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ADMA FISIO

ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

Curso:

para
SST
Grande encontro de representantes
da Indústria e comércio

/ Ad ma Fi s i o / Ad m a Fi s i o E rg o
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

eSOCIAL 360°


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ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

ESTRUTURA DO SPED TRABALHISTA

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ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

ESTRUTURA DA FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA NO BRASIL

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ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

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ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

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ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

A CONSTRUÇÃO IDEOLÓGICA DO eSOCIAL

O eSocial, apesar de ser um plataforma que usa os mais avançados recursos


tecnológicos, é uma construção que foi lentamente se desenhando ao longo do
tempo. E reflete uma posição ideológica que atualmente é predominante no Estado
Brasileiro.

De um lado tem-se o conceito que é o Estado e a sociedade que devem absorver os


custos dos acidentes do trabalho e doenças ocupacionais (teoria do risco social), e
do outro tem-se que a responsabilidade é do empreendedor/empregador (teoria do
risco profissional).

A primeira legislação brasileira versando sobre indenizações referentes ao acidente


do trabalho é o Decreto 3.724, de 1919. Em 1934, com o Decreto 24.637, amplia-se o
conceito do infortúnio laboral e, pela primeira vez, prevê a obrigatoriedade do
fornecimento de EPIs e o emprego de EPCs. O Decreto Lei 7.036 de 1944 inova o
conceito do acidente do trabalho e traz também o conceito de concausa.

O Decreto Lei 294, de fevereiro de 1967 estabeleceu a livre concorrência entre as


seguradoras privadas e a Previdência Social no seguro acidentário. Mas em
setembro de 1967, com a promulgação da Lei 5.316, o seguro de acidentes do
trabalho passou a fazer parte exclusivamente da Previdência Social.

Em 1976, com a Lei 6.367, excluiu-se expressamente da proteção acidentária o


trabalhador autônomo e o doméstico, bem como o titular de firma individual, o
sócio, o diretor, o que não significa dizer porém, que, em caso de acidente de
trabalho estes não recebam os benefícios e tratamentos de ordem previdenciários.

Na Constituição Federal de 1988 tem-se a obrigatoriedade do seguro social


acidentário e delimitando-se inteiramente a “exigência de culpa grave ou dolo para
condicionar a responsabilidade civil paralela a indenização acidentária”, bastando
para isto que o empregador concorra para a ocorrência do acidente de trabalho,
com culpa em qualquer grau. Esta solução acabou com a função securitária do SAT,
já que não isenta o empregador, por conta do pagamento da contribuição social, do
dever de indenizar o empregado na hipótese de culpa, sujeitando-o pagamento de
um tríplice encargo: pagamento do SAT; pagamento da indenização decorrente da
ação de responsabilidade civil, na hipótese de culpa; e restituição ao INSS do
benefício acidentário em ações regressiva, na hipótese de mera culpa.

Em 1991 a Lei 8.213 trouxe a previsão da Ação Regressiva Previdenciária,


justamente dento do conceito de responsabilização do empregador pelos danos e
custos do INSS decorrentes do acidente do trabalho e da doença ocupacional, além
do PPP eletrônico com os riscos ergonômicos e mecânicos (acidentes).

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A Instrução Normativa 99 do INSS, de 2003, prevê a comparação dos dados de


segurança do trabalho e saúde ocupacional do empregador na análise médico
pericial na concessão dos benefícios previdenciários e o PPP eletrônico com
inclusão dos riscos ergonômicos e mecânicos.

O Decreto 6.042 de 2007 alterou o Regulamento da Previdência Social,


disciplinando a aplicação, acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário
Previdenciário – FAP; e do Nexo Técnico Epidemiológico – NTEP; regulamentando,
assim, o artigo 10 da Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003.

O decreto 8.373 de 2014 institui o eSocial, e consagra a teoria do risco profissional,


uma plataforma que concentra as informação trabalhistas e DÁ ACESSO A TODAS
AS INFORMAÇÕES DE SST AOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS ENVOLVIDOS.

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EVENTOS ENVOLVENDO SST NO eSOCIAL

S-1000 – Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público

Conceito do evento: Evento onde são fornecidas pelo empregador/


contribuinte/órgão público as informações cadastrais, alíquotas e demais
dados necessários ao preenchimento e validação dos demais eventos
do eSocial, inclusive para apuração das contribuições previdenciárias
devidas ao RGPS e para a contribuição do FGTS. Esse é o primeiro evento
que deve ser transmitido pelo empregador/contribuinte/órgão público. Não
pode ser enviado qualquer outro evento antes deste. Quem está obrigado: O
empregador/contribuinte/órgão público, no início da utilização do eSocial e
toda vez que ocorra alguma alteração nas informações relacionadas aos
campos envolvidos nesse evento.

S-1005 – Tabela de Estabelecimentos, Obras ou Unidades de Órgãos


Públicos

Conceito do evento: O evento identifica os estabelecimentos e obras de


construção civil da empresa, detalhando as informações de cada
estabelecimento (matriz e filiais) do empregador/contribuinte/órgão público,
como: informações relativas ao CNAE Preponderante, Fator Acidentário
de Prevenção - FAP, alíquota GILRAT, indicativo de substituição da
contribuição patronal de obra de construção civil, documento, plano ou
programa elaborado pela empresa*, dentre outras. As pessoas físicas
devem cadastrar neste evento seus “CAEPF – Cadastro de Atividade Econômica
da Pessoa Física”. As informações prestadas no evento são utilizadas na
apuração das contribuições incidentes sobre as remunerações dos
trabalhadores dos referidos estabelecimentos, obras e CAEPF. O órgão público
informará as suas respectivas unidades, individualizadas por CNPJ, como
estabelecimento.

*Tal campo deverá ser preenchido com o código correspondente ao


programa, plano ou documento específico, de acordo com a tabela 30. Será
por meio desta informação que o Ministério do Trabalho e a Previdência
Social saberão exatamente quais documentos e programas de Segurança do
Trabalho a empresa está elaborando em cada estabelecimento.

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CNAE PREPONDERANTE, FAP, SAT/GILRAT

Diferentemente das regras atuais da GFIP, no eSocial TODOS os


empregadores são obrigados a informar seu CNAE preponderante, grau de
risco e FAP. O CNAE preponderante é achado a partir dos CBOs da
empresa. Com ele acha-se a taxa básica relativa ao grau de risco (anexo
V do Decreto 3.048 - 1, 2 ou 3%), multiplica-se pela FAP (0,5 a 2) e
acha-se o SAT/GILRAT. Nem todos os empregadores pagam o SAT/GILRAT,
como por exemplo as empresas do SIMPLES nacional, os MEIs, os
produtores rurais pessoa jurídica, entre outros. MESMO ASSIM TODOS
DEVEM INFORMAR ESTES DADOS NO EVENTO S1005!!!!!

GESTÃO DO FAP

FAP é Fator Acidentário de Prevenção, que onera ou dá desconto no seguro


acidentário que o empregador paga sobre a Folha - o GILRAT. É informado no
evento S1005. Mesmo que a empresa não pague GILRAT (ex.: Simples
Nacional ou MEI) ela tem FAP (disponível no FAP Web) e a obrigação de
reduzir em 5% anualmente a sinistralidade.

O FAP aumenta com os acidentes e doenças do trabalho com afastamento,


além das mortes por acidentes de trabalho. Um fator complicador é o NTEP:
se o trabalhador apresenta uma doença característica da atividade, o perito
do INSS caracteriza como doença do trabalho.

O NTEP pode ser questionado, e para isto é necessário conhecimento em


saúde ocupacional, medicina e legislação previdenciária. O ACIDENTE DE
TRAJETO caracterizado INDEVIDAMENTE como acidente de trabalho também
aumenta o FAP, assim como o tempo que o trabalhador fica afastado.

CONCLUSÃO: mesmo tendo caráter tributário, é a área de SST, e não o


contador ou o RH, a responsável pela gestão do FAP, por ser a única com
conhecimentos técnicos suficientes para tanto.

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S-1010 – Tabela de Rubricas

Conceito do evento: Apresenta o detalhamento das informações das rubricas


constantes da folha de pagamento do empregador/órgão público, permitindo a
correlação destas com as constantes da tabela 3 – “Natureza das Rubricas da
Folha de Pagamento” do eSocial. É utilizada para inclusão, alteração e exclusão
de registros na Tabela de Rubricas do empregador/contribuinte/órgão público.
As informações consolidadas desta tabela são utilizadas para validação dos
eventos de remuneração dos trabalhadores.

RUBRICAS

No eSocial o reconhecimento da Insalubridade e da Periculosidade


acontece na Folha de Pagamento do trabalhador.

Ainda que esta informação conste do evento S2240 e possa ser indicada
a partir da Tabela 28, é na Folha que o empregador assume as
consequências financeiras/trabalhistas/previdenciárias dos riscos.

A única garantia de se preencher corretamente a Folha no tocante aos


riscos e suas consequências financeiras é ter em mãos LAUDO emitido
por Médico ou Engenheiro do Trabalho.

EM HIPÓTESE ALGUMA CONTADORES OU PROFISSIONAIS DE DP DEVEM


ASSUMIR O RISCO DE ESCRITURAR A FOLHA E SUAS RUBRICAS SEM
QUE EXISTA LAUDO DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE (OU
PARECER DE TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ESPECIFICANDO
INEXISTÊNCIA DE RISCOS DAS NRs 15 E 16 OU QUE POSSAM SER
CONSIDERADOS SIMILARES).

S-1020 – Tabela de Lotações Tributárias

Conceito do evento: Identifica a classificação da atividade para fins de


atribuição do código FPAS, a obra de construção civil, a contratante de serviço
ou outra condição diferenciada de tributação, que ocorre quando uma
determinada unidade da empresa possui código de FPAS/Outras Entidades e
Fundos distintos. Lotação tem conceito estritamente tributário. Influi no

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método de cálculo da contribuição previdenciária para um grupo de segurados


específicos. Não se confunde, por conseguinte, com o local de trabalho do
empregado.

EVENTO S1020 PARA SEGURANÇA DO TRABALHO

FPAS é Fundo da Previdência e Assistência Social, e gera uma


classificação, a LOTAÇÃO TRIBUTÁRIA. Os contribuintes têm regras
específicas (isenções, retenções, compensações e acréscimos) no
cálculo do INSS. A ONG não paga o mesmo INSS do comércio, logo,
tem FPAS diferente!

No evento S1020 o empregador cadastra seu FPAS e um FPAS para cada


cliente seu de cessão de mão de obra e prestação de serviços (como se
fossem centros de custos).

No evento S1210 (Folha) associa seu EMPREGADO a uma desses FPAS (onde
ele está alocado em termos fiscais).

Os eventos S1000, S1005, S1020 e S1060 formam um bloco de


informações: quem é o empregador, onde estão seus trabalhadores e a quais
riscos os expõe. Os eventos S1210, S2240, GRGFIP e EFDReinf formam o
bloco das CONSEQUÊNCIAS TRIBUTÁRIAS do trabalho.

O cruzamento destes blocos de informações DO CONTRATANTE E DA


CONTRATADA identifica as incorreções/sonegação existentes na prestação de
serviços! Ex.: Contratada não reconhece o risco benzeno para seu
empregado, mas o "coloca" na contratante que reconhece tal risco.

As contratadas precisam saber o FPAS das contratantes e exigir suas


demonstrações ambientais (IN RFB 971) para evitar divergência de
informações e a consequente fiscalização.

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S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos

Conceito do evento: São as informações de identificação do cargo (inclusive


carreiras e patentes), apresentando código e período de validade. É utilizado
para inclusão, alteração e exclusão de registros na Tabela de Cargos/Empregos
Públicos do empregador/órgão público. As informações consolidadas nesta
tabela são utilizadas por todos os obrigados ao eSocial, para validação de
diversos eventos, entre os quais o cadastramento inicial, admissão, alteração
de dados contratuais, etc. Quem está obrigado: O empregador/órgão público,
na primeira vez que utilizar o eSocial e toda vez que for criado, alterado ou
excluído um determinado cargo.

EVENTO S1030: INÍCIO OU FIM DO eSOCIAL?

O eSocial trabalha com o conceito de TABELA: antes dos dados do dia a


dia (eventos periódicos e não periódicos) a empresa precisa dizer qual a
sua estrutura interna.

Uma das mais importantes é a S1030 - Tabela de Cargos: nela a


empresa diz TODOS os cargos que possui. Ela é enviada ANTES da
empresa cadastrar o empregado e indicar seu cargo.

PEGADINHA 1: Estes cargos precisam ter relação com a Tabela de


Classificação Brasileira de Ocupações – CBO. E são os CBOs que indicam
a atividade da empresa E SEUS CNAEs! A Tabela S1030 já pode indicar
um ajuste no cartão de CNPJ da empresa.

PEGADINHA 2: Com os CBOs acha-se o CNAE Preponderante, e mesmo


empresas que não pagam a GILRAT (ex.: Simples Nacional) precisam
indicá-la no Evento S1005, o cadastro INICIAL da empresa.

PEGADINHA 3 - O Evento S2240 exige a descrição das atividades do


trabalhador. Que deve "bater" com o CBO!

É o evento de segurança do trabalho S2240 que vai servir para o


cruzamento de dados e gerar as multas! Tem que fazer o eSocial TODO
ao mesmo tempo, mesmo que os eventos de segurança do trabalho
sejam os últimos a serem enviados.

CNAE Preponderante CBOs Descrição das

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S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho

Conceito do evento: São as informações de identificação do horário


contratual, apresentando o código e período de validade do registro. Detalha
também, quando for o caso, os horários de início e término do intervalo para a
jornada de trabalho. É utilizado para inclusão, alteração e exclusão de registros
na Tabela de Horários/Turnos de Trabalho. As informações consolidadas desta
tabela são utilizadas para validação dos eventos do eSocial.

A IMPORTÂNCIA DOS HORÁRIOS

Os horários informados neste evento, além de serem usados


para a verificação do cumprimento das obrigações
trabalhistas, servem para se verificar a observação e gestão
de normas de Segurança do Trabalho.

Sabe-se que no período noturno existem mais acidentes com


máquinas devido à fadiga e ao sono.

Determinadas ocupações exigem períodos maiores de


descanso, rodízio e outros cuidados que preservem a saúde
e a integridade do trabalhador.

Ainda de modo geral, o horário da madrugada tende a


causar reflexos na saúde física e psíquica do trabalhador,
exigindo investigação e acompanhamento por parte do
empregador.

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S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho

Conceito do evento: Evento utilizado para inclusão, alteração e exclusão de


registros na Tabela de Ambientes de Trabalho do empregador/contribuinte/
órgão público. As informações consolidadas desta tabela são utilizadas para
validação do evento de Condições Ambientais do Trabalho. Devem ser
informados os ambientes de trabalho e todos os respectivos fatores de risco
neles existentes constantes na Tabela 23 – “Fatores de Riscos do Meio
Ambiente do Trabalho”, mesmo que ainda só tenham sido avaliados de forma
qualitativa.

O "AMBIENTE" NO eSOCIAL

Ambiente aparece nos eventos S2240 e S2210 (CAT). E tem um conceito


DIFERENTE do GHE/GES comumente usado para classificação de riscos.

O ambiente vai servir para identificar os riscos reais do trabalhador,


CARACTERIZAR O ACIDENTE DE TRABALHO e possibilitar a
responsabilização do empregador na doença/acidente do trabalho.

A CAT é gerada pela doença do trabalho, pelo acidente do trabalho e pelo


acidente de trajeto, SENDO QUE O ACIDENTE DE TRAJETO NÃO MUDA O
FAP (fator que determina o percentual pago sobre a Folha a título de seguro
acidentário - GILRAT). Logo, a identificação incorreta dos ambientes pode
caracterizar fraude e sonegação!

Por outro lado a identificação dos ambientes pode mostrar inadequada


avaliação dos riscos e a responsabilidade do empregador na mitigação
(inclusive em relação à NR 1).

Exemplo 1: Empresa só cadastra o ambiente balcão para um vendedor, mas


ele sofre uma queda com afastamento na escada do estoque.

Exemplo 2: Empresa de limpeza em condomínio comercial não cadastra o


consultório odontológico onde seu empregado atua e este sofre grave
acidente com um bisturi ou agulhas infectadas.

TODOS OS AMBIENTES ONDE O TRABALHADOR CIRCULA DURANTE


SEU HORÁRIO DE TRABALHO DEVEM ESTAR CADASTRADOS COM OS
RESPECTIVOS RISCOS, MESMO QUE NÃO SEJA NA SEDE DA
EMPRESA!

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É importante notar o que diz o item 38 do evento S2220 (Admissão do


Trabalhador):

c) O grupo Identificação do estabelecimento ao qual o trabalhador está vinculado


[ideEstabVinc] traz a identificação do estabelecimento do tomador ao qual o
trabalhador temporário está vinculado, que poderá ser diferente daquele que consta
nos contratos firmados (por exemplo, a matriz da tomadora firma os contratos, mas
os trabalhadores prestarão serviços nas suas filiais, ou quando o trabalho for
prestado em um cliente do tomador, ou for serviço externo em via pública).

d) O endereço da efetiva prestação de serviços será indicado com o preenchimento


dos campos do grupo [localTrabDom]. Conforme o caso, deverá ser informado o
endereço do estabelecimento do tomador, o endereço do cliente do tomador, ou
ainda, no caso de serviço externo, a via pública em que o trabalhador prestará os
serviços. Se o trabalhador em serviço externo cumprir rota, deverá ser indicado o
endereço do estabelecimento vinculado.

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S-1065 – Tabela de Equipamentos de Proteção

Conceito do evento: Evento utilizado para inclusão, alteração e exclusão de


registros na Tabela de Equipamentos de Proteção do empregador/contribuinte/
órgão público. As informações consolidadas desta tabela são utilizadas para
validação dos eventos de Condições Ambientais do Trabalho. Devem ser
informados na Tabela de Equipamentos de Proteção os Equipamentos de
Proteção Coletiva (EPCs) instalados e os Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) utilizados pelos trabalhadores.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

Neste evento devem ser observadas algumas situações:

EFICÁCIA DO EQUIPAMENTO: deve ser observado tanto o disposto


pelo Ministério do Trabalho quanto pelo fabricante, ASSIM COMO O USO
EFETIVO PELO TRABALHADOR E A ASSOCIAÇÃO DE RISCOS. Isto porque
a eficácia do equipamento é sempre verificada em condições ideais, e
cabe ao empregador garantir que haja uso efetivo e correto.

Atualmente já se questiona em processos judiciais as declarações das


empresas sobre a eficácia de equipamentos, exigind0-se que estas
demonstrem a entrega periódica, manutenção, limpeza e treinamento.

HIERAQUIA DAS MEDIDAS PROTETIVAS: a NR 9 estabelece uma


hierarquia das medidas mitigadoras, sendo o uso de EPI a última delas.

Também deve-se notar que existe o princípio da eliminação do risco tanto


na constituição, como nas NRs e na legislação previdenciária.

EPIs - será consignado no evento S2240 o número do CA – Certificado


de Aprovação dos EPIs utilizados para cada trabalhador, mas não será
informado o fornecimento de cada EPI, de forma individualizada.

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S-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais

Conceito do evento: evento utilizado para inclusão, alteração e exclusão de


registros na Tabela de Processos Administrativos/Judiciais do empregador/
contribuinte/órgão público, de entidade patronal com representação coletiva,
de trabalhador contra um dos órgãos governamentais envolvidos no projeto do
eSocial e que tenha influência no cálculo das contribuições, dos impostos ou do
FGTS, e de outras empresas, quando influenciem no cumprimento das suas
obrigações principais e acessórias. As informações consolidadas desta tabela
são utilizadas para validação de outros eventos do eSocial e influenciam na
forma e no cálculo dos tributos devidos e FGTS. Não devem ser informados
nesse evento os processos judiciais que envolvam matéria trabalhista, sejam
reclamatórias trabalhistas, sejam processos que envolvam servidores públicos
e seus correspondentes órgãos públicos.

Este evento será usado mais constantemente pela gestão da Segurança do


Trabalho quando houver questionamento do FAP, até a decisão final.

S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Trabalho

Conceito do evento: São as informações prestadas relativas aos pagamentos


referentes aos pagamentos referentes ao trabalho com ou sem vínculo
empregatício. É a FOLHA DO TRABALHADOR (contracheque/hollerith).

REMUNERAÇÃO - FOLHA

É neste evento que há o reconhecimento efetivo dos


adicionais de Insalubridade e Periculosidade.

Obviamente a Folha tem que ser coerente com o que for


informado no evento S2240.

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S-2206 – Alteração de Contrato de Trabalho

Conceito do evento: este evento registra as alterações do contrato de


trabalho, tais como: remuneração e periodicidade de pagamento, duração do
contrato, local, cargo ou função, jornada, entre outros

IMPLICAÇÕES DA PROMOÇÃO/MUDANÇA DE CARGO

Deve-se sempre lembrar que as normas de Segurança do trabalho estabelecem


que:

- Todo cargo/função deve ter uma Ordem de Serviço que descreva os riscos
específicos, e que o trabalhador deve receber treinamento nela (NR 1).

- Seja na admissão ou na promoção/mudança de cargo deve-se emitir o ASO,


INDEPENDENTE DO RISCO SER SIMILAR AO ANTERIOR (NR 7).

Evento S-2210 - Comunicação de Acidente de Trabalho

Conceito do evento: evento a ser utilizado para comunicar acidente de


trabalho pelo empregador/contribuinte/órgão público, ainda que não haja
afastamento do trabalhador de suas atividades laborais.

Este evento será tratado detalhadamente mais abaixo.

Ele é um paradigma para você saber se a empresa está realmente adaptada ao eSocial,
em função de seus prazos muito curtos e uso de tabelas específicas.

S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador

Conceito do evento: O evento detalha as informações relativas ao


monitoramento da saúde do trabalhador (avaliações clínicas), durante todo o
vínculo laboral com o empregador/contribuinte/órgão público, por trabalhador,
no curso do vínculo ou do estágio, bem como os exames complementares aos
quais foi submetido, com respectivas datas e conclusões. Também são
registradas nesse evento as informações relativas ao exame toxicológico
realizado pelo motorista profissional.

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ASO: A CONFISSÃO DO EMPREGADOR NAS AÇÕES


REGRESSIVAS

Para entender a importância do ASO no eSocial (tão grande que chega


a ter um evento específico) precisamos lembrar a sequência lógica
envolvendo riscos:

ANÁLISE PRELIMINAR/IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS


ELABORAÇÃO DA ORDEM DE SERVIÇO/INFORMAÇÃO E


TREINAMENTO

PLANO DE AÇÃO PARA A MITIGAÇÃO E CONTROLE (PPRA, AET


ETC.)

MONITORAMENTO DA SAÚDE DO TRABALHADOR (PCMSO/ASO)

É justamente o ASO que demonstra que os riscos foram identificados


corretamente e as ações preventivas funcionaram, ou seja, que o
trabalhador não está sofrendo danos ou doenças em função do seu
trabalho.

Existem dois equívocos graves em relação ao ASO:

- escritórios contábeis crêem que o ASO é suficiente na admissão, não


entendendo que ele é parte/consequência de um conjunto (APR/OS/
PCMSO);

- profissionais de Segurança do Trabalho crêem que o PCMSO, e por


conseqüência o ASO, deve ter apenas os riscos da NR 9/PPRA
(químicos, físicos e biológicos).

Estes equívocos podem gerar a prova que o INSS precisa para cobrar
do empregador os gastos que tiver com um trabalhador em função de
afastamentos em uma Ação Regressiva Previdenciária.

Imagine uma operadora de caixa com tendinite e seu ASO


simplesmente ignorar esta patologia... Claro que isto é equivocado!

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S-2230 – Afastamento Temporário

Conceito do evento: Evento utilizado para informar os afastamentos


temporários dos trabalhadores, por quaisquer dos motivos elencados na Tabela
18 – “Motivos de Afastamento”, bem como eventuais alterações e
prorrogações. Caso o empregado/servidor possua mais de um vínculo, é
necessário o envio do evento para cada um deles.

Este evento interage diretamente com o evento S2210 – CAT.

Deve-se tomar muito cuidado poruque é dos poucos eventos que não pode
ser automatizado, uma vez que tem regras relativas a prazos que precisam
ser observadas discricionariamente.

S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco

Conceito do evento: este evento é utilizado para registrar as condições


ambientais de trabalho pelo empregador/contribuinte/órgão público, indicando
a prestação de serviços, pelo trabalhador ou estagiário, nos ambientes
descritos no evento S-1060, bem como para informar a exposição aos fatores
de risco descritos na Tabela 23 - fatores de risco ambientais e o exercício de
atividades enquadradas na legislação como insalubres, perigosas ou especiais
descritas na Tabela 28 – Atividades Insalubres, Perigosas e/ou Especiais.
Também é informado nesse evento se a exposição aos fatores de risco
(combinada ou não com as atividades descritas) cria condições de
insalubridade ou periculosidade no ambiente de trabalho, bem como
enseja o dever de recolhimento do adicional para financiamento da
aposentadoria especial.

Podemos dizer que este evento é o “coração” do eSocial. Isto porque os


eventos de DP contam quem é a empresa e qual o vínculo existente entre ela e
o trabalhador, e aqui se demonstra como este vínculo pode gerar consequências
negativas para ele, em função dos riscos aos quais está exposto.

Se tivermos em mente que a Segurança do Trabalho mostra seus


resultados reais no INSS (afastamentos, aposentadorias, pensões),
vamos entender que é aqui onde se identifica de onde se deriva o custo
previdenciário no Brasil.

Aqui está o céu e o calvário dos empregadores: a confissão das dívidas trabalhistas, dos
passivos previdenciários pela sonegação do FAE, a falta de execução de ações de prevenção,
o descaso com a segurança do trabalhador, a falta de moMvação para a eliminação da
insalubridade...

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S-2245 – Treinamentos e Capacitações

Conceito do evento: Evento utilizado para prestação de informações sobre os


treinamentos, capacitações, exercícios simulados realizados, bem como
informações aos trabalhadores relativas a segurança e saúde no trabalho,
conforme Tabela 29.

PASSIVO DE SST NO BRASIL

Todas as vezes que um trabalhador sofre um acidente ou fica doente em função de


seu trabalho ele gera custos para si, para sua família, para sua empresa, para o
INSS e para a sociedade.

Medicamentos, tratamentos, terapias, próteses e órteses, menor produtividade,


absenteísmo (faltas ou afastamento do trabalho), benefícios previdenciários,
pensões e indenizações trabalhistas compõe o PASSIVO DE SEGURANÇA DO
TRABALHO NO BRASIL.

Este PASSIVO também é composto pelo Adicional de Insalubridade não pago a


trabalhadores (ou pago de forma incorreta) e o não recolhimento da FAE
(Financiamento da Aposentadoria Especial), sonegada pelas empresas que devem
pagar este Adicional.

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Boa parte deste PASSIVO é absorvido pelo Estado: é ele quem financia o SUS e o
INSS, mecanismos sociais de amparo ao cidadão.

Por outro lado, parte deste PASSIVO está ou deveria estar no balanço das
empresas: são indenizações trabalhistas e por danos morais às vitimas de
acidentes mutiladores ou fatais (ou aos seus herdeiros).

Não existe um número definitivo sobre o quanto a insegurança no trabalho drena da


economia brasileira e nenhum estudo confiável sobre o tamanho real deste
PASSIVO, mas estima-se que ele chegue a UM TRILHÃO DE REAIS!

O fato é que este PASSIVO corrói o erário público, e muitas vezes coloca em
dificuldades famílias e empresas. O eSocial pretende começar a cobrar parte deste
PASSIVO das pessoas jurídicas do país.

O QUE O eSOCIAL VAI MUDAR DE FATO NA GESTÃO DA RELAÇÃO


TRABALHISTA

I - Além das obrigações acessórias já existentes (como ASOs, PPRA etc.), as


empresas passam a ter outra OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA, que é realizar a
Escrituração Digital, que tem PRAZOS E MULTAS DIFERENTES das obrigações
principais.

II - O Governo passa a usar os médicos peritos do INSS como fiscais das condições
de segurança do trabalho e saúde ocupacional, algo previsto há muitos anos na IN
77/INSS mas nunca implementado por falta de condições práticas e
administrativas.

III - O risco ocupacional dos trabalhadores passa a ser realmente individualizado e


considerar exposições temporárias. O conceito de GHE/GES não deixa de existir e
vai continuar a ser utilizado, mas de forma mais comedida. Riscos físicos,
químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos e de acidentes são informados
junto (Tabela 23).

IV - A análise de riscos ocupacionais deixa de ser superficial, em especial no


PCMSO e nos ASOs.

V - O pagamento de adicionais de insalubridade ou periculosidade de forma


incorreta e ilegal deixa de existir. Será necessária base técnica para tais
pagamentos.

VI - As revisões do PPRA passam a existir de fato, no mínimo pela necessidade da


geração de novos leiautes. No entanto a ideia do fim do PPRA de gaveta, tão
propalada, não acaba, porque o eSocial não exige dados dos planos de ação,

22
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

apenas dados que não forçam a implementação deste programa. O PPRA passa a
usar o NTEP.

VII - DPs e RHs NÃO poderão mais usar a descrição genérica do CBO para seus
empregados. A descrição do cargo precisa indicar e ser coerente com a efetiva
exposição de riscos do trabalhador. Exemplo: um ASG que limpa vidraças tem uma
exposição diferente de um ASG que limpa banheiros públicos, e na descrição de
cargos de ambos isto deve estar claro.

VIII - Desvios de função se tornarão uma dor de cabeça para as empresas. Além de
configurar uma ilegalidade, caracteriza envio de informação incorreta, que é
passível de multa.

IX - A análise ergonômica, que já era obrigatória e prevista na NR 17, agora será


realmente cobrada porque a maior parte dos afastamentos de trabalhadores está
ligado a este tema (ex.: lombalgia). Profissionais não habilitados a fazer este tipo de
análise e que insistem em realizá-las correm o risco de serem processados e
responderem a processos éticos em seus conselhos profissionais.

X - O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), já existente, sai do


campo puramente estatístico e entra no campo fático, a partir de provas produzidas
pela própria empresa.

XI - Ações Regressivas Previdenciárias em função de doenças ocupacionais serão


cada vez mais comuns. A AGU ainda propõe um número baixo de ações
acidentárias, mas corre contra o tempo para se estruturar e cobrar os prejuízos ao
erário da área de SST.

XII - A fiscalização de SST terá o padrão da Receita Federal: Notificação,


Justificação, Multa e Recurso. O INSS, toda vez que um trabalhador requerer
Aposentadoria Especial, vai notificar a empresa a apresentar o LTCAT ou LTIP; não
apresentando ou apresentando de forma insatisfatória a multa é emitida. Só então
haveria recurso para se validar documentos como PPRA.

XIII - O LTCAT se torna o documento base de SST, uma vez que será o INSS a iniciar
a maior parte dos questionamentos às empresas, e, ainda que outras
demonstrações ambientais sejam equivalentes, este será o primeiro documento
exigido (somente nos recursos serão admitidos documentos como PPRA etc.).

XIV - O PPP ganha status de "confissão de dívida" da empresa. Como para o


mesmo vínculo haverá o PPP pré eSocial e pós eSocial, se houverem dados
divergentes entre eles poderá haver cobrança retroativa da FAE e estes
documentos servirão de prova em Ações Trabalhistas. Uma auditoria do Passivo de
SST é indicada em TODAS as empresas, independente do porte.

XV- A gestão do FAP, hoje ignorada, e a redução dos fatores de risco se torna
obrigatória (veja Decreto 3.048/99, artigo 201-D).

23
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

eSOCIAL: INTENSIFICAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO DAS NRs (SIT)

- Foram aplicadas 78.383 multas pela fiscalização do Ministério do Trabalho em


2017 por descumprimento de normas de Segurança do Trabalho.

- Nos primeiros quatro meses de 2018 foram aplicadas 37.336 multas, projetando
50% a mais de multas que o ano anterior (isto com menor nível de atividade
econômica e menos trabalhadores empregados)!

- Média superior a QUATRO MULTAS por estabelecimento fiscalizado!

- O descumprimento de exigências da NR7 é o caso mais frequente registrado pela


fiscalização, e as NRs 7 e 9 concentram cerca de 68% das autuações, MAS AS
MULTAS EXISTIRAM PARA 33 NRs.

- Em 2017 foram concedidos 196.754 benefícios do INSS devido a algum problema


de saúde ocasionado pelo trabalho. A MÉDIA FOI DE 539 AFASTAMENTOS POR
DIA!

- A notícia do Ministério do Trabalho fala da atuação da SIT (Secretaria de Inspeção


do Trabalho) mas menciona dados do INSS e a imagem diz "multas por acidente de
trabalho", mostrando uma "linha mestra" na ação do Governo. IMAGINE A PARTIR
DE JANEIRO 2019 COM A FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA DO eSOCIAL...

Fonte: http://trabalho.gov.br/noticias/6188-sao-paulo-registra-maior-numero-de-
autuacoes-por-falhas-na-prevencao-a-acidentes-de-trabalho

24
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

O QUE É NTEP?

O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário é descrito pelo INSS assim: “O


NTEP, a partir do cruzamento das informações de código da Classificação
Internacional de Doenças – CID-10 e do código da Classificação Nacional de
Atividade Econômica – CNAE aponta a existência de uma relação entre a lesão ou
agravo e a atividade desenvolvida pelo trabalhador. A indicação de NTEP está
embasada em estudos científicos alinhados com os fundamentos da estatística e
epidemiologia. A partir dessa referência, a medicina pericial do INSS ganha mais

25
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

uma importante ferramenta-auxiliar em suas análises para conclusão sobre a


natureza da incapacidade ao trabalho apresentada, se de natureza previdenciária ou
acidentária.

O NTEP foi implementado nos sistemas informatizados do INSS, para concessão de


benefícios, em abril de 2007 e de imediato provocou uma mudança radical no perfil
da concessão de auxílios-doença de natureza acidentária: houve um incremento da
ordem de 148%. Este valor permite considerar a hipótese que havia um
mascaramento na notificação de acidentes e doenças do trabalho.”

Em resumo, podemos dizer que há mais de uma década o INSS já tem dados
estatísticos relacionando a atividade econômica e a doença ocupacional. MAS
SERÁ COM O eSOCIAL QUE O GOVERNO PODERÁ ESTABELECER O NEXO
CAUSAL FÁTICO (NÃO MAIS ESTATÍSTICO) E O CONJUNTO PROBATÓRIO PARA
RESPONSABILIZAR A EMPRESA, A PARTIR DOS DADOS QUE A PRÓPRIA
EMPRESA ENVIARÁ.

Quando implementado em sua totalidade o eSocial revolucionará a Previdência e a


gestão de saúde nas empresas.

VERTENTES DA GESTÃO DO eSOCIAL

REGISTROS DA RELAÇÃO TRABALHISTA (DP/RH): Inclui registro de empregados,


cadastro de seus dados, Folha, concessão de férias etc. Basicamente exige que a
empresa passe a transmitir dados que já transmitia anteriormente em outros
formulários eletrônicos e portais para um único portal e padrão: o do SPED
Trabalhista.

PREVIDENCIÁRIA: Cuida do FAP/RAT, das CATs e do LTCAT/Aposentadoria


Especial. Esta área influencia o valor da GFIP e da Nota Fiscal de Serviços e terá em
cima os olhos da Receita Federal, pois é aí que existe mais sonegação e dinheiro
para ser arrecadado pelo Governo.

SEGURANÇA DO TRABALHO: Cuida do cumprimento das NRs, dos programas


como PPRA, PCA, PPR, AET, entre outros, da entrega de EPIs e dos laudos de
insalubridade e periculosidade. É onde há mais coisas para fazer, é a área mais
complexa e onde vai se gastar mais dinheiro e mão de obra para a adequação. Terá
os olhos do Ministério do Trabalho sobre si e será a grande geradora de multas no
eSocial.

SAÚDE OCUPACIONAL: Cuida das CATs e dos ASOs. É a área onde o Governo
gasta mais através do INSS e do SUS, e por isto receberá máxima atenção do INSS,
que tenta reduzir de todo modo a concessão de benefícios previdenciários.

26
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

LEGISLAÇÃO E BUROCRACIA: É a área onde se cuida das datas, dos leiautes, da


legalidade dos atos (ex.: artigo 60 da CLT), é o núcleo do eSocial, o SPED em si. Irá
gerar poucas multas e terá muita tolerância inicial por parte do Governo.

FINANCEIRO: Cuida, em especial, do EFD-Reinf, que trata das retenções (INSS,


IRPF etc) e pagamentos a terceiros.

ANÁLISE LABORAL NO eSOCIAL

A implantação do eSocial exige uma análise do trabalho realizado por cada


empregado, ANTES das adequações de DP/RH e SST, CONSIDERANDO A
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, PREVIDENCIÁRIA E TRIBUTÁRIA.

Casos reais encontrados em consultorias:

Caso 1 - ASG lotado na faculdade de odontologia da UFBA limpava as


escarradeiras. Sob a ótica de SST isto gera insalubridade. E o CBO 3224-05 indica
esta tarefa para o Técnico em Saúde Bucal.

Caso 2 - Empresa de ônibus tem dois ASGs que limpam uma vala da oficina para
onde escorrem graxas, diesel, óleos hidrominerais etc. Percebeu-se as
consequências previdenciárias e de SST ligados à tarefa.

Caso 3 - Empresa de reparos em vias públicas reconhece a insalubridade para


trabalhadores que aplicam asfalto. Mas a análise laboral observou que os mesmos
fazem horas extras, descumprindo o artigo 60 da CLT.

Caso 4 - Empresa de Macaé/RJ tem cerca de 400 empregados lotados em


plataforma da PETROBRAS, todos expostos a ruído acima de 85 dB. Verificou-se
que não há recolhimento do FAE (6%), nem a retenção adicional de 2% sobre as
Nota Fiscais de Serviços da empresa.

RESPONSABILIDADE TÉCNICA NO eSOCIAL

A fiscalização do eSocial, além de propor ações regressivas previdenciárias contra


os empregadores, também poderá atingir os profissionais de Saúde Ocupacional e
Segurança do Trabalho responsáveis pela documentação. Conseguimos ver isto
claramente nos artigos 298 e 299 da IN INSS 77.

Mas esta responsabilidade técnica vai além disto. Ao se exigir o NIS e o CPF do
responsável técnico no leiaute do evento S2240 tornou-se possível a

27
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

responsabilização profissional, seja pela inexistência de laudos, ou por erros e


omissões destes, impedindo o "jeitinho".

Temos duas possibilidades caso não haja reconhecimento do adicional de


insalubridade, do adicional de periculosidade ou da Aposentadoria Especial, se
legalmente devidos.

Caso NÃO EXISTA LAUDO e um profissional não habilitado se responsabilizar pelo


leiaute, ele pode ser enquadrado nas hipóteses 1 e 3 abaixo. Caso o erro ou
omissão seja do laudo, o profissional pode ser responsabilizado em três esferas:

1 - Cível: o responsável pode assumir o ônus do pagamento dos adicionais ou da


Aposentadoria, conforme artigos 186 e 927 do Código Civil, combinados com o
artigo 223-E da CLT, que determina que são responsáveis pelo dano
extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico
tutelado, na proporção da ação ou da omissão.

2 - Administrativa: de acordo com o artigo 299 da IN INSS 77 também é possível a


comunicação ao Conselho do profissional. No caso de órgãos públicos é possível a
abertura de inquérito administrativo, que pode culminar com a exoneração do
servidor.

3 - Criminal: configura-se o crime tipificado no artigo 342 do Código Penal de falsa


perícia, podendo configurar-se, ainda, o crime de falsidade ideológica, artigo 299 do
Código Penal. O MP deve ser comunicado.

Quanto à possível sonegação ou elisão fiscal, a responsabilização é aquela prevista


na legislação tributária, que em geral atinge exclusivamente a empresa, exceto no
caso de contadores.

RESPONSABILIDADE OBJETIVA NA SONEGAÇÃO/ELISÃO FISCAL


RELATIVA AO RECOLHIMENTO DA FAE/GILRAT

Lei 8.137/90, Artigo 1º: Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir
tributo, ou contribuição social, e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas:

I - Omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

II - Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo


operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;

28
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

O artigo 11 também diz que “Quem, de qualquer modo, concorre para os crimes
definidos nesta lei, incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade”.

A jurisprudência estabelece a necessidade da responsabilidade objetiva, ou seja,


no caso do contador não se admite este crime na forma culposa, apenas dolosa.

A questão que se coloca é: se a empresa omite a insalubridade existe e sonega o


FAE, em que medida o contador poderá ser responsabilizado?

Existe a tendência que a Receita Federal, de forma educativa, comece a chamar os


contadores a prestar esclarecimentos em função das irregularidades de seus
clientes.

PERDAS FINANCEIRAS DAS EMPRESAS NO eSOCIAL

- Multas do SPED, que envolvem diretamente o envio dos leiautes, seus prazos e a
correção das informações.

O item que mais assusta mas que terá maior tolerância a princípio, com a estratégia
do Governo de "emplacar" o SPED Trabalhista.

- Multas trabalhistas (CLT e NRs) e previdenciárias, por infrações identificadas a


partir do cruzamento de dados.

As multas trabalhistas darão um salto expressivo, e as previdenciárias, incomuns,


começarão a aparecer no dia a dia.

- Ações Regressivas Previdenciárias, que devem aumentar a partir de uma maior


facilidade de se estabelecer o nexo causal (doença do trabalhador X seu trabalho)
usando-se os dados de Segurança do Trabalho do empregador e os dados
estatísticos.

Com cerca de 5.000 ações no valor de um bilhão atualmente, tem potencial para
disparar, com os dados do SPED. Envolverá principalmente empresas com grande
número de afastamentos.

- Cobrança do Financiamento da Aposentadoria Especial (FAE), que onera a GFIP e


provoca maior retenção de INSS na Nota Fiscal de Serviços.

Envolve de imediato a cobrança de alguns bilhões, com simples notificações


eletrônicas. Podem ser cobrados até cinco anos retroativos.

29
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

MULTAS DO eSOCIAL

É muito comum que se diga que as multas do eSocial são as mesmas da CLT, da
Previdência ou das NRs. Circulam várias artes na internet com esta informação.
Mas isto é incoerente e ilegal.

O eSocial é ESCRITURAÇÃO ELETRÔNICA, e tecnicamente definido como


OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. Um exemplo para explicar melhor: se uma empresa
contrata um empregado, ela precisa fazer um Contrato de Trabalho e o registro no
Livro de Registro de Empregados, previsto na CLT. Informar ao eSocial que isto foi
feito é uma OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA. Isto porque a empresa pode ter cumprido as
obrigações de contrato e registro, mas não ter REGISTRADO isto na plataforma
eletrônica do governo (a tal escrituração eletrônica).

Importante: o fato que as multas podem não ser aplicadas de imediato, mas no
prazo de até CINCO ANOS a partir da infração, MESMO PARA EMPREGADOS JÁ
DESLIGADOS, ou seja, o empregador pode acumular um passivo considerável de
multas e só descobrir ao longo do tempo.

E QUAL A MULTA APLICÁVEL PARA QUEM NÃO INFORMOU OS DADOS DA


ESCRITURAÇÃO ELETRÔNICA (eSOCIAL) OU OS ENVIOU DE FORMA INCORRETA/
INCOMPLETA?

MULTA DO SPED TRABALHISTA (eSOCIAL E EFD-Reinf): MP 2.158-35/01


Art. 57. O sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias
exigidas nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou
que as cumprir com incorreções ou omissões será intimado para cumpri-las ou
para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas:
I - por apresentação extemporânea:
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração,
relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que
sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham
apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacional
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração,
relativamente às demais pessoas jurídicas
c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às
pessoas físicas
II - por não cumprimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do
Brasil para cumprir obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos nos

30
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por


mês-calendário
III - por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas,
incompletas ou omitidas:
a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das
transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa
jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no
caso de informação omitida, inexata ou incompleta;
b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00
(cinquenta reais), do valor das transações comerciais ou das operações
financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja
responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta.
§ 1o Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os
valores e o percentual referidos nos incisos II e III deste artigo serão
reduzidos em 70% (setenta por cento).
§ 2o Para fins do disposto no inciso I, em relação às pessoas jurídicas
que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração
do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária,
deverá ser aplicada a multa de que trata a alínea b do inciso I do caput.
§ 3o A multa prevista no inciso I do caput será reduzida à metade, quando
a obrigação acessória for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício.
§ 4o Na hipótese de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as
multas previstas na alínea a do inciso I, no inciso II e na alínea b do inciso III.
Lei 9.779/99, Artigo 16. Compete à Secretaria da Receita Federal dispor
sobre as obrigações acessórias relativas aos impostos e contribuições por ela
administrados, estabelecendo, inclusive, forma, prazo e condições para o seu
cumprimento e o respectivo responsável.

EFD-Reinf E O IMPACTO NAS FINANÇAS DAS EMPRESAS

EFD-Reinf é a parte do SPED trabalhista que cuida das retenções sobre a


prestação de serviço. Quando uma empresa contrata outra, na hora em que
ela vai fazer o pagamento dos serviços precisa fazer RETENÇÕES de impostos.
Ou seja, ela paga o prestador de serviços JÁ DESCONTANDO INSS, PIS,
COFINS etc.

O EFD-Reinf é o módulo onde a empresa que está pagando e a empresa que


está recebendo informam as retenções. As duas informam A MESMA COISA e a
Receita Federal cruza os dados. A IN RFB 971 trata das retenções referentes a
serviços prestados com APOSENTADORIA ESPECIAL. E aí o bicho pega...

31
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

Se lá no eSocial temos a caracterização da aposentadoria especial, seja pelo


enquadramento no S2240 ou pela simples informação da medição, exposição
ou atividade, e no EFD-Reinf temos a informação do serviço prestado e da
retenção, fácil perceber que a sonegação derivada da retenção incorreta do
FAE/INSS será identificada.

Se a empresa não tem o LTCAT e a GFIP preenchidas corretamente para sua


própria folha, será na nota fiscal da prestação de serviços vai considerar o
recolhimento do FAE? Ex.: Basta o trabalhador estar exposto a ruído a partir
de 85.1 dB para haver FAE e recolhimento maior na Nota Fiscal de Serviços.

O EFD-Reinf influencia, também, na possibilidade das empresas manterem em


seus quadros trabalhadores como falsas Pessoas Jurídicas. Uma das coisas que
caracteriza o vinculo empregatício é a exclusividade da fonte pagadora, e o
EFD-Reinf irá caracterizar com enorme facilidade tal situação.

PERÍCIA DO INSS: A NOVA FORMA DE FISCALIZAR SSAÚDE E


SEGURANÇA DO TRABALHO

Com o eSocial teremos uma mudança radical na fiscalização de SST. A Instrução


Normativa INSS 77 transforma, na prática, peritos do INSS em fiscais de SST, uma
vez que eles têm acesso direto às informações prestadas pelas empresas/
empregadores.

IN 77, Art. 298. O PMP poderá, sempre que julgar necessário, solicitar as
demonstrações ambientais de que trata o inciso V do caput do art. 261 e outros
documentos pertinentes à empresa responsável pelas informações, bem como
inspecionar o ambiente de trabalho.

§ 1° As inspeções já realizadas em outros processos administrativos poderão ser


utilizadas e anexadas no processo em análise, caso haja coincidência fática relativa
à empresa, setor, atividades, condições e local de trabalho.

§ 2º O PMP não poderá realizar avaliação médico-pericial nem analisar qualquer das
demonstrações ambientais de que trata o inciso V do caput do art. 261, quando
estas tiverem a sua participação, nos termos do art. 120 do Código de Ética Médica
e do art. 12 da Resolução CFM nº 1.488, de 11 de fevereiro de 1998.

Art. 299. Em análise médico-pericial, além das outras providências cabíveis, o PMP
indicará a necessidade de emissão de:

32
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

I - Representação Administrativa - RA ao Serviço de Segurança e Saúde do Trabalho


da Superintendência Regional do Trabalho do MTE, sempre que, em tese, ocorrer
desrespeito às normas de segurança e saúde do trabalho que reduzem os riscos
inerentes ao trabalho ou às normas previdenciárias relativas aos documentos
LTCAT, CAT, PPP e GFIP, quando relacionadas ao gerenciamento dos riscos
ocupacionais;

II - RA aos conselhos regionais das categorias profissionais, com cópia a


Procuradoria Federal, sempre que a confrontação da documentação apresentada
com os ambientes de trabalho revelar indícios de irregularidades, fraudes ou
imperícia dos responsáveis técnicos pelas demonstrações ambientais;

III - encaminhar à Procuradoria Federal, para Representação para Fins Penais - RFP,
ao Ministério Público Federal ou Estadual competente, sempre que as
irregularidades ensejarem a ocorrência, em tese, de crime ou contravenção penal; e

IV - Informação Médico Pericial - IMP à Procuradoria Federal, para fins de


ajuizamento de ação regressiva contra os empregadores ou subempregadores,
quando identificar indícios de dolo ou culpa destes, em relação aos acidentes ou às
doenças ocupacionais, incluindo o gerenciamento ineficaz dos riscos ambientais,
ergonômicos e mecânicos ou outras irregularidades afins.

§ 1º As representações deste artigo deverão ser emitidas pelo Serviço/Seção de


Saúde do Trabalhador da Gerência Executiva.

§ 2º O Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador da Gerência Executiva deverá enviar


cópia da representação de que trata este artigo à unidade local da RFB e à
Procuradoria Federal, preferencialmente por meio digital, bem como remeter um
comunicado, conforme modelo constante no Anexo XIX.

§ 3º A Procuradoria Federal deverá auxiliar e orientar a elaboração das


representações de que trata este artigo, sempre que solicitada.

Artigo 261, V - as demonstrações ambientais:

a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;


b) Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;
c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
- PCMAT; e
d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.

33
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

AÇÃO REGRESSIVA PREVIDENCIÁRIA E A AGU

O descumprimento das normas de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional


não enseja apenas multas, também possibilita que o INSS proponha Ação
Regressiva Previdenciária contra as empresas.

Ainda que as empresas paguem mensalmente um seguro previdenciário obrigatório


(SAT), isto não as isenta da responsabilidade sobre a saúde e a segurança de seus
trabalhadores, e sobre os danos causados em função de suas atividades laborais
(teoria do risco profissional).

A Ação Regressiva Previdenciária cobra da empresas prejuízos financeiros


causados pelas doenças ocupacionais e pelos acidentes de trabalho. Atualmente a
AGU tem cerca de 5.000 ações do tipo tramitando, onde se cobra mais de um bilhão
de reais de empresas grandes e pequenas.

São ações “acidentárias”, ligadas a acidentes de trabalho, facilmente


comprováveis. Com o eSocial o nexo causal entre a atividade laboral e a patologia
do beneficiário da previdência (segurado/trabalhador) será facilmente comprovado,
E HÁ FORTE TENDÊNCIA QUE SE INICIE UMA NOVA ONDA DE AÇÕES
REGRESSIVAS PREVIDENCIÁRIAS.

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ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

CONHECENDO AS AÇÕES REGRESSIVAS PREVIDENCIÁRIAS

GESTÃO DE DATAS NO eSOCIAL

Um dos maiores problemas que as empresas terão serão as DATAS informadas nos
leiautes do eSocial. Em uma plataforma eletrônica "tocada" por algoritmos, esta
informação será uma das mais visadas. Exemplos:

- ASO admissional e exame toxicológico precisam ter data igual ou anterior à da


admissão.

- ASO não pode ser realizado na folga ou nas férias.

- Treinamentos devem ser feitos ANTES da exposição ao risco/mudança de função,


assim como a entrega de EPI, o treinamento de NR 1 e o ASO.

- Cada entrega de EPI e o treinamento para seu uso deve ser registrado. Atenção na
validade de ambos.

- Laudos e programas precisam ter data ANTERIOR ao pagamento de insalubridade


e periculosidade, assim como o recolhimento do FAE.

A questão das datas é uma das coisas que inviabiliza o modelo atual de consultoria
de SST que entrega laudos e programas e os renova anualmente.

35
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

No eSocial os laudos, programas e documentos são consequência da GESTÃO, e


não um fim em si mesmos.

Sequer terá sentido imprimir boa parte dos documentos de SST: eles precisam ser
eletrônicos e atualizados constantemente.

EVENTOS DE DP X EVENTOS DE SST NO eSOCIAL

ADMISSÃO: antes da contratação é necessário adequação do PPRA, do PCMSO,


confecção da OS, e ASO admissional/exame toxicológico. Ou seja, TODA
contratação precisa do "olhar" da segurança do trabalho para acontecer. Em termos
de eSocial pode ser necessária a alteração do evento S1060. Após a admissão, mas
de imediato, é necessário o treinamento de NR 1 e, dependendo do risco
ergonômico da função, uma análise ergonômica específica do posto X trabalhador.
Também dependendo do risco a que o trabalhador estará exposto, pode ser que
alguns treinamentos tenham que ser feitos ANTES do trabalho efetivo (exemplo: NR
35).

PROMOÇÃO/MUDANÇA DE FUNÇÃO, SETOR OU HORÁRIO: equivale a uma


admissão em termos de eSocial/SST, os passos podem ser os mesmos.

FÉRIAS: Só podem ser dadas se o ASO periódico não vencer durante o gozo. Neste
caso antecipa-se o ASO.

DEMISSÃO: Exige o ASO demissional e exame toxicológico para motoristas.

FOLHA: Só pode ser feita tendo-se em mãos os laudos de insalubridade e


periculosidade.

GFIP: Só pode ser feita tendo-se em mãos o LTCAT.

PPP: A CONFISSÃO DE DÍVIDA DAS EMPRESAS

Ainda que diversas informações de SST só devam ser disponibilizadas a partir da


vigência do eSocial, é necessário notar que o PPP caracterizará a situação de SST
anterior da empresa.

As Leis 8212 e 8213/91 regulamentam os benefícios da Previdência Social. Na


Subseção referente a Aposentadoria Especial, na Lei 8213, aparece pela primeira
vez o termo ‘perfil profissiográfico’: Art. 58, § 4o .: A empresa deverá elaborar e

36
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas


pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho,
cópia autêntica desse documento.

Para regulamentar a Seção, o Art. 68 do Decreto 3.048 /99 determina que:

§ 2º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será


feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previdenciário, na
forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela empresa
ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho
expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
(Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)

§ 6º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico


previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer
a este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou do desligamento do
cooperado, cópia autêntica deste documento, sob pena da multa prevista no art.
283. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9/06/2003)

Cabe esclarecer que são textos atualizados, uma vez que o Decreto original
continha apenas a denominação ‘perfil profissiográfico’, como na Lei, sendo o
apêndice ‘previdenciário’ sugerido em novembro de 2001, após reuniões de grupo
de trabalho Ministério do Trabalho e Emprego/MPAS/INSS, onde participaram, pelo
Ministério do Trabalho e Emprego Airton Marinho, Mário Parreiras, Ivone
Corgosinho e Junia Barreto, Auditores Fiscais do Trabalho. O grupo tinha por
função equalizar os conteúdos legais referentes à insalubridade (Ministério do
Trabalho e Emprego) e Aposentadoria Especial (INSS) e definir o ‘perfil
profissiográfico’ e ‘Laudo Técnico de Condições de Ambiente de Trabalho’ (LTCAT),
objetivo conseguido apenas em parte. O grupo foi desfeito ao final de 2001 e a
Previdência Social passou a discutir o assunto internamente.

O Perfil Profissiográfico Pessoal – PPP será emitido pela própria plataforma do


eSocial a partir de sua vigência, e continuará sendo emitido pela empresa para o
período anterior. E este pode ser um grave problema para empresas que
descumprem as normas de SST E TÊM EM SEUS QUADROS TRABALHADORES
COM DIREITO A ADICIONAL DE INSALUBRIDADE OU PERICULOSIDADE, HAVENDO
O PAGAMENTO INCORRETO OU NÃO HAVENDO O PAGAMENTO DESTAS VERBAS,
OU AINDA, QUE TENHAM DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL.

Tais empresas terão a seguinte situação: se caracterizarem a insalubridade/


periculosidade ou a aposentadoria especial a partir do eSocial, estarão
CONFIGURANDO O PASSIVO TRABALHISTA DO PERÍODO ANTERIOR, E A
SONEGAÇÃO DO FINANCIAMENTO DA APOSENTADORIA ESPECIAL, ambos
podendo ser cobrados pelo período dos cinco anos anteriores. Se não
caracterizarem, mas houver a insalubridade/periculosidade ou Aposentadoria
Especial, ficam expostas a multas e à mesma cobrança.

37
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

É indicado a TODAS as empresas que possuam fatores de risco elencados nas NRs
9 e 15 e no Anexo IV do Decreto 3.048/99 que FAÇAM UM ESTUDO PRÉVIO À
CONFECÇÃO DOS DOCUMENTOS E ENVIO DAS INFORMAÇÕES AO eSOCIAL,
INDEPENDENTE DE SEU PORTE!

RETENÇÃO DE INSS NA NOTA FISCAL DE SERVIÇOS

A IN RFB 971/2009 deve ser observada em detalhes para a retenção do INSS no


caso de cessão de mão de obra, sendo estes casos lançados no EFD-Reinf e
cruzados com os dados do empregador no eSocial.

Artigo 78. A empresa é responsável:

VI - pela retenção de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, da
fatura ou do recibo de prestação de serviços executados mediante cessão de mão-
de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, e pelo
recolhimento do valor retido em nome da empresa contratada, conforme disposto
nos arts. 112 a 150;

Artigo 115. Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa


contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que
realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer
que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de trabalho
temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.

Artigo 120. A contratante fica dispensada de efetuar a retenção, e a contratada, de


registrar o destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quando:

II - a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo


titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou inferior a 2 (duas)
vezes o limite máximo do salário-de-contribuição, cumulativamente;
III - a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de
profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e
ensino definidos no inciso X do art. 118, desde que prestados pessoalmente pelos
sócios, sem o concurso de empregados ou de outros contribuintes individuais.

Artigo 145. Quando a atividade dos segurados na empresa contratante for exercida
em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física destes, de
forma a possibilitar a concessão de aposentadoria especial após 15 (quinze), 20
(vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho, o percentual da retenção aplicado
sobre o valor dos serviços prestados por estes segurados, a partir de 1º de abril de
2003, deve ser acrescido de 4% (quatro por cento), 3% (três por cento) ou 2% (dois
por cento), respectivamente, perfazendo o total de 15% (quinze por cento), 14%
(quatorze por cento) ou 13% (treze por cento).

38
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, a empresa contratada deverá


emitir nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços específica para os
serviços prestados em condições especiais pelos segurados ou discriminar o valor
desses na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

Artigo 146. § 2º Quando a empresa contratante desenvolver atividades em


condições especiais e não houver previsão contratual da utilização ou não dos
trabalhadores contratados nessas atividades, incidirá, sobre o valor total dos
serviços contido na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, o
percentual adicional de retenção correspondente às atividades em condições
especiais desenvolvidas pela empresa ou, não sendo possível identificar as
atividades, o percentual mínimo de 2% (dois por cento).

Artigo 222. A empresa contratante de cooperativa de trabalho deve recolher a


contribuição adicional prevista no inciso III do § 2º do art. 72, perfazendo a alíquota
total de 24% (vinte e quatro por cento), 22% (vinte e dois por cento) ou 20% (vinte
por cento), incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de
serviços emitida pela cooperativa, quando a atividade exercida pelos cooperados a
seu serviço os exponha a agentes nocivos, de forma a possibilitar a concessão de
aposentadoria especial, observado o disposto nos §§ 4º e 5º do art. 72.

Artigo 223. A cooperativa de produção deve recolher a contribuição adicional


prevista no inciso II do § 2º do art. 72, perfazendo a alíquota total de 32% (trinta e
dois por cento), 29% (vinte e nove por cento) ou 26% (vinte e seis por cento),
quando desenvolver atividade com exposição dos cooperados a agentes nocivos,
de forma a lhes possibilitar a concessão de aposentadoria especial, observado o
disposto no § 4º do art. 72.

TABELA LINHACH X APOSENTADORIA ESPECIAL

Alguns dos agentes confirmadamente cancerígenos segundo a LINACH são


encontrados em muitos locais de trabalho, como o benzeno (refino do petróleo,
petroquímicas e postos de combustível) e o cádmio (soldagem, produção de
baterias e produção de pigmentos).

Temos também o formaldeído (muito usado na produção de compensados de


madeira, em produtos para alisar cabelos e, ainda, em alguns produtos de limpeza)
e o polêmico amianto (hoje, basicamente usado em telhas e em caixas d’água).

Já entre os agentes provavelmente carcinogênicos destacamos


o tetracloroetileno (ou percloroetileno, muito utilizado em lavagem a seco) e os
compostos de chumbo inorgânico.
Entre os agentes possivelmente carcinogênicos, destacam-se o estireno, o negro
de fumo e as ligas de níquel.

39
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

É importante destacar alguns aspectos:

- A classificação dos agentes, inclusive a numeração dos grupos (1, 2A e 2B) é


baseada nas Monographs publicadas pelo IARC.

- A LINACH foi pensada para nortear as ações dos Ministérios da Saúde, do


Trabalho e da Previdência. Por isso, seu viés não é exclusivamente ocupacional.
Isso explica o porquê de encontrarmos mate e café nessa lista.

- No Grupo 1, vemos uma profissão e uma indústria. A profissão é a de pintor, e a


indústria é a de transformação da borracha. O simples fato de exercer a profissão
de pintor ou de trabalhar na indústria da borracha já é considerado fator de risco
para câncer…

- Todas as substâncias do Grupo 1 que possuam registro CAS dão direito à


Aposentadoria Especial PELA SIMPLES PRESENÇA NO AMBIENTE. É importante
atentar para isto porque algumas destas substâncias possuem limite de tolerância
previsto na NR 15 para ensejar adicional de insalubridade.

Há quem critique o fato de a LINACH não apontar os agentes diretamente


relacionados ao câncer nas atividades de pintura e na indústria da borracha. Isso
ocorre porque a própria IARC, em suas Monographs, afirma que ainda não foi
possível obter essa informação.

Sabemos que nas atividades de pintura os trabalhadores estão expostos a muitas


substâncias. Na indústria da borracha, além dos insumos (que são vários), temos
os subprodutos formados na vulcanização… Não é uma tarefa fácil saber
exatamente qual dos componentes faz com que haja uma incidência de câncer
comprovadamente maior nos trabalhadores desses setores, e neste ponto a Tabela
23 do eSocial é bastante específica, exigindo a identificação de um enorme número
de substâncias.

CNAE PREPONDERANTE - GILRAT


CNAE preponderante refere-se à atividade com o maior número de funcionários
atuando na atividade fim da empresa (CBOs), uma vez que a empresa possui mais
de uma atividade econômica (CNAE).
IN RFB 971/2009, Art. 72, b) a empresa com estabelecimento único e mais de uma
atividade econômica, simulará o enquadramento em cada atividade e prevalecerá, como
preponderante, aquela que tem o maior número de segurados empregados e
trabalhadores avulsos.
A partir do CNAE preponderante que se estabelece a alíquota do GILRAT do mês.
SÓ SÃO CONSIDERADOS CBOs DAS ATIVIDADES FIM.
Decreto 3.048/99, Art. 202. A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da
aposentadoria especial, nos termos dos arts. 64 a 70, e dos benefícios concedidos em
razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais
do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes percentuais, incidentes sobre o total

40
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao


segurado empregado e trabalhador avulso:
I - um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do
trabalho seja considerado leve;
II - dois por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do
trabalho seja considerado médio; ou
III - três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do
trabalho seja considerado grave.
§ 3º Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de
segurados empregados e trabalhadores avulsos.
§ 4º A atividade econômica preponderante da empresa e os respectivos riscos de
acidentes do trabalho compõem a Relação de Atividades Preponderantes e
correspondentes Graus de Risco, prevista no Anexo V.
IMPORTANTE: Para descobrir o CNAE preponderante, basta verificar NO MÊS EM
QUESTÃO (sim, o CNAE preponderante pode mudar mês a mês) qual atividade teve
mais trabalhadores, e sempre usar o CNAE QUE TENHA O RAT MAIS ALTO.
Exemplo: se uma empresa é industria e comércio, deve verificar se teve mais
empregados ligados à atividade de indústria ou do comércio. Cabe ressaltar que
esta verificação se faz pelo CBO.
A Súmula STJ 351 deve ser observada para que não haja o pagamento do RAT pelo
CNPJ global da empresa, mas, sim, considerando-se o risco da atividade de cada
estabelecimento.

FAP - GESTÃO DE RISCOS


O Fator Acidentário de Prevenção - FAP fundamenta-se no disposto na Lei Nº
10.666/2003. O FAP é um importante instrumento das políticas públicas relativas à
saúde e segurança no trabalho e permite a flexibilização da tributação coletiva dos
Riscos Ambientais do Trabalho (RAT) - redução ou majoração das alíquotas RAT de
1, 2 ou 3% segundo o desempenho de cada empresa no interior da respectiva
Subclasse da CNAE.
O FAP anual reflete a aferição da acidentalidade nas empresas relativa aos dois
anos imediatamente anteriores ao processamento (exemplo: o FAP 2018 tem como
período-base de cálculo janeiro/2016 a dezembro/2017). O FAP anual tem como
período de vigência o ano imediatamente posterior ao ano de processamento
(exemplo: o FAP 2017 terá vigência de janeiro a dezembro de 2018).
O processamento do FAP em 2017/2018 (ano/vigência) segue os padrões
metodológicos definidos na Resolução CNP Nº 1.329/2017, que você deve acessar
para saber como se faz o cálculo do índice.
É muito comum que grandes empresas tenham créditos referentes ao FAP. É
importante a revisão dos cálculos, e até mesmo a solicitação ao INSS do memorial
de cálculos e ocorrências utilizadas na apuração do índice, além da impugnação do
NTEP estabelecido em caso de discrepâncias com a realidade.

41
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

ORDEM DE SERVIÇO X DESVIO DE FUNÇÃO

O Artigo 157, item II, da CLT diz que é obrigação da empresa:

– instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a


tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

O item 7 da NR 1 diz que "Cabe ao empregador:

b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência


aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos.“

Já o Artigo 483, “a”, da CLT veda a exigências de serviços alheios ao contrato de


trabalho.

No campo da higiene ocupacional/segurança do trabalho, não tem sentido associar


um trabalhador a determinado risco mas ele requerer Benefício Previdenciário por
doença ocupacional associada a um risco absolutamente diferente.

E, neste sentido, o eSocial nos dá uma pista sobre o olhar que o governo tem sobre
o desvio de função: o MOS determina que é no principal evento de SST, o S-2240,
que o empregador descreve as atividades do trabalhador!

O TÉCNICO, ENGENHEIRO, ERGONOMISTA OU MÉDICO só devem emitir pareceres,


laudos, AETs e programas BASEADO NAS OSs da empresa, ou seja, naquilo que o
empregador disse que o trabalhador faz. Baseado em seu contrato de trabalho e
seu CBO, E DEVE TER UM ARQUIVO PESSOAL DELAS.

Pode haver DESVIO DE FUNÇÃO, e mesmo assim a empresa alegar que não tomou
medidas mitigadoras, orientou o trabalhador ou eliminou o risco PORQUE O
PROFISSIONAL RESPONSÁVEL NÃO INDICOU EXATAMENTE O QUE DEVIA SER
FEITO.

Assim como a empresa pode sofrer uma Ação Regressiva Previdenciária, o


profissional pode sofrer uma Ação Regressiva (por parte da empresa) para arcar
com os custos dos Benefícios Previdenciários.

INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE SEM LAUDOS

Inúmeras empresas e contadores fazem o pagamento destes adicionais SEM QUE


HAJA LAUDO comprovando a insalubridade (e seu grau) e a periculosidade.

O que acontece no eSocial quando a empresa informar estes pagamentos sem base
documental/pericial (no evento S1200)?

42
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

Será aceito e seguida a Súmula TST 453 (analogicamente para insalubridade): "o
pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da
empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em
percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova
técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do
trabalho em condições perigosas."

E se a empresa retirar estes adicionais agora?

A tendência jurisprudencial é entender que o pagamento (por liberalidade)


reconhece a insalubridade/periculosidade do trabalhador. Mas este entendimento é
questionável, uma vez que existe previsão legal de suspensão do pagamento de
adicionais quando a condição insalubre ou periculosa deixa de existir.

COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO (S2210)


- Acidente de trabalho ou de trajeto: É o acidente ocorrido no exercício da atividade
profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho /
residência, e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que causa
perda ou redução – permanente ou temporária – da capacidade para o trabalho ou,
em caso último, a morte;
- Doença Ocupacional: É aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. A empresa é
obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos
com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação
deverá ser imediata.
A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará
sujeita à aplicação de multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº
3.048/1999 (além da multa do SPED). O não envio ou envio com atraso acarretará
em multas de R$ 402,52 por dia de atraso.
Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a
entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do
Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito
Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do
Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) podem efetivar a qualquer tempo o registro
deste instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da
aplicação da multa à empresa.

O QUE MUDA COM O ESOCIAL NA CAT?


- O envio da CAT pelo empregador será realizada somente pelo eSocial, através do
evento S – 2210. O empregado, seu representante ou outros comunicantes
continuarão emitindo a CAT pelo sistema atual.

43
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

- O número da CAT é o número do recibo deste evento. Este número deve ser
utilizado para se fazer referência para uma CAT de origem, nos casos de reabertura.
- Caso o acidente de trabalho resulte em afastamento do empregado,
obrigatoriamente deve-se enviar o evento S-2230 - Afastamento Temporário. No
retorno ao trabalho este mesmo evento deve ser encerrado.
- A CAT deverá ser realizada mesmo com envio parcial das informações, antes do
atendimento médico. Após o atendimento médico, será feito o complemento ou
envio total dos dados.
- Será lançado no eSocial o detalhamento das causas de afastamento do trabalho
de funcionários, através do evento S-2230. Logo, o sistema conseguirá identificar
caso seja omitida a emissão da CAT por acidente do trabalho ou de trajeto.
- Serão lançados no eSocial os resultados dos exames realizados no Atestado de
Saúde Ocupacional (ASO), através do evento S-2220. Cruzando informações sobre
os exames, descrição de atividade e CNAE da empresa, o enquadramento de
doença ocupacional poderá ser realizado pelo próprio sistema, ficando evidente
caso a empresa omita a emissão da CAT por doença ocupacional.
- O funcionário que é afastado por mais de 15 dias por acidente do trabalho tem
direito a estabilidade de 1 ano na empresa. O não cumprimento desta determinação,
será facilmente fiscalizável pelo eSocial, e a multa se dará automaticamente pelo
sistema do eSocial.
- O prazo para envio total dos dados é de um dia útil. No caso de falecimento, no
mesmo dia.
- Aumentará o número de ações regressivas previdenciárias, uma vez que o
conjunto probatório será mais facilmente conquistado peloINSS.

BASE PARA LAUDOS

Uma das mudanças mais radicais que o eSocial provocará será na confecção de
laudos de insalubridade, de periculosidade e do LTCAT.

Isto porque o baixo nível de fiscalização fez com que os profissionais fossem, ao
longo do tempo, fazendo interpretações e criando documentos que muitas vezes
não refletem a realidade, não cumprem sua função ou chegam a conclusões
diferentes daquelas preconizadas pelo arcabouço jurídico do país.

Três coisas devem ser consideradas para a conclusão de laudos, com ordem
hierárquica:

1 - Convenção Coletiva da categoria, conforme o artigo 611-A, XII, da CLT.

2 - Jurisprudência aplicável (exemplo: Súmula TST 448, II, que dá insalubridade em


grau máximo para quem limpa banheiro público).

3 - Legislação: NR 15, NR 16 e Decreto 3.048/99.

44
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

COMO PREENCHER O LTCAT> GFIP

IN INSS/77, Artigo 262. Na análise do Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho -


LTCAT, quando apresentado, deverá ser verificado se constam os seguintes elementos
informativos básicos constitutivos:

I - se individual ou coletivo;

II - identificação da empresa;

III - identificação do setor e da função;

IV - descrição da atividade;

V - identificação de agente nocivo capaz de causar dano à saúde e integridade física,


arrolado na Legislação Previdenciária (Observação nossa: Anexo IV do Decreto 3.048/99);

VI - localização das possíveis fontes geradoras;

VII - via e periodicidade de exposição ao agente nocivo;

VIII - metodologia e procedimentos de avaliação do agente nocivo;

IX - descrição das medidas de controle existentes;

X - conclusão do LTCAT (Obs.: ausência/existência de Aposentadoria Especial e a


INDICAÇÃO DO CÓDIGO A SER USADO NA GFIP)

XI - assinatura e identificação do médico do trabalho ou engenheiro de segurança; e

XII - data da realização da avaliação ambiental.

Artigo 263. O LTCAT e as demonstrações ambientais de que trata o inciso V do caput do art.
261 deverão EMBASAR O PREENCHIMENTO DA GFIP e dos formulários de reconhecimento
de períodos laborados em condições especiais.

NUNCA ESQUEÇA: O LTCAT tem a função exclusiva de concluir sobre


APOSENTADORIA ESPECIAL, e se baseia na legislação previdenciária.

O LTCAT NÃO conclui sobre insalubridade ou periculosidade, e só se usa a NR 15 para


a confecção do LTCAT quando o Decreto 3.048/99 indicar que ali estão os limites de
tolerância a serem observados. Assim como as medições do PPRA podem não servir
para o LTCAT.

Tire suas dúvidas


GESTÃO sobre o LTCAT e as medições aplicáveis no Manual da
DE TERCEIROS
Aposentadoria Especial do INSS.

É relativamente comum que grandes empresas fiscalizem o cumprimento das


normas de segurança do trabalho e saúde ocupacional de suas terceirizadas. Isto
porque a contratante invariavelmente figura no polo passivo das ações trabalhistas,
e eventualmente nas ações regressivas previdenciárias.

45
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

Com o advento do eSocial esta fiscalização precisa ser mais detalhada e


colaborativa. Uma vez que ambas as empresas passam a ter suas informações em
uma base pública e comparável, se torna mais fácil a responsabilização de ambas, e
os dados constantes no eSocial podem constituir o conjunto probatório contra elas.

Deve-se ter cuidado tanto com os Ambientes de Trabalho cadastrados por


terceirizadas e contratantes (que nem sempre são iguais), assim como a
EXPOSIÇÃO EVENTUAL, INTERMITENTE, DE FORMA ATENUADA, NEUTRALIZADA
OU ABAIXO DO LIMITE DE TOLERÂNCIA de trabalhadores terceirizados.

O ARTIGO 291, PÁGRAFO TERCEIRO, INCISO I, DA IN RFB 971, determina que a


empresa contratante de serviços de terceiros intramuros é responsável por
fornecer cópias de seus documentos (PPRA e LTCAT) de maneira que permita à
contratada prestar as informações necessárias a respeito dos riscos a que seus
trabalhadores estão expostos. ISTO NÃO SIGNIFICA DISPENSA PARA A
CONFECÇÃO DESTES MESMOS DOCUMENTOS POR PARTE DA CONTRATADA.

“§ 3º A empresa contratante de serviços de terceiros intramuros é responsável:

III - pela implementação de medidas de controle ambiental, indicadas para os


trabalhadores contratados, nos termos do subitem 7.1.3 da NR-7, do subitem 9.6.1
da NR-9, do subitem 18.3.1.1 da NR-18, dos subitens 22.3.4, alínea "c" e 22.3.5 da
NR-22 do MTE.”

Conforme determina o item 9.6.1 da Norma Regulamentadora NR-09 – Programa de


Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): “9.6.1 Sempre que vários empregadores
realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o dever de
executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA
visando a proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais
gerados.”

Cabe ressaltar que a empresa contratante deve fornecer cópia do PPRA, entre
outros documentos, às empresas contratadas que estão localizadas dentro das
instalações do cliente, neste caso denominadas “prestadores de serviços
intramuros.”

O conceito de serviços de terceiros intramuros é estabelecido pelo parágrafo 7º do


Art. 291 da Instrução Normativa RFB 971, de 13/11/09:

“§ 7º Entende-se por serviços de terceiros intramuros todas as atividades


desenvolvidas em estabelecimento da contratante ou de terceiros por ela indicado,
inclusive em obra de construção civil, por trabalhadores contratados mediante
cessão de mão-de-obra, empreitada, trabalho temporário e por intermédio de
cooperativa de trabalho.”

Esta mesma legislação estabelece outras obrigações a empresa contratante. O


inciso I, do parágrafo 3º, do Artigo 291 da IN RFBº 971:

46
ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

“§ 3º A empresa contratante de serviços de terceiros intramuros é responsável:

I - por fornecer cópia dos documentos, dentre os previstos nos incisos I a III e V do
caput, que permitam à contratada prestar as informações a que esteja obrigada em
relação aos riscos ambientais a que estejam expostos seus trabalhadores;”

I - PPRA, que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por


meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do consequente controle
da ocorrência de riscos ambientais, sendo sua abrangência e profundidade
dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle,
devendo ser elaborado e implementado pela empresa, por estabelecimento, nos
termos da NR-9, do MTE;

II - Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que é obrigatório para as


atividades relacionadas à mineração e substitui o PPRA para essas atividades,
devendo ser elaborado e implementado pela empresa ou pelo permissionário de
lavra garimpeira, nos termos da NR-22, do MTE;

III - PCMAT, que é obrigatório para estabelecimentos que desenvolvam atividades


relacionadas à indústria da construção, identificados no grupo 45 da tabela de
CNAE, com 20 (vinte) trabalhadores ou mais por estabelecimento ou obra, e visa
a implementar medidas de controle e sistemas preventivos de segurança
nos processos,nas condições e no meio ambiente de trabalho, nos termos da
NR-18, substituindo o PPRA quando contemplar todas as exigências contidas na
NR-9, ambas do MTE;

V - LTCAT, que é a declaração pericial emitida para evidenciação técnica das


condições ambientais do trabalho, podendo ser substituído por um dos
documentos dentre os previstos nosincisos I e II, conforme disposto neste ato e na
Instrução Normativa que estabelece critérios a serem adotados pelo INSS;

Existe ainda a previsão da responsabilidade solidária no recolhimento do INSS:

Art. 152. São responsáveis solidários pelo cumprimento da obrigação


previdenciária principal:

V - a empresa tomadora de serviços com a empresa prestadora de serviços


mediante cessão de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho temporário,
conforme disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, até a competência janeiro de
1999, observado, quanto a órgão público da administração direta, a autarquia e a
fundação de direito público, o disposto na alínea "b" do inciso VIII;

47
para SST ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO

VII - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação previdenciária principal, conforme dispõe o art. 224 do
Código Tributário Nacional (CTN);

WEB GERAL

É o sistema auxiliar criado pelo eSocial como “redundância” para os sistemas das
empresas.

Em TI o termo “redundância” se refere à duplicação de um sistema para garantir


que o mesmo sempre funcione.

O WEB GERAL permite que no caso do software da empresa dar problemas, ainda
assim a mesma possa realizar as ações nos leiautes (inclusa, exclusão, consulta,
alteração) para não perder os prazos legais.

É um sistema “manual”, de contingência, exigindo que o usuário altere


posteriormente os dados e leiautes em seu próprio software.

CONCEITO DE EMPILHAMENTO

O SPED Trabalhista trabalha com o conceito de acúmulo permanente de dados,


MESMO AQUELES QUE FORAM ALTERADOS OU EXCLUÍDOS.

Isto quer dizer que eventuais erros e omissões nos leiautes, mesmo quando
corrigidos, ficam armazenados, possibilitando a produção de provas contra ou a
favor do empregador e do empregado.

Isto impede o “jeitinho” e exige maior qualidade nas informações e no envio de


todos os leiautes.

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ADMA FISIO
ERGONOMIA E FISIOTERAPIA DO TRABALHO para SST

Rodrigo Ferreira

Professor, consultor e palestrante SST no eSocial

Consultor de eSocial renomado, graduado em Administração de empresas


pelo Mackenzie; Pós-graduação em gestão de processos – pela FGV; Pós-
graduação em Legislação Trabalhista e cálculos judiciais – pelo Instituto
Brasileiro de Contabilidade (IBC); Professor, palestrante e consultor
especializado em gestão de processos e eSocial. Realiza treinamentos e
consultoria de eSocial: Arcadis, John Deree, Bravante, Estapar, Universidade
Estácio de Sá, Ambientec, entre outras.

CONTATOS

WHATSAPP E TELEFONE: 21 968 333 219

E-MAIL: rodrigo.ferreira@benneffit.com.br ou benneffit@yahoo.com.br

Portal SST eSOCIAL (cursos EAD): https://rodrigobenneffit.monqicorp.com.br

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Consultora de SST e Gestora da AdmaFisio | Ergonomia e Fisioterapia


do Trabalho

Consultora SST há 14 anos, com o Título de especialista pelo coffito em


Fisioterapia do Trabalho, Pós graduação em Ergonomia pelo IEDUV, pós
graduanda em Ortopedia Multiprofissional pelo Albert Einstein, Higiene
Ocupacional pelo Senac, Técnico em Segurança do Trabalho pelo Colégio
Integral INACI e mediadora do grupo ErgoFriends.

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WHATSAPP E TELEFONE: +55 11 99515-1551

E-MAIL: adma@admafisio.com.br ou esocial@admafisio.com.br

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Nossos serviços:
1. AET - Análise Ergonômica do Trabalho;

2. Laudos ambientais - Iluminância, Vibração de corpo humano/ máquinas,


Ruído, Umidade Relativa do ar, Velocidade do ar e Calor;

3. Gestão Ergonômica e do e-Social;

4. Testes e Implantação de Produtos e Equipamentos Ergonômicos nos


postos de trabalho;

5. Programa de Ginástica Laboral, Quick Massage e Acupuntura Empresarial;

6. Avaliação Física e Postural Termográfica com laudo codificado pela


CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade;

7. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e Mapa de Risco;

8. Perícia e Assistência Técnica Trabalhista e Ergonômica;

9. Ergobrindes personalizados para seu evento;

10. Treinamentos e Palestras sobre Saúde, Ergonomia e Segurança do


Trabalho.

Locação de Equipamentos:
- Luxímetro;
- Decibelímetro;
- Termômetro;
- Higrômetro;
- Anemômetro;
- Dinamômetro de força;
- Balança digital;
- Medidor de bioimpedância;
- Kit evento: Microfone, caixa de som, Data Show e Laptop;
- Maca portátil;
- Cadeira de Quick Massage;

Consulte-nos e veja como podemos ajudá-lo!!!


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