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ESTACIO/ GESTAO DE RECURSO HUMANOS

CAROLINE

DEFINIÇÃO
Indicadores de saúde, segurança e qualidade no ambiente corporativo.

PROPÓSITO
Compreender a relação entre trabalho, saúde e qualidade de vida no ambiente
corporativo e apresentar os indicadores usados para mensurá-los.

INTRODUÇÃO
Saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho têm sido uma área com
muito destaque tanto para governos, empresas quanto para a sociedade em
geral. Essa afirmação é reforçada pelos eventos pelo qual o mundo tem
passado, com destaque para a pandemia causada pela Covid-19, e os conflitos
raciais decorrentes do assassinato do afro-americano George Floyd, nos EUA,
em 2020.

Percebe-se a necessidade de se evoluir neste contexto e, portanto, conhecer e


identificar os indicadores que são utilizados para avaliar a saúde, segurança e
qualidade de vida no trabalho. Trata-se de um primeiro passo para futuros
aprimoramentos ou até a criação de novos modelos que atendam às novas
demandas.

MÓDULO 1
Descrever os indicadores de saúde no trabalho

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


A relação entre segurança e saúde no ambiente de trabalho está diretamente
relacionada à qualidade, meio ambiente e questões éticas e sociais que
envolvem o empregado, o empregador e a sociedade.

As perdas originadas pelos acidentes e afastamentos por doenças no trabalho


são relevantes e preocupantes. Somente no Brasil, em 2017, ocorreram
549.405 casos, segundo levantamento realizado pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com o artigo 19 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, considera-


se acidente de trabalho:

“O QUE OCORRE PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO A


SERVIÇO DA EMPRESA, OU DE EMPREGADOR DOMÉSTICO,
OU PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO DO SEGURADO
ESPECIAL, PROVOCANDO LESÃO CORPORAL OU
PERTURBAÇÃO FUNCIONAL, DE CARÁTER TEMPORÁRIO OU
PERMANENTE.”
ATENÇÃO

Também são considerados acidentes de trabalho os acidentes que, porventura,


acontecerem entre o trajeto da residência para o trabalho; doenças produzidas
ou desencadeadas pelo exercício do trabalho; e doença adquirida ou
desencadeada em razão das condições em que se executa o trabalho.

A definição, anterior, de acidente de trabalho, só é considerada para um evento


já ocorrido, mas para a norma NBR 14280/2001, um acidente de trabalho é a
ocorrência não esperada e desejada de um evento, a qual pode ocorrer no
exato momento do fato ou não, que resulte ou possa resultar em lesão ao
trabalhador, ou seja, há ocorrência de acidentes ou quase acidentes.

A partir daí temos a diferenciação entre:

 Escolha uma das Etapas a seguir.

ACIDENTE
É aquele que obrigatoriamente ocasiona uma lesão, estrago ou fatalidade à
saúde do trabalhador

INCIDENTE
Não chega a se transformar em acidente. Por exemplo, em um escritório de
contabilidade, um alarme de incêndio é disparado, todos evacuam de forma
emergencial, não havendo feridos nem equipamentos danificados,
caracterizando-se assim como um incidente.

A interligação entre segurança e saúde deixa claro que ambas têm como
objetivo proporcionar proteção e bem-estar aos trabalhadores.

De acordo com Gonçalves e Antônio (2019), a questão da saúde no trabalho


tem relação direta com a redução e prevenção das doenças ocupacionais, que
são aquelas que decorrem da atividade que o trabalhador executa e das
condições de trabalho em que se encontra.

SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT), AS


DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO CAUSAM A MORTE DE 2
MILHÕES DE PESSOAS POR ANO.
O Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho, elaborado pelo Ministério da
Fazenda, define doença do trabalho como:

“AS DOENÇAS PROFISSIONAIS, AQUELAS PRODUZIDAS OU


DESENCADEADAS PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO PECULIAR A
DETERMINADO RAMO DE ATIVIDADE, CONFORME DISPOSTO NO ANEXO II DO
REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPS, APROVADO PELO DECRETO
NO 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999; E AS DOENÇAS DO TRABALHO, AQUELAS
ADQUIRIDAS OU DESENCADEADAS EM FUNÇÃO DE CONDIÇÕES ESPECIAIS
EM QUE O TRABALHO É REALIZADO E COM ELE SE RELACIONE
DIRETAMENTE. ESSE DADO SOMENTE ESTÁ DISPONÍVEL PARA ACIDENTES
QUE FORAM REGISTRADOS POR MEIO DA CAT.”
Os números de casos registrados com CAT (Comunicação de Acidentes de
Trabalho), referentes às doenças de trabalho ocorridas nos anos de 2015, 2016
e 2017 no Brasil, foram respectivamente 15.386, 13.927 e 9.700.
Com o objetivo de controlar os riscos de segurança e saúde do trabalho e
melhorar as condições de realização das atividades laborais, as organizações
buscam implantar um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional,
por meio da implantação da norma OHSAS 18001:2007, a qual foi substituída
pela norma ISO 45001:2018. Portanto, a saúde no trabalho deve contemplar
avaliações regulares, a fim de verificar como anda a capacidade laborativa do
colaborador, observando-se sua condição de saúde antes e depois das
atividades realizadas na empresa.

OS INDICADORES DE SAÚDE NO TRABALHO

Para que uma organização possa gerenciar a condição de saúde no trabalho


de seus colaboradores, há a necessidade do monitoramento de indicadores.
De acordo com a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), indicadores são
definidos como:

“INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS QUE, POR MEIO DE UMA


MEDIÇÃO SISTEMÁTICA, PERMITEM AVALIAR O
COMPORTAMENTO DE OBJETOS OU DE EVENTOS.”
A seguir, temos as de normas relacionadas à SST de caráter geral com o seu
respectivo tema e indicadores.

NR-4

Seu tema diz respeito aos serviços especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Nela se determina o
dimensionamento desses serviços e vincula-se a gradação do risco da
atividade principal ao número total de empregados do estabelecimento. Como
exemplo de indicador, tem-se o número de profissionais de SESMT que
atendem aos requisitos da norma.

NR-5

Seu tema apresenta a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).


Ela trata da criação da CIPA para a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho. Como exemplo de indicadores, temos o número de
participantes da CIPA, o número de treinamentos realizados por esta, o número
de eleições realizadas e seu respectivo período, bem como a existência de um
mapa de risco.

NR-6

Esta NR apresenta os equipamentos de proteção individual (EPI). Ela trata da


aquisição e implementação de todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Como exemplo de indicadores,
temos o índice de fornecimento de EPI, o controle de EPI e o número de
treinamentos na utilização de EPIs.

NR-7

Esta NR refere-se aos programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional


(PCMSO). Ela trata da elaboração e implementação do PCMSO, com o
objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus
trabalhadores. Como exemplo de indicadores, temos o número de PCMSO
realizados, o número de exames admissionais, periódicos e demissionais.

NR-9

O tema desta NR apresenta os Programas de Prevenção de Riscos Ambientais


(PPRA). O PPRA visa à preservação da saúde e à integridade dos
trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que
venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção
do meio ambiente e dos recursos naturais. Como exemplo de indicadores,
temos o número de planos de ações realizados, o percentual de medições
realizadas e o percentual de atendimento ao PPRA.

NR-15

Esta NR refere-se a atividades e operações insalubres, bem como aos fatores


que podem causar insalubridade e seus limites de tolerância. Como exemplo
de indicadores, temos o número de laudos de insalubridade, o número de
planos de ações e o percentual de gasto com adicional de insalubridade.

NR-16

O tema desta NR apresenta as atividades e operações perigosas. Ela se refere


às condições de periculosidade que determinadas atividades ou operações
possam ocorrer no ambiente de trabalho. Como exemplo de indicadores, temos
o percentual de laudos técnicos emitidos e o percentual de áreas identificadas
conforme a NR.

NR-23

Seu tema refere-se à proteção contra incêndios e diz respeito à implementação


de ações e medidas preventivas a serem tomadas com relação à proteção
contra incêndio. Como exemplo de indicadores, temos o número de
equipamentos no combate ao fogo, o percentual de equipamentos de proteção
contra incêndio e o percentual de pessoas treinadas no uso correto de
equipamento de combate ao fogo.

NR-24

Esta NR apresenta as condições sanitárias e de conforto nos locais de


trabalho, e diz respeito às exigências mínimas que devem ser seguidas quanto
à higiene e conforto no local de trabalho. Como exemplo de indicadores, temos
o número de instalações sanitárias, o percentual de sanitários masculinos, o
percentual de sanitários femininos e o percentual de atendimento às condições
de conservação, limpeza e higiene das instalações sanitárias.

NR-25
Seu tema apresenta resíduos industriais e refere-se à maneira como são
gerados, manuseados, acondicionados, transportados e descartados os
resíduos industriais. Como exemplo de indicadores, temos o percentual de
atendimento aos exames exigidos pelos órgãos competentes, o percentual de
resíduos sólidos produzidos, o percentual de resíduos líquidos produzidos e o
percentual de resíduos sólidos de alta toxidade e periculosidade.

NR-26

Esta NR apresenta a sinalização de segurança e refere-se à identificação por


meio de cores específicas, os equipamentos de segurança, delimitação de
áreas, identificação de tubulações empregadas para a condução de líquidos e
gases, e que possam causar riscos. Como exemplo de indicadores, temos o
número de áreas devidamente sinalizadas e o percentual de produtos não
sinalizados corretamente encontrados por mês.

A partir desta diferenciação, temos a seguir os principais indicadores reativos


de saúde no trabalho:

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem


horizontal

Caso o seu índice apareça elevado, pode ser um indicativo de que possíveis
fatores não desejáveis possam estar ocorrendo e impactando na retenção de
colaboradores, o que demanda uma maior atenção por parte da organização.

EXEMPLO
Por exemplo, se uma empresa possui 200 funcionários ao iniciar o mês de
maio e termina com 180, então foram desligados 20 funcionários e o seu índice
de turnover foi de 10%, o que é um percentual elevado. Considera-se uma taxa
de 1% ao mês como sendo ideal para o índice de turnover.

O índice de turnover é importante no contexto da saúde ocupacional, uma vez


que o desligamento de um colaborador pode ter sido causado por aspectos
ligados às más condições ambientais para o desenvolvimento do trabalho,
produzindo desgastes emocionais e níveis de estresse elevados, resultando
em doenças.

ABSENTEÍSMO POR RAZÃO DE DOENÇA


Esse indicador tem como objetivo mensurar o número de trabalhadores que se
ausentam do trabalho por motivo de doença, sendo um instrumento útil na
verificação da saúde dos empregados e da eficácia e efetividade dos
programas implantados pela organização. Indica-se como aceitável uma taxa
no valor de 1,5% ao mês.

VERIFICANDO O APRENDIZADO
1- UM TRABALHADOR QUE EXECUTA UMA TAREFA NO
ALTO DE UMA EDIFICAÇÃO, DEIXA CAIR UMA
FERRAMENTA QUE ATINGE O SOLO SEM CAUSAR
QUALQUER DANO PESSOAL OU MATERIAL. ESSE EVENTO
É DEFINIDO COMO:
Acidente.

Não acidente.

Ação negligente.

(x) Incidente.

2- UM CONCEITO FUNDAMENTAL QUE O GESTOR DE


RECURSOS HUMANOS DEVE CONSIDERAR, QUE
REPRESENTA O NÚMERO DE EMPREGADOS DESLIGADOS
DA EMPRESA NUM DETERMINADO PERÍODO
COMPARATIVAMENTE AO QUADRO MÉDIO DE EFETIVOS, É
EXPRESSO PELO:
Índice de motivação.

(x) Índice de turnover.

Taxa de gravidade.
Índice de recall.

MÓDULO 2
Descrever os indicadores de segurança no trabalho

TIPOS DE INDICADORES
O tema segurança no trabalho é percebido como relevante para as
organizações, pois tem impacto direto no seu resultado. Evitar acidentes é uma

política adequada, uma vez que funcionário e empresa se beneficiam


mutuamente em ambientes seguros, permitindo que o trabalhador execute sua
atividade sem preocupação e, o mais importante, sem prejuízos à sua saúde. A
empresa também se beneficia, pois não perde produtividade em virtude de
afastamento ou ausências e evita gastos com tratamentos ou possíveis ações
judiciais.

Desde a Revolução Industrial, a partir do surgimento do processo de


industrialização, os acidentes de trabalho acontecem.

PESQUISADORES, EMPRESAS, GOVERNOS E A SOCIEDADE EM GERAL


PROCURAM MANEIRAS DE EVITÁ-LOS, SURGINDO ESTUDOS, NORMAS
E LEIS COM A PREOCUPAÇÃO DE GARANTIR A SEGURANÇA NO
TRABALHO.

VOCÊ SABIA
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), criada em 1919, tem como
objetivo promover a justiça social, além de priorizar ações que incentivem a
saúde e segurança no local de trabalho, sendo um exemplo da organização
dos diversos atores sobre o tema. Ela criou um material gratuito que permite
adaptar e implementar uma metodologia que cria modelos que são usados
para intervir de forma efetiva na saúde e segurança ocupacional da cadeia de
valor global e do país, chamado de Occupational Safety and Health in Global
Chains Starterkit. Para tanto, indicadores foram criados para avaliar o seu
desempenho, permitindo que ajustes e correções sejam efetuados, o que
reforça a importância de conhecermos mais profundamente os indicadores, os
quais, no caso, serão voltados para a área de segurança no trabalho.

Os indicadores de segurança no trabalho podem ser agrupados segundo uma


orientação normativa, de prevenção, de diagnóstico ou de acidentes e
incidentes.

INDICADORES NORMATIVOS

São aqueles indicadores que obedecem a uma legislação vigente e normas


estabelecidas, como a resolução RDC 319 da Anvisa, que indica as diretrizes
gerais de boas práticas de fabricação de medicamentos.

INDICADORES DE PREVENÇÃO

São aqueles que rastreiam as possíveis causas de acidentes de trabalho de


forma preventiva, geralmente em sintonia com os requisitos normativos, por
exemplo, o programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO).

O PCMSO tem caráter preventivo e é composto de uma série de exames


ocupacionais para que se possa avaliar as condições de saúde física e mental
do trabalhador.

INDICADORES DE DIAGNÓSTICO

Têm como objetivo a identificação de riscos, perigos e agentes que possam


causar danos à segurança do trabalhador, sendo relacionado normalmente a
alguma norma como a ISO 45001. Um exemplo disso são os indicadores de
riscos operacionais.

INDICADORES DE ACIDENTES E INCIDENTES

São aqueles que fazem o monitoramento da frequência dos acidentes de


trabalho e dos que quase se tornaram acidentes (incidentes).
INDICADORES DE SEGURANÇA NO TRABALHO

Os principais indicadores reativos de segurança no trabalho são:

 Tempo perdido devido a acidentes de trabalho.

 Número de acidentes de trabalho acontecidos por mês.

 Número de pessoas em local de trabalho perigoso.

 Número de ocorrências perigosas.

 Índice de gravidade.

 Taxa de frequência.

TEMPO PERDIDO DEVIDO A ACIDENTES DE TRABALHO

Devido à falta de segurança no trabalho, muitos acidentes acontecem, fazendo


com que as empresas utilizem o indicador do tempo perdido com o socorro do
funcionário acidentado, para medir o tempo em que a organização ficou sem
produzir. Há situações em que várias pessoas são acionadas e até por uma
questão de sensibilidade por parte dos colegas, estes também param suas
atividades, gerando mais perdas.

NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO ACONTECIDOS POR MÊS

Este é um dos indicadores de desempenho mais utilizados pelas organizações


e mede os acidentes que ocorreram no ambiente de trabalho, em função da
falta de segurança durante um determinado mês. O objetivo é que este
indicador seja o mais próximo de zero, o que demonstraria que os processos,
equipamentos e controles para evitar um acidente de trabalho estão
funcionando a contento.

NÚMERO DE PESSOAS EM LOCAL DE TRABALHO PERIGOSO


Para se verificar o número de pessoas que trabalham em condições perigosas,
faz-se necessária a realização de um mapa de risco nas empresas, o que
geralmente é feito por um técnico ou engenheiro de segurança no trabalho, a

fim de se identificar por meio de cores o nível de periculosidade que cada setor
pode oferecer ao trabalhador. Este indicador serve como referência para se
planejar a prioridade e a frequência com que se deva realizar os treinamentos e
cursos sobre questões referentes à saúde e segurança no trabalho.

NÚMERO DE OCORRÊNCIAS PERIGOSAS


Este indicador geralmente é mensurado trimestralmente e tem como objetivo
verificar os incidentes que poderiam ter se transformado em acidentes devido à
falta de segurança, além de servir como base para uma análise dos processos
e das políticas adotadas pela organização para combater os acidentes de
trabalho.

ÍNDICE DE GRAVIDADE

Esse indicador mede o impacto da ausência de cada colaborador devido a


algum acidente ocorrido no trabalho. Ele é calculado somando-se a quantidade
de dias perdidos com os dias debitados por milhão de horas/homem de
exposição ao risco e depois dividindo-se pelo número de horas/homem de
exposição ao risco, conforme é orientado na NBR 14280/2001. Veja a fórmula
abaixo:

G=DHH *1.000.000G=DHH *1.000.000
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal

D = Dias perdidos + dias debitados


HH = Horas/homem de exposição ao risco

G = Índice de gravidade

Importante ressaltar que os acidentes ocasionados durante a locomoção do


trabalhador de sua residência para o trabalho não são considerados no cálculo
do índice de gravidade.

Esse indicador ajuda na avaliação dos programas e processos voltados para a


eficácia da segurança no trabalho.

EXEMPLO

Imagine que uma empresa possua 300 colaboradores com jornada mensal de
220h. No mês de junho foram registrados 2 acidentes que resultaram em 8 dias
perdidos. Utilizando-se a fórmula do índice de gravidade, chegamos ao valor de
121,21.

Segundo a OIT, o índice de gravidade até 500 é considerado muito bom, de


500,1 a 1000 é bom, de 1000,01 a 2000 é considerado regular e acima de 2000
é considerado péssimo.

TAXA DE FREQUÊNCIA
A cada 1.000.000 de horas/homem trabalhadas, verifica-se o número de acidentes

ocorridos. Essa é a maneira de se calcular a taxa de frequência:

TF=NH *1.000.000TF=NH *1.000.000
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

N = Número de trabalhadores acidentados

HH = Horas/homem de exposição ao risco

TF = Taxa de frequência

EXEMPLO
Digamos que uma empresa possua 300 colaboradores com jornada mensal de
220h. No mês de agosto, foram registrados 7 acidentes que resultaram em 16
dias perdidos. Utilizando-se a fórmula da taxa de frequência, chegamos a um
valor de 106,06.

Esse indicador permite verificar o desempenho dos processos de segurança do


trabalho e, assim, providenciar ações preventivas a fim de se evitar acidentes.
Segundo a OIT, uma taxa de frequência até 20 é considerada muito boa, de
20,1 a 40 é considerada boa, de 40,1 a 60 é considerada regular e acima de 60
é considerada péssima.

Já os principais indicadores proativos de segurança no trabalho são:

 Índice de Treinamento.

 Número de inspetores ou profissionais que lidam com segurança


ocupacional.

 Número de inspeções realizadas na prevenção de acidentes de


trabalho.

 Percentual de responsabilidade com ética.

 Clima de segurança.

 Indicador de compromisso das lideranças na segurança do trabalho.

 Porcentagem de trabalhadores declarando conhecimento da política


de segurança ocupacional.

ÍNDICE DE TREINAMENTO
Este índice relaciona o número de horas/homem que os colaboradores
receberam treinamento em relação ao número de horas/homem trabalhadas,
conforme mostrado na fórmula abaixo:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal

NÚMERO DE INSPETORES OU PROFISSIONAIS QUE LIDAM


COM SEGURANÇA OCUPACIONAL
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal

Com relação à segurança ocupacional, temos dois profissionais


exclusivamente dedicados ao tema:

TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO


Tem a incumbência de realizar inspeções nos equipamentos e nos locais de
trabalho, elaborar e realizar treinamentos.

ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO


Além de realizar as mesmas funções do técnico, elabora e emite laudos
técnicos, bem como se responsabiliza legalmente pelo programa de prevenção
de acidentes da empresa.

NÚMERO DE INSPEÇÕES REALIZADAS NA PREVENÇÃO DE


ACIDENTES DE TRABALHO

Este indicador reflete a importância em realizar constantemente várias


inspeções ou auditorias ao longo do tempo, visto que poucas inspeções, feitas
em intervalos irregulares, geram falta de confiabilidade e consistência. As
auditorias permitem que sejam tomadas ações corretivas oportunas a fim de

que se possa mitigar ou eliminar os acidentes devido à falta de segurança no


trabalho.

PERCENTUAL DE RESPONSABILIDADE COM ÉTICA

Este indicador se refere à transparência dos membros da empresa em informar


aos responsáveis pela administração da organização e às instâncias de
controle sobre os incidentes relativos à segurança no local do trabalho. Isso
gera uma cultura que influencia o comportamento dos colaboradores em ter
responsabilidade pela segurança no trabalho.

CLIMA DE SEGURANÇA
Este indicador reflete a percepção dos colaboradores perante as políticas,
processos e práticas, relacionadas à segurança no ambiente de trabalho
implantadas pela organização. Esse indicador proativo indica que quanto maior
o seu valor, menor o número de acidentes ocorridos.

PERCENTUAL DE COMPROMISSO DAS LIDERANÇAS


NA SEGURANÇA DO TRABALHO
Tal indicador mede o engajamento dorentes e supervisores, nos mais
diferentes níveis da organização, em relação à adoção e gerenciamento de
programas e ações que sejam voltadas para a segurança no local de trabalho.
Um elevado percentual deste indicador permite uma construção de confiança
dos colaboradores para utilizar práticas e procedimentos de segurança no
trabalho, uma vez que se percebe que segurança é uma alta prioridade da
organização.

PORCENTAGEM DE TRABALHADORES DECLARANDO


CONHECIMENTO DA POLÍTICA DE SEGURANÇA
OCUPACIONAL
O objetivo deste indicador é fazer o monitoramento do conhecimento que os
colaboradores têm em relação às ações e procedimentos que devam ser
seguidos sobre segurança ocupacional.

VERIFICANDO O APRENDIZADO
1- SOBRE O AGRUPAMENTO DOS INDICADORES DE
SEGURANÇA, É ERRADO AFIRMAR QUE:
Os indicadores de prevenção são aqueles que rastreiam as possíveis causas
de acidentes de trabalho de forma preventiva, geralmente, em sintonia com os
requisitos normativos.

Os indicadores normativos são aqueles que estão vinculados a uma questão


legal em vigência como as NRs.

(x) Os indicadores de acidentes e incidentes são aqueles que obedecem às


normas como a ISSO.

Os indicadores de diagnóstico buscam a identificação de riscos, perigos e


agentes que possam causar danos à segurança no trabalho.

2- PODEMOS EXPRESSAR A TAXA DE FREQUÊNCIA DE


ACIDENTES DA SEGUINTE MANEIRA:
Número de acidentes com afastamento por milhão de horas/homens de
exposição ao risco, em determinado período.

As avaliações de conformidade são realizadas por meio de auditorias,


benchmarking e inspeções.

Número de acidentes sem afastamento por milhão de horas/homens de


exposição ao risco, em determinado período.

(x) Número de acidentes por milhão de horas/homens de exposição ao risco,


em determinado período.

MÓDULO 3
Descrever os indicadores de QVT (BPSO: Biológicos, psicológicos, sociais e
organizacionais)

QVT
Tradicionalmente, qualidade de vida é relacionada a medidas objetivas, tais
como a quantidade de moradias por região, número de refeições por dia e
número de residências com acesso à água potável, entre outras. A partir da
segunda metade dos anos 1970, foram introduzidas medidas subjetivas na
avaliação da qualidade de vida, tais como satisfação e percepção.

ESSA NOVA ABORDAGEM TAMBÉM FOI USADA NA


AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT).
Uma definição para QVT é apresentada como:

“QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO TEM COMO OBJETIVO


PRINCIPAL A BUSCA DO EQUILÍBRIO PSÍQUICO, FÍSICO E SOCIAL DOS
EMPREGADOS DENTRO DO CONTEXTO ORGANIZACIONAL,
CONSIDERANDO AS PESSOAS COMO SERES INTEGRADOS NESSAS
TRÊS DIMENSÕES, ATRAVÉS DE AÇÕES QUE REFLITAM EM AUMENTO
NA PRODUTIVIDADE E NA MELHORIA DA IMAGEM DA EMPRESA, TANTO
NO CONTEXTO INTERNO, COMO EXTERNO, LEVANDO AO
CRESCIMENTO PESSOAL E ORGANIZACIONAL.”
QVT é um modelo de gestão no qual se consegue uma autoestima por parte
dos colaboradores, conferindo um entendimento de equilíbrio entre saúde,
trabalho e desempenho.

O entendimento de QVT, ao longo do tempo, evoluiu.

Vamos ver isso mais detalhadamente:

DE 1959 A 1972
Havia um entendimento que o QVT era uma reação do indivíduo ao trabalho,
em que o foco era melhorar a qualidade de vida no trabalho de forma
individual, portanto o QVT era entendido como uma variável.

DE 1969 A 1974
O QVT também foi estudado sob a ótica do indivíduo, mas vinculado a
resultados organizacionais em que se buscava melhorar tanto para o
empregado quanto para a direção, sendo o QVT entendido como uma
abordagem.
DE 1972 A 1975
O QVT foi definido como um conjunto de abordagens, método ou técnicas para
melhorar o ambiente de trabalho e tornar o trabalho mais produtivo e mais
satisfatório. QVT era vista como sinônimo de grupos autônomos de trabalho,
enriquecimento de cargo ou desenho de novas plantas, com integração social e
técnica, sendo entendido como um método.

DE 1975 A 1980
O QVT era uma declaração ideológica sobre a natureza do trabalho e as
relações dos trabalhadores com a organização. Os termos “administração
participativa” e “democracia industrial” eram frequentemente ditos como ideais
do movimento de QVT, sendo entendido como um movimento.

DE 1979 A 1982
O QVT era assimilado como um todo e usado como solução à competição
estrangeira, problemas de qualidade, baixas taxas de produtividade, problemas
de queixas e outras questões organizacionais.

DE 1982 À DÉCADA DE 1990


O entendimento mudou radicalmente, pois havia a interpretação de que o QVT
era apenas um modismo, e que se um projeto de QVT fracassasse, essa seria
a sua justificativa.

A PARTIR DA DÉCADA DE 1990


O QVT passou a ser a capacidade de administrar o conjunto de ações,
incluindo diagnóstico, implantação de melhorias e inovações gerenciais,
tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho alinhada e construída na
cultura organizacional, com prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas
da organização, sendo assim percebida como um modelo ou filosofia de
gestão.
O modelo QVT leva em conta fatores orientados para a organização e para o
trabalhador. O fator direcionado à organização é chamado de Organizacional e
os fatores orientados para o trabalhador são: o biológico, o psicológico e o
social. A esse conjunto de fatores associados ao trabalhador chamou-se de
modelo biopsicossocial.

Veja mais algumas informações sobre eles:

FATOR BIOLÓGICO

Procura identificar questões como o estado nutricional, fatores de saúde e


segurança e questões hereditárias ou adquiridas. Merecem destaque ações
voltadas para programas com foco na saúde, alimentação e vícios
desenvolvidos pelos colaboradores.

FATOR PSICOLÓGICO

Refere-se a características da personalidade, relação afetiva, satisfação e


confiança. Sugere-se programas que incentivem o lazer externo e tratamentos
terapêuticos. O fator social trata da relação das pessoas com o grupo a que
elas pertencem, por exemplo, hábitos de consumo, nível de escolaridade e

características similares. Usualmente, realizam-se palestras de


conscientização, programas de reciclagem e ações que promovam a cidadania.

FATOR ORGANIZACIONAL

Tem como destaque ações relacionadas à flexibilidade dos arranjos físicos e


adoção de programas de benefícios, que trazem, como consequência, ganhos
de produtividade, competitividade e qualidade nos produtos e processos
realizados.

INDICADORES BPSO

A partir deste entendimento, a doutora Limongi-França construiu, em 1996, o


modelo BPSO-96, no qual foram constatados indicadores para a mensuração e
possibilidade de análise desses fatores.
Na área organizacional, temos ações que valorizam a imagem, estrutura,
produto e relacionamento da empresa com os empregados, isto é, o que a
empresa faz e que atinge o funcionário. Daí a percepção da satisfação em
relação à política da organização, como em programas de endomarketing, nas
comunicações internas e na elaboração de comitês executivos e de decisão.
Como exemplo de indicadores, temos a imagem da empresa, a valorização do
produto e a qualidade das informações geradas para a comunicação interna.

Na área social, temos ações que oferecem benefícios sociais obrigatórios e


espontâneos e criam oportunidade de lazer e cultura. A satisfação é percebida
quanto ao suporte social de benefícios legais e espontâneos, como em
programas que tratam de direitos legais, de eventos de turismo e cultura, de
atendimento à família e de atividades associativas e esportivas. Como exemplo
de indicadores, temos o percentual de envolvimento da família, o percentual de
assistência à educação formal e o número de eventos esportivos realizados.

Na área psicológica, temos ações que promovem a autoestima e o


desenvolvimento de capacidades pessoais e profissionais. A satisfação é
percebida quanto ao atendimento das necessidades individuais de
reconhecimento, autoestima e desenvolvimento. Realizam-se processos de
seleção e avaliação de desempenho, criam-se programas de carreira,
remuneração e participação. Como exemplo de indicadores, temos o critério de
recrutamento/seleção, a avaliação de desempenho/carreira, nível de
camaradagem e percentual de vida pessoal preservada.

Na área biológica, temos ações que promovem a saúde, que controlam os


riscos ambientais e atendem às necessidades físicas. A satisfação é percebida
quanto aos programas e serviços que garantem bem-estar físico ou
recuperação de doenças e manifestações clínicas, como a criação de um mapa
de risco, a formação da SIPAT, o fornecimento de refeições, uso de serviços
médicos internos e externos, melhorias ergonômicas dos postos de trabalho e
na realização de treinamentos específicos. Como exemplo de indicadores,
temos o fator de conforto físico/insalubre e o fator alimentação.

ATENÇÃO
Os critérios usados na escolha de indicadores de QVT são: facilidade de
levantamento da informação, clareza na definição dos critérios e a não
existência de ambiguidade na avaliação. Pode-se levar em conta também
questões como crenças pessoais, padrões internacionais, qualidade das
relações sociais entre outras.

Do ponto de vista do empregador, que tem uma visão organizacional, os


indicadores produtividade, índice de absenteísmo e índice de turnover são os
mais confiáveis na avaliação dos impactos nos programas de QVT.

Sob a ótica da saúde do trabalhador, há uma quantidade significativa de


instrumentos, métodos e técnicas que podem ser utilizados na avaliação da
condição de saúde dos colaboradores. Esses instrumentos podem ser
considerados genéricos, quando os aspectos relativos à disfunção e mal-estar
emocional abrangem uma grande variedade de indivíduos, e podem ser
considerados específicos, quando dizem respeito à capacidade de verificar, de
forma individualizada, a melhora ou piora do aspecto analisado.

De acordo com Ferreira (2008), podemos agrupar os indicadores, de acordo


com o impacto que eles podem gerar em relação à produção e aos
trabalhadores.

NA PRODUÇÃO

 “Erros frequentes na execução de tarefas em virtude, sobretudo, de


condições pouco adequadas de trabalho e formação profissional
deficiente (aplicativos de computador com usabilidade deficitária que
induz aos erros).

 Retrabalho, decorrência da existência de erros ou falhas de


concepção, que impactam na redução da eficácia do processo
produtivo, no aumento do custo humano do trabalho e, não raro,
repercutem na insatisfação de usuários e consumidores.

 Perda e desperdício de material, decorrentes de desenhos de tarefas


e processos de trabalho com baixos graus de eficácia e eficiência,
que aumentam os custos de produção e consequentemente o preço
final das mercadorias.

 Danificação de máquinas e equipamentos que resultam de


procedimentos inadequados e, comumente, de produtos oriundos de
projetos industriais de concepção deficiente, retardando tempo de
produção, aumentando custos, gerando insatisfação, acidentes e
doenças entre trabalhadores.

 Queda e redução da produtividade e da qualidade almejadas de


produtos e serviços que impactam na perda de competitividade (no
caso do setor privado) e do afastamento da missão maior das
agências governamentais de proporcionar o exercício da cidadania
aos usuários-contribuintes (caso do setor público).”

NOS TRABALHADORES

 “Absenteísmo crônico que invade o cotidiano de trabalho, superando


taxas administráveis e agravando as condições daqueles que
permanecem trabalhando em virtude, sobretudo, do aumento da
carga de trabalho. Paradoxalmente, em muitos casos ausentar-se
sistematicamente do trabalho termina funcionando para alguns
trabalhadores como estratégia de preservar a própria saúde mental e
física.

 Acidentes que crescem sem cessar nas organizações e que


produzem uma gama de efeitos nocivos: mutilação de vidas, geração
de incapacidades temporárias e permanentes, afastamentos das
atividades laborais e aposentadorias precoces. O custo individual,
coletivo, social, empresarial e estatal dos acidentes, no caso
brasileiro, é colossal, embora sua avaliação e medidas necessitem
ser aprimoradas.

 Doenças do trabalho e licenças-saúde que se multiplicam e


desenham um perfil epidemiológico que fortalece o nexo com os
contextos de trabalho nos quais os acometidos estão ou estavam
inseridos, merecendo destaque: a epidemia dos distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), que se tornou um
problema de saúde pública em diversos países ocidentais;

 Rotatividade de trabalhadores nas organizações privadas que, em


virtude do efeito combinado de diversos fatores (precarização das
relações e condições de trabalho, baixos salários etc.), transforma os
trabalhadores em nômades que perambulam por organizações as
quais, por sua vez, fundamentam seus modelos de gestão do
trabalho com base na rotatividade sistêmica (o setor de
teleatendimento é ilustrativo). Um dado, proveniente da Pesquisa
Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) no Brasil, mostra que, em 2006, cerca de 8,4 milhões de
empregados estavam também em busca de um novo emprego em
virtude da insatisfação com o emprego atual.”

Como efeito positivo da adoção do modelo de gestão de qualidade de vida no


trabalho, baseado no modelo BPSO, há uma redução no número de
trabalhadores doentes, melhora do clima organizacional e, consequentemente,
melhor performance por parte dos colaboradores.

Outro modelo usado no tema QVT, é o de Ferreira, criado em 2011, o qual


considera diferentes indicadores e fatores estruturantes na análise do tema.
São eles:

Condições de trabalho: Refere-se ao suporte e apoio da organização para a


realização do trabalho, como disponibilidade de equipamentos adequados,
espaço físico limpo e organizado, programas de remuneração e benefícios e
capacitação e treinamento dos colaboradores.

Organização do trabalho: Refere-se à forma como o tempo, trabalho e os


processos estão divididos e gerenciados. Indicadores de conduta por parte da
supervisão e dos colaboradores são utilizados, por exemplo, a verificação de
itens de higiene e uniformes sendo usados de forma correta.

Relações socioprofissionais de trabalho: Diz respeito ao relacionamento e


comportamento entre os mais diversos níveis hierárquicos dos colaboradores
de uma organização e o público externo.

Reconhecimento e crescimento profissional: Trata da questão do


reconhecimento e valorização do trabalho realizado, em que são utilizados
indicadores como empenho, dedicação, criatividade e capacitação individual.

Elo trabalho-vida social: É a percepção de bem-estar tanto no trabalho quanto


na vida particular, por exemplo, a valorização do tempo vivido na organização,
o entendimento de ter contribuído para a sociedade, a relação trabalho-casa,
trabalho-família, trabalho-amigos e trabalho-lazer.

Percebemos que os programas de QVT têm como finalidade elevar o nível de


satisfação e bem-estar dos colaboradores, que trazem uma série de benefícios
para todos os atores envolvidos, a partir de um alinhamento das questões
empresariais com as perspectivas humanas.

No estudo sobre os indicadores de QVT, com base em uma visão


biopsicossocial, foram considerados estudos e modelos antes do impacto
sofrido com a pandemia da Covid-19. O que representa que possíveis ajustes
ou até mesmo novos modelos devam ser elaborados e, consequentemente,
possam surgir novos indicadores que até o momento não haviam sido
utilizados ou pensados.
De qualquer forma, o que foi apresentado sobre os indicadores na qualidade de
vida no trabalho propicia um bom entendimento do que se precisa mensurar e
avaliar para que o binômio trabalho e qualidade de vida possa estar em
consonância.

Antes de finalizarmos esse conteúdo, entenda mais sobre Modelo BPSO na


escolha dos indicadores de QVT assistindo ao vídeo abaixo:

VERIFICANDO O APRENDIZADO
1 - NO TRABALHO EM TURNO E NOTURNO, OS
TRABALHADORES ESTÃO SUJEITOS À EXPOSIÇÃO DE
FATORES PSICOSSOCIAIS QUE INTERFEREM NOS
PROCESSOS SAÚDE-DOENÇA. SEUS EFEITOS NA SAÚDE
DOS TRABALHADORES, ASSIM COMO AS PRINCIPAIS
MEDIDAS DE INTERVENÇÃO QUE VISAM A MINIMIZAR AS
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS TRABALHADORES
QUANTO À SAÚDE E AO BEM-ESTAR ORGÂNICO E SOCIAL
SÃO:
Os gêneros são influenciados da mesma maneira na tolerância ao trabalho em
turnos, agindo pelas vias biológicas.

Uma das recomendações é a definição de turnos fixos noturnos para que o


trabalhador possa se adaptar, visto que o rodízio de turnos é mais prejudicial.

(x) Com relação aos ritmos biológicos, propõe-se que o cronotipo do


trabalhador seja considerado na escolha do tipo de esquema de trabalho.

As situações de risco para acidentes, doenças físicas e transtornos mentais


são iguais para os trabalhadores do turno da noite comparados aos demais,
pois a demanda de trabalho neste período é menor.
2- DE ACORDO COM LIMONGI-FRANÇA (2008), UM
PROGRAMA PARA TREINAMENTO SOBRE ESTRESSE E
QUALIDADE DE VIDA COM BASE NA ABORDAGEM
BIOPSICOSSOCIAL (BPSO) NÃO POSSUI O OBJETIVO DE:
Criar situações vivenciais que favoreçam o autoconhecimento e a construção
de novas perspectivas de estilo e qualidade de vida e desenvolver o sentimento
de mudança e a comunicação assertiva.

Transmitir conceitos e abordagens em qualidade de vida sobre estresse,


processo de adoecimento e mecanismos de adaptação.

(x) Identificar e encaminhar queixas psicossomáticas e problemas de saúde


ocupacional a partir dos atendimentos ambulatoriais realizados.

Mapear performance fisiológica e psíquica dos participantes quanto a seu nível


de estresse e qualidade de vida.

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