Você está na página 1de 19

PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO: AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTESICA (APE)

1 AVALIAÇÃO PRÉ-ANTESTESICA
TODOS DEVEM
Definição: Exame Clinico do paciente para identificar e quantificar a gravidade PASSAR POR
de uma doença/comorbidade e seu impacto na evolução pós-operatória (POS- AVALIAÇÃO
OP). ANESTESICA.

Urgência  tenta
 Morbiletalidade perioperatória: Período intraoperatória até 48 horas de realizar o básico da
POS-OP. avaliação;
 Morbiletalidade pós-operatória tardia: >48 horas- 30 dias de POS-OP.
Emergência
realizar o
Fluxograma: Cirurgião anestesista  se necessário p/ cardiologista
hiperbásico.

 Em teoria todos que forem realizar cirurgias deveriam ter uma


avaliação anestésica. Exceto em casos de cirurgia.
 Em casos de urgência  tenta avaliar pre anestésica
 Em casos de emergência  durante o preparo do pcte faz algumas perguntas básicas
 Objetivo: evitar cancelamentos de cirurgias (gaste financeiro).
1.1 ANAMNESE

Os dados clínicos a serem avaliados são:

 Estado geral;
 Antecedentes comorbidade: doença preexistente, alergias (Látex-procedimento
látex free), miopatia (febre grave inexplicável  suspeita de hipertermia
maligna) uso de medicamentos, uso de drogas, quimioterapia, hemotranfusão.
 Antecedentes cirúrgicos
 Tabagismo: vasoconstrição, dificulta cicatrização (aumenta índice de
infecção), aumento de secreção, alteração de motilidade ciliar, risco de
broncoespamos/laringospasmo. Suspender o máximo de dias (o ideal é 3-4
semanas). Se não conseguir parar temos que nos prevenir p/ as complicações
(evitar estamina). Realizar conta: anos x maços. (15-20 anos/maços = chance
maior de desenvolver DPOC)
 Gestante: As cirurgias eletivas devem ser adiadas p/ 2º/3º trimestre. A partir da
12º semana (útero na cavidade abd) são consideradas “estômagos cheios”,
pois o tempo de esvaziamento gástrico devido a progesterona + aumento da
pressão intra-abdominal favorece vômitos/bronco aspirações. O edema de
tecidos moles dificulta acesso as vias aéreas (hematoma). Sua função
pulmonar possui hipocapnia discreta com alcalose respiratória (rápida
dessaturação). Hemodiluidas (volume sanguíneo circulante > debito cardíaco).
Estado pro trombótico (fator de coagulação > diluídos que anticoagulação).
Sensíveis a anestésicos locais.

Caso o paciente esteja inconsciente deve questionar a família. Caso a família não
esteja presente e for um caso de risco de morte iminente realiza-se anestesia sem
APE.

1
1.2 EXAME FISICO
 A PA deve ser aferida em ambos os abraços OU 2 vezes no mesmo braço com
alteração de posição;
 Ausculta cardíaca: bulhas, ritmo, sopro, estase jugular;
 Ausculta pulmonar;
 Avaliação das vias aéreas.

2 RISCOS ANESTÉSICOS- CIRÚRGICOS

2.1 RISCO ANESTÉSICO

Analisa-se o estado físico do pcte e a presença ou não de morbidades.

 ASA I  Paciente normal, saudável. Nenhum distúrbio orgânico, psiquiátrico,


fisiológico ou bioquímico.
 ASA II  Paciente com doença sistêmica leve.
a. Doenças leves sem limitação funcional significativa; uma ou mais
das condições abaixo:
b. Hipertensão arterial sistêmica bem controlada;
c. diabetes mellitus sem complicação vascular;
d. anemia; obesidade (30 < IMC < 40);
e. Doença pulmonar leve; gestação; tabagismo;consumo social de
álcool.
 ASA III  Paciente com doença sistêmica grave. Doenças que impõem
limitação funcional significativa, mas não são incapacitantes; uma ou mais das
condições abaixo:
a. Diabetes mellitus com complicação vascular ou pobremente
controlado;
b. Hipertensão arterial sistêmica não controlada; redução
moderada da fração de ejeção; marca- -passo implantado;
c. História com > 3 meses de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), de
doença coronária com uso de stent, de Acidente Vascular
Cerebral (AVC) ou de Ataque Isquêmico Transitório (AIT);
d. Insuficiência renal crônica em diálise; obesidade mórbida (IMC >
40); hepatite crônica; abuso ou dependência do álcool; Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
 ASA IV  Paciente com doença sistêmica grave que representa ameaça
constante a vida.
a. História com < 3 meses de IAM, de AVC, de AIT ou de doença
coronária com uso de stent;
b. Isquemia coronária em curso (angina instável), disfunção valvar
grave, redução grave da fração
c. de ejeção;
d. Sepse, CIVD; doença renal aguda; doença renal em estágio
terminal não dialisando regularmente; DPOC agudizado.
 ASA V  Paciente moribundo, ou seja, não é esperado que sobreviva com ou
sem cirurgia proposta.
a. Rotura de aneurisma aórtico (abdominal ou torácico);
b. Politrauma; hemorragia intracraniana com efeito de massa;
c. Isquemia intestinal na vigência de patologia cardíaca significativa
ou de disfunção sistêmica de múltiplos órgãos.

2
 ASA VI  Paciente em morte cerebral; será operado para retirada de órgão
pra doação.

2.2 RISCO CARDIOVASCULAR* quem faz é anestesista, só se necessário encaminha p/


cardio

Estratifica a probabilidade do pcte apresentar


IAM (sobrecarga cardíaca- resposta endócrina e
eventos como IAM, parada cardíaca não fatal, metabólica da cirurgia envolve a liberação de
bloqueio atrioventricular total e morte cardíaca catecolaminas  aumenta o consumo miocárdico de O2 e
eleva a pos-carga.) MET + RISCO DA CIRURGIA  Os
no período perioperatório. principais exames incluem a cintilografia miocárdica (com
esforço físico ou farmacológico- Se as artérias coronárias
Exames: esteira, eco, cintilografia. estiverem estreitadas, a cintilografia é utilizada revelar em
que medida o estreitamento está afetando o fornecimento
de sangue para o coração e a função cardíaca. A
 1 MET  Cuidados próprios. cintilografia também é utilizada para avaliar a melhora no
 4 MET  Subir um lance de escadas fornecimento de sangue ao músculo cardíaco) e o
ecocardiograma com estresse farmacológico e teste
ou ladeira. Normalmente está ergométrico
autorizado a cirurgia (sem sintomas
torácico: dispneia, dor torácica) Invasivo  cienoangiografia
- MET MAIOR QUE 4 NÃO PRECISA + 2 ANOS? CLOPIDROGEL?
DE MAIS EXAMES
 4-10 MET Trabalho pesado de cada
como esfregar o chão.
 > 10 MET Participar de atvd físicas extenuantes.

ANGIOGRAFIA  PADRÃO OURO PARA AS


CORONARIANAS (VE SE TEM GRAU DE
OBSTRUÇÃO)  SE INFARTAR
ANGIOBLASTIA.

3
Se ele não tem nenhum desses
comemorativos acima por isso para cirurgia, caso não, eu continuo a avaliação

2
ou mais pontos postega cirurgia

4
Riscos maiores ou igual a 4 me levam a botar o paciente na mesa, caso o contrário ele vai para
melhores avaliações

Pós step 4 é que o cardiologista pode entrar  avaliar sempre coronárias: padrão outro 
cateterismo/ esteira/ só ECG não adiante

2.3 RISCO DA CIRURGIA QUANTO A CONTAMINAÇÃO

Limpa Não traumática, sem inflamação, não há entrada em Trato Gastrointestinal (TGI), Trato
Geniturinário (TGU) ou trato respiratório.

Ex.: Cirurgia cardíaca, neurocirurgia, cirurgia plástica, cirurgia ortopédica, herniorrafia,


tireoidectomia.

Potencialment Cirurgias em trato gastrointestinal ou respiratório sem extravasamento de conteúdo ou


e Contaminada pouco extravasamento.

Ex.: Cirurgia orofaríngea, esôfago, jejunoileal, biliar, cólon-reto, urológica, ginecológica


(histerectomia) e cesariana.

Embora seja um procedimento limpo-contaminado, a colecistectomia videolaparoscópica


eletiva não necessita de antibioticoprofilaxia de infecção de sítio cirúrgico.

Contaminada - Extravasamento grosseiro de conteúdo luminal de víscera oca;

- Ferida traumática recente;

- Entrada no TGI ou TGU na presença de bile infectada ou infecção urinária;

- Infecção à distância.

Ex.: Apendicite aguda inicial, colecistite aguda.

Infectada - Infecção clínica com supuração prévia à cirurgia;

- Víscera perfurada prévia à cirurgia;

- Transecção de tecido “limpo” para se ter acesso à coleção purulenta;

- Ferida traumática com tecido desvitalizado, corpo estranho ou contaminação fecal.

5
Ex.: Inflamações intra-abdominais necrosadas ou supuradas (apendicite aguda supurada,
colecistite aguda com empiema de vesícula ou perfuração); laparotomia no trauma
abdominal com rotura prévia de alça .

2.4 RISCO PULMONAR

Deve-se avaliar o pulmão quando:

 Todo pcte que irá se submeter a cirurgia não cardíaca deve ser avaliada
pulmão;
 Pcte submetido a cirurgias longas (>3 hrs), cirurgia de reparo de aneurisma de
aorta abdominal, cirurgia torácica, neurocirurgi, cirurgia de cabeça e pescoço.

Medidas:

 Pcte com alto risco de complicação deve receber assistência fisioterápica;


 Uso de nasogástrica pode ser recomendado;
 Interromper tabagismo 8 semanas antes;
 Asmático de DPOC devem receber glicorticoides e brondilatadores no período
pre e pos op.

2.5 RISCO* ASSOCIADO AO PROCEDIMENTO * Risco de infarto ou óbito

Médio risco  intrabdominal (entrar no peritônio)

3 EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS

6
7
8
Dependendo da cirurgia

Cirurgia Cardiotorácica Eletrocardiograma (ECG), hemograma e plaquetas, eletrólitos,


creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, Tempo de
Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP) e
Radiografia de Tórax (RXT).

Cirurgia Vascular ECG, hemograma e plaquetas,eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico


(ou ureia) e glicemia.

Cirurgia Intraperitoneais ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico


(ou ureia), glicemia e provas de função

hepática (opcional).

Cirurgia Com Perda Esperada > ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico

9
2 L de Sangue (ou ureia), glicemia, TP e TTP.

Cirurgias Intracranianas ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico


(ou ureia), glicemia, TP, PTT e tempo

de sangramento (aconselhável).

Cirurgias Ortopédicas (prótese) hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou
ureia), glicemia, urinocultura e bacterioscopia

pelo Gram da urina (aconselhável).

Ressecção Transuretral da hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou


Próstata ou Histerectomia ureia) e glicemia.

PRE OP em cirurgia de baixo risco em pcte sem comorbidades

Idade < 45 anos Nenhum exame

Idade entre 45-54 anos ECG (se homem)

Idade entre 55-69 anos ECG, hemograma, plaquetas

Idade > 70 anos ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina,


nitrogênio ureico (ou ureia) e glicemia.

Tabagismo independente da faixa etária ECG

Mulher em idade reprodutiva BHCG urinário na manhã da cirurgia.

PRE OP em pcte apresentando comorbidades

Obesidade Mórbida ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; e glicose

História de AVC ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; nitrogênio ureico (ou
ureia) e creatinina; e glicose

Câncer ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; nitrogênio ureico (ou


ureia) e creatinina; glicose; Provas de Função Hepática (PFH); Rx
tórax; e marcadores tumorais

Uso de Anticonvulsivantes Hemograma com plaquetas; PFH; níveis séricos de


anticonvulsivante

Doença Cardiovascular ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; nitrogênio ureico (ou
ureia) e creatinina; e glicose

Doença Respiratória ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; nitrogênio ureico (ou
ureia) e creatinina; e Rx tórax

Diabetes ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; nitrogênio ureico


(ou ureia) e creatinina; glicose

Doença Hepática ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; nitrogênio ureico


(ou ureia) e creatinina; glicose; PFH; e TTP e TP

10
Doença Renal ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; nitrogênio ureico
(ou ureia) e creatinina; glicose; e TTP e TP

Lúpus e outras Doenças ECG; hemograma com plaquetas; eletrólitos; nitrogênio ureico (ou
Autoimunes ureia) e creatinina; e PTT e TP

Em negrito os exame deve ser dos últimos 30 dias, os demais em 90 dias.

4 MEDICAMENTOS

Agente antiplaquetários:

 ASS deve ser continuada em baixas doses durante todo o período


perioperatório em pcte portadores de doença isquêmica do miocárdio
submetidos a cirurgias cardíacas ou não.
 AAS e outras drogas antiplaquetárias devem ser continuadas, se possível, em
pacientes com stent coronário ou em doentes que apresentaram eventos
recentes, tais como IAM, síndromes coronarianas agudas outras e acidente
vascular cerebral;
 Em pctes deve ser suspensa 3 dias antes.

Clopidogrel:

 Inibe a agregação plaquetária;


 Quando o risco de sangramento inerente à cirurgia for médio a
elevado, o clopidogrel deve ser suspenso cerca de sete dias
antes da operação e o AAS mantido em doses mais baixas Quem toma
durante todo o período perioperatório; clopidogrel?
Quem teve IAM
 AINES: Suspenso por um período de um (ibuprofeno,
até 2 anos.
indometacina) a três dias (naproxeno) no pré-operatório.

11
*ACEI=IECAS; ARB=BRAS

*Farmacos filoterápicos TENDE a não suspender.

5 ANTIBIOTICOPROFILAXIA
 Limpa  não precisa. Exceto: Cirug, ortopédicas, próteses,
 Pcte igual ou maior a asa III  usa AB
 Potencialmente contaminada e contaminada  Usa
 Infectadas antibioticoterapia.

A primeira dose é dada durante a indução anestésica ou 30 antes do inicio da cirurgia.


A segunda dose no intervalo correspondente a 2 x a meia vida da droga.

ATB X Operação:

 Operação limpa: >aureus. Cefalosporina da 1º geração.


 Potencialmente contaminada (abd e tórax):>enterobactérias. Cafalosporina da
2º geração.
 Potencialmente contaminada (cabeça e pescoço): > aeróbios gram + e – mais
anaeróbios da cavidade bucal. Amocilina + clavulanato.
 Potencialmente contaminadas (próstata, vias urinárias): > enterobactérias.
Cirporfloxacina.
 Contaminadas: G- aeróbio e anaeróbio. gentamicina + cIindamicina ou
metronidazol; amoxicilinal cIavulanato; ampicilinalsulbactam; cefoxitina.
6 TRICOTOMIA E PREPATO DA PELE
 Deve ser realizado imediatamente antes da cirurgia com equipamento correto.
 Na véspera da cirurgia o pcte deve realizar uma boa higiene com solução
degermante antisséptica.
7 CATETERISMO

12
 Cateterismo Gastrico: estenose pilórica, oclusão intestinal, etc..
 Cateterismo Vesical: monitorar perfusão tecidiual.
 Cateterismo venoso: Arterial central (PA, gasometria), Venosos central VCS ou
átrio DR, Cateter central de inserção perifca.
8 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

Anamnese: perda de peso não intencional > 10% do peso corpóreo em um período
de 6 meses ou de 5% em um mês ( proteína=imunidade); história de vomito,
anorexia; perda da bola de bichat (maçã do rosto), caquexia, edema.
Indicação: desnutridos,
emagrecidos, obesos mórbidos,
alteração GI.

EF: medidas antropométricas,


IMC, dobra cutânea tricipital,
circunferência muscular da
região mediana do braço.

Proteínas: Albumina < 2,2 mau


prognostico.

Estômago cheio: Gestantes (>12 semanas), diabéticos com neuropatia periférica e


sinais de gastroparesia, hérnia de hiato, DRGE, trauma, abdome agudo, uremia, ascite
e obstrução intestinal.

 Pacientes considerados estômagos cheios devem ser abordados com via


aerea definitiva c/ sequência rápida.
 Jejum de 12 hrs + metoclopramida (p/ reduzir o conteúdo gástrico) +
bloqueadores H2 ( reduzir pH)  Se realiza todas as medidas para reduzir
chance de broncoaspiração, visto que são pcte de risco

Operação eletiva em pcte em nutrição deficiente: caso não posso realizar o


suporte pelo tubo digestivo deve-se optar pela nutrição parenteral previa por período
mínimo de 15 dias (pois as proteínas do sist. Imunológico (fase aguda: fibrinogênio,
fibronectina, ceruplasmina são sintetizadas durante 10 dias e é necessário mais cinco
para o fornecimento de substrato).

Anestesia geral: jejum mínimo de 8 horas (p/ evitar estimulo pra secreção gástrica e
possibilidade de broncoaspiração durante indução anestesia ou colocando o intubação
orotraqueal).

Anestesia subdural ou peridural: jejum não precisa se rigoso. Restrição da dieta oral
por 8 horas.

Ausência de beneficio em jejum prolongado (>8hr).

13
Benefícios: melhora balanço nitroginado, melhora a resistência periférica a insulina,
atenua respota oxidativa, melhora a a oxidação da glicose, níveis mais favoráveis de
glicose e insulina, menos catabolismo, melhora a resposta metabólica, diminui
citocinas inflamatórias, aumenta as reservas de glicogênio hepatico

Indicação p/ adulto:

Tempo de
Jejum
Tipos de Alimento

Liq não particulado e maltodextrina 2 hr

Manitol (preparo de cólon) 3 hr

Dieta leve (não gordurosa), dieta enteral, dieta liquida particulada e leite 6 hr

Dieta geral (carne vermelha, alimento gorduroso) 8 hr

Indicação p/ criança:

Tipos de Alimento Tempo de


Jejum

Liq não particulado 2 hr

Leite materno 4 hr

Formulas lácteas, alimentos não gordurosos 6 hr

Dieta geral (carne vermelha, alimento gorduroso) 8 hr

9 AVALIAÇÃO HEMATÓLOGICA

Transfusão: As principais indicações de hemotransfusão no preparo pré-operatório


incluem: (1) níveis de Hb < 6 g/dl; (2) valores entre 6 e 10 g/dl na presença de doença
isquêmica do miocárdio ou doença cerebrovascular; e (3) valores entre 6 e 10 g/dl em
procedimentos cirúrgicos que se acompanham de uma perda estimada de mais de
30% da volemia (em um indivíduo de 70 kg, mais de 1.500 ml).

10 CONDIÇÕES SISTÊMICAS E PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO

10.1 DOENÇA CARDIOVASCULAR

14
A resposta endócrina e metabólica da cirurgia envolve a liberação de catecolaminas 
aumenta o consumo miocárdico de O2 e eleva a pos-carga.

Trauma/cirurgia  Aldosterona e ADH  ICC  congestão pulmonar.

Disfunção ventricular esquerda ou doenças pulmonares é preferível a anestesia


regional.

Hipertensão arterial:

 PA < 180 x 110  não eleva risco perioperatório. Se tiver tempo hábil abaixar
para 140x90.
 Em cirurgias emergenciais: o esquema terapêutico so deve ser ajustado ou
iniciado em caso de PA sistólica > 180 e/ou PA diastólica > 110 mmHg.
Preferível uso medicamento de ação curta (betabloqueadores).
10.2 DIABETES MELLITUS
 >250 mg/dl  alto risco de complicações
 < 40 mg/dl  aumento do tônus adrenérgico. Risco de arritmia.
 Preferencialmente a media é de 80-180 mg/dl. A cirurgia é melhor realizada
antes das 9 am.
 Insulina NPH  a dose da noite véspera da cirurgia deve ser reduzida 2/3 e na
manhã metade da dose.
 Insulina glargina  dose noturna reduzida para 30-50%;

10.3 DOENÇA RENAL


 Pcte hemolítico  hemólise 24 hrs antes da cirurgia
10.4 DOENÇA HEPÁTICA

Desordens hepáticas que contraindicam cirurgias eletivas:

 Hepatite Alcoólica.
 Hepatite viral aguda.
 Insuficiência hepática fulminante.
 Cirrose classe C de Child-Pugh.
 Hepatite crônica com histologia grave.
 Coagulopatia grave (prolongamento do tempo de protrombina > 3 segundos a
despeito da administração de vitamina K; plaquetas < 50.000 mm3).
 Complicações graves extra-hepáticas (insuficiência renal aguda,
cardiomiopatia, insuficiência cardíaca, hipoxemia).

Classificação de Child-Pugh

1 Pontos 2 Ponto 3 Ponto

Bilirrubina <2,0 2-3 >3

Albumina >3,5 2,8-3,5 <2,8

Ascite Nenhuma Facilmente Mal controlada

15
controlada

Encefalopatia Nenhuma Leve (Grau 1-2) Avançada (Grau 3-4)

Prolongamento do <4 s 4-6s >6s


tempo de
protrombina acima
do controle

Ou

INR

<1,7 1.7-2.3 >2.3

Classe A: 5 a 6 pontos; Classe B: 7 a 9 pontos; Classe C: 10 a 15 pontos.

 Classe A  Podem ser realizadas.


 Classe B Podem ser operados somente mediante a detalhado preparo pré-
operatório; contudo, cirurgia cardíaca e ressecções hepáticas extensas não
são toleradas nesta classe funcional e, portanto, não devem ser realizadas
eletivamente.
 Classe C  Cirurgias eletivas não podem ser realizadas.

11 MANEJO DAS VIAS AÉREAS (VA)

Obrigatório a monitorização: capnografia (monitoriza CO2 expirado confirma freq.


repiratória, monitorização indireta do débito cardíaco e metabolismo), oximetria de
pulso, e optativo, analisador de gases (avalia composição dos gases inspirados e
expirados, bem como a concentração dos anestésicos inalatórios usados).

11.1 AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS

Avaliação das vias aéreas superiores:

 Alteração da dentição, próteses, anormalidades bucais, mento


e pescoço;
 Via aérea nasal;
 Mobilidade cervical e temporomandibular.

Teste de Mallampati:

 Relaciona a proporção entre o tamanho da língua e a cavidade


oral.
 É realizado com o pcte sentado, o pescoço na posição neutra
(perpendicular ao chão), a boca em abertura total e a língua
em protusão máxima e sem fonação. O examinador deve estar
sentado com os olhos a mesma altura da linha dos olhos do
pcte.

16
 Possui 4 categorias Classe I Palato mole, pilares, úvula e tonsila palatinas
correlacionando a dificuldade de anteriores e posteriores visíveis.
exposição da fenda glótica durante
a laringoscopia. Onde a classe III Classe II Palato mole, pilares e úvula visíveis.
e IV são sugestiva de intubação
Classe III Palato mole e base de úvula visíveis.
difícil.
Classe IV Palato mole parcialmente visível.
Distância esterno-mentos: Avalia com o
pcte sentado, o pescoço em extensão Laringoscopia difícil:
máxima e a boca fechada. Mede a distância entre o manúbrio e o mento. Invisibilidade das cordas
vocais.
Distancia ≤ a 12,5 cm = intubação difícil.
IOT difícil: > 3 tentativas
Abertura bucal: (<3 cm) 3 dedos. OU + 10 min para
introdução do tubo.
Distância tireomentoniana: (<6 cm) 6 cm ou 3 dedos.

Flexão < 35º e extensã 60º

Mallapati III ou IV e Diatncia tereomento < 6 cm  VA dificil

Aberura da boca < 3cm  VA dificl

Flexão < 35º e extensão < 80º  VA dificil

Classificação Comarck-Lahene: laringoscopica- não pré cirurgico

 1 consegue ver tudo.


 2Não vê cordas vocais, vejo só parte de baixo da aritenoides.
 3 Só vê a epiglote.
 4 Não vi a epiglote. Só a língua e mais nada.

Sequelas do acesso errado das VA: óbito, lesão cerebral, parada cardíaca,
traqueostomia.

11.2 VIA AÉREA DIFICIL

Sinais de intubação difícil:

 Distancia tiroimentoniana <6  Limitação da protusão


cm; mandibular;
 Abertura bucal ≤ 3 cm;  Palato ogival;
 Mallampati III e IV;  Indice de massa corporal ≤ 30
 Complacência reduzida do kg/m²;
espaço submandibular;  Presença de barba;
 Pescoço curto, largo;  Idade > 57 anos;
 Incisivos centrais superiores  Protusão mandibular reduzida;
longos;  Distancia tireoide-mento<6 cm;
 Retrognatismo passivo;  Historica de ronco (obstrução
das vias aéreas superiores

17
durante o sono-apneia- saturação de 02).

Airway Difficulty Score: ≥ 8 ventilações/intubações difícil.

Parâmetro 1 ponto 2 pontos 3 pontos

Distância tiroide-mento >6cm 5-6 cm <5cm

Indice de Mallampati Classe I Classe II Classe III ou IV

Abertura bucal 4 cm 2 a 3 cm 1 cm

Mobilidade do pescoço Normal Reduzida Sem flexão

Incisivos superiores Ausente Normais Proeminentes

12 RECUPERAÇÃO PÓS- ANESTÉSICA

CC  em1 hr - Sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA)

12.1 ROTINA DO PACIENTE ADMITIDO NA SALA RPA


 Adm de oxigênio ou ventilação mecânica/assistida;
 Monitorização do nível de consciência, ECG, oximetria de pulso, PA,
temperatura, analgesia, diurese (espontânea ou por sonda vesical),
capnografia (se IOT), PA invasiva ou Pressão venosa central (se necessário);
 Preenchimento dos dados: identificação, cirurgia, anestesia, acessos,
medicações.
12.2 CRITÉRIOS DE ALTA DA SALA RPA
 Manter adequada ventilação alveolar e desobstruir as VA;
 Manter-se acordado, alerta e bem orientado;
 Manter perfusão tecidual adequado sem suporte farmacológico e não requerer
monitorização continua cardiovascular;
 Apresentar diurese;
 Anestesia espinhal: regressão sensitiva de T10 e no retorno função motora as
extremidades inferiores.

Escala de Aldrete e Kroulik: 9-10= alta

18
P
Vari on
áve Estado do Paciente tu
l aç
ão
Ativ 4 membros movidos 2
ida 2 membros movidos 1
de 0
0 membros movidos
Res Profunda, tosse 2
pira Dispneia/Limitada 1
ção 0
Apneia
Co Completamente acordado 2
nsci
Desperta ao ser chamado 1
ênc
ia Sem resposta ao ser chamado 0
Circ Mais 20% nivel pré-anestesico 2
ula Mais de 20-40% nivel pré-
ção 1
anestesico
(PA
) Mais 50% nivel pré-anestesico 0
REMIT E SpO2>92% em ar ambiente 2
PRTOCOLO Sp
SpO2>90% com O2 1
ACERTO  O2 A
SpO2<90% com O3 0
relação está
baseada pelo
fato do projeto acerto visar medidas no período operatório com intuito de diminuir o
tempo do paciente no pós operatório assim o paciente ficaria com sua recuperação
mais agilizada podendo ser dependente o quanto antes, evitando assim um
prolongamento e susceptibilidades de alterações metabólicas e imunológica. Dessa
maneira o REMIT se associa por ter como objetivo a análise dos sistema endócrino
bem como imunológico e metabolismo assim atua visando amenizar ações e efeitos
agressivos ao organismo que vão dificultar a melhora do paciente.

19

Você também pode gostar