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BLOCO 1:
O vapor de água é usado como meio de geração, transporte e utilização de energia desde
os primórdios do desenvolvimento industrial. Inúmeras razões colaboraram para a
geração de energia através do vapor. A água, por ser o composto mais abundante da
Terra é, portanto o de mais fácil obtenção e baixo custo. Na forma de vapor tem alto
conteúdo de energia por unidade de massa e volume. As relações temperatura e pressão
de saturação permitem a utilização como fonte de calor a temperaturas médias e de larga
utilização industrial com pressões de trabalho perfeitamente toleráveis pela tecnologia
disponível, já há muito tempo.
Grande parte da geração de energia elétrica do hemisfério norte utiliza vapor de
água como fluído de trabalho em ciclos termodinâmicos, transformando a energia
química de combustíveis fósseis ou nucleares em energia mecânica, e em seguida,
energia elétrica.
Toda indústria de processo químico tem vapor como principal fonte de
aquecimento: reatores químicos, trocadores de calor, evaporadores, secadores e
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básica é ainda hoje utilizada nas grandes caldeiras de tubos de água (figura
Nesta época, tais caldeiras já estavam sendo utilizadas para geração de energia elétrica.
A partir do início deste século o desenvolvimento técnico dos geradores de vapor
se deu principalmente no aumento das pressões e temperaturas de trabalho, e no
rendimento térmico, com utilização dos mais diversos combustíveis. A aplicação a
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Figura 5 - Caldeira de tubos curvados, Stirling, 1880.
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3. TIPOS DE CALDEIRAS
Atualmente, podemos classificar as caldeiras em dois tipos básicos:
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Fornalha carregada.
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industrial, as capacidades variam da ordem de 15 a 150 t/h, com pressões até 90-100
bar.
As figuras 9 e 10 mostram uma caldeira aquatubular compacta e uma caldeira de
alta produção de vapor.
Circulação da água
As paredes de água da
câmara de combustão podem
ser totalmente
integrais, ou seja, cada tubo
tangente ao próximo
formando uma parede
impermeável aos gases, ou
ainda podem ser construídas
com tubos interligados por
aletas de chapa soldadas. Há
ainda paredes de água com
tubos espaçados e parede
refratária. O calor que não atinge diretamente os tubos é reirradiado pelo revestimento
refratário (figura 14).
A necessidade de
utilização de combustíveis
sólidos para caldeiras de
pequena capacidade fez surgir
uma solução híbrida que são as
caldeiras mistas. Basicamente
são caldeiras flamotubulares
com uma antecâmara de
combustão com paredes
revestidas de tubos de água. Na
antecâmara se dá a combustão
de sólidos através de grelhas
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O
rendimento
térmico destas
caldeiras são
menores que as flamotubulares, devido a perda de calor pela antecâmara. Dificilmente
as paredes frontais e traseira são revestidas de tubos, devido a dificuldade construtiva
pelo pequeno tamanho da caldeira (figura 15).
Figura 15 - Caldeira flamotubular com ante-fornalha de paredes de água.
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4.1 - Superaquecedores:
com o aumento da produção de vapor. A irradiação de calor varia pouco com a carga de
produção de vapor . Em baixa carga a velocidade do vapor é mais baixa e
conseqüentemente os coeficientes de transferência de calor também.
Para manter a temperatura de saída do superaquecedor constante, projetaram-se
unidades mistas com secções de radiação e convecção.
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4.2 – Economizadores
Figura 20 - Elementos de
economizadores de tubos
aletados.
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Figura 21 - Economizador
de tubos aletados.
4.3 - Pré-aquecedores
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ANEXOS NR – 13
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
13.1 Caldeiras a vapor - disposições gerais
13.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor
sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se
os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.
13.1.2 Para efeito desta NR, considera-se "Profissional Habilitado" aquele que tem
competência legal para o exercício da profissão de engenheiro na atividades referentes a
projeto de construção, acompanhamento operação e manutenção, inspeção e supervisão
de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação
profissional vigente no País.
13.1.3 Pressão Máxima de Trabalho Permitida - PMTP ou Pressão Máxima de
Trabalho Admissível - PMTA é o maior valor de pressão compatível com o código de
projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus
parâmetros operacionais.
13.1.4 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual
ouinferior a PMTA;
b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;
c) injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema
principal, em caldeiras combustível sólido;
d) sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de
álcalis;
e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que
evite osuperaquecimento por alimentação deficiente.
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13.1.5 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem
visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, asseguintes informações:
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) capacidade de produção de vapor;
g) área de superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição.
13.1.5.1 Além da placa de identificação, devem constar, em local visível, a
categoria da caldeira, conforme definida no subitem 13.1.9 desta NR, e seu número ou
código de identificação.
13.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estive instalada, a
seguinte documentação, devidamente atualizada:
a) "Prontuário da Caldeira", contendo as seguintes informações:
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e
determinação da PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da
vida útil da caldeira;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
b) "Registro de Segurança", em conformidade com o subitem 13.1.7;
c) "Projeto de Instalação", em conformidade com o item 13.2;
d) "Projetos de Alteração ou Reparo", em conformidade com os subitens 13.4.2
e
13.4.3;
e) "Relatórios de Inspeção", em conformidade com os subitens 13.5.11, 13.5.12
e
13.5.13.
13.1.6.1 Quando inexistente ou extraviado, o "Prontuário da Caldeira" deve ser
reconstituído pelo proprietário, com responsabilidade técnica do fabricante ou de
"Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, sendo imprescindível a
reconstituição das características funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e
dos procedimentos para determinação da PMTA.
13.1.6.2 Quando a caldeira for vendida ou transferida de estabelecimento, os
documentos mencionados nas alíneas "a", "d", e "e" do subitem
13.1.6 devem acompanhá-la.
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13.4.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deve ser
respeitada a concepção original da caldeira, com procedimento de controle do maior
rigor prescrito nos códigos pertinentes.
13.4.1.2. Nas caldeiras de categorias A e B, a critério do "Profissional Habilitado",
citado no subitem 13.1.2, podem ser utilizadas tecnologia de cálculo ou procedimentos
mais avançados, em substituição aos previstos pêlos códigos de projeto.
13.4.2 "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos previamente nas
seguintes situações:
a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;
b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a
segurança.
13.4.3 O "Projeto de Alteração ou Reparo" deve: (113.024-2 / I
a) ser concebido ou aprovado por "Profissional Habilitado", citado no
subitem
13.1.2;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controlequalificação de
pessoal.
13.4.4 Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes
que operem sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com características
definidas pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2.
13.4.5 Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser submetidos à
manutenção preventiva ou preditiva.
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ANEXO
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras"
1. Noções de grandezas físicas e unidades Carga horária: 4 (quatro) horas
1.1. Pressão
1.1.1. Pressão atmosférica
1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
1.1.4. Unidades de pressão
1.2. Calor e temperatura
1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2. Modos de transferência de calor
1.2.3. Calor específico e calor sensível
1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido
1.2.6. Tabela de vapor saturado
2. Caldeiras - considerações gerais Carga horária: 8 (oito) horas
2.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações
2.2. Partes de uma caldeira
2.2.1. Caldeiras flamotubulares
2.2.2. Caldeiras aquotubulares
2.2.3. Caldeiras elétricas
2.2.4. Caldeiras a combustíveis sólidos
2.2.5. Caldeiras a combustíveis líquidos
2.2.6. Caldeiras a gás
2.2.7. Queimadores
2.3. Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras
2.3.1. Dispositivo de alimentação
2.3.2. Visor de nível
2.3.3. Sistema de controle de nível
2.3.4. Indicadores de pressão
2.3.5. Dispositivos de segurança
2.3.6. Dispositivos auxiliares
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ANEXO
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de
Processo"
1. Noções de grandezas físicas e unidades Carga horária: 4 (quatro) horas
1.1. Pressão
1.1.1. Pressão atmosférica
1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
1.1.4. Unidades de pressão
1.2. Calor e temperatura
1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2. Modos de transferência de calor
1.2.3. Calor específico e calor sensível
1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido
2. Equipamentos de processo Carga horária estabelecida de acordo com a
complexidade da unidade, mantendo um mínimo de 4 (quatro) horas por item,
onde aplicável.
2.1. Trocadores de calor
2.2. Tubulação, válvulas e acessórios
2.3. Bombas
2.4. Turbinas e ejetores
2.5. Compressores
2.6. Torres, vasos, tanques e reatores
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2.7. Fornos
2.8. Caldeiras
3. Eletricidade Carga horária: 4 (quatro) horas
4. Instrumentação Carga horária: 8 (oito) horas
5. Operação da unidade Carga horária: estabelecida de acordo com a
complexidade da unidade
5.1. Descrição do processo
5.2. Partida e parada
5.3. Procedimentos de emergência
5.4. Descarte de produtos químicos e preservação do meio ambiente
5.5. Avaliação e controle de riscos inerentes ao processo
5.6. Prevenção contra deterioração, explosão e outros riscos
6. Primeiros socorros Carga horária: 8 (oito) horas
7. Legislação e normalização Carga horária: 4 (quatro) horas
ANEXO
Requisitos para Certificação de "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos"
Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções, estabelecidos
nos subitens 13.5.4 e 13.10.3 desta NR, os "Serviços Próprios de Inspeção de
Equipamentos" da empresa, organizados na forma de setor, seção, departamento,
divisão, ou equivalente, devem ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO diretamente ou mediante
"Organismos de Certificação" por ele credenciados, que verificarão o atendimento aos
seguintes requisitos mínimos expressos nas alíneas "a" a "g". Esta certificação pode ser
cancelada sempre que for constatado o não atendimento a qualquer destes requisitos:
a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeira ou
vaso de pressão, com dedicação exclusiva a atividades de inspeção,
avaliação
de integridade e vida residual, com formação, qualificação e treinamento
compatíveis com a atividade proposta de preservação da segurança;
b) mão-de-obra contratada para ensaios não-destrutivos certificada segundo
regulamentação vigente e para outros serviços de caráter eventual,
selecionada e avaliada segundo critérios semelhantes ao utilizado para a
mão-
de-obra própria;
c) serviço de inspeção de equipamentos proposto possuir um responsável
pelo
seu gerenciamento formalmente designado para esta função;
d) existência de pelo menos 1 (um) "Profissional Habilitado", conforme
definido
nosubitem 13.1.2;
e) existência de condições para manutenção de arquivo técnico atualizado,
necessário ao atendimento desta NR, assim como mecanismos para
distribuição de informações quando requeridas;
f) existência de procedimentos escritos para as principais atividades
executadas;
g) existência de aparelhagem condizente com a execução das atividades
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propostas.
ANEXO
1. Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:
a) qualquer vaso cujo produto "PV" seja superior a 8 (oito), onde "P" é a
máxima pressão de operação em KPa e "V" o seu volume geométrico
interno
em m3, incluindo:
- permutadores de calor, evaporadores e similares;
- vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejam
dentro
do escopo de outras NR, nem do item 13.1 desta NR;
- vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores;
- autoclaves e caldeiras de fluido térmico que não o vaporizem;
b) vasos que contenham fluido da classe "A", especificados no Anexo IV,
independente das dimensões e do produto "PV".
ANEXO
1.1. Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a
seguir:
Classe "A":
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- fluidos inflamáveis;
- combustível com temperatura superior ou igual a 200º C (duzentos graus
centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 (vinte) ppm;
- hidrogênio;
- acetileno.
Classe "B":
- fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200º C (duzentos graus
centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) ppm;
Classe "C":
- vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido;
Classe "D":
- água ou outros fluidos não enquadrados nas classes "A", "B" ou "C", com
temperatura superior a 50ºC (cinqüenta graus centígrados).
1.1.1. Quando se tratar de mistura, deverá ser considerado para fins de classificação o
fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando-se sua
toxicidade, inflamabilidade e concentração.
1.2. Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do
produto "PV", onde "P" é a pressão máxima de operação em MPa e "V" o seu volume
geométrico interno em m3, conforme segue:
Grupo 1 - PV³ 100
Grupo 2 - PV < 100 e PV ³ 30
Grupo 3 - PV < 30e PV ³2.5
Grupo 4 - PV < 2.5e PV ³1
Grupo 5 - PV < 1
Declara,
1.2.1. Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo deverão enquadrar-se nas
seguintes categorias:
1 2 3 4 5
Classe de Fluído P.V ³ P.V < 100 P.V < 30 P.V < 2,5 P.V < 1
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Categorias
"A"
- Líquidos inflamáveis,
combustível com
temperatura
igual ou superior a 200
I I II III III
°C
- Tóxico com limite de
tolerância £ 20 ppm
- Hidrogênio
- Acetileno
"B"
- Combustível com
temperatura menor
que 200 °C I II III IV IV
- Tóxico com limite de
tolerância
> 20 ppm
"C"
- Vapor de água
- Gases asfixiantes I II III IV V
simples
-Ar comprimido
"D"
- Água ou outros fluidos
não II III IV V V
enquadrados nas classes
"A""B" ou
"C" com
temperaturasuperior a 50
°C
Notas: a) Considerar volume em m³ e pressão em MPa;
b) Considerar 1 MPa correspondente a 10,197 Kgf/cm².
Movimentação de cargas;
Produto perigoso é toda e qualquer substância que, dadas, às suas características físicas
e químicas, possa oferecer, quando em transporte, riscos a segurança pública, saúde de
pessoas e meio ambiente, de acordo com os critérios de classificação da ONU,
publicados através da Portaria nº 204/97 do Ministério dos Transportes. A classificação
desses produtos é feita com base no tipo de risco que apresentam.
Além das péssimas condições de certas estradas, roubos de cargas e imprevistos com o
caminhão, a falta de conhecimento do risco que representa transportar produtos
perigosos é outro fator que pode colocar em risco a vida do carreteiro. Isso porque são
poucos os profissionais que trafegam pelas rodovias e sabem identificar o perigo de uma
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carga pelo painel laranja obrigatório dos quase 3.100 produtos considerados perigosos,
que na maioria são constituídos por combustível (álcool, gasolina, querose, etc.) e
produtos corrosivos, como soda cáustica e ácido sulfúrico.
A identificação no veículo é feita através de retângulos laranjas, que podem ou não
apresentar duas linhas de algarismos, definidos como Painel de Segurança; e losangos
definidos como Rótulos de Risco, que apresentam diversas cores e símbolos,
correspondentes à classe de risco do produto a ser identificado.
No retângulo, a linha superior se refere ao Número de Risco do produto transportado e é
composto por no mínimo dois algarismos e, no máximo, pela letra X e três algarismos
numéricos. A letra X identifica se o produto reage perigosamente com a água. Na linha
inferior encontra-se o Número da ONU (Organização das Nações Unidas), sempre
composta por quatro algarismos numéricos, cuja função é identificar a carga
transportada. Caso o Painel de Segurança não apresente nenhuma identificação,
significa que estão sendo transportados mais de um produto perigoso.
Para efetuar a consulta, você deverá preencher um dos campos abaixo solicitados:
Exemplo: Caso você esteja procurando por Cloreto de Etila, basta digitar no campo
Tipo de carga perigosa a palavra Cloreto. Mas, se você não tiver o nome do produto,
basta digitar o nº ONU referente ao produto, no caso do Cloreto de Etila é 1037.
Suponhamos que você não tenha nem o nome do produto e nem o nº ONU, nessa
situação basta clicar no botão "Lista Completa".
Instalações elétricas;
O uso da eletricidade requer uma rede complexa de ligações que começa no poste da
concessionária e termina em soquetes e tomadas. Para que tudo isso funcione direito, é
necessário um projeto elétrico, elaborado por profissional especializado. Desenvolvido a
partir do projeto de arquitetura, ele define os pontos de luz e eletricidade da edificação,
de acordo com as necessidades de cada ambiente e considerando os aparelhos
eletroeletrônicos a ser instalados, determinando o porte da instalação, estabelecendo
circuitos e especificando os materiais a ser utilizados.
• poste de recepção - indispensável para a entrada de energia na casa, ele deve
atender às especificações da concessionária. Pode ser produzido em ferro ou concreto.
Os de ferro têm formato circular e são indicados para uma potência máxima de 12kW.
Já os de concreto não possuem limite de potência e podem ser encontrados prontos ou
concretados na própria obra. Nesse caso, seu projeto deve ser aprovado pela
concessionária. Para não haver riscos de energização, o poste deve receber um isolante
de porcelana (braquete), instalado no topo e ligado ao cabo que traz a energia do poste
público. A ele também estão ligados os cabos que levam a energia do poste até a caixa
de medição.
• caixa de medição - colocada do lado de fora da casa, ela é dividida em duas partes.
De um lado fica o medidor de consumo instalado pela concessionária e, paralelamente,
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internamente que seguram os fios por meio de pressão; ou ainda os conectores maiores,
em formato de cubo ou barra, produzidos em plásticos ABS, cerâmica ou polietileno,
que seguram os fios através de pequenos parafusos.
• tomadas, interruptores e outros pontos - a partir do quadro de distribuição, os fios
ou cabos são conduzidos a diversos pontos da casa, chegando até soquetes, interruptores
ou tomadas. Quanto aos soquetes para lâmpadas incandescentes, existem dois tipos: os
de porcelana e os de baquelita, mais indicados para uso em abajures. Já as fluorescentes
exigem soquetes especiais (de aperto ou carrapicho). As caixas de tomadas e
interruptores (em geral com medidas de 4" x 2" ou 4" x 4") são produzidas em metal ou
em PVC e podem ser encontradas também no formato octogonal. Quanto às tomadas,
existem dois tipos: bipolar (dois pólos, como a de um secador ou a da TV) e a tripolar
(dois pólos mais o terra, como a do computador), ambas com entrada para plugues
redondos ou chatos. Embora poucos produtos nacionais tenham plugues tripolares, esse
é o tipo de tomada mais seguro e de uso recomendado pela ABNT. Vale lembrar que
para intensidades de corrente superior a 15 ampères devem ser instaladas tomadas
específicas. Os interruptores podem ter ligação simples, paralela, (acionamento em dois
pontos diferentes) e intermediária (liga e desliga em três pontos distintos). A escolha
depende das conveniências.
• transformadores e reatores - entre as lâmpadas de uso residencial disponível no
mercado, duas exigem peças especiais para seu funcionamento: as fluorescentes
precisam de reatores - dispositivos de partida - subdivididos em convencional e os de
partida rápida (simultânea ao toque no interruptor). Para as dicróicas, que funcionam em
12V, é imprescindível um transformador para 110 ou 220V, normalmente vendido em
conjunto com as próprias lâmpadas.
• lâmpadas - São vários os tipos e modelos para uso residencial, e a escolha vai
depender apenas dos gostos de cada um e da linha adotada pelo projeto (ver dica
específica a esse respeito).
O fio terra tem a função de capturar a corrente elétrica que algumas vezes quer "fugir"
do interior dos aparelhos defeituosos e conduzi-la para a terra, desviando-a do corpo das
pessoas. Ele é fundamental para a proteção das pessoas contra os choques elétricos,
absorvendo e encaminhando para a terra as correntes que "fugiram" dos aparelhos, e
para a proteção dos parelhos elétricos contra picos de energia. Ele descarregará para a
terra as correntes "fugitivas" e estabilizará as tensões quando ocorrer defeitos nas
instalações.
Podemos compará-lo ao cinto de segurança de um automóvel. Como o automóvel
funciona e transporta pessoas que não estão utilizando o cinto de segurança, os
aparelhos também funcionam sem possuir o fio terra. Por isso, muitas vezes as pessoas
não se lembram de colocar o fio terra, fazendo com que os riscos à segurança das
pessoas e dos aparelhos aumentem bastante, da mesma forma que no automóvel que se
envolve em um acidente e seus ocupantes não estão usando o cinto de segurança.
Como Dimensionar o Fio Terra de suas Instalações Elétricas?
É obrigatório que os fio neutro e terra sejam separados desde o quadro de distribuição e
instalados no mesmo eletroduto em que está o fio fase. O fio terra das tomadas deve ser
ligado ao terminal de aterramento do quadro de distribuição. Esses procedimentos são
fundamentais para evitar danos aos aparelhos elétricos.
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Todos os aparelhos eletrônicos do imóvel e os fios que vêm da rua, como cabo de
antenas e telefones, devem ter seu protetor. Esses protetores, a exemplo dos chamados
filtros de linha, são facilmente encontrados no mercado e têm como função desviar o
pico de energia para a terra, evitando danos ao aparelho. O aterramento é essencial para
o funcionamento correto dos protetores.
É recomendável a instalação de um protetor também no quadro de distribuição do
imóvel, principalmente em regiões de grande incidência de descargas atmosféricas.
Recomendações para Grandes Instalações
Nas instslações de Centro de Processamento de Dados e redes de micros, a técnica de
aterramento vista até agora não é suficiente.
Nesses cassos é recomendável utilizar para o aterramento a "malha de terra de
referência".
Essa malha deve ficar sob o piso e permitirá que os terras lógicos dos aparelhos sejam
aterrados através de ligações curtas e diretas, preferencialmente por condutores chatos
ou fitas. Já existem malhas pré-frabicadas, mas recomendamos consultar um projetista
para dimensioná-la. Essa malha também deve ser ligada ao sistema de aterramento de
força da instalação para evitar variações das tensões.
Máquinas e ferramentas;
As questões da segurança de máquinas colocam-se com grande acuidade em dois
planos:
· No plano da concepção, fabrico e comercialização das máquinas;
· No plano da utilização das máquinas enquanto equipamentos de trabalho.
regras estabelecem as prescrições mínimas que devem ser respeitadas nas legislações e
práticas administrativas dos Estados membros e funcionam como garantia da
harmonização no progresso das condições de trabalho.
Aqueles dois princípios significam, na prática, que:
· As regras de segurança das máquinas (Diretiva Máquinas) estabelecidas nos
Estados membros visam a regulação do mercado e não podem ser mais exigentes que a
legislação europeia;
· As regras de segurança no trabalho com as máquinas (Directiva Equipamentos de
Trabalho) estabelecidas nos Estados membros visam a regulação das condições de
trabalho (cariz social) e não podem ser menos exigentes que a legislação europeia.
Estas duas áreas da legislação europeia estão transpostas para a legislação nacional
através dos seguintes diplomas:
· Segurança de máquinas: DL 320/01, de 12 de Dezembro;
· Segurança do trabalho com equipamentos de trabalho: DL 82/99, de 16 de
Março.
Resulta daqui que o último diploma referido contém as regras fundamentais no âmbito
especificamente considerado na segurança e saúde do trabalho. Todavia, ao regular
as prescrições mínimas de segurança e de saúde na utilização de equipamentos de
trabalho, não prejudica (até supõe) a legislação relativa às exigências essenciais de
segurança no fabrico e na comercialização desses equipamentos..
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Princípios de segurança
O princípio geral estabelecido na Diretiva Máquinas indica que a colocação no
mercado e a entrada em serviço das máquinas e componentes de segurança
abrangidos só é possível se não comprometer a segurança e a saúde de quem quer
que seja.
· Segurança integrada:
Princípios gerais:
Princípios específicos:
§ Aptidão da máquina para cumprir a função a que se destina;
§ Programação adequada do serviço de manutenção;
§ Extensão da fiabilidade da máquina à montagem, desmontagem e todo o ciclo de vida
útil do equipamento incluindo situações anómalas previsíveis;
· Máquinas agro-alimentares;
· Máquinas portáteis mantidas em posição e ou guiadas à mão;
· Máquinas para madeira e materiais similares;
· Máquinas com riscos associados à sua mobilidade;
· Máquinas destinadas a realizar operações de elevação de cargas;
· Máquinas destinadas a realizar operações de elevação ou deslocação de
pessoas;
· Máquinas destinadas à utilização em trabalhos subterrâneos.
Diretiva Máquinas.
· Indústria têxtil;
· Equipamentos de elevação e de movimentação;
· Agricultura;
· Trabalhos subtrerrâneos;
· Outras máquinas (de corte, moagem e trituração, injecção e compressão,
dispositivos relacionados com cardans amovíveis, pirotecnia).
Em suma, o período de adaptação encontra-se concluído, pelo que, presentemente,
todos os equipamentos de trabalho têm que observar os requisitos de segurança
legalmente estabelecidos. A este propósito, importa reconhecer que esta reconversão
confronta os empregadores com algumas dificuldades, nomeadamente :
· Elevados custos de alteração e reconversão dos equipamentos;
· Interpretação e definição dos requisitos mínimos aplicáveis em alguns
equipamentos;
· Reduzida quantidade de documentação técnica para apoio à análise das
necessidades de segurança dos equipamentos e definição das soluções a
adoptar;
· Reduzido número de empresas idóneas para a execução das soluções
técnicas preconizadas.
Todavia, trata-se não só de uma obrigação legal, mas, também, de um desafio que se
torne necessário encarar na perspectiva da modernização da indústria do sector, haja
em vista que se trata de legislação europeia e, como tal, determinante na
competitividade das nossas empresas.
Requisitos mínimos de segurança dos equipamentos de trabalho
Sucintamente enumeram-se de seguida os principais requisitos gerais de segurança
aplicáveis à utilização aos equipamentos de trabalho.
· Sistemas de comando:
o Os sistemas de comando que tenham incidência sobre a segurança devem
ser claramente visíveis, identificáveis e com marcação apropriada ;
o Os sistemas de comando devem ser colocados fora de zonas perigosas, de
modo a que o seu accionamento, por manobra não intencional, não
ocasione riscos suplementares;
o O operador deve poder observar toda a zona de trabalho, principalmente as
zonas perigosas;
o Os sistemas de comando devem ser seguros;
· Arranque do equipamento :
o Sistema de comando de acção voluntária para:
§ Colocação em funcionamento;
§ Arranque após uma paragem;
§ Sofrer uma modificação importante das condições de
funcionamento;
· Paragem do equipamento :
o Um sistema de comando que permita a paragem geral em condições de
segurança e um dispositivo de paragem de emergência;
o A ordem de paragem deve ter prioridade sobre as ordens de arranque;
o A alimentação de energia dos accionadores do equipamento deve ser
interrompida sempre que se verifique a paragem do equipamento ou dos
seus elementos perigosos;
· Estabilidade e rotura:
o Estabilização dos equipamentos de trabalho e respectivos elementos, por
fixação ou por outros meios ;
51
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
enuncia de seguida.
· Requisitos complementares dos equipamentos móveis e sua utilização:
o Adaptação dos equipamentos que assegurem o transporte de
trabalhadores, em particular no que respeita aos riscos de contacto com as
rodas ou lagartas e de capotamento;
o Sistema de segurança na transmissão de energia;
o Protecção contra o risco de capotamento de empilhadores;
o Sistemas de protecção contra os riscos associados aos equipamentos
móveis automotores;
o Condução reservada a trabalhadores devidamente habilitados;
o Estabelecimento de regras de circulação se os equipamentos se
movimentarem em zonas de trabalho;
o Interdição de circulação de trabalhadores a pé nas zonas em que operem
equipamentos de trabalho automotores, excepto se a deslocação for
necessária para a execução dos trabalhos e estiverem implementadas
medidas adequadas a evitar que sejam atingidos pelos equipamentos;
o Transporte de trabalhadores em lugares seguros nos equipamentos de
trabalho móveis accionados mecanicamente e redução da velocidade se for
necessário efectuar trabalhos durante a deslocação;
o Utilização de equipamentos de trabalho móveis, com motor de combustão,
em zonas de trabalho restrita a locais que tenham uma quantidade de ar
suficiente para evitar riscos para a segurança ou saúde dos trabalhadores.
· Requisitos complementares dos equipamentos de elevação de cargas e sua
utilização:
o Garantia da solidez e estabilidade durante a sua utilização ;
o Instalação de modo a reduzir o risco de as cargas colidirem com os
trabalhadores, balancearem perigosamente, bascularem, caírem ou de se
soltarem involuntariamente;
o Indicação, de forma bem visível, da sua carga nominal;
16
o Acessórios de elevação com a marcação das características essenciais da
sua utilização com segurança;
o Sinalização de proibição adequada, no caso de o equipamento de trabalho
não se destinar à elevação de trabalhadores;
o Protecção contra os riscos de queda do habitáculo e esmagamento, bem
como sistema de evacuação do equipamento no caso de acidente;
o Garantia de estabilidade, tendo em conta a natureza do solo;
o Restrição da elevação de trabalhadores a equipamentos de trabalho e
acessórios destinados a essa finalidade específica ou que disponham das
medidas necessárias para garantir a sua segurança, nomeadamente que o
posto de comando esteja ocupado em permanência e os trabalhadores
disponham de meios de comunicação e de evacuação seguros ;
o Interdição da presença de trabalhadores sob cargas suspensas ou da
deslocação de cargas suspensas por cima de locais de trabalho não
protegidos, excepto se a boa execução dos trabalhos não puder ser
assegurada de outra forma e se forem adoptadas as medidas de protecção
adequadas ;
o Garantia dos requisitos de segurança nos acessórios de elevação de
cargas:
§ Serem escolhidos em função das cargas a manipular, dos pontos de
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Elementos de fixação
No tipo de união
permanente, os
elementos de fixação,
uma vez instalados, não
podem ser retirados sem
que fiquem inutilizados.
É o caso, por exemplo,
de uniões feitas com
Solda
rebites e soldas. Rebite
Rebite
Pino
Cavilha
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
A cavilha tem a função de unir peças que não são articuladas entre si.
Contrapino ou cupilha
Parafuso
Porca sextavada
Arruela chanfrada
Arruela
Anel elástico
Anel
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também, para posicionar ou limitar o movimento de uma peça que desliza sobre um
eixo.
Chaveta
Chaveta
Elementos de transmissão
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Já a transmissão por atrito possibilita uma boa centralização das peças ligadas
aos eixos. Entretanto, não possibilitam transmissão de grandes esforços quanto os
transmitidos pela forma. Os principais elementos de transmissão por atrito são os
elementos anelares e arruelas estreladas.
Esses elementos
constituem-se de dois anéis
cônicos apertados entre si que
atuam ao mesmo tempo sobre
o eixo e o cubo
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
As arruelas estreladas possibilitam grande rigor de movimento axial (dos eixos) e radial
(dos raios). As arruelas são apertadas por meio de parafusos que forçam a arruela contra
o eixo e o cubo ao mesmo tempo.
Eixos e árvores
Assim como o homem, as máquinas contam com sua “coluna vertebral” como
um dos principais elementos de sua estrutura física. Esta estrutura constituem: eixos e
árvores, que podem ter perfis lisos ou compostos, em que são montadas as engrenagens,
polias, rolamentos, volantes, manípulos, etc.
Os eixos e as árvores podem ser fixos ou giratórios, têm a principal função de sustentar
os elementos de máquina. No caso dos eixos fixos, os elementos (engrenagens com buchas,
polias sobre rolamentos e volantes) é que giram, fazendo sozinhos os papéis de transmissão de
movimentos.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Material de fabricação
De acordo com suas funções, uma árvore pode ser de engrenagens (em que são
montados mancais e rolamentos) ou de manivelas, que transforma movimentos
circulares em movimentos retilíneos.
Para suporte de forças radiais, usam-se geralmente espigas retas, cônicas, de
colar, de manivela e esférica.
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Quanto ao tipo, os
eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados, maci-
ços, vazados, flexíveis, cônicos, cujas características estão descritas a seguir.
Eixos maciços
A maioria dos eixos maciços têm seção transversal circular maciça, com degraus
ou apoios para ajuste das peças montadas sobre eles. A extremidade do eixo é chanfrada
para evitar rebarbas e arestas cortantes. As arestas também são arredondadas para aliviar
a concentração de esforços.
61
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Eixos vazados
Eixos cônicos
Eixos roscados
Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua
utilização como elemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na
fixação de rebolos para retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos.
Eixos- árvore
ranhurados
Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua
circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças
que serão montadas no eixo. Os eixos ranhurados são utilizados na transmissão de
potências elevadas.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Eixos-árvore estriados
Eixos- árvore
flexíveis
Correias
São elementos de máquinas que trnasmitem movimentos de
rotação entre eixos poe intermídio de um conjunto de outros
elementos chamados de polias. As correias podem ser
contínuas ou com emendas. As correias podem
assumir também as formas de “V”, lisa e
dentada.
Polias
São peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas
correias. Seus tipos são determinados pela forma da superfície na qual a correia se
assenta. Elas podem ser planas ou trapeizoidais. As polias planas
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
podem apresentar dois formatos na sua superfície de contato. Essa superfície pode ser
plana ou abaulada.
A plana conserva mais as correias e a abaulada guia melhor as correias.
milímetros de diâmetro.
Abaixo desse valor, a coroa é ligada ao cubo por meio
de discos (alma).
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Correntes
São elementos de transmissão, geralmente metálicos, construídos de uma série
de anéis ou elos. Existem vários tipos de correntes, e cada tipo possui uma aplicação
específica.
As
correntes transmitem força (potência) e movimento que fazem com que a rotação do
eixo ocorra nos sentidos horário ou anti-
horários. Para isso, as engrenagens devem
estar num mesmo plano. Os eixos de
sustentação das engrenagens ficam
sempre perpendiculares a este plano.
A transmissão é feita por meio do
acoplamento dos elos da corrente com os
dentes da engrenagem. A junção desses elementos gera
uma pequena oscilação durante o movimento. Para
resolver este tipo de problema,
algumas medidas são adotadas,
como: instalação de amortecedores especiais, colocação de apoios ou guias ou ainda a
colocação de um dispositivo chamado esticador ou tensor. Este último tem a finalidade
de reduzir grandes folgas melhorando sensivelmente o contato das engrenagens com a
corrente.
Engrenagens
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Tipos de engrenagens
Engrenagens cilíndricas
Possuem este norme devido a forma cilíndrica e podem ter dentes retos ou
helicoidais (inclinados em forma de hélice).
Engrenagem cilíndrica de
Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais
dentes retos
Os dentes retos são paralelos entre si e igualmente paralelos ao eixo da
engrenagem, já os dentes helicoidais são paralelos entre si porém oblíquos em relação
ao eixo da engrenagem.
As engrenagens
cilíndricas transmitem
rotação e potência entre
eixos paralelos.
As engrenagens
helicoidais transmitem
rotação e potência entre
eixos reversos (não
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Possuem forma de um
tronco de cone.
Elas também podem ter
dentes retos ou helicoidais.
As engrenagens cônicas
transmitem rotação e potência
entre eixos concorrentes, que são
aqueles eixos que, quando
prolongados, encontrar-se-iam
em um mesmo ponto. Na figura
ao lado, o ponto A determina o ponto de encontro entre os dois eixos imaginariamente
prolongados, bem como o ângulo por estes formados.
Engrenagens helicoidais
Cremalheira
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Rodas de atrito
São elementos de máquinas que transmitem movimento por atrito entre dois
eixos paralelos ou que se cruzam.
Roscas
Cabos de aço
Ponte rolante
Elevador Escavadeira
Componentes
O cabo de aço se
constitui de alma e
perna. A perna se
compõe de vários
arames em torno
de um arame
central, conforme
demonstrado na
figura ao lado.
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Acoplamento
Utilizando um conceito
mais formal, podemos dizer
que o acoplamento é um
conjunto mecânico, contituido
de elementos de máquinas,
empregado na transmissão de
movimento de rotação entre
duas árvores ou eixo-árvores.
Os acoplamentos podem ser fixos, elásticos e móveis.
Acoplamentos fixos
Os acoplamentos fixos servem para unir árvores de tal maneira como se fossem
uma única peça, alinhando as árvores de forma precisa. Por motivos de segurança os
acoplamentos devem ser construidos de forma que naõ apresentem nenhuma saliência.
A seguir vamos demonstrar alguns tipos de acoplamentos fixos.
Empregado
na transmissão de
grandes potências
em casos especiais,
como, por
exemplo, nas
árvores de turbinas.
As superfícies de
contato nesse tipo de acoplamento podem ser lisas ou dentadas.
Acoplamentos elásticos
Os elementos transmissores
são pinos de aço com mangas de
borracha.
Acoplamento perflex
Os discos de acoplamento
são unidos perifericamente por
uma ligação de borracha apertada
por anéis de pressão. Esse
acoplamento permite o jogo
longitudinal de eixos.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Esse tipo de junta é usado para transmitir movimento entre árvores que
precisam sofrer variação angular durante sua atividade. Essa junta é contituída
de esferas de aço que se alojam em calhas.
Na ilustração a seguir, temos um exemplo típico de junta homocinética
utilizadas em veículos.
Acoplamentos móveis
Molas
As molas são muito usadas como componentes de fixação elástica. Elas sofrem
deformação quando recebem a ação de alguma força, mas voltam ao estado normal, ou
seja, ao repouso, quando a força cessa.
As uniões elásticas são usadas para amortecer choques, reduzir ou absorver
vibrações e para tornar possível o retorno de um componente mecânico à sua posição
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Armazenamento de energia
Amortecimento de choques
Distribuição de cargas
Limitação de vazão
Tipos de mola
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Quanto ao
esforço que suportam, as molas podem ser de tração, de compressão ou de torção.
Molas
helicoidais
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
As
molas helicoidais podem funcionar por compressão, por tração ou por torção.
A mola helicoidal de compressão é formada por espirais. Quando esta mola é
comprimida por alguma força, o espaço entre as espiras diminui, tornando menor o
comprimento da mola. Um exemplo desta mola é demonstrado na
figura acima.
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Came
Seguidor
Came
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Balancim
Mola
À medida que a came
vai girando, o seguidor sobe e
desce, ou vice-versa.
Haste
Válvula
Came
Came
Tipos
Came de disco
Came de tambor
Came
frontal
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Came de palminha
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Palminha de martelo
Nesse tipo de came, a distância entre os dentes do elemento condutor deve ter
dimensões que evitem a queda da alavanca sobre o dente seguinte. Portanto, é preciso
que, durante a queda da alavanca, o elemento condutor permaneça girando.
Palminha de pilão
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· máquinas operatrizes
· máquinas têxteis
· máquinas automáticas de embalar
· armas automáticas
· motores térmicos
· comandos de válvulas
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Elementos de apoio
Buchas
As buchas existem desde que se passou a usar transportes com rodas e eixos. No
caso de rodas de madeira, que até hoje são usadas em carros de boi, já existia o
problema de atrito. Durante o movimento de rotação as superfícies em contato
provocavam atritos e, com o tempo, desgastavam-se eixos e rodas sendo preciso trocá-
los.
Com a introdução das rodas de aço o problema com atritos ainda se manteve. Só
que de uma forma bem maior, pois estas suportam maiores rotações e impactos. A
solução encontrada foi a de colocar um anel de metal entre o eixo e as rodas. Esse anel,
mais conhecido como bucha, reduz bastante o atrito, passando a constituir um elemento
de apoio indispensável.
As buchas podem ser classificadas, quanto ao tipo de solicitação, em buchas de
fricção radial e de fricção axial.
Em determinados trabalhos de usinagem, há a necessidade de furação, ou seja,
de fazer furos. Para isso é preciso que a ferramenta de furar fique corretamente
posicionada para que os furos sejam feitos exatamente nos locais marcados. Nesse caso,
são usadas as buchas-guia para furação e também para alargamento dos furos.
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Guias
Rolamentos e mancais
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Conjuntos mecânicos
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por um conjunto de peças. Um dispositivo pode ter uma função isolada ou pode ser
colocado em uma máquina para exercer determinadas funções.
Calço regulável
Grampo fixo
Serra tico-tico
É um conjunto mecânico que tem como uma das finalidades serrar peças
deixando-as com contornos curvos.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Para a efetivação desse processo, um dos meios de aquecimento das superfícies a serem
soldadas é através do calor proveniente da combustão de uma mistura de gases, sendo
um deles o oxigênio, chamado de agente comburente e outro que pode ser : acetileno,
Hot Flame, G L P, gás natural, hidrogênio, etc, chamado de agente combustível.
O processo de solda por agentes gasosos usado no pais quase sempre, é a oxi-
acetilênica, em que são misturados oxigênio (comburente) e acetileno (combustível) na
proporção necessária para atingir a temperatura necessária à realização da soldagem por
brasagem, autógena ou solda branca.
CORTE
O oxi-corte é, na realidade, um processo de combustão. Quando uma chapa de aço é
cortada, o ferro presente na sua composição, aquecido por uma chama à sua temperatura
de ignição, reage com o oxigênio produzindo óxidos de ferro, que serão removidos da
área de reação.
Solda Branca: É um dos mais antigos processos de soldagem, tem como material de
adição ligas de baixo ponto de fusão, tais como chumbo-estanho cádmio, etc.
Pelo exposto vemos que a chama de pré-aquecimento, tem por função aquecer o aço até
a sua temperatura de ignição e este fornecer o calor adicional necessário à manutenção
da reação.
Diversos gases combustíveis podem ser usados para obter a chama de pré-aquecimento,
sempre combinado com o oxigênio.
O PROCESSO OXIACETILÊNICO
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Ferramentas abrasivas
A utilização segura da ferramenta abrasiva é fundamental para o sucesso em operações
de retificação, rebarbação, corte, lixamento, etc.
EXEMPLOS :
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
A cinta de lixa é rápida na remoção de materiais com mínima geração de calor sobre a
peça-obra, sendo de fácil ajuste manual e indicado para desbaste, acabamento e
polimento de diversos materiais.
Os discos de corte são ferramentas abrasivas utilizadas para o corte de diversos tipos
de materiais, metálicos e não-metálicos, como aço, ferro fundido, bronze, latão, titânio,
tungstênio, cerâmica ou vidro, em forma de barras, tubos, placas, chapas e perfis além
de serem aplicados para abertura de canaletas.
Comparado com serras de aço os cortes com discos abrasivos são mais vantajosos
quanto mais duros e tenazes forem os materiais.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Standard: para operações mecanizadas, em quase todos os tipos de lixas, com ou sem
furo central.
Pluma: com pluma no costado, sendo necessária, a utilização com suporte específico.
Disponível com ou sem furos de aspiração (speed-grip).
Abrasivo - Escova
As escovas de aço são ideais para serviços pesados, como remoção e limpeza em
serviços pesados, como remoção de soldas, rebarbamendo de peças, enfim tudo de
limpeza que necessite esforço.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Para trabalhos manuais e com máquinas portáteis, as folhas de lixa são indicadas para
operações de desbaste e acabamento de superfícies, remoção de excesso de material,
camadas oxidadas, acabamento pré-pintura, etc. Em metais e madeiras com vernizes,
seladoras, massas e tintas.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
As pedras abrasivas são indicadas para afiações manuais nos mais diversificados fins
domésticos, industriais e agrícolas. Proporcionam acabamento perfeito ao fio de corte
das ferramentas.
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Abrasivo - Rebolos
Os rebolos são ferramentas constituídas por grãos abrasivos ligados por um aglutinante
com forma e dimensões definidas. Efetuam o trabalho de cortar, desbastar, retificar,
afiar, polir, etc.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Os rolos lixa podem ser recortados para uso em operações manuais, revestimentos de
cilindros, máquinas vibradoras, confecção própria de cintas e discos, etc.
Recomendações gerais:
Indicado para uso sobre bocais de acesso com diâmetro superior a 1,1 m ou em beirais.
Produzido em tubos de aço com acabamento anti-ferruginoso. Possui uma roldana em
nylon e olhal para fixação de um eventual segundo cabo. Peso: 32 kg.
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MONOPÉ MODELO 1
Indicado para uso em bases previamente fixadas em beirais. Produzido em duas peças
de aço, articuladas, para facilidade de transporte, com acabamento anti-ferruginoso.
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MONOPÉ MODELO 2
Indicado para fixação em olhal ou barra horizontal situada de 1,5 a 3,5 m do piso.
Constituído de dois tubos quadrados em alumínio, encaixe telescópico, com
comprimento variável de 2,2 a 3,5 m.
Pode ser usado com até dois aparelhos: um ou dois guinchos, um guincho e um trava-
queda resgatador. Possui olhal para fixação de um eventual terceiro cabo. Peso: 7 kg
Importante:
CARACTERÍSTICAS:
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Aprovação de uso: equipamentos patenteados, obedecem às exigências do Ministério do
Trabalho e à norma NBR 14751 da ABNT (itens 4.2.7, 4.3 e 5.4).
Fácil transporte: os nossos guinchos são fornecidos em sacolas de nylon resinado para
transporte e armazenagem, junto com seu cabo ou corda.
Guincho G-1
Peso: 9 kg.
Guincho G-2
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Peso: 12 kg.
Guincho G-3
Peso: 4 kg.
Especialmente
indicado para trabalho
em espaço confinado
(veja maiores detalhes
no Capítulo 8).
Possui manivela de
resgate que só deve ser
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
usada na emergência,
visto que o
equipamento não é
projetado para
movimentação
constante de pessoa ou
peso. Em condições
normais de trabalho, a
manivela de resgate é
mantida desativada e o
aparelho funciona de
forma idêntica a
qualquer trava-queda
retrátil.
NR – 33
SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
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ANEXO I - SINALIZAÇÃO
Sinalização para identificação de espaço confinado
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Obs.:
A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna “não”.
A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme, ordem do Vigia ou
qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica no abandono imediato da área
Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica a emissão de nova permissão de entrada. Esta
permissão de entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu término. Após o trabalho, esta
permissão deverá ser arquivada.
Montagem de andaimes.
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A movimentação co Talabartes.
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Dispositivo trava-queda
a) Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em
operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de
segurança para proteção contra quedas.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Cinturão
a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em
trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.
Utilização de escadas.
*Nunca coloque um escada em frente a abertura de um porta, ao menos que seja bem
sinalizada ou tenha alguém vigiando.
*Uma escada deve estar bem apoiada sendo segura na base ou amarrada no ponto de
apoio.
*Suba ou desça de frente para as escada, não suba além dos dois últimos degraus.
*Materiais não podem ser transportados ao subir ou descer da escada, use equipamento
apropriado para elevar ou descer materiais.
Cintos de Segurança .
Em atividades com risco de queda e altura superior a 2 m, deve ser usado cinto pára-
quedista, com ligação frontal (fig.1) ou dorsal (fig.2).
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
...
119
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
2. Placa olhal PO-2: em paredes de concreto, utiliza-se a placa olhal de inox, com 2
chumbadores de 3/8” de diâmetro. Em superfícies metálicas, a placa olhal pode ser
soldada ou fixada por parafusos
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Vara Telescópica
Permite acessar pontos de ancoragem situados a menos de 10 m do solo. Fácil
regulagem e ajuste do comprimento, de 2,5 a 7,5 m. É a mais leve vara telescópica do
mercado: 2,6 kg.
Conexão da vara telescópica aos ganchos G-1 ou G-2, por simples rotação de 90º.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Conexão do gancho G-2 à barra de ancoragem, por meio de pressão e rotação de 90º.
APLICAÇÕES
1. Segura movimentação em escadas móveis, para limpeza, manutenção de luminárias,
exaustores e equipamentos industriais.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Fácil funcionamento
Fixação do trava-queda
Deve ser fixado sempre acima do trabalhador em local que resista a, no mínimo,
1500 kg. O deslocamento horizontal do trabalhador, em relação ao prumo do aparelho
(L), não deve ser superior a um terço da distância entre a argola dorsal do cinto e o solo
(H).
Deslocamento vertical do trava-queda
Para otimizar o uso de qualquer trava-queda, seu ponto de fixação pode ser
alterado usando-se correntes de aço com elos de, no mínimo, 6mm de diâmetro.
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Modelo R-10
Único produto no mercado com resistente carcaça de aço inoxidável e opção de
vedação para uso externo.
Possui 10m de cabo retrátil em aço galvanizado, 4,8mm de diâmetro, resistência
de 1500 kg e terminal tipo olhal com destorcedor. Peso: 6 kg. Pode ser fornecido com
cabo inoxidável ou em kevlar.
Modelo R-20R
Possui manivela para resgate em áreas confinadas. Demais características são
idênticas às do modelo R-20. Veja detalhes no nosso site, item 7 de “Nossos
Produtos”.
Modelo R2
Indicado para trabalho com pouco deslocamento em
relação ao ponto de fixação do aparelho.
Possui dois metros de fita de nylon retrátil e
dois mosquetões de aço inox Gulin. Peso de 0,8 kg,
pode ter seu ponto de fixação deslocado com uso de
corrente com elos de aço.
Modelo R-2 A
Possui absorvedor de energia na extremidade da fita de nylon.
Demais características são idênticas as do modelo R-2. Importante: Para
seu uso, as normas internacionais exigem que haja distância livre de queda de no
mínimo 7m, abaixo do ponto de fixação do aparelho. Essa exigência visa compensar o
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Aplicações
2. Telhados
O Ministério do Trabalho exige que nos telhados sejam instaladas linhas de
segurança, para segura movimentação do trabalhador (NR 18.18).
Neste item , trataremos somente da forma de movimentação em toda a área do
telhado, não considerando a necessária proteção contra quebra de telhas. Para maiores
detalhes veja nosso site, item 9 de “Nossos Produtos” e Informativo Técnico “Trabalho
em Telhados”.
Geralmente, a linha de segurança é constituída de trilho de aço I (4”x2 5/8”),
instalado na cumeeira, conforme pode ser visto nas figuras 2 e 6.
Para telhados com largura (L) de até 10 m, usa-se o trava-queda retrátil R-10. Para
larguras de até 20 m, usa-se o modelo R-20.
Para telhados com largura superior a 20 m, não é utilizado trava-queda retrátil,
devido ao peso do aparelho e a dificuldade de locomoção do trabalhador.
3. Andaimes suspensos
Sobre o aspecto técnico, o trava-queda retrátil R-10, usado com ancoragem
dorsal, é indiscutivelmente o mais indicado para trabalho em andaimes suspensos, visto
que, oferece ao trabalhador total mobilidade para execução do serviço. Na prática, por
motivos puramente comerciais, usa-se o trava-queda para cabo de aço ou corda vertical
fixos e tenta-se aumentar um pouco a mobilidade do trabalhador usando-se um talabarte
de comprimento maior que o indicado pelo fabricante. Tal procedimento é totalmente
errado e pode provocar acidentes graves, pelo fato de que o trava-queda poderá ser
submetido a cargas dinâmicas superiores aos valores projetados e testados.
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Manutenção
Névoas e neblinas;
Gases e vapores.
Metodologia
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:
Antecipação e reconhecimento dos riscos;
Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
Monitoramento da exposição aos riscos;
Registro e divulgação dos dados.
Obrigatoriedade da implementação do PPRA
A Legislação é muito ampla em relação ao PPR, as atividades e o número de
estabelecimentos sujeitos a implementação deste programa são tão grandes que torna
impossível a ação da fiscalização e em decorrência disto muitas empresas simplesmente
ignoram a obrigatoriedade do mesmo.
A lei define que todos empregadores e instituições que admitem trabalhadores como
empregados são obrigadas a implementar o PPRA.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Em outras palavras, isto significa que praticamente toda atividade laboral onde haja
vinculo empregatício está obrigada a implementar o programa ou seja : indústrias;
fornecedores de serviços; hotéis; condomínios; drogarias; escolas; supermercados;
hospitais; clubes; transportadoras; magazines etc.
Aqueles que não cumprirem as exigências desta norma estarão sujeitos a penalidades
que variam de multas e até interdições.
Evidentemente que o PPRA tem de ser desenvolvido especificamente para cada tipo de
atividade, sendo assim, torna-se claro que o programa de uma drogaria deve diferir do
programa de uma indústria química.
Fundamentalmente o PPRA visa preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores por
meio da prevenção de riscos, e isto significa:
antecipar; reconhecer; avaliar e controlar
riscos existentes e que venham a ser introduzidos no ambiente do trabalho.
Opções de implementação do programa
Para uma grande indústria que possui um organizado Serviço Especializado de
Segurança, a elaboração do programa não constitui nenhum problema, para um
supermercado ou uma oficina de médio porte, que por lei não necessitam manter um
SESMT, isto poderá vir a ser um problema.
As opções para elaboração, desenvolvimento, implementação do PPRA são :
Empresas com SESMT - neste caso o pessoal especializado do SESMT será
responsável pelas diversas etapas do programa em conjunto com a direção da empresa.
Empresas que não possuem SESMT - nesta situação a empresa deverá contratar uma
firma especializada ou um Engenheiro de Segurança do Trabalho para desenvolvimento
das diversas etapas do programa em conjunto com a direção da empresa.
Precauções e cuidados
A principal preocupação é evitar que o programa transforme-se no principal objetivo e
a proteção ao trabalhador transforme-se em um objetivo secundário.
Muitas empresas conseguem medir a presença de algum agente em partes por bilhão
( ppb) e utilizam sofisticados programas de computador para reportar tais medidas,
entretanto não evitam e não conseguem evitar que seus trabalhadores sofram danos a
saúde.
Algumas empresas de pequeno e médio porte, não possuindo pessoas especializadas em
seus quadros, contratam serviços de terceiros que aproveitam a oportunidade para
vender sofisticações tecnológicas úteis para algumas situações e absolutamente
desnecessárias para outras ( algo como utilizar uma tomografia computadorizada para
diagnosticar unha encravada).
O PPRA é um instrumento dinâmico que visa proteger a saúde do trabalhador e portanto
deve ser simples pratico, objetivo e acima de tudo facilmente compreendido e utilizado.
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INSPEÇÃO DO TRABALHO
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é o órgão de âmbito nacional
competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades
relacionadas com a segurança e saúde no trabalho, inclusive a fiscalização do
cumprimento dos preceitos legais e regulamentares, em todo o Território Nacional. No
plano Estadual, esta fiscalização é executada pelas Delegacias Regionais do Trabalho. O
auditor do trabalho é o profissional responsável pela fiscalização direta.
Gases e vapores;
O manuseio de gases sob pressão requer muito cuidado e atenção, pois qualquer defeito
no equipamento pode provocar uma difusão de gases no ambiente. O gás difundido
pode ter efeitos: anestésico, asfixiante, tóxico ou formar misturas extremamente
explosivas com o ar. Não devemos esquecer que na grande maioria os gases são
inodoros e incolores, dificultando assim sua rápida identificação.
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Tal como os reagentes, os cilindros de gás não devem ser armazenados no laboratório.
Quando isto for inevitável, os cuidados acima devem ser observados.
O transporte deve ser feito em carrinhos específicos, com o cilindro acorrentado e com
o capacete de proteção da válvula acoplado.
Acetileno Bordô
Argônio Marrom
Carbônico Alumínio
Conservare Bege
Etileno Violeta
Hélio Laranja
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Hidrogênio Amarelo
Mistura GE Bege
Oxigênio Preto
Irritantes
O termo gases e vapores irritantes engloba um grande número de substâncias químicas
cuja característica comum é a ação tóxica que resulta num processo inflamatório das
superfícies tissulares com as quais elas entram em contato. geralmente afetam trato
respiratório, pele e olhos.
Irritantes Primários
Quando exercem apenas ação local. Estas substâncias atuam sobre a membrana mucosa
do aparelho respiratório e sobre os olhos, levando à inflamação, hiperemia
(avermelhamento), desidaratação, destruição da parede celular, necrose (destruição) e ao
edema (inchação).
Na exposição imediata ou aguda, estes agentes provocam nas vias aéreas superiores:
rinite, faringite, laringite, com quadro clínico de dor, coriza, espirros, tosse e irritação.
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Irritantes Secundários
Quando ao lado da ação irritante local há uma ação geral, sistêmica. São substâncias
químicas que, além de ocasionarem irritação primária em mucosas de vias respiratórias
e conjuntivas, são absorvidas e distribuídas, indo atuar em outros sítios do organismo,
como sistema nervoso e sistema respiratório.
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Asfixiantes Simples
São gases fisiologicamente inertes, cujo perigo está ligado à sua alta concentração, pela
redução da pressão parcial de oxigênio. São substâncias químicas que têm a propriedade
comum de deslocar o oxigênio do ar e provocar asfixia pela diminuição da concentração
do oxigênio no ar inspirado, sem apresentarem outra característica em nível de
toxicidade. Algumas dessas substâncias são liquefeitas quando comprimidas.
Asfixiantes Químicos
São substâncias que produzem asfixia mesmo quando presentes em pequenas
concentrações, porque interferem no transporte do oxigênio pelos tecidos. São
substâncias que produzem anóxia tissular (baixa oxigenação dos tecidos), quer
interferindo no aproveitamento de oxigênio pelas células.
Anestésicos
São substâncias capazes de provocar depressão do sistema nervoso central. Estas
substâncias deprimem a atividade do sistema nervoso central, interferindo com o
sistema neurotransmissor. Em conseqüência, ocorrem perda da consciência, parada
respiratória e morte.
Os hidrocarbonetos derivados do petróleo, pela sua alta afinidade pelo sistema nervoso,
rico em gordura, possuem esta propriedade.
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Aerodispersóides;
São dispersões de partículas sólidas ou líquidas de tamanho bastante reduzido (abaixo
de 100m, que podem se manter por longo tempo em suspensão no ar. Exemplos:
poeiras (são partículas sólidas, produzidas mecanicamente por ruptura de partículas
maiores), fumos (são partículas sólidas produzidas por condensação de vapores
metálicos), fumaça (sistemas de partículas combinadas com gases que se originam em
combustões incompletas), névoas (partículas líquidas produzidas mecanicamente, como
por em processo “spray”) e neblinas (são partículas líquidas produzidas por
condensações de vapores).
As partículas mais perigosas são as que se situam abaixo de 10m, visíveis apenas com
microscópio. Estas constituem a chamada fração respirável, pois podem ser absorvidas
pelo organismo através do sistema respiratório. As partículas maiores, normalmente
ficam retidas nas mucosas da parte superior do aparelho respiratório, de onde são
expelidas através de tosse, expectoração, ou pela ação dos cílios.
Gases.
Vapores.
São também dispersões de moléculas no ar, que ao contrário dos gases, podem
condensar-se para formar líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e
pressão. Uma outra diferença importante é que os vapores em recintos fechados podem
alcançar uma concentração máxima no ar, que não é ultrapassada, chamada de
saturação. Os gases, por outro lado, podem chegar a deslocar totalmente o ar de um
recinto.
De acordo com a definição dada pela Portaria n.º 25, que alterou a redação da NR-09,
são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que,
pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por ingestão.
São os riscos gerados por agentes que modificam a composição química do meio
ambiente. Por exemplo, a utilização de tintas á base de chumbo introduz no processo de
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
trabalho um risco do tipo aqui enfocado, já que a simples inalação de tal substância
pode vir a ocasionar doenças como o saturnismo.
Tal como os riscos físicos, os riscos químicos podem atingir também pessoas que não
estejam em contato direto com a fonte do risco, e em geral provocam lesões mediatas
(doenças). No entanto, eles não necessariamente demandam a existência de um meio
para a propagação de sua nocividade, já que algumas substâncias são nocivas por
contato direto.
Tais agentes podem se apresentar segundo distintos estados: gasoso, líquido, sólido, ou
na forma de partículas suspensas no ar, sejam elas sólidas (poeira e fumos) ou líquidas
(neblina e névoas). Os agentes suspensos no ar são chamados de aerodispersóides.
Aerodispersóides;
Gases e vapores.
O programa de proteção respiratória serve para que o empresário tenha certeza de que o
seu funcionário está saudável hoje e que continuará no futuro também.
Manter o controle para o correto uso de protetores das vias aéreas (respiratórias), e dos
funcionários envolvidos em ambientes contendo elementos em suspensão
(aerodispersóides, névoas, fumos, radionuclídeos, neblina, fumaça, vapores, gases) que
provoquem danos às vias aéreas (pulmão, traquéia, fossas nasais, faringe).
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2) Ensaio de vedação
Cada trabalhador deverá ter o seu protetor que deverá ser de uso exclusivo seu (quando
possível). Porém o protetor continuará sendo de propriedade da empresa, onde o
empregado é seu fiel depositário, devendo entregá-lo a empresa ao final de seu contrato
de trabalho, ou no final da vida útil do equipamento.
O protetor deverá ser limpo e desinfectado regularmente. Quando for utilizado por
apenas um trabalhador, basta uma vez ao dia. Quando utilizado por mais de um
trabalhado, deverá ser limpo antes do uso do próximo trabalhador e após o seu uso
também. O administrador deve providenciar local limpo e em boas condições de higiene
para a guarda dos equipamentos, bem como os meios para a limpeza, higienização e a
manutenção necessária.
5) Relatório de inspeção
8) Escolha do protetor
Deverá ficar bem claro ao trabalhador, inclusive com cartazes e informações visuais,
que a empresa deseja, quer e obriga o uso de protetores, caso o empregado não queira
utilizar ele deve ser substituído nos termos da CLT (dispensa por justa causa)
Ventilação, Exaustão, Insuflamento são as medidas mais usuais para o controle coletivo.
É necessário contratar um engenheiro, com conhecimento na área, para a determinação
das medidas corretivas mais adequadas.
Monitoração do Empregado
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A FISPQ também pode ser usada para informar aos trabalhadores, empregadores,
profissionais da saúde e segurança, equipes de emergência e de centros de informações
toxicológicas, pessoal envolvido no transporte, agências governamentais, assim como
membros da comunidade, instituições, serviços e outras partes tenham algum contato
com o produto químico. Tal fato demonstra inequivocamente sua profunda vinculação
com a filosofia de Responsabilidade Social que toda empresa precisa empreender.
Esta NBR, que foi baseada na ISO 11014:1994, tem o objetivo de apresentar
informações para a elaboração e preenchimento de uma FISPQ, e define que o
documento deve conter 16 seções obrigatórias, obedecendo a seguinte numeração e
seqüência:
3 - Identificação de perigos
7 - Manuseio e armazenamento
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
9 - Propriedades físico-químicas
10 - Estabilidade e reatividade
11 - Informações toxicológicas
12 - Informações ecológicas
15 – Regulamentações
16 - Outras informações
Sistemas de classificação
Fica facilmente perceptível ao leitor atento que a FISPQ nada mais é do que uma
ferramenta moderna (e que se atualiza a cada dia) para aumentar a segurança no trato
humano com agentes químicos diversos, e este mister ela não pode cumprir, de forma
alguma, sem o concorrente conhecimento toxicológico.
Portanto, deriva da Ciência Toxicológica todo o saber que será praticamente empregado
em defesa do indivíduo, de populações humanas, do mundo animal e da natureza geral,
contra a periculosidade de agentes químicos, esteja esse conhecimento emblemado sob a
forma da FISPQ, Fichas de Emergência, ou qualquer outra sorte de meio informacional.
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Barulho é, por definição, um som indesejável. Ele varia em sua composição em termos
de freqüência, intensidade e duração. Sons que são agradáveis para algumas pessoas
podem ser desagradáveis para outras. Por exemplo, os sons de música poder ser
divertidos para alguns, mas outros já os consideram lesivos. Então, para um som ser
classificado como "barulho", este deve ser julgado pelo ouvinte.
Muitos sons em nosso ambiente excedem estes padrões e a exposição contínua a esses
sons pode causar até a perda da audição. A diferença em níveis de decibéis é maior do
que se poderia esperar: 100 vezes mais energia sonora entra nos ouvidos em um
ambiente de 95 dB do que num ambiente de 75 dB.
A perda auditiva típica observada com as pessoas que possuem uma longa história de
exposição a ruído é caracterizada por perda de audição na faixa entre 3000 e 6000 Hz .
Na fase precoce à exposição, uma perda de audição temporária é observada ao fim de
um período, desaparecendo após algumas horas. A exposição contínua ao ruído
resultará em perda auditiva permanente que será de natureza progressiva e se tornará
notável subjetivamente ao trabalhador no decorrer do tempo. Estas mudanças nos
limiares auditivas podem ser monitoradas através de testes audiométricos e isto alertará
os médicos que as medidas preventivas deverão ser iniciadas. Nos estágios avançados,
uma perda de audição nas freqüências altas afetará seriamente a habilidade para
entender a fala normal. Em geral, pessoas com perdas auditivas nas freqüências altas
não experimentarão dificuldades para detectar a fala, mas terão problemas para entender
conversações.
EXEMPLOS DE
VOLUME REAÇÃO EFEITOS NEGATIVOS
LOCAIS
Confortável
Até 50 dB Nenhum
(limite da OMS) Rua sem tráfego.
dB RUÍDO.
Diminui o poder de
A pessoa fica em
De 55 a 65 concentração e prejudica a
estado de alerta, Agência bancária
dB produtividade no trabalho
não relaxa
intelectual.
Obs.: O quadro mostra ruídos inseridos no cotidiano das pessoas. Ruídos eventuais
alcançam volumes mais altos. Um trio elétrico, por exemplo, chega facilmente a 130
dB(A), o que pode provocar perda auditiva induzida, temporária ou permanente.
Embora a causa exata de zumbido seja desconhecida, muitos pacientes que têm história
de exposição a ruído apresentam zumbido. O barulho pode ser a causa mais provável do
zumbido e este pode ou não ocorrer simultaneamente com perda auditiva. A maior parte
dos pacientes que apresenta zumbido também tem problemas auditivos, mas uma
pequena porcentagem (menos de 10%) tem audição dentro dos limites da normalidade.
A maioria dos pacientes que tem uma longa história de exposição a ruído refere um
zumbido que é tonal em qualidade e de alta freqüência, que se assemelha aos tons
externos acima de 3000 Hz.
Usar protetor auditivo individual quando o barulho for inevitável ou não puder ser
paralisado.
É comum para as pessoas com zumbido notarem um aumento nos seus zumbidos
enquanto estão expostos ao barulho. Em função disto referem que não podem freqüentar
locais populares, tais como concertos musicais, danças, festas e eventos esportivos. Elas
não podem usar cortador de grama, serras, aspiradores de pó, processadores de comida,
ferramentas elétricas e armas de fogo. Algumas pessoas tiveram que abandonar seus
empregos ou mudar de função por causa do barulho relacionado ao trabalho. Num curto
período de tempo após terem se afastado de suas funções, elas percebem que seus
zumbidos retornaram aos seus níveis originais.
O barulho é conhecido por ter efeitos nocivos não somente sobre a audição, causando
estresse em todo o sistema circulatório, respiratório e digestivo. Exposição prolongada
ao ruído pode causar dores de cabeça, cansaço e elevação da pressão arterial. O barulho
pode interferir no aprendizado de crianças e até mesmo afetar uma criança por nascer.
Se você contribuir para a redução do ruído em seu ambiente, cada órgão de seu corpo,
assim como das demais pessoas ao seu redor, estarão sendo beneficiadas.
A transpiração é outro meio que o organismo utiliza para manter a temperatura corporal
interna estável em condições de calor. O suor, no entanto, não pode ser excessivo.
Apenas na medida em que sua evaporação possa ocorrer e as quantidades de líquido e
sais perdidos possam ser repostas adequadamente.
Há, entretanto, várias maneiras que um trabalhador pode adotar para atenuar os riscos
provenientes de sua exposição ao calor, como por exemplo, circular de vez em quando
por local mais fresco; reduzir seu ritmo ou sua carga de trabalho ou afrouxar parte de
suas roupas ou, até mesmo, se livrar das roupas mais espessas.
Porém, quando o corpo não consegue eliminar o excesso de calor, este fica
“armazenado”. Nestas circunstâncias a temperatura do corpo aumenta. Na medida em
que o corpo retém o calor, a pessoa começa a perder a sua capacidade de concentração
e, como conseqüência, torna-se vulnerável ao acidente. Irrita-se com facilidade e,
freqüentemente, perde o desejo de ingerir líquidos. Geralmente seguem-se os desmaios
e posteriormente a morte se a pessoa não for retirada a tempo das proximidades da fonte
de calor.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Insolação – Este é um dos mais sérios problemas de saúde que o trabalhador enfrenta.
Surge em decorrência da falta de mecanismo do corpo para regular sua temperatura
interior. A transpiração cessa e o corpo já não consegue se livrar do calor excessivo. Os
sinais são:
1 a) Confusão mental
2 b) Delírio
3 c) Perda da consciência
4 d) Convulsão
5 e) Coma
A insolação pode matar, a menos que a pessoa receba a tempo tratamento de forma
adequada. Enquanto a ajuda médica não chega a vítima deve ser transportada para uma
área suficientemente ventilada, hidratada e suas roupas molhadas. Pode até mesmo ser
colocada diante de um ventilador para apressar a queda da temperatura. As providências
relativas aos primeiros socorros podem ser tomadas como forma de prevenção contra
lesões permanentes no cérebro e em outros órgãos vitais.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Câimbra – Mesmo quando o trabalhador ingere grande quantidade de líquido mas não
repõe a perda dos sais de seu organismo, pode sofrer terríveis dores musculares.
Geralmente os músculos mais sujeitos a câimbra são os mais exigidos durante a jornada
de trabalho. As dores podem surgir durante ou depois das horas de trabalho, mas
aliviam-se mediante a simples ingestão de líquidos por via oral ou de soluções ricas em
sais, ministradas na veia para obtenção de alívio mais rápido da dor, se o médico assim
determinar.
Urticária – Ocorre principalmente nas partes do corpo em que o suor não pode ser
eliminado facilmente da superfície da pele por meio da evaporação. Se ela perdura, ou
se complica por meio de infecção, agrava-se ao ponto de inibir o sono, e até de
prejudicar o desempenho do trabalhador. Em alguns casos, ocasiona o seu
afastamentoatemporário.
PREVENÇÃO
A maioria dos problemas de saúde relacionados com o calor, pode ser prevenida ou seus
riscos reduzidos. As seguintes precauções diminuem bastante os riscos gerados pelo
calor:
1 1) A instalação de mecanismos técnicos de controle, entre os quais um
plano de ventilação do ambiente como um todo e medidas que
promovam o resfriamento localizado sobre as fontes de calor, incluindo
sistemas de exaustão. A instalação de painéis de isolamento das fontes
do calor radiante são medidas bastante positivas. O resfriamento por
evaporação e a refrigeração mecânica são outras maneiras possíveis de
redução do calor. Ventiladores são dispositivos que também concorrem
para reduzir o calor em ambientes quentes. A adoção de roupas de
proteção para o trabalhador; a modificação, bem como a automação dos
equipamentos, visando a redução do trabalho manual são outras formas
de reduzir o calor.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
e os que passam por período de tratamento com ingestão de medicamentos, correm mais
riscos.
2 3) Os períodos de trabalho e descanso podem ser alternados com períodos de
descanso mais prolongados e em ambientes bem ventilados. Na medida do possível
deve-se planejar para que os trabalhos mais pesados sejam desenvolvidos nas horas
mais frescas do dia. Os supervisores devem receber treinamento para detectar com
antecedência qualquer indisposição e permitir que o trabalhador interrompa sua tarefa
antes do agravamento de sua situação.
3 4) A aclimatação ao calor por meio de curtos períodos de exposição para em
seguida, o trabalhador ser submetidos a exposições por períodos mais longos. Os
empregados recém admitidos e os que retornam após período de férias devem passar por
período de adaptação de cinco dias.
4 5) Os trabalhadores devem estar suficientemente instruídos quanto à
necessidade da ingestão de líquidos e sais perdidos durante a transpiração. Devem
conhecer os sintomas da desidratação, esgotamento, desmaio, câimbras e insolação.
Devem ainda ser conscientizados da importância do controle diário de seu peso como
forma de detectar a hidratação.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
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A questão do nível de radiação no solo marciano ainda não foi totalmente mensurado.
Recentemente (abril de 2001) foi lançado a sonda Mars Odyssey 2001, que entre outros
objetivos tem como objetivo determinar o exato risco e nível da radiação em Marte.
Provavelmente, no futuro, com o adensamento da atmosfera marciana esse problema
será solucionado. Acredita-se que os problemas com a radiação cósmica podem ser
superados com uma coluna de ar de 390 mbar. Logo, o objetivo inicial na terra formação
deverá ser 390 mbar.
Doses de Radiação:
0,077 rem: Raios X médico e odontológico.
0,082 rem/ano: Radiação natural de fundo (raios cósmicos, radônio, etc).
0,14 rem/ano: dose normal ao nível do mar, proveniente dos raios cósmicos e da
radiação natural das rochas.
0,5 rem/ano: moradores em vizinhança de usina nuclear.
5 rem/ano: trabalhador de usina nuclear.
25~50 rem: morte de células, especialmente do tecido linfático. A exposição a radiação
ionizante, limita os astronautas ao máximo de 25 rem por mês e 50 rem por ano, não
podendo exceder 400 rem durante sua vida.
50 rem: Dose típica para uma expedição de 2,5 anos a Marte, fora da magnetosfera da
Terra. Mas o corpo pode se curar ao longo do tempo. Esse nível de radiação aumenta o
risco de câncer em 1% por ano, aproximadamente como fumar por esse período.
100 rem: Após 03 horas aparece a embriagues de radiação, caracterizada por: insônia,
cansaço, fraqueza geral, falta de apetite, enjôo, instabilidade psíquica, vômitos, dores de
cabeça, diminuição de pressão sangüínea, diarréia, leucemia moderada, devido à
diminuição da capacidade da medula óssea produzir células sangüíneas.
75~200 rem em 30 dias. O corpo não é capaz de reparar os danos de maneira tão rápida.
O enjôo da radiação (vômitos, fadiga, queda de cabelo, defeitos em crianças devido a
doses durante a gestação, desenvolvimento de câncer no futuro).
400 rem: Dose letal média, que provoca a morte de 50% da população exposta em 60
dias. Duas horas após a exposição tem-se:atrofia do baço, produção de bolhas e úlceras
na pele, hemorragias, infecções, perda de cabelo, leucemia.Terapia: transfusões de
sangue e antibióticos.
500 rem: Dose fatal. 100% de morte em 02 dias, pois há a destruição total da mucosa
intestinal. Grandes explosões solares. Pode chegar a mais de 2.000 rems/hora.
1 roentgen é equivalente a cerca 50 radiografias de raio X. Durante a vida de um ser
humano, os tecidos profundos suportam uma exposição de 100 a 400 rem, os olhos 400
rem e a epiderme pode suportar até 600 rem.
Dose letal para 50% dos indivíduos em 30 dias (rem): Carneiro= 250, Cachorro= 350,
Homem= 450, Camundongo= 600, Rato= 700, Coelho= 800, Caracol= 20.000, Mosca de
frutas= 80.000, Ameba= 100.000.
Doses nas luas Galileanas:
Calisto: 0,01 rem/dia.
Ganimedes: 8 rem/dia.
Europa: 540 rem/dia.
Io: 3.600 rem/dia.
Thebe e os satélites interiores: 18.000 rem/dia.
O melhor escudo para a bloquear a radiação é a água que dissipa pouca radiação
secundária. As sondas Pioneers 10 e 11 receberam mais de 1.000 vezes a dose letal
humana, os seus componentes eletrônicos falharam e a sua câmera óptica escureceu. Vale
lembrar que uma alta taxa de radiação não implica necessariamente a ausência de vida.
Por exemplo, a bactéria Deinococcus radiodurans é extremamente resistente a radiação
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Definição:
As radiações não ionizantes, a luz ultravioleta, são aquelas menos energéticas.
A luz ultravioleta compreende a porção do espectro que vai de 150 a 3900 A, porém o
comprimento de onda que possui maior atividade bactericida está ao redor de 2650 A.
A luz solar tem poder microbicida em algumas condições, pois a energia radiante da luz
do sol é composta basicamente de luz ultravioleta e na superfície terrestre o comprimento
de onda desta varia de 2870 a 3900 A, as de comprimento mais baixo são filtradas pela
camada de ozônio, pelas nuvens e pela fumaça.
Mecanismo de ação
A radiação não ionizante é absorvida por várias partes celulares, mais o maior dano
ocorre nos ácidos nucléicos, que sofrem alteração de suas pirimidas. Formam-se dímeros
de pirimida e se estes permanecem (não ocorre reativação), a réplica do DNA pode ser
inibida ou podem ocorrer mutações.
MECANISMOS DE REATIVAÇÃO
FOTO REATIVAÇÃO
Após uma exposição à radiação não ionizante, uma suspensão bacteriana terá ainda uma
pequena parte de células viáveis, ou seja, capazes de formar colônias. Se a suspensão
bacteriana após ser exposta à luz ultravioleta, ser então exposta à luz visível, a parte de
células que restam ainda viáveis será maior. Este fenômeno ocorre devido a uma enzima
fotodependente, que realiza a clivagem dos dímeros de timina do DNA, recuperando sua
estrutura normal; então células que foram aparentemente lesadas sofrem uma reativação à
luz visível, esta reativação porém nunca atinge 100% das células (APECIH, 1998).
REATIVAÇÃO NO ESCURO
Alguns microrganismos podem ainda realizar um processo de reparação da estrutura do
DNA, através de um mecanismo que requer uma seqüência de reações enzimáticas. Uma
enzima endonuclease dímero-específica e uma exonuclease dímero-específica extraem o
dímero de pirimidas formado. A parte retirada é restaurada por outras enzimas, a DNA-
polimerase que sintetiza o segmento faltante, e a DNA-ligase que restabelece o
posicionamento do segmento.
Aplicações
A radiação ultravioleta não pode ser utilizada como processo de esterilização.
Fatores como matéria orgânica, comprimento de onda, tipo de material, tipo de
microrganismo e intensidade da radiação interferem na sua ação germicida.
Além disso, a radiação não ionizante não tem poder de penetração, age apenas sobre
a superfície onde os raios incidem e não atravessam tecidos, líquidos, vidros, nem
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matéria orgânica. Alguns autores relatam ainda que o vírus HIV tem alta resistência à
luz ultravioleta.
A aplicação da luz ultravioleta em hospitais se restringe à destruição de microrganismos
do ar ou inativação destes em superfície.
Esterilização por radiação ionizante
Definição
A radiação ionizante é um método de esterilização que utiliza a baixa temperatura,
portanto que pode ser utilizado em materiais termo-sensíveis.
Certos átomos possuem a propriedade de emitirem ondas ou partículas de acordo com a
instabilidade de seus núcleos, esta propriedade é chamada de radioatividade. Alguns
elementos, como o Rádio e o Urânio, são naturalmente radioativos pois possuem seus
núcleos instáveis, outros são produzidos artificialmente, como o Cobalto 60 e Césio 137.
A radiação ionizante é assim quando possui a capacidade de alterar a carga elétrica do
material irradiado por deslocamento de elétrons.
Para fins de esterilização industrial as fontes de raios beta e gama são as utilizadas.
Radiação Beta
Este tipo de radiação é conseguida através da desintegração natural de elementos como
o Iodo 131 ou Cobalto 60, ou ainda artificialmente por meio de máquinas aceleradoras de
elétrons (eléctron beam).
O eléctron beam é utilizado para a esterilização de materiais plásticos de baixa
espessura.
Radiação Gama
É produzida pela desintegração de certos elementos radioativos, o mais utilizado é o
Cobalto 60. Os raios gama possuem grande penetração nos materiais.
Utilização
Este tipo de esterilização é utilizada, especialmente, em artigos descartáveis produzidos
em larga escala (fios de sutura, luvas e outros)
Mecanismo de ação
A ação antimicrobiana da radiação ionizante se dá através de alteração da composição
molecular das células, modificando seu DNA. As células sofrem perda ou adição de
cargas elétricas.
Existem fatores ambientais, físicos e alguns compostos que influenciam na resposta
celular à radiação aumentando ou diminuindo sua sensibilidade a esta. Há também
microrganismos que são mais resistentes à radiação, como os esporos bacterianos; as
leveduras e fungos têm resistência considerada média e os gram negativos têm baixa
resistência à radiação.
Vantagens
Possui alto poder de penetração.
Atravessa embalagens de papelão, papel ou plástico.
O material que se esteriliza não sofre danos físicos ou outros que podem ocorrer nos
demais processos.
Desvantagens
Custo elevado.
Necessidade de pessoal especializado.
Necessidade de controle médico constante para o pessoal que trabalha.
Conhecimentos escassos sobre o assunto nesta área - esterilização.
Proteção
A exposição à radiação ocupacional tem seus limites estabelecidos pela Comissão
Nacional de Energia Nuclear - CNEN - e as normas técnicas para seu uso são
regulamentadas pelo Estado de São Paulo.
155
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
O uso de dosímetros (de uso pessoal) é necessário para que se avalie a exposição do
indivíduo à radiação. Estes dosímetros registram a radiação acumulada. Além da
utilização de dosímetros, testes laboratoriais e avaliações clínicas devem ser realizadas
periodicamente para se detectar alguma complicação ou alteração clínica.
Radiação Não Ionizante
Radiações eletromagnéticas com energia inferior A 12 E V (em torno de 100 Nm), que
portanto não são capazes de produzir ionização em sistemas biológicos.
Absorção na molécula:
Alteração dos níveis de energia de seus átomos.
Mudança da energia rotacional, vibracional e transacional das moléculas.
Nos sistemas biológicos, transferência de energia produz:
excitação eletrônica – resultando em dissociação da molécula se elétrons de ligação estão
envolvidos. dissipação da energia de excitação na forma de fluorescência ou
fosforescência.
Formação de radicais livres. Degradação em calor – absorção muda energia rotacional ou
vibracional e aumenta a energia cinética da molécula.
Os efeitos da interação da energia radiante com sistemas biológicos
dependem:
Energia da radiação. Poder de penetração da radiação no sistema.
Capacidade de moléculas específicas sofrerem mudanças químicas quando a energia é
absorvida.
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No diagnóstico:
a) Cintilografia convencional (bidimensional):
critérios para a escolha do radiotraçador mais adequado;
vantagens do radioisótopo 99m Tc;
cintilograma positivo (ex. câncer ósseo);
cintilograma negativo (ex. embolia pulmonar);
cintilograma funcional (ex. função renal);
b) Tomografia Computadorizada por emissão de fóton único - SPECT
(tridimensional):
radiotraçadores usados nesta técnica; sistema de detecção;
câmara-gama; princípio de funcionamento;
formação e interpretação das imagens (mapeamento);
aplicações da técnica: exame do coração e da circulação cerebral
(Fluxo sangüíneo);
c) Tomografia por emissão de pósitrons - PET (tridimensional):
radiotraçadores usados nesta técnica;
detecção por coincidência; princípio de funcionamento;
formação e interpretação das imagens (mapeamento);
aplicações da técnica: mapeamento funcional do cérebro;
detecção de focos epilépticos e avaliação de pacientes com
doenças de Altzheimer e Parkinson.
Na terapia:
o Samário-153: emissores de ß- (usado no tratamento paliativo de câncer
ósseo);
o Iodo-125: emissores de radiação gama e de raios-X característicos (usado
na braquiterapia de próstata);
o Iodo-131: emissores de radiação ß- e de radiação gama (usado no
tratamento da glândula tireóide);
o Estanho-117m: emissores gama, elétrons Auger e elétrons de conversão
interna (usado na medicina nuclear).
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Temperaturas Extremas.
Calor.
Os mecanismos de regulação calórica interna do corpo humano tratam de manter no
corpo uma temperatura constante de 37°C. Dessa forma, é normal que o corpo perca
constantemente calor através dos pulmões e da pele. No caso de exposição ao calor
ambiental excessivo, o organismo produz mais calor e utiliza esses mecanismos de
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regulação para perder mais calor e manter constante a sua temperatura. Em primeiro
lugar, se produz dilatação dos vasos sanguíneos da pele e dos tecido subcutâneos e se
desvia parte importante do fluxo sanguíneo para essas regiões superficiais. Há um
aumento concomitante do volume sanguíneo circulante devido a contração do baço e
diluição do sangue circulante com líquidos extraídos de outros tecidos. Esses ajustes
circulatórios favorecem o transporte de calor do centro do organismo até a superfície.
Simultaneamente, se ativam as glândulas sudoríporas, derramando líquido sobre a pele
para eliminar calor por evaporação.
Frio.
Quando o corpo está exposto ao frio ocorre o oposto do que ocorre em situações de
calor excessivo. Os vasos sanguíneos periféricos (pele e extremidades) se contraem para
reduzir a perda de calor no ambiente, o que resulta numa queda brusca da temperatura
da pele.
As ocupações com maior risco de exposição ao frio são os trabalhadores em câmaras
frigoríficas, à céu aberto no clima frio, nos serviços de refrigeração, entre outros.
Radiações Ionizantes .
Radiação é toda energia que se propaga em forma de onda através do espaço. Neste
conceito de radiação se inclui a luz visível, a infravermelha, a ultravioleta, as ondas de
rádio e televisão, o infra-som, o ultra-som, a eletricidade e os raios X.
Radiação ionizante, por sua vez, é a radiação eletromagnética com energia suficiente
para provocar mudanças nos átomos em que incide (ionização), como é o caso dos raios
X, dos raios alfa, beta e gama, e dos materiais radioativos.
Doses altas de radiação sobre o organismo humano (corpo inteiro) podem provocar a
morte em poucos minutos, possivelmente em decorrência da destruição de
macromoléculas e de estruturas celulares indispensáveis à manutenção de processos
vitais.
Doses da ordem de 100 Gray (Gy) produzem falência do sistema nervoso central,
provocando desorientação espaço-temporal, perda de coordenação motora, distúrbios
respiratórios, convulsões, estado de coma e, finalmente, morte, que ocorre algumas
horas após a exposição.
A exposição excessiva é mais prejudicial para os olhos e para a pele, onde provoca
uma série de alterações estruturais na epiderme, na junção dermo-epidérmica e na
derme. Nos olhos, a maior parte da radiação é absorvida pela córnea, conjuntiva e
cristalino, provocando inflamações (queratite e conjuntivite), que aparecem poucas
horas após uma exposição excessiva e normalmente regridem em um a dois dias.
- Radiação Infravermelha.
Presente na luz solar, nas lâmpadas de filamento de tungstênio e em numerosos
processos industriais que utilizam fontes de calor, como os padeiros, sopradores de
vidro, operários de altos fornos, trabalhadores de fundição e metalurgia, bombeiros,
entre outros.
Da mesma forma que a radiação ultravioleta, a infravermelha é mais prejudicial para
a pele e para os olhos. Na pele, pode provocar queimaduras. Podem ocorrer
queimaduras de pálpebras e da córnea. Nos olhos, contudo, devido a transparência dos
meios oculares, as lesões são mais graves pois, além de provocar cataratas, a radiação
infravermelha afeta mais a retina.
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Riscos Biológicos.
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários, vírus, alérgenos e toxinas de origem biológica, entre outros. O ser
humano está constantemente exposto aos agentes biológicos pois esses
microorganismos são amplamente encontrados na natureza. A exposição ocupacional
mais importante ocorre entre os trabalhadores rurais e entre os profissionais dos serviços
de saúde.
O trabalho na agricultura expõem os trabalhadores principalmente à poeiras
orgânicas, com alto teor de fungos em suspensão, que podem provocar doenças
respiratórias tais como a bronquite crônica, asma, pneumonites, entre outras.
Nos serviços de saúde, por sua vez, os trabalhadores estão expostos a numerosos
riscos biológicos, destacando-se entre eles o vírus HIV, a hepatite B, o herpes vírus, a
rubéola e a tuberculose.
A exposição à riscos biológicos ocorre ainda nos laboratórios, nos serviços de
esgotos, na coleta e industrialização de lixo urbano, nos cemitérios, nos serviços
veterinários, nos matadouros, nos frigoríficos, na manipulação de carnes e alimentos “in
natura”, entre outros.
OCUPAÇÕES ASSOCIADAS COM EXPOSIÇÃO À RISCOS BIOLÓGICOS
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E H Seq
10 GHz 10 5 5
100 GHz 10 5 5
E H Seq
100 MHz 27,5 27,5 28 0,073 0,07 0,07 0,2 0,2 0,2
10 GHz 1 1 1
100 GHz 1 1 1
170
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OBS: Os tempos de exposição diária permissíveis citados acima, são aqueles que a
pessoa pode ficar naquele ambiente com tantos decibéis (dB) correspondentes, sem o
uso de equipamentos de proteção. De acordo com o nº de horas de trabalho daquela
função, quando extrapolar os tempos deste quadro, será necessário o uso de EPI
adequado para corrigir o excesso de tempo de exposição ao ruído, de modo a preservar a
saúde do trabalhador.
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5 – Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos
que não estejam adequadamente protegidos.
1 – Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de
duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
2 – Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível
de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para
ruído de impacto será de 130 dB(linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente
deverá ser avaliado como ruído contínuo.
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4 – agentes químicos;
5 – agentes meteorológicos;
Desta maneira , estando a rede geral de combate a incêndio preparada com a solução
( água + LGE ) , poderemos conectar a esta tubulação , qualquer Equipamento de
lançamento e/ou aplicação , como : um Sistema de Sprinkler , um Sistema de Dilúvio ,
um Sistema de Hidrante com Esguichos Lançadores e Formadores de Espuma e/ou
Canhões Monitores 750F , Canhões Monitores Portáteis 750P , e Câmaras de espuma.
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1) a partir de uma coluna de hidrante , conectamos uma carreta de 130 litros de LGE
através de seu proporcionador de espuma , que enviará a solução ( água + LGE ) criada ,
por sua mangueira de incêndio até o esguicho lançador e formador de espuma , para o
lançamento e aplicação manual ;
SISTEMAS DE HIDRANTES
O sistema é composto de um reservatório de água, conectado a uma Casa de Bombas ou
diretamente a rede de alimentação d'água , que é distribuída por uma tubulação de Ferro
Fundido ou Aço ou em Plástico PVC ( há restrições ) até as colunas de hidrantes
simples ou duplas. Nesta rede de alimentação poderemos ter Válvulas Isoladoras ,
eventualmente sendo indicadoras
(indicam se a Válvula encontra-se aberta ou fechada) , de modo a seccionar a rede e
permitir uma manutenção no trecho seccionado.
Ao lado das Colunas de Hidrante são instalados os abrigos de incêndio metálico ou em
fibra de vidro , contendo as Manguei-ras de Incêndio , esguichos , e chave storz.
Conforme NBR 13714
SISTEMAS DE SPRINKLERS
O sistema é composto de um reservatório de água que está conectado a uma Casa de
Bombas , que por sua vez serve a rede de alimentação d'água , que é distribuída por uma
tubulação de Ferro Fundido ou Aço até as Válvulas de Governo ( Reten-
ção e Alarme ).
A partir desta , temos tubulações em aço denominadas " Geral " , " Sub-Geral" e "
Ramais" , nesta última há as conexões com os sprinklers, afim de combater os focos de
incêndio sobre a área protegida por cada sprinkler individualmente.
O acionamento deste é feito pelo calor emitido pelo fogo, que rompe uma ampola de
quartzóide ou um elo fusível de liga metálica, liberando o selo de vedação, e dando
passagem ao fluxo d'água. Este jato atinge o defletor do sprinkler e dispersa
se de forma difusa, combatendo e extinguindo o foco de incêndio em uma área
determinada pelo seu grau de risco e pelo modelo do sprinkler.
A Válvula de Governo, tem as funções de reter a água pressurizada nos ramais, acionar
o Gongo de Alarme Hidráulico no ca-so de incêndio, drenar os ramais no caso de
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SISTEMA DILÚVIO
O sistema é composto de um reservatório de água que está conectado a uma Casa de
Bombas , que por sua vez serve a rede de alimentação d'água , que é distribuída por uma
tubulação de Ferro Fundido ou Aço até as Válvulas de Dilúvio.
A partir desta , temos tubulações em aço denominadas " Geral " , " Sub-Geral" e "
Ramais" , e nesta última há as conexões
com os projetores , afim de combater os focos de incêndio sobre toda a área
simultaneamente.
O acionamento desta Válvula , que mantêm a rede a jusante seca , ocorrerá por uma das
três formas seguintes : 1) Manual - quando um operador aciona uma Válvula de Dreno,
que despressuriza o diafragma da Válvula Dilúvio , desta forma a mesma
se abre e a água inunda a rede de distribuição para os projetores. 2) Automático -
utilizando-se um Sistema de Detecção por Sprinkler , interligado ao diafragma da
Válvula Dilúvio. Quando o sprinkler se rompe pela ação do calor , o diafragma é
despressurizado e o ciclo já indicado anteriormente se realiza.
3) Automático - utilizando-se um Sistema de Detecção por detectores eletrônicos. Os
mesmos quando atuados por fumaça
ou calor ou chama , enviam um sinal à Central de Alarme , que por sua vez envia um
comando para abertura de uma Válvula solenóide interligada ao diafragma da Válvula
Dilúvio. A abertura da Válvula solenóide , causa uma despressurização no diafragma e
o ciclo se repete. Uma vez disparada, a válvula envia água a todos os projetores de
média velocidade ( MV ), ou de alta velocidade ( HV ), assim resfriando ou abafando o
foco de incêndio. Conforme NFPA 15.
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A Válvula de Pré - Ação desenvolvida pela VESTA , atende a estes princípios , e aos
requisitos indicados na NFPA13/2002 item 7.3. , onde devido as suas características , é
uma alternativa para proteção de áreas como as protegidas por Gás.
Esta Central de Alarme pode ser do tipo : Convencional (Sistemas de pequeno porte ) ,
Endereçável ( Sistemas de médio e grande porte ) e Analógicos ou Inteligentes
( Sistemas de médio e grande porte , mas com características de programação de
funções para os detectores que vão além do simples endereço).
Funções comuns as Centrais : alimentação de rede 110 ou 220 Vac com saída 24 Vcc ;
(2) baterias seladas de 7Ah x 12 V que garantem a autonomia da Central mesmo com
queda da rede elétrica ; Display com caracteres alfa numéricos ; led's que informam a
falha de CA , falha de rede , Fogo; Sirene local ; permitem a instalação de painéis
remotos.
Esta Central de Alarme quando acionada, sinaliza imediatamente o início de um
incêndio, e envia um sinal para as sirenes das áreas, para evacuação , assim como pode
comandar destravamento ou fechamento de portas corta fogo , desde que as mesmas
estejam acopladas com travas eletromagnéticas. Conforme NBR 9441 e NFPA 72.
SISTEMAS DE GASES
A Vesta possui tecnologia para Sistemas de Gases do tipo : CO2 e Agentes Limpos -
HFC 227ea, HFC 125 (novo lançamento com aprovação da "UL") ou FE 13 ( nome
genérico do gás heptafluorpropano , conforme NFPA 2001 ). Ambos os tipos de gases
são armazenados em cilindros de alta pressão e são compostos de : válvula cilindro ,
cabeça de descarga , comando elétrico e gás (CO2 ; HFC 227 ; FE13 ). A partir dos
Cilindros , temos uma rede hidráulica de distribuição do gás até os difusores
(equipamento responsável pelo lançamento do gás no ambiente ) , e para a determinação
da quantidade de cilindros e de gás , diâmetro das redes de distribuição , orifícios dos
difusores , quantidade de difusores , e outros , temos softwares específicos de cálculo.
Os parâmetros utilizados para a execução deste cálculo são : dimensões do ambiente a
ser protegido ; temperatura local ; altitude em relação ao mar ; tipo do material a ser
protegido , de modo a selecionarmos a concentração exigida; e tempo de descarga
necessário . Este cálculo é realizado de acordo com a NFPA 12 no caso do
CO2 e pela NFPA 2001 no caso dos Agentes Limpos.
Após esta etapa , devemos definir se o Sistema de Gás será atuado Manualmente ou
Automaticamente , isto é , no caso do Acionamento Manual , temos o acionamento tipo
Manual mecânico - onde o operador atua diretamente na Válvula Cilindro através do
Atuador Manual ; e temos o Manual elétrico - onde o operador atua um Acionador
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Manual " quebre o vidro" , que esta interligado a uma Central de Alarme e Combate , e
que recebendo este sinal de entrada elétrico , envia um outro sinal de saída de combate
temporizado para o Comando Elétrico conectado na Válvula Cilindro. O Acionamento
Automático é realizado por um sistema de detecção e alarme, onde uma Central de
Alarme e Combate recebe informações em laço cruzado do ambiente protegido, e na
ocorrência de um incêndio envia um sinal de combate temporizado para o Comando
Elétrico conectado na Válvula Cilindro. Após a Válvula Cilindro ter sido atuada ,
haverá a liberação do gás , mas a sinalização de pré-alarme para abandono da área e a
sinalização do efetivo disparo do gás , devem ser obedecidas para a manutenção da
integridade humana.
SISTEMAS DE ESPUMA
Os Sistemas de Espuma tem como parte comum o LGE ( Líquido Gerador de Espuma ),
simplificadamente denominado ape-nas por Espuma . Os LGE's de última geração são
os produtos de base sintética fluorada , conhecidos pela sigla AFFF ( Aqueos Film
Forming Foam ) , utilizados na prevenção e extinção de incêndios de classe A ( madeira
, papel , algodão , etc ) ou B ( líquidos inflamáveis, hidrocarbonetos insolúveis em água
e solventes polares ). O princípio de extinção é por abafamen-
to e resfriamento, simultaneamente , desta maneira , de acordo com os equipamentos
utilizados no combate ao fogo , os sistemas são sub-divididos em Sistemas Portáteis ou
Sistemas Fixos.
A lista abaixo contém uma relação de produtos químicos que, devido ás suas
propriedades químicas, podem reagir violentamente entre si resultando numa explosão,
ou podendo produzir gases altamente tóxicos ou inflamáveis. Por este motivo quaisquer
atividades que necessitem o transporte, o armazenamento, a utilização e o descarte
devem ser executados de tal maneira que as substâncias da coluna da esquerda,
acidentalmente, não entrem em contato com as correspondentes substâncias químicas na
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Carbeto de cálcio ou de
Umidade (no ar ou água)
sódio
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Hidrocarbonetos (benzeno,
Flúor, cloro, bromo, peróxido de sódio, ácido crômico,
butano, gasolina, propano,
peróxido da hidrogênio.
terebentina, etc.)
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- Construído com pelo menos uma de saus paredes voltadas para o exterior
- Possuir janelas na parede voltada para o exterior, além de porta para o acesso do
Corpo de Bombeiros de houver necessidade.
- Deve possuir saída de emergência bem localizada e sinalizada.
- Deve possuir um sistema de exaustão, ao nível do teto para retirada de vapores leves e
ao nível do solo para retirada dos vapores mais pesados.
- Refrigeração ambiental caso a temperatura ambiente ultrapasse a 38 ºC
- Iluminação feita com lâmpadas à prova de explosão
- Presença de extintores de incêndiocom borrifadores e vasos de areia
- Prateleiras espaçadas, com trave no limite frontal para evitar a queda dos frascos.
Medidas de Segurança:
- Selar as tampas dos recipientes de produtos voláteis em uso com filme inerte, para
evitar odores ou a deterioração do mesmo, se estes forem sensíveis ao ar e/ou umidade.
- Não armazenar produtos químicos em prateleiras elevadas; garrafas grandes devem
ser colocadas no máximo a 60 cm do piso.
- Não armazenar produtos químicos dentro da capela, nem no chão do laboratório.
- Se for utilizado armário fechado para armazenagem, que este tenha aberturas laterais
ou na parte superior, para ventilação, evitando-se acúmulo de vapores.
- Observar a compatibilidade entre os produtos químicos durante a armazenagem; e
reservar locais separados para armazenar produtos com propriedades químicas distintas
(corrosivo, solvente, oxidante, pirofosfóricos, reativo). Não colocar, por exemplo,
ácidos próximos a bases; hidróxido de amônio deve ser colocado em armário ventilado,
preferencialmente separado de outros produtos.
- As áreas (prateleiras) ou os armários de armazenagem devem ser rotulados de acordo
com a classe do produto que contém.
- Manter na bancada a quantidade mínima necessária de produtos químicos. No caso de
mistura de produtos, lembrar que a mesma possui o nível de risco do componente mais
perigoso.
- Considerar de risco elevado os produtos químicos desconhecidos.
Equipamentos Necessários
Para uma maior eficiência no combate aos incêndios, é sempre recomendável ter
ferramentas e equipamentos de uso exclusivo para esse fim. Esse material deve estar
sempre em condições de uso e armazenado em locais pré- determinados.
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Embora de custo elevado, uma PATRULHA AÉREA presta inestimáveis serviços nas
extensas áreas florestadas. Estes serviços, contudo, não dispensam as estratégicas torres
de observação implantadas em terra e complementam a sua ação. O patrulhamento
aéreo pode ser feito com ULTRALEVES ou com aviões mono ou multimotores, sendo
estes últimos os preferidos, por motivos de segurança, autonomia e velocidade.
Os vôos de patrulhamento têm por fim identificar o início dos incêndios florestais e
devem ser feitos a baixas altitudes (cerca de 3.000 m do solo), possibilitando assim uma
visão de cerca de 15 km para cada lado. Os aviões de asa alta facilitam a visibilidade.
Usando-se aviões de grande porte, e sendo longas as distâncias, cada incursão pode
durar de 1 a 2 horas. Um mesmo aparelho pode realizar 5 a 10 vôos por dia de serviço.
Em caso de avistar um incêndio, o piloto deve comunicar à equipe de terra: a) a
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Para mostrar o potencial dessa atividade, basta dizer que, somente nos EUA e entre
1960 e 1988, aviões e helicópteros de todos os tipos e tonelagens, efetuaram mais de
48.000 horas de vôo por conta de atividades florestais, lançando cerca de 20 milhões de
litros de água sobre mais de 1.050 incêndios florestais.
Infelizmente, no Brasil, está tudo por ser iniciado, apesar do grande potencial do país,
cuja indústria aeronáutica disputa mercado com países desenvolvidos. Acrescente-se o
fato de termos o 5o. maior país do mundo em extensão territorial e de possuirmos as
maiores reservas florestais do planeta. Trabalhos de combate a incêndio em canaviais
foram realizados em 1981 e 1982 pela AVAL - Aviação Agrícola Lençois, em Lençois
Paulistas - SP com bons resultados, usando soluções de DAP - Diamôniofosfato.
ATAQUE DIRETO
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As descargas de água são lançadas diretamente sobre as chamas (no caso de incêndios
pequenos) ou sobre os pontos mais quentes ou de atividade mais intensa (em incêndios
de grandes proporções) , identificados pela cor mais escura e maior densidade de
fumaça. Também é empregado para cortar e reduzir uma frente de chamas. Ou para
diminuir a temperatura ambiente e permitir maior aproximação dos homens que
trabalham na extinção por terra.
ATAQUE INDIRETO
As descargas de água são lançadas adiante do incêndio, a fim de obter uma linha de
contenção da qual o incêndio não ultrapassa. Este tipo é especialmente útil e possível,
quando se utilizam retardantes químicos, pois pode-se estabelecer verdadeiro corta-fogo
ou reforçar os já existentes. Essa técnica é provavelmente a mais indicada para o
controle de incêndios em regiões de Cerrado e nos pastos.
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Plano de emergência
Um PLANO DE EMERGÊNCIA pode definir-se como a sistematização de um
conjunto de normas e regras de procedimento, destinadas a minimizar os efeitos das
catástrofes que se prevê possam vir a ocorrer em determinadas áreas gerindo, de uma
forma otimizada, os recursos disponíveis.
Objetivos gerais
Dotar a escola de um nível de segurança eficaz;
Limitar as consequências de um acidente;
Sensibilizar para a necessidade de conhecer e rotinar procedimentos de autoproteção a
adotar, por parte funcionários em caso de acidente;
Co-responsabilizar toda a população escolar no cumprimento das normas de segurança;
Preparar e organizar os meios humanos e materiais existentes, para garantir a
salvaguarda de pessoas e bens, em caso de ocorrência de uma situação perigosa.
Objetivos específicos
Conhecimento real e pormenorizado das condições de segurança do estabelecimento
escolar;
Correção das situações disfuncionais detectadas;
188
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Etapas de elaboração
A elaboração de um plano de prevenção e emergência deve incluir aspectos de natureza
preventiva que, em conjunto com a organização interna e as instruções de segurança,
constituem etapas sistematizadas e sequencialmente elaboradas, indispensáveis à sua
operacionalidade, em qualquer situação de emergência:
Plano de Prevenção:
Caracterização do espaço;
Identificação dos riscos;
Levantamento de meios e recursos;
Regras de exploração e comportamento;
Programas de conservação e manutenção;
Caderno de registro de segurança.
Plano de Emergência:
Organização e segurança
Estrutura interna de segurança;
Plano de evacuação;
Plano de atuação;
Instruções de segurança
Instruções gerais;
Instruções particulares;
Instruções especiais. "
189
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Também inserem-se nestes planos, outras redes de integração para melhoria nas
comunicações entre os mais diversos agentes, desde o voluntários das brigadas internas
das indústrias químicas e de derivados de petróleo, até empresas especializadas e os
órgãos com jurisdição nos locais onde ocorram os acidentes com vazamentos de
produtos perigosos.
A ABPCEA tem participação ativa em vários PAMs, em suas comissões e sub
comissões técnicas, colaborando com a apresentação das estatísticas de ocorrências,
levantadas através do PGR - Plano de Gerenciamento de Risco da ABPCEA.
Constituição Federal
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 26, de 2000)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
190
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
§ 1º. Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas
instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar,
prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho.
§ 2º. É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional do
Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações.
Art. 161. O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço
competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra,
indicando na decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências
que deverão ser adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho.
§ 1º. As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às medidas
determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.
§ 2º. A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da
Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por
entidade sindical.
§ 3º. Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessados recorrer,
no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao
recurso.
§ 4º. Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após
determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do
estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou equipamento, ou
o prosseguimento de obra, se, em consequência, resultarem danos a terceiros.
§ 5º. O Delegado Regional do Trabalho, independente de recurso, e após laudo técnico
do serviço competente, poderá levantar a interdição.
§ 6º. Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou embargo, os
empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.
SEÇÃO III
DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E DE MEDICINA DO TRABALHO NAS
EMPRESAS
Art. 162. As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do
Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em
medicina do trabalho.
Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo estabelecerão:
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de
suas atividades;
b) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo
o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho;
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em
medicina do trabalho, nas empresas.
Art. 163. Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do
Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.
Parágrafo único. O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição
e o funcionamento das CIPAs.
194
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Art. 164. Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de
acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o
parágrafo único do artigo anterior.
§ 1º. Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
designados.
§ 2º. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os
empregados interessados.
§ 3º. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida
uma reeleição.
§ 4º. O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante
o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA.
§ 5º. O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente
da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.
Art. 165. Os titulares da representação dos empregados nas CIPAs não poderão sofrer
despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar,
técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único. Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação
à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados
neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.
ADCT art. 10, II, alínea a:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de
acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato;
...
SEÇÃO IV
DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Art. 166. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento
de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.
Art. 167. O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
SEÇÃO V
DAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO TRABALHO
Art. 168. Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições
estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho:
I – na admissão;
II – na demissão;
III – periodicamente.
§ 1º. O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão
exigíveis exames:
a) por ocasião da demissão;
195
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
b) complementares.
§ 2º. Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para
apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva
exercer.
§ 3º. O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o
tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos.
§ 4º. O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à prestação de
primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade.
§ 5º. O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será
comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica. (Redação dada ao
artigo pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 169. Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em
virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de
conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.
SEÇÃO VI
DAS EDIFICAÇÕES
Art. 170. As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam perfeita
segurança aos que nelas trabalhem.
Art. 171. Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-direito,
assim considerada a altura livre do piso ao teto
Parágrafo único. Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as condições de
iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho, sujeitando-se tal
redução ao controle do órgão competente em matéria de segurança e medicina do
trabalho.
Art. 172. Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem
depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.
Art. 173. As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que impeçam a
queda de pessoas ou de objetos.
Art. 174. As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores,
coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições de
segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-
se em perfeito estado de conservação e limpeza.
SEÇÃO VII
DA ILUMINAÇÃO
Art. 175. Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou
artificial, apropriada à natureza da atividade.
§ 1º. A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
§ 2º. O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminação a serem
observados.
SEÇÃO VIII
DO CONFORTO TÉRMICO
196
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Art. 176. Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço
realizado.
Parágrafo único. A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não
preencha as condições de conforto térmico.
Art. 177. Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de
instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada
para o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento
térmico e recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as
radiações térmicas.
Art. 178. As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas
dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.
SEÇÃO IX
DAS INTALAÇÕES ELÉTRICAS
Art. 179. O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança e as
medidas especiais a serem observadas relativamente a instalações elétricas, em qualquer
das fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia.
Art. 180. Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou
reparar instalações elétricas.
Art. 181. Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem
estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.
SEÇÃO X
DA MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS
Art. 182. O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre:
I – as precauções de segurança na movimentação de materiais nos locais de trabalho, os
equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condições especiais a que estão
sujeitas a operação e a manutenção desses equipamentos, inclusive exigências de
pessoal habilitado;
II – as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de materiais,
inclusive quanto às condições de segurança e higiene relativas aos recipientes e locais
de armazenagem e os equipamentos de proteção individual;
III – a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos equipamentos de
transporte, dos avisos de proibição de fumar e de advertência quanto à natureza perigosa
ou nociva à saúde das substâncias em movimentação ou em depósito, bem como das
recomendações de primeiros socorros e de atendimento médico e símbolo de perigo,
segundo padronização internacional, nos rótulos dos materiais ou substâncias
armazenados ou transportados.
Parágrafo único. As disposições relativas ao transporte de materiais aplicam-se,
também, no que couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho.
Art. 183. As pessoas que trabalharem na movimentação de materiais deverão estar
familiarizadas com os métodos racionais de levantamento de cargas.
SEÇÃO XI
DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
197
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Art. 190. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações
insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os
limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de
exposição do empregado a esses agentes.
Parágrafo único. As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do
organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos,
irritantes, alergênicos ou incômodos.
Art. 191. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites
de tolerância;
II – com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único. Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a
insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização, na forma deste artigo.
Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por
cento) do salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Ver Constituição Federal art. 7º , IV e XXIII.
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos
em condições de risco acentuado.
§ 1º. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional
de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa.
§ 2º. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido.
Ver Constituição Federal art. 7º e XXIII.
A Lei 7.369/1985, ensejou o pagamento do adicional aos trabalhadores no setor de
energia elétrica, desde que haja periculosidade na função (regulamentação dada pelo
Decreto 93.412/1986).
Os eletricistas, com exposição intermitente á periculosidiade, terão direito ao adicional
integral (Enunciado TST 361).
A Portaria MTE nº 518, de 4 de abril de 2003 adota como atividades de risco em
potencial, sujeita ao adicional de periculosidade, concernentes a radiações ionizantes
ou substâncias radioativas, o "Quadro de Atividades e Operações Perigosas",
aprovado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.
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RATIFICAÇÃO
• Até 18 meses da adoção de uma convenção, cada Estado-Membro tem obrigação de
submetê-la à autoridade nacional competente (no Brasil, o Congresso Nacional) para
aprovação;
• após aprovação, o Governo (Presidente da República) promove a ratificação do
tratado junto à OIT;
• após a ratificação, o Estado-Membro deve promulgar o tratado, ou seja, adotar
medidas legais ou outras que assegurem a aplicação da Convenção em prazos
determinados, incluindo o estabelecimento de sanções apropriadas, mantendo serviços
de inspeção que zelem por seu cumprimento.
Em geral, é prevista consulta prévia às entidades mais representativas de empregadores
e trabalhadores.
VIGÊNCIA
• Internacional: Inicia-se 12 meses após ratificação de uma convenção por dois Estados-
Membros;
• nacional: A partir de 12 meses após a ratificação pelo Estado-Membro, desde que a
convenção já vigore em âmbito internacional.
VALIDADE
• O prazo de validade de cada ratificação é de 10 anos;
• ao término da validade, o Estado-Membro pode denunciar a convenção, cessando sua
responsabilidade em relação à mesma 12 meses após;
• não havendo sido denunciada a convenção até 12 meses do término da validade da
ratificação, renova-se a validade tacitamente por mais 10 anos.
REVISÃO
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
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Objetivo
O objetivo do PPP é apresentar, em um só documento, o resumo de todas as
informações relativas à fiscalização do gerenciamento de riscos e à existência de
agentes nocivos no ambiente de trabalho, além de ser o documento que orienta o
processo de reconhecimento de aposentadoria especial, podendo também ser usado para
caracterizar o nexo técnico em caso de acidente de trabalho.
PPP
[Instituto Nacional do Seguro Social
Seguridade Social Assistência Social · Previdência Social · Saúde Pública
Aposentadoria especial · Aposentadoria por invalidez ·
Auxílio-acidente · Auxílio-doença · Auxílio-reclusão ·
Benefícios Benefício de prestação continuada · Pensão por morte ·
Salário-família · Salário-maternidade · Salários de benefício
e de contribuição · Seguro de Acidente de Trabalho
Comunicação de Acidente de Trabalho · Nexo Técnico
Epidemiológico Previdenciário · Perfil profissiográfico
Documentos e serviços
previdenciário · Perícia médica no INSS · Reabilitação
profissional · Serviço social (INSS)
Conceitos Acidente de trabalho · Doença ocupacional
DATAPREV · Instituto Nacional de Previdência Social ·
Instituições relacionadas
Ministério da Previdência Social
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
BLOCO 2:
Acidente do trabalho:
Conceito técnico e legal;
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,
com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o
segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou
permanente, da capacidade para o trabalho.
Considera-se agravo para fins de caracterização técnica pela perícia médica do INSS a
lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução aguda,
subaguda ou crônica, de natureza clínica ou sub clínica, inclusive morte,
independentemente do tempo de latência.
206
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
O segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do
auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção de auxílio-acidente.
207
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Depreende-se pois, que para a Lei Previdenciária, o acidente do trabalho somente ocorre
com trabalhadores, os quais, no exercício de suas atividades, prestam serviço à empresa:
o segurado empregado ou empregado avulso, bem como com o segurado especial, cujos
efeitos provocam lesão corporal ou perturbação funcional suficientes para causar a
morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. (7)
Contudo, consoante as lições ministradas pelo Professor Sebastião Alves da Silva Filho
(8)
, há que se discordar do conceito que trata acidente como fato inesperado,
imprevisível. Isto porque...
Conclui-se, por conseguinte, o conceito de acidente do trabalho, pode ser visto sob dois
prismas: a) o da Previdência Social, que ao conceituar acidente de trabalho, inclui a
necessidade de lesão, com fito de dar ao cidadão acidentado o tratamento físico,
emocional e material, bem como sua reinserção no mercado de trabalho; b) o do
Ministério do Trabalho e Emprego, no sentido de que a ocorrência de acidente
independe da existência de vítima, visto que tal órgão tem por escopo a prevenção e a
fiscalização (segundo nos informou o Professor e Subdelegado da Subdelegacia do
Trabalho em Uberlândia – MG, Sebastião Alves da Silva Filho)
208
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
A lesão pessoal inclui tanto lesões traumáticas e doenças, quanto efeitos prejudiciais
mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de exposições do trabalho.
Causas
Em acepção ampla e mediata verifica-se que as causas acidentárias, quase sempre estão
intrinsecamente ligadas ao incrível crescimento tecnológico experimentado pela
humanidade nos últimos tempos e ao excessivo aumento da produção. É lamentável,
mas em pleno início do século XXI, os empreendimentos econômicos, ainda, são
voltados para os lucros imediatos em detrimento dos investimentos em programas e
equipamentos adequados à proteção coletiva, que são meios eficazes de combate a
acidentes do trabalho. Prefere-se equipamentos paliativos de proteção individual, aos
equipamentos de proteção grupal ou outras a tomar medidas preventivas coletiva, por
julgá-los mais onerosos, o que caracteriza o desinteresse pelo meio ambiente laboral
salutar.
Identificam-se, pois, como causas indiretas do aumento dos casos de doenças de origem
psíquica e física e dos acidentes do trabalho, dentre outras: a complexidade das
máquinas, a automação e a informatização, a crescente exposição aos ruídos, calor e
substâncias tóxicas (condições insalubres, perigosas e penosas), ausência de efetividade
das normas protetoras do ambiente laboral, a preferência apenas pela redução à
eliminação dos riscos, deficiência no sistema de inspeção do trabalho, excesso de horas
extras (que é uma das principais causas mediatas de acidentes laborais e do aumento do
índice do desemprego), sistema inadequado de compensação de quadro de horários e
dos turnos de revezamento, ausência de conscientização, a desmotivação, as exigências
rigorosas nos processos de seleção combinada com deficiência de formação
profissional, as dificuldades para atualizar os conhecimentos e acompanhar o
desenvolvimento tecnológico para assegurar o direito ao trabalho digno, o temor do
desemprego, a precarização dos direitos dos trabalhadores, o trabalho informal, a fadiga
física e a tensão mental do trabalhador.
Com a chegada ao país das tecnologias de engenharia de perdas e árvore de causas para
os acidentes houve uma mudança no antigo enfoque dado às análises de acidentes
209
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
graves e ou fatais. Hoje tais análises se prendem muito mais a refazer o conjunto de
causas que geraram o acidente. Assim sendo, perdeu totalmente a importância avaliar
unicamente e de forma simplória se houve ato [do trabalhador] ou condição
[ambientais] insegura. Isso justifica também pelo fato de que dificilmente se encontraria
um acidente onde atos ou condições inseguras se apresentariam isoladamente, ou seja,
sem que a outra situação também estivesse presente. (9)
Segundo o raciocínio supra, conclui-se que está nas causas mediatas ou indiretas, o
alicerce para o direcionamento da prevenção dos acidentes laborais, uma vez que são as
causas básicas do índice estarrecedor de acidentes do trabalho, demonstrado pela
estatística mundial. Desse modo, para prevenção e redução desse número, é
imprescindível fazer um levantamento amplo e específico sobre a ocorrência de
acidentes, como os fatos agressores mediatos e imediatos causadores do evento, o local,
as condições de trabalho, etc. Assim, além de possibilitar a implementação de
programas de prevenção de acidentes de trabalho pelos atores do ambiente laboral,
aponta os locais em que a fiscalização deve ser realizada com mais rigor.
Pode-se perceber, pelos estudos e pesquisas feitos com intuito de conhecer e dissertar
sobre o tema que, as estatísticas oficiais, deixam a desejar, pois não revelam a realidade
de acidentes laborais.
Não se pode esquecer que os processos acidentários trabalhistas são iniciados pelo
órgão previdenciário somente após a comunicação do fato sinistro a partir da CAT
(Comunicação de Acidente de Trabalho), documento relativo apenas aos empregados
registrados em carteira da empresa, cujo número é reduzido em relação aos
trabalhadores autônomos e informais.
Outra realidade lastimável ocorre nos hospitais ou clínicas médicas, onde os prontuários
médicos deveriam registrar informações mais abrangentes sobre os
trabalhadores/pacientes que ali buscam consulta ou internamento (como a profissão, a
origem (local) e a causa mediata e imediata dos acidentes, doenças e morte destes, ou
seja, dados mais específicos de um eventual acidente/doença do trabalho), mas não o
fazem, geralmente, limitam-se apenas em constar os sintomas físicos ou mórbidos
apresentados pelo paciente.
Diferentes não são os atestados médicos de óbito, que também, na sua maioria, somente
constam as causas letais físicas, dos quais originam os registros de óbito – instrumento
formal, exigido pela Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73, arts. 77 e ss.).
Como se vê, os trabalhadores que não têm vínculo com a Previdência Social estão
alijados das estatísticas oficiais, especialmente das estatísticas de tal órgão. Portanto,
embora possa verificar uma redução significativa do número de sinistros trabalhistas
210
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Causas Humanas
Causas Materiais
Muitos estudos sobre as causas dos acidentes de trabalho têm vindo a dar razão ao que
os psicólogos do trabalho há muito afirmam, isto é, que é sobre o homem que é
necessário agir para diminuir os acidentes.
Na realidade está estatisticamente provado que mais de 80% dos acidentes do trabalho
têm causas humanas.
Assim sendo, a acção prioritária para reduzir os acidentes deve ter como objecto os
trabalhadores, nomeadamente na sua formação e informação.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Falta de experiência
Cansaço
Stress
Entre as causas materiais dos acidentes, as mais comuns são:
Materiais defeituosos
companhia de seguros
destino do acidentado
causa(s) do acidente
tipo(s) de lesão(ões)
consequências do acidente
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Por outro lado, há queda na produção (pela perda e eficiência do processo, contratação
de substituto ou necessidade de horas extras), inutilização de máquinas, insumos,
produtos, necessidade de reposição de material inutilizado. etc. Além destes prejuízos, a
empresa, a longo prazo, poderá ser obrigada a fazer a reinserção do acidentado pelo
período de estabilidade adquirido, etc.), arcar com despesas advocatícias, judiciais,
indenizatórias, multas administrativas, ter perdas negociais (multas contratuais por
atraso de produção, rescisão de contratos), perda de certificados de gestão de qualidade,
de gestão ambiental, etc. (11)
Ademais, vale lembrar que a fadiga física e mental dos demais trabalhadores, gerada
pela ocorrência do sinistro, implica em absenteísmo, rotatividade de mão-de-obra,
novos acidentes entre outras perdas.
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CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
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CONSEQÜÊNCIAS DO ACIDENTE
75.30.00.000 - CABEÇA
75.30.50.200 - OUVIDO EXTERNO
75.30.70.700 - MANDÍBULA (inclusive queixo)
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A segunda lei foi promulgada através do decreto-lei n.º 24.637, de 10 de julho de 1934
com esta lei foi conceituado pela primeira vez o acidente do trabalho, como sendo "toda
lesão corporal, perturbação funcional, ou doença desde logo produzida pelo exercício do
trabalho, ou em conseqüência dele, que determine a morte, ou a suspensão ou limitação,
permanente ou temporária, total ou parcial, da capacidade para o trabalho" (OPITZ &
OPITZ, 1984). Através deste decreto foi abolida a CAUSA ÚNICA e passa a
reconhecer doenças resultantes das condições de trabalho. E também passa a adotar a
Teoria de risco profissional.
A quinta edição da lei sobre acidente do trabalho, foi promulgada através da Lei n.º
5.316, de 14 de setembro de 1967, esta lei contém o mesmo texto da anterior no que diz
respeito à definição de acidente do trabalho, porém abandona a causa única como
conseqüência para o acidente, e em seu texto são incluídos alguns benefícios e
estendidos os direitos de acidente do trabalho aos trabalhadores avulsos (MONTEIRO,
1967; OPITZ & OPITZ, 1984).
Através da Lei n.º 6.367, de 19 de outubro de 1976, foi promulgada a sexta lei, o
acidente do trabalho é considerado como sendo um acontecimento na vida do operário,
verificado pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal,
perturbação funcional ou doença que cause a morte, perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho (OPITZ & OPITZ, 1984; OLIVEIRA, 1985).
Nesta lei foram desconsideradas as condições de trabalho como causa ou agravante do
acidente do trabalho (OLIVEIRA & ANDRADE, 1976). E passam a ser considerados
para fins legais os acidentes típicos; o acidente que, ligado ao trabalho, embora não
tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte, ou à perda ou
redução da capacidade para o trabalho; trajeto e doenças profissionais com 21 agentes
de causa (OLIVEIRA, 1985; LUCCA & FÁVERO, 1994).
De acordo com as leis acidentárias brasileiras o, acidente pode ocorrer por uma
condição insegura ou por um ato inseguro, e que na maioria das análises dos acidentes
são considerados como atos inseguros, isto é, são causados por falha humana, mas que
deve ser estudado com profundidade e também deve ser um ponto de reflexão dos
profissionais que trabalham com segurança e dos próprios empregadores em relação a
estes tipos de acidentes, pois neste ato inseguro pode estar implícita uma condição
insegura não visualizada ou não exteriorizada.
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TAXAS DE FREQÜÊNCIA
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FA = Nx 1.000.000
H
Onde: FA taxa de freqüência de acidentes
N número de acidentes
H horas-homem de exposição ao risco
FL = Nx 1.000.000
H
Onde: FL taxa de freqüência de acidentados com lesão com afastamento
N número de acidentados com lesão com afastamento
H horas-homem de exposição ao risco
G = T x 1.000.000
H
223
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Mo = D__
N
Md = d__
N
Tm = T__
N
Tm = G__
FL
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prejuízo material.
Todo esse processo gera um determinado custo para a empresa, custo este que de
alguma forma é repassado ao cliente.
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O processo ocorre de forma natural, isto é, o acidente ou a doença profissional gera
custo que onera a produção, daí podem ocorrer três situações diferenciadas, porém uma
não menos grave que a outra:
1º situação – o empresário busca não assumir os custos decorrentes deste processo
acidentario e, repassa ao cliente através do aumento do preço de venda de seus produtos
ou serviços, ao realizar este procedimento, o empresário torna-se menos competitivo
uma vez que seus produtos são mais caros.
2º situação – o empresário absorve o custo acidentário, não imputando-o sobre o
preço de venda, nem repassando-o em espécie alguma ao seu cliente, dessa forma o
cliente não sofre quaisquer consequencias das falhas no processos produtivo, porém, o
empresário reduz a margem de lucro de seus produtos ou serviços e com isso parte da
sua receita que poderia ser voltada para o aumento da qualidade dos seus processos,
melhoria de maquinários e equipamentos, investimento no estímulo motivacional de
seus empregados e outros investimentos com foco no processo de melhoria contínua
empresarial, perde eficácia podendo não atingir a excelência.
3º situação – O cliente compra do concorrente o produto ou serviço, uma vez que
o produto ou serviço em questão tornou-se oneroso em função dos custos de acidentes e
doenças profissionais a ele imputados. Essa é a mais grave de todas as situações, do
ponto de vista empresarial. O Gestor Empresarial deve ter visão aguçada para entender
quando e quanto lhe é válido investir em prevenção de acidentes afim de não onerar seu
produto e nem reduzir sua margem de lucro por motivos de acidentes e doenças
profissionais, motivos estes considerados desnecessários e despendiosos, ou seja,
desperdicios.
Em uma empresa, somente existe uma fonte de entrada de capital financeiro, o
CLIENTE. Por tanto, ao final deste trajeto, podemos analisar que o processo acidentário
causa prejuizo de forma coletiva, ou seja, à empresa que perde qualidade de seus
produtos e estes ainda perdem competitividade no mescado; o empresário que não
consegue extrair o melhor em seu preço de venda, perdendo no ponto de vista
estratégico; o empregado, pois, parte da receita que poderia ser a ele destinada sob
forma de oportunidades de crescimento, não será para cobrir estes desperdicios.
O que o empregado tem de compreender é que se ele faz parte da empresa, ele
crescerá ou estagnará junto com ela. A medida que uma empresa se torna sofisticada o
funcionário também deve tornar-se. Certa vez em um encontro de canavieiros na região
de Uberaba-MG, alguém da platéia indagou um dos palestrante sobre a mecanização na
colheita de cana, no quesito redução da mão de obra. O palestrante bastante inteligente
disse que a mecanização não retiraria o emprego dos cortadores de cana, mas, por outro
lado, forçaria-os a se especilizarem na atividade de operadores de máquinas
mecanizadas.
Os empregados que obtiverem essa visão de mudança serão aqueles que farão parte
da nova etapa de “empresas sofisticadas”. Assim ocorre em todas as área da empresa.
Por outro lado, o Gestor tem um papel fundamental na conscientização de seu
pessoal, cabe a ele saber como cada um de seus subordinados reagem à determinadas
ações, pois, para cada ação há um reação de igual intesidade. E o gestor que souber
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Os serviços de Segurança do Trabalho, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade são ainda
vista por muitos empresários como um “gasto desnecessário”, mas, no mundo
corporativo não existe espaço para coincidencias e sabe-se que as empresas que levam
os profissionais destas áreas à sério permitindo que desenvolvam um bom trabalho e
subsidiando tal, tem despontado das demais através da redução dos custos de produção e
consequentemente agregando qualidade aos seus produtos e serviços.
CUSTO SEGURADO Total das despesas cobertas pelo seguro de acidente do trabalho;
CUSTO NÃO SEGURADO Total das despesas não cobertas pelo seguro de acidente do
trabalho e, em geral, não facilmente computáveis, tais como as resultantes da interrupção do
trabalho, do afastamento do empregado de sua ocupação habitual, de danos causados a
equipamentos e materiais, da perturbação do trabalho normal e de atividades assistências não
seguradas;
Investigação e análise de acidentes;
A partir da informação da ocorrência de um acidente a equipe de investigação deve, se
possível, inteirar-se do tipo de caso a ser investigado, visando preparar-se tecnicamente
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A coleta de dados é uma fase crucial que deve ser realizada no próprio local de
ocorrência do acidente. Uma boa coleta deve possibilitar a compreensão de como o
acidente ocorreu, quase como se fosse possível visualizá-lo passo a passo.
A sistematização da coleta de dados facilita esta tarefa, além de ajudar a evitar que
aspectos importantes deixem de ser investigados. Em nossas investigações, mesmo
quando não utilizamos o método de Árvore de Causas, realizamos a coleta de dados
com auxílio de suas categorias de análise, ou seja, atividade em desenvolvimento,
desdobrada nos componentes:
Recomenda-se:
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das causas".
Durante as entrevistas, diante de expressões como "foi um descuido", "acho que não
prestei muita atenção", "fiz uma bobeira", utilizadas pelos próprios acidentados vítimas
de acidentes não fatais para descrever os episódios de que foram vítimas, é
imprescindível indagar - e, se necessário, insistir -, como foi o tal "descuido", a "falta de
atenção" ... procurando caracterizar o sentido da expressão utilizada pelo trabalhador
(ou testemunha, ou colega ... em casos de acidentes fatais). Sobretudo, é da maior
importância investigar suas causas. Freqüentemente os "descuidos" ocorrem em
situações de pressão de tempo para execução de tarefas (urgências de varias naturezas e
origens), ao final de turnos noturnos, ao final de jornadas de trabalho prolongadas por
horas-extras, em situações de fadiga evidente do trabalhador, durante execução de
tarefas anexas / secundárias, ou de tarefas eventuais, como por exemplo as de
manutenção.
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Deve-se evitar:
tampa no "panelão" que transportava aço fundido para as lingoteiras. Isso porque a
tampa provocaria modificações no aço que eram incompatíveis com as especificações
do produto. Posteriormente, verificou-se que tal afirmação era falsa.
Os dados coletados devem ser organizados, isto é, deve ser elaborada uma descrição
coerente do acidente, baseada em fatos passíveis de serem observados / constatados,
sem emissão de juízos de valor e, ou interpretações, e que permita ao(s)
investigador(es) "visualizar" da maneira mais completa possível, como o episódio se
desenrolou. Esta etapa é fundamental na investigação. Embora aparentemente fáceis de
serem realizadas, boas descrições exigem treinamento. Pode-se considerar adequada
uma descrição cuja leitura permita a compreensão de como o acidente ocorreu, por
profissionais que não participaram da investigação.
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Uma vez determinados esses aspectos pode-se, então, partir para a proposição de
medidas saneadoras, objetivo-fim de qualquer inspeção de segurança.
Tipos de inspeção de segurança
a) Inspeções gerais - nas quais todas áreas são examinadas, fazendo-se um levantamento
global das condições operacionais da industria.
Devem ser coordenadas pelo Serviço de Segurança, recomendando-se a presença de
chefes e encarregados de setor, médico do trabalho, engenheiro de segurança, técnico de
segurança e cipeiros do setor, o que possibi1ita maior rapidez nas informações, devido a
discussão dos riscos no local e no momento da observação, inclusive com uma primeira
comunicação oral, embora exista a necessidade da confecção de relatórios que
documente o fato e proponha as soluções mais adequadas a cada caso. Nas empresas
que não possuam Serviço de Segurança, a coordenação de tais inspeções é
responsabilidade da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
Pode ser realizada mensalmente mas, de acordo com características de cada empresa, a
periodicidade pode ser maior ou menor.
b) Inspeções parciais - são inspeções restritas, limitando-se apenas a verificar as
condições de segurança em determinadas áreas, atividades ou mesmo equipamentos
especiais existentes.
Definição de responsabilidades
Os elementos encarregados das inspeções podem ser funcionários da própria empresa,
técnicos contratados ou inspetores governamentais.
Nas inspeções oficiais, normalmente não há a preocupação com uma analise posterior,
visando a inibição do risco. O técnico procura observar os pontos conflitantes com a
legislação e notifica o empresário.
Em empresas onde não há Serviço Especializado, é normal que a CIPA, responsável
pela coordenação das inspeções, contrate um técnico na área de segurança para realizar
uma inspeção geral . Após a inspeção, o técnico se encarregara de propor soluções,
facilitando e dinamizando, desta forma, a atuação da Comissão.
Quando, porém, já existe o Serviço Especializado, a necessidade dessas inspeções gerais
decai bastante, pois os inspetores da própria empresa deverão ter conhecimentos
técnicos gerais suficientes para descobrir e eliminar, ou inibir, riscos mais comuns. A
dificuldade aparece quando há a necessidade de inspeções parciais mais detalhadas,
como a inspeção de uma caldeira ou a determinação da presença de riscos ambientais
em determinado processo. Nestes casos aconselha-se a contratação de elemento
especializado, que podem, com menor margem de erro, detectar qualquer anormalidade
e apontar soluções
No âmbito interno de cada empresa, deverá o Serviço de Segurança equacionar de
forma bastante clara e precisa a responsabilidade de cada um dos funcionários, pois
todos eles deverão dar a sua parcela de colaboração na prevenção dos acidentes;
Os técnicos de segurança deverão diariamente realizar inspeções de rotina, objetivando
a descoberta dos riscos mais comuns, tais como utilização de instalações elétricas
provisórias de maneira inadequada, desobediência a normas de conduta por parte dos
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Tipos de inspeção:
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de um novo sistema, com o fim de se determinar os riscos que poderão estar presentes
na sua fase operacional.
A APR é, portanto, uma análise inicial "qualitativa", desenvolvida na fase de projeto e
desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, possuindo especial
importância na investigação de sistemas novos de alta inovação e/ou pouco conhecidos,
ou seja, quando a experiência em riscos na sua operação é carente ou deficiente. Apesar
das características
básicas de análise inicial, é muito útil como ferramenta de revisão geral de segurança
em sistemas já operacionais, revelando aspectos que às vezes passam desapercebidos.
A APR teve seu desenvolvimento na área militar, sendo aplicada primeiramente como
revisão nos novos sistemas de mísseis. A necessidade, neste caso, era o fato de que tais
sistemas possuíam características de alto risco, já que os mísseis haviam sido
desenvolvidos para operarem com combustíveis líquidos perigosos. Assim, a APR foi
aplicada com o intuito de verificar a possibilidade de não utilização de materiais e
procedimentos de alto risco ou, no caso de tais materiais e procedimentos serem
Vinevitáveis, no mínimo estudar e implantar medidas preventivas.
Para ter-se uma idéia da necessidade de segurança, na época, de setenta e dois silos de
lançamento do míssil intercontinental Atlas, quatro deles foram destruídos quase que
sucessivamente. Sem contar as perdas com o fator humano, as perdas financeiras
estimadas eram de US$ 12 milhões para cada uma destas unidades perdidas.
A APR não é uma técnica aprofundada de análise de riscos e geralmente precede outras
técnicas mais detalhadas de análise, já que seu objetivo é determinar os riscos e as
medidas preventivas antes da fase operacional. No estágio em que é desenvolvida
podem existir ainda poucos detalhes finais de projeto e, neste caso, a falta de
informações quanto aos procedimentos é ainda maior, já que os mesmos são geralmente
definidos mais tarde.
Os princípios e metodologias da APR consistem em proceder-se uma revisão geral dos
aspectos de segurança de forma padronizada, descrevendo todos os riscos e fazendo sua
categorização de acordo com a MIL-STD-882 .A partir da descrição dos riscos são
identificadas as causas (agentes) e efeitos (consequências) dos mesmos, o que permitirá
a busca e elaboração de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas
detectadas.
A priorização das ações é determinada pela categorização dos riscos, ou seja, quanto
mais prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deve ser solucionado.
Desta forma, a APR tem sua importância maior no que se refere à determinação de uma
série de medidas de controle e prevenção de riscos desde o início operacional do
sistema, o que permite revisões de projeto em tempo hábil, no sentido de dar maior
segurança, além de definir responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.
Segundo DE CICCO e FANTAZZINI (1994b), o desenvolvimento de uma APR passa
por algumas etapas básicas, a saber:
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HAZOP
O estudo de identificação de perigos e operabilidade conhecido como HAZOP é uma
técnica de análise qualitativa desenvolvida com o intuito de examinar as linhas de
processo, identificando perigos e prevenindo problemas. Porém, atualmente, a
metodologia é aplicada também para equipamentos do processo e até para sistemas.
O método HAZOP é principalmente indicado quando da implantação de novos
processos na fase de projeto ou na modificaçãos de processos já existentes. O ideal na
realização do HAZOP é que o estudo seja desenvolvido antes mesmo da fase de
detalhamento e construção do projeto, evitando com isso que modificações tenham que
ser feitas, quer no detalhamento ou ainda nas instalações, quando o resultado do
HAZOP for conhecido.
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Vale ressaltar que o HAZOP é conveniente para projetos e modificações tanto grandes
quanto pequenas. Às vezes, muitos acidentes ocorrem porque subestima-se os efeitos
secundários de pequenos detalhes ou modificações, que à primeira vista parecem
insignificantes e é impossível, antes de se fazer uma análise completa, saber se existem
efeitos secundários graves e difíceis de prever.
Além disso, o caráter de trabalho em equipe que o HAZOP apresenta, onde pessoas de
funções diferentes dentro da organização trabalham em conjunto, faz com que a
criatividade individual seja estimulada, os esquecimentos evitados e a compreensão dos
problemas das diferentes áreas e interfaces do sistema seja atingida. Uma pessoa,
mesmo competente, trabalhando sozinha, frequentemente está sujeita a erros por
desconhecer os aspectos alheios a sua área de trabalho. Assim, o desenvolvimento do
HAZOP alia a experiência e competência individuais às vantagens indiscutíveis do
trabalho em equipe.
Em termos gerais, pode-se dizer que o HAZOP é bastante semelhante a AMFE,
contudo, a análise realizada pelo primeiro método é feita através de palavras-chaves que
guiam o raciocínio dos grupos de estudo multidisciplinares, fixando a atenção nos
perigos mais significativos para o sistema. As palavras-chaves ou palavras-guias são
aplicadas às variáveis identificadas no processo (pressão, temperatura, fluxo,
composição, nível, etc.) gerando os desvios, que nada mais são do que os perigos a
serem examinados.
A técnica HAZOP permite que as pessoas liberem sua imaginação, pensando em todos
os modos pelos quais um evento indesejado ou problema operacional possa ocorrer.
Para evitar que algum detalhe seja omitido, a reflexão deve ser executada de maneira
sistemática, analisando cada circuito, linha por linha, para cada tipo de desvio passível
de ocorrer nos parâmetros de funcionamento. Para cada linha analisada são aplicadas a
série de palavras-guias, identificando os desvios que podem ocorrer caso a condição
proposta pela palavra-guia ocorra.
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Atribuições
Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho;
Determinar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com a NR–6;
Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações
físicas;
Responsabilizar-se, tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto
nas NR;
Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas
observações, além de treiná-la, apoiá-la e atendê-la, conforme dispõe a NR–5;
Esclarecer e conscientizar o empregador;
Analisar e registrar os acidentes e doenças do trabalho
CIPA
Da organização
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição.
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É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de
direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato.
Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento
sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo
469, da CLT.
Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após
o término do mandato anterior.
Atribuição:
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de
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g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador,
para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados
à segurança e saúde dos trabalhadores;
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Cabe ao Vice-Presidente:
b) preparar as correspondências;
As empresas que optarem por fazer um Upgrade da versão 99 para a versão 2007 devem
contatar o Bureau Veritas Certification para programar o evento de up grade. Em ambos
os casos será necessário a emissão de uma nova proposta e contrato para a adição e a
data do certificado na versão 2007 terá a mesma validade do certificado original, versão
1999.
Para aquelas que optarem por uma nova certificação ou recertificação já na versão 2007
o certificado terá a validade normal de 3 anos.
Para empresas que já são certificadas sob a norma OHSAS 18001:1999, ou estejam nos
estágios finais para a obtenção da certificação, foi acordado um período de transição de
dois anos, a fim permitir que sejam implementadas as mudanças para a nova versão. O
período de transição terminará em 01 julho 2009, portanto essas empresas não terão
dificuldade em adequar seus sistemas de gestão à norma.
Já para aquelas que irão iniciar a implantação de um sistema de gestão com base na
OHSAS 18001, recomendaríamos usar a OHSAS 18002:2000 como orientação.
O grupo que revisou a OHSAS 18001:1999 está agora iniciando a revisão da OHSAS
18002, visando a publicação de uma edição revisada em 2008.
(TEXTO ANEXO)
Diretrizes da OIT sobre Sistemas de Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho;
O impacto positivo Resultante da introdução dos sistemas de gestão da segurança e
saúde no trabalho (SST), a nível da organização quer no que respeita à na redução dos
perigos e os riscos como na produtividade, é agora reconhecido pelos governos,
empregadores e trabalhadores.
Estas diretrizes sobre sistemas de gestão da SST foram estabelecidas com base nos
princípios acordados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a nível
internacional e definidos pelos três mandados da OIT. Esta abordagem Tripartite
proporciona fortaleza, flexibilidade e bases adequadas para o desenvolvimento de uma
cultura sustentável da segurança na organização. Por essa razão, a OIT elaborou
diretrizes voluntárias sobre os Sistemas de Gestão da SST que reflitam os valores e
instrumentos pertinentes da OIT para a proteção da segurança e a saúde dos
trabalhadores .
As recomendações práticas destas diretrizes foram estabelecidas para uso dos
responsáveis da gestão da segurança e saúde no trabalho. Tais recomendações não
possuem caracter obrigatório e não têm por objetivo substituir nem as leis nacionais ou
regulamentos nacionais ou normas vigentes. Sua aplicação não exige certificação.
O empregador tem a obrigação de prestar contas e o dever de organizar a segurança e
saúde no trabalho. A implementação do presente sistema de gestão da SST oferece,
entre outras, uma abordagem útil para que se cumpram estas responsabilidades. A OIT
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3.3.3. Deveria ser necessário designarem-se uma ou mais pessoas que possuam um nível
de direção mais elevado, com a responsabilidade, a autoridade e a obrigação de prestar
contas para:
(a) desenvolver, implementar , analisar periodicamente e avaliar o sistema de gestão da
SST ;
(b) informar periodicamente ao diretor com maior escalão o desempenho do sistema de
gestão da SST ; e
(c) promover a participação de todos os membros da organização.
3.4. Competência e capacitação
3.4.1. O empregador deveria definir os requisitos de competência necessários à SST e
deveriam adotar-se e manterem-se disposições para que todas as pessoas na organização
sejam competentes em todos os aspetos de seus deveres e obrigações relativos á
segurança e saúde.
3.4.2. O empregador deveria ter ou deverá ter a suficiente competência ou ter acesso à
mesma para identificar e eliminar ou controlar os perigos e riscos relacionados com o
trabalho e para aplicar o sistema de gestão da SST.
3.4.3. De conformidade com as disposições referidas no parágrafo 3.4.1, os programas
de capacitação deveriam:
(a) ser extensivos a todos os membros da organização, sempre que conveniente;
(b) ser conduzidos por pessoas competentes;
(c) oferecer, quando proceda e de maneira eficaz uma formação inicial e cursos de
atualização, a intervalos adequados;
(d) compreender uma avaliação por parte dos participantes, do seu grau de compreensão
e memorização da capacitação;
(e) ser analisado periodicamente, com a participação do comitê de segurança e da saúde,
quando existir, e serem alterados quando necessário, para garantir a sua pertinência e
eficácia; e
(f) estar suficientemente documentados, sempre que necessário, e de conformidade com
a dimensão e natureza da atividade da organização.
3.4.4. O treinamento deveria ser oferecido gratuitamente a todos os participantes, e
quando for possível, ser organizado durante as horas de trabalho.
3.5. Documentação do sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho
3.5.1. De conformidade com a dimensão e natureza da atividade da organização,
deveria elaborar-se e manter-se atualizada uma documentação sobre o sistema de gestão
da SST que compreenda :
(a) a política e objetivos da organização em matéria da SST;
(b) as principais funções e responsabilidades para a implementação do sistema de gestão
da SST ;
(c) os perigos e riscos mais importantes para a SST advindos das atividades da
organização bem como as disposições adotadas para a sua prevenção e controle; e
(d) as disposições, procedimentos, instruções e outros documentos internos que se
utilizem na estrutura do sistema de gestão da SST.
3.5.2. A documentação do sistema de gestão da SST deveria:
(a) estar claramente escrita e apresentada de tal modo que seja compreendida por
aqueles que têm que utilizá-la; e
(b) estar sujeita a análises regulares, revisada quando necessário, difundida e colocada à
disposição de todos os membros apropriados ou afetados, da organização.
3.5.3. Os registros e a SST deveriam ser estabelecidos, arquivados e conservados a nível
local, de conformidade com as necessidades da organização. Os dados recopiados
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(c) servir de base para a doação de decisões que tenham como objetivo melhorar a
identificação dos perigos e o controle dos riscos e o sistema de gestão da SST .
3.11.6. A supervisão ativa deveria compreender os elementos necessários para
estabelecer um sistema proativo e incluir:
(a) a supervisão do cumprimento de planos específicos, dos critérios de eficiência
estabelecidos e dos objetivos fixados;
(b) a inspeção sistemática dos sistemas de trabalho, as instalações, a fábrica e o
equipamento;
(c) a vigilância do meio ambiente de trabalho, incluída a organização de trabalho;
(d) a vigilância da saúde dos trabalhadores por meio de uma vigilância médica ou de um
acompanhamento médico apropriado dos trabalhadores, com o objetivo de se efetuar um
diagnóstico precoce dos sinais ou sintomas de danos à saúde, com a finalidade de
averiguar a eficácia das medidas de prevenção e controle; e
(e) o cumprimento da legislação e os regulamentos nacionais que sejam aplicáveis, os
acordos coletivos e outras obrigações que subscreva a organização.
3.11.7. A supervisão reativa deveria incluir a identificação, notificação e a investigação
de:
(a) lesões, enfermidades , doenças relacionadas com o trabalho ( incluída a vigilância
das ausências acumuladas por motivo de doença) e incidentes;
(b) outras perdas, por exemplo, danos à propriedade ; e
(c) deficiências nas atividades de segurança e saúde e outras falhas no sistema de gestão
da SST; e
(d) os programas de reabilitação e de recuperação da saúde.
3.12. Investigação das lesões, enfermidades, doenças e incidentes relacionados com
o trabalho e seus efeitos na segurança e saúde
3.12.1. A investigação da origem e causas subjacentes dos incidentes, lesões, doenças e
enfermidades deveria permitir a identificação de qualquer deficiência no sistema de
gestão da SST e deveria estar documentada.
3.12.2. Essas investigações deveriam ser executadas por pessoas competentes, com uma
participação apropriada dos trabalhadores e seus representantes.
3.12.3. Os resultados de tais investigações deveriam ser comunicadas ao comitê de
segurança e saúde, quando existam e o comitê deveria formular as recomendações
pertinentes e que ache oportunas.
3.12.4. Os resultados da investigação, além das recomendações do comitê de segurança
e saúde, deveriam ser comunicadas às pessoas competentes para que tomem as
disposições corretivas, incluir-se na análise que realize a direção e levar-se em
consideração nas atividades de melhora contínua .
3.12.5. As medidas corretivas resultantes destas investigações deveriam aplicar-se com
a finalidade de evitar que se repitam os casos de lesão, doença, enfermidade ou
incidente relacionados com o trabalho.
3.12.6. Os relatórios elaborados por organismos de investigação externos, tais como os
serviços de inspeção de trabalho e as instituições de seguro social deveriam agir da
mesma maneira como as investigações internas, para efeito de adoção de decisões,
respeitando-se os requisitos de confidencialidade.
3.13. Auditoria
3.13.1. Adotar-se-ão disposições relativas à realização de auditorias periódicas com o
objetivo de comprovar que o sistema de gestão da SST e seus elementos tenham sido
colocados em prática e que sejam adequados e eficazes para a proteção e a segurança e
saúde dos trabalhadores e a prevenção dos incidentes.
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Local de trabalho: Área física onde os trabalhadores necessitar ficar ou que devam
permanecer por razões de trabalho efetuado e sob o controle de um empregador.
Bibliografia
Desde a sua fundação em 1919, a Organização Internacional do trabalho - OIT tem
elaborado a adotado um grande números de Acordos internacionais de trabalho (e suas
correspondentes recomendações ) diretamente relacionadas com os temas sobre a
segurança e a saúde no trabalho, bem como muitos repertórios de recomendações e
publicações técnicas sobre diversos aspectos do tema. Tais instrumentos representam
um conjunto muito bom de definições, princípios, obrigações, direitos e obrigações,
bem como diretrizes técnicas que reflitam as opiniões consensuais dos mandatos
tripartites da OIT provenientes dos 175 Estados Membros , sobre a maioria dos aspectos
relativos à segurança e saúde no trabalho.
Acordos e recomendações pertinentes da OIT
Acordos
No. Titulo
115 Proteção contra as radiações , 1960
135 representante dos trabalhadores , 1971
136 Benzeno, 1971
139 Câncer profissional, 1974
148 Meio ambiente do trabalho ( Poluição do ar, ruídos e vibrações ), 1977
155 Segurança e saúde dos trabalhadores , 1981
161 Serviços de saúde no trabalho, 1985
162 Asbesto, 1986
167 Segurança e saúde na construção, 1988
170 Produtos químicos , 1990
174 Prevenção de acidentes industriais maiores , 1993
176 Segurança e saúde nas Minas, 1995
Recomendações
No. Titulo
114 Proteção contra as radiações , 1960
144 Benzeno, 1971
147 Câncer profissional , 1974
156 Meio ambiente do trabalho ( Poluição do ar, ruídos e vibrações ), 1977
164 Segurança e saúde dos trabalhadores , 1981
171 Serviços de saúde no trabalho, 1985
172 Asbesto, 1986
175 Segurança e saúde na Construção, 1988
177 Produtos Químicos , 1990
181 Prevenção de acidentes industriais maiores, 1993
183 Segurança e saúde nas Minas, 1995
Tratamento, nos locais de trabalho, dos problemas que se relacionam com o consumo
drogas e de álcool (Genebra., 1996).
Registro e notificação de acidentes de trabalho e doenças profissionais (Genebra,
1996).
Proteção de dados pessoais dos trabalhadores (Genebra, 1997).
Segurança e saúde no trabalho florestal (Genebra, 2ª edição, 1998).
Fatores ambientais no local de trabalho (Genebra, 2001).
261
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Com essa visão cabe registrar os dois momentos de crise que abalaram a
concepção vigente de desenvolvimento até meados da década de noventa.
O primeiro momento crítico estabeleceu-se a partir da constatação de
grandes áreas geográficas do planeta submetidas a um rigoroso subdesenvolvimento que
se instalou, paralelamente, ao esforço de reconstrução da Europa (30 anos gloriosos)
logo após a Segunda Guerra Mundial. Neste ponto crítico duas correntes se
contrapuseram. De um lado, defendeu-se a idéia de que o progresso tratava-se de um
processo linear e que, segundo Rostov, o desenvolvimento resulta de uma sucessão de
etapas que expressam a dinâmica de um processo universal, único, linear e ascendente,
o que implica dizer que o subdesenvolvimento é tido como mero atraso. Rostov (1964,
p.147): “o fato central acerca do futuro poder mundial é a aceleração das
precondições ou os prolegômenos do arranco na metade meridional do mundo”. Por
outro lado, o desenvolvimento é visto como um processo histórico, específico e capaz
de seguir várias trajetórias não-lineares. Nesta visão, subdesenvolvimento é tido como
resultado do avanço do capitalismo sobre os países pré-industriais. Nesse modelo, as
relações de dependência no plano externo de cada país subdesenvolvido correspondem à
formação de estruturas híbridas. Furtado (1963, p.180-81) explica:
O subdesenvolvimento é [...] um processo histórico autônomo e
não uma etapa pela qual tenham, necessariamente, passado as
economias que já alcançaram grau superior de
desenvolvimento. Para captar a essência do problema das
atuais economias subdesenvolvidas, necessário se torna levar
em conta essa peculiaridade.
A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe – CEPAL –
desenvolveu uma teoria cuja relação centro-periferia é definidora de desenvolvimento e
subdesenvolvimento. Aqui, o interesse é explicar as características desse processo num
“sistema econômico mundial composto por centro e periferia...em contraste com a
estrutura produtiva da periferia, especializada e heterogênea, a dos centros se
caracteriza por ser diversificada e homogênea” (RODRIGUES, 1981, p.37-38).
Dessa concepção, três aspectos devem ser registrados: a) quaisquer que
sejam a vertentes estudadas e as diferenças entre elas, a tendência é a de identificar
desenvolvimento e crescimento econômico; b) mesmo sem a supremacia de um ponto
de vista sobre o outro, a temática do subdesenvolvimento terminou por impor a
necessidade de elaborar concepções do desenvolvimento como um processo complexo
em que a superação do “atraso” torna-se problemática e incerta, e c) apesar das
controvérsias existentes, o desenvolvimento manteve-se como um objetivo fundamental
para as sociedades.
No andamento dos debates, nesse novo contexto, o desenvolvimento
voltou a ser questionado e, agora, com manifestações de rua e de grupos organizados.
As agitações estudantis da década de 60 e movimentos socioculturais
como os “hippies” dirigiram seus ataques à supremacia do capitalismo e do
262
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
industrialismo sem freios que colocavam a acumulação material acima das melhorias
sociais. Como isso, surgiram críticas acirradas contra o produtivismo e o consumismo
como objetivos mais importantes da vida humana1.
Da osmose das idéias dos diversos movimentos surge o novo
ambientalismo com objetivos voltados para a compreensão política das novas demandas
desde que fossem preocupadas com os efeitos devastadores sobre o meio ambiente e a
natureza em geral que um desenvolvimento sem limites estava provocando.
pode exigir não uma nova arrancada, mas a ação de medidas restritivas ao aumento da
produção. Surge daí a idealização de uma racionalidade ecológica que reivindica sua
condição de principio balizador e limitante do próprio desenvolvimento econômico.
Como não poderia deixar de ser, essa teoria passou a ser combatida pelo
radicalismo que apresentava, eis que no extremo oposto da racionalidade econômica
vigente. Além disso, seus defensores pregavam, muito mais, a possibilidade de
catástrofes do que soluções para o desequilíbrio entre o Norte e o Sul do planeta.
É dentro desse debate temático que surgem propostas as quais combinam
desenvolvimento econômico e defesa do meio. Muito se deve ao engajamento da ONU,
via PNUMA e de várias outras organizações, o fortalecimento dessa visão de integração
da riqueza material com os recursos oferecidos pela natureza2.
Foi nos debates da Conferência de Estocolmo em 19723 que surgiram
dois novos conceitos, com o propósito de dar conta da nova problemática.
O primeiro conceito a surgir foi o de ecodesenvolvimento, defendido por
Ignácio Sachs que faz uma dura crítica dos modelos comerciais e, também, da idéia de
crescimento zero defendida pelo Clube de Roma. A partir da denúncia dos desvios e
equívocos desses pontos de vista, o desenvolvimento é mantido como objetivo,
aspiração e mesmo como um direito de todas as sociedades do planeta.
Assim, advoga-se uma concepção de desenvolvimento em que este deve
atender ao objetivo de eficácias econômicas, representadas pelo aumento de riqueza,
simultaneamente com os requisitos de ordem ecológica, social, cultural e espacial.
Para Sachs (1986, p.10):
O ecodesenvolvimento é um caminho promissor tanto para
países ricos como para países pobres. Para estes mais do que
nunca, a alternativa se coloca em termos de projetos de
civilização originais ou de não-desenvolvimento, não mais
parecendo possível nem, sobretudo, desejável a repetição do
caminho percorrido pelos países industrializados...
Um segundo conceito contraposto ao primeiro começa a tomar corpo no
encerramento da reunião de Cocoyoc no México em 1974. Contestando a teoria do
ecodesenvolvimento, a assembléia de Cocoyoc, em seu encerramento, declara que “os
enormes contrastes no consumo per capitã entre minoria rica e a minoria pobre têm um
efeito muito maior do que seus números relativos sobre o uso e esgotamento dos
recursos” (apud McCORMICK, 1991, p.153).
Foi a partir daí que passa a tomar forma o conceito de “desenvolvimento
sustentável”, que nos anos 80 suplantou o conceito de ecodesenvolvimento. Desde
então, “desenvolvimento sustentável” passou a ser adotado como expressão oficial nos
documentos emanados de organizações como a ONU, a UICN e o WWF. Duas outras
razões fortaleceram esse conceito. A primeira é que, por ser uma expressão mais neutra
2
ONU: Organização das Nações Unidas.
PNUMA: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Entre as organizações que mais se destacam-se a
União Internacional para a Conservação da Natureza – UICN e o Fundo Internacional para a Natureza – WWF.
3
O ponto culminante do movimento ambientalista foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano,
realizada em Estocolmo, em 1972.
264
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
4
Em sua versão dessa mesma definição, a UICN define a expressão citada como “processo de mudança no qual a
exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e as
mudanças institucionais se dirigem à satisfação das necessidades das gerações presentes sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras satisfazerem as suas” (apud DIEGUES, 1989, p.34).
5
Isto é uma idéia inadmissível porque desconsidera que esse desenvolvimento, em virtude de seus estilos de
produção e consumo desperdiçados e poluidores, é insustentável no médio e longo prazos. Essa crítica é injustificada:
a mudança nos padrões de produção e consumo é principio que, desde o início, é considerado uma exigência da idéia
de sustentabilidade. Uma questão diferente é saber se essa exigência é compatível com requisitos do capitalismo
(CASTRO, 1996, p.29).
265
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
266
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
num contrato social” (SACHS, 1995, p.26). São as cláusulas desse novo contrato que
dão sentido e finalidade à produção econômica. São também elas que oferecem
garantias para um contrato natural e carregam de sentido as relações com o mundo
natural, que vão além do seu reconhecimento como um espaço de usufruto de utilidades.
Na sua formulação inicial, o conceito de desenvolvimento sustentável
incorpora a dimensão social (comparação entre a pobreza do Sul e a riqueza do Norte).
Esse lado negativo é ampliado: nova visão inclusive nos países industrializados. Com
efeito, não se pode ter a pretensão de falar em sustentabilidade social sem levar a cabo
um diagnostico que penetre as raízes da crise. Mas há um aspecto novo, que envolve
uma olhada para o futuro, para o tipo de organização social que se deseja construir.
Trata-se de construir a ultrapassagem das atuais sociedades industriais, que continuam a
gravitar em torno do binômio produtivismo – consumismo. Romper essa subserviência
é um processo que vem sendo progressivamente incorporado nos discursos dos
organismos internacionais e de um número cada vez maior de autores como condição
para a viabilidade do desenvolvimento sustentável. Tais discursos não devem criar
nenhuma ilusão: a primazia do social sobre o econômico implica o deslocamento da
sociedade moderna, dominante desde o século XVIII. A falta de garantia quanto ao
êxito dessa luta não deve ser um pretexto para desistir dela, pois, como argumenta
Dumont (1973, p.247) “nada diz que a categoria econômica deva permanecer para
sempre o que ela vem sendo há tempos, a expressão privilegiada do individualismo.
Nada diz que um movimento semelhante ao que lhe deu nascimento não possa produzir
uma nova categoria capaz de suplantá-la”. É o debate sobre essa eventualidade que
coloca a sustentabilidade social como a dimensão que dota o desenvolvimento
sustentável de seu conteúdo mais inovador e capaz de revigorar o debate sobre a crença
na boa sociedade.
BLOCO 3:
Ações de Saúde:
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
267
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
O PCMSO é previsto pela Portaria do Ministério do Trabalho número 3214 de 08/06/78; a qual determina
que todos os empregadores ou instituições que admitam trabalhadores como empregados regidos pela
CLT, elaborem e implementem tal programa.
Esta norma tem como objetivo principal a prevenção de doenças ocupacionais nos
funcionários das empresas e instituições que admitam trabalhadores como empregados
realizando ordinariamente 5 (cinco) tipos de exames: admissionais, periódicos, mudança
de função, retorno ao trabalho e demissionais.
Implantação do Programa
Análise do Risco Ambiental ou Implantação do PPRA
Realização de Exames Médicos:
Preenchimento do Prontuário Clínico Individual
Visita do Médico do Trabalho na Empresa ( a partir de 10 funcionários)
Realização, no decorrer do período - Exames Médicos Admissionais,
Demissionais, Periódicos, Mudança de Função e Retorno ao Trabalho
Emissão dos Atestados de Saúde Ocupacional - ASO
Guarda dos Prontuários Clínicos Individuais
Elaboração do Programa de Controle Médico para o período de 12 meses
Relatórios e Informativos Mensais
Relatório Anual
Finalidade
268
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
FINALIDADE DO PROGRAMA
O PCMSO tem como objetivo a preservação da saúde dos empregados, em função dos
riscos existentes no ambiente de trabalho e de doenças profissionais.
Em fim, a empresa deverá planejar e implementar o seu PCMSO com base no risco que
a atividade desenvolvida possa provocar à saúde dos seus empregados.
PRESTADORES DE SERVIÇO
RELATÓRIO ANUAL
PCMSO deve elaborar um relatório anual com o planejamento das ações de saúde a
serem executadas durante o ano.
Nesse relatório deve ser discriminado por setor da empresa, o número. a natureza doe
exames médicos, incluídos avaliações clinicas e exames complementares estatísticas de
resultados considerados anormais, bem como o planejamento para o próximo ano.
O relatório anual, que pode ser elaborado conforme modelo aprovado, deve ser
apresentado e discutido nas reuniões da Comissão Interna de Prevenção de Acidente
(CIPA), permanecendo uma cópia do mesmo anexada ao livro de atas quando a empresa
for obrigada a manter a comissão.
O relatório anual pode ser armazenado sob a forma de arquivo Informatizado desde que
propicie o imediato acesso por parte do agente de inspeção do trabalho.
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
Isto significa dizer que, nessa hipótese, o responsável pelo PCMSO da empresa pode ser
um médico não empregado da empresa.
Se na localidade onde estiver situada a empresa não existir medico do trabalho, poderá
ser contratado médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
270
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Admissional
Esse exame deve ser realizado antes do empregado assumir suas atividades.
Periódicos
De Retorno ao Trabalho
De Mudança de Função
Esse exame somente será obrigatório quando a nova função expor o empregado a riscos
diferentes daqueles a que estava exposto antes da mudança.
O referido exame deverá ser realizado antes de o empregado passar a exercer a nova
função.
Demissional
Exame médico demissional era realizado dentro do período de 15 dias que antecedesse
o desligamento definitivo do emprego.
Como a legislação não era clara sobre o assunto para algumas correntes doutrinárias,
desligamento definitivo do trabalho entendia-se como sendo a data da homologação ou
quitação das verbas rescisórias.
Assim, ficou definido que o exame médico demissional deve ser realizado,
obrigatoriamente, até a data da homologação da rescisão do contrato de trabalho, desde
que o último exame tenha ocorrido há mais de:
135 dias, quando se tratar de empresas com grau de risco 1 ou 2, podendo esse prazo ser
ampliado por mais 135 dias em decorrência de negociação coletiva;
Para cada exame médico realizado pelo PCMSO deverá ser emitido, em duas vias, o
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).
- Definição de apto ou inapto, para a função especifica que o trabalhador vai exercer,
exerce ou exerceu;
Esse documento deverá ser arquivado, no mínimo, pelo período de 20 anos, contados a
partir do desligamento do empregado.
DOENÇAS PROFISSIONAIS
PRIMEIROS SOCORROS
274
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Para um trabalho de prevenção eficaz, deve ser feito um estudo das condições de
trabalho, considerando fatores que, em geral, levam a problemas físicos, tais como:
fatores biomecânicos (equipamento, repetitividade, força empregada nas tarefas,
posturas inadequadas, vibração e compressão); fatores psicossociais (estresse no
ambiente, conflitos no relacionamento interpessoal); fatores de organização do trabalho
(ritmo acelerado, prêmios por produtividade, horas extras, trabalhos repetitivos ou
monótonos e ausência de pausas); fatores ambientais (iluminação, ruído,temperatura,
equipamentos inadequados e mobiliário sem especificações ergonômicas). A junção
negativa de cada um destes fatores resulta numa péssima e desastrosa qualidade de vida
do colaborador, levando a empresa a desenvolver sérios problemas de saúde
ocupacional.
Depois de todo este levantamento e análise, deve-se agir como num jogo de xadrez:
primeiro, tente eliminar os fatores de risco e, caso isso não seja possível, proteja os
colaboradores desses problemas. Isso pode ser feito, muitas vezes, com o uso de
equipamentos mais adequados, orientações de forma de trabalho e fornecendo ao
funcionário recursos de proteção direcionada.
Após essas ações, deve-se investir num mecanismo de defesa e preparo para a função,
adaptando todo o posto de trabalho e o indivíduo.
Em geral, o trabalho é realizado para anular os fatores já citados e só após isso começa o
investimento em programas de atividades físicas que visam prevenir ou compensar
esforços lesivos. Um programa bem feito e aplicado na hora certa coroa com grande
êxito toda a intervenção preventiva, elevando, e muito, a qualidade de vida dos
colaboradores, a produtividade da empresa e também sua imagem perante a comunidade
e o mercado, atraindo bons funcionários e negócios.
Concluindo, a empresa que quiser estar com a melhor equipe, com bons índices de
produtividade e com investimentos válidos nesta área deverá começar por conhecer a si
mesma. É preciso entender todas as suas necessidades e, por fim, direcionar seus
esforços seguindo critérios confiável e guiados por bons profissionais de saúde
envolvidos em todo este processo.
Todavia, muitas destas doenças podem ser evitadas com a intervenção técnica
(ergonomica) para modificar a organização do trabalho e a concepção dos locais e
postos de trabalho, concretizando assim o normativo comunitário e a legislação
nacional.
A prevenção dos riscos ligados aos postos de trabalho
A deficiente concepção dos postos de trabalho está frequentemente na base dos riscos
de acidente e doença profissional como cortes, esmagamentos, fadiga, lombalgias e
lesões músculo-esqueléticas. A falta de informação e formação impede, por vezes, os
gestores/empregadores e trabalhadores de darem mais atenção a este fato.
Uma correta concepção dos postos de trabalho exige que se tenham em consideração
vários aspectos, nomeadamente:
- As tarefas desempenhadas;
- As posturas dos trabalhadores que devem ser adequadas à atividade a desenvolver;
- Planos de trabalho (quer seja para manipulação, quer para depósito de peças e
produtos);
- No trabalho sentado deve existir espaço suficiente para as pernas, assentos e apoios de
pé bem concebidos e o trabalhador deve levantar-se frequentemente.
- Para o trabalho de pé será necessário ter em conta o espaço suficiente para os pés,
apoios adequados e uso frequente de comando por pedal.
Um posto de trabalho informático, inclusive para trabalho no domicílio, não deve ser
menosprezado. Por vezes, damos muita importância à máquina e pouca ao respectivo
mobiliário e ambiente.
276
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
que eventualmente se gasta em assessoria técnica (ergonómica) não será um custo mas
um investimento na medida em que se pode melhorar a produtividade, a qualidade e o
bem-estar dos trabalhadores.
Programa de prevenção
Um programa de prevenção em uma empresa inicia-se pela criteriosa identificação dos
fatores de risco presentes na situação de trabalho. Deve ser analisado o modo como as
tarefas são realizadas, especialmente as que envolvem movimentos repetitivos,
movimentos bruscos, uso de força, posições forçadas e por tempo prolongado.
Aspectos organizacionais do trabalho e psicossociais devem ser especialmente
focalizados.
Prevenção significa abordar as causas na sua fonte, analisando os ambientes de
trabalho, para a eliminação/minimização dessas causas ou a redução de sua influência,
bem como conscientizando os empregados em todos os níveis, inclusive empregadores,
para a sua efetiva participação no programa. A prevenção de lesões é o fundamento
principal de toda a programação de segurança satisfatória. Tanto o trabalhador como a
empresa tem que assumir seu respectivo papel nessa responsabilidade.
277
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Cores
As cores influencia no conforto ambiental e tem sido amplamente estudado. Gropius
(1945) em seu livro Nova Arquitetura menciona que: "cor e textura de superfície têm,
por assim dizer, uma existência própria e emitem energias físicas, que são até
mensuráveis. O efeito pode ser quente ou frio, aproximativo ou retrocessivo em relação
a nós, de tensão ou de repouso, ou mesmo repulsivo ou atraente."
Relação das cores com influencia sobre o animo
279
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
RUÍDO
Segundo Koenigsberg et alli, contra o ruído exterior, dispomos dos seguintes meios de
proteção:
Distancia,
Não utilização de zonas de som dirigido,
Utilização de barreiras contra ruídos,
Posicionamento das aberturas,
Utilização de materiais isolantes.
Para ruídos gerados dentro do edifício os mesmos autores listam as seguintes medidas a
serem consideradas:
Redução na fonte de ruído,
Isolamento da fonte através de barreiras absorventes,
Zoneamento das atividades,
Redução dos ruídos produzidos por impactos,
Utilização de superfícies absorventes,
Utilização de construções herméticas com isolamento acústico,
Redução da transmissão sônica pelas estruturas mediante descontinuidades
item anterior (via de tráfego interno como fonte sonora) reside no fato de ser mais fácil
remanejar mobiliários urbanos do que todo um sistema de circulações de veículos.
d) posicionamento das aberturas: as aberturas, deverão estar voltadas para locais menos
ruidosos. As aberturas normalmente são os pontos mais frágeis à penetração do ruído.
281
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Segundo Hotchkin (1979), vários experts têm advertido para uma melhor administração
de pessoal, incluindo treinamento, maior motivação, estudos de tempo e movimento e
simplificação do trabalho. Alguns consultores e projetistas de equipamentos
recomendam melhor layout e equipamentos modernos para reduzir o trabalho.
Um aspecto interessante das questões discutidas aqui, é que a motivação de um
trabalhador não depende unicamente do administrador, mas é um processo que vem de
dentro e é afetado pelo ambiente de trabalho e estilo administrativo do administrador.
Isso nos leva a pensar na relação entre produtividade e aspectos culturais.
1 - Carga Manual
Sempre que possível, o levantamento, o transporte e a descarga manual de objetos
pesados devem ser evitados.
2 - Mobiliário
283
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Às vezes, uma simples cadeira ergonômica (como a da foto ao lado), pode fazer a
diferença. A altura de uma bancada pode estar adequada a uma pessoa alta, mas não
para outra, baixa. Produtos e postos de trabalho inadequados provocam tensões
musculares, dores e fadiga. Ás vezes, podem levar a lesões irreversíveis. Na maioria dos
casos, os problemas podem ser evitados com a melhoria dos postos de trabalho e dos
equipamentos em uso no trabalho (Guimarães, 1998).
3 - Ambiente de Trabalho
Todos sabem que a atividade agrícola, muitas vezes, está sujeita a raios e trovoadas. A
abordagem ambiental sob a ótica da Ergonomia, é centrada no ser humano e abrange
tanto o critério da saúde quanto os de conforto e desempenho.
Assim, com relação ao posto de trabalho, principalmente nos ambientes cobertos
(residência, galpão, escritório, fábrica, armazém, silo, etc.), devem ser observados os
cuidados construtivos e operativos necessários para propiciar ao trabalhador: conforto
térmico, acústico, luminosidade, instalações sanitárias e locais para dessedentação e
descanso.
4 - Organização do Trabalho
A organização do trabalho define quem faz o que, como e em quanto tempo. É a divisão
dos homens e das tarefas, principalmente nas empresas agropecuárias, vez que, quando
o agricultor é o proprietário e trabalha a sua própria terra, é o dono do seu nariz e
organiza o trabalho ao seu jeito, sem interferência da figura do patrão.
Na agricultura, como são menores as exigências de tempo (quando comparado com o
trabalho nas cidades), os mais idosos conseguem permanecer na ativa, mesmo tendo
atividade física geral bem mais intensa que na indústria.
Ergonomia
NR17 - Redação dada pela Portaria nº 3.751, de 23/11/1990
17.1 Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos, relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições
ambientais do posto de trabalho e a própria organização do trabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psico-
fisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do
trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme
estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
284
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da
análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao
comprimento da perna do trabalhador.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os
trabalhadores durante as pausas.
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar
adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho
a ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia
ou mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado
propocionando boa postura, visualização e operação evitando movimentação frequente
do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade, sempre que possível, sendo vedada a
utilização de papel brilhante. ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo, devem observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à
iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos
de visibilidade ao trabalhador;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo
de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as
distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. 17.4.3.1. Quando
os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de video forem
utilizados eventualmente, poderão ser dispensadas as exigências previstas no subitem
17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise
ergonômica do trabalho.
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características
psico-fisiológicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho a ser executado.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, Iaboratórios, escritórios,
salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as
seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira
registrada no INMETRO.
b) índice de temperatura efetiva entre 20 e 23 ºC.
c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s.
d) umidade relativa ao ar não inferior a 40% (quarenta por cento). 17.5.2.1. Para as
atividades que possuem as características definidas no subitem 17.5.2, mas não
apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o
nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB(A) e a curva de
avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de
trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos a zona auditiva e as demais
286
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
DECRETA:
288
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
c) da Saúde;
h) da Justiça;
290
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
§ 1o Os representantes de que tratam os incisos I e II, e seus respectivos suplentes,
serão indicados pelos titulares dos Ministérios e instituições representados.
§ 2o Os representantes de que trata o inciso III, e seus respectivos suplentes, serão
indicados pelos segmentos representados.
§ 3o Os representantes de que tratam os incisos I a III, e seus respectivos suplentes
serão designados pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente.
II - articular e propor parcerias com órgãos públicos e entidades privadas afins,
visando à implementação do P2R2;
291
CONCURSO PETROBRAS 2011 APOSTILA DIGITAL EDUC LINE
Art. 7o A participação nas atividades das CN - P2R2 será considerada função
relevante, não remunerada.
Para uma resposta mais segura às ocorrências envolvendo líquidos inflamáveis faz-se necessário o pleno
conhecimento de algumas propriedades físicas e químicas dos mesmos, antes da adoção de quaisquer ações.
Essas propriedades, assim como suas respectivas aplicações, estão descritas a seguir.
Considerando a temperatura ambiente numa região de 25º C e ocorrendo um vazamento de um produto com
ponto de fulgor de 15º C, significa que o produto nessas condições está liberando vapores inflamáveis,
bastando apenas uma fonte de ignição para que haja a ocorrência de um incêndio ou de uma explosão. Por
outro lado, se o ponto de fulgor do produto for de 30º C, significa que este não estará liberando vapores
inflamáveis.
Limites de Inflamabilidade
---Para um gás ou vapor inflamável queimar é necessária que exista, além da fonte de ignição, uma mistura
chamada "ideal" entre o ar atmosférico (oxigênio) e o gás combustível. A quantidade de oxigênio no ar é
praticamente constante, em torno de 21 % em volume.
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Já a quantidade de gás combustível necessário para a queima, varia para cada produto e está dimensionada
através de duas constantes : o Limite Inferior de Inflamabilidade (ou explosividade) (LII) e o Limite Superior de
Inflamabilidade (LSI).
O LII é a mínima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão do
produto, a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações de gás abaixo do LII não são
combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para a
queima. Esta condição é chamada de "mistura pobre".
Já o LSI é a máxima concentração de gás que misturada ao ar atmosférico é capaz de provocar a combustão do
produto, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações de gás acima do LSI não são combustíveis pois, nesta
condição, tem-se excesso de produto e pequena quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra, é a
chamada "mistura rica".
Pode-se então concluir que os gases ou vapores combustíveis só queimam quando sua percentagem em volume
estiver entre os limites (inferior e superior) de inflamabilidade, que é a "mistura ideal" para a combustão.
Esquematizando:
MISTURA MISTURA
CONCENTRAÇÃO MISTURA RICA
POBRE IDEAL
(% EM VOLUME) Não ocorre
Não ocorre Pode ocorrer
- combustão
combustão combustão
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Nas situações emergenciais estão presentes, na maioria das vezes, diversos tipos de
fontes que podem ocasionar a ignição de substâncias inflamáveis. Entre elas
merecem destaque: chamas vivas, superfícies quentes, automóveis, cigarros, faíscas
por atrito e eletricidade estática.
Especial atenção deve ser dada à eletricidade estática, uma vez que esta é uma
fonte de ignição de difícil percepção. Trata-se na realidade do acúmulo de cargas
eletrostáticas que, por exemplo, um caminhão-tanque adquire durante o
transporte. Portanto, sempre que produtos inflamáveis estão envolvidos, deve-se
realizar o aterramento.
Por questões de segurança muitas vezes não é recomendável a contenção de um produto inflamável próximo
ao local do vazamento, de modo a se evitar concentrações altas de vapores em locais com grande
movimentação de pessoas ou equipamentos.
Combustão espontânea
Alguns produtos podem se inflamar em contato com o ar, mesmo sem a presença de uma fonte de ignição.
Estes produtos são transportados, na sua maioria, em recipientes com atmosferas inertes ou submersos em
querosene ou água. O fósforo branco ou amarelo, e o sulfeto de sódio são exemplos de produtos que se
ignizam espontaneamente, quando em contato com o ar.
Quando da ocorrência de um acidente envolvendo estes produtos, a perda da fase líquida poderá propiciar o
contato dos mesmos com o ar, motivo pelo qual a estanqueidade do vazamento deverá ser adotada
imediatamente.
Outra ação a ser desencadeada em caso de acidente é o lançamento de água sobre o produto, de forma a
mantê-lo constantemente úmido, desde que o mesmo seja compatível com água, evitando-se assim sua ignição
espontânea.
Obviamente que durante sua história o homem encontrou lugares seguros e adequados
para desenvolver-se de forma harmoniosa e em sociedade.
Nos dias atuais, não são poucas as notícias de que várias cidades, estados ou mesmo
países inteiros sofrem em decorrência dos chamados acidentes naturais ( furacões,
terremotos, ciclones, vulcões, etc.). Inúmeras são as estatísticas de ocorrências que
possibilitam inclusive desenvolver análises de quando, onde e com qual intensidade um
evento de origens naturais vai ocorrer.
Como o homem convive com esses "eventos" desde o princípio de sua vida na terra,
possui considerável conhecimento a cerca deles e já desenvolveu inúmeras formas de
planejar-se a fim de minimizar as conseqüências quando de sua ocorrência.
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nucleares. A freqüência destes acidentes nos últimos 20 anos tem sido incrementada
significativamente, como resultado da proliferação mundial de processos industriais,
desenvolvimentos tecnológicos, novas fontes de energia, produtos combustíveis e a alta
concentração demográfica.
Existem atualmente modelos matemáticos informatizados que podem auxiliar nas etapas
de preparação e planificação de resposta às emergências tecnológicas. Apesar de ser um
tanto quanto antagônico, as últimas guerras ( ex. Golfo ) proporcionaram um grande
desenvolvimento de equipamentos de proteção pessoal, principalmente na área química
e de operações contra incêndios; os terremotos do México e o atentado a bomba nos
Estados Unidos desenvolveram métodos e equipamentos para resgates. Outro aspecto
positivo é que muitos esportes radicais, dos dias de hoje, tais como: alpinismo,
espeleologia, rafting, entre outros também têm auxiliado no desenvolvimento de
equipamentos de proteção, além de proporcionar uma considerável gama de
equipamentos utilizados atualmente nas indústrias.
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Existem atividades básicas para o sistema de resposta ao incidente que podem dividir-se
em cinco amplos segmentos que interagem-se entre si :
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4.1 Reconhecimento
O reconhecimento pode ser fácil, por exemplo, pode-se utilizar uma placa (sinalização)
de um carro tanque para identificar rapidamente seu conteúdo. De outro modo, um
depósito de resíduos químicos pode apresentar uma dificuldade para seu detalhado
reconhecimento e identificação. O elemento reconhecimento envolve a utilização de
toda a informação disponível, resultados de amostras, dados históricos, observação
visual, análise instrumental, rótulos, documentos de embarque e outras fontes para
identificar as substâncias envolvidas.
Uma vez que as substâncias tenham sido identificadas, suas propriedades podem ser
determinadas utilizando-se material de referência.
4.2 Avaliação
devido a suas características físico e químicas. No entanto, seu potencial de impacto real
depende da localização do incidente, do tempo e outras condições específicas do lugar.
A avaliação dos riscos deste exemplo é relativamente simples. Muito mais complexos
são os episódios onde estão envolvidos muitos compostos e existe um alto grau de
incerteza a respeito de seus comportamentos no meio ambiente e efeitos nos receptores.
Por exemplo : "Qual o efeito se milhares de pessoas bebem água fornecida por um
lençol freático contaminado com alguns ppm de estireno ?".
4.3 Controle
O controle é exercido por métodos que visam prevenir e/ou reduzir o impacto do
incidente. Geralmente instituem-se ações preliminares de controle tão rápido quanto
possível. Ao obter-se informações adicionais através do reconhecimento e avaliação, as
ações iniciais de controle modificam-se ou instituem-se outras. Os vazamentos que não
requerem uma ação imediata permitem mais tempo para planejar e implantar as medidas
corretivas. As medidas de controle incluem tratamentos químicos, físicos e biológicos
assim como técnicas de descontaminação, objetivando o reestabelecimento das
condições normais. Incluem-se também medidas sobre a saúde pública, por exemplo,
abandono ou corte no fornecimento de água potável para prevenir a contaminação do
produto nas pessoas.
4.4 Informação
4.5 Segurança
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Todo incidente ou evento tem certas atividades e ações de administração que deverão
ser executadas. Até mesmo se o incidente for de pequeno porte, tendo apenas duas ou
três pessoas envolvidas na operação, atividades administrativas serão sempre realizadas
até certo ponto, mesmo que inconscientemente.
Comando
Operações
Planejamento
Logística
Finanças
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precisa ser ainda flexível, adaptável e realista com reação às próprias limitações. O CI
também precisa saber quando e a quem delegar funções caso haja necessidade durante o
desenvolvimento das atividades no incidente.
Segurança
Atribuições :
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Porta Voz
Atribuições :
Contatos
Objetivo : Efetuar, quando necessário, contatos com órgãos oficiais, outras equipes de
atendimento e profissionais especializados.
Atribuições :
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Estrutura do SCI
O Comandante do Incidente (CI) inicialmente desempenha todas as funções. À
medida que o incidente cresce em magnitude ou complexidade e necessidade de
pessoal, o CI poderá ativar seções e designar responsáveis para dirigi-las.
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LIGAÇÃO
Responsabilidades mais importantes:
Proporcionar um ponto de contato com os representantes das instituições
envolvidas;
Identificar os representantes de cada uma das instituições, incluindo sua
localização e linhas de comunicação;
Responder às solicitações do pessoal do incidente para estabelecer contatos com
outras organizações;
Observar as operações do incidente para identificar problemas atuais ou
potenciais entre as diversas instituições;
SEÇÕES
Nível da estrutura que tem a responsabilidade de uma área funcional principal no
incidente (Planejamento, Operações, Logística, Administração/Finanças).
As Seções são posições subordinadas diretamente ao CI; estão sob a
responsabilidade de um Chefe.
PLANEJAMENTO
Principais responsabilidades:
Ativar as unidades necessárias para a Seção;
Estabelecer as necessidades e agendas de informação para todo o Sistema de
Comando do Incidente (SCI);
Estabelecer um sistema de obtenção de informações meteorológicas, quando
necessário;
Supervisionar a preparação do Plano de Ação do Incidente;
Organizar as informações acerca de estratégias alternativas;
Identificar a necessidade de uso de recursos especializados;
Dar conta do planejamento operacional da Seção de Planejamento;
Proporcionar previsões periódicas acerca do potencial do incidente;
Compilar e distribuir informações resumidas acerca do estado do incidente.
UNIDADES DA SEÇÃO DE PLANEJAMENTO
Unidade de Documentação;
Unidade de Desmobilização;
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Unidade de Recursos;
Unidade de Situação.
OPERAÇÕES
Principais responsabilidades:
Desenvolver a parte operacional do Plano de Ação do Incidente (PAI) em
conjunto com a seção de planejamento;
Apresentar um rápido relato e dar destino ao pessoal de operações de acordo
com o PAI;
Supervisionar as operações;
Determinar as necessidades e solicitar recursos adicionais;
Compor as equipes de resposta designadas para a Seção de Operações;
Manter informado o CI acerca de atividades especiais e outras contingências da
operação.
LOGÍSTICA
Principais responsabilidades:
Notificar à unidade de recursos acerca das unidades da seção de Logística que
sejam ativadas, incluindo nome e localização do pessoal designado;
Participar da preparação do Plano de Ação do Incidente;
Identificar os serviços e necessidades de apoio para as operações planejadas e
esperadas;
Dar opinião e revisar o plano de comunicações, o plano médico;
Coordenar e processar as solicitações de recursos adicionais;
Revisar o Plano de Ação do Incidente e fazer uma estimativa das necessidades
da Seção para o período operacional seguinte;
Apresentar conselhos acerca das capacidades disponíveis de serviços e apoio;
Recomendar a descarga de recursos da unidade de acordo com o Plano de
Desmobilização.
UNIDADES DE LOGÍSTICA
Unidade de Comunicações;
Unidade Médica;
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Unidade de Alimentos;
Unidade de Instalações;
Unidade de suprimentos
Unidade de Apoio Terrestre.
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
Apesar de que freqüentemente não se dê a importância que merece, a Seção de
Administração e Finanças é crítica para manter o controle contábil do incidente.
É responsável por justificar, controlar e registrar todos os gastos e por manter
em dia a documentação requerida para processos indenizatórios.
Principais responsabilidades:
Participar das reuniões de planejamento para obter informação;
Identificar e solicitar insumos e necessidades de apoio para a Seção de
Administração/Finanças;
Reunir-se com os representantes das instituições de apoio, quando seja
necessário;
Manter contato diário com as instituições no que diz respeito a assuntos
financeiros;
Assegurar que todos os registros de tempo do pessoal sejam transmitidos à
instituição, de acordo com as normas estabelecidas;
Participar de todo o planejamento de desmobilização.
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