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Liberté, égalité,

fraternité

Liberté, Egalité, Fraternité (Liberdade, igualdade, fraternidade, em português do francês) foi


o lema da Revolução Francesa. O slogan sobreviveu à revolução, tornando-se o grito de
ativistas em prol da democracia liberal ou constitucional e da derrubada de governos
opressores à sua realização. O slogan é citado na Constituição francesa de 1946 e 1958.

Alegoria sobre os valores da Constituição de 1800, mostrando o lema "Liberté, égalité, fraternité ou la Mort".

Embora seja impossível apontar um autor, um dia, uma hora, e termos de apontar o seu
aparecimento como sendo sobretudo criação colectiva dessa conturbada época, quem na
verdade se refere a esta trilogia primeiro parece fora desse contexto revolucionário. Ela
pertence ao humanista cristão Étienne de La Boétie, amigo de Montaigne e colaborador de
Michel de l´Hôpital, que a escrevera, já por volta de 1550, no seu "Discours de la servitude
volontaire" ("Discurso da servidão voluntária")[1].

Em seguida, encontramos os três princípios nas obras de alguns autores católicos do século
XVII com igual propósito, nomeadamente em Antoine Arnauld que propõe, em 1644, uma
tradução do "De moribus ecclesiæ catholicæ", de Santo Agostinho no qual se lê que: a Igreja
reúne os homens em fraternidade, que os religiosos vivem a igualdade por não terem
propriedades, que os fiéis “vivem na caridade, na santidade e na liberdade cristã”[2].

Só muito mais tarde, em Maio de 1791, vê-mos-lo num discurso inflamado de René Louis de
Girardin, marquês de Vauvray, dirigido aos membros do Clube dos Cordeliers, no qual, pela
primeira vez, foi proposta o lema “Liberdade, igualdade, fraternidade”[3] que a partir daí se
tornaria a da República Francesa e por "simpatia" ou "incorporação" o da francomaçonaria
que a apoiava[4].

Liberdade, igualdade, fraternidade ou a morte

A sua fidelização. enquanto divisa simbólica, surgirá reforçada logo em 1793 com o
hebertista Antoine-François Momoro ordenando aos seus cidadãos, de Paris, a pendurarem
nas suas casas, em grandes caracteres, as seguintes palavras: "Unidade, Indivisibilidade da
República, Liberdade, Igualdade, Fraternidade, ou a Morte”[5] e que estava dentro do seu
espírito ateu e grande divulgador do Culto da Razão.[carece de fontes

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Durante a ocupação alemã na França durante a II Guerra Mundial o lema foi substituído na
área do governo de Vichy com a frase Travail, famille, patrie (trabalho, família e pátria) para
evitar possíveis interpretações subversivas e desordenadas.[carece de fontes

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Referências

1. A idéia de fraternidade em duas revoluções: Paris 1789 e Haiti 1791, por Antonio Maria
Baggio, pág. 36, Instituto Universitario Sophia, Florencia, Rede Universitária para o Estudo
da Fraternidade (RUEF) (http://www.ruef.net.br/uploads/biblioteca/9f3d3debe63d3e9ad2f
c4a51762a9120.pdf)

2. A idéia de fraternidade em duas revoluções: Paris 1789 e Haiti 1791, por Antonio Maria
Baggio, pág. 38, Instituto Universitario Sophia, Florencia, Rede Universitária para o Estudo
da Fraternidade (RUEF) (http://www.ruef.net.br/uploads/biblioteca/9f3d3debe63d3e9ad2f
c4a51762a9120.pdf)

3. A idéia de fraternidade em duas revoluções: Paris 1789 e Haiti 1791, por Antonio Maria
Baggio, pág.s 29 e 32, Instituto Universitario Sophia, Florencia, Rede Universitária para o
Estudo da Fraternidade (RUEF) (http://www.ruef.net.br/uploads/biblioteca/9f3d3debe63d3
e9ad2fc4a51762a9120.pdf)

4. A divisa original da Maçonaria, muito bem explorada pela Maçonaria britânica e norte-
americana de forma simbólica, ritualística e filosófica era antes “Fraternidade, Alívio e
Verdade”. .... Alguns estudiosos procuram relacionar tais grandes princípios com as
virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade. A Verdade estaria ligada à Fé, pois Deus é a
Verdade; o Alívio seria a demonstração de Caridade; e a Fraternidade representaria a
Esperança de um dia todos os homens se tratarem como irmãos - O Legítimo Lema da
Maçonaria, por Kennyo Ismail, 26 de Fevereiro de 2012 (http://www.noesquadro.com.br/20
12/02/o-legitimo-lema-da-maconaria-2.html)

5. A idéia de fraternidade em duas revoluções: Paris 1789 e Haiti 1791, por Antonio Maria
Baggio, pág, 32 e 33, Instituto Universitario Sophia, Florencia, Rede Universitária para o
Estudo da Fraternidade (RUEF) (http://www.ruef.net.br/uploads/biblioteca/9f3d3debe63d3
e9ad2fc4a51762a9120.pdf)
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