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97-112,
2008. FapUNIFESP (SciELO).
Tucci alega que “o mundo está se tornando cada vez mais urbano” (p.97), e aponta a
economia, a população, e o uso do solo, como os principais indicadores para esse fenômeno. O
crescimento econômico possui uma inegável relação com o aumento da urbanização, pois ele
sugere equilíbrio financeiro e oportunidade de qualidade de vida. Estes fatores são atrativos
para a população, outro indicador de desenvolvimento urbano, gerando uma grande
concentração populacional em áreas economicamente estáveis. O uso do solo, o terceiro
indicador, determina qual o tipo de uso para o espaço urbano, limitando quais áreas para o uso
residencial, comercial, industrial e espaços públicos.
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Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo da UNIFAP.
concentração populacional em pequenas áreas, o aumento das áreas de periferia e a urbanização
descontrolada.
Estes problemas da cidade agravam a qualidade das águas urbanas do Brasil. Pois a
ausência de infraestruturas que garantam o tratamento adequado da água e esgoto do país,
prejudicam tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população. Para o doutor em
Recurso Hídricos isto decorre da visão limitada tanto de profissionais de engenharia quanto do
poder público sobre o que é a gestão de solo urbano e da sua infraestrutura (p. 99-100).
O artigo explica que “o Brasil infelizmente está ainda na fase higienista em razão de
falta de tratamento de esgoto, transferência de inundação na drenagem e falta de controle dos
resíduos sólidos” (p.101). Tucci expõe imagens e dados que representam a realidade brasileira
sobre cobertura de água e esgoto para comprovar a teoria que o desenvolvimento urbano tem
produzido um ciclo de contaminação, pois o abastecimento de água fica comprometido pela
falta de tratamento de esgoto sanitário e pluvial.
Sobre a Gestão da Água o texto define como “a gestão das ações dentro do ambiente
urbano pode ser definida de acordo com a relação de dependência da água através da bacia
hidrográfica ou da jurisdição administrativa do município, do Estado ou da nação” (p.108).
Criticando a falta de diálogo entre os níveis de poderes para aplicação eficiente das leis já
existentes sobre a gestão de águas. Tucci defende que a colaboração entre os poderes é
essencial para solucionar as problemáticas referentes as águas urbanas.
Por fim o autor comenta sobre as Tendências para o Brasil sobre a gestão das águas
urbanas, citando as metas do milênio propostas pelas Nações Unidas. Em seu texto, Tucci
reconhece a evolução do Brasil quanto à Gestão de Recursos Hídricos, pois o país instituiu um
amplo mecanismo de gestão das águas como: Plano Nacional de Recursos Hídricos, a nova
Legislação de Saneamento Ambiental, instituições como a Agência Nacional de Águas e as
agências estaduais e os Conselhos e Comitês de bacia.
No entanto, ele alerta sobre a questões no âmbito do saneamento básico, que ainda
estava muito aquém da qualidade necessária para a população. O autor defende a aplicação de
grandes investimentos financeiros para melhorar a qualidade da infraestrutura das águas
urbanas, além de integrar efetivamente as metas da Gestão dos Recursos Hídricos às do
Saneamento Ambiental, e pôr em pratica as ações determinadas por esses instrumentos.