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são de individamento, que, por sua vez, contribui para intensificar as amarras
Tudo indica que os termos centro e periferia são utilizados pela primei
ra vez em 1946; com eles, faz-se referência às características distintas que o
da economia argentina com a da Grã-Bretanha. Numa época de franco
ciclo assume entre esses dois tipos de economia e às diferentes possibilidades
aumento do bilateralismo, esta última consegue estabelecer as condições que
a nação latino-americana deve necessariamente cumprir para que não seja para os instrumentos cambiários e monetários enfrentarem, no seu interior,
excluída das vantagens asseguradas a outros produtores agrícolas pertencentes os problemas do emprego da força de trabalho. Assim, a nova nomenclatura
diz respeito à diferente capacidade de cada tipo de economia para defender
Junto aos fatos que se acaba de assinalar, dois outros adicionais refor os preços de suas exportações, nas fases de contração do nível de ativida
ao império britânico (5). de (10).
çam a imagem de vulnerabilidade que apresenta a economia argentina: a escas
sez de importações, ligada ao rearmamento europeu e à recessão norte- Foi dito*com acerto que “as doutrinas e convicções econômicas iniciais
americana de 1937/8, e a agudização dessa escassez a partir da Segunda Guer de Prebisch surgem da experiência de um dirigente da banca central diante de
problemas monetários e de importações, de solução muito difícil (11). As
Já em 1939, os fatos assinalados e a imagem de vulnerabilidade que principais idéias derivadas dessa experiência são as que acabam de ser sinte
ra Mundial. tizadas. Ainda que elas constituam claros antecedentes da concepção do
deles emana são examinados através de um conjunto de idéias mais ou menos
harmónico, destinado a mostrar que os movimentos cíclicos da economia sistema centro-periferia e posteriormente se integrem a ela, essas idéias não
devem ser confundidas com a concepção em si. Esta útima só se forma em
argentina se originam nos dos países industrializados, constituindo histórica-
1949, quando a argumentação que se havia desenvolvido nos anos anteriores
um mero reflexo destes últimos (6). Nos anos posteriores, essas idéias
é reorganizada e rearticulada em tomo do exame de duas tendências de longo
são desenvolvidas com maior precisão em trabalhos de Prebisch elaborados
prazo: o surgimento de um processo espontâneo de industrialização nas eco
Em tLoTlW relaCÍOnados com 0 seu trabalho acadêmico (7).
nomias de tipo periférico, a partir de certa fase de seu desenvolvimento; e
«to à ™ ™ ciclos as idéias
a tendência à deterioração dos preços relativos de suas exportações primá
cídico principal. DeZo^ EStad0S Vnidos como centJ0
rias (12).
diminuição do coeficiente d°m 6 ° caráter mais fechado e a persistente O Capítulo I tem como objetivo descrever essa concepção. Os capí
‘^Uan^on"V mPOrtaÇÕeS da eC°nOmÍa norte-americana tulos restantes da primeira parte apresentam as diversas contribuições à teo
rional das oscilações do nível —C resPeito à transmissão interna- ria e política econômica que, nos variados aspectos dessa concepção, vão sen
eontrário do que acontecia sob h atlV'dades PróP™ do capitalismo. Ao do desenvolvidas posteriormente.
*ende a apresentar um balanTo ,. britãnÍCa’ o novo centro cíclico
^to nos períodos de auge como Perd^‘tário e a dtlail reservas internacionais,
^,traz consigo o peri*0 de cont^3o da atividade econômica, o
^°iXdÍaldOpÓS^erra(8T Pr0PenSÍ° a° deSe(íui,íbri0 crônico no
Aires,
(8) R.1948.
Prebisch, "Observaciones sobre los planes monetários internacionales”, revista
El Trimestre Económico, México, julho-setembro de 1944, pp. 188,192 e 193. Nas suas
origens, estas idéias estão ligadas à participação de Prebisch no comitê preparatório da
segunda conferência monetária internacional, convocada pelo Conselho das Liga das
Nações, em Genebra, em 1933. Os pontos de vista sobre os vínculos dos distúrbios
monetários internacionais e o caráter fechado da economia norte-americana são tratados
por Prebisch no artigo "La conferencia económicay la crisis mundial”, Revista Económi
ca, Buenos Aires, janeiro de 1933.
(9) Banco Central da República Argentina, Memória, 1942, edição da referida entidade,
Buenos Aires, p. 30. R. Prebisch, "El patrón oro y la vulnerabilidad económica de nues-
tros países , Revista de Ciências Económicas, Buenos Aires, março de 1944, p. 234.
R- Prebisch, "Análisis de la experiencia monetaria argentina”, em La creación dei Banco
Central..., op. at., p. 407.
os termru innaT^cs abaixo são ilustrativas a respeito do sentido com que são utilizados
Estados Unidos de centro cíh ? ena do sistema econômico... Por que chamo os
- característiX^ da sua magnitude e de
econômica mundial e especial™ t” °S “npulsos de exPan!-ão e contração na vida
«■jeitos às influências destes imnntL"* penfe'ia.latino-«n’ericana, cujos países estão
eStad° an,eriormente- 9ua"d° a
BIBLIOTECA central
'A
A CONCEPÇÃO
1 elevação gra-
juaHa_densidade de capital e o aumento da produtividade do trabalho e do
nível de vida médio (i).
DO SISTEMA Contudo, deixando-se de lado este traço comum, a concepção cepalina
CENTRO-PERIFERIA apresenta marcadas diferenças com respeito às teorias correntes do cresci
mento a longo prazo, na medida em que não procura captar o processo de
acumulaçao e de progresso técnico em uma economia tipo capitalista, consi
derada isoladamente, mas elucidar quais as características que tal processo
assume ao se difundirem as técnicas capitalistas de produção no âmbito de
um sistema econômico mundial composto por centros e periferia (3).
• Pp
7 • Pi
3. TERMOS DO INTERCÂMBIO E FRUTOS IX)
PROGRESSO TÉCNICO
onde Lp designa a produtividade física média do trabalho na produção de um
AJém da conotação estática que está Implícita na caracterização de suas bem primário; Pp, o preço do referido bem; £j, a produtividade na produção
estruturas, imediatamente anteriores, os conceitos de centro e periferia pos de um bem industrial; e P/, o respectivo preço. Como fica claro,y representa
1 suem também uma clara conotação dinâmica (vi): destinam-se a apreender o
processo de desenvolvimento partindo da hipótese fundamental de que a
a relação entre a renda real por pessoa ocupada em ambas as atividades,
medida em termos de bens industriais (6).
desigualdade lhe é inerente, ou seja, pressupondo que, durante a evolução a Admitido o pressuposto de que a produtividade industrial aumenta
longo prazo do sistema económico mundial, se alargue a brecha entre esses mais do que a do setor primário, a queda da relação entre preços implicará
dois pólos, entre o caráter desenvolvido dos centros e o caráter subdensevol- necessariamente que a relação entre as rendas tende a diminuir. E ainda, que
vido da periferia. as rendas reais médias se diferenciam, ao longo do tempo, com mais intensi
Os postulados relativos à evolução desigual de produtividades e rendas dade do que as produtividades. Se o mesmo raciocínio é estendido às relações
médias constituem a expressão mais direta deste conteúdo dinâmico: consi- entre periferia e centro, toma-se óbvio que, tendo em vista a hipótese relativa
dera-se o progresso técnico mais acelerado nos centros do que na periferia; à evolução desigual das produtividades, a tendência à deterioração implicará
admitem, ainda, que os incrementos da produtividade do trabalho - conse- que as rendas reais médias estejam se diferenciando e, em particular, que a
da incorporação do progresso técnico ao processo produtivo - são renda real média da periferia esteja crescendo a uma taxa menor que a produ
mais intensos na indústria do centro do que nos setores primário-exportadores tividade do trabalho.
y da periferia, fato que, por sua vez, se reflete na disparidade dos ritmos de Esta é a idéia geral contida nos documentos em que, pela primeira vez,
aumento das respectivas produtividades médias; e, finalmente, aceita-se que se plasma a concepção do sistema centro-periferia. Nesses documentos, indi
a renda real média cresça também de forma díspar, a taxas mais elevadas nos ca-se que os incrementos da produtividade derivados da incorporação do pro
países centrais do que nas ecomomias menos desenvolvidas (vii). gresso técnico não se traduziram em reduções proporcionais dos preços
De um ponto de vista conceituai, essas duas desigualdades — isto é, monetários, os quais, ao contrário, elevaram-se em vez de baixar, e que os
a disparidade dinâmica entre a produtividade do trabalho nas economias cen- aumentos foram maiores na produção industrial do centro do que na produ-
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> 4
/ * 3
Taís conceitos, contudo, possuem wna clara conotação dinâmica. Já se Destacam-se, em primeiro lugar, acontecimentos de tipo conjuntural,
entre os quais é frequente citar as duas guerras mundiais e a profunda crise
fez referência a um primeiro aspecto desta conotaçãoLOiJiferentes ritmos de
econômica registrada entre elas (xvi). A incidência atribuída a tais aconteci
.aumento da produtividade jnédia doJrabalho que se registram nos dois pólos
mentos é bastante conhecida. As guerras de 1914 e 1939 impuseram, como é
do sistema económico mundial. Não é difícil perceber que, nesta diferencia
evidente, uma barreira às importações, ao mesmo tempo que motivaram uma
ção, subjaz a desigualdade entre as estruturas produtivas ..pois 0 atraso relativo
acentuada dinamização da demanda de exportações e, conseqüentemente, da
de sua própria estrutura impede a periferia de gerar progresso técnico e incor-
demanda interna na periferia. Essas circunstâncias constituíram forças impul
paráJojiDjziocfâio de produção, exnproporção.similar à dos centros. Além
sionadoras da atividade industrial latino-americana, com a qual se foram miti
disso, de assjpalar .que é essa desigualdade_estrutural que explica, em
gando as dificuldades de importar produtos manufaturados dos centros em
Úllíma jnstáncja^ jjeterjoraçãp dps termos _dp intercâmbio, e que este fenô-
conflito. A crise dos anos trinta provoca uma redução drástica do preço e do
jneno. urnde i diferenciação entre as produtividades, faz com que as rendas
volume das exportações primárias que, somada à situação de endividamento
jnédias também se diferenciem. Pensa-se, também, quç_esla diferenciação não
precedente, produz uma aguda crise de divisas. Faz-se, portanto, imprescin
permite Lpenfena alcançar níyeis de poupança_e taxas de acumulação tão
dível restringir as importações através da política cambial e aduaneira ou pela
de * qüe P°r limita as possibilidades simples proibição direta. Por outro lado, as medidas tendentes a manter o
xnlie as rendas e \ estrutural que está na base da diferenciação
nível de renda e de emprego incidem favoravelmente sobre a demanda de
X.nr rdütmdades dos <**”» e da periferia//
bens cuja oferta externa está limitada. Surgem assim condições favoráveis
te uma tendéncii à desi^aldide^ntre"16 dT’ li P'0™™ m°Strar para a produção interna de bens manufaturados em substituição a seus
feria, e que esta é inerenU à sua nró lí* PÔ °S d° SÍStema centr0'Per1' similares importados.
qtie, por um lado, a desigualdade estrutural e "1*'3’ ArgUmenta’se- em sínteSe’ Além de constituir uma resposta a esses impulsos de tipo conjuntural, a
42 ra e’ Por outro, a diferenciação entre industrialização da América Latina obedece a transformações de estrutura
a> d«t» mudança p ecotl0nua no 'unto, surge a seguinte pergunta: num sistema composto por um centro
C<unia per^e^a’ com aS carac^er,s^cas estruturais já delineadas, pode o cres-
rd.tivament' <*”’ ,e de import'^^ era essencialmente complc.
c. ent0 da indústria e do emprego industrial no centro ser compatível com
' wnimili. * oscaiçõcs cíclica,
CI desenvolvimento periférico baseado em sua tradicional especialização na
Uíportação de produtos primários (xx)? A resposta é negativa. A absorção
menur com rei. ç» balanço de p K e mais ace]erada d
Cor parte dessas atividades da oferta de mão-de-obra gerada na periferia por
feu crescimento populacional e pelo progesso técnico implicaria volumes de
XX^t»-í"L7«’«p“'is’tont“d°' orodução tão elevados que não poderiam ser colocados sem grave prejuízo da
JTda perifena. Nas fases r~ dinanusmo das suas impor-
relação de intercâmbio. Em conseqüência, atingido certo nível de desenvolvi
mento da economia mundial, em condições de relativa imobilidade interna
uçõe. «mpensando-se ao f m os déficlts externos on-
da perifena. Assim, do ponto d superávits da fase oposta, cional da força de trabalho, a industrialização constitui o caminho obrigatório
EXd^eXIÍodc uma tSência para o equilíbrio a longo prazo do desenvolvimento periférico (xxi).
Observe-se que este não é um argumento de política econômica, mas
um raciocínio teórico formulado a contrario sensu para expressar o fato de
na balança comercial. economia mundial a partir dos
que, quando o sistema econômico mundial adquire certo grau de desenvolvi
-*» '“XTáX SL- o» ““
aos vinte, e. espeoalmen ’ p pass0U a ser decisiva. Nas contra- mento, ou seja, quando seus dois pólos alcançam determinados níveis de
1XXX-" Xi. a. superávit de tu. balança produtividade e renda médias, o livre jogo das forças econômicas impulsiona
espontaneamente a expansão da indústria periférica. A industrialização
de ■U6\,'nd° ™”? ° r’“°
passa a ser então a forma principal e necessária de crescimento das economias
US ic importações. a transmissão da expansão economtca perifena,
que constituem o pólo periférico do referido sistema.
das importações de produtos primários, faz-se de maneira rela ivamen-
u lenta tendendo a perpetuar-se o déficit comercial durante um lapso de
tempo mais prolongado. Pior ainda, durante essa fase, sobrevêm novas redu
7. CONTRADIÇÕES DA INDUSTRIALIZAÇÃO
ções do coeficiente de importações do centro, as quais geram uma tendência
NA PERIFERIA
ao déficit externo crónico da periferia e à contínua absorção do ouro por
parte do novo centro cíclico (xvííi).
Para a concepção que se está descrevendo, os problemas econômicos
Essa tendência constitui uma força que impulsiona o processo espontâ
apresentam semelhanças nos diversos países periféricos e, especialmente, nos
neo de industrialização da periferia, pois o déficit externo, continuamente
latino-americanos, durante a fase de industrialização, que é concebida como
reiterado, induz, de forma repetida, à adoção de medidas restritivas das im
"... uma etapa a mais do fenômeno de propagação universal das novas formas
portações, o que, por sua vez, dá origem a estímulos para que se substituam
as importações pela produção interna de bens manufaturados, da técnica produtiva, ou, caso se prefira, do processo de desenvolvimento
Aír ..Alsiy1’ vínude medíaçío do mecanismo impulsionador do orgânico da economia do mundo” (10).
nrínHnaC|X^rnn’J> da economia do novo centro cíclico Dois desses problemas comuns aparecem no âmbito das relações econô
segundo unTmJLi1” U"?. <lwenvo^mento periférico também mais fechado, micas internacionais: as tendências ao desequilíbrio externo e à deterioração
dos termos de intercâmbio. Conforme já se assinalou, a primeira está relacio
nada com a mudança do centro cíclico principal e com as alterações no fun
explicado quando se Acorre Vai industrialização perif^a também pode ser cionamento do sistema econômico mundial que essa mudança implica. A
44 «corre a argumentos de um maior nível de abstração. partir de uma outra ótica, entende-se que tal tendência é inerente ao processo
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rià Também
.. iüna se assinalou
y algunos que
de sus esses documentos
principles problemassão:
”e o“El desarollo
Estúdio económico
Economtco la Amé-
deAmenca
S. POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E PLANIFICAÇÃO
ijitina 1949 (daqui por diante referidos como “Principais problemas e Estud ,
Mesmo reconhecendo a diversidade de casos e de circunstâncias parti respectivamente. As citações se referem às suas edições mais acessíveis, incluídas a seguir:
culares que acabam de ser mencionados, conclui-se das considerações prece R Prebisch, “El desarrollo de la América Latina y de unos de sus principales problemas ,
dentes que, embora com diferentes intensidades, em todos esses casos e cir Boletín Económico de América Latina, vol. VII, n9 1, publicação das Nações Unidas,
fevereiro de 1962; R. Prebisch, Interpretación dei proceso de desarrollo latinoameri-
cunstâncias afloram os problemas comuns que entorpecem o processo de
cano em 1949, publicação das Nações Unidas, série comemorativa do XXV aniversário
industrialização, tendendo a sustá-lo ou a imprimir-lhe um ritmo menor do da CEPAL, Santiago, 1973.
que o potencialmente alcançável. Em outras palavras, admite-se que o livre (2) Embora a concepção do sistema centro-periferia esteja contida, fundamentalmente,
jogo das forças do mercado conduz à persistente manifestação de problemas nos dois trabalhos mencionados, recorrer-se-á também a outros de pouco posteriores
de balanço de pagamentos, de acumulação e subutilização de capital e de for sempre que estes ilustrem com mais clareza um ou outro aspecto determinado dessa
concepção. Como já se observou na Introdução Geral, os textos pertinentes constam do
ça de trabalho, etc., uma vez que os mesmos são inerentes ao processo espon
anexo à primeira parte e a remissão aos mesmos se faz mediante chamadas em numera
tâneo de industrialização: eles provém, em última instância, das condições em ção romana.
que se vai produzindo a transformação da estrutura produtiva periférica, (3) O artigo de Charles A. Frankenhoff (S. J.) “The Prebisch Thesis: a Theory of Indus-
durante esse processo. tròa?m for Latin Amw>ca”, publicado no Journal of Inter-American Studies, vol. IV,
Assim, segundo a concepção do sistema centro-periferia, para que com n. 2, abnl de 1962, contém uma apreciação similar da concepção cepalina do desenvol-
a industrialização se consiga aumentar substancialmente os níveis de produti (0mdin.mNele afirma:. ' Ihe dynamism °f ^owth in furnished by technical progress”,
vidade e otimizar a alocação dos recursos, é preciso orientá-la por meio de mente anteSd Th"’'?'0! é proporcionado pel° Progresso técnico). E, imediata-
uma política deliberada de desenvolvimento. E, mais ainda, dada a natureza function be UP°n Speciflc differe™* ™ structure
centers" (a tesc Prebisih b°f Ú penphery and the more developed industrial
estrutural dos problemas antes mencionados, será necessário ordenar e racio- entre os XS da Serin eaSela'Set nas. d‘feren^ específicas de estrutura c de funça'0
n izar essa política, recorrendo-se ao uso da programação. (4) Estudo, p. 1. f °S lndustnais mais desenvolvidos) (p. 188).
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Digitalizado com CamScanner
• romroet» netos wlorcs PtoJu,orM dc lH'n’ * " Mltutu,
(5) A estrutura produtiva 1 tMM acrfsddos da Infra-estrutura física c (|0, ,v. Capítulo
econômica é constituída por • _ados pelo gowmo). No contexto das idéia,
res de serviços (inclusive aque i
aqui se comentam, as cirawr.
fstrutura produtiva condicionam as da csttlllll|
j primeira.aludindo-sc a segunda apenas 2
econômica. h>r iw. * * ’«* 0 atraso tecnológico, evitou-se recorrer à express,;,, A TEORIA
do for imprtsand.M causa da conotação dc atraso soem
“dualismo estrutural . ou dc duaUsmo na literatura sobre o subdcsenvo|Vl
DA DETERIORAÇÃO
que, em feral, icompanh
mento. OPtou?. em
. 0 à CXprcswo ‘’heterogeneidade da Cslru
conceito de ••heterogeneidade estrutural"
DOS TERMOS
mento. Optou-w. em
lura produtiva . que ‘ ha produzido cm época muito poste
DO INTERCÂMBIO
Amda que o dei progresso técnico y de sus frutos en cl de
^oSoEo^csiano”. de Anibal Pinto. El Wmestre Económico. nO 125. janeiro
X de 1965). ele apresenta a nntagem de referir-se com clareza aos baixos mvc.s
miamos da produtmd.de do trabalho, perceptíveis nos mais diversos setores das econo-
mias penfénas Os setores atrasados, definidos cm função desse critério, poderão,
portanto possuir mdisltnUmente formas de organização da produção capitalistas ou pré-
capitalistas. Sobre o conceito dc dualismo pode-se consultar o artigo dc Yoichi Itagaki.
"A review or the concept of the 'dual economy’, The Developing Economics, vol. Vl,
no 2, junho de 1965. 0 artigo de A. Pinto, “Naturalcza c implicacioncs de la ‘hetcro- O capítulo anterior descreve o conjunto de idéias gerais e hipóteses
genadad estruct uraI' de h América Latina”, El Trimestre Económico. n9 145, janeiro básicas que constituem o conteúdo do pensamento da CEPAL Este capítulo
março de 1970. contém uma breve confrontação entre os dois conceitos. apresenta as duas primeiras formalizações desse conteúdo, ambas referentes à
(6) 0 significado dessa expressão é examinado de forma mais extensa no Capítulo II, 1.1
deterioração da relação de preços do intercâmbio (1).
(7) Cumpre observar que esta forma de encarar os problemas da produção primária do
Ainda hoje é freqüente encontrar-se divergências a respeito das causas
ponto de wsta da demanda é a que se utiliza nos primeiros documentos da CEPAL. Só
em trabalhos posteriores é que se faz referência com maior detalhe à falta do dinamismo que, segundo aquela instituição, determinam o fenômeno da deterioração. Às
da demanda de alimentos de vida à lei de Engel, c ao lento crescimento da demanda de vezes, sustenta-se que a argumentação cepalina se refere especialmente à
maiénas-pnmas, atribuído à substituição total ou parcial das mesmas por produtos sink superabundância e ao baixo poder de negociação da força de trabalho, ele
ticos e/ou a seu melhor aproveitamento, resultado, em ambos os casos, do próprio
mentos característicos das economias periféricas, e a seus efeitos sobre os
progresso técnico. (Veja-se, por exemplo, R. Prebisch, Problemas teóricos y prácticos
salários. Outras vezes, considera-se que a explicação se fundamenta na dispari
dei aeamiento económico, op. cit., pp. 21-24). Foi apenas em data ainda mais recente
que estes argumentos se incorporaram coerentemente a uma interpretação da tendência dade entre as elasticidades-renda da demanda de importações da periferia e
a deterioração dos termos de troca, à qual se faz referência no Capítulo IV deste livro do centro: supõe-se que o valor dessas elasticidades seja, na primeira, maior
() Como se verá mais adiante, o conceito de industrialização espontânea, ou não-dcli
que um, e, na segunda, menor (2).
berada, de modo algum exclui a hipótese de que a adoção de medidas de política restri-
Essa discrepância provém, na verdade, do fato de que não existe uma
p^zS;ubXíXn,e com ou,ros fms -haja contribuíd° im
única versão formal da teoria da deterioração dos termos do intercâmbio; há
«■XXZXÍaX taCÍ,amen,e Um mOdel° de d0ÍS 0 três formulações diversas, legitimamente diferenciáveis entre si, tanto pela
integrada pelas economias restantes” ' n£l3tem Ou os Estados Unid°s. e a periferia, amplitude de seu conteúdo (ou seja, pelo conjunto maior ou menor de idéias
gerais que incorporam), como pelos instrumentos de análise, que também
(10) Estudó,p.l.
variam.
O primeiro ponto deste capítulo descreve a que aqui denominou-se
versão contábil” da teoria da deterioração, versão que não se propõe investi
gar as causas da mesma, e sim a sua significação em termos de renda: as razões
Pelas quais tal fenômeno implica a diferenciação do nível de renda real média
entre os centros e a periferia. É possível ver-se que os instrumentos de análise
usados nesta versão são só de tipo contábil ou de definição; e, além disso, que
ela abarca e incorpora unicamente uma pequena parte das idéias básicas men
50 cionadas anteriormente.
a partir de tal pressuposto, os vínculos entre as variações dos preços e sar a variação das produtividades, e, conseqüentemente, a relação entre as
das rendas simplificam-se, podendo ser examinados com base na consideração rendas médias reais das duas atividades varia em favor da indústria. Poderá
de três possibilidades lógicas: o aumento, a constância ou a redução dos ter ser dito, então, que existe transferência dos frutos do progresso técnico da
indústria para a atividade primária, e que, apesar disso, há uma concentração
mos do intercâmbio.
i) Diz-se que, no caso de um aumento da relação de preços, existe uma dos frutos do progresso técnico na indústria. Em síntese:
transferência dos frutos do progresso técnico da indústria para a atividade
primária, no sentido de que a relação entre as rendas reais médias das duas
Ri < Ri
atividades (y2) não se modifica de forma proporcional à variação da relação
entre as produtividades respectivas (isto é, à variação percentual de (Lp/
como conseqüéncia da melhoria dos preços relativos (do aumento de ü) Se não se produz variação nos termos do intercâmbio mpouco
/?2). existirá transferência dos frutos do progresso técnico, no sen °
Tal transferência dos frutos do progresso técnico é compatível com relação entre as rendas médias reais das duas atividades se m e
diferentes formas de distribuição desses frutos, que dependem da magnitude porcionalmente à variação da relação entre suas produtivi a es. conce’n.
daquee melhoramento. Podem ser diferenciadas as seguintes alternativas: apesar de não haver transferência, os frutos do progresso c atividade
trar-se na indústria, pois a renda real média será ali maior
• Distribuição igualitária. Se i3S termos do intercâmbio melhoram para a Primária. Ou seja, como R2 = Ri,y2 < *- intercâmbio, opera-se
Produçáo primária na mesma medida
em que a relação entre as produtividades üi) No caso de existir deterioração dos• termo^ atividade primária para
melhora para a indústria, as duas
variações se compensam exatamente; e, uma transferência dos frutos do progresso técnic
respeito do processo de desenvolvimento e das características que este assume damente otimistas, se comparados com os planos de compra.
Isso pode suceder em qualquer setor. Suponha-se, por exemplo, que,
no marco das lelações centro-periferia.
num certo período, a procura de equipamentos se contrai e sobram estoques
sem possibilidade de colocação no mercado; em função desse primeiro exces
2. A “VERSÃO CICLOS” so de oferta, no período seguinte, a produção deste setor cai e reduz-se nele
a contratação de fatores produtivos. Existirá então uma menor procura de
Os primeiros documentos da CEPAL contêm também uma explicação nsumos intermediários, o que vai afetar os estoques de outras empresas, que
das causas da deterioração, analiticamente difcrencíável do exame da signifi Possivelmente diminuirão também a produção. Tais comportamentos impli-
cação desse fenómeno, descrito no ponto anterior. cam, por sua vez, uma contração da procura de bens de consumo, o que
L>< acordo com esses documentos, durante as fases de expansão da orna ainda maior o excesso inicial de oferta. 0 nível de atividade começa,
mwid»dc econômica, « termos do intercâmbio variam favoravelmente à °> a cair, reduzindo-se de uma forma contínua até um certo ponto
i cru, mas pioram nas fases opostas num grau maior do que aquele em que °> este último pode ser dado, por exemplo, pelo desejo e a decisão
59
ja tradicional da divitío^
«» Ou W<*> ‘ um* "m‘ aKC"í'"le resultados também diversos. a relativa d° ,ra^ho. Conrf
, aumentar, da ^cscem pCríodo após período. ■ ricas na produção de bens primários de expo^ll,JçÍQ'l«S<,0’POrtanto’
roefíciente de exportações; esse alto grau ,çí° * r.n.„ ^as p^
eo desenvolvem estas idéias de corte kcync^ I
^rd^mtos da co necessiírjas para examinar os movimento, I recebem e reproduzem com rapidez r\ « r’ ,TnPhoi n,‘ e,Cvado
«M» do nível de a.rtd.de da “ ’S”«•<■
no. na T ' e das remunerações dos fatores produtivos que acorn I
dm Pr*05 ‘(dicas do nível da atividade ccononuca. No que dfc le.peUo ls lM, d.
panhamasoscílaçoe ascendente do ciclo, o excesso dc | nUe o excesso de demanda dos centros tende 3 1 ^AL
*b a forma de incrementos da demanda de matí ?ars ‘
^^«r contrabalançado pelo aumento dos preços; mas que estc ■
L. excesso de demanda é transmitido do setor exn??™* = ah.-^’
procura tende a pagas aos dlverSos fatorcs j
res periféricos, com o que se generalizam os aumeZsT derr^>
^TJsfoXs numa maior procura, suscitam novos aumentos de preços, |
S to d^endente sucede o contrário: o excesso de oferta faz pressão sobre I As colocações da CEPAL se referem primordialmente' ‘ rírd«
t0 da razão de troca entre produtos de exportação dós 2° C°mpWir™>-
Xs cuia baixa, no entanto, não chega a compensá-lo A tmpossibil,. ■
centrais. Sustenta-se que, durante as expansões, aumentam « ,*nftncos s
íd^ consegutr colocação para a produção de certos ramos força os preços ■
nos das exportações periféricas e que a grandeza desse aú-enVT’"”"6’4’
nira baixo obrigando a reduzir também as rendas dos dtversos fatores; pro- ■
diversos fatores, entre eles, o vigor da competição dos cemX &
que 03
duz-se assim uma diminuição da procura em outros ramos, de modo n... ■ rigidez da oferta eventualmente existente, o temponecessárion ° *
excesso da oferta se toma geral (xxxiii). a produção de produtos primários, em comparação com 0 -3
Além desses movimentos aluviais dos preços e rendas jmonetárias, des- I produção industrial, o volume dos estoques acumulados antesT^ 3
distribuição, i1
tacam-se outras características do ciclo, relativas ao âmbito da distribuição etc. Considera-se que esses fatores fazem com que o aumento d^
Nos períodos de auge, os contínuos aumentos de preços tendem a se traduzir monetários das exportações periféricas seja maior que o das cêmr—
num aumento mais acelerado dos lucros que dos salários: os primeiros cres- I modo que a relação de termos de intercâmbio melhora nara , ~
períodos de auge (xxxv). P “Penfenanos
cem mais que os últimos, em termos reais. Na fase oposta, ambos se contraem
mas, devido â resistência das organizações operárias diante da redução das Assim, durante as fases de expansão cíclica, os frutos do c-
remunerações, são os lucros que terminam sendo mais afetados. Em cada técnico tendem a se transferir dos centros para a periferia Mas os
novo auge, volta a se repetir a tendência já mencionada, mas os salários j tos da CEPAL não indicam com precisão em que medida se rra&TX
reais partem, cada vez, de um nível inicial mais elevado. Por esse caminho transferência. Isto é, não especificam se a melhora dos preços relaüvos che
das reduções sucessivas e da paulatina ampliação do poder aquisitivo real dos a compensar a diferença entre ritmos de aumento da produtivi^ do trabT
salários, os grupos de trabalhadores e outros estratos de baixas rendas vão
lho no centro e na periferia; e, consequentemente, a redurir a diferença
captando para si parte dos frutos do progresso técnico (9)
entre os respectivos níveis de renda real média. Ou se, pelo contrário a dife
A argumentação da CEPAL não está destinada a aprofundar o tema do
ado em « mesmo mas sim a apresentar bases mínimas para o exame dos renctação das rendas continua se produzindo ainda durante as conjunt’uras de
efettos das flutuações ciclrcas na periferia, em especial a desigualdade entre o auge, e apesar do aumento dos preços relativos (10)
seu nível médio de renda e os dos centros industrial nt™ ° a lnnon° n° ponto 35 causas de deterioração
da análise cepalina são desenvolvidos nos pontos seguintes ? aSpeCt°S ba e na anZ d3n Çí° ÍnterCámbÍ0 see^am fundamentalmente com
^^aS^on^^0 rend3S C ^P-çosdur.teos^
2.2. A Expansão Cídica e seus Efeitos sobre a Periferia
De acordo com a concepção geral anteriormente a A Transferência dos Efeitos das Contrações Cíclicas para a Periferia
periferia são economias que cumprem funções comDl eSCrÍta- centros e
conformam um sistema que funciona de maneira difereTn,ares' 1,135 que I
60 * à Postulada pela r cíclicas mais do °S termos do intercâmbio perdem nas contrações
simplicidade as razõ ^an^° nas fases de expansão. Para explicar com
essa intensa queda, pode-se admitir que as produti-
1 61
ao que. por sua vez. assoda-se a possibilidade de uma maior contração dos com Tdlua procura tomam necessário que as remunerações dosdiferen-
jucros empresariais da periferia. Mas, sem dúvida, os documentos da CEPAL Atores se reduzam mais do que nos centros, para que a sua produção
destacam o comportamento desigual dos salários. A relativa escassez de mão- l a realizar-se com valores de ofertas e níveis de remuneração de recursos
de-obra e a poderosa ação sindical dos trabalhadores dos centros contrastam c^pXs de gerar a oferta derivada, que, por sua vez. possa absorver a pro
com as çondições que prevalecem na periferia, onde existe um excedente de
força de trabalho e uma organização sindical incipiente. Essas diferenças dução periférica.
fazem com que, durante as contrações cíclicas, as pressões empresariais
para manter os lucros às custas do nível de salários tendam a se transferir 2.4. A Deterioração e os Ciclos Econômicos
para a periferia, na qual a capacidade de resistência dos trabalhadores é
A título de síntese, considerem-se as seguintes afirmações: “A maior
claramente menor (12).
Pode ser observado desde já que este primeiro aspecto do argumento capacidade das massas, nos centros cíclicos, para conseguir aumento de
tem uma estreita conexão com as características de estruturas implícitas nos salários durante as fases de expansão e defender o seu nível nas fases de
conceitos de centro e periferia. Na verdade, é a própria “condição periférica11 contração da atividade econômica, assim como a aptidão desses centros,
", ou seja, o atraso estrutural em relação ao centro no que diz respeito aos pelo papel que desempenham no processo produtivo, para deslocar a pressão
níveis de produtividade e diversificação do aparato produtivo - que torna cíclica para a periferia, obrigando a que esta comprima as suas rendas mais
possível a maior contração cíclica dos lucros e salários pagos na'periferia.
J... que !•__ intensamente que os centros, explicam por que as rendas destes tendem a
No que diz respeito às condições fazem necessária*^ maio7cóntra-
subir com mais vigor do que as dos países da periferia, conforme demonstra
Ção das rendas e dos fatores produtivos da periferia, diz-se que são também
de natureza estruturai: relacionam-se com a posição da atividade primário a experiência da América Latina... Nisso está a chave do fenômeno segundo o
qual os grandes centros industriais não só retêm para si o fruto da aplicação
exportadora ria estrutura da produção da economia mundial *
Como se sabe, essa atividade ocupa as primeiras esta™ Hz. das inovações técnicas na sua própria economia, como, além disso, estão em
Dfodutivn
produtivo e r/ancírá» UM..., —
consista, em linlias _________
gerais, numa produção insnmdo processo
- de dpas • da^r^eria“ QJ) C3^íar uma Paríe d° Que surge no progresso técnico
lnÍArmA.
diários, cuja transformação posterior se realiza nos centros indi t°S ,m ternie'
outro ângulo, devido ao próprio caráter da produção perjféri S n^S* ^es^e No texto acima doííp.ça j
deterioração tenta expíca, simLtJe o
da é derivada: depende do nível de demanda final que é cerad * SUâ deman'
cíclicos. Quando diminuem nestas os níveis de atividade e d h**0* centros longo prazo das rendas e dos n mente as flufuaçoes e as tendências a
periferia, tais níveis também se contraem; ou, em outras pJavr!?^3’ na dade econômica, os salários (e co^^ ^uraníe as ^ases de declínio da ativi-
62 P vras> quando riais) se comprimem mais na’ ne^f0 WU também os l^ros empresa-
ena do que nos centros. Ainda que as
IX \
63
DigitalizadocomCamScanner
^te preciM* neíte ponto. excedente de (^T v
de salários). e. finals ' ‘3 - -feeoeacfc
r ao$ recurw$ P'nft-. aa fttó_
*> iLffl^‘nen,0,deexpanjJoecori’-- necessário, expresuo e ■
trfoEm progresso técnico
frutos doincorporam^
dosresumo, aj nos w * .... “’’««cea.
°’’2T*>‘*cW’ LL un» tendência de longo prazr/_;
^'“í íédití entre oí dob P0105 do S1Jte~*
tos de centro e periferia, quer dizer.- -
de intercâmbio não é senão a outra fj> nos pontos 1, 2, 3 e 4. De outro lado, rjo i. ? -----
a ^ú{eúidurant;as exp^ imprimem
descritas nouma conotação
ponto dinâmica
5 do capítulo üsoc
a o*.
citado) '« '*7, V'*?-*
intensidade nas conjunturas de declínio, i;
XTU produz*:uma tendéncia de long0 formalização afirma que a diferença estrutural d^^’ me,BK>
base da diferença entre seus níveis de rend/í 5 1??
*£2*- XS2*>- A ™ melhona n0S aUges Provavelmer.-i tência de uma relação geral entre eles. Dito d-ou^ *** reR«*r'á txt
de »> *“' rendaJ se diferenciem, tendo-se ent cor.t,
a elaborar uma análise precisa e coerent- das “?raa«ira, não se <4..
maísnos centros que na periferia.
a queda da relação de intercâmbio agrava a difert-. tentes entre essas duas desigualdades fundamenta
M (2Sa op«^- disparidade entre os aumentos das produn.
de rendas que aemtm
niiie^t^b^duii portanto, que a tendência à deterioração dos termos
tSnbio constitui um mecanismo mediante o qual se realiza a tender,-
2 fonontração dos frutos do progresso técnico (ou seja, à diferenciação
notas
freadas). Em última instância, essas duas tendências paralelas têm as me-,
(1) As primeiras colocações da CEPAL sobre a deterioração des tenso» oo imexcâra-
XSZS 2S condições estruturais que dão aos centros e à periferia dife- bío se encontram em Principais Problemas, cspecialmer.te cas págzLu de 4 i 7 ;e em
reates aptidões para conseguir aumento de rendas nas fases de expansão cícli- Estudo, especialmente no Capítulo III.
n 2SS2HJ como para evitar a sua redução nas fases de declínio. (2) Esta divergência aparece, por exemplo, em publicações recentes sobre a teoria do
intercâmbio desigual: “A tese de Prebisch é a mesma de A. Emmanuel. ExpBca a dete
Como se pode observar, a “versão ciclos” da tendência à deterioração
rioração dos termos do intercâmbio pelo aumento regular do nível dos salinos somente
não alcança níveis plenamente satisfatórios de rigor analítico, pois nela não
nos países desenvolvidos. Não pode ser confundida com as teses de Singer e dos outros
se am segue formular de maneira precisa as relações existentes entre as flutua que estão baseadas na análise da demanda (sobre este assunto Emmanuel cai numa
ções do nível de atividade e da renda social de centros e periferia; nem se confusão que o leva a ser injusto com Prebisch)”. Samir La acumulanon a eseda mun
chega a esdarecer os vínculos entre essas flutuações e a oscilação paralela dos dial, México, Siglo XXI, 1974, p. 108 — Amin.nota 71).
preços dos bens de exportação e das remunerações dos recursos produtivos
W Xte^nto/e através das relações que se estabelecem «n
nos dois pólos do sistema. Apesar dessa carência instrumental e do seu caráter
discursivo, a análise avança até o ponto de incorporar com relativa coerência os pressupostos dos documentos da CEPAL sobre a rehçao entre preços rendas,
o grupo de idéias mais gerais que constituem o conteúdo do pensamento da textos pertinentes são citados mais adiante. ™rní»ira mite.
CEPAL Nesta teoria, admite-se que as mudanças na dotação de recursos, nas (5) Veja-se especialmente o texto transcrito na nou (ix) o ane
(6) Com base na expressão y = Lp/Li • R, pode-se afirmar que o valor de (Lp/
técnicas produtivas e na produtividade do trabalho constituem as caracterís
Lj)2 se afastam mais da unidade quando Lp e Lj representam as produtividades
ticas mais gerais do processo de desenvolvimento a longo prazo do sistema
da periferia e dos centros do que quando representam as produtividades de seus s
^onómico, que esse sistema está formado por centros e periferia, os quais
exportadores. _ • a iv. “rela-
caraculí-/10 ^ue. aspeito a estrutura e função econômicas (estas (7) O conceito utilizado até o momento é o de termos do intercâmbio e ns ou
de desen iferenciais instituem o marco no qual se produz o processo ção de intercâmbio”, segundo atual nomenclatura da CEPAL.^ Mais adiante sera _
que existXVIlnfCnl0 ^°U de ProPa^a^° universal do progresso técnico); uma referência explícita à “relação fatorial simples”, de intercâmbio que e a re çao e
intercâmbio multiplicada por um índice de produtividade das exportações, assim com
maiores nos cent^d ÍSÍ*nt0S aurnento da produtividade do trabalho,
à “relação de intercâmbio fatorial dupla”, que equivale à anterior, dividida por um
rioração dos term°S d na.Per^er*a» flue há um nexo causai entre a dete- índice de produtividade das importações. Ainda que simplificadas ao máximo, as tor-
periferia, especial™ f ^^^mhio e as condições de estrutura próprias da mulas (1) c (5) se referem tacitamente a esses conceitos. A sua definição precisa pode
n e no que concerne à tendência à geração contínua de ser vista no documento América Latina: Relación de precios dei intercâmbio, Cuadernos
L
'
j^.fí^omuçío de uma tendência à deterioração dos teffrin
<**Í£Í*» flu,lUÇÍ0 cicto’ Wjwe EstUd°' p- 61 Wfcdo na? d°
3
A INTERPRETAÇÃO
* Vá^&u^,pp-6le62.
DA INDUSTRIALIZAÇÃO
no, £oli<^a"«"1«^“tenor-tfirnu-sequenajexparisõescíclici D PERIFÉRICA '
junior índia se R, i(Lj/Lp)t. s°i
dl) De «cardo com a nomenclatura já utilizada, a expressão y - r
4 * consta,i deterioração de R traz consigo uma redução~da'.R'*LDt
iaàu(y)- reiaçao entre
(13 V^Mtípeú Problemas, p. 7, e Estudo, pp 62-63 íFo ; ■
dado ninou (rin) do anexo à primeira parte.) ? X (E te “Huno texto e...
(13) Mndpais Problemas ,p.l, u
FALTANDO A PAG. 69
w8o b»M. qut • renda d. periferia diminua na mesma propor?io (|llc
X. Como < ci.ro. se o coeficiente do centro se reduz, a renda pctif
deverá diminui, em maio, pmporçáo que a centnca Prensa. ,
contração das importações cêntricas (exportações per féneas) induzi(la p.
l-
equriTÜcnte
100sópars
tar de expn
ISO,
aumenta ou seja,
de 40 50%,
para , eou
- * 50, que ao 25%
seja, mesmo temno
Dos ~ara ■
150 a m pacidadc p .
de
■ - ..
te da procura não poderia ser atendido com importações, já que elas ólt
urresPonden.
sanam permanentemente a capacidade para importar. Uma vez esgotadas^
FALTANDO A PAG. 75
Digitalizado com CamScanner
• nturais do valor das exportações. qu djfjculdades na assimilação das técnica,
evoluçío economics dos centros (xlv). *** , r_
se dá sem dificuldades. No entanto, Nessa evolução, o aumento dos salário, '
con*» do nfvel de renda e do nível de ativid,(lç
ÍÜ * ^utaTas “pode exigir importações superiores à reduzida Ca. para uma contínua criação de inovações tecnd?" ’*ni
^de-obra por capital. A adoção de tais técnfcM ■ •
2*Íp^ifflPO7rtendência ao desequilíbrio externo vincula-se ao Ieve. apitai tendia, certamente, a produzir desemprezo mairjI '
pessa de (bondade e períodos de aguda escassez de divisas, contribuía para absorvê-lo, graças ao aumento das
^unento de l*rrcsultad0 de longo prazo da oscilação do valor das expot’ >*. 'A
novos procedimentos de produção. Quando os efeitos
elâ é vistai como u importar, diante do montante crescente de im.
emprego voltavam aa pressionar
aumento estimulava o nível
incorporação de uma salários
dosnova conent^.^ -
tíÇÔe$ C Jue a própria industrializado substitutiva exige (xliii).
procedimentos técnicos de densidade de capital ainda maior a°^’c^
çáo
mecanismo do tipo edosalários,
entre emprego que se acaba de técnico
avanço acumulação
esboçar,eexplica o gndXínto^
4. A TENDÊNCIA AO DESEMPREGO ESTRUTURAL
densidade de capital, durante o desenvolvimento dos grandes centros indus
De acordo com os documentos da CEPAL, os problemas de emprego
triais (xlvi).
apresentam, na periferia, características próprias, diferentes das dos grandes Um mecanismo deste tipo funcionou nos diversos setores e ramos de
centros industriais. Nestes, as oscilações do nível de emprego obedecem prin atividade, de modo que os seus resultados se estenderam a todos eles. A mobi
cipalmente a imperfeições no funcionamento do sistema econômico, ou seja, lidade dos recursos produtivos tendia a nivelar a sua remuneração nas diversas
são, por natureza, de tipo conjuntural. Ao contrário, a tendência ao desem atividades. Desta forma, quando a elevação dos salários impulsionava a ino
prego das economias periféricas é de caráter estrutural: em última instância, vação e o aumento da densidade de capital em certos ramos, possibilitando,
depende de como penetram as técnicas produtivas geradas nos centros e de por sua vez, o pagamento de novos salários mais altos, a propagação dos
como se transforma a estrutura produtiva durante a fase de industrialização. maiores salários a outros ramos e setores influía no sentido de que também
Os elementos que entram em jogo na explicação dessa tendência são os neles se adotassem tecnologias de densidade de capital mais elevada (xlvii).
seguintes: a baixa capacidade de poupança e de acumulação, relacionada com Em resumo, postula-se que o progresso técnico das economias centrais
os baixos níveis de produtividade e renda média que predominam na perife traduziu-se num aumento paulatino da quantidade de capital por unidade de
ria; o tipo de tecnologia que esta se vê obrigada a adotar, cuja elevada densi mão-de-obra e numa relativa homogeneização da densidade de capital nas
dade de capital e grande escala incidem negativamente sobre o emprego; a
existência "... de grandes massas de potencial humano de exíguo capital e diversas atividades produtivas.
É de se observar que este postulado vai unido a um pressuposto adicio
uma ainda menor produtividade...” (14), isto é, de "... um excedente real ou nal: à medida que a densidade de capital aumenta - e com ela a produtivi
virtual de população ativa...” (15), nos setores onde se manifesta a heteroge dade do trabalho e os salários — incrementa-se também a produtividade do
neidade estrutural peculiar das economias periféricas (xliv). próprio capital, de modo que a sua remuneração possa manter-se em níveis
A explicação da incidência destes diversos elementos na tendência ao que não desestimulem a acumulação. Em relação a este aspecto do avanço
desemprego se baseia no conceito de inadequação da tecnologia. Resulta,
técnico, afirma-se que só err. abstrato as inovações podem ser divididas entre
pois, conveniente começar precisando o seu significado (4.1), para depois as que são destinadas a economizar mão-de-obra e aumentar a sua produti
examinar como ele é utilizado na análise da tendência mencionada (4.2).
vidade mediante uma maior quantidade de capital por homem, e outras que
elevam a produtividade do capital. Na prática, os dois objetivos cumprem-se
4.1. A Inadequação da Tecnologia
juntos; em geral, com cada inovação logra-se aumentar simultaneamente a
i) As condições de atraso com que começa a industrialização da perife produtividade de ambos os fatores.
Assinala-se, além disso, que o progresso técnico deu lugar à criação de
ria tão consideradas substancialmente mais agudas do que as que existiram
processos produtivos de grande escala, compatível com o nível de renda e o
entre os diversos centros, quando cada um deles deu início ao seu próprio
tamanho dos mercados dos centros, mas excessiva em relação às dimensões
processo de industrialização. Esse atraso relativo maior traz consigo sérias
76 das economias de menor desenvolvimento. Afirma-se ainda que esses pro-
do A do trabalho cresce mais do que a do capital; no entanto, a uma maior maior proporção de emprego no setor arcaico a uma
ter-se-á uma mais alta taxa de aumento da XT - 10 ímPie?° total
densidade de capital corresponderá uma maior produtividade do mesmo (k),
prego no setor moderno. Por exemplo se àem rsla^° 10 «m-
de modo que. permanecendo igual à taxa de crescimento da população ativa
dois setores, e se o emprego se distribui entr-T-^.atr'aaumenta 3% nos
(e), será menor o esforço de acumulação (a taxa de poupança, s) requerido
de aumento da oferta de trabalho em relação" mstads’ a taxa
para preservar o pleno emprego. Mais ainda: considerando-se somente o setor
no será de 6%. Se o emprego se distribui entre •Set<” n‘OdW‘
moderno, não se vê como pode existir uma tendência ao desemprego estrutu
moderno na proporção de 4 a 1, essa taxa se elevará a 15% '■ ° 56X01
ral, pois, ainda que fosse muito alta a taxa de aumento da população ativa
a densidade de capital e a sua produtividade tenham valores nítolit'1'
nesse setor (v.gr., 3%) e muito baixa a produtividade do capital (v.gr.,fc = 0.3),
a conservação do pleno emprego exigiria um esforço de acumulação relativa favorecendo a acumulação e o emprego, se o setor moderno é pequeno, a sua
mente pequeno (s = 0.1). acumulação e o seu crescimento podem ser insuficientes para dar ocupação à
ii) Na segunda fase da apresentação, começa-se a integrar na análise o força de trabalho adicional que se origina não só nesse setor, mas também no
fenômeno da heterogeneidade estrutural, admitindo-se, para isso, que há um atrasado. Para ilustrar este ponto, admita-se que a produtividade do capital
setor arcaieo que coexiste com o moderno. alcance o nível relativamente alto de 0.6. No primeiro dos exemplos anterio
Para simplificar, supõe-se que os bens produzidos pelos dois setores são res, onde a população ocupada se distribui por metades entre os dois setores,
distintos e não concorrem entre si, de modo que, no setor atrasado, não se a taxa de poupança necessária para preservar o pleno emprego é de 10%; no
gera desemprego tecnológico. Postula-se ainda que esse setor consegue reter segundo, com 4/5 da ocupação inicial no setor arcaico, a taxa de poupança
toda a mão-de-obra ocupada num período inicial arbitrário, ainda que expulse requerida sobe a 25%.
todo incremento de força de trabalho derivado do crescimento de sua popula No caso simplificado que está sendo examinado, se a tendência ao de-
ção ativa. seprego é encarada desde a perspectiva da oferta — ou seja, supondo dado o
Admite-se que a taxa de aumento da população é a mesma nesses dois ritmo de aumento da população ativa — essa tendência aparece como o resul
setores componentes da economia periférica. Diferentemente do caso anterior, tado de uma taxa de acumulação insuficiente (21). Caso se olhe o problema
a oferta adicional de trabalho provém do crescimento vegetativo dos dois desde a perspectiva inversa — quer dizer, considerando dada a taxa de acumu
setores, e não só do setor moderno. A procura adicional é semelhante, já que lação — a mesma tendência parece derivar de variáveis demográficas e da
de acordo com os pressupostos adotados, toda a oferta adicional deve ser incapacidade dos setores atrasados para reter o aumento de sua população
absorvida pelo setor moderno. A expressão
ativa.
A simplicidade do caso em estudo permite ainda visualizar mais facil
mente que, a análise cepalina dos problemas do emprego considera de modo
e ' Ea
k = e + simultâneo essas duas perspectivas; não privilegia nenhuma delas, mas sim o
En (3)
m conceito de heterogeneidade estrutural, subjacente a ambas. Com efeito, a
tendência ao desemprego pode ser atribuída a um desajustamento entre os
na qual Ea representa o nível de emprego constante do setor arcaico, reflete ritmos de acumulação e de aumento da força de trabalho; no entanto, nesse
uma condição de equilíbrio dinâmico do mercado de trabalho compatível desajustamento influi de forma decisiva a importância relativa inicial dos dois
com os pressupostos anteriormente enunciados (19). setores componentes da economia periférica, ou seja, a grandeza de sua hete
Desta equação extrai-se uma conclusão similar à do primeiro caso: para
rogeneidade estrutural.
80 81
96 97
. obrigada a adotar técnicas de alta densidade de capita],
v
por que a pcrif«ja * « mío d0 MnCeit0 de “densidade ótima de capital” porção igual à da sua subutilização, enquanto que a produtividade do trabalho (r) penna-
o, dwumentoi da CEPAL ta noU (xlix) do ^exo à primeira parte). No nccc invariável.
(veja-se. P°r exemplo, o ' q , maior eficiência técnica das tecnologias geradas (26) Podc-se demonstrar que o grau de capacidade ociosa incide sobre a grandeza abso
entanto, esse conceito de'recorrer a qualquer conceito de ótimo econômico na luta do desemprego tecnologico gerado por um certo montante do investimento competi
nos centros entt* n5^es°kíni djss0 ram0 verá mais adiante, o conceito de densidade tivo, mas não influi sobre o ritmo de aumento da oferta do emprego que deriva do de
mencionada e^“a^]undo teor^ estática da alocação de recursos - não c uma base semprego tecnológico.
ótima d£ o’concc)to eepaimo de inadequação da tecnologia, no contexto dinâmico (27) Estudo, op. cit.,p. 6%.
(28) Até o momento, a argumentação se desenvolveu com base numa diferenciação di
procura e’tPbar 1 ,endénaa a0 desemprego.
cotômica entre setor moderno e setor arcaico, onde ambos são definidos pela diferença
dg) Para simplificar a apresentação, as diversas equações utilizadas neste ponto são
de nível tecnológico e/ou de densidade de capital e pela maior ou menor produtividade
consideradas em separado e com maior amplitude no anexo ao presente capítulo.
dos recursos que utilizam. Como é óbvio, essa diferenciação pode produzir-se não só
(19) Veja-se o anexo a que se refere a nota anterior.
Com o objetivo de descrever as postulações da CEPAL sobre a tecnolo A equação (1) do texto principal
gia e o progresso técnico do modo mais simples possível, será utilizada uma
função de produção do seguinte tipo: AP’1 — = e E" (1)
m t m
P = k K
expressa a condição de equilíbrio do mercado de trabalho de uma economia
P = t T composta só por um setor moderno, num período de renda arbitrário (dentro
do pressuposto de que, anteriormente, existia pleno emprego). Com efeito:
Nela, P é o produto real; KtT representam quantidades físicas de capi k/t é o inverso da densidade de capital e, como tal, indica a magnitude do em
tal e trabalho; k e t são as respectivas produtividades físicas, tanto médias prego por unidade de capital; multiplicando esta demanda umtana pela inver
como marginais. são que se incorpora ao aparelho produtivo no período considerado (n + 1),
A dotação de capital por pessoa ocupada, ou densidade de capital, é obtém-se a demanda adicional de mão-de-obra correspondente a esse peno
obtida igualando-se as duas equações anteriores: (AF’1 it/r); a oferta adicional equivale ao produto do emprego existente no
período anterior (En ) pela taxa de crescimento da população ativa (e), que
se supõe constante; a equação citada estabelece, então, a igualdade entre a
demanda e a oferta adicionais de força de trabalho.
= í AAf"
3. SEGUNDA FASE
pelo seu valor na fórmula (1), obtém-se:
Substituindo & Kn^1
A equação
Kn
ks T = eE™ " AR+1 L = e En + e Ea (la)
Kn k
ks — = e expressa a condição de equilíbrio do mercado de trabalho de uma economia
Enm
m t periférica, num período de renda arbitrário (n + 1). Além do setor moderno,
esssa economia conta com um setor atrasado, no qual o nível de emprego
Como (Ea) permanece constante. A demanda adicional de trabalho (AÁ^*1 k/t)
V"m ■S'/k é similar à do caso anterior. Mas a oferta adicional não provém somente do
crescimento da população ativa do setor moderno (e E1 ^), mas também do
(2)
s k = e aumento da população ativa do setor arcaico (e Ea), que este não absorve.
AA"+1 AÁ71*1 = Pn s
m
sA = ------- —
Pn = k K"TH
4. TERCEIRA FASE
A m * 11 = C E"m + C E0
A equação
Diridindo os dois membros desta equação por Em, chega-se a uma nova for-
ma da condição de equilíbrio dinâmico do mercado de trabalho:
(lb)
(32) Implicitamente, supõe-se que os bens físicos de capital de ambos os setores podem
Ser reduzidos a uma unidade de medida comum e comparados. As proporções em que se
combinam os seus recursos e as suas produtividades se definem também com base nessa
unidade de medida.
(33) Pode ser demonstrado que se o primeiro membro de (5) é menor que o segundo, o
(5) progresso técnico aumenta (em vez de reduzir) a taxa de crescimento da demanda líqui
da de trabalho, assim como não a altera se ambos os membros são iguais. No caso em que
o avanço tecnológico eleve a produtividade do trabalho (r), e não a do capital (k), com
ele diminuirá o valor de (k - z t k'/t') na equação (4a); portanto, o seu efeito sobre a
A expressão (5) indica a condição que deve ser cumprida para que o taxa mencionada será negativo.
(34) Um exemplo simples ilustra o ponto. Os seguintes valores das variáveis cumprem a
progresso técnico reduza a taxa de crescimento da demanda de mão-de-obra,
condição imposta por (5): 0 = 0.25; a = 0.04; z = 0.25; A = 0.5; k' = 0.2;
descontado o desemprego tecnológico: a relação entre os aumentos percen t = 4t'. Na equação (4a), o valor de (k - z t k'/t') diminui de 0.3 para 0.27, em
tuais das produtividades de capital e trabalho (fl/ot), multiplicada pela propor consequência dos aumentos de k e t. Suponha-se que num período arbitrário (n + 1) a
ção da inversão competitiva sobre o total (z), deve ser maior do que a rela oferta de trabalho vinculada ao crescimento da população ativa aumenta em 6% (e +
ção do investimento competitivo sobre o total (z), deve ser maior do que a rela- + e En/En = 0.06). A taxa de poupança (r) necessária para manter o pleno emprego
a m
técnica moderna preexistente (33). Assim, dado o valor de z, quanto maior é maior com progresso técnico do que sem ele: sobe de 20 para 22.2%.
seja a disparidade de densidades tecnológicas (ou, se se quer, o grau de hetero
geneidade estrutural), menor deverá ser a diferença entre as percentagens de
aumento das produtividades dos recursos para que o progresso técnico produ
za uma redução da taxa mencionada.
Como se pode observar, ainda que as postulações da CEPALa respeito
da incidência negativa do progresso técnico (e do conseqüente aumento da
densidade de capital) sobre a dinâmica do emprego não tenham uma validade
geral, elas não são in cone tas nem incompatíveis com os marcos de pressu
postos que lhes servem de base. Destas postulações depreer ’e-se que a neces
sidade de utilizar técnicas mais eficientes e de maior densidade de capital é
uma causa plausível da tendência ao desemprego, em economias marcadas
pela heterogeneidade de sua estrutura produtiva (34). Conclui-se, além disso,
que o grau de heterogeneidade estrutural (o pequeno valor de t'fk' em rela-
a t/k) favorece — ceteris paribus ~ esse efeito negativo do progresso i
técnico.
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d|(8eJ eompetlçfc , * ||we moMidldt _
Gipitulo
,ÍJticas dessa economia são apresentada com a ajuda do «áfico?
A DETERIORAÇÃO
4 No eixo horizontal desse gráfico, mede-se o nív.i 2.
da de O e à direita de P estão consideradas, de forma implícita!» qulnHd"-
des de trabalhadores ocupado, no setor exportador e na indústria respecti-
DOS TERMOS DO INTERCÂMBIO vamente, ao final de um ano base, arbitrário. O segmento OP representa a
E A INDUSTRIALIZAÇÃO mão-de-obra adicional gerada ao longo de um número também arbitrário de
períodos de renda, durante os quais transcorre o processo de industrialização
SUBSTITUTIVA que é objeto da análise. O emprego adicional no setor exportador é medido de
O em direção a / e o da indústria de P em direção a O. As condições de ex
pansão potencial dos dois setores são descritas a seguir.
J. AS HIPÓTESES BÁSICAS
s^.B-.BI-^-B
Dado o pressuposto de que o lucro unitário (B) é igual em ambos os Mesmo supondo que B, Pt e Pk permanecem constantes, no caso de se admitir
setores e permanece constante no seu nível inicial, é necessário admitir que o que neste setor o aumento dos custos é provocado pela subutilização dos
diário terá de ir diminuindo para compensar a queda dos preços no setor equipamentos, haveria que se admitir também que Dz, a densidade do capital,
exportador (a baixa de Pp) e o aumento dos custos na indústria (o aumento incrementa-se de maneira contínua à medida que cresce a produção e o em
prego industrial. Portanto, neste caso, a constância do lucro unitário não é
compatível com a constância da taxa de lucro, nem pode representá-la; pelo
Observe-se que, de acordo com o que se mostra no texto comentado, a
contrário, ela implica o fato de que a mencionada taxa se reduz, paulatina
renda média, os salários e o lucro unitário de ambos os setores periféricos se
mente, com a expansão da indústria.
expressam em termos de bens industriais, ou seja, medem-se em unidades físi
No conjunto de argumentos relativos à operação do sistema econômico,
cas de bens industriais. As explicações acima põem de manifesto que, para
supõe-se que este se ajusta para garantir a igualdade das remunerações dos
reduzir as diferentes variáveis a esta unidade de medida comum, podem ser fatores produtivos em ambos os setores. No entanto, a igualdade do lucro
utilizados os preços internos de bens e de recursos como sistema de valora- unitário implica a desigualdade da remuneração do capital, como acaba de
çáo. (Por exemplo, Ppt Pj e St que supostamente equilibram os respectivos ser constatado. Faz-se, então, necessário examinar se essa inconsistência inva
mercados.) Além disso, pode-se admitir que, no centro, são produzidos bens lida o raciocínio ou se, pelo contrário, não obstante alterações menores,
similares aos da periferia, que os respectivos mercados também alcançam o aquele conjunto de argumentos conserva, no essencial, a sua validade.
equilíbrio e que a taxa de câmbio é ajustada para assegurar a equiparação do Uma alternativa aos pressupostos anteriormente descritos estaria em
poder aquisitivo das respectivas moedas. Com esses pressupostos simplifica- considerar que, na atividade industrial, o lucro unitário é crescente. Tendo
dores, para expressar-se aquelas variáveis em termos reais, não fará nenhuma em conta que com a expansão da indústria a densidade de capital vai crescen
diferença usar como sistema de valoração os preços internos dos bens e recur do, o aumento do lucro por unidade de produto estaria compensando esse
sos ou os seus preços externos e em moeda estrangeira. incremento e assegurando a constância da taxa de lucro. O gráfico 2 incorpora
ii) As considerações acima servem como base para examinar o vín- este pressuposto alternativo.
° un^^° e a laxa de lucro e, mediante isso, examinar a No ponto de origem do processo, a renda média, a taxa de salários, a
1 A 05 ^Postos relativos à remuneração do capital, densidade do capital, o lucro por homem ocupado e a taxa de lucro são supos
taxa de lucro do setor exportador pode ser definida através da expres- tos iguais em ambos os setores. À medida que aumentem a produção e o em
prego, a renda média cairá de acordo a AA/ no setor exportador, devido à
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(je. p - .
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. «nortícõcs. A taxa de salátio deverá se contrair, parale- trabalho se distribui na quantidade OJ no setor exròrtarfnr . pi J- .
lamente05deXdo com a curva BN, assegurando a constância do lucro uni- a taxa de salários será de./// em ambos. O lucro unitário alcançará a
™ no setor exportador e um montante um pouco maior, de grandez^Z n“
táno c da taxa dc lucro. _ .
No tocante à atividade industrial, cm virtude do aumento dos custos. a setor industrial, diferença esta que assegura a igualdade da taxa de lucro nos
renda média cairá de acordo com a curva CF. Os salários reais também terão dois setores.
que K contrair, redução representada pela curva DK. Ex hipótesis, essa baixa Como pode ser observado facilmente, tanto a análise da operação do sis
de salános assegura que o lucro unitário aumenta gradualmcnte, de forma que tema econômico (ponto 2) como a das características da situação de equilí
brio a que se chega através dessa operação (ponto 3), podem ser realizadas
a taxa de lucro permaneça constante.
com base no gráfico 2, de forma paralela e inteiramente similar às que se rea
lizam mediante o gráfico 1. Portanto, com o objetivo de não afastar a argu
mentação de sua formulação original, é legítimo refen-la ao gráfico 1, sempre
i„crem«.l. ™i°' ">"te ’’'oduli'',date ceitos, procurando evitar essa inconsistência, permite chegar de forma
te e válida a conclusões equivalentes às do texto comentado. coeren-
riais” (16).
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