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RESENHAS

CIÊNCIAS DO AMBIENTE

Aluno: Danielle Bernardes de Souza

Marcus Vinicius Pereira Dias

Prof.: Cynthia Alexandra

Goiânia/GO
Fevereiro de 2021
1. ISO 14000
As normas internacionais ISO, foram criadas pela Organização Internacional de
Padronização (ISO), com a finalidade de melhorar a qualidade de produtos e serviços.
A série ISO 14000 é um conjunto de normas voltadas para a Gestão Ambiental de empresas
de todos os portes e áreas. Estas normas têm o objetivo principal de especificar os requisitos de
um Sistema de Gestão Ambiental, SGA, e permitir que uma organização desenvolva uma
estrutura para a proteção do meio ambiente com rápida resposta às mudanças das condições
ambientais.
Resumidamente, a ISSO 14001 permite que uma organização:
 Implemente, mantenha e melhore um SGA.
 Assegure a conformidade com sua política.
 Demonstre esta conformidade a outros.
 Busque a certificação (3a parte).
 Declare-se em conformidade com a norma
A norma pode ajudar a avaliar o controle que você tem ao longo dos estágios de sua linha de
produção e cadeia de suprimentos, avaliando o produto ou serviços até os detalhes do transporte,
etc. você pode estar no controle e usar o SGA a seu favor, além de reduzir seu impacto no meio
ambiente, afirmar conhecimento, crescimento, conformidade e aumentar a reputação.
Uma empresa que tem um certificado ISO 14000 obtém muitas vantagens: ao receber o
certificado ISO 14000, a empresa é associada a um padrão internacional de gestão ambiental, o
que traz aos clientes, fornecedores e demais, uma imagem positiva de empresa limpa e
preocupada com o meio ambiente.
Devido às rápidas mudanças na indústria, houve mudanças drásticas no meio ambiente.
Especialistas da indústria de engenharia devem estar sempre se esforçando para diminuírem os
impactos ambientais causados pelos aspectos ambientais referentes às atividades de sua
empresa, em consonância com a certificação ISO 14001.
As profissões relacionadas à aplicação da ISO 14000 são:
 Gestor/consultor ambiental: Profissional capacitado para prestar assessoria a empresas
que desejam analisar possíveis problemas e soluções relacionados à gestão ambiental.
 Diretor de planejamento ambiental: elabora estudos de impacto ambiental. Este
profissional traça planejamentos para otimizar o uso sustentável dos recursos do meio
ambiente.
 Gerente de projeto ambiental: profissional faz a gestão de um projeto ambiental ou do
setor ambiental de uma empresa. É necessário gerir crises, gerenciar conflitos e planejar
estrategicamente planos de conservação ambiental.
 Analista de projeto ambiental: Nos setores públicos ou privados, esse profissional pode
contribuir com sugestões para a legislação ambiental. Ele também pode atuar na
fiscalização do cumprimento das leis ambientais nas empresas privadas.
Em relação ao salário, no cargo de Gestor Ambiental se inicia ganhando R$ 2.017,00 de
salário e pode vir a ganhar até R$ 4.163,00. A média salarial para Gestor Ambiental no Brasil é
de R$ 2.894,00. A formação mais comum é de Graduação em Engenharia Ambiental, Tecnólogo
em Gestão ambiental, Ciências Biológicas.

2. Selos e Rótulos Ambientais


Os rótulos ambientais são selos que visam a informar ao consumidor algumas características
sobre o produto. Os rótulos ambientais costumam ser conhecidos também como “selo verde”,
“selo ambiental” ou “rótulo ecológico”.
Existem atualmente diversos programas de rotulagem e estes podem ser classificados em dois
grupos: os de iniciativa própria, adotados e implantados pelo próprio fabricante dos produtos; e
os de rotulagem terceirizada, conduzidos por organismos independentes do fabricante:
 Rótulos de Fabricantes: são rotulagens confeccionadas pelo fabricante dos produtos,
também chamadas de autodeclarações ambientais;
 Rótulos de Organizações ambientais: são as rotulagens conduzidas por órgãos
independentes dos fabricantes. Elas podem ser voluntárias e aplicadas por terceiros com
critérios bem definidos.
A série ISSO 14024 define e padroniza os tipos de rotulagem ambiental. Os tipos de rótulos
são:
 Selo tipo I: é o “selo verde” dos produtos (sistema de premiação aprova/reprova);
 Selo tipo II: declarações ambientais feitas pelos fabricantes e produtores sobre a
qualidade ambiental dos seus produtos;
 Selo tipo III: semelhante ao tipo I, porém obriga a que os produtos possuam em suas
embalagens o detalhamento dos impactos ambientais referentes a cada um dos seus
elementos constituintes (informação quantificada).
No Brasil, podemos citar como exemplo os selos:
1. FSC 6. DGNB
2. LEED 7. CASA SAUDÁVEL
3. BREEAM 8. PROCEL EDIFICA
4. AQUA 9. PBE EDIFICA
5. RGMAT 10. CASA AZUL

Empresas que aplicam continuamente um sistema de gestão de qualidade durante todo o


processo construtivo, tendem a diminuir perdas, retrabalhos e erros; além de garantir mais
qualidade e durabilidade favorecendo a melhoria do desempenho ambiental das mesmas.
Existem vários cursos referentes à rotulagem ambiental, não como cursos superiores, mas
sim como técnicos e cursos de especialização. Os cursos são voltados para profissionais que
desejam se aprofundar no tema e orientar melhor os colegas e empresas em que trabalham. São
apresentados todos os tipos de rotulagem, no âmbito da ISO 14020, e os diferentes programas de
Declaração Ambiental de Produto espalhados pelo mundo.
Desta forma, a área de atuação de um profissional especialista em rotulagem ambiental,
engloba tanto as áreas de meio ambiente (Engenharia Ambiental, Direito, Biologia, Gestão
Ambiental, etc), quanto a área de Marketing.

3. Contabilidade e Governança Ambiental


A Governança Ambiental significa a adoção das MELHORES PRÁTICAS DE
GESTÃO, em empresas e projetos, inclusive sob a ótica ambiental. O próprio Ministério do
Meio Ambiente, utilizando os conceitos de Governança Corporativa, destaca o papel do
planejamento racional como instrumento para a consecução de tais finalidades, em benefício das
próximas gerações.
O próprio MMA constitui mecanismos de gestão para subsidiar políticas, planos,
programas e projetos de contabilidade e valoração econômica dos recursos naturais, remuneração
dos serviços ambientais, promoção da inovação do setor produtivo e estímulo ao consumo
sustentável.
Quanto a Contabilidade Ambiental, apresenta importantes informações sobre mutações
patrimoniais envolvendo questões ambientais, tanto para usuários internos (sócios e gerentes),
quanto para usuários externos (sociedade em geral). Dentre as informações apresentadas, se
destacam:
 Despesas ambientais;
 Custos ambientais;
 Perdas ambientais;
 Receitas ambientais;
 Ativos ambientais;
 Passivos ambientais;
Resumidamente: a contabilidade ambiental ajuda a analisar os impactos da empresa na
natureza; por outro, auxilia a determinar qual será o resultado financeiro desses impactos para a
empresa. De qualquer forma, o resultado prático é que ela ajuda na tomada de decisões, tanto
para a saúde da empresa quanto da natureza.
Assim como os outros tópicos, a área da governança e contabilidade ambiental engloba todas
as áreas voltadas para o meio ambiente, sustentabilidade e, neste caso, a da contabilidade. Desta
forma, nasce a figura do Contador especializado em Gestão Ambiental.
O Contador especializado em Gestão Ambiental, monitora uma série de variáveis. Trata-se
de atividades que envolvem controle de estoque de insumos antipoluentes, investimentos em
tecnologia, custos com contenção de poluição, perdas por questões climáticas e recuperação de
áreas degradadas, entre outras.
Para se tornar um contador ambiental, é necessário a conclusão de um curso superior em
Ciências Contábeis devidamente autorizado pelo Ministério da Educação (MEC) e um curso de
especialização ou capacitação na área ambiental. Hoje quem trabalha como Contador ganha em
média um salário de R$ 4.238,00. E antes de se tornar Contador, 18% foi Analista Contábil e
depois 3% se tornou Coordenador Contábil.
4. Pegada Ecológica
A pegada ecológica é um conceito criado para representar a relação entre o consumo,
exploração e utilização dos recursos naturais e a capacidade do planeta em repor tais elementos
naturalmente. Significa, portanto, a qualificação do planeta em suportar as atividades humanas e
o que falta para garantirmos uma sociedade sustentável, ou seja, que utilize os recursos naturais
sem comprometer sua disponibilidade para as gerações futuras. Esse indicador é medido em
hectare global, medida de área equivalente a 10.000 m². A biocapacidade do planeta, indicador
que reflete a regeneração (natural) do meio ambiente, é medida também em hectare global.
O conceito de pegada ecológica refere-se também à quantidade de resíduos que produzimos
em relação aos limites de quanto o planeta consegue absorvê-los e transformá-los em recursos ao
longo do tempo. Essa relação entre o uso de recursos naturais e produção lixo com a velocidade
de reposição do planeta é chamada de biocapacidade, um importante conceito que se refere ao
quanto o nosso planeta consegue suportar em relação às atividades humanas sem perder seu
espaço natural.
A Pegada ecológica faz parte da “Família de Pegadas”:
 Pegada Ecológica – Mede os impactos da ação humana sobre a natureza, analisando a
quantidade de área bioprodutiva necessária para suprir a demanda das pessoas por
recursos naturais e para a absorção do carbono.
 Pegada de Carbono – Mede os impactos da humanidade sobre a biosfera, quantificando
os efeitos da utilização de recursos sobre o clima.
 Pegada Hídrica - Mede os impactos que as atividades humanas causam na hidrosfera,
monitorando os fluxos de água reais e ocultos.
A Pegada Ecológica brasileira é de 2,9 hectares globais por habitante, indicando que o
consumo médio de recursos ecológicos pelo brasileiro é bem próximo da média mundial da
Pegada Ecológica por habitante, equivalente a 2,7 hectares globais. o Brasil precisa reverter este
quadro de declínio de sua biocapacidade com ações de conservação e de produção e coeficiente,
buscando diminuir a Pegada Ecológica de sua população por meio do consumo consciente e da
manutenção da estabilidade populacional.
As áreas profissionais relacionadas ao tema envolvem: áreas de atuação ambiental,
marketing, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, etc. Além das organizações não
governamentais, voluntariadas e patrocinadas por algumas empresas, que atuam ativamente nas
questões ambientais.

5. Marketing Ambiental
O Marketing Verde pode ser definido como “marcas que geram práticas para melhorar o
meio ambiente, com o objetivo de agregar uma vantagem competitiva e uma mudança na
percepção do consumidor sobre as marcas, demonstrando que eles se preocupam com o meio
ambiente “.
Desta forma, o marketing ambiental, envolve empresas que promovem seus produtos ou
serviços de uma forma que demonstre sua compatibilidade ecológica, e atualmente, com o
Tratado de Kyoto, uma grande parte das principais empresas do mundo é obrigada a melhorar
seus métodos de produção para reduzir os danos ambientais.
Neste interim, muitas empresas começaram a se apropriar do termo como uma forma de
vantagem, sem de fato tomarem medidas em favor da preservação do meio ambiente. Se por
outro lado, existem marcas que lutam para melhorar o meio ambiente, outras não fazem o
suficiente e querem “vender” uma imagem ecologicamente correta e não relevante, numa prática
conhecida como GREENWASHING.
GREENWASHING é a expressão que significa “maquiagem verde” ou “lavagem verde”.
Nesses casos, as marcas criam uma falsa aparência de sustentabilidade, sem necessariamente
aplicá-la na prática.
A área do marketing é interdisciplinar. O profissional de Marketing identifica tendências
do mercado consumidor, estuda oportunidades para venda de produtos e serviços e elabora
campanhas com fins comerciais. Sua principal função é satisfazer clientes e garantir retorno
positivo a marcas e empresas. Mas neste caso, com suas decisões orientadas e pautadas nos
desafios de preservação do meio ambiente para que sua empresa ganhe competitividade no
cenário atual e, de fato, adote medidas sustentáveis.
De acordo com a pesquisa salarial da Catho, um dos principais portais de emprego do
Brasil, o profissional formado em Marketing tem a seguinte remuneração média:
 Diretor de Marketing: R$ 12,5 mil;
 Gerente de Atendimento: R$ 5,2 mil;
 Gerente de Marketing Digital: R$ 4,6 mil;
 Especialista em Marketing: R$ 4,1 mil;
 Supervisor de Marketing: R$ 3,1 mil;
 Coordenador de Trade Marketing: R$ 2,4 mil;

6. Biomimética, Análise Biônica e Biofilia ou DESIGN THINKING?


Design Thinking não é uma abordagem que busca a solução de problemas de forma coletiva
e colaborativa, em uma perspectiva de empatia máxima com seus interessados: as pessoas são
colocadas no centro de desenvolvimento do produto – não somente o consumidor final, mas
todos os envolvidos na ideia (trabalhos em equipes multidisciplinares são comuns nesse
conceito).
O termo foi popularizado por Tim Brown, CEO da Ideo, empresa norte-americana que presta
consultoria em design. O empresário estabeleceu a diferença entre ser um designer e pensar
como um. O foco é a experiência do consumidor ou do público-alvo. A grande diferença deste
método é que ele parte da solução e não do problema, como é comum.
As etapas do Design Thinking podem, em geral, ser resumidas pelos seguintes passos:
 IMERSÃO: A primeira etapa começa com o entendimento do contexto e realidade da
empresa. Nesta etapa é recomendado realizar uma análise SWOT para entender as forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças da empresa.
 IDEIA: Com a imersão concluída e com os pontos que precisam de solução mapeados, é
momento de reunir a equipe em um brainstorming para produzir ideias e gerar insights
 PROTOTIPAGEM: Depois de coletar uma boa quantidade de ideias e soluções criativas,
é momento de fazer uma seleção um pouco mais rigorosa e escolher as alternativas com
maiores chances de sucesso
 DESENVOLVIMENTO: A última etapa do processo de Design Thinking é o momento
de tirar a ideia do papel e colocar em prática. Neste momento entram em ação as equipes
de comunicação, marketing e comercial.
É interessante saber que o Design Thinking é uma metodologia de projeto, comumente
atribuída aos designers de formação, porque estão em contato com ela durante a faculdade. Mas
que deve ser encarada como algo que celebra a forma que pessoas pensam sobre projetos, a qual
respeita diversidade do grupo e, acima de tudo, inclui transdisciplinaridade ao processo. Ele é
democrático e envolve todos os níveis hierárquicos envolvidos no fluxo a ser reproduzido.
Afinal, somos TODOS solucionadores de problemas.
Hoje não existe uma “profissão” de Design Thinker. O que as empresas estão buscando são
profissionais que sejam capacitados e experientes em alguma área específica, como marketing,
planejamento e gestão, por exemplo e que tem algum domínio ou conhecimento sobre
abordagem do Design para agregar mais valor em seus projetos e iniciativas. Desta forma,
podemos concluir que, um engenheiro, como um nato solucionador de problemas, pode adotar o
design thinking a qualquer momento.

7. Edifícios Sustentáveis
Edifícios sustentáveis, ou Edifícios Verdes, estão mudando gradativamente o processo de
planejamento e construção. O método vem sendo tratado como uma necessidade, e não mais
como uma tendência, pois reduz drasticamente o acúmulo de resíduos e evita o desperdício de
recursos.
A ideia é a adoção de práticas sustentáveis em todas as etapas da construção, desde a
escolha do terreno, a implantação adequada ao entorno, passando pela eficiente gestão do
canteiro de obras, geração de resíduos, a relação com os trabalhadores, a escolha dos
materiais, como afetará seus usuários e por fim a sua manutenção e desmontagem. Entretanto,
os tópicos principais da construção sustentável gira em torno da eficiência energética e hídrica.
Às construções sustentáveis estão relacionadas à diversas certificações e selos, porém, a
principal certificação voltada para o tema é a certificação LEED, sigla de Leadership in Energy
and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental), é um sistema
internacional de certificação e orientação ambiental para edificações.
O LEED funciona como um sistema de pontuação. Primeiramente define-se a tipologia
de acordo com as características do empreendimento, posteriormente são analisadas as
estratégias sustentáveis adotadas dentro das categorias de cada tipologia. Cada qual conta com
pré-requisitos e créditos que somam pontos. Conforme o número de pontos alcançados o projeto
pode ganhar um dos quatro níveis de classificação LEED:
 Certificado (Certified);
 Prata (Silver);
 Ouro (Gold);
 Platina (Platinum).
Com a crescente demanda por edifícios verdes, ou construções sustentáveis, engenheiros
têm a necessidade de se adaptar a normas e padrões de desempenho cada vez mais exigentes.
Adicionalmente, a certificação resulta em uma fiscalização mais rigorosa que pode gerar
retrabalho se o engenheiro não tiver um bom entendimento de suas exigências.
O papel do engenheiro em uma certificação é fundamental, principalmente no que diz
respeito à eficiência dos sistemas prediais. Sem a sua contribuição é impossível atingir os níveis
de desempenho exigidos.
A GBC Brasil oferece cursos de acreditação LEED para os profissionais como
engenheiros, arquitetos, construtores, incorporadores, gerenciadores, corretores de imóveis,
empreiteiros, representantes de produtos, representantes de entidades de classe, profissionais da
área de meio ambiente, estudantes e pessoas interessadas em compreender os princípios da
construção sustentável ou á procura de uma nova carreira.

8. ACV- Análise de Ciclo de Vida


ACV é uma análise dos efeitos ambientais associados as atividades produtivas, desde
a retirada de matéria-prima na natureza, até a sua deposição final, quando os resíduos
retornam à terra. A expressão ‘cradle to grave’ tem caracterizado o significado da ACV.
A ACV é uma poderosa ferramenta do pensamento sistêmico de apoio à tomada de
decisões que: gera informações; avalia impactos e compara desempenhos ambientais de
produtos. Pensar de forma sistêmica significa pensar de uma forma multidimensional -
circular, horizontal, vertical e lateral. Significa focalizar o todo, as partes e principalmente a
interação entre as partes de um sistema.
A ACV tem como linha mestra a série de normas ISO 14.040, destinada pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nela, estão descritos os princípios e a estrutura de uma
ACV - Análise de Ciclo de Vida. São quatro estágios:
 Definição de metas e do escopo;
 Análise de inventário;
 Avaliação de impacto;
 Interpretação;
Os profissionais ligados ao tema, que podem aplicar a ACV durante o desempenho de
suas funções, de acordo com as normas, podem ser:
- Analista de SMS (salário de R$ 2.001,00 a R$ 3.000,00): Gestão dos documentos de
SMS (Segurança, meio ambiente saúde) visando a certificação, análise e gerenciamento da
documentação em auditorias de documentos internos de SMS, Gestão de compromissos com
órgãos externos. Acompanhamento das auditorias internas e externas de SMS. Controle de
indicadores de desempenho SMS através de planilhas. Cursos específicos: Técnico em
segurança, ISSO 14001 / 45001, NRS.
- Auditores de qualidade (salário de R$ 1.001,00 a R$ 5.000,00):): responsável por
auditar todo o processo de fabricação e produto acabado conforme documentos próprios e
requisitos específicos do cliente, além de realizar a análise inicial de não conformidades e
acompanhamento nas análises de causa raiz.
- Analista de Sistema de Gestão Integrada (salário de R$ 3.001,00 a R$ 5.000,00):
responsável pela realização de Auditorias, treinamentos, controle de documentos, licenciamentos
ambientais, tratativas de ações corretivas, análise de incidentes e monitoramento de indicadores
dos processos.

9. Energias Limpas, Renováveis e Sustentáveis


Praticamente todas as atividades realizadas pelo homem necessitam do uso de energia.
Ao longo da evolução das sociedades várias tecnologias foram e ainda continuam sendo
desenvolvidas com o objetivo de utilizar diferentes fontes de energia. A busca por energias
sustentáveis, renováveis e limpas tem sido constante nos últimos anos, e embora estes termos
pareçam sinônimos, existem algumas diferenças entre eles.
 Energia Limpa: é aquela que não polui ou que polui bem menos que as demais. É
aquela que não libera gases poluentes geradores do efeito estufa, sendo a energia solar
e a energia eólica os exemplos mais comuns. Não significa que este tipo de energia não
cause impactos ambientais, mas sim que esses impactos são bem menores e podem ser
mitigados mais facilmente.
 Energia Renovável: é aquela obtida a partir de fontes naturais capazes de serem
renovadas, por isso estão sempre disponíveis para utilização e não se esgotam. Este
conceito se opõe ao da energia não renovável, gerada por combustíveis fósseis, os quais
existem na natureza em quantidades limitadas, como o petróleo, gás natural e carvão
mineral.
 Energia Sustentável: é a que é utilizada em uma quantidade e velocidade nas quais a
natureza pode repô-la, ou seja, há um equilíbrio entre a produção e o consumo de energia.
Esta energia deve ser compatível com o desenvolvimento social econômico e com a
preservação do meio ambiente.
Tendo em vista as crises climáticas, hídricas e de abastecimento dos último anos, a
adoção das energias limpas, sustentáveis ou renováveis têm crescido no mundo. O relatório
anual da REN21, dedicado às energias renováveis, Renewables Global Status Report (GSR),
apresenta o ponto de situação mundial do desenvolvimento da energia renovável e assinala as
medidas e objetivos a que cada país se compromete, de forma a possibilitar a corporação massiva
destas tecnologias.
O Relatório Renewables Global Status Report 2020 (GSR) da REN21, constatou que a
demanda global por energia continua aumentando e impactando o desenvolvimento.
O relatório constatou que:
 A demanda total de energia continua em alta (1,4% ao ano de 2013 a 2018), mas a
participação das energias renováveis aumentou pouco (de 9,6% em 2013 para 11% em
2018). Em comparação com o setor elétrico, os setores de aquecimento, resfriamento e
transporte estão defasados. Enquanto a parcela o setor elétrico é de 26%, para o
aquecimento e resfriamento ela é de 10% e para transportes é de 3%.
 O progresso atual é resultado de políticas e regulações antigas e se concentra
especialmente no setor elétrico. As barreiras de aquecimento, resfriamento e transporte
ainda são as mesmas de 10 anos atrás. Precisamos de novas políticas para nos
adequarmos ao mercado.
 O setor de energias renováveis empregou cerca de 11 milhões de pessoas em todo o
mundo em 2018.
 Em 2019, a capacidade de geração de energia renovável cresceu mais de 43%, graças aos
contratos de compra de eletricidade (PPA) assinados pelo setor privado.
 As greves climáticas se superaram com a participação de milhões de pessoas de 150
países diferentes pressionando os governos para intensificarem a ambição climática. Até
abril de 2020, 1.490 governos (nacionais, regionais e municipais) – de 29 países e
abrangendo mais de 822 milhões de cidadãos – declararam o estado de "emergência
climática" e pediram por planos e metas para a promoção dos sistemas de energias
renováveis.
 Enquanto alguns países eliminam permanentemente as usinas de carvão, outros ainda
investem nesse sistema. O financiamento por bancos privados para esses projetos tem
crescido anualmente desde a assinatura do Acordo de Paris, totalizando US$ 2,7 trilhões
nos últimos três anos.
Posto isso, podemos concluir que o crescimento da energia elétrica renovável tem sido
significativo nos últimos cinco anos, mas muito pouco está acontecendo nos setores de
aquecimento, resfriamento e transporte. A trajetória em direção ao desastre climático continua, a
menos que haja uma transição imediata para as energias renováveis e sustentáveis em todos os
setores da economia após a pandemia de COVID-19.

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