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DEPARTAMENTO REGIONAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA ALBANO FRANCO

TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA

DANIEL QUEIROZ DE VASCONCELOS NASCIMENTO

DAVI DE OLIVEIRA BARBOSA

FILIPE SILVA DE OLIVEIRA

GIANCARLO VASCONCELOS ALVES

RACKSUELL VIEIRA SANTOS

APLICAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ON GRID PARA GERAÇÃO DE


ENERGIA ELÉTRICA RESIDENCIAL

ARACAJU - SE

2021
DANIEL QUEIROZ DE VASCONCELOS NASCIMENTO
DAVI DE OLIVEIRA BARBOSA
FILIPE SILVA DE OLIVEIRA
GIANCARLO VASCONCELOS ALVES
RACKSUELL VIEIRA SANTOS

APLICAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ON GRID PARA GERAÇÃO DE


ENERGIA ELÉTRICA RESIDENCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso


Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio,
do SENAI/Departamento Regional de Sergipe Centro de
Educação e Tecnologia Albano Franco, como requisito
obrigatório para obtenção do certificado de nível médio
de Técnico em Eletrotécnica.

Orientador (a): Prof. José Cavalcante Gomes Neto

ARACAJU - SE
2021
DANIEL QUEIROZ DE VASCONCELOS NASCIMENTO
DAVI DE OLIVEIRA BARBOSA
FILIPE SILVA DE OLIVEIRA
GIANCARLO VASCONCELOS ALVES
RACKSUELL VIEIRA SANTOS

APLICAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ON GRID PARA GERAÇÃO DE


ENERGIA ELÉTRICA RESIDENCIAL

Trabalho de TCC do Curso Técnico de eletrotécnica do SENAI Sergipe, apresentado como


requisito obrigatório para a conclusão do Curso.

Aprovada em ___, ___, ___

Banca Examinadora

_____________________________________
Nome do Examinador – instituição a que pertence

_____________________________________
Nome do Examinador – instituição a que pertence

_____________________________________
Nome do Examinador – instituição a que pertence
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a nossa família que nos auxiliou na escolha do curso técnico de


eletrotécnica e estiveram ao nosso lado, principalmente nos momentos mais difíceis;

Agradecemos ao orientador José Neto, que nos guiou na realização desse trabalho
de conclusão de curso;

Agradecemos aos docentes do curso de eletrotécnica que nos instruíram ao longo


dos três anos de formação;

Agradecemos ao corpo pedagógico por nos auxiliar em meio as dificuldades


acadêmicas;

Agradecemos a todos os amigos e professores que estiveram do nosso lado ao


longo desse período de formação.
Resumo

O objetivo do presente trabalho é explicar o funcionamento dos sistemas


fotovoltaicos On Grid para geração de energia elétrica, além de simular um projeto de geração
de energia solar On Grid em uma residência de 73,67 m² na cidade de Aracaju SE, a fim de
compreender como a energia solar é convertida em energia elétrica, além de analisar a
possível viabilidade econômica da instalação desse sistema em uma residência. Concomitante
a isso, foi necessário consultar normas, artigos, sites e livros voltados para área da energia
provinda do Sol, garantindo uma maior confiabilidade e consistência a esse trabalho.

Palavras-Chaves: Energia solar; On Grid; Célula fotovoltaica; Funcionamento;


Projeto.
Abstract

The objective of this current thesis is to explain the working of photovoltaic cells
for electrical energy generation, and to simulate a project of a on grid photovoltaic system in a
residence of 73,67 m² in the city of Aracaju SE. The objective of this simulation is to
understand how the system converts solar energy into electrical energy, and to analyze the
economic viability of the adoption of the system in a house. During the construction of this
thesis, it was necessary to consult and study several books and articles, giving more reliability
and consistency to this dissertation.

Key words: Solar energy; On Grid; photovoltaic cell; Operation; Project.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Matriz Energética Mundial.

Figura 2 – Matriz energética Brasileira.

Figura 3 – Comparativo das Fontes de energias renováveis e não renováveis do Brasil.

Figura 4 – Fontes de energia do Brasil.

Figura 5 – Comparação da Matriz energética Brasileira com a Mundial.

Figura 6 – Previsão do cenário energético Brasileiro de 2050.

Figura 7 – Potência instalada de geração distribuída solar fotovoltaica por estado brasileiro.

Figura 8 – Minério de silício.

Figura 9 – Módulo fotovoltaico de Silício monocristalino.

Figura 10 - Módulo fotovoltaico de Silício policristalino.

Figura 11 – Módulo fotovoltaico de Silício Amorfo.

Figura 12 – Módulo fotovoltaico de filme fino.

Figura 13 – Eficiência das tecnologias fotovoltaicas.

Figura 14 – Efeito Fotovoltaico.

Figura 15 – Efeito fotoelétrico.

Figura 16 – Semicondutor intrínseco.

Figura 17 – Semicondutor Extrínseco.

Figura 18 - Dopagem do tipo N.

Figura 19 - Dopagem do Tipo P.

Figura 20 – Célula fotovoltaica abastecendo uma lâmpada.

Figura 21 – Partes de um módulo fotovoltaico.

Figura 22 – Sistema fotovoltaico On Grid.


Figura 23- Sistema fotovoltaico Off Grid.

Figura 24 – Painel fotovoltaico.

Figura 25 – Cabo para energia fotovoltaica.

Figura 26 – Suporte de painel fotovoltaico com inclinação ajustável.

Figura 27 – Solar Tracker.

Figura 28- Inversor fotovoltaico On-Grid 2KW EcoSolys.

Figura 29 - Microinversor fotovoltaico.

Figura 30- Otimizador fotovoltaico.

Figura 31 – Controlador de carga.

Figura 32 – Bateria Varta de sistemas fotovoltaicos.

Figura 33 – Disjuntor CC da TOMZN.

Figura 34 - Disjuntor de CA da Steck.

Figura 35 – Fusível.

Figura 36 – DPS da Clamper.

Figura 37 - Pontos aterrados de um projeto fotovoltaico.

Figura 38 – Irradiância Solar.

Figura 39 – Gráficos de Irradiância e Irradiação.

Figura 40 - Análise Preliminar.

Figura 41 - Dados da fatura.

Figura 42. Fatura da Unidade Consumidora.

Figura 43. Levantamento de dados de irradiação solar no plano horizontal.

Figura 44 - Levantamento de dados de irradiação solar no plano inclinado.

Figura 45 - Desvio azimutal de -11°.

Figura 46 - Dados Meteorológicos.


Figura 47 - Preenchimento de dados no Radiasol 2.

Figura 48 - Tabelas de irradiação corrigida.

Figura 49 - Módulo fotovoltaico escolhido e datasheet.

Figura 50 - Cálculo de adequação da potência de pico do módulo para a temperatura média de


Aracaju.

Figura 51 - Cálculo de adequação da tensão em circuito aberto do módulo para a temperatura


média de Aracaju.

Figura 52 - Cálculo de adequação da corrente em curto circuito do módulo para a temperatura


média de Aracaju.

Figura 53 - Quantidade de painéis suportados pelo telhado da UC.

Figura 54 - Cálculo de Compensação mensal.

Figura 55 - Cálculo de Compensação diário.

Figura 56 - Tabela da taxa de Disponibilidade e do fator de perda.

Figura 57 - Potência do sistema fotovoltaico.

Figura 58 - Cálculo da potência disponível para UC.

Figura 59 - Energia média produzida por um módulo fotovoltaico.

Figura 60 - Cálculo da quantidade de módulos solares necessários.

Figura 61 - Cálculo da capacidade de geração do sistema fotovoltaico.

Figura 62 - Cálculo da potência total instalada do sistema fotovoltaico.

Figura 63 - Arranjo fotovoltaico.

Figura 64 - Inversor fotovoltaico On-Grid 2kW EcoSolys.

Figura 65 - Requisitos de dimensionamento de condutores.

Figura 66 - Datasheet do condutor da parte CC.

Figura 67 - Dimensionamento de eletrodutos (esquerda) e de condutores (direita).

Figura 68 – Dimensionamento do condutor de proteção.


Figura 69 - Especificações do DPS escolhido.

Figura 70 - Especificações do disjuntor CC escolhido.

Figura 71 - Especificações do DPS escolhido.

Figura 72 - Especificações do disjuntor CA escolhido.

Figura 73 - Equipamentos Escolhidos.

Figura 74 - Levantamento de custos dos equipamentos.

Figura 75 – Análise de viabilidade Econômica.

Figura 76 - Tempo necessário para pagar o investimento nesse sistema fotovoltaico.

Figura 77 – Gráfico de relação entre geração e consumo do sistema fotovoltaico.

Figura 78 – Projeto Fotovoltaico feito pelo Autocad.

Figura 79 – Projeto 3D de posicionamento dos módulos.


LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

W = Watts.

KW = 10³ W.

MW = 10⁶ W.

GW = 10⁹ W.

m² = Metro Quadrado.

m = Metro.

Km = 10³ m.

% = Porcentagem.

n° = Número.

K = Kelvin.

V = Volts.

A = Ampère.

e = Elétron.

B = Boro.

CO2 = Dióxido de Carbono.

Si = Silício.

Ge = Germânio.

UV. = Radiação Ultravioleta.

GEE = Gases de Efeito Estufa.

EVA = Espuma Vinílica Acetinada.

PVC = Policloreto de Vinila.

XIX = 19.
EPE = Empresa de Pesquisa Energética.

ANP = Agência Nacional de Petróleo.

BEN = Balanço Energético Nacional.

UOL = Empresa Universo Online.

MDL = Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

ONU = Organização das Nações Unidas.

ANEEL = Agencia Nacional de Energia Elétrica.

ESO = O Observatório Europeu do Sul.

EIA = Administração de Informação de Energia Norte Americana.

CA = Corrente Alternada.

CC = Corrente Continua.

UC = Unidade Consumidora.

CPF = Cadastro de pessoa física.

CNPJ = Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.

GD = Geração Distribuída.

GC = Geração Convencional.

DPS = Dispositivos de proteção contra surtos.

IP = Graus de proteção.

Pmax = Potência máxima dificilmente atingida (variação de temperatura, nuvem).

Vmp ou Vmpp = Tensão máxima de operação.

Imp ou Impp = Corrente máxima de operação.

Voc = Tensão em circuito aberto.

Isc = Corrente de curto circuito.

MPPT = Controle de ponto de potência máxima.


MLPE = Eletrônica de energia a nível de módulo.

ART = Assinatura de Responsabilidade técnica.

CFT = Conselho Federal dos Técnicos Industrias.

CRESESB = Centro de referência de energia solar e eólica Sergio Salvo de Brito.

DPS = Dispositivo de Proteção contra surtos.

INPE = Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

NOCT = Temperatura Nominal de Operação da Célula.

STC = Condição de Teste Padrão.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................18

2. JUSTIFICATIVA............................................................................................................19

3. PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS...............................................................................20

3.1 Por que o assunto deste trabalho foi: Aplicação do sistema fotovoltaico On Grid
para geração de energia elétrica residencial?......................................................................20

3.2 Objetivos...................................................................................................................20

3.2.1 Geral.............................................................................................................................20
3.2.2 Específicos....................................................................................................................20
4. METODOLOGIA............................................................................................................21

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................22

5.1 MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL...................................................................22

5.2 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA..............................................................23

5.2.1 Energia não renovável..................................................................................................23


5.2.2 Energia Nuclear............................................................................................................24
5.2.3 Energia de combustíveis fosseis....................................................................................24
5.2.4 Energia renovável.........................................................................................................25
5.2.5 Energia Hidrelétrica......................................................................................................26
5.2.6 Energia eólica...............................................................................................................26
5.2.7 Energia da biomassa.....................................................................................................27
5.2.8 Energia Solar................................................................................................................27
5.2.8.1 O que é a energia solar e aplicações .............................................................................27
5.2.8.2 Energia solar no cenário Mundial..................................................................................28
5.2.8.3 Energia solar no cenário Brasileiro................................................................................28
5.2.8.4 Vantagens e desvantagens da energia solar...................................................................29
5.2.8.4.1 Vantagens.......................................................................................................29
5.2.8.4.2 Desvantagens.................................................................................................29
5.3 CÉLULA FOTOVOLTAICA.................................................................................30

5.3.1 O processo de desenvolvimento das células fotovoltaicas............................................30


5.3.2 Tipos de células fotovoltaicas.......................................................................................30
5.3.2.1 Células de silício cristalino............................................................................................30
5.3.2.1.1 Célula de silício monocristalino.....................................................................31
5.3.2.1.2 Célula de silício policristalino........................................................................32
5.3.2.2 Célula de silício Amorfo................................................................................................32
5.3.2.3 Célula de Filme Fino......................................................................................................33

5.4 EFICIÊNCIA DA CÉLULA FOTOVOLTAICA..................................................33

5.5 IMPACTO AMBIENTAL DA CÉLULA FOTOVOLTAICA.............................34

5.6 FÓTONS...................................................................................................................35

5.7 EFEITO FOTOVOLTAICO...................................................................................36

5.8 EFEITO FOTOELÉTRICO...................................................................................37

5.9 SEMICONDUTORES.............................................................................................37

5.10 TIPOS DE SEMICONDUTORES..........................................................................38

5.11 DOPAGEM DO SILÍCIO.......................................................................................39

5.12 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA CÉLULA FOTOVOLTAICA........41

5.13 PLACAS SOLARES................................................................................................42

5.13.1 Conceito........................................................................................................................42
5.13.2 Funcionamento.............................................................................................................42
5.13.3 Estrutura.......................................................................................................................43
5.13.4 Tipos de sistemas fotovoltaicos....................................................................................43
5.13.4.1 Sistema On grid...........................................................................................................43
5.13.4.2 Determinações da ANNEL..........................................................................................45
5.13.4.3 Modalidades do Sistema On Grid................................................................................46
5.13.4.4 Vantagens do sistema On-Grid....................................................................................46
5.13.4.5 Desvantagens do sistema On-Grid...............................................................................47
5.13.4.6 Sistema Off grid...........................................................................................................47
5.13.4.7 Vantagens do sistema Off Grid ...................................................................................48
5.13.4.8 Desvantagens do sistema Off Grid..............................................................................49
5.13.4.9 Sistema híbrido............................................................................................................49

6. EQUIPAMENTOS DO SISTEMAS FOTOVOLTAICOS..........................................49

6.1 BLOCO GERADOR................................................................................................50

6.1.1 Painéis solares...............................................................................................................50


6.1.2 Cabos e conectores.......................................................................................................50
6.1.3 Estrutura de suporte......................................................................................................51
6.2 BLOCO DE CONDICIONAMENTO DE POTÊNCIA.......................................52

6.2.1 Inversores Fotovoltaicos...............................................................................................52


6.2.2 Microinversores............................................................................................................53
6.2.3 Otimizadores.................................................................................................................54
6.2.4 Controladores de carga.................................................................................................54
6.3 BLOCO DE ARMAZENAMENTO.......................................................................55

6.3.1 Baterias.........................................................................................................................55
6.4 BLOCO DE PROTEÇÃO.......................................................................................56

6.4.1 Norma regulamentadora................................................................................................56


6.4.2 Disjuntores....................................................................................................................56
6.4.3 Fusíveis.........................................................................................................................57
6.4.4 DPS...............................................................................................................................57
6.4.5 Aterramento..................................................................................................................58
7. SIMULAÇÃO DO PROJETO FOTOVOLTAICO ON GRID....................................59

7.1 SOLARIMETRIA....................................................................................................59

7.1.1 Irradiância Solar............................................................................................................59


7.1.2 Irradiação......................................................................................................................59
7.2 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ON GRID............60

7.2.1 Análise preliminar........................................................................................................60


7.2.2 Coletar os dados de irradiação do CRESESB...............................................................63
7.2.3 Desvio Azimutal...........................................................................................................64
7.2.4 Coletar dados do INMET..............................................................................................64
7.2.5 Correção da Irradiação pelo software Radiasol 2..........................................................66
7.2.6 Escolha do módulo.......................................................................................................67
7.2.7 Correção de valores do datasheet pelo coeficiente de temperatura...............................68
7.2.8 Quantos módulos cabem no telhado da UC..................................................................71
7.2.9 Cálculo de compensação mensal e diária......................................................................72
7.2.10 Cálculo de potência do sistema fotovoltaico e da potência disponível na UC...............73
7.2.11 Cálculo da geração de 1 módulo...................................................................................75
7.2.12 Quantos módulos precisam ter o sistema fotovoltaico e qual a sua potência e geração
total deles ...............................................................................................................................76
7.2.13 Organização do arranjo fotovoltaico.............................................................................78
7.2.14 Escolha do inversor fotovoltaico...................................................................................79
7.2.15 Dimensionamento de condutores da parte CC..............................................................80
7.2.16 Dimensionamento de condutores da parte CA..............................................................82
7.2.17 Dimensionamento de condutor de aterramento.............................................................83
7.2.18 Dimensionamento de proteção da parte CC..................................................................83
7.2.19 Dimensionamento de proteção da parte CA..................................................................85
7.2.20 Outros equipamentos necessários.................................................................................86
7.2.21 Levantamento de custo dos equipamentos....................................................................87
7.2.22 Análise de viabilidade econômica.................................................................................88
7.2.23 Tempo necessário para pagar o investimento e gráfico de geração e consumo.............89
7.3 PROJETO FOTOVOLTAICO NO AUTOCAD E EM FORMATO 3D............91

7.4 PROFISSIONAIS QUE PODEM ASSINAR O PROJETO FOTOVOLTAICO...


...................................................................................................................................................92

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................93

9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...............................................................................94
1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, tem-se aumentado a utilização da energia solar em escala


industrial e residencial, visto que, segundo levantamentos da empresa Insole (2019), até o ano
de 2030, o ramo da energia solar terá movimentado aproximadamente R$ 100 bilhões de reais
no Brasil, gerando em torno de 1 milhão de empregos. Mesmo sendo um projeto
relativamente caro, acabou se tornando um atrativo, por conta da economia na conta de
energia que o cliente vai ter, além de se tratar de uma fonte renovável e limpa, pelo fato de a
luz solar ser uma fonte de energia não poluente.
Por conta desses fatores, este trabalho de conclusão de curso visa explicar como
funcionam o sistema fotovoltaico On Grid, os quais fazem a conversão da energia solar em
energia elétrica. Além de realizar a simulação de um projeto fotovoltaico On Grid em uma
UC de 73,67 m² na cidade de Aracaju SE, permitindo analisar a viabilidade econômica da
substituição do abastecimento energético via concessionaria, geração convencional (GC), por
um sistema fotovoltaico associado à rede, geração distribuída (GD).

18
2. JUSTIFICATIVA

Este trabalho visa facilitar o acesso a informações essenciais sobre a energia


fotovoltaica. Sem este material, pessoas interessadas na área e até mesmo profissionais
deveriam consultar vários livros e artigos para entender os demais aspectos desse ramo. De
maneira oposta, com este em suas mãos, eles conseguem ter acesso a informações mais
rápidas e de maneira sintetizada. Além disso, neste documento está sendo apresentado um
passo a passo de como é feito o projeto de um sistema fotovoltaico residencial On Grid
seguindo pré-requisitos das seguintes normas: Resolução Normativa nº 414 da ANEEL ,
Resolução Normativa nº 482 da ANEEL, Resolução Normativa nº 687 da ANEEL, ABNT
NBR 16690, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 16612, ABNT NBR 5410 e da NDU-001.

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3. PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS

3.1Por que o assunto deste trabalho foi: Aplicação do sistema fotovoltaico On Grid
para geração de energia elétrica residencial?

Uma problemática observada pelos integrantes do grupo, é que muitas pessoas


não entendem como funciona um sistema fotovoltaico On Grid, além de não confiarem nele
por medo do custo inicial ser relativamente alto. Partindo desse pressuposto, esse trabalho
vem para explicar como ocorre o processo de funcionamento do sistema de energia solar On
Grid, de maneira simples e eficiente, além de esclarecer as vantagens e simular os custos e a
implementação de um sistema fotovoltaico On grid em uma residência.

3.2 Objetivos
3.2.1 Geral

Apresentar informações sintetizadas sobre a energia solar fotovoltaica, visando


acelerar e difundir o entendimento sobre a área.

3.2.2 Específicos;

▪ Avaliar a energia solar fotovoltaica e as demais fontes de energia


▪ Analisar os tipos de células fotovoltaicas;
▪ Explicar como funciona o efeito fotovoltaico e o fotoelétrico;
▪ Descrever como uma célula fotovoltaica converte a energia solar em energia
elétrica;
▪ Abordar os equipamentos essenciais de um sistema fotovoltaico;
▪ Simular um projeto fotovoltaico On grid em uma residência de 73,67 m² na
cidade de Aracaju SE.

20
4. METODOLOGIA

Primeiramente, faz-se necessário ressaltar que a presente pesquisa se enquadra no nível


de estudos exploratórios que consiste no levantamento sobre o fenômeno, proporcionando um
conhecimento maior para o pesquisador acerca do assunto, a fim de que esse possa formular
problemas mais precisos ou criar hipóteses que possam ser por estudos posteriores.
Quanto aos métodos adotados para o desenvolvimento da presente pesquisa,  faz-se
uso da seguinte modalidade de pesquisa: a pesquisa bibliográfica (caracterizada como um
estudo teórico), segundo alguns pesquisadores em que a pesquisa bibliográfica pode ser
considerada o primeiro passo de toda pesquisa científica, oferecendo meios para definir,
resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas, onde os
problemas ainda se cristalizaram suficientemente e permitir aos investigados a cobertura de
uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.
Como este estudo terá como objetivo explicar como ocorre o processo de
funcionamento dos sistemas solares, de maneira simples e eficiente, além de esclarecer as
vantagens e simular os custos da implementação de um sistema fotovoltaico On Grid em uma
residência.
Na pesquisa de campo procede na observação de fatos e fenômenos exatamente como
ocorrem na real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e
interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando
compreender e explicar o problema pesquisado. Nessa perspectiva, a pesquisa visa facilitar o
acesso a informações essenciais sobre a energia fotovoltaica. E para isso, foram trabalhados
em dois momentos distintos: no primeiro momento, optou-se pela coleta de informações e
pesquisa de campo e teórica sobre o assunto. No segundo momento, unificou-se a relação
teórica com os dados levantados, além de agregar as concepções trabalhadas durante o curso
de eletrotécnica para embasar o objetivo deste trabalho.
O importante a ser constatado durante esta pesquisa, é considerar o propósito de
utilizar-se do enfoque sistêmico como método de abordagem adotado para a compreensão e
discussão dos fenômenos aqui pesquisados. É necessário contextualizar o surgimento da
questão central deste trabalho, bem como investigar os elementos que se encontram
relacionados a este.

21
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

5.1 MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL

Nos últimos anos o consumo energético aumentou de forma desenfreada,


entretanto a matriz energética mundial ainda é composta principalmente por fontes de energia
não renováveis, ou seja, que possuem uma quantidade limitada na natureza, como o carvão, o
petróleo e o gás natural, EPE (2018).

“Matriz energética é uma representação da quantidade de recursos energéticos


oferecidos por um país ou por uma região, sendo eles renováveis ou não, como no
caso do petróleo e seus derivados”. (EPE, 2018).

Partindo desse pressuposto, uma nova discursão surge: até quando essas fontes de
energia conseguirão suprir as necessidades do homem? Alguns dados da EPE (2018) indicam
uma estimativa preocupante quanto à quantidade de petróleo, uma das principais fontes de
energia do mundo contemporâneo, ao afirmar que ele terá uma duração de aproximadamente
40 anos, no ritmo de consumo atual. Concomitante a isso, surge a necessidade de aumentar os
investimentos em fonte renováveis, já que estas representam somente 18,6% de toda matriz
mundial, EPE (2018).

Figura 1 – Matriz Energética Mundial.

22
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (2018).

5.2 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

Já a matriz energética brasileira, mesmo apresentando o consumo de fontes não


renováveis sendo superior aos renováveis, ela difere de grande parte do mundo, pois, segundo
pesquisas da EPE (2018), somando a energia provinda da lenha, do carvão vegetal, da
hidráulica, dos derivados de cana e outras renováveis totalizam 41,1%, quase metade da
matriz energética nacional, concluindo assim, que o Brasil utiliza mais fonte renováveis que a
maior parte do resto do mundo.

Figura 2 – Matriz energética Brasileira.

Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (2016).

5.2.1 Energia não renovável


Todavia, mesmo com mais de 41,1% de matriz energética brasileira sendo
composta por fontes renováveis, EPE (2018), existe um consumo acentuado de fontes de
energia não renováveis, ou seja, que utilizam recursos naturais existentes no planeta formados
de um processo geológico lento, possuindo quantidade limitada, isto é, esgotáveis, por
exemplo o petróleo, o carvão mineral e o gás natural., LOPEZ (2015).
Segundo Lopez (2015), além dessas fontes de energia serem esgotáveis, elas
também são consideradas “sujas”, pois poluem o meio ambiente, a título de exemplo: a

23
queima de combustíveis fósseis, os quais liberam gases poluentes na atmosfera, além do lixo
radioativo produzido pelas usinas nucleares, afetando assim os ecossistemas e o homem.

Figura 3 – Comparativo das Fontes de energias renováveis e não renováveis do Brasil.

Fonte: Balanço Energético Nacional (2012).

5.2.2 Energia Nuclear


Um conhecido exemplo de energia não renovável é a atômica, a qual é produzida
por intermédio de elementos radioativos, como o urânio, o qual é usado como combustível
das usinas termonucleares, local em que ocorre a conversão da energia térmica, provinda da
fissão de átomos de elementos radioativos, em energia elétrica, BEZERRA (2019). A maior
discursão em torno dessa fonte geradora vem do fato que para produzir energia, também é
gerado o lixo atômico, o qual leva em torno de 50 a 300 anos para perder a sua radiação,
DIAS (2015). Concomitante a isso, esses resíduos devem seguir vários requisitos de
segurança, já que os mesmos podem acarretar em doenças nos seres humanos, como o câncer
e até provocar desastres ambientais, deixando áreas inóspitas.

5.2.3 Energia de combustíveis fósseis


Segundo Carvalho (2008), há cerca de 300 milhões de anos, folhas, raízes, troncos
e galhos de árvores que nasceram e morreram em regiões de solo pantanoso depositaram-se
no fundo dessa superfície lodosa, ficando encobertas. Com tempo sofreram transformações
químicas, oriundas da temperatura e da pressão das camadas de terra, que foram se
acumulando sobre esses restos, os fossilizaram e os transformaram em materiais homogêneos,
como: a turfa e o carvão. Este passou a ganhar uma grande importância para sociedade,

24
principalmente após a primeira revolução industrial e atualmente é responsável por cerca de
23,3% de toda a energia consumida no mundo e por cerca de 6,6% no Brasil, CARVALHO
(2008). Além do carvão, outra fonte energética essencial para sociedade contemporânea é o
petróleo, que também surge do acúmulo de restos orgânicos de vegetais e de animais, em
lagos e mares, o qual passou por um processo semelhante de transformações, oriundas da
pressão e da temperatura, LOPEZ (2015). Todavia, tanto o petróleo quanto o carvão mineral
são fontes de energia não renováveis que emitem elevados índices de poluentes, agravando o
aquecimento global e podendo ocasionar as chuvas ácidas.

Figura 4 – Fontes de energia do Brasil.

Fonte: Frente Parlamentar da Agropecuária (2019).

5.2.4 Energia renovável


Além das fontes de energia não renováveis, existem também as renováveis, sendo
que estas são originárias de fontes naturais que possuem a capacidade de renovação, ou seja,
não se esgotam, a título de exemplo: a energia eólica, biomassa, hidrelétrica, além da solar, a
qual foi escolhida como foco desse trabalho de conclusão de curso. Essas fontes de energia,
no geral, causam mínimos impactos à natureza, com isso são excelentes alternativas ao
sistema energético tradicional, principalmente numa situação de luta contra a poluição
atmosférica e o aquecimento global, TOLMASQUIM (2003). É fato que o Brasil já começou
a se interessar pela geração desses tipos de energia, visto que, segundo o Ministério de Minas
e Energia (2019), o Balanço Energético Nacional, com base no ano de 2018, apresenta a

25
divisão da matriz energética renovável com: 66,6% de energia hidráulica, 8,5% de biomassa,
7,6% de eólica e a solar com 0,5%.

Figura 5 – Comparação da Matriz energética Brasileira com a Mundial.

Fonte: Portal do Professor (2010).

5.2.5 Energia Hidrelétrica


Dentre as diversas fontes renováveis, a energia hidrelétrica tem grande destaque,
principalmente no Brasil, pois o seu território é cortado por vários rios, com isso, mais de
90% do fornecimento de energia elétrica nacional provem desta fonte, CERQUEIRA (2011).
O seu funcionamento se dá pela força da água, a qual, de maneira simplificada, movimenta
uma turbina, acionando assim um gerador, produzindo dessa forma, energia elétrica, ou seja, é
a obtenção de energia através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para a
realização desse procedimento, faz-se necessária a construção de usinas em rios, sendo que
estes devem possuir elevado volume de água, além de desníveis em seu curso, CERQUEIRA;
(2011). Sua grande vantagem é o fato de utilizar uma fonte renovável: a água e de possuir
uma enorme eficiência energética, em torno de 65,2%, PENA (2013), entretanto as
hidrelétricas promovem o alagamento de grandes áreas durante a sua instalação, afetando a
fauna, a flora e os habitantes da região.

5.2.6 Energia eólica


Hodiernamente, a energia eólica é vista como uma das mais promissoras fontes de
energia renováveis, caracterizada por uma tecnologia madura, desenvolvida principalmente na
Europa e nos EUA, CASTRO (2009). Ela se resume em parques eólicos, ou seja, áreas

26
compostas por ventoinhas que vão captar a energia dos ventos (energia cinética) por meio das
pás, turbinas aerogeradores, as quais convertem a energia mecânica em energia elétrica.
De acordo com Diana (2019), a energia eólica é uma fonte limpa, renovável, sua
instalação ocorre em menos de 6 meses e aumenta a autonomia energética do país, por isso
existem planos de expansão futuros, visto que ela representa apenas 3,5% da matriz energética
brasileira e a meta do Ministério das Minas e Energia (2019) é chegar a 11% até 2023.

5.2.7 Energia da biomassa


Outra fonte de energia renovável que vem ganhando destaque nos últimos anos, é
a da biomassa, a qual representa um conjunto de resíduos sólidos orgânicos, os quais são
resultantes de seres heterótrofos do reino animal (zoomassa) ou do reino vegetal (fitomassa),
ou seja, subprodutos da pecuária, da agricultura, das florestas ou da exploração da indústria da
madeireira, REIS (2016). Segundo Magalhães (2015), no Brasil, cerca de 8,5% da energia
elétrica produzida é gerada a partir de biomassa, já que ela possui baixo custo, baixa emissão
de gases poluentes e é produzida por meio de uma grande variedade de matérias, porém, como
esse processo engloba a queima do reagente, é liberado o CO2 (dióxido de carbono).

5.2.8 Energia Solar


5.2.8.1 O que é a energia solar e aplicações
Segundo Bezerra (2009), a energia solar é aquela originada do Sol (energia
fototérmica ou fotovoltaica), a qual é captada por intermédio de painéis solares, formados por
células fotovoltaicas e é convertida em energia elétrica ou mecânica, sendo utilizada
principalmente em indústrias e residências, para o aquecimento da água ou para o
fornecimento de energia elétrica.
Uma das maneiras de aproveitar a energia solar, é na geração de energia elétrica,
por meio de usinas solares térmicas, as quais aproveitam o calor provindo do sol para
esquentar um fluido e dessa maneira produz um vapor, este movimenta uma turbina, a qual
está acoplada a um gerador, produzindo energia elétrica, SUÇURANA (2019). Como
também, por meio da conversão direta da energia solar em eletricidade, por intermédio de
células solares, processo que será explicado de maneira completa no tópico 5.12.
Além do uso da energia fotovoltaica na geração de eletricidade, ela também pode
ser aproveitada no aquecimento de água, em um sistema composto por placas coletoras
solares e um reservatório chamado de Boiler. As placas coletoras absorvem a radiação solar e
27
a energia térmica produzida é transferida para água, a qual fica armazenada em um
reservatório térmico, o qual diminui as perdas de calor, mantendo assim, a água aquecida,
CAVALCANTE (2020).
5.2.8.2 Energia solar no cenário Mundial
Nos últimos anos, com o aumento do consumo de energia elétrica, a energia solar
tornou-se uma ótima alternativa, já que a radiação do sol que atinge a terra em um dia é tão
elevada, que seria capaz de alimentar o consumo elétrico do mundo por um ano inteiro,
BEZERRA (2019). Partindo desse pressuposto, nações desenvolvidas como os Estados
Unidos e a China estão liderando a geração de energia fotovoltaica no mundo. Além desses
países, pode-se citar a Alemanha, cuja meta é suprir 100% do seu consumo energético por
meio de fontes renováveis até o ano de 2050, FONTES (2017).

Figura 6 – Previsão do cenário energético Brasileiro de 2050.

Fonte: Fomatheus (2015).

5.2.8.3 Energia solar no cenário Brasileiro


Existe uma crescente valorização do uso de fontes de energia renováveis no Brasil
e a energia solar não fica de fora, já que de acordo com o presidente da Associação Brasileira
de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, o Brasil teve um salto de 44% na
capacidade instalada de energia solar em 2019, o que levou o país à marca de 3,3 gigawatts da
geração. Este é um processo que vem ocorrendo no decorre de alguns anos, visto que, entre
2017 e 2018, a geração distribuída já havia mostrado um ritmo de crescimento mais intenso,
com expansão de 172%, contra 86% das grandes usinas, sendo que os projetos menores de
geração distribuída adicionaram 317 MW, nesse período, SAUAIA (2019). Partindo desse
pressuposto, percebe-se que o Brasil está investindo cada vez mais na geração de energia
28
fotoelétrica, já que ele possui uma enorme vantagem na geração dessa fonte renovável, pois
está próximo a linha do equador, assim os raios solares atingem a sua superfície de maneira
quase perpendicular, principalmente no nordeste, o qual além da sua localização, possui
condições climáticas, que apresentam menor variabilidade térmica, contribuindo assim para
geração de energia solar, VILLALVA (2012).

Figura 7 – Potência instalada de geração distribuída solar fotovoltaica por Estado Federal.

Fonte: Absolar (2018).

5.2.8.4 Vantagens e desvantagens da energia solar


Como todas as fontes de energia, existe algumas vantagens e desvantagens
durante a geração, distribuição e o uso, isso não é diferente com a energia solar. Sendo assim,
foram analisados alguns pontos positivos e negativos, segundo ALVES (2019).

5.2.8.4.1 Vantagens
▪ A energia solar é limpa;
▪ As placas fotovoltaicas podem ser instaladas em locais remotos;
▪ A energia solar é renovável;
▪ O custo de manutenção dos painéis solares é baixo.

29
5.2.8.4.2 Desvantagens
▪ O custo inicial da instalação pode ser elevado;
▪ A variação climática afeta a geração de energia solar;
▪ O armazenamento da energia produzida é um processo difícil;
▪ A eficiência dos painéis solares é relativamente baixa.

5.3 CÉLULA FOTOVOLTAICA

5.3.1 O processo de desenvolvimento das células fotovoltaicas


O processo de descoberta das células fotovoltaicas iniciou-se no ano de 1839,
quando o físico francês Edmond Becquerel, que estudou magnetismo, eletricidade, ótica e até
espectro solar, conseguiu demostrar o efeito fotovoltaico, no laboratório do seu pai. Em
seguida, no ano de 1883, o físico Charles Fritts projetou e construiu a primeira célula
fotovoltaica em estado sólido, para isso, ele usou uma fina camada de ouro como
revestimento do semicondutor selênio, a fim de formar as junções, todavia, a eficiência dessa
célula fotovoltaica era extremamente baixa, REIS (2019). Além desses dois grandes físicos,
até Albert Einstein participou do processo de desenvolvimento da célula fotovoltaica, pois no
ano de 1905, ele desenvolveu uma nova teoria quântica da luz e em uma de suas teses, o
efeito fotoelétrico foi explicado, concomitante a isso, ele ganhou o Prêmio Nobel de Física em
1921, OLIVEIRA (2010). Por fim, a primeira célula fotovoltaica comercial foi lançada em 25
de Abril 1954 pelo Laboratório Bell, DEMARCO (2019). Atualmente, esse dispositivo
converte energia solar em energia elétrica, através do efeito fotovoltaico, sendo que são
usadas em torno de 60 ou 72 células fotovoltaicas interligadas em série, para criação de um
módulo fotovoltaico ou de um painel fotovoltaico, REIS (2017).

5.3.2 Tipos de células fotovoltaicas

5.3.2.1 Células de silício cristalino


Segundo Reis (2017), o silício é o material mais utilizado na fabricação de células
fotovoltaicas, sendo o segundo elemento mais comum da crosta terrestre. As suas células são
fatias de lingotes de silício cristalino, que passam por uma dopagem, para produzirem energia

30
elétrica por meio da luz solar, senda divididas em: células de silício monocristalino,
policristalino, amorfo, filme fino, dentro outros tipos.

Figura 8 – Minério de silício.

Fonte: Ciências CIC (2013).

5.3.2.1.1 Célula de silício monocristalino


As células de silício monocristalino são usadas e comercializada como
conversores direto de energia solar em eletricidade. Elas ocupam uma área menor, cerca da
metade da ocupada pelas células de silício policristalino, e apresentam uma maior eficiência,
podendo atingir de 16% a 22% em células feitas em laboratórios, REIS (2017). Eles originam
os módulos monocristalinos por meio do cristal puro de silício, o qual é fatiado de forma
individual, formando uma célula fotovoltaica única, nas seguintes cores: Preto, cinza, azul
acinzentado ou azul marinho e possuem uma vida útil de aproximadamente 30 anos
BATISTA (2018).

Figura 9 – Módulo fotovoltaico de Silício monocristalino.

31
.
Fonte: Lan Solar (2015).

5.3.2.1.2 Célula de silício policristalino


De acordo com Reis (2017), as células de silício policristalino são as mais
utilizadas em placas solares, pois são mais baratas que as de silício monocristalino, já que
essas passam por um processo de preparação com menos rigor. Com isso, elas apresentam
uma menor eficiência (14% a 20%), ocupam uma maior área na instalação e são encontradas
nas cores: Azul e cinza. Além de serem formadas pelo silício fundidos em blocos e não
separados em lâminas, como é feito nos monocristalinos, mesmo assim, a vida útil de ambas é
em torno de 30 anos, BATISTA (2018).

Figura 10 - Módulo fotovoltaico de Silício policristalino.

Fonte: Lan Solar (2015).

32
5.3.2.2 Célula de silício Amorfo
As células de silício amorfo vêm se mostrando uma atraente tecnologia para
sistemas fotovoltaicos de baixo custo, já que diferem das demais estruturas cristalinas, por
apresentarem um alto grau de desordem na organização dos átomos, BATISTA (2018). Porém
elas possuem pontos positivos tanto na etapa da fabricação, pois podem ser fabricadas por
meio da deposição de diversos tipos de substratos, todavia, elas também apresenta algumas
desvantagens, como a baixa eficiência de conversão (5% a 12%), quando comparadas às
células policristalinas e monocristalinas e ao longo dos meses iniciais de operação, suas
células podem ser afetadas por um processo de degradação, dessa maneira, diminuindo a
eficiência no decorre da sua vida útil, REIS (2017).

Figura 11 – Módulo fotovoltaico de Silício Amorfo.

Fonte: Lan Solar (2015).

5.3.2.3 Célula de Filme Fino


As células de filme fino formam módulos fotovoltaicos de filme fino mediante o
depósito de silício amorfo, índio, gálio seleneto, telureto de cádmio, cobre e até de células
solares orgânicas. Todavia, por não serem produzidos por materiais tão puros quanto os
módulos cristalinos, apresentam uma eficiência reduzida, ademais, já se aproximam do
rendimento dos policristalinos. Mesmo assim, sua vida útil tende a ser curta a depender das
condições climáticas, além deles ocuparem um grande espaço na instalação, REIS (2017).

Figura 12 – Módulo fotovoltaico de filme fino.

33
Fonte: Asolar (2016).

5.4 EFICIÊNCIA DA CÉLULA FOTOVOLTAICA

Segundo Ruther (2004), a razão entre a quantidade de energia convertida em


energia elétrica pelo quantitativo de energia que uma célula fotovoltaica recebe é chamada de
eficiência da célula solar, sendo expressada em % e quanto maior for essa razão, mais watts
por metro quadrado serão gerados. As células comerciais costumam ter sua eficiência
variando entre 6% a 21%, sendo 14% a média do mercado, tal valor foi encontrado por
intermédio de um levantamento das condições de teste: STC (Standard Test Condition) e
NOCT (Nominal Operation Cell Temperatura). A STC possui os respectivos parâmetros de
analise: Irradiância de 1000 W/m², 25°C de temperatura da célula e 1.5 massa de ar. Já a
NOCT, irradiância de 800 W/m², 20°C de temperatura ambiente, 1.5 massa de ar e a
velocidade do ar é 1m/s, GNOATTO et al., (2005). Ademais, em dezembro de 2014,
pesquisadores da University of New South Wales, na Austrália, relataram a descoberta de um
sistema fotovoltaico com uma eficiência de mais de 40%, ou seja, de toda a luz solar incidente
nela, mais de 40% se converte em energia elétrica, esse sistema foi o mais eficiente do gênero,
sendo resultado de uma combinação de diversas tecnologias usadas comercialmente,
GUIMARÃES (2018).

Figura 13 – Eficiência das tecnologias fotovoltaicas.

34
Fonte: O setor elétrico (2017).

Ademais, os fatores climáticos também vão influenciar no rendimento de uma


célula fotovoltaica, a título de exemplo: a presença de nuvens, as chuvas e até o granizo,
GUIMARÃES (2018). A depender dessas condições, o sistema fotovoltaico pode ter a sua
geração reduzida drasticamente, por conta que esses fatores acabam facilitando a dispersão da
luz solar, reduzindo assim, a captação desta pelas células fotovoltaicas. Todavia, graças a
tecnologia do diodo Bypas, após uma célula ser sombreada, todo módulo não para a sua
geração, visto que esse diodo entra em atuação retirando do sistema a coluna da célula
sombreada, sendo assim, as demais células fotovoltaicas ainda continuam a geração de
energia elétrica, minimizando, dessa forma, os impactos negativos do sombreamento,
CADARI (2019).

5.5 IMPACTO AMBIENTAL DA CÉLULA FOTOVOLTAICA

Uma grande vantagem das placas solares é o baixo impacto ambiental que elas
causam, pois estas produzem eletricidade sem emitir gases de efeito estufa (GEE) e sem gerar
qualquer outro impacto significativo ao meio ambiente.
“A energia solar apresenta os menores impactos ambientais entre todas
disponíveis ao homem, sem emissão de poluentes na sua geração elétrica ou efeitos
negativos ao meio ambiente na construção de grandes usinas, sendo estes ainda
nulos em pequenos e médios projetos de geração distribuída.” FONTES (2019).

Porém, segundo Fontes (2019), mesmo tendo os menores impactos ambientais, é


viável analisar algumas consequências presentes durante o ciclo de vida útil dos painéis
solares, mas antes deve-se compreender quais são as etapas desse ciclo. A manufatura é a
primeira e nela é feita a extração da matéria prima, tratamento e instalação dos módulos
solares; o operacional compreende o período de uso e manutenção e pôr fim a desconexão,
que é a etapa da desativação e do descarte das placas solares. A manufatura é uma das etapas
que mais gera danos ao meio ambiente, pois engloba a extração de matéria prima e o consumo
de energia para produzir as placas fotovoltaicas. Já na parte operacional o impacto está
presente em apenas projetos de grande porte, pois estes iriam ocupar uma grande área e com
isso poderiam afetar negativamente o ecossistema presente. Por fim, na etapa da desconexão,
por conta da grande vida útil de uma placa solar, seu descarte ainda não provocou danos
35
ambientais de larga escala, além disso, as placas de silício monocristalino já contam com
processos de reciclagem altamente eficientes e com o mínimo de impacto ambiental, pois a
sua composição é de materiais não nocivos, já que 90% do módulo fotovoltaico é composto
por polímero, vidro e alumínio, sendo todos recicláveis, VASCONCELOS (2016).

5.6 FÓTONS

Antes de entender como a energia provinda do sol é convertida em energia elétrica


ou térmica, é essencial compreender o que são fótons. Eles são partículas elementares
mediadoras de radiação eletromagnética contidas na luz, ou seja, minúsculas partículas
elementares, sendo que estes surgem quando ocorre o movimento de um elétron entre dois
estados de energias diferentes de um átomo, como afirma CAVALHEIRO (2019).

“Um fóton surge quando ocorre a transição de um elétron de um átomo entre dois
estados energias diferentes, o elétron ao passar de uma camada mais interna para
uma mais externa ao receber energia, e se retornar para o estado inicial, emite a
energia correspondente a essa diferença.” (CAVALHEIRO, 2019).

Entretanto, sabe-se o que é um fóton devido a contribuições de três grandes


físicos: Isaac Newton (1643-1727), James Maxwell (1831-1879) e Albert Einstein (1879-
1955), os quais de acordo com Cavalheiro (2019), fizeram pequenas contribuições ao longo
dos anos, que foram se encaixando, como: a descoberta que a luz era formada por partículas
copulares, feita por Isaac Newton, além de que a luz passou a ser considerada uma onda
eletromagnética graças as contribuições de James Maxwell, o qual provou que a mesma era
formada por uma combinação de campos elétricos e magnéticos e por fim, Albert Einstein
propôs que a radiação eletromagnética da luz deveria ser quantizada e a quantidade de
partículas elementares que definiam a luz deveriam ser chamadas de fóton, RUTHER (2004).

5.7 EFEITO FOTOVOLTAICO

Segundo Fontes (2018), o efeito fotovoltaico foi descoberto por Becquerel em


1939, inicialmente foi confundido com o efeito fotoelétrico, devido à similaridade. Ele se
resume ao surgimento de uma tensão elétrica em um semicondutor, quando este está exposto a

36
luz. Essa diferença de potencial surge quando o elétron da camada mais externa, banda de
valência, recebe energia de um fóton, sendo que essa energia é o suficiente para que o elétron
salte da banda proibida para a banda de condução. Esse conceito de “banda” surgiu pela teoria
da banda de energia, nela é admitido que um material possui três bandas de energia
denominadas: banda de valência, banda de condução e banda proibida ou “gap”, sendo que,
diferente dos metais, os semicondutores possuem a “banda de valência” completamente cheia
de elétrons e a “banda de condução” vazia, com isso os elétrons da camada de valência saltam
para camada de condução, após absorverem energia e isso gera uma tensão elétrica.

Figura 14 – Efeito Fotovoltaico.

Fonte: WGSOL (2019).

5.8 EFEITO FOTOELÉTRICO

De acordo com Fontes (2018), o efeito fotoelétrico é a emissão de um elevado


número de elétrons de um material quando este está exposto a radiação da luz, ou seja, é a
assimilação de um fóton de luz por um elétron do material, o qual parte dessa energia é usada
para a sua liberação e o restante é aproveitada como forma de energia cinética. Esse fenômeno
foi observado pela primeira vez por Heinrich Hertz, físico alemão, em 1887, embora muitos
acreditem que a descoberta foi de Alexandre Edmond Becquerel em 1839, quando na verdade,
este observou o efeito fotovoltaico, como citado anteriormente. Hertz descobriu o fenômeno
por acaso, enquanto estudava a natureza eletromagnética da luz e em um desses experimentos
ele usou duas placas metálicas, Hertz percebeu faíscas sendo emitidas delas ao contato com a
luz, mas não conseguiu explicar o porquê que tal fenômeno ocorria. Mesmo com vários
cientistas tentando explica-lo, apenas em 1905 que Albert Einstein conseguiu, sendo premiado
com o prêmio Nobel de física, em 1921, FONTES (2018).

37
Figura 15 – Efeito fotoelétrico.

Fonte: Blue Sol (2018).

5.9 SEMICONDUTORES

Antes de entender do que se trata um semicondutor, é importante compreender o


que são condutores e isolantes elétricos. Um condutor é um material que possui alta
condutividade e consequentemente, baixa resistividade, facilitando assim a passagem de
corrente elétrica, a título de exemplo: o cobre, o ouro, a prata e o alumínio. Isso ocorre por
conta da sua estrutura atômica, a qual possui elétrons livres com uma ligação pouco intensa
com o núcleo do átomo, dessa forma, ao ser aplicado uma diferença de potencial, os elétrons
descrevem um movimento ordenado no decorrer do condutor, MATTEDE (2014). Já os
isolantes são o inverso, nele os elétrons encontram-se fortemente ligados ao núcleo atômico,
sendo assim, eles possuem uma alta resistividade e consequentemente a sua condutividade
alcança valores inferiores, opondo-se a passagem de elétrons, a título de exemplo: a borracha,
o vidro e a cerâmica, HELERBROCK (2016).

Diante desse pressuposto, pode-se compreender que os semicondutores são


materiais que podem variar facilmente entre características de isolantes e de condutores, visto
que eles possuem uma banda proibida intermediária (região que está entre a banda de
condução e as bandas de valência), com isso, após os elétrons receberem certa quantidade de
energia, podem saltar de sua camada de valência para sua banda de condução, os
semicondutores mais utilizados são: o silício e o germânio, CAVALCANTE, (2016).

5.10 TIPOS DE SEMICONDUTORES

Sabendo que os semicondutores são materiais que podem ou não conduzir


corrente elétrica, eles passam serem divididos em dois tipos: intrínsecos e extrínsecos. Os

38
semicondutores intrínsecos são aqueles puros, sem adição de impurezas que alterem a
concentração dos portadores, SWART (2013).

Figura 16 – Semicondutor intrínseco.

Fonte: Pelandintecno – tecnologia ESO (2014).

Como pode ser visto na imagem 16, um exemplo de semicondutor intrínseco, o


qual possui quatro elétrons orbitando a sua camada de valência, sendo que estes irão fazer
ligações covalentes, ou seja, irão compartilhar elétrons com outros átomos, visando atingir a
estabilidade por meio do octeto. Quando ele consegue alcançar esses oito elétrons na camada
de valência, a estabilidade é garantida e forma-se uma união sólida entre os elétrons e os
átomos que compõem essa rede cristalina. Porém, pelo fato dessa união não formar cargas
elétricas, torna-se difícil a condução de corrente, mesmo assim, quando as temperaturas são
aumentadas, os elétrons da camada de valência absorvem energia e quebram as ligações,
contribuindo com a condução de corrente elétrica, LANDÍN (2014).
Além disso, existem também os semicondutores extrínsecos, conhecidos como
semicondutores dopados, por conta da adição de impurezas que alteram a concentração dos
portadores de carga, dessa maneira os tornam melhores condutores, SWART (2013). Como
representado na imagem 17, na qual os átomos de silício estão sendo contaminados por
átomos de fosforo (P) e boro (B), formando assim um semicondutor extrínseco.

Figura 17 – Semicondutor Extrínseco.

39
Fonte: Materials (2019).

5.11 DOPAGEM DO SILÍCIO

Para formar as cargas elétricas positivas e negativas da placa solar, o Silício passa
por um processo de dopagem, ou seja, é adicionado impurezas a esse semicondutor para que
ele se torne um melhor condutor, de maneira controlada. Levando em conta que existem dois
grupos de semicondutores: os semicondutores intrínsecos e os dopados, como explicados no
tópico 5.10, os intrínsecos estão na forma de cristal, ou seja, eles são estáveis, pois a sua
quantidade de impurezas não é o suficiente para interferir no seu equilíbrio, assim os elétrons
da sua estrutura não possuem liberdade de movimento. Já os semicondutores dopados ou
extrínsecos possuem uma quantidade de impurezas bem superior a dos intrínsecos, a qual
interfere na sua estabilidade, SWART (2013).
Para ocorre esse processo de dopagem são utilizados dois tipos de impurezas,
uma delas garante o polo positivo, já a outra o polo negativo do semicondutor. No caso da
placa solar, após o silício se unir ao fosforo, eles realizam ligações covalentes entre quatro
elétrons, porém o fosforo possui 5 elétrons na camada de valência, assim 1 elétron de cada
átomo de fósforo fica livre para se mover, conhecido como elétron livre, o qual pode se mexer
livremente quando ganha energia suficiente, essa injeção de átomos de fósforo no Silício é
conhecida como dopagem do tipo N do material, PEREIRA (2019).

Figura 18 - Dopagem do tipo N.

40
Fonte: Unicamp (2017).

Em contrapartida, quando é adicionado o Boro ao Silício, forma-se lacunas, ou


seja, um buraco para cada átomo de Boro, pois este possui 3 elétrons na camada de valência e
o Silício possui 4, tal processo é chamado de dopagem tipo P.

Figura 19 - Dopagem do Tipo P.

Fonte: Unicamp (2017).

Diante dos fatos supracitados, de acordo com Souza (2017), se esses materiais
dopados forem unidos, alguns elétrons do lado N vão migrar para o lado P, preenchendo as
lacunas disponíveis, assim uma região de depleção é formada no ponto da junção P-N, ou
seja, é uma região sem elétrons, nem buracos livres, uma região de equilíbrio. Concomitante a
isso, a fronteira do lado N torna-se levemente carregada positivamente, já a do lado P fica
levemente carregada negativamente e um campo elétrico é formado entre essas duas regiões,
o que produz uma força eletromotriz necessária para movimentar os elétrons livres. Na célula
fotovoltaica, essa junção P-N acaba tendo a camada N como superior e sendo fortemente
dopada e fina, já a P é suavemente dopada e espessa, o objetivo dessa organização é aumentar

41
a produtividade do módulo solar, pois dessa maneira a região de depleção formada será maior
do que se ambos fossem do mesmo tamanho. Dessa forma irá ter uma maior geração de
elétrons e de lacunas na região de depleção, quando os fótons a atingirem, portanto, será
produzido mais corrente elétrica e pela camada N ser fina, mais energia atinge a região de
depleção. Essa junção P-N, além de estar presente em cada uma das células fotovoltaicas de
um modulo solar, também está presente em componentes ativos da eletrônica, como: o diodo
e o transistor, PEREIRA (2019).

5.12 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA CÉLULA FOTOVOLTAICA

Por fim, após entender como é feita a dopagem do Silício para a formação da
célula fotovoltaica, pode-se explicar como ocorre a geração de energia. Quando a luz incide
sobre a célula solar e alcança a região de depleção, os fótons provindos da luz do sol, ou seja,
as partículas elementares mediadoras da força eletromagnética vindas da luz, conseguem
gerar elétrons e lacunas na região de depleção e o seu campo elétrico movimenta os elétrons e
os buracos para fora dela, sendo que os elétrons passam a se concentrar na região N e os
buracos na região P. Porém essa aglomeração torna-se bastante alta, provocando assim uma
diferença de potencial entre essas duas regiões, logo se as suas extremidades forem
conectadas com uma carga entre si, será provocado um fluxo ordenado de elétrons, ou seja,
uma corrente elétrica, que será suficiente para acionar uma carga, AQUILES (2019).

Figura 20 – Célula fotovoltaica abastecendo uma lâmpada.

Fonte: Autoral (2020).

Segundo Souza (2017), os elétrons partem da região N e avançam para a carga por
meio de um condutor e o retorno deles é para a região P, assim eles se ligam aos buracos
dessa região, mas como os elétrons e os buracos são produzidos de maneira continua pela

42
região de depleção, os elétrons vão estar sempre se combinando com os buracos da região P,
produzindo dessa forma a corrente continua, semelhante a uma pilha.

5.13 PLACAS SOLARES

5.13.1 Conceito
Partindo do pressuposto do que é uma célula fotovoltaica, fica bem mais simples
entender o que é uma placa solar ou também conhecida como módulo fotovoltaico. Ela se
resume a um conjunto de células fotovoltaicas ligadas em série e envolvidas por algumas
camadas de proteção, AQUILES (2019). Hodiernamente, as mais comercializadas são
compostas de 60 ou 72 células, com potências variando entre 240 Watts e 335 Watts,
respectivamente, porém esses valores variam de acordo com o fabricante, FONTES (2019).

5.13.2 Funcionamento
Para entender como funciona as placas solares, é importante lembrar do tópico
5.2.8.1, ou seja, existem diferentes tipos de módulos fotovoltaicos, os quais possuem
finalidade diferentes. Como já visto anteriormente, existem placas solares que aproveitam a
luz solar apenas para o aquecimento, exclusivamente de água das torneiras e dos chuveiros,
ultilizando um boiler, para isso, o painel possui uma superfície escura, facilitando assim a
absorção da energia do sol, que será convertida em calor. Já outros tipos de painéis são usados
para converter diretamente a energia do sol em energia elétrica, o qual possui células solares
de materiais semicondutores, AQUILES (2019). A energia elétrica é gerada quando os fótons
colidem com os átomos das matérias semicondutores do painel, provocando o movimento dos
elétrons, produzindo assim, a corrente elétrica, processo esse explicado no tópico 5.12. Os
painéis solares que transformam a luz solar em energia elétrica são chamados de geradores
elétricos e estão sendo cada vez mais utilizados em aparelhos eletrônicos, satélites e
residências, entretanto, é importante lembrar que essas placas não possuem a capacidade de
armazenar energia, elas apenas mantêm o fluxo de elétrons, AQUILES (2019).

5.13.3 Estrutura

43
Segundo Fontes (2019), uma placa solar possui várias células fotovoltaicas, as
quais possuem várias camadas de proteção e de isolamento necessárias para protege-las, a
título de exemplo:
 Uma lâmina feita vidro temperado;
 Um material orgânico, a título de exemplo: EVA;
 Uma lâmina feita de EVA;
 Uma estrutura para cobrir, feita de: vidro, PVC, tedlar ou outros polímeros.

Por fim, as demais partes citadas serão emolduradas (utilizando normalmente o


alumínio anodizado) e posteriormente, serão conectadas as caixas de conexão (conectores e
cabos) para sua ligação em série.

Figura 21 –Partes de um módulo fotovoltaico.

Fonte: Blue Sol (2019).

5.13.4 Tipos de sistemas fotovoltaicos

5.13.4.1 Sistema On grid


Segundo Manoela (2020), os sistemas On grid, também chamados de Grid-Tie,
são aqueles conectados diretamente à rede elétrica da concessionária, com isso, sempre que é
gerado energia excedente, esta é transferida para rede, a qual é redirecionada para outras
unidades consumidoras, que necessitam de energia. Sendo assim, o cliente receberá um

44
crédito, que será abatido na sua conta de energia. Além disso, esse sistema pode produzir
energia em diversas situações:
 Em uma residência;
 Em mais de uma residência;
 Em um condomínio;
 Em uma consórcio ou cooperativa.

Segundo Aldo (2020), para que ele funcione corretamente, sua divisão é feita da
seguinte maneira:
 Bloco de Geração: Cabos, placas solares e mecanismos de suporte;
 Bloco de condicionamento de potência: Inversores;
 Bloco de proteção: Disjuntores, DPS e aterramento.

Na parte do condicionamento de potência, os inversores possuem duas funções,


além de promover a conversão da corrente continua (CC) em corrente alternada (CA), eles
também promovem a sincronização do sistema fotovoltaico com a rede de distribuição, por
meio do anti-ilhamento, ou seja, um procedimento de proteção obrigatório, o qual garante que
quando a concessionária parar o fornecimento de energia para unidade consumidora, o
sistema fotovoltaico da unidade consumidora também vai parar de gerar eletricidade e
consequentemente, não vai injetar energia na rede.
Além disso, no sistema On Grid não existem baterias, pois toda eletricidade
excedente é direcionada a rede de distribuição e possíveis créditos que venham a ter, podem
ser usados no próprio imóvel gerador ou, a depender do tipo de contrato, podem ser
aproveitados em outras UC que estejam cadastradas no nome do mesmo proprietário e que
sejam alimentadas pela mesma concessionária de distribuição elétrica. Além disso, o relógio
de medição também será trocado por um medidor bidirecional, pois, além dele medir a
energia consumida pela residência, ele também deverá contabilizar o fluxo de energia elétrica
que será injetado na rede, contabilizando assim, os créditos de energia da UC, ALDO (2020).

45
Figura 22 – Sistema fotovoltaico On Grid.

Fonte: Autoral (2020).

5.13.4.2 Determinações da ANNEL


A utilização do sistema fotovoltaico On-Grid é regulada pela Resolução
Normativa nº 482 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Por meio dessa
resolução, os proprietários de imóveis podem produzir energia renovável em suas residências
ou podem optar por uma geração distribuída, ganhando crédito pelo excedente,
desenvolvendo dessa forma, uma maior autonomia das unidades consumidoras.

Além disso, a Resolução Normativa nº 687 da ANNEL trouxe reformulações de


alguns pontos da Resolução 482, como a mudança da potência limite para microgeração e
minigeração, as quais eram na Resolução 482, respectivamente, até 100KW e de 100KW a
1MW, com a resolução 687, elas mudaram para até 75KW na microgeração e de 75KW a
5MW na minigeração. Além disso, o período de uso dos créditos acumulados também
aumentou de 36 meses para 5 anos, foram adicionadas 3 novas modalidades de GD: O
autoconsumo remoto, empreendimento com múltiplas unidades consumidoras e a geração

46
compartilhada e por fim, o período da concessionaria aprovar de um projeto fotovoltaico
deixou de ser 82 dias e passou a ser 34 dias, em média.

5.13.4.3 Modalidades do Sistema On Grid


De acordo com as resoluções 482 e 687 da ANEEL, existem 4 tipos de
modalidades para o sistema On Grid, segue abaixo a descrição de cada uma delas:
• Geração na própria unidade Consumidora;
• Autoconsumo Remoto;
• Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras;
• Geração Compartilhada.

A geração na própria UC foi a modalidade escolhida para o projeto fotovoltaico


deste TCC e é a mais comum de ser encontrada no mercado, sendo que nela todo crédito
gerado só poderá ser utilizado pela unidade geradora, não podendo ser aproveitado em outra
unidade remota, devido ao tipo de contrato estabelecido. Já no Autoconsumo remoto, o
crédito gerado, primeiro será utilizado na Unidade consumidora geradora até zerar o seu
consumo e o excedente pode ser aproveitado em uma Unidade consumidora remota, contanto
que ambos os imóveis estejam no nome do mesmo proprietário e sejam abastecidos pela
mesma concessionária. Nos empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras, como
nos condomínios, o sistema On Grid pode ser utilizado em apartamentos ou nas áreas
comuns. Por fim, na geração compartilhada, um conjunto de pessoas (CPF) ou uma empresa
(CNPJ) se reúnem para criar uma usina compartilhada. Quando elas se reúnem como pessoas
físicas, deve ser criada uma cooperativa, onde os beneficiários são os próprios cooperados, ou
uma associação, onde os associados não são os donos, apenas realizam o aporte financeiro,
com isso os ganhos são destinados a sociedade e não aos associados. Já quando é uma pessoa
jurídica, deve-se criar um consorcio, SANTANA (2016).

5.13.4.4 Vantagens do sistema On-Grid


Segundo Aldo (2020), as principais vantagens do sistema fotovoltaico On grid
são:

• O excedente gerado é usado em forma de créditos na conta de energia;

47
• Garante uma maior eficiência;

• No autoconsumo remoto é permitido o uso de créditos em outros imóveis;

• Não faz o uso de controladores de carga e nem de baterias, reduzindo os custos.

5.13.4.5 Desvantagens do sistema On-Grid


Segundo Aldo (2020), as principais desvantagens do sistema fotovoltaico On grid são:

• Se o consumo de energia for superior ao valor gerado e não tiver créditos


disponíveis, a pessoa deverá pagar a diferença na conta de energia;

• Possui dependência da concessionária;

• Se a concessionária parar de fornecer energia a UC, o sistema também deve


parar de gerar (Anti-ilhamento);

• Não possui nenhum tipo de sistema de armazenamento próprio;

• O cliente vai permanecer pagando conta de energia, mesmo tendo gerado mais
do que consumido.

5.13.4.6 Sistema Off grid


De acordo com Manoela (2020), além dos sistemas On Grid, existem também os
Off Grid, os quais não são conectados à rede elétrica, possuindo dessa forma, uma
autossuficiência, já que ele usa baterias para armazenar energia, consequentemente apresenta
mais custos que o sistema On Grid. Pode-se dividi-lo em quatro blocos:
 Gerador: Painéis fotovoltaicos, cabos, estrutura de suporte;
 Condicionador de potência: inversores, controladores;
 Armazenamento: baterias;
 Proteção: DPS, Disjuntores e aterramento.

O seu princípio de funcionamento é semelhante ao do sistema On Grid, a


principal diferença é que a energia excedente gerada não é compartilhada com a
concessionaria, mas sim armazenada no próprio sistema, ALDO (2020).
48
Figura 23 – Sistema fotovoltaico Off Grid.

Fonte: Autoral (2020).

Os sistemas fotovoltaicos Off-Grid podem ser de pequeno ou de grande porte,


estes são voltados para consumidores com uma elevada demanda de energia e que moram em
locais remotos de difícil acesso ao fornecimento de eletricidade da concessionária. Por outro
lado, o sistema de menor escala também possui uma autonomia energética em relação a rede
de fornecimento, sendo normalmente usados em antenas de telecomunicação, residências,
locais remotos e monitoramento de radares, devido a sua potência energética, que varia entre
1,5 kW a 20 KW, ALDO (2020).

5.13.4.7 Vantagens do sistema Off Grid


As principais vantagens do sistema Off Grid, segundo ALDO (2020):

• Não tem gastos com a conta de energia;

49
• É uma fonte de energia acessível em locais remotos, já que é um sistema que é
independente da rede de distribuição local;

• Possui um mecanismo próprio de armazenamento de energia.

5.13.4.8 Desvantagens do sistema Off Grid


As principais desvantagens do sistema Off Grid, segundo ALDO (2020):

• Faz-se necessário o uso de controladores de carga e baterias;

• Apresenta uma menor eficiência;

• Possui custos mais elevados.

5.13.4.9 Sistema híbrido


Já os sistemas solares híbridos, como o próprio nome deixa claro, mesclam o uso
da energia solar por meio de baterias e pelo fornecimento da concessionária, MANOELA
(2020). Com isso, o seu funcionamento é semelhante aos dos outros sistemas, a principal
diferença é que quando a energia gerada pelos painéis saí do inversor, ela é destinada tanto
para um carregador, o qual permite carregar a bateria, para um uso futuro, tanto para a rede da
concessionária, garantindo assim, que quando houver apagões da concessionária, as baterias
possam suprir o consumo energético da residência.

6. EQUIPAMENTOS DO SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Segundo Aldo (2020), para instalação de um circuito fotovoltaico são necessários


alguns componentes, os quais possuem funções especificas e complementares para garantir o
bom funcionamento do circuito. Visando facilitar o entendimento, os equipamentos de um
sistema fotovoltaico On Grid e Off Grid foram divididos em quatro blocos:
• Bloco gerador: painéis solares, cabos e estrutura de suporte;
• Bloco de condicionamento de potência: inversores solares, microinversores,
otimizadores e controladores de carga;
• Bloco de armazenamento: baterias.

50
• Bloco de Proteção: Disjuntores, fusíveis, DPS e aterramento.

6.1 BLOCO GERADOR

6.1.1 Painéis solares


Segundo Cadari (2019), os painéis solares podem ser considerados como o
coração do sistema fotovoltaico, pois são responsáveis pela conversão direta da energia solar
em energia elétrica, processo esse explicado, anteriormente, no tópico 5.12. Além disso, para
fazer o dimensionamento da quantidade e do tamanho dos painéis necessários, vai depender
da área disponível para fazer a montagem do sistema, consumo energético da UC e do local,
sendo que o ambiente mais indicado para instalação em sistemas residenciais é o telhado
(rooftop), pois, normalmente é onde incide mais sol e onde há menores riscos de sombras
interferirem na geração.

Figura 24 – Painel Solar.

Fonte: Yingli Solar (2019).

6.1.2 Cabos e conectores


Os cabos são responsáveis por conectar os demais componentes do sistema
fotovoltaico e dessa forma, promover o fluxo de energia entre eles, sendo que os tipos de
fiação a serem utilizados vão variar, dependendo da distância entre os componentes e do tipo

51
de painel escolhido para o sistema, mesmo assim, é de extrema importância o uso de
conectores fotovoltaicos nas extremidades desses cabos, CADARI (2019).
Na parte CC, que integra a ligação dos módulos até a entrada do inversor
fotovoltaico, a norma NBR 16690 determina que a tensão máxima de trabalho do condutor
deve ser de 1KV, com uma proteção contra raios ultravioletas e dupla isolação, adequados
para operar a uma temperatura de até 90°C e tendo uma queda de tensão máxima de -3%. Já
na saída do inversor, o dimensionamento dos condutores segue as especificações da NBR
5410, sendo necessário avaliar o tamanho do cabo, condutividade do material, corrente e
tensão de trabalho, com uma queda de tensão máxima de -3%.

Figura 25 – Cabo para energia fotovoltaica.

Fonte: Innove Cable (2017).

6.1.3 Estrutura de suporte


Como o próprio nome fala, as estruturas de suporte são os materiais destinado ao
apoio e ao suporte dos painéis fotovoltaicos, sendo que a sua escolha varia segundo: o local de
instalação, a inclinação necessária, o material do qual é formado e o tipo de painel solar a ser
instalado, REIS (2018). Concomitante a isso, é essencial que as estruturas sejam resistentes a
corrosão, cargas mecânicas, variações climáticas, como: ventos ou tempestades, por conta
disso existem diferentes modelos de estruturas de suporte, a título de exemplo:
• As estruturas metálicas com inclinação fixa;
• As estruturas metálicas com ângulo de inclinação ajustável.

Figura 26 – Suporte de painel fotovoltaico com inclinação ajustável.

52
Fonte: Portal Solar (2011).

Além das estruturas de suporte convencionais, existe também o Solar Tracker, ou


seja, um dispositivo de rastreamento solar. Ao longo do dia, ele altera várias vezes a posição
dos módulos visando a maior captação de luz solar, consequentemente, gerando mais energia,
cerca de 30% a mais do que um sistema fixo, entretanto, por conta do uso de uma eletrônica
avançada, o seu valor também é superior ao dos sistemas fixos. Para garantir a movimentação
desse dispositivo, é configurado 1 ou 2 eixos, o primeiro acompanha o movimento do sol ao
longo do dia e o segundo acompanha as estações do ano, visto que, em algumas estações o sol
pode estar mais distante ou mais próximo no horizonte, PASSOS (2016).

Figura 27 – Solar Tracker.

Fonte: Instructables (2020).

6.2 BLOCO DE CONDICIONAMENTO DE POTÊNCIA

6.2.1 Inversores Fotovoltaicos

53
De acordo com Cadari (2019), os inversores solares possuem como função,
exclusivamente, a conversão da corrente contínua (CC) em corrente alternada (CA),
regulando a tensão e a corrente conforme a necessidade, todavia eles também podem ser
utilizados para carregar baterias, em circuito Off Grid, por conta dessas e de outras funções,
eles são considerados: o “cérebro” do sistema fotovoltaico. Suas funções são extremamente
essenciais, pois os painéis solares geram energia na forma de corrente contínua, a mesma que
as baterias também recebem e a fornecem, entretanto, a maioria dos aparelhos das UC
utilizam a energia na forma de corrente alternada e para viabilizar o uso dos demais
equipamento, torna-se necessária a utilização dos inversores fotovoltaicos, sendo obrigatório
que estes possuam o sistema de anti-ilhamento, MANOELA (2020).
Segundo Manoela (2020), os inversores mais utilizados no mercado são as strings,
visto que, podem ser instalados expostos ou internos no ambiente, seguindo as especificações
do seu IP, geralmente disponibilizam aplicativos para o monitoramento da geração do sistema
solar e são mais baratos que os microinversores. Entretanto, se um módulo for sombreado,
todos os outros poderão ser afetados, visto que o esquema de ligação deles, para esse inversor,
é em série. Além disso, para inversores strings todos as placas solares devem estar na mesma
orientação e inclinação.

Figura 28 – Inversor fotovoltaico On-Grid 2kW EcoSolys.

Fonte: SMA (2020).

6.2.2 Microinversores

54
Além do uso dos inversores solares tradicionais, existem os microinversores, os
quais possuem uma eletrônica mais complexa, a tecnologia MLPE, por meio da qual, se
houver um sombreamento de uma placa solar, as outras irão funcionar normalmente, visto
que, elas estão ligadas independentemente umas das outras, sendo assim, é possível fazer um
monitoramento de geração individual de cada módulo. Além disso, a depender do fabricante,
não é necessário o uso das strings Box CC, já que as proteções se encontram internamente e
não há acumulo de tensão CC. Entretanto tais dispositivos são encontrados a valores mais
elevados no mercado, quando comparados aos dos inversores strings, AQUILES (2019).

Figura 29 – Microinversor fotovoltaico.

Fonte: Ecozaque (2020).

6.2.3 Otimizadores
Segundo Silva (2019), os otimizadores são dispositivos que processam a energia
CC, antes da entrada dos inversores, a sua função é fazer um pré-processamento dessa energia
antes de entregá-la para o inversor, reduzindo assim as perdas e aumentando a eficiência do
sistema. Eles podem ser interligados em série ou paralelo, todavia, o seu valor de venda ainda
é muito elevado no mercado brasileiro.

Figura 30 – Otimizador fotovoltaico.

55
Fonte: Evervolt (2020).

6.2.4 Controladores de carga


Os controladores de carga são os componentes responsáveis por estabilizar os
níveis de tensão que vão carregar as baterias e por garantir a proteção destas, pois eles
regulam todo o processo de carga e descarga delas, prolongando assim, sua vida útil e
garantindo uma maior eficiência energética do sistema. Isso é feito por intermédio de
medições de tensão da bateria, para verificar quão cheia ou quão vazia ela está, assim os
controladores podem regular a intensidade da corrente que flui para ela. Destarte, conforme a
bateria começa a se aproximar da sua carga máxima, o controlador reduz a intensidade da
corrente, além de impedir o seu descarregamento a níveis não seguros, o que poderia gerar
prejuízos a integridade do dispositivo de armazenamento, CADARI (2019). Diante dessas
especificações e do seu uso atrelado a bateria, fazem dos controladores de carga dispositivos
exclusivos de sistemas Off-Grid.

Figura 31 – Controlador de carga.

Fonte: mpptsolar (2020).

6.3 BLOCO DE ARMAZENAMENTO

56
6.3.1 Baterias
As baterias não são componentes presentes em todos os sistemas fotovoltaicos,
pois a função delas é garantir o armazenamento e o fornecimento de energia para o sistema
quando houver pouca ou não houver energia solar suficiente para produzir eletricidade, como
ocorre em dias nublados ou à noite. As baterias são essenciais em sistemas que não são
conectados à rede (Off-Grid), já para aqueles conectados à rede de energia elétrica (On-Grid)
não é necessário o uso de baterias, CADARI (2019).

Figura 32 – Bateria Varta de sistemas fotovoltaicos.

Fonte: electricasas (2020).

6.4 BLOCO DE PROTEÇÃO

6.4.1 Norma regulamentadora


As normas responsáveis por regulamentar a proteção de instalações fotovoltaicas
são a NBR 5410 e a NBR 16.690, a qual estabelece os requisitos de projeto das instalações
elétricas fotovoltaicas, incluindo as especificações dos condutores, dos dispositivos de
manobra, do aterramento, dos dispositivos de proteção elétrica e da equipotencialização dos
arranjos fotovoltaicos. Ela é essencial, visto que, os sistemas em corrente contínua,
apresentam riscos além daqueles presentes em corrente alternada, a título de exemplo, a
capacidade de produzir e sustentar arcos elétricos com correntes que não são maiores do que
as correntes de operação normais. Segundo essa norma, cada a String Box da parte CC é
responsável apenas pela proteção do circuito que vai dos módulos até o inversor, a partir da
saída do inversor, o responsável pela proteção é a String Box CA, seguindo os componentes
abaixo:

6.4.2 Disjuntores
57
O disjuntor é um dispositivo de proteção de circuitos elétricos contra
sobrecorrentes, as quais podem ser causadas por sobrecarga ou curto-circuito, TOFFOLI
(2019). Nos circuitos fotovoltaicos, será utilizado um disjuntor de corrente continua na parte
que liga os módulos ao inversor fotovoltaico e outro de corrente alternada na saída no
inversor.

Figura 33 – Disjuntor CC TOMNZ.

Fonte: MercadoLivre (2020).

Figura 34 – Disjuntor CA da Steck.

Fonte: Agatec Solar (2020).

6.4.3 Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos de segurança com função semelhante ao do disjuntor,
visto que eles possuem um invólucro e um fio interno, geralmente de chumbo, o qual se

58
rompe quando a corrente ultrapassa o valor nominal, deixando o circuito aberto, dessa forma,
protegendo o circuito de sobrecorrente, ANJOS (2020).

Figura 35 – Fusível.

Fonte: Luxtil (2020).

6.4.4 DPS
O DPS é um dispositivo com resistência variável, a qual se comporta segundo a
tensão aplicada. Em regime normal possui uma resistência elevadíssima, sendo assim, um
caminho pouco atrativo para a corrente elétrica. Em regime anormal, a sua resistência
diminui, ou seja, quanto maior a tensão mais a sua resistência tenderá a 0, sendo assim, o DPS
fecha um curto-circuito quando ocorre uma sobretensão, protegendo os demais dispositivos
do circuito contra descargas atmosféricas, MANOELA (2020).

Figura 36 – DPS da Clamper.

Fonte: Adolpho Eletricista (2020).

6.4.5 Aterramento

59
O aterramento é um procedimento de segurança obrigatório, o qual vai colocar os
equipamentos e a instalação em um mesmo potencial, de forma que a diferença de potencial
entre a terra e o equipamento seja zero, MORAIS (2017). Nos sistemas fotovoltaicos o uso do
aterramento é obrigatório e o dimensionamento do seu condutor é feito baseado na NBR 5410
e na NBR 16.690.

Figura 37 – Pontos aterrados de um projeto fotovoltaico.

Fonte: Autoral (2020).

7. SIMULAÇÃO DO PROJETO FOTOVOLTAICO ON GRID

7.1 SOLARIMETRIA
Antes de iniciar o passo a passo de como foi feita a montagem do sistema
fotovoltaico On Grid, é de extrema importância realizar uma análise de Solarimetria, visto
que nela é trabalhado conceitos e fundamentos básicos para a compreensão do funcionamento
de um sistema fotovoltaico, VILLALVA (2012).

7.1.1 Irradiância Solar


Segundo Villalva (2012), a irradiância influencia em uma série de processos
biológicos, físicos e químicos do planeta Terra, sendo que essa radiação solar passa por uma

60
série de barreiras até entrar de fato em contato com a superfície terrestre, sendo classificada
de diversas formas, a título de exemplo: a Radiação direta (os raios solares incidem
diretamente sobre o plano horizontal), a difusa (os raios solares atingem indiretamente o
plano) e a global (somatório da radiação direta e da difusa). A irradiância equivale a
quantidade de radiação solar que atinge uma determinada área, por conta disso, ela tem
relação direta com a potência instantânea e sua unidade é W/m².

Figura 38– Irradiância solar.

Fonte: Autoral (2020).

7.1.2 Irradiação
A irradicação é a irradiância por unidade de tempo, sua unidade é W.h/m2,
VILLALVA (2012). O estudo da irradiação também é essencial, visto que, para projetar um
sistema fotovoltaico é necessário saber:
• A média de irradiação da região;
• As horas do dia que a região tem mais irradiação;
• Qual a direção os módulos devem ser posicionados para ter mais irradiação.

E esses dados só serão alcançados, mediante a uma análise de irradiação da região


que está localizada a UC, por exemplo, em Aracaju SE a média da irradiação é de 5.5
KWh/m² ao dia CRESESB (2018). Por meio da análise dessas informações, evita-se um
subdimensionamento ou até um sobredimensionamento do sistema fotovoltaico.

Figura 39 - Gráfico de Irradiância e Irradiação.

61
Fonte: Researchgate (2016).

7.2DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ON


GRID

7.2.1 Análise preliminar


Essa foi a etapa inicial do projeto fotovoltaico, nela foram coletados os dados do
cliente e da UC, além de verificar a fatura de energia, sendo que nesta foram verificadas
algumas informações presentes na figura 41, além de outras informações que não estão
contidas na fatura, como: o valor do disjuntor do quadro de medição, a potência
disponibilizada, a qual terá o seu cálculo explicado no tópico 7.2.10 e o custo de
disponibilidade de 50KWh, segundo a Resolução 414 da ANEEL. Além disso, mediante a
necessidade do cliente de instalar o sistema fotovoltaico a apenas uma unidade consumidora,
a modalidade de contrato escolhida foi a geração na própria UC.
Figura 40 - Análise Preliminar.

62
Fonte: Autoral (2020).

Figura 41 - Dados da fatura.

Fonte: Autoral (2020).


Figura 42. Fatura da Unidade Consumidora.
63
64
Fonte: Autoral (2020).

7.2.2 Coletar os dados de irradiação do CRESESB


Inicialmente foi aberto o google mapas e localizada a UC, a partir disso, foram
coletados os dados de latitude e longitude da unidade consumidora. Em seguida, foi acessado
o site do CRESESB, atlas com mais de 72 mil pontos de captação de incidência solar no
brasil, e foi preenchido as coordenadas geográficas com os valores coletados no google
mapas. Logo após a confirmação das informações, o site faz um levantamento de valores
aproximados de irradiação. Sendo que o primeiro gráfico leva em conta que os módulos
solares estariam organizados de maneira horizontal, ou seja, recebendo uma irradiação direta,
mas não perpendicular.

Figura 43. Levantamento de dados de irradiação solar no plano horizontal.

Fonte: CRESESB (2018).

Ao analisar esse gráfico é possível notar que a estação, ponto mais próximo da UC
de captação de incidência solar, era do município de Aracaju, a uma distância de 5km da
unidade consumidora. Sendo assim, a irradiação solar diária média que foi levada em conta
foi seguindo a linha de Aracaju, na qual ainda foi possível verificar o valor médio (Média
aritmética da irradiação dos meses) e o delta (relação entre a maior e a menor irradiação).

Figura 44 - Levantamento de dados de irradiação solar no plano inclinado.

65
Fonte: CRESESB (2018).

Já esse segundo gráfico foi da irradiação direta perpendicular captada na estação


de Aracaju, ou seja, foi levado em conta que o módulo estaria formando um ângulo de 90°
com a irradiação recebida pelo sol. Além disso, percebe-se que a melhor média de irradiação
diária, 5,53 KWh/m² ao dia, foi com o módulo inclinado 7° ao Norte e a menor média diária,
5,22 KWh/m² ao dia, foi com o módulo inclinado 30° ao Norte.

7.2.3 Desvio Azimutal


Após coletar esses dados de irradiação solar do site do CRESESB, utilizou-se o
google mapas novamente para saber em qual direção está apontado o telhado da UC,
buscando o Norte como referência, visto que, é nessa direção que a incidência solar é
superior, já que o Norte está voltado para a linha do equador, na situação dessa UC, FONTES
(2018).

Figura 45 - Desvio azimutal de -11°.

Fonte: Autoral (2020).

66
Como mostra na figura 45, o ângulo formado entre a fachada da UC e o Norte,
calculado pelo Autocad na foto da esquerda, foi de 11° para o Oeste, ou seja, ele apresenta um
desvio azimutal de -11°, visto que por convenção geográfica, se o desvio for para direita será
positivo e se for para esquerda será negativo, POLON (2019).

7.2.4 Coletar dados do INMET


Em seguida foi acessado o site do INMET, Instituto Nacional de Meteorologia,
para coletar os gráficos de umidade relativa do ar, temperatura média, mínima e máxima,
referente os levantamentos da estação de Aracaju, feitos no ano de 2010.
Figura 46 - Dados Meteorológicos.

67
Fonte: INMET (2010).

7.2.5 Correção da Irradiação pelo software Radiasol 2


Nessa etapa foram preenchidos os dados coletados ao longo dos passos anteriores,
no software Radiasol 2, ou seja, o desvio azimutal de -11°, os valores mensais de irradiação
no plano horizontal da estação de Aracaju do CRESESB (2018), os dados meteorológicos do
INMET (2010), a localização da cidade da UC, a inclinação do telhado da UC de
aproximadamente 8° e o albedo de 20%, LOPES (2010).

Figura 47 - Preenchimento de dados no Radiasol 2.

68
Fonte: Radiasol 2 - Adaptado (2020).

Depois de substituir todos os dados requisitados na análise do software Radiasol


2, ele emitiu algumas tabelas com os valores de irradiância, radiação e irradiação corrigidos
para a realidade da UC, sendo que esta tabela, será usada para os cálculos do tópico 7.2.11.

Figura 48 - Tabelas de irradiação corrigida.

Fonte: Radiasol 2 - Adaptado (2020).

69
7.2.6 Escolha do módulo
Nessa etapa é feita a escolha dos módulos fotovoltaicos, mediante a análise do seu
datasheet. Os dados de corrente máxima de operação, corrente em curto circuito, tensão
máxima de operação, tensão em circuito aberto e a potência máxima de operação foram
analisados seguindo a condição de teste NOCT, visto que ela apresenta os valores testados
com base em temperatura ambiente e não temperatura das células, como é o caso do STC,
sendo assim, é possível corrigir algumas variáveis para a temperatura média de Aracaju. A
corrente e a tensão máximas de operação são os valores encontrados quando o módulo está
tendo a potência máxima, ou seja, está operando em excelentes condições. A tensão em
circuito aberto é a tensão máxima fornecida pelo módulo, quando este opera sem cargas e a
corrente de curto circuito é a máxima corrente fornecida pelo módulo, quando este se encontra
curto-circuitado. Além dessas, outras informações estão presentes no datasheet, a título de
exemplo: o peso de um módulo, a eficiência e os coeficientes de temperatura, usados na
correção de algumas variáveis do módulos para a realidade da UC, AQUILES (2019).

Figura 49 - Módulo fotovoltaico escolhido e datasheet.

70
Fonte: Yingli Solar (2020).

7.2.7 Correção de valores do datasheet dos módulos pelo coeficiente de temperatura


Nessa próxima etapa, analisou-se a condição de teste NOCT do datasheet do
módulo escolhido, visto que a análise dos seus dados foi feita diante de uma temperatura
ambiente de 20°C e mediante aos coeficientes de temperatura, os quais também são
fornecidos, é possível corrigir a tensão em circuito aberto, a corrente em curto-circuito e a
potência máxima. Então inicialmente foi avaliado o valor da potência pico, o coeficiente de
temperatura para a potência máxima e a temperatura média anual de Aracaju SE de 25,6 °C,
CLIMATE (2019).

71
Foi calculada a diferença entre: a temperatura da condição NOCT que foi testado
o módulo e a temperatura média de Aracaju SE, o valor encontrado foi multiplicado pelo
Coeficiente de temperatura Pmax ( -0,39%/°C), assim, o valor resultante é a redução
percentual de potência do módulo fotovoltaico. Por fim, tal valor foi adicionado na fórmula
abaixo, encontrando a potência pico corrigida, AQUILES (2019).

Pr
Ppc=Pp+( ∗Pp)
100
• Sendo:
Ppc = Potência pico corrigida (Wp);
Pp = Potência pico (Wp);
Pr = Redução percentual da potência (%).

Figura 50 - Cálculo de adequação da potência de pico do módulo para a temperatura média de Aracaju.

Fonte: Autoral (2020).

Para corrigir a tensão em circuito aberto, foram feitos os mesmos passos da


correção da potência máxima, as únicas diferenças são: As grandezas, visto que para a
potência é W e para a tensão é V e além disso, o valor do coeficiente de temperatura de Voc (
-0,30%/°C).

Vr
Vc=Voc+( ∗Voc)
100
• Sendo:
Vc = Tensão em circuito aberto corrigida (V);
Voc = Tensão em circuito aberto (V);
72
Vr = Redução percentual da tensão (%).
Figura 51 - Cálculo de adequação da tensão em circuito aberto do módulo para a temperatura média de Aracaju.

Fonte: Autoral (2020).

Por fim, para a correção da corrente em curto-circuito, também foram feitos os


mesmos passos da correção da potência máxima, porém, além de alterar a grandeza de
potência (W) para corrente (A), o coeficiente de temperatura de Isc (0,05%/°C) foi usado.
Nesse caso, o valor da corrente de curto circuito teve o seu valor aumentado diferente do que
ocorreu nas situações anteriores, visto que o seu coeficiente de temperatura é positivo.

I
Ic=Ioc +( ∗Ioc)
100
• Sendo:
Ic = Corrente de curto circuito corrigida (A);
Ioc = Corrente de curto circuito (A);
I = Acréscimo percentual da corrente (%).

Figura 52 - Cálculo de adequação da corrente em curto circuito do módulo para a temperatura média de Aracaju.

Fonte: Autoral (2020).


73
7.2.8 Quantos módulos cabem no telhado da UC
Nessa etapa foram usados o Autocad e o google mapas. Inicialmente, tirou-se um
print screen (captura de tela) do telhado da UC no google mapas com a escala em evidência,
em seguida, encontrou-se uma relação de equivalência da escala do google mapas e a escala
do Autocad (10m no google mapas equivale a 276,14 na escala do Autocad). Sendo assim,
delimitou-se o telhado da UC no Autocad e foi medido a sua largura e comprimento. Partindo
da relação inicial, com uma regra de 3 simples foi calculada a equivalência do comprimento e
da largura da UC, entre a escala do Autocad e a do google mapas, sendo assim, adequando
esses valores a realidade, foi possível calcular a área do telhado retangular (produto de
comprimento e da largura), por fim, essa área foi dividida pela área de um módulo,
informação contida no seu datasheet e assim foi encontrado um valor de 38, ou seja, cabem
até 38 módulos fotovoltaicos no telhado da UC.
Dimensões no autocad x 10
Dimensões reais ( m ) =
276,14

Áreado telhado ( m2 )=Comprimento ( m ) x Largura ( m )

Total de painéis= Área do telhado ( m2 ) / Área de 1 painel ( m2 )

Figura 53 - Quantidade de painéis suportados pelo telhado da UC.

74
Fonte: Autoral (2020).

7.2.9 Cálculo de compensação mensal e diária


Inicialmente foi realizado o cálculo de compensação mensal, para saber a média
de energia que o sistema fotovoltaico deve gerar para compensar o consumo máximo da UC.
Para esse cálculo foram utilizados o consumo máximo, sendo que também poderia ser
trabalho com o consumo médio, porém foi escolhida a pior situação (consumo máximo) para
viés de análise, além do custo de disponibilidade de 50 KW, visto que se trata de um
fornecimento bifásico.

ECM =CMM −CD


• Sendo:
- ECM = Energia de compensação mensal (KWh);
- CMM = Maior consumo mensal (KWh);
- CD = Custo de disponibilidade (KWh).

Figura 54 - Cálculo de Compensação mensal.

75
Fonte: Autoral (2020).

Em seguida, para encontrar a compensação diária, a compensação mensal foi


dividida por 30, média de dias de um mês.

ECM
ECD=
30
• Sendo:
- ECD = Energia de compensação diária (KWh);
- ECM = Energia de compensação mensal (KWh).

Figura 55 - Cálculo de Compensação diário.

Fonte: Autoral (2020).

7.2.10 Cálculo de potência do sistema fotovoltaico e da potência disponível na UC


Em sequência foi calculado a potência do sistema, a qual utiliza a energia de
compensação diária (5,73 KWh), calculada no tópico 7.2.9, as horas de sol de pico de Aracaju
SE, 5,54 h/dia, INPE (2017). E por fim, o fator de perda, o qual leva em conta diversas
variáveis que podem acarretar em perdas de energia no sistema fotovoltaico, segundo a NBR
16690.

76
Figura 56 - Tabela da taxa de Disponibilidade e do fator de perda.

Fonte: Autoral (2020).

Levando em conta que a orientação e a inclinação já foram corrigidas nas etapas


anteriores por meio do Radiasol 2, foi considerada uma perda de 0%, já a temperatura que
também foi corrigida baseado no datasheet do módulo escolhido, foi considerado um fator de
perda de 10%, visto que mesmo após a correção, ainda ocorrerão variações da temperatura
ambiente. Além disso, foram analisados o fator de perda por: Mismatch (2%), sujeira (1%),
cabos CC (1%), cabos CA (1%) e inversor (2%), resultando em um total de 17%. Esta era a
última variável que faltava, em seguida, os valores foram colocados na formula abaixo e foi
calculada a potência do sistema.

ECD
Ps=
( 1−FP ) x HSP
• Sendo:
- Ps = Potência do sistema (KW);
- ECD = Energia de compensação diária (KWh);
-FP = Fator de perda;
- HSP = Horas de pico (horas/dia).

Figura 57 - Potência do sistema fotovoltaico.

77
Fonte: Autoral (2020).

Por fim, foi calculada a potência disponível na UC, visto que a potência do
sistema fotovoltaico não pode ultrapassar a potência disponível na unidade consumidora. Pelo
fato do fornecimento da UC ser bifásico, foram necessários apenas o valor da corrente do
disjuntor do quadro de medição (40A) e a tensão de linha (220V), em seguida, preencheu-se a
fórmula abaixo com esses valores e a potência disponível encontrada para essa UC foi de 8,1
KW, ou seja, a potência do sistema fotovoltaico está dentro do limite suportado.
Pd=DTM x Vl x 0,92

• Sendo:
- Pd = Potência disponível (KW);
- DTM = Corrente do disjuntor do quadro de medição (A);
-Vl = Tensão de linha (V).

Figura 58 - Cálculo da potência disponível para UC.

Fonte: Autoral (2020).

7.2.11 Cálculo da geração de 1 módulo


Para calcular quanto de energia que é produzida por apenas um módulo, foi feito o
produto de algumas variáveis, sendo elas, a área do módulo (1,94 m²), a sua eficiência (17%),
sendo que ambas informações estão presentes no datasheet do módulo escolhido, além disso,
foi levado em conta a taxa de disponibilidade, a qual foi calculada por meio da figura 56, visto
que o sistema terá um fator de perda de 17%, consequentemente, após subtrair essa perda do
total (100%), sobrará disponível para o uso 83%, sendo esta a taxa de disponibilidade. Por

78
fim, foi levado em conta a energia diária recebida pelo sol (ES), a qual está presente na figura
48 de irradiação inclinada corrigida pelo software Radiasol 2.

ED=ES x AP x nP x TD
• Sendo:
- ED = Energia elétrica média produzida por 1 módulo em 1 dia (KWh);
- ES = Energia diária média recebida pelo sol (KWh);
- AP = Área do módulo fotovoltaico (m²);
- nP = Eficiência do módulo fotovoltaico;
- TD = Taxa de disponibilidade (KWh).

EM =ED x 30
• Sendo:
-EM = Energia elétrica média produzida por 1 módulo em 1 mês (KWh);
- ED = Energia elétrica média produzida por 1 módulo em 1 dia (KWh).

Figura 59 - Energia média produzida por um módulo fotovoltaico.

79
Fonte: Autoral (2020).

7.2.12 Quantos módulos precisam ter no sistema fotovoltaico e qual a potência e geração
total deles
Levando em conta a geração média de apenas 1 único módulo e o consumo
máximo da UC, foi possível calcular a quantidade mínima de módulos necessários para a
atender o sistema fotovoltaico, por meio da seguinte equação.

CM
Q=
EM
• Sendo:
- Q = Quantidade de módulos fotovoltaicos;
- CM = Consumo Máximo (KWh/mês);
-EM = Energia elétrica média produzida por 1 módulo em 1 mês (KWh).

Figura 60 - Cálculo da quantidade de módulos solares necessários.

80
Fonte: Autoral (2020).

Após determinar a quantidade adequada de módulos, foi calculada a capacidade


de geração mensal desse sistema, pegando os valores de geração mensal da figura 59 e
multiplicando por 5, quantidade adotada de módulos.

GM =Q x EM
• Sendo:
- GM = Geração mensal (KWh);
- Q = Quantidade de módulos dimensionados;
-EM = Energia elétrica média produzida por 1 módulo em 1 mês (KWh).

Figura 61 - Cálculo da capacidade de geração do sistema fotovoltaico.

Fonte: Autoral (2020).

81
Diante dessas informações foi possível calcular a potência total do sistema, com
um produto entre a potência unitária corrigida de 1 módulo e a quantidade de módulos do
arranjo.

( Pu x Q )
Pt =
1000
• Sendo:
- Pt = Potência total instalada (KW);
- Pu = Potência unitária corrigida (W);
-Q = Quantidade de módulos.

Figura 62 - Cálculo da potência total instalada do sistema fotovoltaico.

Fonte: Autoral (2020).

7.2.13 Organização do arranjo fotovoltaico


Nessa etapa foi organizado o arranjo fotovoltaico, seguindo a ABNT NBR 16690,
sendo assim, o arranjo final ficou com 5 módulos fotovoltaicos, ligados em série, como a
tensão máxima de 1 módulos de 34,4V e são 5 módulos associados em série, a tensão total do
arranjo é: 34,4 x 5 = 172 V, a corrente dos módulos é de 7,08A, então a corrente do sistema
será esse mesmo valor, por ser um sistema ligado em série. Consequentemente foi usada
apenas 1 string e 1 MPPT, visto que o inversor escolhido tem compatibilidade com essa
organização, processo que será explicado no tópico 7.2.14. Por fim, o peso total do sistema
(110 Kg) foi calculado pela soma do peso dos módulos (22 Kg) e para saber se a estrutura da
UC suporta esse valor, é necessário que um engenheiro civil faça uma análise da estrutural da
residência, AQUILES (2019).

Vmáx=Vm x Q
• Sendo:
- Vmáx = Tensão máxima de operação da string (V);
82
- Vm = Tensão máxima de operação de 1 módulo (V);
-Q = Quantidade de módulos.

PT =Pm x Q
• Sendo:
- PT = Peso Total (Kg);
- Pm = Peso de 1 módulo (Kg);
-Q = Quantidade de módulos.

Figura 63 - Arranjo fotovoltaico.

Fonte: Autoral (2020).

7.2.14 Escolha do inversor fotovoltaico


Na escolha do inversor, os valores de tensão e corrente devem ser compatíveis
com a geração do sistema fotovoltaico. Levando em conta os valores da figura 63, a tensão
máxima gerada pelo sistema é de 172 V e a corrente máxima gerada era de 7,08 A, portanto,
os terminais de entrada do inversor devem ser compatíveis com esses valores de tensão e de
corrente. Além disso, a tensão de saída do inversor deve ser compatível com o nível da rede
127/220V e a frequência deve ser igual a 60 Hz. Por conta disso, a conexão de saída escolhida
do inversor é bifásica, já que este é o tipo de fornecimento recebido pela UC.

83
Figura 64 - Inversor fotovoltaico On-Grid 2kW EcoSolys.

Fonte: EcoSolys (2020).

7.2.15 Dimensionamento de condutores da parte CC


Os condutores da parte CC, seguem a determinação da NBR 16690, mediante a
isso, eles devem seguir as predeterminações listadas abaixo.

Figura 65 - Requisitos de dimensionamento de condutores.

Fonte: Autoral (2020).


84
Observa-se que entre essas características está à queda de tensão, ela foi utilizada
para encontrar o valor do condutor, por meio da fórmula da queda de tensão, que leva em
conta a resistividade do condutor, a tensão do arranjo (172V), a distância entre os módulos e o
inversor fotovoltaico (10 m), a corrente do arranjo (7,08 A) e o valor de queda de tensão
considerada (-0,5%), diante disso, por meio desse método de dimensionamento foi encontrado
um condutor de 2,8 mm², considerando-se assim, um condutor padronizado de 6 mm². Porém
além disso, analisou-se em catálogos, um condutor que segue as especificações da figura 65 e
fosse compatível com o nível de corrente gerada pelo sistema fotovoltaico (7,08 A), sendo
assim, a seção transversal escolhida foi a de 6 mm², visto que ela é compatível tanto com o
método da queda de tensão, tanto com a corrente. Por fim, a seção do eletroduto rígido
dimensionado segundo a bitola dos condutores CC foi o de 1/2”, ou seja, 81,4 mm² de área
útil disponível para a ocupação dos condutores (40% da área total do eletroduto), sendo que
os dois condutores CC de 6 mm² ocupam uma área útil de aproximadamente 62,3 mm² e o
condutor de aterramento de 6 mm², uma área de 17,3mm², segundo as especificações do
fabricante, totalizando 79,6mm ².

Sc=¿ρ x L x In) / (𝜟𝜠% x Vf)


• Sendo:
- Sc = Seção transversal do condutor, segundo o método da queda de tensão (mm²);
- ρ = Resistividade do condutor de cobre (0,017 Ωmm²/m);
- L = Comprimento entre os trechos analisados (m);
-¿ = Corrente nominal (A);
- 𝜟𝜠% = Queda de tensão considerada (%);
- Vf = Tensão de fase (V).

85
Figura 66 - Datasheet do condutor da parte CC.

Fonte: Condumax (2019).

7.2.16 Dimensionamento de condutores da parte CA


Na parte CA, a NBR 16690 permite o uso de algumas determinações da NBR
5410. Foi considerada uma queda de tensão de -0,5%, foi calculada a seção transversal do
condutor pela queda de tensão, levando em conta uma distância de 10m, a tensão de saída do
inversor (220V), uma corrente de 9A e encontrou-se um condutor de 2,8 mm², já pela
capacidade de corrente o condutor seria de 0,75 mm² segundo a tabela da NBR 5410.
Entretanto foi considerado um condutor de 6 mm², visto que ele é o valor mínimo considerado
pela NDU 001 para o padrão de entrada. Por fim, a seção do eletroduto rígido foi
dimensionada segundo a bitola dos condutores CA, ficando 1/2”, ou seja, 81,4 mm² de área
útil para a ocupação dos condutores (40% da área total do eletroduto), sendo que os dois
condutores CA de 6 mm² ocupam uma área útil de aproximadamente 34,68 mm² e o condutor
de aterramento de 6 mm², uma área de 17,3mm², segundo as especificações do fabricante,
totalizando 51,9 mm ².

Figura 67 - Tabela 33 de dimensionamento de eletrodutos (esquerda) e de condutores (direita).

86
Fonte: Ensinando Elétrica (2019).

7.2.17 Dimensionamento de condutor de aterramento


O condutor de aterramento, o qual é obrigatório, apresentará a mesma seção
transversal das fases (6 mm²), seguindo a tabela de dimensionamento da NBR-5410, além
disso, levando em conta que o condutor destinado para o aterramento das partes metálicas do
arranjo fotovoltaico deve ter seção transversal mínima de 6 mm², segundo a NBR 16.690.

Figura 68 - Dimensionamento do condutor de proteção.

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004).

7.2.18 Dimensionamento de proteção da parte CC


Para dimensionar a string box da parte CC, foram feitos os cálculos de
dimensionamento de DPS e de disjuntores. Inicialmente, calculou-se a corrente de curto
circuito pela norma francesa, por meio das seguintes variáveis: tensão do arranjo (172 V),
distância dos módulos até a string box (10 m), seção transversal (6 mm²), a resistividade dos
condutores, fator R (1) e fator potência da instalação (1), encontrando um valor de 3 KA para
a corrente de curto circuito. Em seguida foi analisado a corrente de curto circuito do módulo,
presente no seu datasheet, encontrando um valor de 7,54 A. Diante desses valores, seguindo a
NBR 5410 e a 5419 considerou-se o valor mínimo de 20 KA, visto que elas determinam que
em circuitos fotovoltaicos urbanos, a corrente de descarga do DPS deve está na faixa de
20KA a 40 KA. Em seguida foi dimensionado o DPS, de classe II, VILLALVA (2012). A
tensão escolhida foi de 1.000 V, visto que ela é superior ao nível de tensão produzida pelo
87
arranjo. Por fim, após a escolha do DPS com essas características, analisou-se o seu
respectivo datasheet, encontrando uma corrente máxima de descarga de 40KA.

cosØ x Vf x Sc
Ik =
Rt x ρ x 2 x L

• Sendo:
- Ik = Corrente de curto circuito (A);
- cosØ = Fator potência da instalação;
-Vf = Tensão do arranjo fotovoltaico (V);
- Sc = Seção Transversal;
- Rt= Fator R;
- ρ = Resistividade do condutor de cobre (0,017 Ωmm²/m);
-L = comprimento (m).

Figura 69 - Especificações do DPS escolhido.

Fonte: Autoral (2020).

O disjuntor utilizado foi um bipolar, visto que serão 2 cabos: um positivo e um


negativo. O procedimento de dimensionamento foi baseado na corrente nominal de 7,08A
produzida pelo sistema fotovoltaico, por isso foi optado por um disjuntor de 10A e a corrente
88
de curto-circuito utilizada foi de 6 KA, visto que ela é superior, tanto a corrente de curto
circuito calculada pela norma francesa, tanto a do datasheet dos módulos, como explicado no
parágrafo anterior.

Figura 70 - Especificações do disjuntor CC escolhido.

Fonte: Autoral (2020).

7.2.19 Dimensionamento de proteção da parte CA


Na parte CA, os procedimentos de dimensionamento praticamente se repetem, a
única mudança será nas grandezas de corrente (9 A), de tensão elétrica (220 V) e distância (10
m). No DPS, os demais valores permanecem iguais, visto que a corrente de curto circuito dos
módulos é a mesma e o curto circuito calculado pela norma francesa para a saída do inversor
também deu um valor inferior ao limite estabelecido pelas NBR 5419 e 5410, sendo
considerada o valor mínimo de 20KA e a corrente de descarga máxima do DPS escolhido
também é de 40 KA. A classe do DPS continua sendo a II, VILLALVA (2012). A única
mudança no DPS foi na tensão, visto que a saída do inversor libera uma tensão de
aproximadamente 220V, então a tensão do DPS foi de 275V.

Figura 71 - Especificações do DPS escolhido.

89
Fonte: Autoral (2020).

Em relação ao disjuntor, a forma de dimensionamento foi a mesma da parte CC,


só que agora foi levado em conta a corrente liberada pela saída do inversor (9A). O disjuntor
será um bipolar de corrente alternada e de curva C, o qual terá uma corrente de curto circuito
de 10 KA, a qual se encaixa nos cálculos de curto circuito, explicados no parágrafo anterior e
está superior ao mínimo aceito pela NDU 001, que é de 5 KA.

Figura 72 - Especificações do disjuntor CA escolhido.

Fonte: Autoral (2020).

7.2.20 Outros equipamentos necessários


Nessa etapa foi catalogado o valor da estrutura de sustentação, dos quadros de
distribuição e da placa de aviso.

Figura 73 - Equipamentos Escolhidos.

90
Fonte: Mercado Livre (2020).

7.2.21 Levantamento de custo dos equipamentos

Valor Total=( Valor unitário x quantidade ) + Frete


Valor do projeto fotovoltaico=Total x 0,3

Figura 74 - Levantamento de custos dos equipamentos.

91
Fonte: Autoral (2020).

7.2.22 Análise de viabilidade econômica


Aqui foi feito um levantamento de dados, do valor injetado na rede, ou seja, o que
foi gerado pelo sistema fotovoltaico e dos valores de consumo mensal máximo da UC, em
seguida, foi pego a diferença desses dois valores para determinar os créditos mensais. Depois
disso, calculou-se o valor da fatura do cliente sem a GD e com a GD, em seguida calculou a
diferença entre esses dois valores e a porcentagem de economia. Por fim, com o valor total
dessa economia anual, calculou-se em quanto tempo esse sistema seria pago, com uma conta
de divisão, chegando a um prazo de aproximadamente 7 anos.

Cm=¿ G – C
• Sendo:
-Cm = Credito mensal (KWh);
- G = Geração mensal (KWh);
-C = Consumo mensal (KWh).
Con=(C x Ta)+ilu
• Sendo:
- Con = Custo de consumo convencional ( R $ );
- C = Consumo ( R $ );
-Ta = Tarifa com tributos ( R $ 0,771reais );
- ilu = Contribuição para iluminação pública ( R $ 4,38 reais ).
92
Gd=(TD x Ta)+ilu
• Sendo:
- Gd = Custo de geração distribuída ( R $ );
-TD = Taxa de disponibilidade (50 KWh);
-Ta = Tarifa com tributos ( R $ 0,771reais );
- ilu = Contribuição para iluminação pública ( R $ 4,38 reais ).

Dif =Con−GD
• Sendo:
- Dif = Diferença entre o custos da geração convencional e distribuída ( R $ );
- Con = Custo de consumo convencional ( R $ );
-GD = Custo de geração distribuída ( R $ ).

Dif x 100
Econ=
Con
• Sendo:
- Econ = Porcentagem de economia na conta de energia (%);
- Dif = Diferença de custos entre a geração convencional e distribuída ( R $ );
- Con = Custo de consumo convencional ( R $ ).

Figura 75 – Análise de viabilidade Econômica.

93
Fonte: Autoral (2020).

7.2.23 Tempo necessário para pagar o investimento e gráfico de geração e consumo

Total investido ( R $ )=Projeto fotovoltaico ( R $ ) + Equipamentos(R $)


Tempo estimado ( Anos )=Total investido (R $)/Saldo positivo anual ( R $ )

Figura 76 – Tempo necessário para pagar o investimento nesse sistema fotovoltaico.

Fonte: Autoral (2020).

Figura 77 – Gráfico de relação entre geração e consumo do sistema fotovoltaico

94
Fonte: Autoral (2020).

7.3PROJETO FOTOVOLTAICO NO AUTOCAD E EM FORMATO 3D

Figura 78 – Projeto Fotovoltaico feito pelo Autocad.

95
Fonte: Autoral (2020).

Figura 79 – Projeto 3D de posicionamento dos módulos.

96
Fonte: Autoral (2020).

7.4PROFISSIONAIS QUE PODEM ASSINAR O PROJETO FOTOVOLTAICO

A assinatura de responsabilidade Técnica (ART) pode ser feita por um engenheiro


eletricista ou um engenheiro de energia cadastrados no Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia (CREA). Além disso, um técnico industrial com habilitação em eletrotécnica ou
um técnico em eletrotécnica cadastrados no Conselho Federal dos Técnicos Industrias (CFT)
também podem emitir a ART de um projeto fotovoltaico, VILLALVA (2019).

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
97
Diante dos fatos supracitados, conclui-se que por meio desse trabalho de
conclusão de curso, o acesso a informações gerais sobre a energia solar e principalmente, os
conhecimentos específicos sobre os sistemas fotovoltaicos On Grid tornaram-se mais
acessíveis, visto que com esse material em mãos pessoas interessadas na área podem
desenvolver uma melhor compreensão do assunto, sem a necessidade de recorrer a livros ou
artigos complexos sobre energia fotovoltaica.

Além do conhecimento aprofundado sobre a o funcionamento de uma célula


fotovoltaica, o leitor conseguiu entender o processo de formação e de utilização de um
módulo até o descarte do mesmo. Além disso, mediante o projeto apresentado, o interlocutor
consegue ter um entendimento amplo sobre o processo de dimensionamento de um sistema
fotovoltaico On Grid. Por fim, pode-se evidenciar o futuro promissor dessa fonte de energia,
diante do seu crescimento exponencial, segundo levantamentos da empresa Insole (2019), até
o ano de 2030, o ramo da energia solar terá movimentado aproximadamente R$ 100 bilhões
de reais no Brasil, gerando em torno de 1 milhão de empregos.

9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

98
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Resolução Normativa nº 414, 2010.
Disponível em: < ren2010414.pdf (aneel.gov.br) >. Acesso em: 07.06.2020.
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Disponível em: <Resolução Normativa ANEEL nº 482 DE 17/04/2012
(normasbrasil.com.br)>. Acesso em: 07.06.2020.
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Disponível em: <REN482_Micro e minigeração (bioenergiaengenharia.com.br)>. Acesso em:
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Disponível em: <https://www.aldo.com.br/blog/conheca-as-principais-vantagens-do-sistema-
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Vestibular, 2019. Disponível em:
<https://dicasdevestibular.blogosfera.uol.com.br/2019/06/12/o-futuro-da-matriz-energetica-
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AQUILES, José. Energia Solar Fotovoltaica. PEA-EPUSP, 2019. Disponível em: < Energia
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2017. Disponível em: <https://www.moduloenergia.com/blog/quais-sao-as-principais-
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99
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