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Economia Brasileira (ECO142) - Prof.

Gustavo Casais
Aluna: Crislei dos Santos Santos (217218710)
Turma: T01- 08:50 ás 11:35
(QUESTÃO 3)

(a)
No final dos anos de 1980 e início dos anos de 1990 o Brasil viveu uma fase de
hiperinflação, que é uma alta generalizada exagerada dos preços. Atualmente,
diante das altas taxas de preços em produtos de consumo essencial e a
criação da nota de 200, estamos lembrando desse período com receio de que
volte as situações que foram vividas naquela época por conta da inflação.

Em 1985 quando o Brasil estava saindo da Ditadura militar, um período em que


o estado gastou muito e ficamos com uma dívida externa enorme, a inflação
estava ligada a desequilíbrios internos que era o crescimento exagerado da
despesa do governo que levava ao aquecimento da demanda muito acima da
capacidade da oferta e a choques externos além da instabilidade por conta da
ditadura.

As instituições não funcionavam de forma efetiva pois teoricamente os


governantes não sabiam o que fazer pra tirar o país dessa situação, foram
criados 13 planos econômicos diversos antes do Plano Real. Esses planos não
resolveram os problemas por dois motivos principais: o primeiro foi que não
interferiam diretamente na causa da inflação que eram os altos gastos do
governo, e o segundo é que a hiperinflação causa o efeito psicológico nas
pessoas, elas estocavam produtos e alimentos em casa com receio do preço
subir no dia seguinte e esse efeito contribuía ainda mais na subida da inflação.
Foi então que surgiu o URV (Unidade Real de Valor), uma moeda que não
existia com o intuído de converter esse efeito psicológico nas pessoas e
retomar a confiança no valor do dinheiro. A criação da URV não foi a única
coisa que estabilizou a economia, mas teve grande importância.

O plano todo teve três fases que foram primeiramente o ajuste fiscal, a
implementação da unidade real de valor (URV) e por último a implementação
da nova moeda, o real, que utilizamos até hoje e foi oficializada em 1994. No
momento do lançamento do real houve a indexação do real ao dólar como
forma de estabilizar a nova moeda, esse regime cambial durou até 1999, não
era um regime de câmbio fixo, mas também não é flutuante como atualmente,
era controlado.

O plano real foi muito importante para controlar a inflação e todas as


conquistas sociais que tivemos após, como o combate a fome, o poder de
compra, só foram possíveis por conta da força da moeda.
(b)
O PIB é uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num
período, na agropecuária, indústria e serviços. Ou seja, o que é produzido se
mede em dinheiro depois divide pelo numero de pessoas (per capita) para
obter o valor do PIB de um país. Um ponto importante a se destacar é que o
PIB não leva em consideração a distribuição de renda, pode acontecer de
alguns países algumas pessoas serem muito ricas e outras extremamente
pobres, o que é o caso do Brasil e outros subdesenvolvidos.

Alguns argumentos podem justificar o baixo crescimento do PIB brasileiro


comparado ao da Amarica Latina que foram, a má alocação de capital, a
estagnação da produtividade e baixos níveis de investimento
proporcionalmente ao PIB. Na época em que o Brasil esteve suas fases de
bonança o país não foi preparado para investis ou para expandir a sua
capacidade produtiva.

Para que a economia cresça a longo prazo requer acumulação de capital e


essa acumulação requer investimento e investimento requer poupança, por
isso outro ponto importante que explica o baixo nível de investimento está
ligado ao baixo nível de poupança. A taxa de produtividade ao logo dos anos
também foram negativas e a chave do crescimento econômico está
diretamente ligado a produtividade, outro argumento importante que podemos
destacar é o cenário externo que não favoreceu o Brasil, algumas mudanças
afetariam desde o nível de exportação até a atração de investimentos.

Outras razões que podem explicar este fenômeno são a deterioração das
expectativas, marcados pelo “pessimismo” politicamente motivado, o abandono
do tripé referente a politica que combina metas fiscais, metas de inflação e
câmbio flutuante, o desgaste do modelo de crescimento baseado no consumo
e por fim problemas estruturai baseado em medidas que os governos deixaram
de adotar.

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