desportivo internacional em Portugal,


o Primeiro-Ministro decide adoptar uma série de medidas tendo em vista assegurar a sua
realização:

1. Ordena às forças policiais que assegurem a vigilância de todos os locais


onde as competições vão decorrer;
As forças policias pertencem à administração central do estado
Os órgãos e serviços do Estado estão sujeitos ao poder de direcção do respectivo
membro do governo lei 4/2004 de 15 de Janeiro (princípios e normas que
obedece a organização da administração directa do Estado).
A competência seria a do ministro da Administração Interna
O PM está a adoptar um acto do MAI, tem que se respeitar as atribuições de
cada ministro, como sei qual a matéria da competência Lei orgânica do Governo
A ordem pode ser dada pelo MAI? art.º 272 administração directa (exercida
pelos órgãos que fazem parte do estado) do estado, não seria nenhuma
ilegalidade Art.º 182 e 199 al)d da CRP, aqui o estado será um estado
administração que haje em diferentes capacidades sendo uma delas a de
administração na capacidade de sujeito administrativo, que é uma pessoa
colectiva publica, quanto á sua natureza.
O que é uma pessoa colectiva? Sujeito de imputação de direitos e deveres que
existe instrumentalmente para a persecução de determinados fins.
Art.º 267 CRP fala do que se compõe a administração e existem outras pessoas
colectivas associações publicas e art.º 235 autarquias (autonomia) locais
(municípios), art.º 199/d directa, indirecta e autónoma onde o governo tem
diferentes poderes sobre estes.
Sendo o governo um órgão do Estado, sendo considerado o principal órgão, que
podemos definir como sendo aquele que vai exprimir a vontade da pessoa
colectiva.
As finalidades são os da pessoa colectiva e os ministros que têm também esta
finalidade serão eles órgão mas singulares, um órgão que está dentro de um
órgão cmplexo que integra vários órgãos singulares que serão os ministros e PM,
no governo não existe uma relação hierárquica, mas de coadjovação sendo o PM
o chefe do governo que forma o governo, mas não tem um poder hierárquico
sobre os ministros, ele toma decisões politicas e não administrativas.
O PM coordena, nomeia, define linhas gerais.
Os ministros estes são os que têm o poder de decisão.
Saberemos que determinada estrutura é um órgão quando a lei lhe atribui
competências próprias mesmo que sejam singulares como por exemplo o
presidente da camara ou os ministros singulares.
Secretários de estado serão o que, visto que não têm competência própria,
apenas competências delegadas, que com a delegação de poderes poderão
exercer, apenas serão coadjuvantes dos ministros serão, no entanto, também são
considerados órgãos pois terão poderes decisórios mesmo que delegados.
As policias quanto a sua natureza são um serviço, ou seja, uma estrutura
operacional que auxilia os órgãos, neste caso destina-se a prosseguir a segurança
publica, que esttá inserido no MAI que está hierarquizado.
Que poderes tem o MAI? tem este o poder de direcção das forças policiais sendo
que devemos considerar que dirigir significa comandar, ordenar, dar ordens
(comando individual e concreto) e instruções (comando geral e abstrato).
O PM quanto ao conteúdo esta instrução não poderia fazê-lo, no entanto, quanto
ao conteúdo o MAI poderia fazê-lo.

Emite uma orientação ao Instituto da Juventude, I. P, que tome as


providências necessárias para hospedar todos os jovens estrangeiros que se
pretendam deslocar a Portugal para assistir às competições;
Ver definição de instituto publico
Pertence à administração indirecta do estado publica, art.º 2º da Lei quadro
O governo pode emitir directivas acerca do modo de exercer a sua actividade
art.º 42º da lei 3/2004 de 15 de Janeiro (lei quadro dos institutos públicos) art.º
199 da CRP
Cada instituto apenas pode prosseguir os fins específicos que justificaram a sua
criação, Art.º 8º da lei 3/2004 de 15 de Janeiro da (lei quadro dos institutos
públicos);
O IJ, IP não tem como fim providenciar hospedagem para jovens estrangeiros
que venham assistir uma prova desportiva art.º 4º do Decreto lei 98/2011
Administração directa pessoa colectiva publica tem personalidade jurídica existe
uma descentralização de poderes
Administração indirecta e composta por pessoas colectivas publica diferentes do
estado que ainda estão em causa fins do estado, através da descentralização ou
…., tendo elas autonomia para tomar decisões mas estão sob a tutela e
superintendência art.º 42º
Esta orientação deixa alguma discrocieanariedade pelo que podemos entender
como sendo uma orientação e como tal dentro da sua competência, sendo
igualmente o PM incompetente para o fazer, aqui seria quem tem a tutela da área
da juventude e desporto que será o Ministro da Educação.

2. Fixa parâmetros dirigidos ao Metropolitano de Lisboa, E.P.E., para que


este adeque as suas tarifas e horários tendo em consideração os dias e locais
das competições;
Administração indirecta pública
As empresas publicas empresariais têm autonomia administrativa, financeira e
patrimonial e não estão sujeitas às normas da contabilidade pública, art.º 58º do
DL 133/2013, de 3 outubro.
Tem personalidade jurídica.
Qual a natureza jurídica? Empresa colectiva publica entidade publica
empresarial que é (qual o conceito de empresa publica) regime jurídico do sector
público empresarial, lei orgânica do governo, constituição, lei 4/2004
administração directa do estado, cada instituto publico tem o seu regime mas
temos a lei geral dos institutos públicos lei 3/2004, e para este caso temos
concretamente neste caso surge a lei sector publico empresarial
Uma empresa participada o estado tem uma partici+ação onde não exerce uma
influenciada participante Ex: o estado capital na EDP e na GALP, actualmente
são empresas participadas pois o estado ainda tem um percentagem de capital
mas não manda.
As empresas publicas art.º 5/1 e 2 do Decreto-Lei 133/2013 menciona que a
empresa é criada nos termos da lei comercial ou seja de direito comercial, uma
empresa, uma sociedade, tal, como qualquer um de nós quiser constituir uma
empresa pode faze-lo, e menciona que o estado ou entidade publica exerce uma
influencia dominante art.º 9º.
Outras empresas publicas são as entidades publicas empresariais (neste caso),
como se destingue esta empresa publica das primeiras?
Umas são criadas por decreto lei e outras por lei empresarial, existe o recurso a
uma forma empresarial do que termos uma empresa.
As EPE são pessoas colectivas e publicas que estão mais proiximads dos
institutospublicos no fundo existem para o estado ter uma flexidade maior mas
não exerce em regime de concorrência ao contrário por exemplo a rtp que
concorre.
Neste caso temos uma empresa publica sem se encontrar em concorrência que
tem uma forma mais espedicta de atingir o fim.
Este acto quanto ao conteúdo será que o governo pode orednar tal?

Que pioderes tem o estado da administração indirecta?


Tinhamos de perceber se este acto se traduzia num poder de superintendência,
apesar de a lei não especificar que as EPE estão sob a superintendência do
estado, O estado exece poderes iguais a outras entidades, empresas publicas
societárias, sendo estas entidade publicas empresariais, sendo a superintendência
art.º 199/d da CRP sendo sujeita a superintendência ou orientação do estado, de
facto não especifica na lei, mas perseguindo fins do estado, numa interpretação
art,º 144 da CRP, teríamos de justificar que é da administração indirecta do
estado pelos fins que prosseguem.
Hevendo orientação do estado será esta ordem uma orientação, parece se-lo
realmente uma orientação apesar de ter alguma especificidade mas ainda existe
alguma autonomia para chegar ao fim proposto
Apenas o ministro do secto que orienta as empresas que poderia dar esta
orientação estratégica, ou seja o ministro das finanças e o especifico.

3. Envia um comunicado a todos os municípios no sentido de disponibilizarem


os seus pavilhões desportivos para treino dos atletas;
Administração autónoma territorial
Autarquia locais são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos
representativos, que visam a persecução de interesses próprios das populações
respectivas, art.º 235º/2 da CRP, onde se engloba os municípios art.º 236º/2 da
CRP.
Descentralização administrativa art.º 237 crp.
Princípios gerais onde se incluem o princípio da descentralização administrativa
Art.º 4º lei 75/2013, de 12 de DEZ, Regime jurídico das autarquias locais.
É uma atribuição Municípios o desporto, educação, art.º 23º/2 d) e e) da lei
75/2013, de 12 SET.
Quala natureza da entidade?
Pessoa colectiva, espécie de autarquia local, a CM é um órgão, o municipo é a
pessoa colectiva.
O que é uma autarquia local? Inseridas são as freguesias e municípios
A constituição concebe as autarquias art.º 235 da CRP, com a razão de
descentralizar e satisfação dos interesses das pessoas locais, Freitas do Amaral
considera que as autarquias serão mais antigas, anteriores ao próprio estado.
Qual a razão de ser desta autonomia?
São integradas na administração autónoma, o poder local, reconhece a
constituição autonomia para prosseguir os interesses dos munícipes, á exemplo o
art.º 6º da CRP.
Não são interesses do estado mas sim dos municipios
Não terá o estado poder sobre as autarquias?
Tem poder de cumprimento de legalidade e da art.º 242º da CRP
Quanto ao conteúdo ao conteúdo o PM não poderia praticar o acto, mas mesmo
o ministro com competência/tutela das autarquias (secretários de estado) locais
este se for interpretado como uma recomendação não existe vinculo jurídico não
teríamos qualquer problema, no entanto numa interpretação de ordem a ordem
que neste caso é individual e concreto não poderia realiza-lo.

Art.º 9/1I regime autarquias

4. Impõe que a Ordem dos Médicos acelere a formação de especialistas em


diversas áreas médicas por forma a que os serviços hospitalares possam
responder de forma mais eficaz às necessidades durante as competições;
Administração autónoma
A ordem dos médicos é uma associação pública profissional art.º 1º da Lei
117/2015 de 31 de Agosto e art.º 167º do CC.
A ordem dos médicos não tem como função a formação de médicos art.º 3º da
Lei 117/2015 de 31 de Agosto, estatuto dos médicos
As associações publicas profissionais não podem prosseguir actividades nem
usar dos seus poderes fora das suas atribuições art.º 6º/2 (princípio da
especialidade) da lei 2/2013 de 10 de Janeiro.
Lei 2/2013
45/2 e 4
O que faz a ordem dos médicos na administração publica?
As ordens reconhecidas pelo estado e consideras como de interesse publico,
sendo no entanto distinguidas, estando na administração autonoma por
prosseguirem os seus próprios fins, sendo pessoas colectivas publicas,
Qual a razão de ser das ordens profissionais?
Art.º 263º da CRP, não podem exercer funções sindicais, não são meras
corporações, defendem interesses dos seus membros, interesses sobretudo
ligados à profissão e deontologia da profissão, a observância dessa deontologia
podia ser feita pelo estado mas entende-se que é mais eficaz que deixar aos
próprios a defesa das regras da sua profissão que ter o estado a faze-lo, e assim
pertencem a administração autonoma, têm orgãos próprios eleitos pelos mesmos
mas são pessoas colectivas publicas por se considerar uma coincidência entre
interesses privados e interesses públicos.
Que poder tem o estado nas ordens profissionais?
De tutela de tipo inspectiva art.º 45º e de legalidade (inspectiva e integrativa) lei
das associações publicas,
Poderia adoptar este acto?
Não poderia adoptar este acto a eficácia é relacinado com o mérito e não com a
legalidade.
5. Ordena a todos os hospitais públicos a fixação de um sistema de prevenção
no sentido do reforço do pessoal sempre que se verifique escassez de
médicos de serviço;
Qual a sua natureza?
Entidades publicas empresariais EPE, administração indirecta, empresas
publicas.
Poderiamos considerar que seria uma orientação vinculativa, ainda existe
autonomia na execução, sendo uma epe apenas poderia ser uma orienteção do
ministro competente e não do PM.

6. Pretende que os hospitais privados estejam preparados para atendimento


de doentes caso os hospitais públicos esgotem a sua capacidade;
Os hospitais públicos para receber teria de existir a contractação por parte do
estado com os hospitais privados a outra possibilidade apenas poderia, em
último caso Requisição civil art.º 62º da CRP.
7. Dirige instruções às Instituições Particulares de Solidariedade Social para
mobilizar voluntários no sentido de prestarem auxílio e informação a todos
os visitantes;
As IPSS`s estão mencionadas no art.º 82º/4 d CRP
As IPSS´s são instituições exclusivamente particulares, com o propósito de dar
expressão organizada ao dever moral de justiça e de solidariedade, contribuindo
para a efetivação dos direitos sociais dos cidadãos, desde que não sejam
administradas pelo Estado ou por outro organismo público, art.º 1º Dec. Lei 172-
A/2014 de 14 de Novembro;
As IPSS`s têm personalidade jurídica art.º 9º Dec. Lei 172-A/2014 de 14 de
Novembro;
O apoio do Estado não pode constituir limitação ao direito de livre atuação das
instituições, art.º 4º Dec. Lei 172-A/2014 de 14 de Novembro.
Pessoa colectiva privada, são expressão da sociedade civil que assume determinadas
funções e encargos que se dedicam a fins apoio à comunidade, idosos, crianças em
risco, etc, estes fins não tem a persecução do interesse publico em sentido restrito
que são fins definidos pela lei, estas finalidades são de interesse social, apesar de
neste caso coincidir com os interesses do estado.
Estas têm um estatuto em particular, não fazem parte da administração (pessoas
colectivas publicas, segundo freitas do amaral, adicionado as entidades formalmente
privadas mas uma entidade publica que tem sobre elas uma influência dominante,
outra doutrina, outra posição mais ampla considera que deverá ainda englobar todas
as pessoas colectivas privadas….., neste caso não será integrar a administração
mesmo no sentido mais amplo.
A forma como exercem estas finalidades publicas é através de contractos programas.
Instruções fazem parte do poder de direcção, são comandos e abstractos, nunca o
estado tem estes poderes perante uma entidade particular.
Mecanismos de controlo apenas.
Dec lei 119/83 art.º 3º

8. Determina a dissolução dos órgãos dirigentes de diversos clubes


desportivos, na sequência de diversas irregularidades por estes cometidas,
por forma a assegurar o prestígio do país organizador;
São Administração indirecta, poderes tutela
Têm relevância social pela função desportiva que lhe trás relevância ao
administrativo, na constituição também se prevê que o estado deverá apoiar a
páctica desportiva e os clubes desempenham esta função de interesse social o
que lhes permite ter apoios do Estado, sendo no entanto associações privadas,
tendo algumas delas estatuto de utilidades publicas sendo pessoas colectivas, que
não pertencem à administração publica, de utilidade publica, são privados,
reconhecem os seus fins que são especialmente reconhecidas pelo estado que
lhes atriui este estatuto, podendo ser IPSS`s e.
Pessoas colectivas privadas mas de mera utilidade publica pag. 86 da sebenta
Tem a utilidade publica que lhe é reconhecida com determinadas vantagens
nomeadamente isenções fiscais pelo que o estado não poderá destituir os órgãos
dirigentes pois estes apenas poderão usufruir de vantagens nomeadamente
fiscais.
Esta dissolução em termos de administração publica seria um acto de poder de
acto de tutela de forma sancionatória

9. Nomeia pessoas da sua confiança para presidentes de diversas federações


desportivas de modo a assegurar a elevada competência técnica da
organização da competição.
Regime jurídica de utilidade publica 248d/2008 art.º 2º, forma de associação,
unidesportiva pessoas ou entidades, as multidesportivas desenvolvimento da prática
desportiva desenvolvimento social.
Art.º 14 sobre a fiscalização que compete há entidade que seria
As federações são pessoas colectivas de utilidade publica, que englobam dentro de si
outra associações, funções relevantes pois podem representar o pais, já se colocaram de
casos de retirada de estatuto de utilidade publica a determinadas federações, quem
nomeia os órgãos dirigentes é os associados o governo apenas tem competência ara
realizar ações inspectivas e retirada do estatuto de utilidade pública.
Quid iuris?

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