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Direito
Administrativo
Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Direito Administrativo
Diogo Surdi
Sumário
Direito Administrativo.. ................................................................................................................... 3
1. Introdução...................................................................................................................................... 3
2. Análise da Banca CESPE (CEBRASPE)...................................................................................... 4
3. Atos Administrativos.................................................................................................................. 5
4. Princípios da Administração Pública.. ..................................................................................... 8
5. Organização Administrativa.. ................................................................................................... 11
6. Poderes Administrativos. . ........................................................................................................ 14
7. Agentes Públicos. . .......................................................................................................................16
Questões de Concurso.................................................................................................................. 20
Gabarito............................................................................................................................................ 26
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 27
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Direito Administrativo
Diogo Surdi
DIREITO ADMINISTRATIVO
Aula Essencial 80/20 – Direito Administrativo – PC-PB – Carreiras de Polícia Investigativa
1. Introdução
De acordo com o “Princípio de Pareto”, também conhecido como “Técnica do 80/20”, 80%
das situações podem ser resolvidas com a utilização de 20% do conhecimento.
O Princípio de Pareto é amplamente utilizado em várias áreas do conhecimento huma-
no, uma vez que apresenta uma tendência para a resolução dos problemas e otimiza os
resultados.
Você já pensou em como isso pode ser importante caso a aplicação seja possível, tam-
bém, no universo dos concursos públicos?
E justamente pensando nisso é que esta aula foi desenvolvida. Aqui, o nosso claro objeti-
vo é o de apresentar, com base em dados e estudos anteriores, os pontos que, historicamen-
te, são mais exigidos pelas bancas organizadoras em relação a determinados conteúdos
do edital.
Isso não quer dizer que você não precise estudar todos os pontos do edital. Nos dias atu-
ais, em que a concorrência está cada vez mais acirrada, um estudo completo é mais do que
essencial para garantir uma boa preparação.
No entanto, é inegável que as bancas, ao longo dos anos, tendem a se repetir. E isso ocor-
re por um motivo bastante simples: no processo de elaboração das questões, a instituição
responsável pela organização do concurso contrata professores ou autores qualificados na
respectiva área ou matéria envolvida. E como cada pessoa tende a seguir, ainda que incons-
cientemente, autores ou pontos específicos da matéria, o que acaba ocorrendo, como iremos
retratar, é uma quantidade desproporcional de questões em relação aos pontos exigidos em
determinada disciplina.
Dito de outra forma, raramente vemos uma prova onde as questões foram elaboradas
seguindo todos os pontos do edital de forma simétrica. O que é constantemente visto, em
sentido contrário, é alguns assuntos sendo exigidos de maneira bem mais constante do que
os demais.
Sendo assim, ao identificarmos quais são estes assuntos, iremos dar um “salto de qua-
lidade e eficiência” na preparação. Para isso, faremos uso do “Princípio de Pareto”, veri-
ficando quais são os assuntos mais exigidos e otimizando em diversos aspectos a sua
preparação.
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Direito Administrativo
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Quantidade Percentual
Assunto
de Questões Aproximado
Sendo assim, iremos inicialmente ter contato com um resumo contendo os principais pon-
tos abordados. Após, resolveremos questões do CESPE, sedimentando o aprendizado e dei-
xando você em plenas condições de realizar uma excelente prova.
Obs.: Todos os pontos do edital estão minuciosamente estudados no curso de Direito Admi-
nistrativo destinado ao concurso da PC-PB. Aqui, conforme mencionado no início da
aula, a ideia é verificar e memorizar, por meio da aplicação do “Princípio de Pareto”, os
assuntos historicamente mais exigidos pela banca organizadora, algo que otimizará
em diversos aspectos a sua preparação.
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Direito Administrativo
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3. Atos Administrativos
• Diversos são os conceitos de atos administrativos, sendo que as bancas costumam uti-
lizar o utilizado por Hely Lopes Meirelles, através do qual os atos são entendidos como
“toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”;
• Ainda que a administração pública seja quem mais pratique atos administrativos, deve-
mos ter em mente que todos os demais poderes também o fazem, ainda que de maneira
atípica. Assim, os atos administrativos não são uma exclusividade do Poder Executivo;
• Cinco são os requisitos dos atos administrativos: competência, finalidade, forma, moti-
vo e objeto;
• Dos requisitos presentes, apenas a competência, a finalidade e a forma sempre estão
presentes em todo e qualquer ato administrativo;
• O motivo e o objeto, dessa forma, caracterizam o chamado mérito administrativo, que
é a valoração da conveniência e da oportunidade que a lei deixa a cargo dos agentes
competentes;
• O mérito administrativo também é responsável pela diferenciação entre atos vincula-
dos e atos discricionários;
• São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a autoexecutorie-
dade, a imperatividade e a tipicidade;
• A presunção de legitimidade é uma característica através do qual os atos administrati-
vos são considerados legais até a prova em contrário. Costuma-se dizer, por isso mes-
mo, que a presunção é juris tantum, ou seja, presunção relativa, que pode ser contestada
pelo particular;
• A presunção de legitimidade é o único atributo presente em todos os atos administrativos;
• Parte da doutrina divide os o atributo em questão em presunção de veracidade e pre-
sunção de legitimidade. De acordo com a veracidade, o ato deve obediência aos fatos
alegados pelo Poder Público. De acordo com a legitimidade, os atos devem obediência
ao ordenamento jurídico como um todo.
• Pela autoexecutoriedade, a administração pode exigir o cumprimento de determinados
atos administrativos por parte de seus administrados, sem a necessidade de precisar
recorrer ao Poder Judiciário. Através deste atributo, em alguns casos, pode ela inclusive
utilizar-se da força;
• A imperatividade é o atributo onde a administração impõe a sua vontade a terceiros,
que não possuem outra opção que não seja cumprir o ato.
• A imperatividade decorre do poder de império da administração, também conhecido
como poder extroverso, decorrência do princípio da supremacia do interesse público;
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• Os requisitos são elementos para que os atos administrativos possam existir, ao passo
que os atributos são prerrogativas que os atos dispõem para atingir seus objetivos;
• Sobre as formas de desfazimento do ato administrativo, temos três clássicas maneiras:
anulação, revogação e convalidação;
• A anulação pode ser feita pela própria administração, baseada no seu poder de autotu-
tela, ou pelo judiciário, desde que provocado;
• A Anulação sempre é um controle de Legalidade, jamais entrando no Mérito Administrativo;
• A anulação possui efeitos retrospectivos, sendo que seus efeitos retroagem até a data
da prática do ato. Por isso mesmo, costuma-se dizer que seus efeitos são ex-tunc;
• No entanto, mesmo em caso de anulação, os efeitos produzidos pelos atos, para tercei-
ros de boa fé, devem prevalecer;
• A revogação, por sua vez, é a possibilidade da administração que produziu o ato (e ape-
nas ela) retirar o mesmo do mundo jurídico por razões de conveniência e oportunidade;
• A revogação adentra no mérito administrativo, possuindo efeitos prospectivos, também
chamados pela doutrina de ex-nunc;
• A revogação pode incidir apenas sobre atos discricionários, sendo um controle de méri-
to. Já a anulação pode incidir sobre atos vinculados ou discricionários, desde, claro, que
seja para analisar a ilegalidade dos mesmos;
• A convalidação decorre da teoria dualista, através da qual os atos poderiam ser sana-
dos quando o vício decorresse dos requisitos competência (em razão da pessoa) e da
forma (quando esta não for indispensável).
• A anulação, a revogação e a convalidação podem ser mais bem visualizadas por meio
da tabela a seguir:
Opera
Opera retroativamente Opera retroativamente
prospectivamente
(eficácia ex-tunc) (eficácia ex-tunc)
(eficácia ex-nunc)
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A convalidação é um
A anulação pode ser um ato discricionário, pois
ato vinculado (quando A revogação sempre é a administração pode
o vício é insanável) ou um ato discricionário, escolher entre anular
discricionário (quando o pois a administração ou convalidar o ato.
vício é sanável, pois nesse escolhe se deve ou não No entanto, a doutrina
caso pode ela optar entre retirá-lo do universo majoritária entende
anular ou convalidar o jurídico que a convalidação,
ato em questão) quando possível, deve ser
executada.
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Princípios Regras
Supremacia do Interesse
Indisponibilidade do Interesse Público
Público
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Supremacia do Interesse
Indisponibilidade do Interesse Público
Público
Abrange não só as leis, como também Abrange apenas as leis que forem
as medidas provisórias e os decretos editadas de acordo com o processo
autônomos legislativo
• A deslegalização ocorre quando uma lei, sem entrar na regulamentação da matéria, re-
baixa formalmente o seu grau normativo, permitindo que essa matéria possa vir a ser
modificada por regulamento;
• A impessoalidade pode ser vista sob três aspectos: como a finalidade de toda e qual-
quer atividade administrativa, como a obrigatoriedade de tratamento isonômico para
os administrados e como a vedação à promoção pessoal do Agente Público com base
nas atividades da Administração Pública;
• A moralidade liga-se diretamente aos conceitos de probidade, decoro e boa-fé.
• Ao elencar a moralidade como princípio, o legislador constitucional pretendeu que o
administrador público não obedecesse apenas aos comandos expressos em lei, origi-
nando o termo não juridicização.
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• A publicidade pode ser vista sob dois aspectos: como a necessidade de que todos os atos
administrativos sejam publicados para que possam produzir seus efeitos e como a neces-
sidade de transparência, por parte da Administração Pública, no exercício de suas funções;
• A eficiência está ligada à ideia de administração gerencial, objetivando a redução de
desperdícios e um melhor resultado na relação custo x benefício;
• Pela autotutela, a administração pode anular ou revogar os seus próprios atos, sem ne-
cessidade de recorrer ao Poder Judiciário;
• Tal princípio está presente na Súmula n. 473 do STF: “A administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se origi-
nam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
• Através da segurança jurídica, são protegidos o direito adquirido, ato jurídico perfeito e
a coisa julgada;
• A razoabilidade e a proporcionalidade obriga que exista uma relação entre os meios e
fins empregados;
• Ainda por meio da segurança jurídica, é vedada a nova interpretação retroativa da mes-
ma norma administrativa;
• Merece destaque a Súmula n. 654 do STF: A garantia da irretroatividade da lei, prevista
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal
que a tenha editado.
• Pelo princípio da especialização, ocorre a criação das entidades da Administração Indi-
reta, que se tornam especialistas em suas áreas de atuação;
• Pela continuidade dos serviços públicos, estes, em regra, não podem ser paralisados,
uma vez que tal situação poderia prejudicar toda a coletividade;
• A motivação exige que a Administração Pública indique os fundamentos de fato e de
direito de suas decisões. Como regra, todos os atos administrativos devem ser motiva-
dos, sendo exceção a demissão de agentes públicos ad nutum.
• A sindicabilidade configura a possibilidade de qualquer lesão ou ameaça de lesão ser
levada ao controle do Poder Público, tanto pela administração que editou o ato quanto
pelo Poder Judiciário.
• De acordo com a responsividade, cumpre aos gestores públicos a prestação de contas
da sua gestão para com o povo, verdadeiro titular do múnus público.
• A sancionabilidade, no Direito Administrativo, pode estar presente em todas as suas
atuações, de forma a incentivar determinadas condutas por meio de sanções premiais
(benefícios) e desencorajar outras condutas por meio das sanções aflitivas (Punições).
• De acordo com a subsidiariedade, as atividades essenciais à coletividade ficariam sob
a responsabilidade do Estado, uma vez que sua delegação poderia pôr em risco o bem
estar social e a segurança jurídica da coletividade.
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5. Organização Administrativa
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• As fundações podem ser públicas ou privadas. As fundações públicas, por sua vez, po-
dem ser de direito público ou de direito privado.
• Os consórcios públicos não são uma nova entidade da administração pública, mas inte-
gram a administração indireta de todos os entes consorciados.
• A principal vantagem do consórcio é o aumento de valores, para contratação, nas mo-
dalidades de licitação convite e tomada de preços (aumentado em 2 vezes se formado
por até 3 entes e aumentado em 3 vezes se formado por mais de 3 entes), bem como o
aumento do valor de dispensa para contratação sem licitação.
• José dos Santos Carvalho Filho afirma que os consórcios públicos, quando regidos pelo
direito público, assumem a forma de autarquia.
• As agências reguladoras e as agências executivas não são uma nova forma de admi-
nistração indireta.
• Enquanto as agências reguladoras são autarquias em regime especial, as agências
executivas são uma qualificação que as autarquias ou fundações podem assumir.
• O objetivo de se instituir uma agência reguladora é que ela atue em determinados seto-
res de regulação, aumento sua autonomia e poder.
• Por sua vez, o objetivo de se instituir uma agência executiva é aumentar sua eficiência e
produtividade; para qualificarem-se como tal, as autarquias ou fundações devem firmar
contrato de gestão com o respectivo ministério superior e ter um plano estratégico de
reestruturação e desenvolvimento.
• As empresa públicas e as sociedades de economia mista são as entidades da adminis-
tração indireta que mais estão ligadas ao direito privado.
• Tais entidades podem ser prestadoras de serviço público (atividade regida pelo direito
público) ou exploradoras de atividade econômica (atividade regida pelo direito privado).
• Não podemos confundir a regência da atividade com a personalidade jurídica. Assim,
todas as empresas públicas e sociedades de economia mista possuem personalidade
jurídica de direito privado.
• As diferenças entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista são:
− a) composição do capital (totalmente público na empresa pública e público e privado
na sociedade de economia mista);
− b) forma jurídica (todas as possíveis para as empresas públicas e apenas sociedade
anônima para as sociedades de economia mista) e
− c) foro processual para o julgamento das ações envolvendo entidades federais (Jus-
tiça Federal para as empresas públicas e Justiça Estadual para as sociedades de
economia mista).
• Dentre as principais características comuns às empresa estatais está a impossibilidade
de falência e a obrigatoriedade de realizarem concurso público.
• Em regra, as empresa estatais devem realizar licitação para todas as suas atividades.
Para as exploradoras de atividade econômica, porém, a licitação não é exigida para as
atividades fins, sendo obrigatória apenas para as atividades meio.
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6. Poderes Administrativos
• O poder hierárquico está presente na estrutura interna de cada órgão ou entidade. Hie-
rarquia pressupõe subordinação e o poder de dar ordens, de fiscalizar e de delegar e
avocar competências;
• A regra é a possibilidade de delegação, sendo a exceção as matérias onde tal técnica
não pode ser feita. São elas: a edição de atos de caráter normativo, a decisão de recur-
sos administrativos e a competência para o exercício de competência exclusiva;
• Já a avocação é exceção, só sendo permitida nos casos previstos em lei;
• O poder disciplinar confere a prerrogativa das autoridades punirem seus agentes e ter-
ceiros que com elas possuam algum vínculo específico;
• Quando a sanção é interna (servidores), o poder disciplinar decorre do hierárquico.
Quando é externa, não ocorre tal decorrência;
• Pelo poder regulamentar, é conferido aos Chefes do Executivo a possibilidade de regu-
lamentar, por meio da edição de decretos, as leis.
• A competência para editar decretos regulamentares é exclusiva dos chefes do executi-
vo, não podendo ser delegada;
• Os decretos autônomos foram introduzidos em nosso ordenamento jurídico por meio de
emenda constitucional, o que possibilitou aos chefes do executivo, nas restritas hipóte-
ses previstas no texto constitucional, inovar no ordenamento jurídico;
• Os decretos autônomos, no entanto, podem ser delegados ao Procurador Geral da Re-
pública, ao Advogado Geral da União e aos Ministros de Estado;
• As diferenças entre os decretos regulamentares e os decretos autônomos são visualiza-
das na tabela abaixo:
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• Parte da doutrina afirma que o poder normativo é um gênero do qual fazem parte, dentre
outros, o poder regulamentar;
• O STF possui entendimento de que é vedado ao chefe do poder executivo expedir de-
creto a fim de suspender a eficácia de ato normativo hierarquicamente superior.
• O poder de polícia é a possibilidade de restringir um interesse particular em prol de toda
a coletividade, sendo que tal poder pode ser preventivo ou repressivo;
• São atributos do poder de polícia a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a co-
ercibilidade.
• O ciclo de polícia compreende as etapas de ordem, consentimento, fiscalização e san-
ção. As etapas de ordem e fiscalização sempre estão presentes em qualquer atividade do
poder de polícia. Já as etapas de consentimento e sanção nem sempre estão presentes;
• O prazo prescricional para a ação do estado decorrente do poder de polícia é de 5 anos,
a contar da prática do ato ou, em caso de infrações permanentes ou continuadas, da
data da cessação.
• Os poderes/deveres do administrador público caracterizam as obrigações destes com
os administrados;
• São deveres do administrador público: agir, prestar contas, probidade e eficiência;
• O dever de agir implica na atuação do agente sempre que este tiver que exercer suas
funções, não podendo, por vontade sua, renunciar à sua competência;
• O dever de prestar contas é decorrência da forma republicana de governo, na qual o ad-
ministrador público, por gerir interesse alheio, deve prestar contas de sua gestão;
• O dever de probidade implica em uma conduta ética e leal por parte do agente. Em caso
de descumprimento desse dever, ocorre a improbidade administrativa;
• O dever de eficiência está relacionado com o aumento da relação custo x benefício, de
forma que o agente público deve pautar suas atividades de forma a otimizar os resultados;
• Quando o poder não foi exercido de forma legal, dissemos que houve abuso de poder.
Este, por sua vez, pode ocorrer de duas formas: excesso de poder e desvio de poder;
• Ocorre excesso de poder quando o agente excede as suas competências ou pratica ato
por meio de instrumento legislativo inadequado para alcançar o efeito desejado;
• Ocorre desvio de poder quando o agente pratica ato com finalidade diversa daquela que
deveria ter sido praticada;
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7. Agentes Públicos
• Os agentes públicos podem ser conceituados como todas as pessoas que possuem
uma vinculação profissional com o Estado, mesmo que em caráter temporário e ainda
que sem o recebimento de remuneração.
• É por meio dos agentes que o Estado exerce suas funções e pratica os atos adminis-
trativos que lhe são competentes. Assim, em caso de dano causado ao particular em
decorrência da atuação estatal, será o Estado quem será responsabilizado, e não o res-
pectivo agente.
• Duas são as principais classificações acerca dos agentes públicos, conforme pode ser
verificado na tabela abaixo:
Agentes delegados
• Os agentes políticos são aqueles que ocupam os mais altos postos no âmbito dos Po-
deres da República, estando ligados às decisões fundamentais do Estado e possuindo
grande parte de suas competências estabelecidas diretamente pela Constituição. Outra
peculiaridade desta classe é o alto nível de autonomia que possuem para tomar as suas
decisões.
• Os agentes administrativos são todas as pessoas investidas no âmbito de um órgão ou
entidade da administração pública, com competências executórias e tendo seus direitos
e deveres sendo regulados por meio de uma lei, e não diretamente da Constituição.
• Os agentes administrativos podem vir a ocupar cargos, empregos ou funções públicas
no âmbito da estrutura da administração pública.
• Os cargos públicos podem ser conceituados como o conjunto de atribuições, respon-
sabilidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servidores públicos para o de-
sempenho das suas atividades funcionais.
• Os empregos públicos são exercidos por pessoas que se sujeitam às regras da CLT, tal
como ocorre com os funcionários da iniciativa privada, mas com a peculiaridade de es-
tarem exercendo suas atribuições no âmbito da administração Pública.
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• Por fim, temos a função pública, que é encontrada pelo critério residual em nosso or-
denamento. Assim, os agentes que não ocuparem um cargo ou um emprego público,
mas que desempenharem atividades em regime de vínculo com o Poder Público, serão
classificados como ocupantes de uma função pública.
• Os agentes honoríficos podem ser compreendidos como pessoas que são designadas
ou requisitadas para a prestação de um determinado serviço público em razão de carac-
terísticas que lhes são próprias, tal como a honra e a capacidade profissional.
• Agentes credenciados são os que recebem a incumbência da Administração para re-
presentá-la em determinado ato ou para praticar certa atividade específica mediante
remuneração do Poder Público credenciante.
• A principal característica dos agentes delegados é o fato de assumirem o risco da ativi-
dade em que atuam. Assim, nestas áreas, o Estado opta por não realizar diretamente o
serviço, ficando apenas com a fiscalização.
• Os particulares em colaboração são pessoas que prestam serviços ao Poder Público
sem vínculo com o Estado.
• O regime jurídico pode ser conceituado como o conjunto de regras que disciplinam os
direitos e as obrigações de uma determinada categoria de agentes públicos.
• Ainda que a imensa maioria dos entes federativos utilize o regime jurídico estatutário
como forma de regular a vida funcional de seus agentes, deve-se salientar que não há
a obrigação, por parte de um determinado ente, da utilização de um regime jurídico
específico.
• O regime estatutário caracteriza-se, basicamente, por ser estabelecido por meio de lei
de cada ente federativo. Assim, tanto a União como os diversos Estados e Municípios
publicam uma lei que regula toda a atividade funcional de seus servidores, incluindo aí
os direitos e as obrigações e os critérios gerais de diversos outros institutos.
• Já o regime celetista é o utilizado pela iniciativa privada e, no âmbito da administração
pública, pelas empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mis-
ta). Tal regime possui como base normativa a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
e assegura aos seus funcionários uma relação de emprego, que pode ser na iniciativa
privada ou, como mencionado, em uma empresa estatal.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CEBRASPE-CESPE/SOLD/PM-TO/QPPM/2021) A característica do ato administrativo
em que o ato tão logo praticado possa ser imediatamente executado e seu objeto imediata-
mente alcançado é a
a) presunção de legitimidade.
b) imperatividade.
c) autoexecutoriedade.
d) discricionariedade.
e) coercibilidade.
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b) regulamentar.
c) hierárquico.
d) de polícia.
e) hierárquico e do disciplinar.
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GABARITO
1. c
2. E
3. C
4. e
5. b
6. a
7. E
8. C
9. E
10. a
11. E
12. E
13. b
14. c
15. d
16. E
17. C
18. E
19. c
20. d
21. E
22. C
23. E
24. E
25. E
26. E
27. C
28. E
29. E
30. C
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GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE-CESPE/SOLD/PM-TO/QPPM/2021) A característica do ato administrativo
em que o ato tão logo praticado possa ser imediatamente executado e seu objeto imediata-
mente alcançado é a
a) presunção de legitimidade.
b) imperatividade.
c) autoexecutoriedade.
d) discricionariedade.
e) coercibilidade.
O Poder Judiciário não pode revogar os atos editados pela Administração Pública, uma vez que
a revogação, por implicar em um juízo de conveniência e oportunidade, trata-se de medida que
apenas pode ser realizada pelo próprio órgão responsável pela edição.
Errado.
No caso, a banca seguiu os entendimento de José dos Santos Carvalho Filho. De acordo com o
autor, a convalidação se divide em três diferentes hipóteses, sendo elas a ratificação, a reforma
e a conversão.
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Na reforma, em linhas gerais, um novo ato suprime a parte inválida de um ato anterior, manten-
do, contudo, a parte válida deste ato.
Assim, na situação narrada pela questão, estamos diante do processo de convalidação, mais
precisamente por meio de reforma.
Certo.
É por meio do atributo da presunção de legitimidade que os atos administrativos são con-
siderados válidos e em sintonia com o ordenamento jurídico até que se prove o contrário. E
justamente pela possibilidade dos eventuais vícios serem demonstrados pelos particulares
afetados é que a presunção em questão não é absoluta, mas sim relativa.
Letra e.
A autoexecutoriedade trata-se de atributo por meio do qual a Administração Pública pode co-
locar os seus atos administrativos (dentre os quais as decisões) em execução de forma direta,
ou seja, sem a necessidade de autorização do Poder Judiciário.
Letra b.
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Inicialmente, precisamos saber que a intervenção, no âmbito dos serviços públicos, ocorre por
meio da edição de um decreto, e não de uma resolução. Consequentemente, o ato em questão
(edição da resolução pelo Poder Público) apresenta vício de forma.
Letra a.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (…)
Errado.
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Nas sociedades de economia mista, assim como ocorre com as empresas públicas, estamos
diante de pessoas jurídicas de direito privado, sendo que seus agentes são regidos pelas dis-
posições da CLT.
Contudo, como tais entidades devem observar a regra constitucional da realização de con-
curso público como forma de admissão de pessoal, os agentes são denominados emprega-
dos públicos.
Além disso, deve ser destacado que todas as entidades da Administração Indireta devem ob-
servar a regra constitucional da vedação à acumulação remunerada de cargos, empregos e
funções públicas.
Letra a.
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As fundações públicas nada mais são do que uma espécie do gênero autarquia. Ambas as
entidades (autarquias e fundações) possuem normas de funcionamento semelhantes à Admi-
nistração Direta. E prova disso é justamente o fato que de a Administração Direta, juntamente
com as autarquias e fundações púbicas, formam o conceito de “Fazenda Pública”.
Errado.
Importante questão para sedimentarmos o entendimento de que a lei específica que institui
as autarquias deve ser de iniciativa do Chefe do Poder Executivo do respectivo ente federativo.
No âmbito federal, por exemplo, caberá ao Presidente da República dar início ao respectivo
projeto de lei.
Errado.
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A questão deve ser respondida com base no art. 37, XIX, da Constituição Federal, de seguinte redação:
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Na situação apresentada, como estamos diante da criação de duas entidades, duas são as
normas que devem ser editadas: uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a
autorização da instituição da empresa pública.
Letra b.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
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Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
Letra d.
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Questão bastante interessante. Para resolvermos, temos que nos ater à parte do enunciado
que menciona “o poder a ser exercido pelo tenente, em caso de descumprimento de sua ordem
(…)”. Assim, em caso de descumprimento da ordem do Tenente, que foi proferida de acordo
com o poder hierárquico, teremos a aplicação de uma sanção, que é medida decorrente do
poder disciplinar.
Desta forma, em caso de descumprimento da ordem, teremos a aplicação de uma sanção.
Logo, estamos diante do poder disciplinar, que, neste caso, deriva do poder hierárquico.
Certo.
A restrição de direitos individuais em prol do interesse coletivo é medida que decorre do poder
de polícia.
Letra c.
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Por meio do poder de polícia, a autoridade administrativa tem a capacidade de limitar deter-
minados direitos e liberdades individuais em prol do interesse da coletividade.
Dentre os diversos instrumentos utilizados para o regular exercício do poder de polícia, te-
mos os alvarás de licença e de autorização.
Na licença, o ato é vinculado (de forma que, caso o particular atenda aos requisitos exigidos,
o alvará deverá ser concedido). Já na autorização, temos um ato precário e discricionário,
podendo a Administração Pública, observado o interesse público, a conveniência e a oportu-
nidade, deferir ou não o pedido.
Letra d.
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O vínculo estatutário é estabelecido em relação aos cargos públicos. No caso dos empregos
públicos, o vínculo é celetista, ou seja, regido pelas disposições da CLT.
Além disso, os empregados públicos são aprovados por meio de concurso público, sendo que
as atividades não são desempenhadas por agentes temporários ou interinos.
Errado.
É o provimento de cargos e empregos públicos que depende, como regra geral, da realização de
concurso público. As funções públicas, por sua vez, não dependem da realização de concurso.
A título de exemplo, podemos citar as funções de jurado e de mesário, em que os particulares
são escolhidos de acordo com outros critérios, sem a necessidade de realização de concur-
so público.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
Errado.
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O Governador, por ser um ocupante de Poder, realmente receberá por meio de subsídio. No
entanto, esta forma de pagamento veda o acréscimo de adicionais e gratificações, diferente
do que informado pela questão.
Art. 39, 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secre-
tários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de represen-
tação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
Errado.
Art. 37, XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
Errado.
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A questão está em plena sintonia com as disposições da Constituição Federal. Como regra
geral, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis a todos os brasileiros. No caso
dos estrangeiros, o acesso apenas será possível nas situações em que a lei assim permitir.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Certo.
São as funções de confiança que são ocupadas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo. Os cargos em comissão, por sua vez, podem ser ocupados por servidores de
carreira ou até mesmo por terceiros sem vínculo prévio com o Poder Público.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento;
Errado.
As funções públicas não dependem da prévia aprovação em concurso público, requisito que
apenas é necessário, como regra geral, para os ocupantes de cargos e empregos públicos.
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
Errado.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Neste caso, o candidato que tivesse sido aprovado no concurso anterior na colocação 51, por
exemplo, teria direito de ser nomeado em razão da realização de um novo concurso? Não! A
obrigação da Administração Pública é a de nomear apenas os candidatos aprovados dentro do
número de vagas estabelecidas no edital (ou seja, 50).
E caso, após a realização do concurso, tenham surgido novas vagas, aquele aprovado fora do
número de vagas previstas no edital tem direito de ser nomeado? Não! A nomeação até pode
acontecer, mas não se trata de um direito subjetivo do particular. O que a Administração está
obrigada é a nomear os candidatos aprovados dentro do número de vagas previstas no edital
do concurso.
Certo.
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Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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