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· História
· Crenças
O candomblé é uma religião monoteísta, embora alguns defendam a ideia que são
cultuados vários deuses.
· Sincretismo
No tempo das senzalas, os negros, para poderem cultuar seus orixás, nkisis e voduns,
usaram, como camuflagem, um altar com imagens de santos católicos e, por baixo, os
assentamentos escondidos. Segundo alguns pesquisadores, esse sincretismo já havia
começado na África, induzido pelos próprios missionários cristãos para facilitar a conversão.
Nos últimos anos, tem aumentado um movimento em algumas casas de candomblé que
rejeitam o sincretismo aos elementos cristãos e procuram recriar um candomblé "mais puro"
baseado exclusivamente nos elementos africanos.
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Oxalá
Deus Pai
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Xangô
Moisés
Santo Antônio
São Jerônimo
São José
São Pedro
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Ogum
Santo Antônio
São Jorge
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Oxóssi
São Jorge
São Sebastião
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Oxum
Santa Catarina
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Nanã
Sant'Ana
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Iemanjá
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Obaluaê/Omulu
São Lázaro
São Roque
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Exu
Santo Antônio
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Oxumaré
São Bartolomeu
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Obá
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Ibejis
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Tempo
São Lourenço
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Ossaim
São Benedito
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Euá
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Orunmilá
Nenhum
· Estatisticas
Os cinco estados com a maior proporção de afro-religiosos são o Rio de Janeiro (1,61%
), Rio Grande do Sul (0,94%), São Paulo (0,42%), Bahia (0,33%) e Mato Grosso do Sul
(0,26%).
· Templos
Casas grandes, que são organizadas tem uma hierarquia rígida, não é de propriedade
do sacerdote, nem toda casa grande é tradicional, é uma Sociedade civil ou beneficente.
· Rituais
3. Um ritual pode reunir dezenas de pessoas variando de acordo com o tamanho da casa
que realiza as obrigaçãoes e festas.
4. Nestas ocasiões, há uma grande preocupação com a higiene e alimentação, pois tudo
deve estar purificado para estar digno de um Orixá.
8. A celebração do ritual é feita pelo pai de santo ou mãe de santo , que inicia o despacho
do Exu. Em ritimo de dança, o tambor é tocado e os filhos de santo começam a invocar
seus orixás para que incorporem. O ritual tem no minimo duas horas de duração.
Esse sacrifício não é apenas uma oferenda aos Orixás. Todas as partes do animal vão
servir de alimento, nada é jogado fora. O couro do animal é usado para encourar os atabaques,
o animal inteiro é limpo e cortado em partes; algumas partes são preparadas para os Orixás e o
restante é destinado aos demais. Normalmente há uma festa no dia seguinte (o sacrifício é feito
durante a madrugada e as carnes preparadas durante a manhã para serem servidas no almoço
– COZINHADAS e tudo é aproveitado: até a porção oferecida aos Orixás é posteriormente
distribuída entre os filhos da casa como o inché do Orixá.
É usada para confraternização: unem-se os filhos a comer com o pai ou mãe, havendo
repartição do Axé gerado pelo Orixá. (após algum tempo que a comida esteja no Peji ela fica
impregnada pela energia do Orixá que está imantando aquela festividade).
O sacrifício no candomblé é a renovação do Axé, feito uma vez por ano para cada Orixá
da casa ou em circunstâncias especiais.
· Batismo
Alguns preceitos devem ser seguidos para que possamos estar preparados de corpo e
alma para tal cerimonia.
• Na semana anterior a do dia do batismo 7 dias antes devemos acender um vela de sete dias
para Oxalá para que nos prepare para a cerimonia e ilumine nosso Ori (cabeça);
• Durante a semana deve-se evitar ambientes carregados e uso de roupas escuras, sempre
pense em coisas agradáveis e alegres faça dessa semana a sua melhor semana.
• Devemos nos sete dias anteriores ao do Batismo tomar banho de Tapete de Oxalá (boldo) de
cabeça e corpo para mantermos o equilíbrio do espírito.
• No dia da cerimonia devemos providenciar uma Toalha Branca sem desenhos ou estampas,
caso saiba seu Orixá de cabeça é permitido colocar fita da cor do Orixá * (conforme cores
designadas pelo primado de Umbanda ) sem exageros essa toalha não é usado nas giras
apenas nos trabalhos de Cachoeira e Praia.
O ritual pode ser praticado dentro do próprio terreiro como também na cachoeira, local
de maior vibração de Mãe Oxum, mãe e protetora de todos os filhos de Umbanda e senhora
das águas doces.
Em alguns terreiros, por orientação do Chefe da Casa, o batismo pode também ocorrer
na praia, sendo então os filhos consagrados a Iemanjá.
Ser padrinho é assumir perante Pai Olorum e Pai Oxalá o compromisso de segundo pai e
segunda mãe, prometendo cuidar de seu(sua) afilhado(a) sempre que necessário.
A vela batismal será levada para casa e guardada pela mãe. Essa vela é símbolo da Luz Divina
e deve ser acesa (apenas quando necessário), posta sobre a cabeça da criança e, de
preferência, às suas costas. Se houver algum problema de causa desconhecida com a criança,
acender a vela e elevá-la sobre a sua cabeça. O campo imantador da própria criança começará
a se abrir e a criar a proteção e a limpeza necessárias.
Batismo de Médium
Os Padrinhos e Madrinhas
O SAL: Em nome de Ogum senhor dos caminhos e das batalhas o sal que representa a
proteção que lhe será dada durante sua vida pelo plano espiritual; representa ainda a terra e
sua prosperidade e o crescimento de suas plantações interiores; a preservação da vida;
(SARAVÁ Ogum)
O ÓLEO : Nesse domínio reina Oxossi Senhor das Matas Guardião de Nossa
Comunidade, sobre a ordem do Orixá que reina nossa Casa. Cuja unção significa as bênçãos
do PAI sobre seu FILHOS . A consagração desses filhos às entidades de Almas de Angola e a
sua distinção entre os homens. Pois a partir de agora eles são membros da Grande Família
Universal Umbandista. (SARAVÁ OXOSSI)
A ÁGUA: Nesse domínio reina Iemanjá, Oxum e Nanã senhora das águas sagradas,
que são as grandes Mães geradoras onde tudo é criado. Diante dessa cachoeira limpe as
impureza que tenhas e prepare seu coração durante sua jornada te tornando digno de ser
Umbandista pois a aguá é a purificação do Espírito, Mente e Corpo. (SARAVÁ Oxum, SARAVÁ
Iemanjá, SARAVÁ Nanã).
A morte é vista pelos candomblecistas como uma passagem, porém os ritos fúnebres
são complexos e exigem do sacerdote (babálorisá) grande preparo, pois são invocados forças
primordiais. São elas: Esú (Orisá mensageiro), Iku (Orisá da Morte), Obatalá (Orisá da Vida),
Oiá (Orisá que guia os Mortos) e Egungun (Orisá da Ancestralidade). Após o falecimento do
omo-Orisá (filho de santo), são preparadas as comidas específicas deste momento (ebós),
além da terra, que vai receber o corpo (ara).
Para isso, contamos com pessoas que possuem diferentes cargos em uma casa de
santo. No caso da organização do rito fúnebre, precisamos do trabalho e asè do babálorisá (ou
iyálorisá), iyálasé (ou babálasé), Ojé, Iyámoro, Iyádagan, Iyájibudá. É importante ressaltar que
estes cargos são dados pelo orisá para que estas pessoas possam exercer funções de
liderança, a fim de auxiliar o pai ou mãe da casa. Desta forma, elas respondem ao babálorisá,
porém possuem posições de sacerdócio dentro da comunidade. Outro dado importante, é que
em muitos casos os cargos podem ser recebidos por homens (Babás) e mulheres (Iyas), mas
existem exceções nas quais as funções só podem ser realizadas pela energia feminina ou
masculina.
Após o enterro, seguiremos mais sete dias nos quais a comunidade se reúne para
entoar cantigas e rezas pela alma do irmão que retornou para a terra dos ancestrais, o Orún.
Existe a obrigatoriedade do uso do branco, pois significa a eternidade e igualdade, símbolos
fortes e fundamentais do Candomblé. A cor preta não possui um significado negativo, apenas
representa a terra; desta maneira, se o objetivo de todos os atos religiosos é a alma se voltar
para o orún, pois na terra seu papel já foi cumprido e agora começa um novo ciclo, os iniciados
na religião devem evitar o uso desta e de outra cor em suas vestimentas.
A morte nessa religião, como já dito, possui um caráter cíclico. Desta maneira, ela pode
também ser considerada um renascimento, pois Ikú e Obatalá estão presentes em ambos os
momentos. Conceito que reforça ainda mais o uso do branco, pois é o renascimento do Omo
Orisá para o orún e todo nascimento é celebrado com a cor de Oxalá. Retornar para a terra dos
ancestrais, para os candomblecistas, não significa aguardar o momento de voltar para uma
vida na terra (aye), pois não cultuamos o conceito de vidas pregressas.
· Casamento
Os valores familiares são muito importantes para o Candomblé, seja qual for o orixá
cultuado. O casamento é considerado um passo importante para a consolidação da família, e a
escolha da esposa é um momento muito delicado, uma vez que a mulher é vista como ponto de
harmonia, educação e formação cultural do povo. São exatamente estes os valores lembrados
na celebração da união do casal.
Durante a cerimônia, a energia do orixá é invocada para contemplar os noivos e
conceder à nova família todas as riquezas que o humano não tem capacidade de produzir,
como “coisas boas”, plenitude e felicidade. Os noivos vestem trajes brancos e, após receber a
aprovação do orixá, são ungidos com elementos naturais, como folhas e frutas.