Foi um escritor, jornalista e professor brasileiro, autor da obra "Os Sertões".

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu

em Cantagalo (RJ), no dia 20 de janeiro de 1866, na
Fazenda Saudade. Sua mãe faleceu quando ele tinha
apenas 3 anos. Ele acabou sendo criado por tios e avós.
Aos 19 anos, ingressou na Escola Politécnica, mas por
falta de recursos transfere-se para a Escola Militar
da Praia Vermelha. Nessa época, escrevia para a
revista da escola, "A Família Acadêmica". Foi expulso da
Academia militar por afrontar o Ministro da Guerra do
Império. Em 1889 segue para São Paulo e publica no
jornal O Estado de São Paulo, uma série de artigos onde
defende os ideais republicanos.
Com a Proclamação da República, Cunha volta
para o RJ e retorna ao Exército. Na Escola Superior de
Guerra, ele fez os cursos de artilharia, de engenharia
militar e bacharelou-se em Matemática e Ciências
Físicas e Naturais. Nesse período, casou-se e foi
promovido a primeiro tenente passou a lecionar na
Escola Militar.
Após afastar-se do exército, muda-se para
São Paulo, e passa a colaborar com o jornal O Estado
de São Paulo. Nesse momento, é convidado como
jornalista a cobrir o conflito de Canudos, no interior da
Bahia, em 1897. Cinco anos depois, publica sua obra
mais conhecida “Os Sertões” (1902), um relato
histórico-ficcional sobre o Arraial de Canudos e a
destruição de seu povo.
No ano seguinte foi eleito membro da
Academia Brasileira de Letras (ABL) e do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Trabalhou
durante alguns anos como engenheiro civil até o
momento que decide voltar para o Rio de Janeiro; nesse
ínterim, presta concurso para a cadeira de Lógica do
Colégio Pedro II, em 1909. Falece no Rio de Janeiro,15
de agosto de 1909, com 43 anos, assassinado.
(Tragédia da Piedade)
 Os Sertões, 1902 (marco inicial do pré-modernismo)
 Contrastes e Confrontos, 1906
 Peru Versus Bolívia, 1907
 Castro Alves e o Seu Tempo, 1908
 A Margem da História, 1909
Narra os acontecimentos da Guerra de Canudos
(1896-1897), no interior da Bahia, liderada por Antônio
Conselheiro (1830-1897). Euclides da Cunha foi
convidado como jornalista, pelo Jornal Estado de São
Paulo, a cobrir a guerra (Canudos: diário de uma
expedição. O Estado de São Paulo, 1897) e, assim, surge
sua obra mais emblemática, num misto de literatura,
relato histórico e jornalístico, dividida em três partes:
 A Terra: descrição do ambiente do sertão, da seca.
 O Homem: descrição do homem, da vida e dos
costumes do sertão, o sertanejo.
 A Luta: a guerra de canudos.
• Determinismo; Naturalismo
• Cientificismo;
• Tom sombrio e duro (Regionalismo);
• Aproximação entre Literatura e História (Narrativa
realista);
• Linguagem complexa.