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Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL
O crime hediondo é o crime que causa profunda e con- Crimes de Menor Potencial Ofensivo – segundo Damá-
sensual repugnância por ofender, de forma acentuadamen- sio (1)
te grave, valores morais de indiscutível legitimidade, como
o sentimento comum de piedade, de fraternidade, de so- Vejamos a posição de Damásio de Jesus acerca dos cri-
lidariedade e de respeito à dignidade da pessoa humana. mes de menor potencial ofensivo:
O conceito de crime hediondo repousa na ideia de que
existem condutas que se revelam como a antítese extrema De acordo com a Lei dos Juizados Especiais Criminais
dos padrões éticos de comportamento social, de que seus (Lei n. 9.099/95), consideram-se infrações de menor poten-
autores são portadores de extremo grau de perversidade, cial ofensivo, sujeitando-os à sua competência, os crimes
periculosidade e em razão disso, merecem sempre o grau aos quais a lei comine pena máxima não superior a um ano
máximo de reprovação ética por parte da sociedade e do (art. 61).
próprio sistema de controle. A Lei dita que :” Consideram-se infrações de menor
Destarte, foi aprovada por unanimidade na Câmara dos potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, os crimes a
Deputados um projeto de lei que restringe o benefício da que a lei comine pena máxima não superior a dois anos,
progressão de regime para os presos condenados por cri- ou multa”.
mes hediondos. A lei 11.464/07 mudou a progressão de Assim, sejam da competência da Justiça Comum ou Fe-
regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos e deral, devem ser considerados delitos de menor potencial
equiparados, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois ofensivo aqueles aos quais a lei comine, no máximo, pena
quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três detentiva não superior a dois anos, ou multa; de manei-
quintos), se reincidente. ra que os Juizados Especiais Criminais da Justiça Comum
passam a ter competência sobre todos os delitos a que a
São considerados crimes hediondos: norma de sanção imponha, no máximo, pena detentiva não
superior a dois anos (até dois anos) ou multa.
1. Homicídio simples, quando em atividade típica de Ao não se adotar essa orientação, absurdos poderão
grupo de extermínio ocorrer na prática, em prejuízo de princípios constitucio-
(art. 121); nais, como da igualdade e da proporcionalidade.
2. Homicídio qualificado De modo que o delito mais grave, por atingir um bem
(art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V); jurídico coletivo, seria absurdamente considerado de me-
3. Latrocínio nor potencial ofensivo; enquanto o outro, de menor lesi-
(art. 157, § 3o); vidade objetiva, por afetar bem jurídico individual, teria a
4. Extorsão qualificada pela morte qualificação de crime de maior potencial ofensivo.
(art. 158, § 2o);
5. Extorsão mediante seqüestro simples e na forma Princípios Penais
qualificada
(art. 159, caput, e §§ 1o, 2o e 3o); O Direito Penal moderno se assenta em determinados
6. Estupro princípios fundamentais, próprios do Estado de Direito de-
(art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e pa- mocrático, entre os quais sobreleva o da legalidade dos
rágrafo único); delitos e das penas, da reserva legal ou da intervenção le-
7. Atentado violento ao pudor galizada, que tem base constitucional expressa. A sua dic-
(art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e pa- ção legal tem sentido amplo: não há crime (infração penal),
rágrafo único); nem pena ou medida de segurança (sanção penal) sem
8. Epidemia com resultado morte prévia lei (stricto sensu).
(art. 267, § 1o); Assim, o princípio da legalidade tem quatro funções
9. Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de fundamentais:
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais a) Proibir a retroatividade da lei penal (nullum crimen
(art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o B, redação dada nulla poena sine lege praevia);
pela Lei no 9.677/98); b) Proibir a criação de crimes e penas pelo costume
10. Genocídio (nullum crimen nulla poena sine lege scripta);
(art.(s). 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889/56, tentado ou con- c) Proibir o emprego da analogia para criar crimes,
sumado). fundamentar ou agravar penas (nullum crimen nulla poena
sine lege stricta);
Existem crimes que não são hediondos, todavia equi- d) Proibir incriminações vagas e indeterminadas
parados a esses e submetidos, portanto, ao mesmo trata- (nullum crimen nulla poena sine lege certa);
mento penal mais severo reservado a esta espécie de delito:
Irretroatividade da lei penal
1. Terrorismo; Consagra-se aqui o princípio da irretroatividade da lei
2. Tortura e; penal, ressalvada a retroatividade favorável ao acusado.
3. Tráfico ilícito de entorpecentes Fundamentam-se a regra geral nos princípios da reserva
legal, da taxatividade e da segurança jurídica - princípio
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL
do favor libertatis -, e a hipótese excepcional em razões de Princípio da intervenção mínima (ou da subsidia-
política criminal (justiça). Trata-se de restringir o arbítrio riedade)
legislativo e judicial na elaboração e aplicação de lei retroa- Estabelece que o Direito Penal só deve atuar na defesa
tiva prejudicial. dos bens jurídicos imprescindíveis à coexistência pacífica
A regra constitucional (art. 5°, XL) é no sentido da ir- das pessoas e que não podem ser eficazmente protegidos
retroatividade da lei penal; a exceção é a retroatividade, de forma menos gravosa. Desse modo, a lei penal só de-
desde que seja para beneficiar o réu. Com essa vertente verá intervir quando for absolutamente necessário para a
do princípio da legalidade tem-se a certeza de que nin- sobrevivência da comunidade, como ultima ratio.
guém será punido por um fato que, ao tempo da ação ou O princípio da intervenção mínima é o responsável não
omissão, era tido como um indiferente penal, haja vista a só pelos bens de maior relevo que merecem a especial pro-
inexistência de qualquer lei penal incriminando-o. teção do Direito Penal, mas se presta, também, a fazer com
que ocorra a chamada descriminalização. Se é com base
neste princípio que os bens são selecionados para perma-
Taxatividade ou da determinação (nullum crimen
necer sob a tutela do Direito Penal, porque considerados
sine lege scripta et stricta) como de maior importância, também será com fundamen-
Diz respeito à técnica de elaboração da lei penal, que to nele que o legislador, atento às mutações da socieda-
deve ser suficientemente clara e precisa na formulação do de, que com sua evolução deixa de dar importância a bens
conteúdo do tipo legal e no estabelecimento da sanção que, no passado, eram da maior relevância, fará retirar do
para que exista real segurança jurídica. Tal assertiva cons- ordenamento jurídico-penal certos tipos incriminadores.
titui postulado indeclinável do Estado de direito material
- democrático e social. Fragmentariedade
O princípio da reserva legal implica a máxima determi- A função maior de proteção dos bens jurídicos atribuí-
nação e taxatividade dos tipos penais, impondo-se ao Po- da à lei penal não é absoluta. O que faz com que só devem
der Legislativo, na elaboração das leis, que redija tipo pe- eles ser defendidos penalmente frente a certas formas de
nais com a máxima precisão de seus elementos, bem como agressão, consideradas socialmente intoleráveis. Isto quer
ao Judiciário que as interprete restritivamente, de modo a dizer que apenas as ações ou omissões mais graves ende-
preservar a efetividade do princípio. reçadas contra bens valiosos podem ser objeto de crimi-
nalização.
Princípio da culpabilidade O caráter fragmentário do Direito Penal aparece sob
uma tríplice forma nas atuais legislações penais: a) defen-
O princípio da culpabilidade possui três sentidos fun-
dendo o bem jurídico somente contra ataques de especial
damentais:
gravidade, exigindo determinadas intenções e tendências,
• Culpabilidade como elemento integrante da teoria excluindo a punibilidade da ação culposa em alguns casos
analítica do crime – a culpabilidade é a terceira caracterís- etc; b) tipificando somente uma parte do que nos demais
tica ou elemento integrante do conceito analítico de crime, ramos do ordenamento jurídico se estima como antijurídi-
sendo estudada, sendo Welzel, após a análise do fato típico co; c) deixando, em princípio, sem castigo, as ações mera-
e da ilicitude, ou seja, após concluir que o agente praticou mente imorais, como a homossexualidade e a mentira.
um injusto penal;
• Culpabilidade como princípio medidor da pena Princípio da pessoalidade da pena (da responsabili-
– uma vez concluído que o fato praticado pelo agente é dade pessoal ou da intranscendência da pena)
típico, ilícito e culpável, podemos afirmar a existência da Impede-se a punição por fato alheio, vale dizer, só o
infração penal. Deverá o julgador, após condenar o agen- autor da infração penal pode ser apenado (CF, art. 5°, XLV).
te, encontrar a pena correspondente à infração praticada, Havendo falecimento do condenado, a pena que lhe fora
tendo sua atenção voltada para a culpabilidade do agente infligida, mesmo que seja de natureza pecuniária, não po-
como critério regulador; derá ser estendida a ninguém, tendo em vista seu caráter
• Culpabilidade como princípio impedidor da res- personalíssimo, quer dizer, somente o autor do delito é que
ponsabilidade penal objetiva, ou seja, da responsabilida- pode submeter-se às sanções penais a ele aplicadas.
de penal sem culpa – o princípio da culpabilidade impõe a Todavia, se estivermos diante de uma responsabilidade
não penal, como a obrigação de reparar o dano, nada im-
subjetividade da responsabilidade penal. Isso significa que
pede que, no caso de morte do condenado e tendo havido
a imputação subjetiva de um resultado sempre depende de
bens para transmitir aos seus sucessores, estes respondem
dolo, ou quando previsto, de culpa, evitando a responsabi- até as forças da herança. A pena de multa, apesar de ser
lização por caso fortuito ou força maior. considerada agora dívida de valor, não deixou de ter cará-
ter penal e, por isso, continua obedecendo a este princípio.
Princípio da exclusiva proteção dos bens jurídicos
O pensamento jurídico moderno reconhece que o Individualização da pena
escopo imediato e primordial do Direito Penal reside na A individualização da pena ocorre em três momentos:
proteção de bens jurídicos - essenciais ao individuo e à co- a) Cominação – a primeira fase de individualização da
munidade -, dentro do quadro axiológico constitucional ou pena se inicia com a seleção feita pelo legislador, quando
decorrente da concepção de Estado de Direito democrático escolhe para fazer parte do pequeno âmbito de abrangên-
(teoria constitucional eclética). cia do Direito Penal aquelas condutas, positivas ou nega-
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tivas, que atacam nossos bens mais importantes. Uma vez O princípio da adequação social possui dupla função.
feita essa seleção, o legislador valora as condutas, comi- Uma delas é a de restringir o âmbito de abrangência do
nando-lhe penas de acordo com a importância do bem a tipo penal, limitando a sua interpretação, e dele excluindo
ser tutelado. as condutas consideradas socialmente adequadas e aceitas
b) Aplicação – tendo o julgador chegado à conclusão pela sociedade. A segunda função é dirigida ao legislador
de que o fato praticado é típico, ilícito e culpável, dirá qual em duas vertentes. A primeira delas o orienta quando da
a infração praticada e começará, agora, a individualizar a seleção das condutas que deseja proibir ou impor, com a
pena a ele correspondente, observando as determinações finalidade de proteger os bens considerados mais impor-
contidas no art. 59 do Código Penal (método trifásico).c) tantes. Se a conduta que está na mira do legislador for con-
Execução penal – a execução não pode igual para todos os siderada socialmente adequada, não poderá ele reprimi-la
presos, justamente porque as pessoas não são iguais, mas valendo-se do Direito Penal. A segunda vertente destina-se
sumamente diferentes, e tampouco a execução pode ser a fazer com que o legislador repense os tipos penais e reti-
homogênea durante todo período de seu cumprimento. re do ordenamento jurídico a proteção sobre aqueles bens
Individualizar a pena, na execução consiste em dar a cada cujas condutas já se adaptaram perfeitamente à evolução
preso as oportunidades para lograr a sua reinserção social, da sociedade.
posto que é pessoa, ser distinto.
Princípio da insignificância (ou da bagatela)
Proporcionalidade da pena Relacionado o axioma minima non cura praeter, en-
Deve existir sempre uma medida de justo equilíbrio quanto manifestação contrária ao uso excessivo da sanção
entre a gravidade do fato praticado e a sanção imposta. A penal, postula que devem ser tidas como atípicas as ações
pena deve ser proporcionada ou adequada à magnitude da ou omissões que afetam muito infimamente a um bem ju-
lesão ao bem jurídico representada pelo delito e a medida rídico-penal. A irrelevante lesão do bem jurídico protegido
de segurança à periculosidade criminal do agente. não justifica a imposição de uma pena, devendo-se excluir
O princípio da proporcionalidade rechaça, portanto, o a tipicidade em caso de danos de pouca importância.
estabelecimento de cominações legais (proporcionalidade “A insignificância da afetação [do bem jurídico] exclui
em abstrato) e a imposição de penas (proporcionalidade a tipicidade, mas só pode ser estabelecida através da con-
em concreto) que careçam de relação valorativa com o sideração conglobada da norma: toda ordem normativa
fato cometido considerado em seu significado global. Tem persegue uma finalidade, tem um sentido, que é a garantia
assim duplo destinatário: o poder legislativo (que tem de jurídica para possibilitar uma coexistência que evite a guer-
estabelecer penas proporcionadas, em abstrato,à gravida- ra civil (a guerra de todos contra todos). A insignificância
de do delito) e o juiz (as penas que os juizes impõem ao só pode surgir à luz da finalidade geral que dá sentido à
autor do delito tem de ser proporcionais à sua concreta ordem normativa, e, portanto, à norma em particular, e que
gravidade). nos indica que essas hipóteses estão excluídas de seu âm-
bito de proibição, o que não pode ser estabelecido à luz de
Princípio da humanidade (ou da limitação das pe- sua consideração isolada”. (Zaffaroni e Pierangeli)
nas)
Em um Estado de Direito democrático veda-se a cria- Princípio da lesividade
ção, a aplicação ou a execução de pena, bem como de qual- Os princípios da intervenção mínima e da lesividade
quer outra medida que atentar contra a dignidade huma- são como duas faces da mesma moeda. Se, de um lado,
na. Apresenta-se como uma diretriz garantidora de ordem a intervenção mínima somente permite a interferência do
material e restritiva da lei penal, verdadeira salvaguarda da Direito Penal quando estivermos diante de ataques a bens
dignidade pessoal, relaciona-se de forma estreita com os jurídicos importantes, o princípio da lesividade nos esclare-
princípios da culpabilidade e da igualdade. cerá, limitando ainda mais o poder do legislador, quais são
Está previsto no art. 5°, XLVII, que proíbe as seguintes as condutas que deverão ser incriminadas pela lei penal. Na
penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada; b) verdade, nos esclarecerá sobre quais são as condutas que
de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de bani- não poderão sofrer os rigores da lei penal.
mento; e) cruéis. “Um Estado que mata, que tortura, que O mencionado princípio proíbe a incriminação de: a)
humilha o cidadão não só perde qualquer legitimidade, se- uma atitude interna (pensamentos ou sentimentos pes-
não que contradiz sua razão de ser, colocando-se ao nível soais); b) uma conduta que não exceda o âmbito do próprio
dos mesmos delinqüentes” (Ferrajoli). autor (condutas não lesivas a bens de terceiros); c) simples
estados ou condições existenciais (aquilo que se é, não o
Princípio da adequação social que se fez); d) condutas desviadas (reprovadas moralmente
Apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal pela sociedade) que não afetem qualquer bem jurídico.
não será tida como típica se for socialmente adequada ou
reconhecida, isto é, se estiver de acordo da ordem social Princípio da extra-atividade da lei penal
da vida historicamente condicionada. Outro aspecto é o A lei penal, mesmo depois de revogada, pode conti-
de conformidade ao Direito, que prevê uma concordância nuar a regular fatos ocorridos durante a vigência ou retroa-
com determinações jurídicas de comportamentos já esta- gir para alcançar aqueles que aconteceram anteriormente
belecidos. à sua entrada em vigor. Essa possibilidade que é dada á lei
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O resultado naturalístico, porém, não pode ser menos- Pena de Crime Consumado e Crime Tentado
prezado, uma vez que se cuida de elementar presente em
determinados tipos penais, de tal modo que desprezar sua Para a punição da tentativa se considera a extensão da
análise seria malferir o princípio da legalidade. conduta do autor até o momento em que foi interrompida.
Quanto mais próxima da consumação, menor deve ser a
Nexo Causal, Relação de Causalidade ou Nexo de Cau- redução (1/3).
salidade De outro lado, quanto mais longe a conduta do autor
Entende-se por relação de causalidade o vínculo que ficou da consumação delitiva, maior deve ser a redução
une a causa, enquanto fator propulsor, a seu efeito, como da pena (2/3). O Juiz deve fixar a redução dentro desses
consequência derivada. Trata-se do liame que une a cau- limites, de modo justificado.
sa ao resultado que produziu. O nexo de causalidade in-
teressa particularmente ao estudo do Direito Penal, pois, O excesso Punível
em face de nosso Código Penal (art. 13), constitui requisito
expresso do fato típico. Esse vínculo, porém, não se fará Ao reagir à agressão injusta que está sofrendo, ou em
necessário em todos os crimes, mas somente naqueles em vias de sofrê-la, em relação ao meio usado o agente pode
que à conduta exigir-se a produção de um resultado, isto é, encontrar-se em três situações diferentes:
de uma modificação no mundo exterior, ou seja, cuida-se
de um exame que se fará necessário no âmbito dos crimes i) usa de um meio moderado e dentro do necessário
materiais ou de resultado. para repelir à agressão;
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Quando existe algum agravo à saúde mental, os indi- ou seja, o momento da pratica do crime. A emoção não
víduos podem ser considerados inimputáveis – se não ti- excluir a imputabilidade. E pessoa que comete crime, com
verem discernimento sobre os seus atos ou não possuírem integral alternação de seu estado físico-psíquico responde
autocontrole, são isentos de pena. pelos seus atos.
Os semi-imputáveis são aqueles que, sem ter o
discernimento ou autocontrole abolidos, têm-nos reduzidos c. Sistema biopsicológico: exige-se que a causa gerado-
ou prejudicados por doença ou transtorno mental. ra esteja prevista em lei e que, além disso, atue efetivamen-
te no momento da ação delituosa, retirando do agente a
Causas que excluem a imputabilidade capacidade de entendimento e vontade. Desta forma, será
inimputável aquele que, em razão de uma causa prevista
Doença Mental, em lei (doença mental, incompleto ou retardado), atue no
Desenvolvimento mental incompleto, momento da pratica da infração penal sem capacidade de
Desenvolvimento mental retardado e entender o caráter criminoso do fato.
Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou
força maior.
Requisitos da inimputabilidade segundo o sistema
biopsicológico
1. Doença mental
É a perturbação mental ou psíquica de qualquer ordem, (a) Causal: existencial de doença mental ou de desen-
capaz de eliminar ou afetar a capacidade de entender o volvimento incompleto ou retardado, causas prevista em
caráter criminoso do fato ou a de comandar a vontade de lei.
acordo com esse entendimento. Importante esclarecer que (b) Cronológico: atuação ao tempo da ação ou omissão
a dependência patológica, como drogas configura doença delituosa.
mental quando retirar a capacidade de entender ou querer. (c) Consequencial: perda total da capacidade de enten-
der ou da capacidade de querer.
2. Desenvolvimento mental incompleto
Somente há inimputabilidade se os três requisitos es-
É o desenvolvimento que não se concluiu, devido tiverem presentes, sendo exceção aos menos de 18 anos,
à recente idade cronológica do agente ou a sua falta de regidos pelo sistema biológico.
convivência na sociedade, ocasionando imaturidade
mental e emocional. Questões processuais sobre inimputabilidade
Os menores de 18 anos, em razão de não sofrerem san- A inimputabilidade do acusado é fornecida pelo exame
ção penal pela pratica de ilícito penal, em decorrência da pericial, através do médico legal, exame denominado inci-
ausência de culpabilidade, estão sujeitos ao procedimento dente de insanidade mental, onde suspende-se o processo
medidas sócio educativos prevista no ECA. ate o resulto final. Há prazo de 10 dias para provar a exis-
tência da causa excludente da culpabilidade (Lei nº 11.719,
3. Desenvolvimento mental retardado de junho de 2008).
É o incompatível com o estágio de vida em que Embriaguez
se encontra a pessoa, estando, portanto, abaixo do
desenvolvimento normal para aquela idade cronológica.
A embriaguez seria a causa capaz de levar à exclusão
Sua capacidade não corresponde às experiências para
da capacidade de entendimento e vontade do agente, em
aquele momento de vida, o que significa que a plena
virtude de uma intoxicação aguda e transitória causada por
potencialidade jamais será atingida. Os inimputáveis aqui
tratados não possuem condições de entender o crime que álcool ou qual substancia de efeitos psicotrópicos como
cometeram. morfina, ópio, cocaína entre outros.
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Distinção entre prescrição, decadência e peremp- O Código Penal ao tratar do tema divide a prescrição
ção. em duas espécies: a) prescrição antes de transitar em julga-
do a sentença (artigo 109); b) prescrição depois de transitar
em julgado sentença final condenatória (artigo 110).
De modo geral prescrição significa a perda de uma
Doutrinariamente, a prescrição é dividida em prescri-
pretensão, pelo decurso do tempo. Assim sendo, no campo
ção da pretensão punitiva e prescrição da pretensão execu-
do Direito Penal a prescrição pode ser conceituada como
tória. A prescrição da pretensão punitiva desdobra-se em:
a perda da pretensão punitiva estatal, pelo decurso de de- prescrição da pretensão punitiva propriamente dita; pres-
terminado lapso temporal previsto em lei. BASILEU GARCIA crição superveniente ou intercorrente; prescrição retroati-
definiu a prescrição como “a renúncia do Estado a punir a va; e prescrição antecipada, projetada, virtual ou retroativa
infração, em face do decurso do tempo” (Ob. cit. p. 368). em perspectiva.
Sob um aspecto amplo, decadência significa a perda Prescrição da pretensão punitiva propriamente dita:
de um direito potestativo, pelo decurso de um prazo fixado
em lei ou convencionado entre as partes. No Direito Penal, Esta espécie tem lugar antes de transitar em julgado
em seu sentido mais estrito, decadência traduz o pereci- a sentença penal, devendo ser regulada pelo máximo da
mento do direito da ação penal de exercício privado, ou do pena privativa de liberdade ao crime. Os prazos em que é
direito de representação nos casos de ação penal pública verificada são os constantes no rol do artigo 109, do Có-
de exercício condicionado, pelo decurso do prazo de seis digo Penal.
meses (artigo 103, do Código Penal). Regra geral, o termo inicial da prescrição da pretensão
punitiva propriamente dita deve ser contado a partir do dia
Por derradeiro, a perempção é definida por JUAREZ da consumação do delito (artigo 111, inciso I, do Código
CIRINO DOS SANTOS como: “fenômeno processual extin- Penal). Este dispositivo legal traz outros marcos iniciais para
tivo da punibilidade em ações penais de iniciativa privada, fins de contagem de prazo prescricional: a) no caso de ten-
caracterizado pela inatividade, pela omissão ou pela negli- tativa, do dia em que cessou a atividade criminosa (artigo
gência do autor na realização de atos processuais específi- 111, inciso II, do Código Penal); b) nos crimes permanentes,
cos” (Direito penal: parte geral. 2ª ed. Curitiba: Lumen Juris, do dia em que cessou a permanência (artigo 111, inciso III,
2007, p. 689). Observa-se que,a perempção é uma sanção do Código Penal) ; c) nos de bigamia e nos de falsificação
para o querelante que se comporta conforme as hipóteses ou alteração de assentamento do registro civil, da data em
elencadas no artigo 60, do Código de Processo Penal, que que o fato se tornou conhecido (artigo 111, inciso IV, do
além de repercutir no processo em que incide, reflete no Código Penal).
Segundo o Superior Tribunal de Justiça,“a prescrição
campo penal, levando à extinção da punibilidade.
penal é aplicável nas medidas sócio-educativas” (Súmula
338).
Para se dar a prescrição é necessário que:
Prescrição superveniente ou intercorrente:
“a) exista o direito material da parte a uma prestação
a ser cumprida, a seu tempo, por meio de ação ou omissão Pode ser conceituada como aquela que ocorre entre
do devedor; a data da publicação da sentença penal condenatória e o
trânsito em julgado para a acusação. A prescrição superve-
“b) ocorra a violação desse direito material por parte niente ou intercorrente é regida pela pena aplicada, tendo
do obrigado, configurando o inadimplemento da presta- como marco inicial a publicação da sentença penal conde-
ção devida; natória.
Envolvendo o tema, BASILEU GARCIA comentou que:
“c) surja, então, a pretensão, como conseqüência da “a proibição legal de reformatio in pejus, assegurando a
violação do direito subjetivo, isto é, nasça o poder de exigir impraticabilidade da exacerbação da pena sem recurso do
a prestação pelas vias judiciais; e, finalmente; acusador, permite basear a prescrição na quantidade fixada
na sentença” (Ob. cit. 373).
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liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativa- “nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo proces-
mente cominada ou cumulativamente aplicada. Nestas so, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer
hipóteses são aplicadas as mesmas causas suspensivas e deles”.
interruptivas da prescrição de pena privativa de liberdade. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, a sentença
Em relação à prescrição da pretensão executória da concessiva de perdão judicial não tem o condão de inter-
pena de multa, convém lembrar que, com o advento da Lei romper a prescrição, uma vez que ela é apenas declaratória
n. 9.268/1996, que passou a considerar a pena pecuniária de extinção da punibilidade (Súmula 18).
como dívida de valor, seu prazo passou a ser de cinco anos,
e são aplicadas as causas suspensivas e interruptivas da le- (...)
gislação tributária para a hipótese.
QUESTÕES
Prazos
O prazo prescricional sempre dependerá da pena abs- 01. (DPE/MA - Defensor Público – 2015 - FCC) A
trata ou da que foi aplicada. Em geral, deverá observar os proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de
intervalos do art. 109 do CP. Entretanto, algumas legisla- tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obri-
ções especiais preveem prazos próprios para suas matérias. gação imposta ao Estado de dotar sua infraestrutura carce-
rária de meios e recursos que impeçam a degradação e a
Causas impeditivas ou suspensivas da prescrição. dessocialização dos condenados são desdobramentos do
princípio da
Enquanto que o impedimento da prescrição inibe o (A) proporcionalidade.
início do curso do prazo prescricional, a suspensão leva à (B) intervenção mínima do Estado.
paralização do prazo já em curso. As causas impeditivas (C) fragmentariedade do Direito Penal.
ou suspensivas dizem respeito à prescrição da pretensão (D) humanidade.
punitiva propriamente dita. (E) adequação social.
O artigo 116estabelece que não corre a prescrição:
02. (DPE/MA - Defensor Público – 2015 - FCC) Para
a) enquanto não resolvida, em outro processo, questão
o Direito Penal no Estado Social e Democrático de Direito,
de que dependa o reconhecimento da existência do crime
modelo de atuação do poder previsto na Constituição Fe-
(artigo 116, inciso I);
deral, é correto afirmar que
b) enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro (ar-
(A) o poder do Estado é ilimitado e os direitos funda-
tigo 116, inciso II).
mentais têm concretização discricionária.
(B) o poder do Estado é limitado pelo princípio da le-
Sobre a matéria, a Súmula 415 do Superior Tribunal
galidade e, aos cidadãos, está assegurada a plena garantia
de Justiça orienta que: “o período de suspensão do prazo
prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada”. e juridicidade dos direitos fundamentais.
(C) o poder do Estado é limitado pela legalidade for-
Causas interruptivas da prescrição. mal, mas não exerce a posição de garante dos direitos fun-
damentais muito embora haja sua juridicidade.
As causas interruptivas da prescrição estão elenca- (D) o poder do Estado é ilimitado e os direitos funda-
das no artigo 117:a) pelo recebimento da denúncia ou da mentais têm natureza cogente.
queixa; b) pela pronúncia; c) pela decisão confirmatória (E) o poder do Estado é limitado pelo princípio da le-
da pronúncia; d) pela publicação da sentença ou acórdão galidade e os direitos fundamentais têm efetividade con-
condenatórios recorríveis; e) pelo início ou continuação do dicionada.
cumprimento da pena; f) pela reincidência.
A Súmula 191 do Superior Tribunal de Justiça enunciou 03. (TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Informá-
que: “a pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda tica (+ provas) - 2014 - FCC)
que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime”. No que concerne aos crimes contra o patrimônio,
As causas interruptivas da prescrição fazem o pra- (A) se o agente obteve vantagem ilícita, em prejuízo
zo voltar a correr do início, ou seja, possuem o con- da vítima, mediante fraude, responderá pelo delito de ex-
dão de determinar o reinício da contagem do prazo torsão.
prescricional,vertendo em sua integralidade a partir do dia (B) se, no crime de roubo, em razão da violência em-
da interrupção. No caso de continuação do cumprimento pregada pelo agente, a vítima sofreu lesões corporais leves,
de pena, há uma exceção à regra geral, uma vez que a pres- a pena aumenta-se de um terço.
crição deverá ser regulada pelo tempo restante da pena (C) se configura o crime de receptação mesmo se a coi-
(artigo 117, parágrafo segundo). sa tiver sido adquirida pelo agente sabendo ser produto de
A interrupção da prescrição produz efeitos relativa- crime não classificado como de natureza patrimonial.
mente a todos os autores do crime, salvo nos casos de iní- (D) não comete infração penal quem se apropria de
cio e continuação da pena e reincidência. Por derradeiro, coisa alheia vinda a seu poder por erro, caso fortuito ou
o artigo 117, parágrafo primeiro, in fine, estabelece que: força da natureza.
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(E) o corte e a subtração de eucaliptos de propriedade 08. (TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Informá-
alheia não configura, em tese, o crime de furto por não se tica (+ provas) -2016- FCC A respeito dos Crimes contra a
tratar de bem móvel. Administração pública,
(A) o crime de resistência não se configura se a oposi-
04. (PC-SP - Investigador de Polícia - 2014 - VU- ção do agente, mediante violência ou grave ameaça, não
NESP) Nos termos do Código Penal, assinale a alternativa obstar a execução do ato legal do funcionário público.
que contenha apenas crimes contra o patrimônio. (B) o não atendimento a ordem ilegal de funcionário
(A) Homicídio; estelionato; extorsão público caracteriza o crime de desobediência.
(B) Estelionato; furto; roubo. (C) no crime de denunciação caluniosa, o uso do ano-
nimato agrava a pena a ser aplicada.
(C) Dano; estupro; homicídio
(D) quem esconde em sua residência autor de crime de
(D) Furto; roubo; lesão corporal.
roubo para evitar a sua prisão em flagrante comete o crime
(E) Extorsão; lesão corporal; dano. de favorecimento real.
(E) o empréstimo de sacola para permitir o transporte
05. (PC-TO - Delegado de Polícia – 2014 - Aroeira) e ocultação de objetos furtados por outrem configura o
É crime contra o patrimônio, em que somente se procede crime de favorecimento pessoal.
mediante representação,
(A) o furto de coisa comum. 09. (TJ-PB - Juiz Substituto – 2015 - CESPE) Constitui
(B) a alteração de limites. causa de aumento de pena o fato de o crime de incêndio
(C) o dano simples. ser praticado
(D) a fraude à execução. (A) mediante utilização de explosivos.
(B) em situação de violência doméstica ou familiar con-
06. (CAIP-IMES - Câmara Municipal de São Caetano tra a mulher
do Sul – SP - Procurador – CAIP – 2014 - IMES) A res- (C) em estaleiro, fábrica ou oficina.
peito do concurso de agentes (ou de pessoas), assinale a (D) em canteiro de obras em área de grande densidade
alternativa correta. demográfica e populacional.
(A) Se a participação for de menor importância, a pena (E) por motivo fútil ou torpe.
pode ser diminuída de um sexto até metade.
10. (TJ/SP - Juiz – 2014- VUNESP) Assinale a opção
(B) Se algum dos concorrentes quis participar de crime
verdadeira. No Direito brasileiro posto, é elemento do tipo
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena
penal da Associação Criminosa:
será aumentada em até um terço, na hipótese de ter sido (A) Voltar-se à prática de delitos cuja pena máxima su-
previsível o resultado mais grave pera cinco anos.
(C) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime (B) Possuir ao menos três pessoas.
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua cul- (C) Estruturação hierarquizada, com divisão de tarefas
pabilidade. entre os seus membros.
(D) Se algum dos concorrentes quis participar de crime (D) Possuir ao menos quatro pessoas.
mais grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
aumentada até o triplo, na hipótese de ter sido previsível o 11. (PM/DF - Soldado da Polícia Militar – Comba-
resultado almejado. tente – 2013 –FUNIVERSA) De acordo com a Lei das Con-
travenções Penais (Decreto-Lei n.º 3.688/1941), a tentativa
07. (UFES - Assistente em Administração – 2012 - de contravenção do jogo do bicho
UFES) São crimes contra a Administração Pública, EXCETO: (A) possui como penas principais a prisão simples e a
(A) Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de in- multa.
formações ou programa de informática sem autorização ou (B) possibilita a aplicação do sursis, desde que o con-
solicitação de autoridade competente. traventor preencha as condições legais.
(B) Constranger alguém, mediante violência ou grave (C) não enseja o perdão judicial, ainda que haja igno-
rância ou errada compreensão da lei pelo contraventor.
ameaça, a exercer, ou não exercer, arte, ofício, profissão ou
(D) é apurável mediante ação pública condicionada.
indústria, ou a trabalhar, ou não trabalhar, durante certo
(E) não é punida.
período, ou em determinados dias.
(C) Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, 12. (DPE/PB - Defensor Público – 2014 - FCC) O Esta-
no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. tuto do Idoso define o idoso como aquele com idade igual
(D) Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, va- ou superior a
lor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de (A) 60 (sessenta) anos, garantindo a ele todos os direi-
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em pro- tos previstos no respectivo diploma legal.
veito próprio ou alheio. (B) 65 (sessenta e cinco) anos, garantindo a ele todos
(E) Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de os direitos previstos no respectivo diploma legal.
que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutili- (C) 70 (setenta) anos, garantindo a ele todos os direitos
zá-lo, total ou parcialmente. previstos no respectivo diploma legal.
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I - se o crime é cometido com intuito de obter vanta- CAPEZ, Fernando. Direito Penal Parte Especial. ed. Sa-
gem pecuniária em proveito próprio ou alheio; raiva 2004, volume 3;
II - se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação; OAB 1 fase – Doutrina : volume único/ coordenação
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a João Aguirre, Nestor Távora; coordenação pedagógica
obra de assistência social ou de cultura; Francisco Fontenele – Rio: Forense: São Paulo: MÉTODO,
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de 2014.
transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo; NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal.
e) em estaleiro, fábrica ou oficina; Editora Revista dos Tribunais. 2ª Edição - 2006.
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamá-
vel; Disponível em: https://juniorcampos2.wordpress.
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração; com/2014/05/11/da-aplicacao-da-lei-penal-vigencia-no-
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta. -tempo-e-no-espaco/. Acesso em dezembro de 2016.
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Disponível em:http://lfg.jusbrasil.com.br/
noticias/639148/o-que-e-a-extincao-da-punibilidade-de-
nise-cristina-mantovani-cera. Acesso em abril de 2016.
Disponível em:http://www.ambito-juridico.com.br/site/
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Acesso em abril de 2016.
Disponível em:http://drluizfernandopereira.blogspot.
com.br/2010/04/dos-crimes-contra-o-sentimento.html.
Acesso em abril de 2016.
Disponível em:http://www.ambito-juridico.com.br/site/
index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7815.
Acesso em abril de 2016.
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