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Teorias sobre a origem da vida - Resumo de Biologia para o Enem

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Teorias sobre a Origem da Vida

a busca por um sentido para a nossa existência e para a organização da vida no planeta
sempre permeou as diferentes civilizações. A princípio, as explicações ficavam no
âmbito das mitologias e das religiões.

Fixismo

Com o tempo, a pergunta passou a ser filosófica.

Essa hipótese dizia que os seres vivos surgiram na Terra de forma independente, sem
parentesco evolutivo.

segundo o Fixismo, os seres vivos permaneceram fixos ao longo da história da Terra.


Ou seja: com o passar do tempo, as espécies permaneceram as mesmas desde que foram
criadas, sem sofrerem alterações.

é profundamente influenciada por ideias religiosas de origem da Terra e dos seres vivos.

Criacionismo

único criador mitológico deu origem à toda a diversidade de seres vivos em um único
evento e assim todos permaneceram imutáveis ao longo do tempo.

Teoria da panspermia ou cosmogenia

formas de vida muito simples teriam se originado em outro planeta e teriam sido
trazidas para a Terra através de meteoritos que caíram na sua superfície.

é atualmente refutada, principalmente pelo fato de que não resolve o surgimento da


vida, apenas o transfere para outro planeta.

A teoria da abiogênese

O filósofo grego Aristóteles dizia que a vida possuía um princípio ativo que poderia agir
sobre a matéria inanimada

esse princípio ativo poderia fazer com que os componentes não vivos se tornassem
vivos de maneira natural, sem intervenção divina.

perdurou ao longo dos séculos e muitos cientistas, inclusive, sugeriam que haviam
condições ideais para facilitar a ação da “força vital”

os seres vivos poderiam surgir espontaneamente da matéria inanimada de maneira


rápida.

Questionamentos da abiogênese
o cientista italiano Francisco Redi (1626-1698) tornou-se o primeiro a questionar esta
hipótese.

le elaborou um experimento em que colocou carne e outros alimentos em diferentes


potes de vidro. Alguns desses vidros foram cobertos com telas, outros ficaram abertos.

A intenção de Redi era mostrar que mesmo havendo condições ideais ao surgimento da
vida (como alimento, água e ar), a vida não se desenvolveria espontaneamente nos
vidros cobertos.

Redi acreditava que a vida somente surgiria de uma vida preexistente.

Sendo assim, nos vidros com gaze, seres vivos não conseguiriam chegar ao alimento e,
portanto, não surgiriam ali.

nos vidros que estavam abertos surgiram larvas de moscas e nos fechados não.

Redi entendeu que as larvas surgiram nos vidros abertos porque moscas e outros insetos
tiveram acesso à carne e ali colocaram ovos,

ou seja: a vida surgiu de seres preexistentes.

Redi então generalizou esse resultado para todos os seres vivos, usando seu experimento
para embasar a teoria da biogênse (bio – vida, gênese – origem).

Porém, os adeptos da abiogênese continuavam a afirmar que para seres simples, como
os microrganismos, a hipótese da abiogênese ainda era verdadeira.

O experimento de Pasteur e a Origem da Vida

outro cientista elaborou um novo experimento para comprovar que a abiogênese não
acontecia. Louis Pasteur (1822 – 1895) produziu um experimento que ficou conhecido
como “pescoço de cisne”.

Neste experimento, Louis Pasteur colocou caldo de carne em balões de vidro. Depois,
com auxílio de fogo, curvou os pescoços dos balões de modo que formassem curvas

A curvatura dos pescoços funcionava como um filtro de ar: o ar entrava pela abertura,
mas, como ia batendo ao longo das curvas antes de chegar ao caldo, os microrganismos
ficavam retidos nas paredes e não conseguiam alcançar o líquido estéril.

Pasteur ferveu os balões de vidro com caldo para esteriliza-los completamente. Dessa
maneira, os frascos continham tudo o que os adeptos da abiogênese diziam ser
necessário para que a força vital transformasse matéria inorgânica em seres vivos: água,
luz, nutrientes e ar.

Após estes procedimentos, Pasteur quebrou o pescoço de um dos frascos e o deixou


aberto ao lado do frasco cujo pescoço foi mantido intacto.
o frasco que estava com pescoço quebrado ficou com seu líquido em estado de
decomposição. Porém, no balão que permaneceu com o pescoço curvado, o líquido
continuava intacto.

Pasteur conseguiu mostrar que o frasco com o pescoço quebrado teve desenvolvimento
de vida microbiana porque seres preexistentes caíram no caldo através da abertura. Já no
frasco com pescoço não houve manifestação de vida, já que os microrganismos não
conseguiram passar pelo pescoço para chegar ao caldo e, apesar de dar todo suporte
necessário à vida, não houve desenvolvimento espontâneo de seres vivos no frasco.
Com este experimento, Pasteur conseguiu derrubar a teoria da abiogênse.

Teoria de Oparin e Haldane:

Na década de 1930, dois cientistas trabalhando de forma independente chegaram à


mesma conclusão: a vida teria surgido na Terra primitiva após processos químicos que
levaram milhões de anos.

o russo Aleksandr I. Oparin (1894 – 1980) e o escocês John B. S. Haldane (1892-


1964),

evidências geológicas, assim como estudos comparativos entre as atmosferas de outros


planetas, permitiram concluir que a atmosfera da Terra era muito diferente há bilhões de
anos atrás.

a atmosfera era muito fina e tinha uma composição de gases diferente da atual, com
pouquíssimo oxigênio livre (teria provavelmente amoníaco, metano, hidrogênio e vapor
de água)

provavelmente ocorriam muitas tempestades elétricas. Dessa maneira, as fortes


descargas elétricas das tempestades juntamente com a radiação do Sol promoveram uma
série de reações químicas nos mares primitivos.

a Terra era mais quente (50ºC em média) e muita radiação atingia a sua superfície.

Essas reações degradaram as substâncias existentes e as reorganizaram em novas


moléculas,

substâncias orgânicas como os aminoácidos.

coacervados

Com o decorrer do tempo

essas moléculas mais complexas sofreram novas inúmeras reações

e se organizaram formando pequenas esferas chamadas de

, se ao acaso se formasse uma microsfera e se ela aprisionasse dentro dela proteínas com
funções enzimáticas e uma molécula de ácido nucleico, teríamos aí o primeiro ser vivo.
Com essa composição, esse aglomerado seria capaz de ter metabolismo e de se duplicar.
essa teoria é que em 1953, um cientista americano chamado Stanley Muller, montou um
experimento onde ele simulava as condições da Terra primitiva descritas por Oparin e
Haldane. Após alguns dias, as reações ocorridas dentro do experimento permitiram a
formação de moléculas orgânicas, inclusive aminoácidos.

você pode ver que pelo menos uma parte da teoria de Oparin e Haldane pode ser
comprovada através do experimento de Muller. Esse é um dos motivos que faz com que
esta seja uma das teorias de origem da vida mais importantes atualmente (e a que mais
aparece nos vestibulares e no Enem).

Abiogênese versus Teoria de Oparin e Haldane

Aí em cima eu falei pra ti que a ideia central da abiogênese era de que seres vivos
poderiam surgir da matéria inanimada espontaneamente de maneira rápida. Também te
contei que a ideia de matéria inorgânica gerar vida “do nada” foi refutada por
experimentos como o de Pasteur.

Aí você pode agora estar pensando: mas na teoria de Oparin e Haldane a vida também
teria surgido através de reações químicas na matéria inanimada. Então, qual a diferença?
O tempo!

Na hipótese da abiogênese, o surgimento da vida é instantâneo, num piscar de olhos.

Já para Oparin e Haldane, foram necessários quase um bilhão de anos para que
incontáveis reações químicas ao acaso resultassem em formas de vida primitivas.

Hipótese heterotrófica

os primeiros seres vivos que surgiram na Terra conseguiam nutrientes absorvendo


moléculas orgânicas simples do ambiente

Isso porque a nutrição autotrófica, através de processos como a fotossíntese e a


quimiossíntese, exige muitos componentes complexos que provavelmente não existiam
na Terra primitiva.

Além disso, por conta da baixa quantidade de oxigênio livre disponível na atmosfera é
provável que para obterem energia desses compostos orgânicos os seres vivos
primitivos fizessem processos anaeróbicos

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