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EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
SUSTENTABILIDADE
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Sumário
PARTE 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 2
REFERENCIAS .................................................................................................. 68
1
PARTE 1 INTRODUÇÃO
CONCEITUANDO EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Podemos entender educação ambiental como um conjunto de
ensinamentos teóricos e práticos com o objetivo de levar à compreensão e de
despertar a percepção do indivíduo sobre a importância de ações e atitudes
para a conservação e a preservação do meio ambiente, em benefício da saúde
e do bem-estar de todos.
O conceito defendido pelo autor de O tao da física vai mais além: ele
aponta que a alfabetização ecológica oferece uma estrutura para que nela seja
baseada uma reforma escolar. E se entendermos reforma escolar como um
conjunto de atos e teorias que busquem reforçar a imagem do homem como
parte integrante do meio ambiente, percebendo e compreendendo seus
processos, “vidas”, redes e ciclos, estaremos no caminho certo para realizar
uma das mais importantes revoluções comportamentais da história da
humanidade.
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mais importante é criarmos e aperfeiçoarmos condições para aumentar a
consciência do indivíduo ou do grupo na sua relação com o ambiente e os
recursos naturais.
Sustentabilidade
Água
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ancestrais não se preocupava com o seu desperdício, hoje sabemos que esse
recurso pode se exaurir.
O planeta Terra tem uma superfície coberta por 70% de água salgada.
De toda a água existente no globo, 97,2% é salgada, isto é, imprópria para o
consumo humano. Dos 2,8% restantes, 2,38% estão nos pólos, sob a forma de
gelo; 0,39% está no subterrâneo; 0,001% na atmosfera; e 0,029% nos rios e
lagos. Isto significa que para uma população de 6,5 bilhões de pessoas a
quantidade de água fresca disponível para consumo imediato é menor se
comparada com a que está sob a terra e 82 vezes menos em relação à
estocada nos glaciares.
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apenas para produzir uma tonelada de grãos são necessárias mil toneladas de
água.
Mas o país vem dando um mau exemplo na relação com esse recurso
natural, pois desperdiça cerca de 40% da água potável destinada ao consumo
humano, segundo relatório realizado em 2003 pelo Parlamento Latino-
Americano. Para a ONU, esse desperdício da água pelos países não deve
ultrapassar 20%. Na América Latina, apenas a Argentina e o Chile apresentam
percentuais menores.
Florestas
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As florestas também são importantes agentes para reduzir a erosão pela
água. A junção de subsolo florestal, cobertura de folhas caídas e solo
organicamente enriquecido acaba por constituir a melhor terra para as bacias
hidrográficas, evitando, assim, o desgaste do terreno. Ao ajudarem na
minimização da erosão, as florestas auxiliam contra a sedimentação, que é o
arrasto ou depósito de partículas do solo em cursos hídricos, que
pode tornar a água imprópria para consumo ou para a irrigação.
Lixo
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dos resíduos sólidos. No Brasil de hoje por exemplo, segundo o IBGE, a
quantidade diária de lixo coletado é de 230,413 mil tonelada. Desse total,
167,215 mil toneladas são destinadas a aterros sanitários/controlados e 48,321
mil toneladas são despejadas nos chamados “lixões”, a céu aberto, sem
nenhum tipo de tratamento.
Reciclagem e compostagem
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Entretanto, mesmo com técnicas e ações que estimulem processos
corretos e adequados de reciclagem, reutilização (de cartuchos de impressoras
pessoais e comerciais, pneus usados etc.), descarte de resíduos (restos de
pneus, pilhas e baterias usadas, lixo hospitalar...) e compostagem, é importante
que reforcemos nossos conceitos, ações e atitudes em relação ao consumo.
Se pudermos reciclar e reutilizar mais e, ao mesmo tempo, ter uma postura
mais crítica e consciente em relação ao que consumimos e compramos para
nosso uso em casa e nas empresas e indústrias, estaremos aumentando nossa
participação em medidas de conservação e preservação ambientais,
contribuindo para sustentar equilibradamente nosso desenvolvimento social,
econômico e tecnológico, e no caminho de tornar possível às gerações futuras
o acesso a condições ambientais semelhantes as que vivemos.
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• coragem de recusar o consumo dos produtos desnecessários ou
supérfluos;
QUESTÕES AMBIENTAIS
A Evolução da Consciência Ambiental
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espaço diário na mídia e a fazer parte das nossas conversas, causando
diferentes sentimentos nas pessoas, precisamos analisar algumas das
principais mudanças ocorridas nos últimos séculos... Vamos lá?
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Enquanto no velho oeste existia uma imensa área desabitada, os
recursos eram abundantes, a tecnologia era simples e o consumo de energia
era pequeno, na espaçonave era justamente o contrário. O espaço físico era
mínimo, os astronautas trabalhavam, comiam, faziam suas necessidades
fisiológicas e dormiam no mesmo local. A energia dos cavalos foi substituída
por sofisticados equipamentos para colocar e manter a espaçonave no trajeto
entre o planeta Terra e seu satélite, a Lua.
Foi em 1962 que a autora Raquel Carson lançou este livro, o qual se
refere à compreensão das interconexões entre o meio ambiente, a economia e
as questões relativas ao bem-estar social. Nesta década ocorreu um
incremento da preocupação ambiental com o impacto das atividades
antrópicas* sobre o meio ambiente.
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julho de 1972, fosse realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo, na Suécia.
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se que, mesmo com estes avanços, o maior enfoque ainda estava
no controle da poluição “fim de tubo”, ou seja, primeiro era gerada a poluição,
depois é que era pensada uma forma de limpar a sujeira, lá no final do
processo.
Geralmente o esgoto era tratado antes do tubo jogar este efluente no rio
e o filtro era colocado no chaminé. Denominaram-se de “tecnologias fim de
tubo” aquelas que tratam os efluentes, os resíduos ou as emissões ao final dos
processos. O uso destas tecnologias representa aumento de custos, pois elas
não agregam nenhum valor aos produtos.
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publicado em 1987, sob o título de “Nosso Futuro Comum”, e permitiu
disseminar mundialmente o conceito de Desenvolvimento Sustentável.
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preocupação com o uso indiscriminado das matérias primas escassas e não
renováveis; a racionalização do uso de energia; a opção pela reciclagem; e o
consumo consciente são apenas algumas das ações que convergem para uma
abordagem mais ampla e lógica do tema ambiental, que pode ser resumida
pela expressão qualidade ambiental.
Portanto, nos anos 90, ocorreu uma mudança de enfoque com a gestão
ambiental. O foco passou a ser a otimização de todo o processo produtivo,
buscando reduzir o impacto ambiental como um todo. Difundiu-se o conceito de
prevenção, fazendo uso de tecnologias mais limpas, menos poluentes ou
perigosas, assim como o conceito do “ciclo de vida” do produto, que é a busca
por tornar-se ecologicamente correto, desde o seu nascimento até o seu
descarte ou reaproveitamento.
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No século XXI, ocorreu em Joanesburgo, na África do Sul, a
Conferência Rio+10, com objetivo de avaliar os resultados obtidos nos dez
anos seguintes à Eco-92. As repercussões das iniciativas estabelecidas desde
então vêm envolvendo governos e empresas com a meta de alcançar o
Desenvolvimento Sustentável no século XXI.
Em 2001 foi aprovado no Brasil o Estatuto das Cidades, que tem por
objetivos promover a reforma urbana e o combate à especulação imobiliária; a
ordenação do uso e ocupação do solo urbano; e a gestão democrática da
cidade (CARVALHO; BRAGA, 2001). Foi mais um passo importante, pois
vários artigos referem-se à gestão ambiental pública e à sustentabilidade das
cidades. Cabe destacar, nas Diretrizes Gerais do Estatuto das Cidades, que
estabelece o seguinte:
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competitividade, conquista de mercado e manutenção, em médio e longo
prazo, da produção.
Pelo que vimos até agora, pode-se dizer que no século XXI as empresas
tendem a incorporar a gestão ambiental em suas práticas de forma proativa.
Algumas já estão se antecipando às exigências legais ou indo além do que a lei
exige. O efeito da produção é avaliado desde a seleção da matéria-prima até o
descarte dos resíduos pelo consumidor, passando pelo melhor aproveitamento
dos insumos e resíduos lançados no ambiente. Esse tipo de perspectiva na
produção, mais do que trazer resultados em termos ambientais, é uma gestão
que reduz desperdícios de recursos e, em geral, diminui custos,
desmistificando
a existência de um conflito inevitável entre economia e ecologia, ou seja, o mito
de que uma gestão ambientalmente responsável pode aumentar custos, reduzir
a competitividade das empresas, atrasar ou encarecer projetos públicos.
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IMPACTOS AMBIENTAIS
Efeito Estufa
Protocolo de Quioto
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tem o
intuito de reduzir as emissões dos gases que geram o efeito estufa, no período
estipulado entre 2008 e 2012, à meta de 5,2%, tendo por base os níveis de
emissão de 1990.
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tempo suficiente para reconversão do seu sistema de produção para sistemas
de menor emissão de gases nocivos, poderão pagar para que países menos
desenvolvidos criem sistemas de sumidouros de CO2 .
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A Camada de Ozônio* (O3), localizada na estratosfera entre 15 e 50 km
de altitude, forma um escudo invisível que protege a superfície do planeta
contra os raios ultravioleta vindos do Sol. Esta radiação UV que bronzeia, seca
e envelhece a pele, é nociva aos animais e plantas, principalmente porque
pode danificar o DNA (ácido desoxirribonucléico), levando eventualmente a um
crescimento tumoroso como, por exemplo, o câncer de pele, problemas nas
córneas e fragilizar o sistema imunológico.
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onde foi observado o citado buraco que vem crescendo e atingindo regiões
como a Austrália e o sul da América do Sul.
Chuva Ácida
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Aspectos Finais sobre os Impactos Ambientais
Mas, como uma Prefeitura Municipal pode atuar para reduzir estes
impactos ambientais? De várias formas! Promovendo a educação nas escolas
e da população; dando um destino adequado aos resíduos sólidos urbanos;
estimulando o recolhimento dos gases causadores do efeito estufa e
destruidores da camada de ozônio; etc.
DESENVOLVIMNTO SUSTENTAVEL
O termo Desenvolvimento Sustentável (DS) está estampado nas
manchetes das revistas, jornais, no conteúdo de cursos, está na pauta dos
noticiários do rádio e da TV, é discutido em muitos blogs e, até mesmo, em
bate-papos informais, não é mesmo? Mas, será que as pessoas sabem
exatamente o que é o tal desenvolvimento sustentável? Sabem claramente que
ele só pode ser alcançado se o ambiente, a sociedade e a economia evoluírem
de forma harmoniosa? E, na área de Administração? Como você verá a seguir,
algumas coisas mudaram com o passar dos anos, e a sustentabilidade
deslocou-se, deixando de ser uma função exclusiva de proteção para tornar-se
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também
uma função da administração.
Concepções e Conceitos
Conforme Rabelo (2008), o termo Desenvolvimento Sustentável surgiu
das muitas reflexões sobre a sociedade e sua possibilidade de colapso
investigadas a partir de estudos científicos e divulgadas nos diversos encontros
internacionais na década de 1970. Foi no Relatório Brundtland, já mencionado
na contextualização histórica que fizemos, que se definiu o conceito de
Desenvolvimento Sustentável como sendo aquele que atende às necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade de atender às necessidades das
gerações futuras.
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interesses de poder que movem a sociedade. As necessidades humanas são
diferentes para indivíduos e para culturas e o modelo de DS proposto não tem
como objetivo administrar o meio ambiente, mas, sim, as atividades humanas
que afetam e até inviabilizam os diversos processos ambientais (SIENA apud
RABELO, 2008).
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antecipadas, que tornam inadequadas as ferramentas éticas herdadas do
passado. (GIDENS e BECK1 apud BALMAN)
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implementados com a ampla participação da sociedade, envolvendo atores
para além dos setores educacionais, estreitando a relação escola-comunidade
e o enraizamento da educação ambiental nos sistemas de ensino.
31
O Tratado tem bastante relevância por ter sido elaborado no âmbito da
sociedade civil e por reconhecer a Educação Ambiental como um processo
político dinâmico, em permanente construção, orientado por valores baseados
na transformação social.
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ações educacionais já existentes, além de multiplicar as oportunidades
inovadoras.
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Renováveis (Ibama), cujas competências institucionais foram defnidas no
sentido de representar um marco para a institucionalização da política de
Educação Ambiental no âmbito do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(Sisnama).
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Coordenação de Educação Ambiental do MEC e pelos setores
correspondentes do MMA/Ibama, responsáveis pelas ações voltadas
respectivamente ao sistema de ensino e à gestão ambiental, embora também
tenha envolvido em sua execução outras entidades públicas e privadas do
país.
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Em 2002, a Lei n° 9.795/99 foi regulamentada pelo Decreto n° 4.281
(Anexo), que defne, entre outras coisas, a composição e as competências do
Órgão Gestor da PNEA lançando, assim, as bases para a sua execução. Este
foi um passo decisivo para a realização das ações em Educação Ambiental no
governo federal, tendo como primeira tarefa a assinatura de um Termo de
Cooperação Técnica para a realização conjunta da Conferência Infanto-Juvenil
pelo Meio Ambiente (projeto que será relatado neste documento).
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O Brasil, juntamente com outros países da América Latina e do Caribe,
assumiu compromissos internacionais com a implementação do Programa
Latino-Americano e Caribenho de Educação Ambiental (Placea10) e do Plano
Andino-Amazônico de Comunicação e Educação Ambiental (Panacea), que
incluem os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação dos países.
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ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma mudança radical nos
sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela
dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do
desenvolvimento.
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A realidade atual exige uma reflexão cada vez menos linear, e isto se
produz na inter-relação dos saberes e das práticas coletivas que criam
identidades e valores comuns e ações solidárias diante da reapropriação da
natureza, numa perspectiva que privilegia o diálogo entre saberes.
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aumentar o poder das iniciativas baseadas na premissa de que um maior
acesso à informação e transparência na administração dos problemas
ambientais urbanos pode implicar a reorganização do poder e da autoridade.
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envolvimento dos cidadãos, que proponham uma nova cultura de direitos
baseada na motivação e na co-participação da gestão ambiental.
41
urbanos, e à necessidade de ampliar a assimilação, pela sociedade, do reforço
a práticas centradas na sustentabilidade por meio da educação ambiental.
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reduzido interesse da sociedade brasileira em financiar de forma voluntária
suas
organizações da sociedade civil, observa-se um aumento da sua legitimidade e
da sua institucionalidade.
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Trata-se, portanto, de repensar o público por meio da sociedade e de
verificar as dimensões da oferta institucional e a criação de canais institucionais
para viabilizar novas formas de cooperação social. Os desafios para ampliar a
participação estão intrinsecamente vinculados à predisposição dos governos
locais de criar espaços públicos e plurais de articulação e participação, nos
quais os conflitos se tornam visíveis e as diferenças se confrontam como base
constitutiva da legitimidade dos diversos interesses em jogo, ampliando as
possibilidades de a população participar mais intensamente dos processos
decisórios como um meio de fortalecer a sua co-responsabilidade na
fiscalização e controle dos agentes responsáveis pela degradação
socioambiental.
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política dominante e para uma nova proposta de sociabilidade baseada na
educação para a participação. Esta se concretizará principalmente pela
presença crescente de uma pluralidade de atores que, pela ativação do seu
potencial de participação, terão cada vez mais condições de intervir
consistentemente e sem tutela nos processos decisórios de interesse público,
legitimando e consolidando propostas de gestão baseadas na garantia do
acesso à informação e na consolidação de canais abertos para a participação,
que, por sua vez, são precondições básicas para a institucionalização do
controle social.
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e soluções e da importância da responsabilidade de cada um para construir
uma sociedade planetária mais eqüitativa e ambientalmente sustentável.
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O processo de expansão da Educação Ambiental nas escolas de ensino
fundamental foi bastante acelerado: entre 2001 e 2004 o número de matrículas
nas escolas que oferecem Educação Ambiental passou de 25,3 milhões para
32,3 milhões, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 28%. Em 2001,
o número de escolas que ofereciam Educação Ambiental era de
aproximadamente 115 mil, 61,2% do universo escolar, ao passo que, em 2004,
este número praticamente alcançou 152 mil escolas, ou seja, cerca de 94% do
conjunto.
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escolas revelaram que em 2004, no Brasil, 49,3% das escolas que realizam
Educação Ambiental utilizavam a coleta periódica como destino fnal do lixo;
lamentavelmente, em segundo lugar encontram-se as escolas que queimam o
lixo, com 41,3%; e, em terceiro lugar, as escolas que jogam o lixo em outras
áreas, com 11,9%. A porcentagem de escolas que reutilizam ou reciclam o lixo
não ultrapassa 5%. Apesar de todas as limitações de infra-estrutura
pública no que diz respeito à coleta de lixo, o quadro descrito acima revela um
indício sobre uma prática contraditória com os postulados principais sobre os
quais se constrói a lógica pedagógica da Educação Ambiental.
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realização da Rio 92, evento que criou uma conjuntura muito favorável à
expansão da Educação Ambiental naquele momento.
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curricular disciplinar, está se buscando caminhos integradores que insiram a
Educação Ambiental em diferentes disciplinas ou atividades.
O primeiro gráfco do Painel revela que 32% das escolas declararam que
a iniciativa de desenvolver Projetos partiu da própria comunidade. Esta
porcentagem é a mais alta quando comparada com a iniciativa de outros atores
externos à escola, tais como ONGs, Empresas ou Universidades. Por outro
lado, o segundo gráfco mostra que quando as escolas foram consultadas sobre
os atores envolvidos na implementação de Projetos, mais uma vez, a
comunidade obteve a maior porcentagem entre todos os atores externos que
participam, 53%. No entanto, no que diz respeito à percepção sobre a
contribuição da comunidade nos projetos, 62% considerou que esta não possui
um papel importante (Ver o terceiro gráfco do Painel).
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revela que existe uma coexistência conflitante na relação entre as escolas e a
Comunidade.
51
A educação infantil, por sua vez, é uma modalidade de ensino não
obrigatória que atende crianças de 0 a 6 anos e tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual e social. Busca o desenvolvimento infantil pleno e a aquisição de
conhecimentos, simultaneamente, em busca da construção da autonomia, da
identidade e da atuação crítica na sociedade.
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reflexão sobre sua realidade permitindo: a) identificar os seres vivos e não-
vivos e sua diversidade; b) verificar ambientes poluídos; c) refletir sobre a
mudança do tempo e do espaço na ação do homem e da natureza; d)
reconhecer
a importância da preservação do meio ambiente e seu papel na transformação
da realidade; e) comunicar e representar sua compreensão sobre os temas
envolvidos.
A experiência em foco
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suas interações e reconhecimento da realidade, seus problemas e formas de
transformação no espaço e no tempo e incentivo à mudança de atitudes.
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O Livro da Vida é uma forma de registro primária e de livre expressão,
pois embora pertença a toda classe é formado pelas contribuições pessoais.
Nele a criança pode incluir qualquer trabalho (texto, desenho, pintura) que
deseje, sem passar pela correção coletiva. Ele constitui um documento vivo
que pode e deve ser lido por todos que estão diretamente ligados às crianças:
pais, amigos, colegas e visitas.
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A construção dessas oportunidades pedagógicas revelou sua validade
na formulação de interrogações e respostas na inauguração de um momento
de interesse e saber vivo.
Na ida ao campo observou-se o lixo nas ruas e o caminho que ele faz
com as águas das chuvas. Na sala de aula essa etapa foi finalizada com a
comparação das águas de Monet e o nosso córrego e complementada com a
música “O homem às vezes não pensa.” Os conceitos adquiridos nessa
atividade foram registrados pelas crianças no Livro da Vida.
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As atividades ligadas à arte foram retomadas com a reflexão sobre a
água, o ciclo e as nascentes. Uma nova visita ao córrego buscou a observação
das nascentes e a coleta de água no início, meio e fim do córrego estudado.
Em sala de aula houve a comparação e reprodução das nascentes observadas
no rio e da maquete e representação do Lago das Nynphéias, de Monet (ao
som da música Planeta Água). Essas atividades foram registradas
no Livro da Vida.
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área visitada, alertando sobre a necessidade de preservação dos córregos e da
não poluição.
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cursos
de capacitação ou qualificação, é o que podemos chamar de formação
continuada. Inclui nesse âmbito a formação de uma identidade pessoal e
profissional que reconhece a docência como um campo de conhecimentos
específicos, onde os profissionais contribuem com seus saberes, seus valores
e suas experiências. É um percurso pessoal e profissional que ocorre de
maneira intrínseca à experiência de vida, como importante condição de
mudança de práticas pedagógicas. Se por um lado pensamos em programas
de formação com metodologias que procurem adensar conceitos e temas
sociais relevantes, por outro partimos do pressuposto de que o conhecimento
não é dado como algo pronto, mas como resultado da interação desse sujeito
com o seu meio, com as relações sociais e representações culturais.
(CARVALHO, 2004; SANTOS, 2004; BECKER, 2006).
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buscando autonomia desses sujeitos de forma coordenada com os objetivos
propostos;
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submetesse a uma mudança de agenda e procedimentos burocráticos. Dessa
forma, os elementos conceituais que orientam a EA poderiam estar no “núcleo
duro” da institucionalidade da educação como nos projetos político-
pedagógicos e na gestão. Ao trabalhar com movimentos individuais e coletivos
ao mesmo tempo, a EA torna-se um fenômeno político.
61
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO-92) Eco-92 e do Tratado de
Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global”
(elaborado pelas ONG´s), enfatizando as ações não-formais da EA.
62
a leitura, a escrita, a administração da própria formação, o trabalho
compartilhado e a reflexão sobre a prática.
63
de uma estrutura de trabalho descentralizada – células de formação – como
forma de abranger o maior número possível de municípios, onde os mais
“ricos” poderiam auxiliar os mais “pobres” do entorno, formando os pólos. Por
sua
vez, em cada município, a Secretaria de Educação escolhia um técnico ou uma
técnica para coordenar o processo de formação e os docentes para serem os
formadores.
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competência do professor e da professora, que é a sua iniciativa e atuação
política para desenvolver projetos sobre problemas socioambientais e, para
isso, se engajar em instâncias de discussões de EA (redes, conselhos,
comissões etc) e articular parcerias. A proposta de conteúdo priorizou a
questão do consumo e instigou o docente a pensar nos temas ambientais
nessa perspectiva, que considera a sustentabilidade do planeta, o padrão de
consumo e o aumento do despercídio alimentado por modelo de
desenvolvimento que cerceia o exercício da cidadania quanto ao acesso à
qualidade de vida.
65
o adensamento conceitual de questões como o consumo sustentável e sua
relação com os temas ambientais por meio da elaboração de projetos. A
segunda dimensão tratou da diversidade dos sujeitos e dos saberes,
enfatizando os conhecimentos prévios dos docentes e dos jovens, estimulando-
os que a trouxessem e apresentassem, durante o processo formativo, materiais
com temas ambientais de interesse pessoal e/ou trabalhos para subsidiar os
projetos a serem construídos durante os grupos de trabalho. A outra dimensão
refletiu a simplicidade dos procedimentos metodológicos e procurou fazer com
que a
proposta de formação fosse repassada com a mesma intensidade e reflexão
realizada desde o início, como foi desde o seminário nacional e estadual até os
seminários locais com os mesmos recursos didáticos. E por último, a
participação e integração dos docentes e estudantes, em dois movimentos: 1) a
elaboração de projetos com os temas ambientais na óptica do consumo, para a
docência; 2) a técnica oficina de futuro, para os jovens formadores trabalharem
com os estudantes a construção de uma Comissão de Meio Ambiente e
Qualidade de Vida (Com-Vida). Essa comissão caracteriza-se por um espaço
de discussão sobre temas socioambientais de interesse da escola e da
comunidade que possa concretamente contribuir para a transformação da
sociedade.
66
dos argumentos nas negociações e da criatividade das soluções. O estímulo
para que a escola elabore projetos transformadores na comunidade diminuiu a
distância entre o âmbito formal e não-formal da EA, pois procurou abrir na
escola um espaço de discussão
dos temas que interessam à sociedade proporcionando, assim, aprendizagens
diversificadas que dão mais sentido aos conteúdos neutralizantes das
disciplinas e ao convívio escolar.
67
REFERENCIAS
A ÁGUA, as florestas e as cidades. A importância das áreas florestais
protegidas para suprimentos de águas. Resumo em português do documento
feito por DUDLEY, N.;
69
FREITAS, Eduardo. Protocolo de Kyoto. [2011?]. Disponível em: <http://
www.brasilescola.com/geografia/protocolo-kyoto.htm>. Acesso em: 17 jul.
2012.
70
_____. A Pré – Escola como direito social. In: Cadernos Idéias, São Paulo:
FDE, 2ª edição, n. 2, p. 13-16, 1994.
71
SANTOS, S. M. M. Formação continuada numa perspectiva de mudança
pessoal e profissional. Sitientibus, Feira de Santana: n. 31, p. 39-74, jul./dez.,
2004.
72