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Estamos iniciando o 4º bimestre de 2021. Chegar até aqui não foi fácil, não é mesmo?
Por isso, estamos muito orgulhosos de você e de seu desempenho. Agora que mais
um bimestre vai começar é hora de preparar a mente para novos conhecimentos e o
coração para novas aventuras.
Para isso, preparamos o Plano de Estudos Tutorado – Volume 4. Um material cheio
de propostas de atividades instigantes e inovadoras para você. São histórias, situa-
ções-problemas, exercícios, imagens, pesquisas, desafios, temas e textos que irão
orientá-lo (a) na aquisição de conhecimentos e habilidades importantes para que
você se torne um cidadão cada vez mais curioso, pesquisador, autônomo e atuante
em nossa sociedade.
Atenção, algumas das várias experiências de aprendizagem que você encontrará
no PET 4 irão abordar a temática da Consciência Negra, pois o mês de novembro
é dedicado a pensarmos em questões importantes como: racismo, discriminação,
igualdade social e a cultura afro-brasileira.
Seu professor(a) irá acompanhá-lo (a) nesta jornada de conhecimentos do PET 4
por meio de alguns canais de comunicação como o APP Conexão 2.0, o site https://
estudeemcasa.educacao.mg.gov.br. Ah! Acompanhe também as aulas na TV Minas,
todas as manhãs de segunda à quinta-feira. Elas irão auxiliá-lo(a) na resolução das
atividades propostas no PET.
Estamos gratos de poder contribuir com seus estudos em tempos de Pandemia da
Covid 19, mas a nossa expectativa é que no próximo ano nossas esperanças sejam
renovadas.
E você é a nossa maior motivação e esperança de um futuro melhor!
II
SUMÁRIO
MATEMÁTICA............................................................................................ pág 24
Semana 1: Dados em tabelas ...................................................................pág 24
Semana 2: Gráficos..................................................................................pág 29
Semana 3: Média aritmética.................................................................... pág 32
Semana 4: Porcentagem..........................................................................pág 36
Semana 5: Juros..................................................................................... pág 40
Semana 6: Prestações............................................................................. pág 44
BIOLOGIA.................................................................................................. pág 48
Semanas 1 e 2: Origem da vida..................................................................pág 48
Semana 3: Teorias evolucionistas............................................................ pág 55
Semanas 4 e 5: Teoria celular e citologia...................................................pág 59
Semana 6: Reprodução e divisão celular..................................................pág 65
QUÍMICA.....................................................................................................pág 69
Semana 1: Funções Inorgânicas................................................................pág 69
Semana 2: Propriedades dos Materiais.....................................................pág 74
Semana 3: Funções Inorgânicas - Sais......................................................pág 79
Semana 4: Óxidos.....................................................................................pág 83
Semana 5: Unidades de medida da química..............................................pág 87
Semana 6: Grandezas utilizadas pelos químicos...................................... pág 91
III
FÍSICA........................................................................................................pág 96
Semana 1: Impulso e quantidade de movimento........................................pág 96
Semana 2: Quantidade de movimento de um sistema de partículas (Q).... pág 100
Semana 3: Colisões................................................................................ pág 105
Semana 4: Hidrostática............................................................................pág 111
Semana 5: A pressão exercida pelos líquidos........................................... pág 117
Semana 6: Empuxo................................................................................. pág 122
IV
LÍNGUA INGLESA..................................................................................... pág 198
Semana 1: GENERATION Z...................................................................... pág 198
Semana 2: WRITING COMMENTS AND GIVING OPINIONS.........................pág 202
Semana 3:CULTURE, TRADITIONS AND HISTORY OF AFRICA...................pág 205
Semana 4: PERSONAL NARRATIVE......................................................... pág 210
Semana 5: SLAVERY IN THE WORLD AND THANKSGIVING...................... pág 214
Semana 6: AFRICA: MODERN AGE AND HARVEST FESTIVALS................. pág 218
V
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO:
Gêneros / Signos não verbais (sons, ícones, imagens, grafismos, gráficos, tabelas...). Valor informativo. Qua-
lidade técnica. Efeitos expressivos.
HABILIDADE(S):
5.0 Integrar informação verbal e não verbal na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Relacionamento das partes verbais (texto verbal), não-verbais (imagens) e híbridas (imagens e textos verbais
de um infográfico, por exemplo) que compõem um texto de divulgação, identificando a relação de sentidos
que estabelecem entre as partes.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Física.
1
APRESENTAÇÃO
Texto icônico-verbal
No nosso dia a dia, lidamos com diversos gêneros textuais e suas intenções comunicativas e, atualmen-
te, já não prevalece a ideia de que um texto é composto unicamente do signo verbal. As imagens dizem
do contexto em que estão inseridas, possuindo, muitas vezes, funções distintas das palavras.
Percebemos, por exemplo, que muitos gêneros ficariam incompreensíveis se as imagens e seus ele-
mentos gráficos como cores das letras, ícones, desenhos fossem eliminados, ou seja, as imagens não
são simples ilustrações dos textos verbais.
Esses textos que combinam, em sua formação, imagens e palavras são chamados de textos icônico-
-verbais. Para compreendê-los, não basta ouvi-los, já que precisamos captar parte de seu sentido pela
visão. Ainda é importante ressaltar que, com a chegada da internet, certos gêneros apenas se materia-
lizam por serem o cruzamento das linguagens verbal e não verbal ou apenas surgem em razão de seus
suportes digitais que combinam imagens e palavras na construção dos sentidos.
ATIVIDADES
A seguir, você vai ler sobre a finalidade do relato de experimento científico. Após a leitura, responda às
questões propostas.
2
Texto 1
Experiência 6: A panela de pressão
[...]
Cozinhar é transferir energia para os alimentos atra-
vés da água. A água ferve num recipiente aberto.
A cada quilômetro acima do nível do mar, a tempera-
tura de ebulição diminui 3 °C. O monte Everest, por
exemplo, está a pelo menos 8,5 km de altitude. Como
8,5 x 3 = 25,5; 100 - 25,5 = 74,5 °C. Isso implica que a
água ferve a 74,5 °C no Everest.
Quando colocamos a panela de pressão no fogo, for-
necemos energia, na forma de calor, e as moléculas Se a saída de vapor pela válvula com pino for
(10) aumentam sua agitação aumentando a tempera- impedida, a válvula de segurança, mostrada
tura. Com maior número de choques, aumenta a pres- na Figura 36, é expulsa.
são no interior da panela. O aumento da pressão faz
Recomenda-se não encher muito a panela
a água entrar em ebulição a uma temperatura acima
nem ferver leite condensado enlatado com
de 100 °C. À medida que fornecemos calor, a pressão
o rótulo, pois ele se solta e pode obstruir a
aumenta até à medida que é suficiente para levantar
saída de vapor da válvula com pino.
a válvula com pino (Figura 37). Dessa forma, o vapor
começa a escapar pela válvula e a pressão do vapor Cuidado ao abrir a panela, pois é muito mais
se estabiliza, assim como a temperatura do interior da grave se queimar com vapor do que com
panela (esse é o momento de baixar o fogo). água à mesma temperatura. [...]
REKOVVSKY, Lairane. Física na cozinha [Adaptado]. In: Textos de apoio ao professor de Física. 6. Porto Alegre: URFGS, Instituto de
Física, 2012. p. 39-40. v. 24. Disponível em: www.if.ufrgs.br/public/tapf/v23_n5_rekovvsky.pdf. Acesso em: set. 2021.
b) Caso essas advertências fossem escritas no imperativo, modo verbal utilizado para exprimir
uma atitude de ordem, conselho, convite ou solicitação, o tom de comando seria mais “suave”
ou mais direto, mais decisivo? Justifique sua resposta.
3
3 - Qual é a função do termo “Figura 37”?
A tirinha é uma narrativa breve, criada pela combinação de texto e desenho, que se caracteriza por
apresentar um desfecho inesperado, produzindo um efeito humorístico. As tirinhas podem expres-
sar um olhar crítico para comportamentos humanos, abordar questões de natureza político-social,
ou explorar personagens caricatas.
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2015.
Texto 2
REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portu-
guesa: linguagem e interação. Vol. 1, 3. ed. São Paulo: Ática, 2016.
4
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO:
Gêneros / Signos não verbais (sons, ícones, imagens, grafismos, gráficos, tabelas...). Valor informativo. Qua-
lidade técnica. Efeitos expressivos.
HABILIDADE(S):
5.0 Integrar informação verbal e não verbal na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Relacionamento das partes verbais (texto verbal), não-verbais (imagens) e híbridas (imagens e textos verbais
de um infográfico, por exemplo) que compõem um texto de divulgação, identificando a relação de sentidos
que estabelecem entre as partes.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociedade e meio ambiente.
APRESENTAÇÃO
Importância das imagens
As imagens “dizem” muito: por meio delas, é possível compreender ou, ao menos, ter uma ideia do sen-
tido geral de determinados textos. Certamente você já deve ter notado que muito do sentido que con-
seguimos captar de certos textos advém da leitura de imagens e da própria organização de sua página.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portuguesa: linguagem e interação. Vol. 1,
3. ed. São Paulo: Ática, 2016, p. 146.
5
ATIVIDADES
Você vai relembrar agora as características do gênero cartaz para depois responder às questões que
se seguem.
O cartaz é um gênero textual marcado especialmente pela função informativa, bem como pela fun-
ção apelativa. Os cartazes estão em todo o lado. Nas ruas: nas campanhas eleitorais, no anúncio de
eventos, na divulgação de produtos, nas manifestações, nas campanhas de conscientização; em
outros locais como cinemas, hospitais e escolas.
Cartaz. Toda Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/o-cartaz-como-genero-textual/#:~:text=Existe%20
uma%20s%C3%A9rie%20de%20g%C3%AAneros,nos%20depararmos%20com%20eles%20diariamente. Acesso em: 23 maio 2021.
Texto 1
b) Quando você escolhe um evento para assistir ou participar, sem nenhuma informação ou reco-
mendação, o cartaz pode ser decisivo em sua escolha. Por quê?
6
Se você nunca ouviu o termo homepage, não estranhe, isso é bastante comum, já que alguns termos uti-
lizados para designar ferramentas e conceitos da internet ainda não se fixaram. É o caso de homepage.
Esse termo vem sendo substituído, no Brasil, pelo termo página. Antes de resolver suas atividades, leia
a definição a seguir.
A página inicial, página principal, ou página de entrada (em homepage) é a página de apresentação
inicial de um sítio eletrônico. É comparada à capa de uma revista. (...) A página inicial é um site ou página
que pretende organizar as hiperligações e informações para o usuário quando inicia um navegador da
web. (...) A maioria das páginas iniciais começa com uma recepção e um pouco de informação sobre
o sítio que integram.
Página inicial. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_inicial. Acesso em: 14 ago. 2021.
Texto 2
7
b) Por meio da página de abertura, é possível ter acesso a outras partes do site. A que partes do
site da Petrobras você poderia ter acesso pela página de abertura? E se você quiser saber a
história e a estrutura da empresa, a que link recorrerá?
3 - Na página, há diferentes tamanhos de letras, algumas com cores diferentes das outras, com
predomínio do verde e do azul. Esses recursos visuais da página servem para quê? Assinale a alternativa
INCORRETA.
REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto de; MARUXO JR., José Hamilton. Língua portu-
guesa: linguagem e interação. Vol. 1, 3. ed. São Paulo: Ática, 2016.
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SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO(S):
Gêneros / Signos não verbais (sons, ícones, imagens, grafismos, gráficos, tabelas...). Valor informativo. Qua-
lidade técnica. Efeitos expressivos.
HABILIDADE(S):
5.0 Integrar informação verbal e não verbal na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Relacionamento das partes verbais (texto verbal), não-verbais (imagens) e híbridas (imagens e textos verbais
de um infográfico, por exemplo) que compõem um texto de divulgação, identificando a relação de sentidos
que estabelecem entre as partes.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociedade e meio ambiente.
APRESENTAÇÃO
A gramática do design visual
As estruturas visuais, do mesmo modo que as linguísticas, exteriorizam as interpretações particulares,
estabelecendo modos de interação social. (...)
Logo, numa imagem, cores, textura e proximidade entre leitor e participantes são aspectos relevantes,
já que revelam um tipo de realidade e uma determinada visão de mundo. Além do mais, é preciso exa-
minar os participantes da imagem, seus gestos, vestimentas, expressões faciais (KRESS e VAN LEEU-
WEN, 2006; SANTOS, 2009).
Os significados representacionais de uma imagem se dividem em narrativo e conceitual. Segundo SAN-
TOS (2009, p. 35-37), no narrativo, o ator é o participante mais relevante na imagem, “seja pelo seu ta-
manho, posicionamento, contraste com o segundo plano, cor e foco”. No conceitual, os participantes
podem fazer papel de subordinado ou de subordinador; ser parte de uma estrutura entre parte e todo
ou ter um atributo simbólico. (...)
Pelos significados interacionais, conforme Kress e van Leeuwen (2006), a natureza do relacionamento
entre observadores e observador é estabelecida pelo: a) contato, ou seja, pela maior ou menor intera-
ção estabelecida com o leitor pelo olhar, que pode ser oferecimento ou demanda; b) afinidade social,
isto é, pelos tipos de enquadramento (plano fechado, plano médio ou plano aberto) é constituída uma
relação de maior ou menor distância social; c) atitude, ou seja, pelo tipo de ângulo são situadas as rela-
ções de poder (ângulo alto, no nível dos olhos ou baixo), realismo (cor, totalidade, pormenores, profun-
didade e luz) e orientação do código (naturalístico, sensorial, tecnológico e abstrato).
9
Consequentemente, os significados composicionais de uma imagem estão relacionados ao layout, que
apresenta valores informacionais conforme a posição de seus elementos. Desse modo, se localizados
à esquerda da folha são concebidos como de conhecimento do leitor, se localizados à direita, são apre-
sentados como novos. Além do layout, ainda é preciso considerar as conexões estabelecidas entre os
elementos e os efeitos de cor, tamanho, contraste, cores e localização.
SOUZA, Maria Alice. Os usos sociais do meme da internet na fanpage de uma escola pública da rede estadual do município de Belo
Horizonte [manuscrito] / Maria Alice de Souza. – 2019, p. 68-69.
ATIVIDADES
Antes de realizar suas atividades, relembre o que é uma campanha publicitária.
Uma campanha publicitária é um conjunto de ações de promoção realizado por profissionais com
técnicas específicas para destacar uma marca e gerar grandes frutos para serem colhidos a curto,
médio e longo prazo.
Qual a diferença entre anúncio e campanha publicitária?
O anúncio serve para divulgar produtos e serviços comuns do dia a dia, uma promoção, por exemplo.
E pode ser trabalhado separadamente, ou seja, sem estar dentro de um conceito ou planejamento
extenso de ações. Já a campanha publicitária envolve processos mais elaborados e um período para
acontecer. Ela pode envolver vários anúncios e estratégias com direcionamentos e objetivos pré-
-estabelecidos a serem analisados durante e após o período de vigência.
Você sabe o que é uma campanha publicitária? Difere Comunicação. Disponível em: https://www.diferecomunicacao.com/post/
voc%C3%AA-sabe-o-que-e-uma-campanha-publicitaria. Acesso em: 15 ago. 2021
Texto 1
10
1 - O texto 1 faz parte de uma campanha publicitária em defesa do meio ambiente. Nesse sentido,
a linguagem verbal combina-se às imagens, reforçando um apelo à população. O texto do anúncio
refere-se, em especial, a que situação?
4 - Levando em consideração o texto 1, marque (V) para as afirmações verdadeiras ou (F) para as falsas:
( ) O anúncio com o slogan “Quem joga óleo na pia, trata assim a natureza” quer chamar a atenção
das pessoas sobre o cenário de poluição que toma conta do planeta.
( ) O anúncio passa a ideia de que ações humanas negativas interferem diretamente no meio am-
biente e que, muitas vezes, em razão delas, algumas espécies podem não resistir.
( ) O texto do anúncio leva o leitor a refletir que consciência ambiental é algo que todas as pessoas
deveriam ter, mostrando que pequenos gestos podem evitar os mais diversos problemas causa-
dos ao meio ambiente.
( ) O texto do anúncio apresenta algumas boas ideias para o uso consciente e criativo da água.
( ) O anúncio alerta que precisamos ser mais cautelosos com o uso da água potável, não apenas
economizando, mas também não poluindo.
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SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO(S):
Gêneros / Signos não verbais (sons, ícones, imagens, grafismos, gráficos, tabelas...). Valor informativo. Qua-
lidade técnica. Efeitos expressivos.
HABILIDADE(S):
5.1. Relacionar sons, imagens, gráficos e tabelas a informações verbais explícitas ou implícitas em um texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Relacionamento das partes verbais (texto verbal), não-verbais (imagens) e híbridas (imagens e textos verbais
de um infográfico, por exemplo) que compõem um texto de divulgação, identificando a relação de sentidos
que estabelecem entre as partes.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociedade e meio ambiente.
APRESENTAÇÃO
Ao contrário dos gêneros tradicionais, os gêneros digitais integram uma série de símbolos e formatos
de mídia múltipla, incluindo ícones, símbolos animados, áudio, vídeo, tabelas interativas e ambientes de
realidade virtual. Nesse contexto, a aquisição de uma leitura crítica é primordial para novas aquisições
no cenário digital, que são múltiplas, multimodais, multifacetadas e dêiticas (LEU et al., 2013; ROW-
SELL et al., 2013). Enquanto tecnologia, a internet determina um aprendizado dentro de uma comuni-
dade global, exigindo novas capacidades para que os sujeitos possam acessar totalmente seu potencial
(MARCUSCHI, 2005). (...)
Além do mais, tornou-se cada vez mais imperativo utilizar as tecnologias digitais para interagir e colaborar
com os outros. Nesse cenário, a fim de resolver problemas, os indivíduos, além da capacidade de reunir,
compreender, analisar, avaliar, sintetizar, relatar informações e ideias, precisam criar textos impressos e
não impressos em mídias antigas e novas. (...) [Desse modo, embora as tecnologias não criem gêneros,
seus usos interferem nas atividades comunicativas cotidianas (LEU et al., 2013; ROWSELL et al., 2013).
SOUZA, Maria; BARROS, Marcelo; SIMAN, Lana Mara. (2020). Meme da internet: uma leitura a partir do conhecimento organizado de
mundo. Revista do Centro de Estudos da Linguagem da Fundação Universidade Federal de Rondônia. 7. 125-142. 10.47209/2594-4916.
v.7.n.1.p.125-142.
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ATIVIDADES
Leia trechos de uma notícia publicada no blog E-MANCIPAÇÃO da Prefeitura de Curitiba.
Texto 1
4 DE JULHO DE 2014
Texto 2
13
Relembre o conceito de meme da internet, antes de começar suas atividades.
1 - O meme de política pública (texto 2) foi criado pela equipe de comunicação social da Prefeitura de
Curitiba a partir de um dos símbolos do Paraná: a Capivara. Qual é a intenção dessa publicação?
2 - Nos comentários da publicação (texto 2), há uma pergunta direcionada a outras Prefeituras de
diversas regiões do Brasil, presentes nas redes sociais: “E aí, Prefeitura do Natal, Prefeitura do Guarujá,
Prefeitura de Manaus, Prefeitura de Feliz, Prefeitura de Betim, Prefeitura do Rio de Janeiro, Prefeitura
de Blumenau, Prefeitura de Santos e demais Prefeituras, o que vocês estão fazendo nessa área?”
b) Em sua opinião, utilizar um meme para discutir assuntos de política pública facilitou esse tipo
de diálogo? Justifique sua resposta.
3 - O texto 1 está disponível na íntegra em: O que Curitiba pode ensinar ao Brasil: experimentalismo
democrático pelas redes sociais | e-mancipação (rafazanatta.blogspot.com). Após lê-lo, responda:
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SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Compreensão e Produção de Textos.
TEMA/TÓPICO(S):
Gêneros / Signos não verbais (sons, ícones, imagens, grafismos, gráficos, tabelas...). Valor informativo. Qua-
lidade técnica. Efeitos expressivos.
HABILIDADE(S):
5.0 Integrar informação verbal e não verbal na compreensão e na produção de textos, produtiva e autonomamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Relacionamento das partes verbais (texto verbal), não-verbais (imagens) e híbridas (imagens e textos verbais
de um infográfico, por exemplo) que compõem um texto de divulgação, identificando a relação de sentidos
que estabelecem entre as partes.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Cultura e sociedade.
APRESENTAÇÃO
Estamos percebendo que imagens podem ressignificar nosso mundo de maneira menos utilitária, ou
seja, a imagem constitui um conjunto de significados também social. Como uma representação do real,
algumas imagens possuem autonomia suficiente para seu entendimento, evocando uma narrativa, que
ordena a maneira de os indivíduos percebem o mundo que os cerca.
E se, durante muito tempo, o grafite foi visto como irrelevante ou simples contravenção, hoje esse tipo
de expressão visual adquiriu outro estatuto, sendo considerado meio de expressão artística, social e
de comunicação. Nesse sentido, o grafite tem permitido que sujeitos históricos até então silenciados
possam participar artística e politicamente da cidade.
15
ATIVIDADES
Antes de responder suas questões. Relembre o conceito de grafite.
O grafite é um tipo de arte urbana caracterizado pela produção de desenhos em locais públicos
como paredes, edifícios, ruas, etc. É bastante usado como forma de crítica social, e, além disso,
é uma maneira de intervenção direta na cidade, democratizando assim, os espaços públicos.
O termo grafite, de origem italiana graffito- plural graffite - significa “escrita feita com carvão”.
Grafite (Arte Urbana). Toda Matéria. Disponível em https://www.todamateria.com.br/grafite-arte-urbana/. Acesso em 15 ago. 2021.
Texto 1
HISTÓRIA DA ARTE DE RUA
PUBLICADO EM ARTES E IDEIAS POR REJANE BORGES
A arte de rua é uma das mais importantes manifestações culturais e sociais de um povo. Ela é pre-
dominante nas grandes e importantes cidades, como um meio de transmitir mensagens por meio
da sociedade.
O street art, ou arte urbana, são intervenções urbanas artísticas com temáticas que contornam desde
a política até religião, passando por problemas sociais etc. Esta arte pode ser feita por meio da pintura,
esculturas ou instalações. Seja de que forma for, a arte urbana é uma arte marginal, e não está atrelada
a nenhum padrão estético. Sendo assim, considera-se a arte urbana uma arte livre, sendo a expressão
máxima da sociedade e do ser cidadão.
No Brasil e no mundo, a arte de rua tem estado presente nas maiores e mais importantes cidades, ge-
ralmente, em muros e de grande escala, esta arte - além de embelezar a cidade de um jeito econômico
e muito original, fazendo cada cidade ser única e ter seu próprio estilo - ela também faz o papel da
denúncia e do protesto. E há também uma outra importante característica desta arte, o papel da in-
clusão social. Vários artistas do estilo promovem a arte por meio de suas intervenções, estimulando a
criatividade em jovens e crianças de partes mais remotas da cidade. Muitas comunidades mais pobres
são convidadas a se juntarem aos artistas para, juntos, transmitirem uma ideia, conceito ou mensagem
política, ou apenas para criar arte e beleza.
Com cerca de 20.000 anos de evolução cultural por trás disso, o grafite, a pichação ou street urbanart
ainda é arte e nada parece capaz de deter a sua popularidade fenomenal. A ideia simples de desenhar
em uma parede tornou-se algo verdadeiramente extraordinário em um mundo cada vez mais empare-
dado e murado. Percorremos um longo caminho desde as pinturas nas cavernas. Era inevitável que o
roteiro fosse substituído por imagens e se destacassem com contrastes excepcionais. O advento do
grafite ilustrado foi, sem dúvida, responsável pelo impulso maior de seguidores entre a população em
geral. Como o estilo da escrita é quase completamente ilegível para o olho destreinado, fotos em grafite
permitem uma mensagem mais clara, mais pungente.
HISTÓRIA da arte de rua. Obvious. Disponível em: http://obviousmag.org/archives/2014/02/historia_da_arte_de_rua.
html#ixzz5LqCUKzGq– Acesso em: 15 de ago. de 2021.
16
1 - (MACAÉ- RJ) No texto História da arte de rua, “considera-se a arte urbana uma arte livre, sendo a
expressão máxima da sociedade e do ser cidadão”. Os grafiteiros, além de levar arte e beleza singular às
cidades, normalmente
Texto 2
17
Texto 3
3 - O mural de Eduardo Kobra, na zona portuária do Rio de Janeiro, foi eleito o maior grafite do mundo,
com 15 metros de altura e 170 metros de largura.
b) A partir da análise do mural de Eduardo Kobra, você concorda que o grafite se transformou
em um importante veículo de comunicação urbana, colaborando para a existência de outras
vozes? Justifique sua resposta.
18
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Temas, motivos e estilos na literatura brasileira e em outras manifestações culturais.
TEMA/TÓPICO(S):
Mitos e símbolos literários na cultura contemporânea.
HABILIDADE(S):
33.1. Comparar representações do indígena em textos literários de uma mesma época ou de épocas diferen-
tes da história literária brasileira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Literatura.
APRESENTAÇÃO
A história dos povos indígenas do Brasil tem sido marcada pela brutalidade, escravidão, violência, doen-
ças e genocídio.
Quando, em 1500, os primeiros colonos europeus chegaram à terra que é hoje chamada de Brasil, ela
era habitada por um número estimado de 11 milhões de indígenas que viviam em cerca de 2.000 gru-
pos. No primeiro século de contato, 90% dos indígenas foram exterminados, principalmente por meio
de doenças trazidas pelos colonizadores, como a gripe, o sarampo e a varíola. Nos séculos seguintes,
milhares de vítimas morreram ou foram escravizadas nas plantações de cana-de-açúcar e na extração
de minérios e borracha.
Na década de 1950, a população tinha caído para um número tão baixo que foi previsto que nenhum in-
dígena sobreviveria até o ano de 1980. Estima-se que, em média, um povo se tornou extinto a cada ano
entre 1900 e 1957.
Em 1967, um procurador federal chamado Jader Figueiredo publicou um relatório de 7.000 páginas que
catalogou milhares de atrocidades e crimes cometidos contra os povos indígenas, incluindo assassina-
tos, roubos de terra e escravidão.
POVOS indígenas do Brasil. Survival. Disponível em: https://www.survivalbrasil.org/povos/indios-brasileiros.
Acesso em: 15 ago. 2021
19
ATIVIDADES
A seguir, você vai ler dois textos: o primeiro registra a cena final O guarani, de Alencar; o segundo, é o
fragmento do romance moderno A expedição Montaigne, de Antônio Callado, publicado em 1982. Leia-
-os observando a visão acerca do indígena brasileiro expressa em cada um.
Texto 1
A obra O guarani se articula a partir de alguns fatos essenciais: a devoção e fidelidade de um índio goita-
cá, Peri, a Cecília; o amor de Isabel por Álvaro, e o amor deste por Cecília; a morte acidental de uma índia
aimoré por D. Diogo [pai de Cecília] e a consequente revolta e ataque dos aimorés (...).
Então passou-se sobre esse vasto deserto de água e céu uma cena estupenda, heroica, sobre-
-humana; um espetáculo grandioso, uma sublime loucura.
Peri alucinado suspendeu-se aos cipós que se entrelaçavam pelos ramos das árvores já cobertas de
água, e com esforço desesperado cingindo o tronco da palmeira nos seus braços hirtos, abalou-o
até as raízes.
Três vezes os seus músculos de aço, estorcendo-se, inclinaram a haste robusta; e três vezes o seu cor-
po vergou, cedendo a retração violenta da árvore, que voltava ao lugar que a natureza lhe havia marcado.
Luta terrível, espantosa, louca, desvairada: luta da vida contra a matéria; luta do homem contra a
terra; luta da força contra a imobilidade.
Houve um momento de repouso em que o homem, concentrando todo o seu poder, estorceu-se de novo
contra a árvore; o ímpeto foi terrível; e pareceu que o corpo ia despedaçar-se nessa distensão horrível:
Ambos, árvore e homem, embalançaram-se no seio das águas: a haste oscilou; as raízes desprende-
ram-se da terra já minada profundamente pela torrente.
A cúpula da palmeira, embalançando-se graciosamente, resvalou pela flor da água como um ninho
de garças ou alguma ilha flutuante, formada pelas vegetações aquáticas.
Peri estava de novo sentado junto de sua senhora quase inanimada: e, tomando-a nos braços, disse-
-lhe com um acento de ventura suprema:
— Tu viverás!...
Cecília abriu os olhos, e vendo seu amigo junto dela, ouvindo ainda suas palavras, sentiu o enlevo que
deve ser o gozo da vida eterna.
— Sim?... murmurou ela: viveremos!... lá no céu, no seio de Deus, junto daqueles que amamos!...
O anjo espanejava-se para remontar ao berço.
— Sobre aquele azul que tu vês, continuou ela, Deus mora no seu trono, rodeado dos que o adoram.
Nós iremos lá, Peri! Tu viverás com tua irmã, sempre...!
Ela embebeu os olhos nos olhos de seu amigo, e lânguida reclinou a loura fronte.
O hálito ardente de Peri bafejou-lhe a face.
Fez-se no semblante da virgem um ninho de castos rubores e límpidos sorrisos: os lábios abriram
como as asas purpúreas de um beijo soltando o voo.
A palmeira arrastada pela torrente impetuosa fugia...
E sumiu-se no horizonte.
(ALENCAR, José de. O guarani. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, s.d. p. 426-7)
20
Texto 2
A expedição Montaigne narra a história do jornalista Vicentino Beirão, que deseja armar um exército de
índios na Amazônia contra o colonialismo branco. O romance é uma sátira política ao Brasil da guerrilha
(décadas de 1960-70) e um retrato da decadência do índio brasileiro.
O verdadeiro e olvidado nome de Ipavu era Paiap mas como Paiap falava muito em Ipavu, a lagoa dos
camaiurá, os brancos tinham trocado o nome dele pelo da lagoa e Paiap tinha despido o nome verda-
deiro com a indiferença, o alívio de quando, roubada ou ganha uma camisa nova, jogava fora a velha,
molambo roído de barro branco, de urucum vermelho, de jenipapo preto, vai-te, camisa, pra puta
que pariu, dizia ele pra fazer os brancos rirem que branco, sabe-se lá por que, sempre ria quando
índio dizia palavrão ensinado por branco. Ipavu não queria por nada deste mundo voltar a ser índio,
comendo peixe com milho ou beiju.
Queria viver em cidade caraíba, com casas de janela empilhada sobre janela e botequim de parede
forrada, do rodapé ao teto, de bramas e antárticas. Índio era burro de morar no mato, beber caxiri
azedo, numa cuia, quando podia encher a cara de cerveja e sair correndo na hora de pagar a conta.
Ah, se Ipavu pudesse carregar Uiruçu para o botequim não ia mais nem precisar fugir na hora de
pagar o porre, que era só exibir a lindeza de Uiruçu, harpia chamada dos brancos, as asas de flor de
sabugueiro, penacho alvo, ou então mostrar aos botequineiros recalcitrantes o olho de Uiruçu, mi-
çangão de puro assassinato.
(CALLADO, Antônio. A expedição Montaigne, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1982. p. 13.)
a) as ações de Peri que se assemelham aos feitos heroicos dos cavaleiros das novelas de cavala-
rias medievais.
2 - No texto 1, o dilúvio arrasta, além da palmeira, o passado dos dois jovens. A água, símbolo de
purificação e renovação, ao mesmo tempo que desabriga o casal, iguala-o. Já não são mais o primitivo
e o civilizado: são apenas homem e mulher, livres de quaisquer convenções, prontos para habitar o
“paraíso americano” e viver a “vida natural” idealizada por Rousseau. Portanto, na visão do autor, que
raças deram origem ao povo brasileiro?
21
3 - No texto 2, como consequência do contato com os brancos, o índio Ipavu está sofrendo a perda de
sua identidade cultural.
b) Ao longo da obra O guarani, Peri dá várias mostras de valores como fidelidade, honestidade,
coragem, honra. No fragmento de A expedição Montaigne, Ipavu demonstra ter mesmos valo-
res? Justifique sua resposta.
c) Levando em conta a resposta dada aos itens a e b, por que se pode dizer que o romance de
Antônio Callado satiriza a tradição indianista que idealiza o índio?
a) Os povos indígenas, no processo de aculturamento citado, que teve início em 1500, sofreram
genocídio (extermínio físico) e entrocídio (destruição da própria cultura, passando a falar ou-
tra língua e a professar nova religião).
b) As transformações identificadas na cultura indígena brasileira são decorrentes da nova rees-
truturação do seu papel na sociedade e da delimitação de seus territórios.
c) Embora existam garantias legais, o direito dos povos indígenas à terra tem sido ameaçado
constantemente por conflitos com agricultores, pecuaristas, madeireiras e mineradoras.
d) Com a missão de converter os indígenas ao cristianismo, os jesuítas proibiram hábitos cultu-
rais como, por exemplo, a antropofagia, a poligamia e a nudez. Entre outras ações, ainda cria-
ram os chamados “aldeamentos”, locais onde os indígenas viviam sob a proteção dos religiosos.
e) Alguns povos indígenas não vivem mais na sua forma original, tendo em vista suas roupas e
as relações comerciais e turísticas, que constituem fontes de renda no presente e que não
existiam no passado.
22
REFERÊNCIAS
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens: literatura, produ-
ção de texto e gramática, volume 2. 3. ed. rev. e ampl. – São Paulo: Atual. 1999.
DESPEDIDA
Querido (a) estudante, chegamos ao final de mais um ano letivo, que foi muito desafiador para todos nós.
Esperamos que você tenha se reinventado e aprendido em meio a tantas inseguranças.
Agora é hora de colher os frutos do seu esforço!
Boas férias!
23
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Números, Contagem e Análise de Dados.
TEMA/TÓPICO:
Estatística / 6. Organização de um conjunto de dados em tabelas.
HABILIDADE(S):
6.1. Organizar e tabular um conjunto de dados. 6.2. Interpretar e utilizar dados apresentados em tabelas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Compilação de dados e elaboração de tabelas.
24
APRESENTAÇÃO
As tabelas são quadros que resumem conjuntos de informações. O conjunto de informações obtidas
de um determinado fato é chamado de variável estatística. Existem dois tipos de variáveis estatísticas.
Observe o esquema.
Quando fazemos uma pesquisa obtemos os dados brutos, ou um conjunto de números ou respostas
sem nenhuma organização. Estes dados devem ser ordenados de forma crescente ou decrescente,
com a indicação da frequência.
25
Como exemplo vamos supor que foi realizada uma pesquisa no interior de Minas Gerais, na cidade de
Santa Cruz de Minas, para sabermos a quantidade de filhos por residência. A amostra é de 25 residên-
cias como a seguir.
2 2 1 1 1
1 3 2 1 2
2 1 2 1 1
3 2 2 4 2
1 1 2 1 3
Como podemos observar os dados estão dispostos de forma desordenada, por isso, pouca informação
conseguimos obter. Por exemplo, para saber quantas casas têm 2 filhos, requer um certo exame dos
dados. Vamos então organizar os dados.
1 1 1 1 1
1 1 1 1 1
1 2 2 2 2
2 2 2 2 2
2 3 3 3 4
Número Quantidade
de filhos de casas
1 11
2 10
3 3
4 1
Fonte: Próprio autor
Tabela fictícia (inventada)
Observe que nesta tabela as informações são obtidas de forma bem mais simples. Nesta tabela os da-
dos são quantitativos e discretos.
Vamos a outro exemplo onde os dados são quantitativos e contínuos, observe a diferença.
Como exemplo vamos supor que foi realizada uma pesquisa no interior de Minas Gerais, na cidade de
Serra da Saudade, para sabermos a altura das pessoas. A amostra é de 25 habitantes, como a seguir,
e as medidas estão registradas em metro.
26
Colocamos esses dados em ordem crescente, veja:
Observe que nessa tabela as informações são obtidas de forma bem mais simples. Nessa tabela os da-
dos são quantitativos e contínuos.
Poderíamos ter feito a mesma tabela usando intervalos, veja:
Altura de habitantes
Altura de habitantes na cidade de Serra da Saudade em Minas Gerais.
Quantidade de
Altura de habitantes
habitantes
1,60 – 1,65 9
1,66 – 1,71 14
1,72 – 1,77 2
Fonte: Próprio autor
Tabela fictícia (inventada)
27
ATIVIDADES
1 - Suponha que foi realizada uma pesquisa no interior de Minas Gerais, na cidade de Grupiara, para
sabermos o sexo predominante naquela cidade. A amostra é de 25 pessoas, que responderam qual é o
seu sexo, como a seguir.
b) Faça uma tabela utilizando na coluna indicadora sexo e quantidade de pessoas por sexo.
c) Dê um título para sua tabela, faça um cabeçalho, coloque fonte e uma nota.
28
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Números, Contagem e Análise de Dados.
TEMA/TÓPICO:
Estatística / 6. Organização de um conjunto de dados em tabelas.
HABILIDADE(S):
6.3. Representar um conjunto de dados graficamente. 6.4. Interpretar e utilizar dados apresentados graficamente.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identificação e interpretação de diferentes tipos de gráficos. Análise de dados, tabelas e gráficos para reso-
lução de problemas.
TEMA: Gráficos
Querido(a) estudante, nesta semana estudaremos a representação gráfica, outra forma de apresentar
um conjunto de dados. Visando facilitar a visualização dos resultados, escolhemos adequadamente um
tipo de gráfico. A seguir veremos a conveniência do uso de alguns tipos de gráficos.
APRESENTAÇÃO:
Gráfico de Barras – os dados são representados por retângulos dispostos vertical ou horizontalmente.
São bastantes úteis quando queremos comparar valores. Observe o gráfico abaixo confeccionado a
partir da tabela livros lidos, elaborada na semana 1, acima.
Gráfico de barras verticais ou Gráfico de colunas Gráfico de barras horizontais ou Gráfico de barras
29
Gráfico de Setores – é construído utilizando-se um círculo dividido em setores circulares. As áreas dos
setores são proporcionais aos dados que representam. A seguir o gráfico foi elaborado a partir da tabe-
la altura de habitantes, da semana 1, acima.
Pictograma – Trata-se de um gráfico que usa desenhos relacionados ao tema da pesquisa. No exemplo
abaixo é mostrado o número de flores usadas em cada buquê, de acordo com a ocasião. Observe.
Note que há 24 flores no buquê feito para o dia das mães, 18 flores para datas de aniversário, 36 flores
para dias de casamento e 30 flores para buquês de velório.
30
Gráfico de linha ou gráfico de segmentos - mostra tendências em um conjunto de dados em intervalos
uniformes. É bastante útil quando desejamos verificar tendências de aumento ou diminuição dos valo-
res numéricos de uma informação.
Neste tipo de gráfico observamos com facilidade que há um aumento gradual dependendo da faixa
de consumo.
ATIVIDADES
1 - Observe o gráfico abaixo, sobre os preços cobrados por uma empresa telefônica, de acordo com a
quantidade de minutos utilizados e responda.
31
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Números, Contagem e Análise de Dados.
TEMA/TÓPICO:
Estatística. / 7. Médias aritmética e geométrica.
HABILIDADE(S):
7.1. Resolver problemas que envolvam a média aritmética ou ponderada.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Média simples e ponderada. Problemas com cálculo de média simples e ponderada.
APRESENTAÇÃO
Média aritmética simples ou média – é o quociente (resultado da divisão) entre a soma dos valores e a
quantidade de valores. Indicamos a média por x.
Suponha uma rodada de um campeonato de futebol com 10 partidas, e os gols por partida estão repre-
sentados na tabela abaixo. Iremos determinar a média de gols. Observe.
Partida 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª
Gols 2 1 0 0 6 1 2 1 1 2
2 + 1 + 0 + 0 + 6 + 1 + 2 + 1 + 1 + 2 16
𝑥𝑥 = = = 1,6
10 10
Portanto a média foi de 1,6 gols por partida, ou seja, quase dois gols por partida. Isto aconteceu porque
um dos valores é discrepante em relação aos outros, no caso o valor da 5ª partida, 6 gols. Faremos o
mesmo exercício, porém na quinta partida colocaremos o valor de 1 gol. Observe.
Partida 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª
Gols 2 1 0 0 1 1 2 1 1 2
2 + 1 + 0 + 0 + 1 + 1 + 2 + 1 + 1 + 2 11
𝑥𝑥 = = = 1,1
10 10
Logo a média foi de 1,1 gols por partida, ou seja, quase um gol por partida. Como mencionado acima,
este tipo de média funciona de forma mais adequada quando os valores são relativamente uniformes
(próximos), quando não há valores muito diferentes.
32
Em uma cidade do interior de Minas Gerais, as temperaturas médias foram registradas em 15 dias, con-
forme a tabela abaixo. Calcule a média aritmética simples dessas temperaturas.
Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Tempera-
23 24,1 23,7 22,8 23 23,5 24 24,5 24,2 24 23,6 23,8 23,7 23,9 23,5
tura (°C)
23 + 24,1 + 23,7 + 22,8 + 23 + 23,5 + 24 + 24,5 + 24,2 + 24 + 23,6 + 23,8 + 23,7 + 23,9 + 23,5 355,3
𝑥𝑥 = =
15 15
𝑥𝑥 ≅ 23,7°𝐶𝐶
Note que nesta situação obtivemos um valor aproximado para a média, pois o resultado de 355,3 dividi-
do por 15 é 23,68666... . Observe que neste caso não temos valores discrepantes, portanto nossa média
condiz com um valor central.
Alguns funcionários de uma empresa revelaram seus salários em uma conversa. O primeiro disse que
recebe R$ 1 000,00, o segundo R$ 1 300,00, o terceiro R$ 1 500,00 e o quarto R$ 1 700,00. Se um fun-
cionário se juntar ao grupo e disser que ganha R$ 1 200,00, o que acontecerá com a média de salário
do grupo?
Resolução: Média do 1º grupo.
Média aritmética ponderada – é a média aritmética com pesos. Chamamos de peso o número de vezes que
um valor se repete. É calculada da seguinte forma: primeiro somam-se os produtos de cada valor pelo seu
respectivo peso; em seguida somam-se os pesos; ao final divide-se a primeira soma pela segunda. Observe.
Numa escola foi feita uma pesquisa em uma sala do 3º ano do ensino médio sobre a idade dos alunos,
que apresentou os seguintes resultados:
Quantidade de alunos 2 5 20 13
Idade dos alunos 16 17 18 19
Observe que multiplicamos as idades pela quantidade de alunos, e somamos, depois dividimos pelos
pesos somados.
33
Em uma cidade do interior de Minas Gerais, as temperaturas médias foram registradas em 90 dias, con-
forme a tabela abaixo. Calcule a média aritmética ponderada dessas temperaturas.
Note que neste exercício a média ponderada é a mais adequada, pois leva em consideração os valores
que mais contribuem nos dados.
A principal diferença é que na média aritmética simples todos os valores contribuem com peso igual,
enquanto que na média aritmética ponderada se leva em consideração a contribuição de cada termo
(peso), uma vez que existem termos que contribuem mais que outros.
Suponha que um aluno fez um concurso militar, onde as notas e os respectivos pesos de cada uma
delas, formam a tabela abaixo, indique qual foi a média aritmética ponderada das notas que o aluno
obteve neste concurso.
ATIVIDADES
1 - Suponha que dois alunos fizeram um concurso, onde as notas e os respectivos pesos de cada uma
delas, formam as tabelas abaixo.
34
a) Indique qual foi a média aritmética ponderada que o primeiro aluno obteve neste concurso.
b) Indique qual foi a média aritmética ponderada que o segundo aluno obteve neste concurso.
c) Qual aluno obteve o melhor resultado?
2 - Em uma cidade do interior de Minas Gerais, as temperaturas médias foram registradas em 30 dias,
conforme a tabela abaixo. Calcule a média aritmética ponderada dessas temperaturas.
3 - Em uma cidade do interior de Minas Gerais, as temperaturas médias foram 17°C; 17,5°C; 18,5°C; 19°C
e 19,5°C. Calcule a média dessas temperaturas.
35
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Matemática financeira / 13. Matemática financeira.
HABILIDADE(S):
13.1. Resolver problemas que envolvam o conceito de porcentagem.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Porcentagem e cálculo de porcentagem.
TEMA: Porcentagem
Caro(a) estudante, quando falamos em porcentagem, é quase improvável que encontremos al-
guém que não tenha ideia do que estamos falando. Estes cálculos serão nossa tarefa nesta semana.
Acompanhe-me.
APRESENTAÇÃO
Vamos entender algumas frases.
Oitenta por cento dos alunos de uma sala de aula são do sexo feminino. Nesta frase oitenta por cento
pode ser escrito como 80%, o símbolo % é o símbolo de porcentagem ou símbolo de percentagem, as
duas palavras estão corretas. Quando dizemos 80%, estamos dizendo que há, neste caso, 80 alunas em
cada grupo de 100 alunos(as) na sala de aula. Portanto, há 20% de alunos, ou seja, há 20 alunos em cada
grupo de 100 alunos(as).
10% (lê-se dez por cento) de desconto em compras à vista. Isto significa que a cada R$ 100,00 em
compras, você terá um desconto de R$ 10,00. Neste caso a palavra “desconto” sugere que seja retira-
do o valor de 10% do total, o que nos deixa um desconto de R$ 10,00 em cada R$ 100,00 comprados.
Em outras palavras, compramos R$ 100,00 e pagamos R$ 90,00. Acredito que você já sabia isto, mas
como procedemos para calcular taxa de porcentagem, aumentos e descontos, veremos a seguir.
Usamos regra de três simples para calcular a taxa de porcentagem. Primeiro colocamos as grandezas
de mesma espécie numa mesma coluna (no exemplo abaixo, porcentagem em uma coluna e valores em
outra), armamos a proporção (“igualdade de frações”) e resolvemos.
Numa escola com 1040 alunos, 936 alunos foram aprovados. Qual a taxa de aprovação dessa escola?
Porcentagem Valores
x 936 x é a taxa de porcentagem que desejamos achar.
100 1040
Se necessário faça uso de uma calculadora.
36
Note que, diferente dos exemplos acima, não podemos concluir o que acontece com os 10%, sabemos
apenas que 10% não foi aprovado, isso não quer dizer que foram reprovados, por exemplo, podem ter
abandonado a escola, o que não caracteriza uma reprovação.
Você planeja ir a uma loja comprar um celular à vista, mas pode pagar até R$ 1 400,00. Na loja você es-
colheu um aparelho que custa R$ 1 530,00, pois sabia que receberia um desconto se pagasse à vista.
No momento do pagamento você recebeu um desconto e pagou R$ 1 392,30. Esse desconto é maior ou
menor que 10%?
Primeiro vamos calcular o valor do desconto. 1 530 – 1 392,30 = 137,70. Agora vamos calcular a taxa de
porcentagem.
Percentagem Valores
x é a taxa de porcentagem que desejamos
x 137,7
determinar.
100 1530
Se necessário faça uso de uma calculadora.
Percentagem Valores
x 7 691 854 x é a taxa de porcentagem que desejamos saber.
100 11 940 000
Se necessário faça uso de uma calculadora.
Portanto 64,42% das pessoas dessa cidade estão vacinadas com pelo menos uma dose.
Suponha que a população total de um país seja 190 732 694 e a população de surdos neste país seja de
344,2 mil. Qual é a taxa de pessoas surdas neste país?
Primeiro vamos expandir o número 344,2 mil, ou seja, escrevemos 344 200, este é o número de habitan-
tes surdos neste país. Agora vamos aos cálculos.
Percentagem Valores
x é a taxa de porcentagem que desejamos
x 344 200
descobrir.
100 190 732 694
Se necessário faça uso de uma calculadora.
37
Numa sala de aula 30% dos alunos são do sexo masculino, isso corresponde a 9 alunos. Quantas me-
ninas há nessa sala? Montaremos este exercício da mesma maneira que os anteriores, mas devemos
observar que temos 70% de alunas.
Percentagem Valores
x é a quantidade de alunas, ou seja, o que deseja-
30 9
mos obter.
70 x
Quando escrevemos as frações equivalentes devemos procurar colocar o x no primeiro numerador,
mantendo a proporcionalidade dos termos, observe.
𝑥𝑥 70 7(9
= → 𝑥𝑥 = → 𝑥𝑥 = 21
9 30 3
70 7
Veja que simplificamos a fração por 10 e obtivemos a fração 3 .
30
Portanto, há 21 alunas nesta sala de aula.
Uma pessoa pagou por um produto R$ 90,00, após receber um desconto de 10%, qual é o valor desse
produto sem o desconto?
Entendemos que R$ 90,00 corresponde a 90% do valor total da mercadoria, e devemos determinar o
valor total que corresponde a 100%.
Percentagem Valores
x é o valor total do produto sem o desconto, ou
90 90
seja, o que desejamos determinar.
100 x
Quando escrevemos as frações equivalentes devemos procurar colocar o x no primeiro numerador,
mantendo a proporcionalidade dos termos, observe.
𝑥𝑥 100 100 . 90
= → 𝑥𝑥 = → 𝑥𝑥 = 100
90 90 90
Percentagem Valores
x é o valor total do produto sem o desconto,
96 336
ou seja, o que desejamos determinar.
100 x
Quando escrevemos as frações equivalentes devemos procurar colocar o x no primeiro numerador,
mantendo a proporcionalidade dos termos, observe.
38
ATIVIDADES
1 - Numa escola com 1450 alunos, 1421 alunos foram aprovados. Qual a taxa de aprovação dessa escola?
2 - Você planeja ir a uma loja e comprar um celular à vista, podendo pagar até R$ 900,00. Na loja você
escolheu um aparelho que custa R$ 1 050,00, pois sabia que receberia um desconto se pagasse à vista.
No momento do pagamento você recebeu um desconto e pagou R$ 892,50. Esse desconto é maior ou
menor que 10%?
3 - Uma pessoa pagou por um produto R$ 530,70, após receber um desconto de 8,5%. Qual é o valor do
produto sem o desconto?
39
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Matemática financeira. / 13. Matemática financeira.
HABILIDADE(S):
13.2. Resolver problemas que envolvam o conceito de juros simples ou compostos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Juros simples e cálculo de juros simples. Juros compostos e cálculo de juros compostos.
TEMA: Juros
Querido(a) estudante, nessa semana você irá aprender sobre juros simples e composto. Entender a di-
ferença entre juros simples e juros compostos é essencial em nossa sociedade, pois assim consegui-
mos planejar pagamentos e entender o rendimento de investimentos. Importante, também, é saber
fazer os cálculos que envolvem cada um. A principal diferença entre juros simples e composto é que no
juro simples o cálculo é feito incidindo a taxa de juro sobre o valor inicial (capital inicial), normalmente
utilizado quando você atrasa uma conta; já juros compostos são calculados, em cada período, consi-
derando o capital inicial já acrescido dos juros dos períodos anteriores, normalmente utilizado quando
você faz um empréstimo.
APRESENTAÇÃO
Juros simples:
Para efetuarmos os cálculos de juros simples utilizaremos a fórmula:
𝑐𝑐 $ 𝑡𝑡 $ 𝑖𝑖
𝑗𝑗 =
100
sendo j o valor do juro (dinheiro ganho), c o capital (dinheiro utilizado), i a taxa de juro (dada em porcen-
tagem em um determinado período) e t o tempo (dado no mesmo período da taxa). Vamos aos exemplos.
Calcular os juros produzidos por um capital de R$ 1 000,00, à taxa de 0,567% ao mês, durante o período
de um mês. Esse exemplo é uma aproximação do que ocorre quando deixamos R$ 1 000,00 em uma
poupança durante um mês. Se necessário faça uso de uma calculadora.
𝑐𝑐 $ 𝑡𝑡 $ 𝑖𝑖 1 000 $ 1 $ 0,567
𝑗𝑗 = → 𝑗𝑗 = → 𝑗𝑗 = 5,67
100 100
Portanto, os juros são de R$ 5,67. Isto quer dizer que se uma pessoa deixar mil reais aplicados na pou-
pança receberá no final do mês R$ 5,67. Pode parecer pouco, mas não é, veja o exemplo abaixo.
Calcular os juros produzidos por um capital de R$ 1 000 000,00, à taxa de 0,567% ao mês, durante o
período de um mês. Esse exemplo é uma aproximação do que ocorre quando deixamos R$1000,00 em
uma poupança durante um mês. Se necessário faça uso de uma calculadora.
40
Portanto, os juros são de R$ 5 670,00. Isto quer dizer que se uma pessoa deixar um milhão de reais apli-
cados na poupança receberá no final do mês R$ 5 670,00, e ainda continuará com um milhão de reais.
Gostou?!
Vamos calcular os juros simples sobre um valor de R$ 12 500,00, aplicado a uma taxa de 12% ao mês,
durante 2 meses.
𝑐𝑐 $ 𝑡𝑡 $ 𝑖𝑖 12 500 $ 2 $ 12
𝑗𝑗 = → 𝑗𝑗 = → 𝑗𝑗 = 3 000
100 100
A que taxa mensal de juro simples foi aplicado um capital de R$ 12 000,00, que ao final de 5 meses, que
rendeu R$ 3 900,00?
Por quanto tempo devo aplicar R$ 20 000,00, a juro simples, para que renda R$ 5 000,00 a uma taxa
mensal de 0,625%?
Juros compostos
Para efetuarmos os cálculos de juros compostos utilizaremos a fórmula:
!
𝑀𝑀 = 𝐶𝐶 1 + 𝑖𝑖
sendo M o montante (capital mais juros), C o capital (dinheiro utilizado), i a taxa (dada em porcentagem
em um determinado período) e t o tempo (dado no mesmo período da taxa). Vamos aos exemplos.
Para entendermos melhor os juros compostos faremos 4 exercícios relacionados a uma pessoa.
Acompanhe.
1º - Uma pessoa resolveu economizar R$ 500,00 por mês durante um ano. Depois desse período ela apli-
ca, a juros compostos, a quantia total por 5 anos a uma taxa de 6% ao ano. Qual o montante resgatado
após 5 anos?
Vamos determinar a quantia aplicada que será R$ 500,00 vezes 12 meses, portanto o capital será de
R$ 6 000,00.
! "
𝑀𝑀 = 𝐶𝐶 1 + 𝑖𝑖 → 𝑀𝑀 = 6000 * 1 + 0,06 → 𝑀𝑀 ≅ 8029,35
Logo no final de 5 anos a pessoa terá aproximadamente R$ 8 029,35. Não parece muito, mas vamos
continuar nossos exercícios.
41
2º - A mesma pessoa do exercício anterior resolve continuar sua aplicação por mais 5 anos, a taxa de
juros compostos será a mesma, 6% ao ano, e o capital aplicado será de R$ 8 029,35 mais R$ 30 000,00,
pois esta pessoa continuou juntando R$ 500,00 mensais durante cinco anos. Determine o montante
que esta pessoa terá no final do período. Observe que o capital a ser aplicado será de R$ 38 029,35.
! "
𝑀𝑀 = 𝐶𝐶 1 + 𝑖𝑖 → 𝑀𝑀 = 38029,35 / 1 + 0,6 → 𝑀𝑀 = 50 891,85
Note que após 11 anos a pessoa possuirá R$ 50 891,85. Uma quantia considerável, não acha. Vamos ao
nosso terceiro exercício.
3º - Por mais 5 anos a mesma pessoa dos exercícios anteriores resolve aplicar a nova quantia, que é
composta pelos R$ 50 891,85 mais R$ 30 000,00, que é o capital acumulado de R$ 500,00 guardados
mensalmente durante os últimos 5 anos, a taxa de juros compostos permanecerá sendo 6% ao ano.
Determine o montante que esta pessoa terá no final do período. Observe que o capital a ser aplicado
será de R$ 80 891,85.
! "
𝑀𝑀 = 𝐶𝐶 1 + 𝑖𝑖 → 𝑀𝑀 = 80891,85 - 1 + 0,6 → 𝑀𝑀 = 108 251,50
Após 16 anos a pessoa possuirá R$ 108 251,50. Observe que a partir desse momento, ou seja, quando a
pessoa passa de R$ 100 000,00, se torna bem mais fácil de se chegar a 1 milhão. Faremos mais um exer-
cício para que isto fique claro.
4º - Novamente a pessoa dos exercícios anteriores, economiza mais R$ 30 000,00 nos últimos 5 anos e
com a quantia que já possuía, que no caso era R$ 108 251,50, acumulou um capital de R$ 138 251,50, que
será aplicado por 5 anos a uma taxa de juros compostos de 6% ao ano. Determine o montante que esta
pessoa terá no final do período.
! "
𝑀𝑀 = 𝐶𝐶 1 + 𝑖𝑖 → 𝑀𝑀 = 138251,5 - 1 + 0,6 → 𝑀𝑀 = 185 011,70
Portanto, ao final de 21 anos a pessoa terá um capital de R$ 185 011,70. Espero que você tenha gostado
desses exercícios e esteja pensando em economizar.
Agora faremos uma comparação entre juros simples e juros compostos. Acompanhe-me.
Aplicando um capital de R$ 1 000,00, por 5 meses, a uma taxa de juro de 16% ao mês. Determine o mon-
tante dessa aplicação para juros simples e para juros compostos.
Faremos primeiro para juros simples e depois para juros compostos, veja.
𝑐𝑐 $ 𝑡𝑡 $ 𝑖𝑖 1 000 $ 5 $ 16
𝑗𝑗 = → 𝑗𝑗 = → 𝑗𝑗 = 800
100 100
Portanto, o montante será de R$ 1 000,00 mais R$ 800,00, ou seja, o montante será de R$ 1 800,00,
quando calculamos juros simples.
! "
𝑀𝑀 = 𝐶𝐶 1 + 𝑖𝑖 → 𝑀𝑀 = 1000 ) 1 + 0,16 → 𝑀𝑀 = 2 100,34
Note que quando usamos a fórmula de juros compostos o valor do montante é maior do que quando
usamos a fórmula de juros simples.
42
ATIVIDADES
1 - Determine o capital e o montante, que rende, a juros simples, R$ 288,00, aplicado por 6 meses, a uma
taxa de 0,6% ao mês.
2 - Determine o montante gerado por um capital de R$ 8 000,00, aplicado por 6 meses, a uma taxa de
0,6% ao mês.
3 - Determine o capital que deve ser aplicado a juros compostos para se obter um montante de
R$ 8 271,00, durante 6 meses, a uma taxa de juro de 0,6% ao mês.
43
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Funções Elementares e Modelagem.
TEMA/TÓPICO:
Matemática financeira. / 13. Matemática financeira.
HABILIDADE(S):
13.3. Resolver situações-problema que envolvam o cálculo de prestações em financiamentos com um número
pequeno de parcelas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Cálculos de prestações com poucas parcelas.
TEMA: Prestações
Caro(a) estudante, estudaremos nesta semana problemas que envolvam o cálculo de prestações em
financiamentos com um número pequeno de parcelas. Temos vários tipos de cálculos que dependem
do serviço contratado, ou seja, se você decide por um empréstimo financeiro ou por um financia-
mento de imóvel, por exemplo, os cálculos são feitos de maneiras distintas. Abaixo daremos início a
operação de empréstimo.
APRESENTAÇÃO
Quando alguém dispõe de um dinheiro (capital C), empresta-o a outrem por um certo período de tempo t
(em meses, em anos ou em qualquer outra unidade de tempo), após esse período, recebe o seu dinheiro
𝑗𝑗
de volta acrescido de uma remuneração j (juros) pelo empréstimo. A razão (divisão) = 𝑖𝑖 é a taxa de
𝐶𝐶
crescimento do capital, que sempre será referida ao período da operação é chamada de taxa de juros.
𝑖𝑖
Usaremos a fórmula 𝑃𝑃 = 𝐶𝐶 1 − 1 + 𝑖𝑖 !" , para calcularmos o valor da prestação, onde a primeira será paga
𝐶𝐶 𝑖𝑖
um mês depois da compra. E a fórmula 𝑃𝑃 = ⋅ , quando a primeira parcela é paga no ato da
1 + 𝑖𝑖 1 − 1 + 𝑖𝑖 !"
compra. Vamos aos exemplos.
I) Um bem, cujo preço é R$ 1 200,00, é vendido em 8 prestações mensais iguais, a primeira sendo paga
um mês depois da compra. Se os juros são de 8% ao mês, determine o valor das prestações.
Resolvendo: Iremos colocar a taxa de 8% em forma de número decimal, ficando 0,08, prosseguimos
𝑖𝑖
utilizando a fórmula 𝑃𝑃 = 𝐶𝐶 1 − 1 + 𝑖𝑖 !" , observe.
0,08
𝑃𝑃 = 1200 !" → 𝑃𝑃 = 208,82
1 − 1 + 0,08
44
ii) Um bem, cujo preço é R$ 1 200,00, é vendido em 8 prestações mensais iguais, antecipadas (a primeira
parcela é paga no ato da compra). Se os juros são de 8% ao mês, determine o valor das prestações.
Resolvendo: Iremos colocar a taxa de 8% em forma de número decimal, ficando 0,08, prosseguimos
𝐶𝐶 𝑖𝑖
utilizando a fórmula 𝑃𝑃 = 1 + 𝑖𝑖 ⋅ 1 − 1 + 𝑖𝑖 !" . Observe.
1200 0,08
𝑃𝑃 = ⋅ !" → 𝑃𝑃 = 193,35
1 + 0,08 1 − 1 + 0,08
Agora que identificamos como calcular prestações, falaremos sobre um sistema de amortização bas-
tante usual que é o sistema francês de amortização, também chamado de Tabela Price (devido ao eco-
nomista inglês Richard Price). Este sistema é caracterizado por prestações de valores constantes.
Veja o próximo exemplo.
iii) Uma dívida de R$ 1 500,00 é paga em 4 meses, pelo sistema francês de amortização, com juros de
8%. Faça a planilha de amortização. Lembre-se que em uma Tabela Price as parcelas são constantes
(de mesmo valor).
0 - - - R$ 1 500,00
j = 1500 ∙ 0,08 A = 452,88 – 120 D = 1500 – 332,88
1
j = R$ 120,00 A = R$ 332,88 D = R$ 1 167,12
j = 1167,12 ∙ 0,08 A = 452,88 – 93,37 D = 1167,12 – 359,51
2 𝑃𝑃 = 1500
0,08
1 − 1 + 0,08 !" j = R$ 93,37 A = R$ 359,51 D = R$ 807,61
j = 807,61 ∙ 0,08 A = 452,88 – 64,61 D = 807,61 – 388,27
→ 𝑃𝑃 = 𝑅𝑅$ 452,88
3
j = R$ 64,61 A = R$ 388,27 D = R$ 419,33
j = 419,33 ∙ 0,08 A = 452,88 – 33,55 D = 419,33 – 419,33
4
j = R$ 33,55 A = R$ 419,33 D = R$ 0,00
Vamos colocar a tabela acima de forma resumida sem os cálculos, ou seja, só as respostas das contas.
0 - - - R$ 1 500,00
1 R$ 120,00 R$ 332,88 R$ 1 167,12
Neste tipo de tabela podemos verificar os juros cobrados (J), quanto estamos realmente pagando (A),
e o nosso saldo devedor, ou seja, quanto ainda falta pagar (D).
45
Nosso próximo exemplo é sobre o sistema de amortização constante (SAC). Este sistema é mais uti-
lizado pelos bancos quando pegamos empréstimos para compra de imóveis (casa, apartamento etc.).
Como o nome já diz, neste sistema a amortização (A) é constante, portanto, a parcela varia de valor.
Dividiremos o valor principal pelo número de prestações, isto será o valor da amortização.
iv) Uma dívida de R$ 1 500,00 é paga em 4 meses, pelo sistema de amortização constante (SAC), com
juros de 8%. Faça a planilha de amortização. Começamos calculando a amortização, ou seja, dividimos
o valor de 1500 por 4.
0 - - - R$ 1 500,00
P = 120 + 375 j = 1500 ∙ 0,08 D = 1500 – 375
1
→ P = R$ 495,00 j = R$ 120,00 D = R$ 1 125,00
P = 90 + 375 j = 1125 ∙ 0,08 D = 1125 – 375
2 1500
→ P = R$ 465,00 j = R$ 90,00 𝐴𝐴 = D = R$ 750,00
4
P = 60 + 375 j = 750 ∙ 0,08 D = 750 – 435
3 A = R$ 375,00
→ P = R$ 435,00 j = R$ 60,00 D = R$ 375,00
P = 30 + 375 j = 375 ∙ 0,08 D = 375 – 375
4
→ P = R$ 405,00 j = R$ 30,00 D = R$ 00,00
Nesta tabela primeiro calculamos a amortização (A), em seguida os juros (J), depois a prestação (P) e
pôr fim a dívida restante (D). Bastou seguir as fórmulas. Vamos colocar a tabela acima de forma resumi-
da sem os cálculos, ou seja, só as respostas das contas.
0 - - - R$ 1 500,00
1 R$ 495,00 j = R$ 120,00 D = R$ 1 125,00
Note que a amortização permanece constante e as parcelas diminuem de valor à medida que o tempo
passa. Também podemos verificar os juros cobrados (J), quanto estamos realmente pagando (A), e o
nosso saldo devedor, ou seja, quanto ainda falta pagar (D).
Esses são os dois sistemas de amortização mais utilizados, o sistema SAC e o sistema Price. Você
pode construir tabelas como essas, com a quantidade de prestações necessárias, por exemplo,
você pode construir uma tabela com 30 prestações, basta continuar utilizando o mesmo raciocínio,
até 30 prestações.
46
ATIVIDADES
1 - Um bem, cujo preço é R$ 15 000,00, é vendido em 5 prestações mensais iguais, a primeira sendo paga
um mês depois da compra. Se os juros compostos são de 5% ao mês, determine o valor das prestações.
3 - Uma dívida de R$ 15 000,00 é paga em 5 meses, pelo sistema francês de amortização, com juros
compostos de 5% ao mês. Faça a planilha de amortização. Lembre-se que em uma Tabela Price as
parcelas são constantes (de mesmo valor).
4 - Uma dívida de R$ 15 000,00 é paga em 5 meses, pelo sistema de amortização constante (SAC), com
juros compostos de 5% ao mês. Faça a planilha de amortização. Lembre-se que no SAC as amortizações
são constantes (de mesmo valor).
Querido(a) estudante, proponho que você continue buscando aprender mais sobre os assuntos trata-
dos aqui. Até breve.
REFERÊNCIAS
JUNIOR, Expedito Pires. Plano de estudo tutorado: 1ª série - Matemática ensino médio, Volume 3.
Belo Horizonte: SEEMG, 2021.
LIMA, Elon Lages e outros. A matemática do ensino médio, Volume 2. 6.ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
MORGADO, Augusto Cesar et al. Progressões e Matemática financeira. Rio de Janeiro: SBM, 1993.
p. 40-41 passim. (Coleção do Professor de Matemática).
SMOLE, Kátia Stoco; DINIZ, Maria Ignez. Matemática para compreender o mundo I. São Paulo:
Saraiva, 2016.
EDITORA MODERNA. Conexões com a matemática/organizadora Editora Moderna; obra coletiva
concebida, desenvolvida e produzida pela Editora moderna; editor responsável Fabio Martins de
Leonardo. 3. Ed. São Paulo: Moderna, 2016.
MACIAS, Eugenio Roanes. Didactica de las matemáticas I. Samanca: Ediciones Anaya S.A., 1972.
MORAES, Fabíola Eugênio Arrabaça. Estatística descritiva. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANAS 1 E 2
EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.
TEMA(S)/TÓPICO(S):
- História da vida na Terra.
- Origem da Vida.
HABILIDADES:
- Identificar diferentes explicações sobre a origem dos seres vivos, confrontando concepções religiosas,
mitológicas e científicas, elaboradas em diferentes momentos.
- Analisar experiências e argumentos utilizados por cientistas como F. Redi (1626-1697), L. Pasteur (1822-1895)
para derrubar a teoria da geração espontânea.
- Avaliar as ideias de Oparin sobre a origem da vida na Terra.
- Associar o surgimento da vida como um processo lento e relacionado às condições físico-químicas da Terra
há bilhões de anos.
48
Aristóteles foi o filósofo grego que viveu entre 384 e 322
antes de Cristo a propor a ideia da abiogênese. Apoia-
do pela igreja católica, essa ideia perdurou por séculos.
Jan Baptist van Helmont (1580 – 1644) realizou um ex-
perimento muito simples – figura 1 – que teve como ob-
jetivo sustentar a teoria da abiogênese. O experimento
consistiu em colocar dentro de uma caixa roupas sujas,
suadas (o suor trazia o princípio ativo da vida, segundo
ele), e gérmen de trigo. Ele aguardou por 21 dias e ob-
servou ao final que surgiram ratos. A conclusão de van
Helmont foi que os ratos surgiram a partir da matéria Figura 1 – Experimento realizado por van Helmont que
inanimada presente dentro da caixa, ou seja, sustentou sustentou a abiogênese. Disponível em: <https://encryp-
a teoria da abiogênese. Observe, caro aluno, que esse ted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTweemM-
gRyn93ocwji58MKx9sVOfSKU4CmZIA&usqp=CAU>.
experimento não apresentava nenhum rigor científico, Acesso em: 06 ago. 2021.
ou seja, era cheio de falhas.
O considerado primeiro pesquisador a questionar a teoria da abiogênese foi Francesco Redi (1626 –
1698). Ele realizou um experimento – figura 2 – que consistiu em colocar em frascos de vidro pedaços de
carne. Um dos fracos ele tampou hermeticamente; no outro, ele colocou uma gaze para fechar a aber-
tura; em um terceiro frasco, ele deixou aberto. Após alguns dias, observou larvas de moscas no frasco
mantido aberto; moscas voando em torno do frasco fechado com gaze; e não observou moscas próxi-
mas ao frasco hermeticamente fechado. A conclusão foi que as larvas de moscas só surgiram porque
moscas adultas haviam colocado seus ovos na carne, assim, a vida surge de outra vida pré-existente:
surge a BIOGÊNESE.
Figura 2 – Experimento realizado por Francesco Redi que sustentou a biogênese. Disponível em: <https://image.slidesharecdn.com/
biologia-130913105415-phpapp02/95/biologia-6-638.jpg?cb=1379069958>. Acesso em 28/09/2021.
Os cientistas da época acreditaram nas conclusões de Redi, porém, entrou nessa cena história Anton
van Leeuwenhoek (1632 – 1723), cientista e comerciante de tecidos holandês que conseguiu desen-
volver um instrumento capaz de abrir os olhos dos cientistas para um mundo até então desconhecido:
o mundo dos microrganismos. E o instrumento em questão foi o primeiro microscópio. O descobri-
mento de microrganismos levantou a ideia de que eles, sim, poderiam surgir por meio da abiogênese.
Até então, com relação à vida macroscópica, incluindo os “vermes” de Redi, a teoria da biogênese era
a mais aceita.
O debate sobre a teoria da abiogênese X biogênese para explicar o surgimento dos microrganismos se
manteve até, mais ou menos, a metade do século XVIII, quando John Needham (1713 – 1781) e Lazaro
Spalanzani (1729 – 1799) realizaram e defenderam experimentos muito semelhantes, mas com conclu-
sões opostas.
49
Needham colocou em vários frascos caldos nutri-
tivos. Esses frascos foram aquecidos e deixados
ao ar durante alguns dias. Ele observou o surgi-
mento de microrganismos nesses caldos e con-
cluiu que esses seres vivos surgiram por geração
espontânea – sustentando a teoria da abiogêne-
se. Spalanzani repetiu os experimentos de Nee-
dham, mas, uma parte dos frascos foi tampada
hermeticamente e os caldos foram fervidos por
muito mais tempo. Ele só observou o surgimento
de microrganismos nos caldos dos frascos aber-
tos, assim, sustentou a teoria da biogênese. No
debate, Needham afirmou que Spalanzani, ao fer-
ver muito o caldo nos frascos, retirou o princípio
ativo da vida, a força vital. Essa polêmica foi man- Figura 3 – Experimentos de Needham e Spalanzani. Disponível
tida por, mais ou menos, um século! Veja na figura em: https://www.proenem.com.br/enem/biologia/evidencias-
3 a seguir as ilustrações e comparações entre os da-evolucao/. Acesso em: 06 ago. 2021.
50
Síntese - histórico desenvolvimento das teorias da biogênese e abiogênese
Filósofo /
Teoria defendida Quando? Experimento / Conclusão
Cientista
Até então, caro aluno, tenho falado sobre a origem dos seres vivos, quando a vida já existia na Terra.
E quanto a origem do primeiro ser vivo? O primeiro dos primeiros? Existem algumas hipóteses /
teorias que tentam explicar a origem do primeiro dos primeiros seres vivos, são elas: criacionismo,
panspermia e a evolução química.
O criacionismo é a forma como as religiões tradicionais explicam que, segundo essa hipótese, a origem
da vida se deu através da criação de toda ela por um ser divino, como por exemplo, Deus (do cristia-
nismo). O pensamento criacionista defende, além disso, que as espécies criadas permanecem fixas, ou
seja, não sofrem evolução, portanto, da maneira como o homem e os animais foram criados pelos seres
divinos, assim eles permanecem.
Em contrapondo à teoria do criacionismo a ciência e os cientistas defendem outras hipóteses / teo-
rias para a origem dos primeiros seres vivos: panspermia e a evolução química, também conhecida
como hipótese de Oparin-Haldane.
A panspermia é uma hipótese antiga na história da ciência que defende que o universo está repleto de
vida e que essas formas de vida podem ter chegado à Terra viajando para cá junto com asteroides ou
meteoros que atingiram há milhões de anos a superfície do nosso planeta. Essa hipótese ainda não foi
comprovada, mas segue em investigação por astrônomos e outros cientistas ao redor do planeta.
Já a evolução química, também conhecida como hipótese de Oparin-Haldane, proposta entre 1920 e
1930, defende que a Terra primitiva (bilhões de anos atrás) apresentou condições ambientais e com-
postos inorgânicos necessários par que pudessem ser formadas moléculas orgânicas.
51
A Terra primitiva apresentava altas temperaturas,
descargas elétricas frequentes, ausência de gás
oxigênio e gás ozônio, alta incidência de radiação
ultravioleta, quedas frequentes de meteoros e ati-
vidade vulcânica intensa. A atmosfera primitiva
era composta por água no estado de vapor, gás hi-
drogênio, gás metano e gás amônia. Os compostos
na atmosfera primitiva, submetidos às condições
representadas por tempestades constantes e al-
tas temperaturas, segundo a hipótese de Oparin
e Haldane, se combinaram formando os primeiros
compostos orgânicos – figura 5. Essa formação
deve ter ocorrido em ambientes aquosos, forman-
do os coacervados e os laboratórios de criação
dessas moléculas devem ter sido os oceanos pri-
mitivos. Assim, esses oceanos formaram verda- Figura 5 – Hipótese de Oparin-Haldane. Disponível em: http://
deiras sopas orgânicas, condição necessária para aprendendoevolucao.blogspot.com/2013/10/evolucao-
a formação das primeiras células. quimica-gradual.html. Acesso em: 06 Ago. 2021.
A hipótese de Oparin-Haldane só foi testada no início de 1950, quando foram realizados experimentos
por Stanley Miller (1930 – 2007) e Harold Clayton Urey (1893 – 1981). O experimento conhecido como expe-
rimento de Miller-Urey – figura 6 – consistiu em simular as condições da Terra primitiva postuladas por
Oparin e Haldane. Para isso, foi criado um sistema fechado, sem oxigênio gasoso, onde foram inseridos
os principais gases que estariam presentes na atmosfera primitiva - tais como hidrogênio, amônia, me-
tano, além de vapor d’água. Através de descargas elétricas, e ciclos de aquecimento e condensação de
água, eles obtiveram, após algum tempo, diversas moléculas orgânicas (aminoácidos). Assim, Miller e
Urey conseguiram demonstrar que seria possível aparecerem moléculas orgânicas através de rea-
ções químicas na atmosfera utilizando compostos que poderiam estar nela presentes. Estas molécu-
las orgânicas são indispensáveis para o surgimento da vida.
52
ATIVIDADES
a) abiogênese.
b) hipótese heterotrófica.
c) biogênese.
d) hipótese autotrófica.
e) geração espontânea.
53
4 - (UPE) A teoria da abiogênese foi contestada por diversos cientistas, que, por meio de experimentos,
validaram a teoria da biogênese, em que um ser vivo se origina, apenas, de outro ser vivo. Relacione o
cientista ao seu experimento, assinalando o número nos parênteses correspondentes:
I. Jan Baptist van Helmont.
II. Francesco Redi.
III. John T. Needham.
IV. Lazaro Spalanzani.
V. Louis Pasteur.
( ) Surgimento de microrganismos – distribuiu caldo nutritivo em balões de vidro “pescoço de cisne”,
submetendo-os à fervura e à esterilização. Após alguns dias, o caldo nutritivo estava livre de micró-
bios, mas, se o gargalo é quebrado, surgem microrganismos no caldo.
( ) Surgimento de microrganismos – distribuiu caldo nutritivo fervido por 30 minutos, em diversos fras-
cos, e os vedou com rolhas de cortiça. Após alguns dias, os caldos estavam cheios de micróbios.
( ) Aparecimento de vermes – depositou animais mortos em dois frascos de boca larga: um tampado
com gaze e outro aberto. No frasco vedado, não surgiram vermes.
( ) Surgimento de microrganismos – distribuiu caldo nutritivo em balões de vidro, fechando-os herme-
ticamente e submetendo-os à fervura por 1 hora. Após alguns dias, ao se abrirem os frascos e se
observar o caldo ao microscópio, não havia microrganismos.
( ) Produção de ratos – colocou camisa suja misturada com grãos de trigo em local sossegado e pouco
iluminado. Em 21 dias, surgiram ratos.
5 - (CFT-CE) Dentre as teorias desenvolvidas para explicar a origem da vida, a teoria da abiogênese
constituiu-se num verdadeiro entrave para o progresso da Biologia. São informações corretas sobre
essa teoria:
a) Foi proposta por Pasteur e defendia que um ser vivo só pode se originar de outro ser vivo.
b) Foi amplamente divulgada por Aristóteles e defendia a possibilidade de os seres vivos surgi-
rem espontaneamente de matéria sem vida.
c) Foi defendida por Redi e Spalanzani, que provaram a sua veracidade por meio de experiências
bem-sucedidas.
d) Foi contestada por Needham e Joblot por meio dos famosos caldos nutritivos preparados à
base de carne.
e) Teve em Pasteur um grande defensor.
54
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.
TEMA(S)/TÓPICO(S):
- Evidências e explicações sobre evolução dos seres vivos.
- Comparar as explicações utilizadas por Darwin e por Lamarck sobre as transformações dos seres vivos.
- Reconhecer que os seres vivos se transformam ao longo do tempo evolutivo.
HABILIDADE(S):
- Identificar as semelhanças e diferenças entre as teorias evolucionistas.
- Identificar que a diversidade da vida e das paisagens da Terra mudou ao longo do tempo.
- Elaborar explicações sobre a evolução dos seres vivos a partir de evidências, tais como registros fósseis e
características anatômicas, fisiológicas e embriológicas.
As ideias lamarckistas (propostas por Lamarck) defendiam alguns pontos, a saber: (1) os seres mais
simples sempre evoluem de modo a se tornarem mais complexos, nunca ao contrário; (2) lei do uso e
do desuso: as estruturas mais importantes para a sobrevivência eram bem desenvolvidas, enquanto as
menos importantes e menos utilizadas ficam atrofiadas; (3) herança dos caracteres adquiridos: mo-
dificações ambientais causam necessidade de modificações morfológicas (anatômicas, por exemplo),
fisiológicas (do funcionamento) e comportamentais das espécies. Essas modificações são herdadas
pelas gerações seguintes. Partindo desses pressupostos do lamarckismo, caro aluno, como você expli-
caria o longo pescoço das girafas atuais? Calma, já te ajudo com essa resposta. Vamos compreender,
primeiro, as ideias darwinistas.
55
As ideias darwinistas (propostas por Darwin) foram concebidas, principalmente, quando Charles Dar-
win realizou uma longa viagem a bordo do navio HMS Beagle entre 1831 e 1836. Ao longo dessa viagem,
Darwin visitou diversos lugares no mundo, realizando observações, coletando amostras de espécies,
fósseis, dentre outras atribuições. Sua parada nas Ilhas de Galápagos foi uma das mais importantes,
pois lá, ele observou que diferentes espécies de aves viviam nas diversas ilhas do arquipélago e apre-
sentavam adaptações muito diferentes relacionadas ao modo como elas se alimentavam. A principal
conclusão de Darwin foi a seguinte: não são os mais fortes que sobrevivem, são os que possuem maior
capacidade de adaptação. Além disso, segundo Darwin, a diversidade biológica é o resultado de um
processo de descendência com modificações, em que os organismos se adaptam gradualmente pela
seleção natural.
A seleção natural, é uma da mais importantes conclusão de Darwin. Mas, o que e como ocorre a seleção
natural? Em primeiro lugar, é preciso entender que os indivíduos de uma mesma espécie são diferentes
entre si e que os indivíduos que apresentam características mais adaptadas, tendem a sobreviver e se
reproduzir, assim, seus descendentes tendem a ser mais adaptados também. Darwin defendeu que o
predatismo e a competição são importantes fatores de seleção natural e que, variedades menos adap-
tadas tendem a ser eliminadas progressivamente.
Diante do que foi explicado sobre o lamarckismo e evolucionismo, volto à questão sobre as girafas:
como Darwin e Lamarck explicam a existência apenas de girafas de pescoço longo, atualmente?
• Lamarck diria: as girafas, por necessidade, alongaram seus pescoços para que pudessem alcan-
çar as folhas mais altas das árvores.
• Já Darwin, diria: existiam dois tipos de girafas, as de pescoço longo e as de pescoço curto. As de
pescoço curto não conseguiram se alimentar direito, por isso, não sobreviveram. As de pescoço
longo conseguem se alimentar direito, por isso se adaptaram melhor.
Darwin elaborou e publicou suas teorias numa época em que os conhecimentos sobre genética não
estavam bem estabelecidos. Entre 1930 e 1940 houve grande avanço desses conhecimentos, surgindo
o neodarwinismo, conhecido também como teoria sintética da evolução. A recombinação gênica e a
mutação aumentam a variabilidade genética dos organismos, assim, aumenta as possibilidades de
variação dentro das espécies, assim, o poder adaptativo.
56
ATIVIDADES
1 - (ENEM) Os anfíbios são animais que apresentam dependência de um ambiente úmido ou aquático.
Nos anfíbios, a pele é importante para a maioria das atividades vitais, apresentando glândulas de
muco para conservar-se úmida, de modo a favorecer as trocas gasosas, podendo apresentar também
glândulas de veneno contra microrganismos e predadores. Segundo a teoria evolutiva de Darwin, essas
características dos anfíbios representam a:
2 - Olhos poucos desenvolvidos e ausência de pigmentação externa são algumas das características
comuns a diversos organismos que habitam exclusivamente cavernas. Entre esses organismos,
encontram-se espécies de peixes, anfíbios, crustáceos, aracnídeos, insetos e anelídeos. Como a teoria
de Lamarck explicaria a presença de olhos poucos desenvolvidos em espécies que habitam cavernas?
3 - Nos últimos 100 anos, cientistas formularam diversas teorias para explicar porque o ser humano, ao
contrário dos outros grandes primatas, tornou-se bípede em determinada fase de sua evolução. Uma
pesquisa divulgada recentemente apresenta novos subsídios para explicar as origens do bipedismo.
No entanto, cientistas de três universidades americanas mostram que um fato determinante para que
o ser humano tenha passado a andar apenas com os pés foi a necessidade de gastar menos energia,
dessa forma, tornando-se mais adaptado no meio ambiente em que vive. Identifique qual linha de
pensamento o texto anterior segue.
57
4 - (PUC-PR) Examine as duas frases abaixo:
I. De tanto esticar o pescoço para comer as folhas das árvores, as girafas foram ficando com o pescoço
mais longo.
II. Entre as girafas podemos notar uma variabilidade no tamanho do pescoço, o que permite a atuação
da seleção natural.
Pode-se considerar:
5 - (UFRN) A restrição à venda de antibióticos no Brasil foi uma medida tomada em função do aparecimento
de bactérias super-resistentes. Atualmente, com os avanços na área da genética e da biologia molecular,
uma das explicações aceitas para o surgimento dessas bactérias é a ocorrência de mutações, a partir das
quais haveria uma mudança aleatória em um determinado gene, e, dessa forma, as bactérias passariam
a apresentar resistência ao antibiótico. No passado, sem o conhecimento da genética e da biologia
molecular, Lamarck e Darwin elaboraram explicações para o surgimento de novas variedades de seres
vivos. Nesse contexto, como pode ser explicado o surgimento de bactérias super-resistentes:
58
SEMANAS 4 E 5
EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.
TEMA(S)/TÓPICO(S):
Teoria celular: a célula como unidade constitutiva dos seres vivos.
HABILIDADE(S):
- Reconhecer que todos os seres vivos são constituídos de células.
- Identificar na estrutura de diferentes seres vivos a organização celular como característica fundamental de
todas as formas vivas.
- Reconhecer que diferentes células exercem funções diversas.
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Figura 1 – Diferença entre as células procarionte e eucarionte. Disponível em: https://blog.biologiatotal.com.br/citologia-tudo-o-que-
voce-precisa-saber/ Acesso em: 09 Ago. 2021.
As células eucariontes, como pode ser observado na figura anterior, é mais complexa que as células
procariontes. Por exemplo, as células eucariontes apresentam várias estruturas no citoplasma (que
preenche a célula) que estão ausentes nas procariontes. Essas estruturas são chamadas de organelas.
Quando são comparados organismos eucariontes de diferentes reinos, é possível observar diferenças
interessantes entre suas células. Os animais, por exemplo, são organismos heterotróficos, ou seja, não
são capazes de produzir seu próprio alimento, assim, eles não apresentam cloroplastos no citoplasma
das suas células. Os cloroplastos são organelas presentes nas células dos vegetais e são responsá-
veis pela realização da fotossíntese. A fotossíntese é o processo pelo qual o organismo vegetal produz
seu próprio alimento, por isso eles são chamados de organismos autotróficos. Além disso, as células
vegetais apresentam parede celular composta por uma substância chamada celulose. A parede celular
está ausente nas células dos animais. Os vacúolos também estão presentes em células dos vegetais e
ausentes nas células animais. A parede celular é um reforço para a célula vegetal e auxilia na sua prote-
ção. Já o vacúolo pode armazenar substâncias diversas, como amido e água. A figura 2 a seguir mostra
outras diferenças entre as células dos organismos animal e vegetal.
Figura 2 – Célula animal X Célula vegetal. Disponível em: http://www.nuepe.ufpr.br/portal/?page_id=6460. Acesso em: 09 ago. 2021.
Quando eu era estudante, com uns 15 anos de idade, recém entrada no ensino médio, uma das mais
emocionantes aulas de Biologia para mim, foi quando meu professor trouxe um pouco de água de uma
lagoa para o laboratório da escola. Eu coloquei uma gota dessa água numa lâmina de microscópio e
pude observar algo incrível: organismos unicelulares! Era inacreditável que aquele ser unicelular es-
tava ali vivo, realizando diversas funções, como se alimentado. E imaginar que cada pessoa é feita por
60
bilhões de células parecidas (não iguais) às que eu vi, foi incrível! Essa aula estimulou minha curiosidade
sobre como cada uma das células do meu corpo pluricelular funciona. E é sobre isso que eu quero falar
com você, estudante. O que fazem as diferentes organelas presentes no citoplasma das nossas cé-
lulas, ou seja, quais são as funções que cada uma delas desempenha e que mantem as células vivas?
Convido você para um passeio imaginário pelo interior de uma célula animal.
Para começar o passeio, precisamos passar pela membrana plasmática. A membrana plasmática de-
limita o espaço intercelular e mantém a célula estável. Ela apresenta uma bicamada de fosfolipídios
com proteínas formando um mosaico fluido (ou seja, as moléculas podem se deslocar no plano paralelo
da membrana). Além disso, a membrana apresenta permeabilidade seletiva, isso significa que ela es-
colhe as substâncias que entram e saem da célula. Após atravessar a membrana plasmática, mergu-
lharemos num material gelatinoso chamado de citoplasma.
O citoplasma envolve as estruturas internas das células. Lá é que encontramos uma série de organe-
las (pequenos órgãos) que funcionam de maneira integrada, mantendo a célula viva. As organelas são
sustentadas no citoplasma com ajuda do citoesqueleto – fibras de proteínas. Nadando pelo citoplas-
ma, encontraremos os ribossomos, são organelas presentes tanto em células eucariontes, quanto nas
procariontes. Os ribossomos são fundamentais para a produção de proteínas, o que é extremamente
importante para as células. As proteínas são produzidas a partir de instruções presentes no material
genético das células (o DNA). Os ribossomos podem estar livres no citoplasma ou podem estar gruda-
dos à uma outra organela chamada de retículo endoplasmático rugoso.
Já que eu comentei sobre material genético, vamos dar um pulo rápido para compreendermos a função
do núcleo. O núcleo das células eucariontes é delimitado por uma membrana chamada de carioteca.
A carioteca tem a composição semelhante à da membrana da plasmática e apresenta poros para que o
interior do núcleo possa se comunicar com o citoplasma. O núcleo abriga o DNA, o material genético,
que carrega instruções que determinam o funcionamento das células, além de ajudar a definir nossas
características. Existem vários processos que precisam acontecer até que as instruções sejam lidas e
colocadas em prática, mas, você já sabe, que envolve a função dos ribossomos – que produzem proteí-
nas. Dentro do núcleo há uma região chamada de nucléolo, onde os ribossomos são produzidos.
Grudado à membrana do núcleo, na sua face externa, dentro do citoplasma, você pode encontrar o re-
tículo endoplasmático rugoso, que é uma rede de canais que transportam proteínas produzidas pelos
ribossomos anexados a ele. Existe um outro tipo de retículo – o retículo endoplasmático liso – que não
tem ribossomos grudados e realiza transporte de outras substâncias pelo citoplasma, e, em alguns
casos, produzem colesterol ou auxiliam na desintoxicação das células, por isso as células do nosso
fígado apresentam um monte dessas organelas.
Vamos seguir em frente pelo nosso tour citoplasmático, visitando o complexo golgiense. Essa organela
funciona como os correios – empacota substâncias que podem, ou não, ser exportadas da células.
Quando não são exportadas, podem compor uma outra organela chamada de lisossomos, responsáveis
pela digestão intracelular. Exemplos de substâncias que podem ser exportadas: enzimas que fazem a
digestão do amido na nossa boca. Existem células nas glândulas salivares (dentro das nossas boche-
chas e embaixo da nossa língua) responsáveis por produzir saliva. Na saliva existe uma enzima, uma
espécie de tesoura, responsável por picotar o amido em moléculas menores que serão absorvidas mais
tarde em outro local. Fato é que as células das glândulas salivares possuem um monte de complexo
golgiense responsável por empacotar essas enzimas para que possam ser secretadas pelas células.
Uma pergunta que você pode estar se fazendo nesse momento é: mas o que mantém tudo isso funcio-
nando? Existe uma organela responsável por gerar energia para as funções de toda a célula: a mito-
côndria! Funciona como uma usina que realiza a respiração celular e produz ATP (moeda de energia) a
partir da glicose (que obtemos por meio da alimentação) e gás oxigênio.
Lembra que falei que existem diferenças entre células animais e vegetais? Se estivermos mergulhados
no citoplasma das células vegetais, ainda encontraríamos o cloroplasto e o vacúolo central, cujas fun-
ções já foram descritas anteriormente. Quero convidar você, querido(a) estudante, para completar o
quadro a seguir:
61
SÍNTESE DA FUNÇÃO DAS ESTRUTURAS DAS CÉLULAS
PRESENTE EM
ESTRUTURA FUNÇÃO
QUAIS CÉLULAS?
Delimita o espaço intercelular e mantém a ( x ) Animal
Membrana plasmática célula estável. Escolhe as substâncias que
entram e saem da célula. ( x ) Vegetal
( ) Animal
Citoesqueleto
( ) Vegetal
( ) Animal
Citoplasma
( ) Vegetal
( ) Animal
Ribossomo
( ) Vegetal
( ) Animal
Retículo endoplasmático rugoso
( ) Vegetal
( ) Animal
Retículo endoplasmático liso
( ) Vegetal
( ) Animal
Complexo golgiense
( ) Vegetal
( ) Animal
Mitocôndria
( ) Vegetal
( ) Animal
Cloroplasto
( ) Vegetal
( ) Animal
Vacúolo central
( ) Vegetal
( ) Animal
Núcleo
( ) Vegetal
Uma habilidade importante a ser desenvolvida no estudo da citologia é a capacidade de identificar es-
truturas celulares a partir de representações. Faço um convite para que você colora a estrutura celular
a seguir e identifique as organelas principais.
Figuras 3 e 4 – Célula vegetal (à esquerda) e célula animal (à direita). Disponível em: https://www.istockphoto.com/br/
vetor/p%C3%A1gina-para-colorir-estrutura-celular-da-planta-gm1028226128-275636141 ; https://msbotticelli.weebly.com/
uploads/1/6/7/6/16766594/1.1-animal_cell.pdf. Acesso em: 09 Ago. 2021.
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PARA SABER MAIS:
- Assista ao vídeo: Estrutura celular. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Lj5EA1w-
gKNY>. Acesso em: 06 ago. 2021.
- Leia: Organelas citoplasmáticas: Disponível em: <https://pt.khanacademy.org/science/6-ano/vida-
-e-evolucao-6-ano/estruturas-celulares/a/organelas-citoplasmaticas>. Acesso em: 06 ago. 2021.
ATIVIDADES
3 - (FGV) Todos os seres vivos são formados por células. De acordo com o tipo estrutural de células
que os compõem, os organismos podem ser classificados em eucariontes ou procariontes. Assinale a
alternativa correta:
63
5 - Explique quais são as características e funções relacionadas à membrana celular.
a) Produzir proteínas:
b) Empacotar substâncias:
c) Desintoxicar a célula:
e) Realizar fotossíntese:
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SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.
TEMA(S)/ TÓPICO(S):
- Reprodução assexuada, sexuada e variabilidade genética.
- Divisão celular.
HABILIDADE(S):
- Reconhecer a reprodução sexuada como fonte de variabilidade genética.
- Reconhecer a reprodução assexuada como aquela que produz organismos idênticos entre si.
- Identificar a mitose como processo de produção de células idênticas.
- Identificar a meiose como processo de produção de gametas nos animais e esporos nos vegetais.
Os processos de divisão celular têm como objetivo principal a produção de novas células, por isso, é
fundamental que nas etapas anteriores novas moléculas de DNA sejam produzidas, para que elas sejam
distribuídas para as células filhas. A quantidade de DNA a ser distribuída para as células filhas e o núme-
ro de células filhas é diferente, quando comparamos a mitose e meiose.
A mitose tem como objetivo principal formar células somáticas, que ficam distribuídas pelo corpo em
geral, por exemplo, células do sangue, da pele, dos ossos, músculos, enfim, todas as células formadas
fora das gônadas femininas e masculinas. Através da mitose, nosso organismo consegue: renovar te-
cidos, regenerar lesões, desenvolver o embrião após a fecundação, promover o crescimento do orga-
nismo pluricelular. As células somáticas ao longo do desenvolvimento na primeira infância, infância e
adolescência funciona como blocos de construção do corpo. Conforme crescemos, é preciso aumen-
tar o número de blocos / células. Depois que o crescimento (em estatura) para de acontecer, o organis-
mo passa a substituir os blocos mais “velhos” por outros e reparar danos sofridos.
65
Já a meiose apresenta objetivo de formar células sexuais, ou seja, células reprodutivas. Nos indiví-
duos do sexo feminino, essas células são conhecidas como óvulos (ovócito, em termos mais técnicos);
e nos indivíduos do sexo masculino, essas células são conhecidas como espermatozoides. Esse pro-
cesso é restrito e ocorre somente nas gônadas femininas (ovários) e masculinas (testículos). O objetivo
da formação dessas células é a realização da reprodução, ou seja, formar novos indivíduos quando es-
sas células se fundem num processo chamado fecundação. Após a fecundação, é formada uma célula
ovo ou zigoto que começa a sofrer mitoses sucessivas (desenvolvimento embrionário) para formar o
indivíduo pluricelular.
Agora que já foram apresentados os objetivos da mitose e meiose, surge a seguinte questão: como
ocorrem esses processos de divisão celular? Existem algumas etapas em cada uma das divisões, va-
mos analisar nos quadros a seguir.
FASES DA MITOSE
PRÓFASE
Compactação do DNA, desaparecimento da
carioteca e produção de fusos acromáticos
pelos centríolos.
METÁFASE
Cromossomos se alinham na placa equato-
rial da célula.
ANÁFASE
Ocorre a separação das cromátides ir-
mãs através do encurtamento dos fusos
acromáticos.
TELÓFASE
Descompactação do DNA, formação de
nova carioteca e desaparecimento dos fu-
sos acromáticos.
Após a telófase a célula animal sofre um estrangulamento citoplasmático, denominado citocinese, que
finaliza quando, finalmente duas células idênticas à célula-mãe original são formadas. Vale ressaltar
que a fase “S” do ciclo celular é responsável pela formação das cromátides-irmãs do DNA que são idên-
ticas entre si. A divisão de cada cromátide para uma célula, que ocorre na anáfase, determina que as
células-filhas carregarão moléculas de DNA exatamente iguais, por isso, idênticas, ou, clones.
66
Em muitos aspectos a meiose é semelhante à mitose. A célula passa por etapas similares e usa estraté-
gias semelhantes para organizar e separar os cromossomos (formados quando o DNA fica condensado).
Na meiose, porém, a tarefa é um pouco mais complexa e mais longa (ocorre em dois grandes momen-
tos, divididos em etapas). É na meiose, por exemplo, que ocorre aumento da variabilidade genética,
quando os cromossomos homólogos trocam segmentos – crossing-over.
FASES DA MEIOSE
PRÓFASE I
PRÓFASE II
Compactação do DNA,
Compactação do DNA,
desaparecimento da
desaparecimento da ca-
carioteca e produção
rioteca e produção de
de fusos acromáti-
fusos acromáticos pelos
cos pelos centríolos,
centríolos.
crossing-over.
METÁFASE I METÁFASE II
Cromossomos homólo- Cromossomos se ali-
gos se alinham na placa nham na placa equato-
equatorial da célula. rial da célula.
ANÁFASE I
ANÁFASE II
Ocorre a separação dos
Ocorre a separação das
cromossomos homó-
cromátides irmãs atra-
logos através do en-
vés do encurtamento
curtamento dos fusos
dos fusos acromáticos.
acromáticos.
TELÓFASE I TELÓFASE II
Descompactação do Descompactação do
DNA, formação de nova DNA, formação de nova
carioteca e desapa- carioteca e desapa-
recimento dos fusos recimento dos fusos
acromáticos. acromáticos.
Após a telófase I, são formadas duas células que iniciam a prófase II. Após a telófase II, as duas células
sofrem citocinese, assim, formando quatro células-filhas, cada uma com a metade da carga genética
da célula mãe, ou seja, com a metade do número de cromossomos da célula mãe. Essas quatro células,
então, passam por algumas modificações para que se transformem nos gametas, propriamente ditos.
67
ATIVIDADES
1 - Nos organismos de reprodução sexuada, em geral, acontecem dois tipos de divisão celular: a mitose
e a meiose. Com relação ao tema, responda:
b) Na espécie humana, que possui 46 cromossomos nas células somáticas, quantos cromosso-
mos cada célula recebe ao final da mitose? E na meiose?
3 - Mitose e meiose têm semelhanças, mas há, entre esses dois processos de divisão celular, diferenças
importantes. Cite eventos que sejam exclusivos da meiose e da mitose e que estejam relacionados com:
Mitose -
Meiose -
Mitose -
Meiose -
REFERÊNCIAS
CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L. WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jack-
-son, R.B. Biologia.10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010, 1488 p.
68
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Modelos.
TEMA/TÓPICO:
Constituição dos materiais/ Representações para o átomo.
HABILIDADE(S):
6.4. Usar a Tabela Periódica (TP) para reconhecer os elementos, seus símbolos e as características de subs-
tâncias elementares.
6.4.1. Utilizar sistematicamente a TP como organizadora dos conceitos relacionados aos elementos químicos.
6.4.2. Utilizar sistematicamente a TP como organizadora dos conceitos relacionados ao grupo em que se
encontram os elementos químicos.
6.4.3. Utilizar sistematicamente a TP como organizadora dos conceitos relacionados ao período em que se
encontram os elementos químicos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Tabela periódica - Propriedades periódicas.
APRESENTAÇÃO
As substâncias químicas podem ser agrupadas em dois grandes conjuntos: as orgânicas e as inorgâ-
nicas. Essa distinção é muito antiga e iniciou-se com a crença de que as substâncias presentes nos
seres vivos (por exemplo, proteínas, gorduras, óleos, açúcares e vitaminas) só podiam ser produzidas
por organismos, jamais em ambiente de laboratório. Tais substâncias foram denominadas orgânicas.
Todas as demais substâncias (por exemplo, as existentes nas rochas) foram denominadas inorgânicas.
69
A crença mencionada ruiu no século XIX, graças a inúmeras evidências experimentais obtidas por quí-
micos da época. A partir de então, passou-se a considerar como substâncias orgânicas os compostos
do elemento químico carbono. Eles são objeto de estudo da chamada Química Orgânica.
São modernamente denominadas substâncias inorgânicas aquelas que não contêm carbono em sua
composição. Também são consideradas inorgânicas algumas substâncias que contêm carbono; é o
caso do dióxido de carbono, do monóxido de carbono, da grafite, do diamante, do ácido carbônico, do
ácido cianídrico, dos sais carbonatos e dos sais cianetos.
As substâncias inorgânicas são estudadas pela Química Inorgânica. Para facilitar, os químicos divi-
dem-nas em grupos cujas características e propriedades se assemelham. Cada um desses grupos é
chamado de função inorgânica. Nesse bimestre, você conhecerá quatro importantes funções inorgâ-
nicas — os ácidos, as bases, os sais e os óxidos.
ÁCIDOS E BASES
Há muitas substâncias que têm propriedades em comum e o próprio nome a elas atribuído já chama
atenção para essas propriedades. Assim, o termo ácido, que faz parte do nome de substâncias como
ácido sulfúrico, ácido acético, ácido cítrico e outras tantas, identifica especificamente a acidez. Do
mesmo modo, a basicidade é uma propriedade comum a um grande número de substâncias, que por
essa razão são chamadas de bases. Hidróxido de sódio, hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio são
exemplos de substâncias e o termo hidróxido identifica uma base.
Há, entretanto, inúmeras substâncias ou misturas que são ácidas ou básicas e em seus nomes não
aparece a palavra ácido ou hidróxido. Como então saber se apresentam acidez ou basicidade? Como
verificar se um material apresenta propriedades ácidas ou básicas?
Uma das maneiras de fazer isso é lançar mão do uso de INDICADORES ÁCIDO-BASE. Que são substân-
cias que apresentam cores diferentes em meios ácidos ou básicos.
• Exemplos de indicadores de origem natural : extrato de uva, casca de ameixa, açaí, beterraba,
repolho roxo.
• Exemplos de indicadores produzidos em laboratório: alaranjado de metila, azul de timol, fenolf-
taleína, papel indicador de pH.
Além da propriedade citada no parágrafo anterior, as substâncias ácidas e básicas apresentam outras
propriedades em comum:
ÁCIDOS: BASES:
• Em geral apresentam sabor azedo; • Em geral têm sabor adstringente;
• Suas soluções aquosas conduzem cor- • Em contato com a pele, esta fica escorregadia;
rente elétrica; • Suas soluções aquosas conduzem corrente
• Reagem com certos metais como o elétrica;
zinco e o magnésio liberando hidrogê- • Reagem com ácidos e um dos produtos é água.
nio gasoso ( H2). • Neutralizam os ácidos formando sal e água.
• Desidratam a matéria orgânica.
• Neutralizam bases formando sal e
água.
O fato de soluções ácidas e básicas conduzirem a corrente elétrica significa que nelas existem íons.
O fato dos ácidos liberarem gás hidrogênio ao reagirem com certos metais indica a presença de átomos
de hidrogênio- esses átomos estão sob a forma de cátions H+ . Se um dos produtos da reação dos ácidos
com bases é a água (H2O) e se as soluções ácidas fornecem cátions H+, pode-se sugerir que as soluções
básicas forneçam ânions OH-. São estes íons que reagem formando água. Com base nesse raciocínio,
define-se:
70
Ácidos são substância que em solução aquosa sofrem ionização, liberando como cátion somente H+:
Bases ou hidróxidos são substâncias que em solução aquosa sofrem dissociação iônica, liberando como
único ânion os íons OH-.
Quando um ácido e uma base são misturados, ocorre uma reação entre estas duas espécies denomina-
da reação de neutralização e, consequentemente, forma-se um sal.
Os sais geralmente apresentam sabor salgado e são sólidos, pois são compostos iônicos. Para muitas
pessoas, a palavra sal está associada apenas ao conhecido “sal de cozinha”, e, por esse motivo, rela-
cionam sal à cor branca. No entanto, os sais podem ser encontrados em diferentes cores e podem ser
definidos como:
Sal é toda substância que, em solução aquosa, sofre dissociação, liberando pelo menos um cátion dife-
rente de H+ e um ânion diferente de OH– ou O2–.
ÓXIDOS
Óxidos são compostos binários, ou seja, formados por dois elementos, sendo o oxigênio o mais eletro-
negativo entre eles. Exemplos: CO2 , SO2 , NO.
MEDIDAS DE ACIDEZ: ESCALA DE pH
Por volta de 1900 o cientista dinamarques S. Sorensen propôs um código, pH para indicar o grau de
acidez e basicidade de soluções aquosas. Isso porque, ao ajudar na solução de problemas ligados
à fabricação de cerveja, onde o controle da acidez é fundamental, cansou de trabalhar com valores
71
extremamente pequenos referentes à concentração de íons H+. Esses valores são pequenos quando a
concentração é expressa em mol/L. Por exemplo. 0,0001 mol/L. ( O conceito de mol e, por decorrência,
o significado da expressão mol/litro, será explicado nas últimas semanas do PET . Isso não afetará, con-
tudo, o trabalho com o código de Sorensen.) o que este cientista propôs foi trabalhar com logaritmos:
pH= -log da concentração de H= em mol/L.
A correspondência entre pH e a concentração em mol/L é dada a seguir. Essa correspondência é válida
para qualquer solução aquosa a 25ºC; em temperatura diferentes, os valores de pH são expressos por
números ligeiramente diferentes dos indicados.
ATIVIDADES
1 - Consulte a escala de pH no texto e complete a tabela indicando se o material é ácido, básico ou neutro.
2 - Consulte o conceito operacional dos ácidos, bases, sais e óxidos no texto e relacione a função com
a fórmula química dos compostos.
1 - ácido 2 - base 3 - sal 4 - óxido
( )HCl ( ) NaOH ( ) H2SO4 ( ) CaCO3 ( ) Al2O3
72
3 - O que é um indicador ácido-base?
5 - O suco extraído do repolho roxo pode ser utilizado como indicador do caráter ácido (pH entre 0 e 7)
ou básico (pH entre 7 e 14) de diferentes soluções. Misturando-se um pouco de suco de repolho e da
solução, a mistura passa a apresentar diferentes cores, segundo sua natureza ácida ou básica, de acordo
com a escala adiante. Algumas soluções foram testadas com esse indicador, produzindo os seguintes
resultados:
73
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Materiais.
TEMA/TÓPICO:
Propriedades dos Materiais.
HABILIDADE(S):
Estudar a teoria eletrolítica de Arrhenius.
Diferenciar e relacionar os processos de dissociação e ionização em solução aquosa.
Conhecer a fonte e a função de alguns eletrólitos fundamentais para a manutenção da vida humana.
20.1.2. Representar ou identificar, por meio de equações ou fórmulas químicas, sistemas que apresentem
caráter ácido, básico ou neutro.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Funções Inorgânicas - Soluções Eletrolíticas.
74
As soluções não eletrolíticas conduzem mal a eletricidade por apresentarem íons livres numa con-
centração muito pequena.
Na corrente sanguínea, a dissociação dos compostos iônicos é muito importante para as funções fisio-
lógicas, uma vez que muitos elementos químicos essenciais para o bom funcionamento do organismo
são absorvidos na sua forma iônica.
Baseado em: SIZER, F.; WHITNEY, E. Nutrição: conceitos e controvérsias. 8. ed. Barueri: Manole, 2003.
75
CLASSIFICAÇÃO DOS ÁCIDOS E DAS BASES
76
Nome dos ácidos: ácido + nome do ânion sem sufixo + sufixo do ácido. Exemplos:
ATIVIDADES
1 - (UFF-RJ) Observe as situações representadas a seguir nas quais os eletrodos estão mergulhados em
soluções aquosas indicadas por a, b e c.
77
2 - Forneça as fórmulas ou a nomenclatura dos ácidos e bases.
3 - Observe o rótulo da água mineral, consulte os textos da primeira e segunda para responder às
questões propostas.
78
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Materiais.
TEMA/TÓPICO:
Propriedades dos Materiais.
HABILIDADE(S):
Equacionar reações de neutralização gerando como produtos sais e água.
Nomear, formular e classificar os diferentes tipos de sais.
Estudar as regras de solubilidade dos principais sais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Funções Inorgânicas - Sais.
Quando todos os cátions (H+) advindos do ácido são neutralizados por todos os ânions hidróxido prove-
nientes da base, produzindo água e um sal. O sal formado é denominado sal normal. Quando o número
de hidrogênios ionizáveis do ácido ( H+) ou a quantidade de hidroxila da base não estão presentes em
quantidades adequadas para serem totalmente neutralizados. Observe a ilustração a seguir.
79
SOLUBILIDADE DOS SAIS EM ÁGUA
Diferentemente de ácidos e bases, para os quais a solubilidade está intimamente relacionada às suas
forças, não é comum utilizar o termo força para os sais. Isso porque, do ponto de vista prático, é mais
importante saber se um sal é solúvel ou insolúvel em determinado solvente. Embora nenhuma substân-
cia seja completamente insolúvel, quando a solubilidade é tão pequena que a olho nu é impossível per-
ceber o processo de dissolução, ela é considerada insolúvel. A tabela a seguir dá a solubilidade em água
das principais “famílias” de sais normais, onde é possível observar os casos de grande solubilidade:
80
Alguns sais apresentam a propriedade característica de absorver água da atmosfera, fenômeno deno-
minado higroscopia. Os sais podem incorporar moléculas de água dentro de seus retículos cristalinos
sem que se dissolvam. Essa água é denominada água de hidratação, e o sal que a contém, é um sal hi-
dratado. Exemplo: CuSO4 . 2H2O Sulfato de cobre di hidratado.
ATIVIDADES
1 - Consulte a tabela de cations e anions do texto e escreva a fórmula química e o nome dos sais:
a) Sal formado pelo ânion cloreto e pelo cátion ferro III . ___________________________________
b) Sal formado pelo ânion sulfato e pelo cátion sódio. _____________________________________
c) Sal formado pelo ânion nitrito e pelo cátion zinco .______________________________________
2 - (Ita‑SP) Colocando grãos de nitrato de potássio em um frasco com água, nota‑se que com o passar
do tempo o sólido desaparece dentro da água. Qual das equações a seguir é a mais adequada para
representar a transformação que ocorreu dentro do frasco?
81
3 - O nitrato de sódio é um sal conhecido como salitre, muito utilizado na fabricação de fertilizantes e
como conservante alimentício. Esse sal pode ser obtido por meio de uma reação de neutralização entre
o ácido nítrico e o hidróxido de sódio em meio aquoso. Escreva a equação da reação de neutralização
para a obtenção desse sal e comente se ele ficará dissolvido na solução ou precipitará.
4 - (Uece) O ácido fosfórico, H3PO4 , é um ácido usado na preparação de fertilizantes e como acidulante
em bebidas refrigerantes. Pode ser neutralizado por uma base. A alternativa que mostra uma reação de
neutralização parcial desse ácido por uma base é:
5 - Leia o rótulo do produto de limpeza encontrado nos supermercados e utilizado como produto de
limpeza e responda as questões.
82
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Materiais.
TEMA/TÓPICO:
Propriedades dos Materiais.
HABILIDADE(S):
Diferenciar, nomear e formular os óxidos iônicos e moleculares.
Reconhecer os óxidos ácidos, básicos e anfóteros, bem como suas reações em meio aquoso.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Funções Inorgânicas - Óxidos.
TEMA: Óxidos
Os óxidos são substâncias binárias, ou seja, constituídas por átomos de apenas dois elementos quími-
cos, em que um deles é, obrigatoriamente, o oxigênio. O fluoreto de oxigênio (OF2) é a única substância
binária com átomos de oxigênio que não é considerada um óxido. Sendo o oxigênio um não metal, quan-
do seus átomos se combinam com os de metais, há formação de óxidos iônicos ou óxidos metálicos.
Seus átomos podem também se combinar com os ametais, formando óxidos moleculares, como o mo-
nóxido de carbono (CO) e o dióxido de enxofre (SO2 ). Enquanto os óxidos metálicos são sólidos, os óxi-
dos dos não metais são gases. Os primeiros são matérias-primas dos metais, e os segundos englobam
vários gases poluentes, mas a sua presença na atmosfera é essencial à vida no Planeta Terra.
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓXIDOS
CRITÉRIO DE
GRUPOS
CLASSIFICAÇÃO
Iônicos: a combinação de átomos de metais com átomos de oxigênio dá origem a
Quanto às liga- ligações iônicas. Exemplo: ZnO.
ções químicas Moleculares: formados pela combinação de átomos de elementos não metálicos
com átomos de oxigênio, dando origem a substâncias moleculares. Exemplo: SO2 .
Básicos: Formados a partir de átomos de metais alcalinos e alcalinos terrosos,
quando dissolvidos em água, reagem formando soluções básicas. Exemplo: Li2 O.
Ácidos: óxidos moleculares que reagem com a água produzindo ácidos. Exemplos:
Quanto às CO2 , SO3 , NO2 , Cl2O5 .
propriedades
Peróxidos: óxidos em que o Nox do oxigênio é –1. Exemplo: H2O2 .
Anfóteros: podem comportar-se como ácidos ou como bases, dependendo do
meio. Exemplo: ZnO
83
NOMENCLATURA DOS ÓXIDOS
Os óxidos formados por ametais ligados a oxigênio são óxidos moleculares e têm seu nome estabeleci-
do pela seguinte regra:
Os óxidos formados por metais geralmente são óxidos iônicos e neles o oxigênio apresenta carga –2.
Seu nome é formado da seguinte maneira:
84
PARA SABER MAIS:
Chuva Ácida | ANIMAÇÃO. Disponível em:<https://youtu.be/3zn8Ag3l8bk>. Acesso em: 10 ago. 2021.
Mudança Climática para crianças. Disponível em: <https://youtu.be/PH5halrNnfI>. Acesso em 10 de
agosto de 2021.
Óxidos - Óxidos Ácidos e Nomenclatura. Disponível em: <https://youtu.be/ZOTUmp5oAvs>. Acesso em:
10 ago. 2021.
Óxidos - Óxidos Básicos e Nomenclatura. Disponível em: <https://youtu.be/5CTnHndzjx0>. Acesso em:
10 ago. 2021.
ATIVIDADES
2 - Identifique dentre as substâncias citadas abaixo e assinale a alternativa que apresenta apenas
óxidos.
3 - (Ufes) A poluição atmosférica é facilmente observável numa área urbana industrial, não só pelas
nuvens de fumaça e poeira emanadas das chaminés, mas, principalmente, pelos efeitos nocivos ao
homem e ao meio ambiente. É mais prejudicial:
85
4 - Uma das consequências das atividades industriais é o lançamento de diversos poluentes na
atmosfera. Dentre os principais compostos provenientes da queima de combustíveis fósseis podemos
citar: CO, CO2 , NO, NO2 , N2O, SO2 , SO3 . Em relação a essas substâncias, responda:
5 - (Vunesp) Considere as seguintes informações a respeito dos óxidos: Estão corretas as afirmativas:
I. óxidos de metais alcalinos são tipicamente iônicos.
II. óxidos de ametais são tipicamente covalentes.
III.Óxidos básicos são capazes de neutralizar um ácido formando sal mais água.
IV. óxidos anfóteros não reagem com ácidos ou com bases.
a) I, II e III apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II, III e IV.
e) I e II apenas.
86
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Materiais - aprofundamento.
TEMA/TÓPICO:
Medidas e quantidades dos materiais.
HABILIDADE(S):
19.1. Conceituar a grandeza `quantidade de matéria (mol).
19.1.1 Compreender e efetuar cálculos que envolvam as grandezas: quantidade de matéria, massa molar,
volume molar e constante de avogadro.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Quantidade de matéria.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
87
Dessas unidades básicas resultam as chamadas unidades derivadas, como na seqüência (incompleta)
apresentada abaixo:
Além das unidades de base e outras derivadas, o SI adota também prefixos que são usados como múl-
tiplos e submúltiplos para as unidades, conforme o quadro a seguir.
A grandeza quantidade de matéria é uma grandeza utilizada pelos químicos para quantificar a quanti-
dade de constituintes da matéria. Essa grandeza tem como unidade mol, o qual se refere à quantidade
de entidades (átomos, íons, moléculas, elétrons) existentes em 0,012 kg de carbono-12, conforme ve-
remos adiante.
88
ERROS NAS MEDIDAS
Existem três possíveis fontes de erro quando se trata de medidas: o próprio instrumento, o método e
o observador.
Por mais preciso que seja um instrumento, ele sempre vai apresentar uma medida próxima do real, mas
nunca com total exatidão.
A precisão de um instrumento é sua fidelidade às próprias medições. Por exemplo, se, numa primeira
medição, uma balança mostra que determinado objeto pesa 100 g, ela deverá apresentar valores muito
próximos a esse em todas as demais medições do mesmo objeto. Se, numa segunda medição, a balança
registrar 115 g e, numa terceira, 95 g, significa que ela não é precisa.
A exatidão de um instrumento está relacionada à capacidade de medir um valor o mais próximo possível
do real. Uma balança pode ser muito precisa, mas não ser exata. Ela pode, por exemplo, fornecer sem-
pre um valor de 115 g para um objeto de 100 g.
ATIVIDADES
1 - Embora tenha sido pioneiro na adoção do sistema métrico, o Brasil ainda hoje convive com mais
de um sistema de unidades. Por exemplo, no comércio compramos ferro na unidade barra e tinta na
unidade galão, e na lavoura os agricultores usam unidades como arroba e saca. Por que ainda são
usados esses diferentes sistemas de unidade?
2 - Por que para expressar uma grandeza deve-se utilizar uma unidade de medida?
89
3 - Relacione a grandeza mais utilizada na comercialização dos produtos.
PRODUTO GRANDEZA
1 - Sabão em pó. ( ) área.
2 - tecidos. ( ) massa.
3 - combustível. ( ) comprimento.
4 - cerâmica. ( ) volume.
a) massa.
b) volume.
c) temperatura.
d) quantidade de matéria.
e) tempo.
5 - Medidas são, sem dúvida, fundamentais em nossa sociedade. Elas estão presentes desde as
civilizações pré-históricas e, atualmente, são a base das atividades comerciais, dos processos
tecnológicos e uma das ferramentas principais para a elaboração de modelos científicos. Nesses
processos, efetuamos medidas de comprimento, volume, massa, tempo, entre outras.
A este respeito, julgue os itens a seguir e assinale aqueles que estão errados.
a) Grandeza é um atributo (característica) de algo do universo físico que pode ser medido de
alguma forma.
b) Toda grandeza é representada por um número seguido de uma unidade de medida.
c) O número representa quantas vezes essa grandeza é diferente do padrão de medida utilizado.
Uma caixa de suco de 250 mL tem um volume de suco duzentas e cinquenta vezes maior que
o mililitro, ou quatro (1000/200) vezes menor do que o litro.
d) Utilizamos as grandezas mais convenientes para o que se deseja medir. Os líquidos, por exem-
plo, são medidos por seus volumes, embora também possam ser medidos por suas massas.
e) Não podemos utilizar diferentes unidades de medida para uma mesma grandeza.
90
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Materiais - aprofundamento.
TEMA/TÓPICO:
Medidas e quantidades dos materiais.
HABILIDADE(S):
19.1. Conceituar a grandeza `quantidade de matéria (mol).
19.1.1 Compreender e efetuar cálculos que envolvam as grandezas: quantidade de matéria, massa molar,
volume molar e constante de avogadro.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Quantidade de matéria.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
Hoje as massas atômicas dos diferentes átomos podem ser determinadas experimentalmente com
grande precisão, usando um aparelho denominado espectrômetro de massa e sabe-se que a unidade
de massa atômica (u) vale aproximadamente 1,66 x10-24 gramas.
Consequentemente, a massa atômica do elemento cloro que nós encontramos nas tabelas é a média
ponderada desses valores, a saber: ( 75,4 x 34,969 + 24,6 x 36,966)/ 100 = 35,460 u.
91
MASSA MOLECULAR
Se pudéssemos colocar, por exemplo, uma única molécula de CO2 em um dos pratos de uma balança,
notaríamos que seriam necessárias 44 unidades de massa atômica (u) no outro prato, a fim de equilibrar
a balança.
Em termos práticos é a soma das massas atômicas dos átomos formadores da molécula considerada.
Voltemos ao exemplo do CO2 :
Dizemos, então, que a massa molecular do dióxido de carbono (CO2 ) é 44 u. Dessa ideia resulta a defini-
ção geral: Massa molecular é a massa da molécula medida em unidades de massa atômica (u).
CONCEITO DE MOL
Para a compreensão do conceito de mol e constante de avogadro, tomamos como exemplo o hábito
cotidiano de comercializar produtos como ovos, bananas, abacaxi, papel e tijolos utilizando a grandeza
numerosidade que costuma ser expressa utilizando as unidades dúzia, grosa, resma, milheiro, etc.
A grandeza numerosidade foi criada pelos químicos, pois eles precisam medir a quantidade de enti-
dades existentes na matéria que são partículas muito pequenas, como os átomos, íons, moléculas e
elétrons.
No caso da Química, a numerosidade de espécies químicas (átomos, íons, moléculas, elétrons), além de
ser expressa por número, foi adotada uma outra grandeza que facilita a contagem de átomos, como foi
usada a grandeza para contar a quantidade de unidades de ovos, bananas, etc. Essa grandeza é denomi-
nada quantidade de matéria, que é uma grandeza de numerosidade, cuja unidade de expressão é o mol.
Mas, afinal, quantas unidades de uma entidade tem o mol? Hoje sabemos que seu valor é aproximada-
mente 602.000.000.000.000.000.000.000 (ou, abreviadamente, 6,02 x 10 23 partículas/mol).
A esse valor foi dado o nome de constante de Avogadro, em homenagem ao químico italiano Amedeo
Avogadro. Que intuiu que esse valor seria constante, mas somente técnicas mais modernas permitiram
determinar seu valor numérico. Atualmente a constante de Avogadro pode ser determinada, com ra-
zoável precisão, por vários métodos: eletrólise, emissões radioativas, raios X (medindo-se a distância
entre os átomos num cristal) etc.
92
O SI estabelece que quando se utiliza o mol, as entidades elementares devem ser especificadas, poden-
do ser átomos, moléculas, íons, elétrons, assim como outras partículas ou agrupamentos especifica-
dos em tais partículas: Exemplificando, temos:
O símbolo dessa unidade de medida é o mol. Como o símbolo é igual ao nome, é preciso ter atenção
para evitar confusões, visto que os símbolos não têm plural. Por exemplo, a distância de cem metros
é escrita como 100 m. Da mesma forma, a quantidade de matéria correspondente a cem mols deve ser
escrita como 100 mol.
93
VOLUME MOLAR
Amedeo Avogadro, que trabalhou com vários gases, notou que iguais quantidades de matéria de dife-
rentes gases ocupam volumes iguais. Posteriormente, determinou-se que o volume molar de um gás
corresponde ao volume ocupado por um mol de uma substância. Nesse caso, precisamos considerar as
condições de pressão e temperatura, pois um gás sofre mudanças quando essas variáveis se alteram.
Assim, o volume molar de qualquer gás, nas CNTP, é igual a 22,4 L.
ATIVIDADES
3 - Considere um copo contendo 90 mL de água. Determine: (Massas atômicas: H = 1,0; O = 16; N = 6,0 ·
1023; dH2O = 1,0 g/mL)
94
4 - (PUC - RJ) Oxigênio é um elemento químico que se encontra na natureza sob a forma de três isótopos
estáveis: oxigênio 16 (ocorrência de 99%); oxigênio 17 (ocorrência de 0,60%) e oxigênio 18 (oxigênio
de 0,40%). A massa atômica do elemento oxigênio, levando em conta a ocorrência natural dos seus
isótopos, é igual a
5 - Qual é o volume ocupado por 0,75 mol de gás nitrogênio nas condições normais de temperatura e
pressão (CNTP)?
Chegamos ao fim de mais um volume do PET, parabéns por ter chegado até aqui, mesmo diante das
adversidades desse ano. Tivemos um ano de muito estudo e grandes aprendizagens, esse ciclo se fin-
dou, porém novos desafios chegarão e esperamos que estejam preparados e animados para sua nova
jornada. Tenha fé, boa vontade e garra, juntos (Você, seus familiares, amigos, seus professores e nós
do REANP) vamos vencendo cada esta etapa.
REFERÊNCIAS
FELTRE, Ricardo. Química. V. 1. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
FONSECA, Martha Reis Marques da. Química: Ensino Médio, V. 1. 2ª ed. São Paulo, Ática 2016.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Química. Belo
Horizonte: SEE, 2007. 72 p.
MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andréa Horta. Química: Ensino Médio. v 1. 3 ed.. São Paulo:
Scipione, 2016.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Química Cidadã: ensino médio. V. 2 e 3. 3 ed.. São Paulo: AJS 2016.
Usberco J.; Salvador E. Química Geral v. 2 e 3. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
AMBROGI, Angélica. Química para o Magistério. São Paulo: Harbra, 1995.
95
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
V. Força e Movimento.
TEMA/TÓPICO:
12. Equilíbrio e Movimento/ 35. Quantidade de Movimento.
HABILIDADE(S):
35.1 Compreender o princípio da conservação da quantidade de movimento.
35.1.1 Compreender a relação entre os conceitos de Impulso e de quantidade de movimento.
35.1.2 Verificar que um Impulso modifica a quantidade de movimento de um corpo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Força, tempo, velocidade, vetores.
IMPULSO
Sempre que aplicamos uma força sobre um corpo durante um determinado intervalo de tempo, fazen-
do-o se mover, dizemos que esse corpo sofreu um Impulso.
Se esta força for constante, podemos dizer que o valor do Impulso recebido pelo corpo será de:
96
O Impulso recebido pelo corpo será uma grandeza vetorial, com a mesma direção e sentido da força
aplicada sobre o ele.
Unidades no SI:
I = N . s (Newton . segundo)
No caso de uma força variável, o Impulso será determinado pela área do gráfico F x Δt (Força x Intervalo
de tempo) do movimento descrito pelo corpo.
Ex.:
Acervo do autor.
A área das figuras formadas no gráfico corresponde ao Impulso sofrido pelo corpo no intervalo de tem-
po considerado.
𝑞𝑞⃗ = 𝑚𝑚 . 𝑣𝑣⃗
Assim como o Impulso, a quantidade de movimento também é uma grandeza vetorial. Ela possuirá a
mesma direção e sentido da velocidade do corpo.
Unidades no SI:
q = Kg.m/s (Quilograma . metro/ segundo)
Durante o estudo, percebemos que se o Impulso é determinado por uma força que provoca a variação
da velocidade de um determinado corpo, notamos que há uma relação entre as grandezas Impulso e
quantidade de movimento.
∆𝑣𝑣
𝐹𝐹⃗ = 𝑚𝑚 . 𝑎𝑎 → 𝐹𝐹⃗ = 𝑚𝑚 .
∆𝑡𝑡
𝐼𝐼⃗ = ∆𝑞𝑞
Este resultado é chamado Teorema do Impulso e demonstra que a variação da quantidade de movi-
mento (ou do Momento Linear) sofrida por um corpo representa o Impulso recebido por ele durante
interação sofrida.
97
Exemplo:
Um carro de massa m = 1000 kg, inicialmente com velocidade de 72 km/h colide com um obstáculo fixo
na rua, parando imediatamente após a colisão.
a) Qual foi a variação da quantidade de movimento sofrida pelo carro nesta colisão?
𝑘𝑘𝑘𝑘 𝑚𝑚
𝑣𝑣! = 72 ÷ 3,6 = 20 ; 𝑣𝑣" = 0 𝑜𝑜 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
ℎ 𝑠𝑠
𝑚𝑚
∆𝑞𝑞 = 1000.0 − 1000 . 20 → ∆𝑞𝑞 = −20 000 𝑘𝑘𝑘𝑘.
𝑠𝑠
O sinal negativo significa que o Impulso dado pelo obstáculo sobre o carro foi no sentido contrário do
movimento do carro.
b) Supondo que o tempo de contato entre o carro e o obstáculo tenha sido de Δt= 0,5 s, qual foi o valor
da força (considerada constante) que o obstáculo exerceu sobre o carro?
ATIVIDADES
1 - (ITA-SP) Um automóvel pára quase que instantaneamente ao bater frontalmente numa árvore.
A proteção oferecida pelo “air-bag”, comparativamente ao carro que dele não dispõe, advém do fato de
que a transferência para o carro de parte do momentum do motorista se dá em condição de:
98
2 - (PUC-SP) O gráfico representa a força resultante sobre um carrinho de supermercado de massa total
40 kg, inicialmente em repouso.
3 - (PUCCAMP-SP) Em um esforço rápido e súbito, como um saque no tênis, uma pessoa normal pode
ter o pulso elevado de 70 a 100 batimentos por minuto; para um atleta, pode se elevar de 60 a 120 bpm,
como mostra o gráfico a seguir.
O contato de uma bola de tênis de 100 g com a raquete no momento do saque dura cerca de 10-2s. Depois
disso, a bola, inicialmente com velocidade nula, adquire velocidade de 30 m/s. O módulo da força média
exercida pela raquete sobre a bola durante o contato é, em newtons, igual a
a) 100 b) 180 c) 250 d) 300 e) 330
4 - (UFSM-RS) Uma corrida de 100 metros rasos inicia com um disparo. Um atleta de 85 kg parte do
repouso e alcança, em 2 segundos, uma velocidade de módulo constante e igual a 2,2 m/s.
99
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
V. Força e Movimento.
TEMA/TÓPICO:
12. Equilíbrio e Movimento/ 35. Quantidade de Movimento.
HABILIDADE(S):
35.1 Compreender o princípio da conservação da quantidade de movimento.
35.1.3 Compreender que o princípio da conservação da quantidade de movimento é uma consequência da 3a
Lei de Newton.
35.1.4 Entender as condições para que a quantidade de movimento se conserve.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Força, tempo, velocidade, vetores.
100
RESPOSTA:
Como os vetores das quantidades de movimento de cada uma das partículas possuem mesma direção
e sentido de suas velocidades, para determinar a Quantidade de movimento do sistema, faremos a re-
sultante vetorial entre as partículas do sistema:
Quando as forças que atuam no sistema são interações apenas entre partículas do próprio sistema,
chamamos de forças internas. Estas forças não provocam variação na Quantidade de movimento total
do sistema, pois são variações iguais e contrárias nas quantidades de movimento das partículas.
Ao considerarmos um sistema de partículas isolado de forças externas, a força 𝐹𝐹⃗ , resultante sobre este
sistema é nula. Aqui também não haverá variação da Quantidade de movimento do sistema, pois sendo
a força igual a zero (F = 0) e 𝐼𝐼 = 𝐹𝐹 . 𝑡𝑡 , então o Impulso será nulo (I = 0).
Como 𝐼𝐼⃗ = 𝑄𝑄 teremos:
𝐼𝐼⃗ = ∆𝑄𝑄 = 𝑄𝑄! − 𝑄𝑄" = 0
𝑄𝑄" = 𝑄𝑄!
101
Considerando como referencial a estação espacial, assinale V ou F para verdadeiro ou falso:
( V ) Considerando que a resultante das forças externas é nula, podemos afirmar que a quantidade de
movimento total do sistema constituído pelos dois astronautas e o tanque se conserva.
Resposta: Na parte externa da nave e sem nenhuma atração gravitacional, não haverá resultante
de forças externas, o que garante que a Quantidade de movimento do Sistema será conservada.
( F ) Como é válida a terceira lei de Newton, o astronauta A, imediatamente após lançar o tanque para o
astronauta B, afasta-se com velocidade igual a 5,0 m/s.
Resposta: A força de ação sobre o tanque é a mesma que a de reação sobre o astronauta, mas
como sua massa é maior que a do tanque, sua velocidade será menor que 5,0 m/s.
( V ) Antes de o tanque ter sido lançado, a quantidade de movimento total do sistema constituído pelos
dois astronautas e o tanque era nula.
Resposta: Antes do lançamento do tanque os dois astronautas e o tanque estavam parados, logo a
Quantidade de movimento do sistema será igual a zero.
( V ) Imediatamente após agarrar o tanque, o astronauta B passa a deslocar-se com velocidade de mó-
dulo igual a 0,5 m/s.
Resposta: Como o astronauta B agarra o tanque, a velocidade de ambos será a mesma depois do
choque.
Assim podemos dizer que:
𝑄𝑄!"#$% = 𝑄𝑄&$'()%
𝑚𝑚* . 𝑣𝑣* + 𝑚𝑚# . 𝑣𝑣# = 𝑚𝑚* . 𝑣𝑣* + 𝑚𝑚# . 𝑣𝑣# → 90. 0 + 10. 5 = 90. 𝑣𝑣 + 10. 𝑣𝑣
50 𝑚𝑚
0 + 50 = 100. 𝑣𝑣 → 𝑣𝑣 = = 0,5 .
100 𝑠𝑠
2) (ITA-SP) Todo caçador, ao atirar com um rifle, mantém a arma firmemente apertada contra o ombro
evitando assim o “coice” da mesma. Considere que a massa do atirador é 95,0 kg, a massa do rifle é
5,0 kg e a massa do projétil é 15,0 g a qual é disparada a uma velocidade de 3,0 × 102 m/s. Nestas con-
dições, determine a velocidade de recuo do rifle (Vr) quando se segura muito frouxamente a arma e a
velocidade de recuo do atirador (Va) quando ele mantém a arma firmemente apoiada no ombro.
RESPOSTA: Na primeira proposição, quando o rifle é seguro frouxamente, devemos considerar apenas
o rifle e o projétil como parte do sistema:
𝑄𝑄!"#$% = 𝑄𝑄&$'()%
𝑚𝑚* . 𝑣𝑣* + 𝑚𝑚+ . 𝑣𝑣+ = 𝑚𝑚* . 𝑣𝑣* + 𝑚𝑚+ . 𝑣𝑣+ → 5. 0 + 0,015. 0 = 5. 𝑣𝑣* + 0,015. 300
4,5 𝑚𝑚
0 = 5. 𝑣𝑣* + 4,5 → 𝑣𝑣* = − = − 0,9 .
5 𝑠𝑠
Na segunda proposição, quando o rifle é seguro firmemente, devemos considerar a massa total do ati-
rado e do rifle como um único elemento além do projétil como parte do sistema:
𝑄𝑄!"#$% = 𝑄𝑄&$'()%
𝑚𝑚 *+, . 𝑣𝑣 *+, + 𝑚𝑚- . 𝑣𝑣- = 𝑚𝑚 *+, . 𝑣𝑣 *+, + 𝑚𝑚- . 𝑣𝑣- → 100. 0 + 0,015. 0 = 100. 𝑣𝑣 *+, + 0,015. 300
.,0 3
0 = 100. 𝑣𝑣 *+, + 4,5 → 𝑣𝑣 *+, = − 122 = − 0,045 %
.
O sinal negativo para ambas as velocidade obtidas acima, significa que a velocidade do rifle está em
sentido oposto à velocidade do projétil. Por isso dizemos que houve o “recuo” do rifle.
102
ATIVIDADES
Sendo sua massa de 90 kg, qual a velocidade, em relação à Terra, com que ele deve atingir frontalmente
o asteroide para que os dois fiquem parados, em relação à Terra, após a colisão (despreze a atração
gravitacional da Terra)?
a) 2000 km/h.
b) 1500 km/h.
c) 250 km/h.
d) 800 km/h.
e) 10 888 km/h.
a) Suponha que o pescador esteja em pé e dê um passo para a proa (dianteira do barco). O que
acontece com o barco? Justifique. (Desconsidere possíveis movimentos oscilatórios e o atrito
viscoso entre o barco e a água.).
103
3 - (UFU-MG) Um garoto brinca com seu barquinho de papel, que tem uma massa igual a 30 g e está
navegando sobre um pequeno lago. Em certo instante, ele coloca sobre o barquinho, sem tocá-lo, uma
bolinha de isopor e percebe que o barquinho passa a andar com metade de sua velocidade inicial. Seu
irmão mais velho, que observa a brincadeira, resolve estimar a massa da bolinha de isopor com base na
variação da velocidade do barquinho. Desprezando efeitos relativos ao empuxo, ele conclui que a massa
da bolinha é de:
a) 15g.
b) 20g.
c) 60g.
d) 30g.
e) 25g.
104
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
V. Força e Movimento.
TEMA/TÓPICO:
12. Equilíbrio e Movimento/ 35. Quantidade de Movimento.
HABILIDADE(S):
35.1 Compreender o princípio de conservação da quantidade de movimento.
35.1.5 Saber resolver problemas envolvendo conservação da quantidade de movimento e colisões.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Força, tempo, velocidade, vetores.
TEMA: Colisões
Esta semana, trataremos das colisões entre partículas e corpos e das explosões e suas diversas aplica-
ções. Como estas são interações de curta duração, podemos considerar que não há tempo hábil para
haver troca de energia com o ambiente e haverá a conservação da quantidade de movimento do sistema.
Colisão Elástica:
Nesta colisão, a energia cinética do sistema permanece a mesma depois do choque. Os corpos não
sofrem deformações permanentes, apenas deformações elásticas e não há produção de calor durante
a colisão.
105
Exemplos:
a) Ao abandonar uma bola de certa altura em relação ao chão, ela irá se chocar e retornar à mesma altu-
ra. Nesta situação idealizada, o choque da bola com o chão é perfeitamente elástico.
b) Quando dois pêndulos de mesma massa são liberados de mesma altura um se movendo em direção
do outro, se desprezarmos os atritos, após se chocarem, eles devem retornar à mesma altura em que
foram soltos, pois, a colisão será elástica (a situação descrita aqui é idealizada).
Acervo do autor.
Colisão Inelástica:
Nesta colisão a energia cinética do sistema não se conserva depois do choque. Os corpos sofrerão de-
formações permanentes e sua energia inicial será transformada em outras formas de energia, como a
produção de calor durante a colisão e o som da colisão.
Exemplo:
Em uma colisão entre dois automóveis, os carros sofrem deformações permanentes, no instante da
batida ouvimos o som e, além disso, as partes do carro afetadas se aquecem transmitindo esse calor
para todo o carro e para o ambiente.
Um caso especial da colisão inelástica ocorre quando a energia cinética é reduzida ao máximo e os
carros envolvidos no choque passam a se moverem juntos depois da batida, com a mesma velocidade.
Nesse caso chamamos de completamente inelástica.
106
Após um choque completamente inelástico, os corpos se movem juntos, com a mesma velocidade.
Em todos os casos de colisões e explosões, a Quantidade de movimento do sistema permanecerá
constante, pois são interações de curtíssima duração e o Impulso aplicado será muito pequeno po-
dendo ser desprezado.
Exemplos:
𝑄𝑄!"#$% = 𝑄𝑄&$'()%
𝑚𝑚* . 𝑣𝑣* = 𝑚𝑚+ . 𝑣𝑣+ + 𝑚𝑚, . 𝑣𝑣, + 𝑚𝑚- . 𝑣𝑣- + 𝑚𝑚. . 𝑣𝑣.
30. 0,5 = 30. 0 + 30. 0 + 30. 0 + 30. 𝑣𝑣.
30. 0,5 = 0 + 0 + 0 + 30. 𝑣𝑣.
𝑣𝑣. = 0,5 𝑚𝑚⁄𝑠𝑠
Acervo do autor
a) Determine a direção e o sentido do movimento adquiridos pelo 3º pedaço após a explosão da granada.
RESPOSTA:
A direção do movimento do 3º pedaço será a mesma de sua quantidade de movimento (lembre-se que
os vetores da quantidade de movimento possuem a mesma direção e sentido dos vetores de velocida-
de). Para determinarmos, devemos fazer a resultante entre estes vetores.
107
Começamos determinando a resultante 𝑟𝑟 entre 𝑞𝑞! e e 𝑞𝑞! :
Em seguida, como a Quantidade de movimento do sistema deve ser nula, o vetor que anula o vetor re-
sultante 𝑟𝑟 obtida deverá possuir mesma direção e sentido oposto a 𝑟𝑟 :
ATIVIDADES
1 - (UEPB-PB) Um garoto brincando de bola de gude com seu colega executou uma jogada e percebeu
que, ao lançar sua bola A, com certa velocidade VA contra a bola B de seu colega, a qual se encontrava
em repouso, o seguinte fenômeno aconteceu imediatamente após a colisão entre as bolas:
108
a bola A ficou parada, enquanto a bola B adquiriu uma velocidade igual a VA (velocidade da bola A), antes
da colisão.
Esta situação pode ser representada através da figura acima, sendo I, a situação antes das bolas colidi-
rem e II a situação após a colisão.
Considerando que esta observação só seria possível num plano horizontal e sem atrito, é correto afir-
mar que:
2 - (UNESP-SP) Um bloco A, deslocando-se com velocidade vA em movimento retilíneo uniforme, colide
frontalmente com um bloco B, inicialmente em repouso. Imediatamente após a colisão, ambos passam
a se locomover unidos, na mesma direção em que se locomovia o bloco A antes da colisão. Baseado
nestas informações e considerando que os blocos possuem massas iguais, é correto afirmar que:
a) a velocidade dos blocos após a colisão é vA/2 e houve conservação de quantidade de movi-
mento e de energia.
b) a velocidade dos blocos após a colisão é vA e houve conservação de quantidade de movimento
e de energia.
c) a velocidade dos blocos após a colisão é vA e houve apenas conservação de energia.
d) a velocidade dos blocos após a colisão é vA/2 e houve apenas conservação de quantidade de
movimento.
e) a velocidade dos blocos após a colisão é vA/2 e houve apenas conservação de energia.
3 - (Olimpíada Brasileira de Física) São realizadas experiências com 5 pêndulos de mesmos comprimentos.
As massas pendulares são de bolas de bilhar iguais, cada uma ligeiramente encostada na outra.
Experiência 1: A bola 1 é erguida de uma altura H e abandonada. Ela colide com a bola 2. O choque se
propaga e a bola 5 é lançada, praticamente até a mesma altura H.
109
Experiência 2: Agora as bolas 1 e 2 são erguidas conforme ilustra a figura e abandonadas. Elas cami-
nham juntas até a colisão com a bola 3.
Dois estudantes, Mário e Pedro, têm respostas diferentes com relação à previsão do que irá ocorrer
após a propagação do choque. Mário acha que somente a bola 5 irá se movimentar, saindo com velo-
cidade duas vezes maior que as velocidades das bolas 1 e 2 incidentes. Pedro acha que as bolas 4 e 5
sairão juntas com a mesma velocidade das bolas incidentes 1 e 2.
110
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
V. Força e Movimento.
TEMA/TÓPICO:
12. Equilíbrio e Movimento/36. Hidrostática.
HABILIDADE(S):
36.1 Compreender o conceito de pressão e suas aplicações.
36.1.1 Compreender o conceito de pressão, suas unidades de medida e suas aplicações em situações do coti-
diano.
36.1.2 Compreender o conceito de densidade e suas unidades de medida.
36.1.3 Compreender o conceito de pressão hidrostática nos líquidos e gases, analisando o experimento de
Torricelli para pressão atmosférica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Força, área, altura, profundidade, volume, massa, Peso.
TEMA: Hidrostática
A Hidrostática é o estudo dos fluidos (líquidos e gases) em repouso. Tanto os gases como os líquidos
podem exercer força e pressão sobre os recipientes que os contém, desta forma se faz necessário co-
nhecermos como se comportam estes tipos de substâncias.
Daremos início ao nosso estudo com os conteúdos densidade e pressão. Ambos são de extrema impor-
tância no estudo da hidrostática.
Densidade de um corpo - d
Densidade ou massa específica de um corpo é a relação entre a massa de um corpo e o volume por ele
ocupado. É definida como sendo a quantidade de massa de substância por unidade de volume (nesse
caso, a densidade é uniforme). Isto pode ser determinado pela equação:
𝑚𝑚
𝑑𝑑 =
𝑉𝑉
Quanto maior a quantidade de massa de um corpo para um mesmo volume, maior será a sua densidade.
Corpos ocos de mesmo volume possuem massa menor que corpos maciços, logo possuem densidade
menor.
Unidades no SI:
m – quilograma – Kg
V – volume – m3
d - Kg/m3
A unidade g/cm3 também é muito utilizada para densidade. 1 g / cm3 = 1000 Kg / m3.
111
Pressão - p
Pressão é a relação entre a força aplicada por unidade de área. Quanto maior a força aplicada sobre a
mesma área, maior será a pressão exercida. Sendo a área da superfície aumentada gradativamente, a
força, mantida constante, será distribuída e a pressão final será menor.
Na Fig. 1, o salto fino exerce uma maior pressão no solo, pois a força Peso está distribuída em uma
pequena área enquanto na Fig.2, a força Peso, estando sobre uma área maior, exercerá uma pres-
são menor.
Pressão é o quociente entre a força aplicada em uma superfície e a área dessa superfície.
𝐹𝐹
𝑝𝑝 =
𝐴𝐴
A pressão atmosférica é a pressão exercida pela massa de ar que circunda a Terra sobre todos os cor-
pos que estão no seu interior. Essa camada de ar é constituída de gases tais como o oxigênio, o nitrogê-
nio, o gás carbônico, vapor de água, etc., possui aproximadamente 1000 km de altura e faz, a cada cm2
da superfície, uma força equivalente ao peso de 1 kg de massa. Quanto mais alto estiver o objeto, menor
será o número de moléculas existentes devido à atração gravitacional. O maior número de moléculas
dos gases da atmosfera se encontra abaixo de 15 km de altura aproximadamente. Assim a pressão at-
mosférica diminui com a altura em relação à superfície do planeta.
112
O valor da pressão atmosférica foi obtido por Evangelista Torricelli, físico Italiano. Em seu experimen-
to, encheu um tubo de vidro com cerca de 1 m de comprimento com mercúrio (Hg). Virou a extremidade
aberta em um recipiente também contendo mercúrio (Hg) e verificou que, ao destampar esta extre-
midade, o mercúrio do tubo escoou até atingir uma altura de 76 cm em relação ao nível do recipiente.
Esta experiência foi feita ao nível do mar. Então se concluiu que o ar atmosférico exerce uma pressão
capaz de equilibrar 76 cm Hg. Se esta experiência fosse feita em um local cuja altitude fosse maior,
a coluna de mercúrio seria menor. A partir desse experimento usamos a seguinte relação para o cál-
culo da pressão atmosférica:
1 atm = 76 cm Hg ( ou também 760 mm Hg)
Medida por Blase Pascal, filósofo francês, o valor de uma atmosfera foi de: 1 atm = 100 000 N/m2 = 105 N/m2.
Unidades:
1 N/m2 (Newton por metro quadrado) = 1 Pa (pascal) (S.I.)
1 atm (atmosfera) = 76 cm Hg = 760 mm Hg= 105N/m2.
Exemplos:
1) (CFT-MG) Durante uma aula de laboratório de Física, um estudante desenhou, em seu caderno, as eta-
pas de um procedimento utilizado por ele para encontrar a densidade de um líquido, conforme represen-
tado a seguir.
Sabendo-se que em ambas as etapas, a balança estava equilibrada, o valor encontrado, em g/cm3 foi
a) 1,9 b) 1,5 c) 40 d) 0,20 e) 2,0
RESPOSTA:
De acordo com a figura temos: V1= 200 cm 3 para 40 g e V2= 100 cm 3 para 190 g.
Subtraindo o valor da massa do recipiente, a massa do líquido colocado no recipiente será de: m = 190
– 40 = 150 g.
O cálculo da densidade do líquido será:
𝑚𝑚 150
𝑑𝑑 = → 𝑑𝑑 = → 𝑑𝑑 = 1,5 𝑔𝑔⁄𝑐𝑐𝑐𝑐! . Letra B.
𝑉𝑉 100
113
2) (FUVEST-SP) A janela retangular de um avião, cuja cabine é pressurizada, mede 0,5 m por 0,25 m.
Quando o avião está voando a certa altitude, a pressão em seu interior é de, aproximadamente, 1,0 atm,
enquanto a pressão ambiente fora do avião é de 0,60 atm. Nessas condições, a janela está sujeita a uma
força, dirigida de dentro para fora, igual ao peso, na superfície da Terra, da massa de
OBS.: 1 atm = 105 Pa = 105 N/m2.
a) 50 kg. b) 320 Kg. c) 480 Kg. d) 500 kg. e) 750 kg.
RESPOSTA:
Área da janela = 0,5 m . 0,25 m = 0,125 m2.
PInterna : 1 atm =10 5 Pa = 100 000 N/m2.
𝐹𝐹
𝑝𝑝 = → 𝐹𝐹!"#$%"& = 𝑝𝑝. 𝐴𝐴 → 𝐹𝐹 = 100 000 . 0,125 = 12 500 𝑁𝑁.
𝐴𝐴
Pexterna: 0,6 atm =0,6 .10 5 Pa = 60 000 N/m2.
𝐹𝐹
𝑝𝑝 = → 𝐹𝐹!"#!$%& = 𝑝𝑝. 𝐴𝐴 → 𝐹𝐹 = 60 000 . 0,125 = 7 500 𝑁𝑁.
𝐴𝐴
Fresultante= 12 500 – 7 500 = 5 000N.
𝑃𝑃 = 𝑚𝑚 . 𝑔𝑔 → 5 000 = 𝑚𝑚 . 10 → 𝑚𝑚 = 500 𝑘𝑘𝑘𝑘 . Letra D.
ATIVIDADES
1 - (ENEM) A gasolina é vendida por litro, mas em sua utilização como combustível, a massa é o que
importa. Um aumento da temperatura do ambiente leva a um aumento no volume da gasolina. Para
diminuir os efeitos práticos dessa variação, os tanques dos postos de gasolina são subterrâneos.
114
Se os tanques NÃO fossem subterrâneos:
I. Você levaria vantagem ao abastecer o carro na hora mais quente do dia, pois estaria comprando mais
massa por litro de combustível.
II. Abastecendo com a temperatura mais baixa, você estaria comprando mais massa de combustível
para cada litro.
III. Se a gasolina fosse vendida por kg em vez de por litro, o problema comercial decorrente da dilatação
da gasolina estaria resolvido.
Destas considerações, somente:
a) I é correta.
b) II é correta.
c) III é correta.
d) I e II são corretas.
e) II e III são corretas.
115
4 - (PUC-MG) Quando tomamos refrigerante, utilizando canudinho, o refrigerante chega até nós, porque
o ato de puxarmos o ar pela boca:
116
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
V. Força e Movimento.
TEMA/TÓPICO:
12. Equilíbrio e Movimento/ 36. Hidrostática.
HABILIDADE(S):
36.1 Compreender o conceito de pressão e suas aplicações.
36.1.4 Compreender o Princípio de Pascal.
Aplicações da equação fundamental da Hidrostática.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Força, área, altura, profundidade, volume, massa, Peso.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/pressao.htm. Acesso em: 10 ago 2021. Adaptado pelo autor.
117
• Vasos comunicantes possuem o mesmo nível, pois suas superfícies abertas sofrem a mesma
pressão - pressão atmosférica.
Nos vasos comunicantes, a pressão para pontos de mesma altura será a mesma.
Princípio de Pascal: Qualquer acréscimo de pressão exercido num ponto de um fluido em equilíbrio
se transmite integralmente a todos os pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém.
(Prensa Hidráulica).
𝐹𝐹! 𝐹𝐹"
𝑝𝑝 = =
𝐴𝐴! 𝐴𝐴"
Como a pressão será integralmente transmitida a todo o fluido, a força 𝐹𝐹! , aplicada na área A1 será
transmitida para a área A2. Como a área A2 é muito maior que a área A1, surgirá uma força 𝐹𝐹! , também
muito maior que 𝐹𝐹! . Este dispositivo permite que, fazendo uma força pequena, seja possível elevar,
como em um elevador hidráulico, grandes pesos.
Exemplos:
1) Durante a execução de uma obra, um engenheiro deseja que a água saia de uma torneira com uma
pressão máxima de 2,0 atm a fim de evitar possíveis danos ao sistema hidráulico. Para isso, qual deverá
ser a mínima altura que as caixas d’águas devem ser instaladas a partir da altura dessa torneira?
Dados:
1 atm = 1,01 . 105 Pa
g = 10 m/s²
dágua = 1000 kg/m³
RESPOSTA:
P=2,0 atm = 2,02 . 10 5 Pa
𝑝𝑝 = 𝑝𝑝!"# + 𝑑𝑑 . 𝑔𝑔 . ℎ
118
2) (Uncisal) Em um laboratório, as substâncias são identificadas no rótulo pelo nome e por algumas pro-
priedades químicas. No intuito de descobrir qual a substância armazenada num frasco no qual o rótulo
foi retirado, um estudante aplicado de física propôs um experimento. Foram colocados em um sistema
constituído por vasos comunicantes o líquido desconhecido e álcool. Como são líquidos imiscíveis, é
possível estimar a densidade do líquido medindo a altura das colunas líquidas a partir da superfície de
separação desses líquidos. Esses valores são mostrados na figura a seguir. Consultando a tabela com
os valores das densidades de alguns líquidos, disponível nesse laboratório, é provável que o líquido des-
conhecido seja:
a) a nitroglicerina.
b) o hexano.
c) o mercúrio.
d) a água.
e) o benzeno.
RESPOSTA:
Como as pressões são idênticas em ambos os lados dos vasos comunicantes ( pressão atmosférica) ,
podemos fazer a seguinte relação pálcool = plíquido desconhecido. Lembre-se de transformar as unidades da altura
h, de m (metro) para cm(centímetro) para não haver incompatibilidades. A partir deste ponto temos:
𝑑𝑑 . 𝑔𝑔 . ℎ á"#$$" = 𝑑𝑑 . 𝑔𝑔 . ℎ "í&'()$ )+,#$-.+#()$ → 𝑑𝑑 . ℎ á"#$$" = 𝑑𝑑 . ℎ "í&'()$ )+,#$-.+#()$
Consultando a tabela, notamos que líquido desconhecido é o benzeno, pois possui densidade de 0,9 g/cm3.
ATIVIDADES
119
2 - (FGV) A figura ao lado representa uma talha contendo água.
A pressão da água exercida sobre a torneira, fechada, depende:
3 - (UFRJ-RJ)
No terceiro quadrinho, a irritação da mulher foi descrita, simbolicamente, por uma pressão de 1000 atm.
Suponha a densidade da água igual a 1000 kg/m3, 1 atm = 105 N/m2 e a aceleração da gravidade g = 10m/s2.
Calcule a que profundidade, na água, o mergulhador sofreria essa pressão de 1000 atm.
4 - (UFJF-MG) Um grupo de alunos resolveu montar um guindaste hidráulico para uma feira de ciências
(veja figura).
Para isso resolveram utilizar duas seringas. Uma seringa tem diâmetro D1=2 cm e a outra D2=1 cm.
Sabendo que o módulo da força máxima que o motor permite produzir é de 2 N, qual o valor máximo
da massa M que o guindaste poderá erguer? (g=10m/s2).
a) 600 g. b) 800 g. c) 1 000 g. d) 1 200 g. e) 20 g.
120
5 - (UFMG-MG) Um sistema hidráulico tem três êmbolos móveis L, M e N com área A, 2A e 3A, como
mostra a figura.
Quantidades diferentes de blocos são colocadas sobre cada êmbolo. Todos os blocos têm o mesmo
peso. Para que, em equilíbrio, os êmbolos continuem na mesma altura, o número de blocos colocados
sobre os êmbolos L, M e N podem ser, respectivamente:
a) 1, 2 e 3.
b) 1,4 e 9.
c) 3,2 e 1.
d) 9,4 e 1.
e) 8,2 e 1.
121
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
V. Força e Movimento.
TEMA/TÓPICO:
12. Equilíbrio e Movimento/36. Hidrostática.
HABILIDADE(S):
36.1 Compreender o conceito de pressão e suas aplicações.
36.1.5 Entender o conceito de empuxo em líquidos e gases.
36.1.6 Compreender o Princípio de Arquimedes.
36.1.7 Resolver problemas envolvendo os princípios de Arquimedes e Pascal.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Força, área, altura, profundidade, volume, massa, Peso.
TEMA: Empuxo
Quando mergulhamos um objeto qualquer em um líquido sentimos uma força por parte do líquido nos
impedindo de afundar o objeto. Esta força é dirigida para cima e representa resistência oferecida pelo
líquido. O nome desta resistência é Empuxo.
Princípio de Arquimedes: Todo corpo sólido mergulhado num fluido em equilíbrio recebe uma força
de direção vertical e sentido de baixo para cima cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado.
(Empuxo).
E = pfluido = mfluido . g
Unidades no SI:
m = massa - em Kg.
g = aceleração da gravidade – 10 m/s2
E = Newton - N
Ao ser colocado em um líquido, um corpo qualquer pode afundar, flutuar na superfície ou permanecer
em equilíbrio na posição em que tiver sido solto.
122
Acervo do autor
Unidades no SI:
Densidade, d: kg / m3
Volume, V: m3
Aceleração da gravidade, g = 10 m/s2.
Empuxo, E: kg. m/s2 = N (Newton)
Exemplos:
1) (UERJ) Uma barca para transportar automóveis entre as margens de um rio, quando vazia, tem volu-
me igual a 100 m3 e massa igual a 4,0.104 kg. Considere que todos os automóveis transportados tenham
a mesma massa de 1,5.103 kg e que a densidade da água seja de 1000 kg/ m3. O número máximo de auto-
móveis que podem ser simultaneamente transportados pela barca corresponde a:
a) 10 b) 40 c) 80 d) 120
123
RESPOSTA:
A condição necessária para a barca flutuar é não ultrapassar a densidade da água.
O número máximo de automóveis está relacionado com a massa máxima que a barca pode assumir para
não ultrapassar a densidade da água.
Dito isto, devemos calcular a massa máxima para que a densidade da barca seja igual à da água.
𝑚𝑚
𝑑𝑑 = → 𝑚𝑚 = 𝑑𝑑 . 𝑉𝑉 → 𝑚𝑚 = 1000 . 100 = 100 000 𝑘𝑘𝑘𝑘
𝑉𝑉
Como sabemos pelo enunciado, a massa da barca é de 4,0. 10 4, ou seja, 40 000 kg. Então conseguire-
mos saber quantos carros podem ser colocados na barca subtraindo sua massa do valor total de massa
calculado.
m =100 000 – 40 000 = 60 000 kg.
Sabendo a massa de cada carro de m = 1,5 . 10 3= 1 500 kg finalizamos:
60 000
= 40 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
1 500
2) Um iceberg, cuja densidade é de 0,92 g/cm3, encontra-se em equilíbrio de flutuação em um lugar
onde a densidade da água do mar é de 1, 05 g/cm3. Indique a porcentagem aproximada de volume do ice-
berg que permanece abaixo da superfície do mar.
a) 50% b) 85% c) 80% d) 88% e)87%
RESPOSTA:
Para que haja a flutuação devemos nos lembrar que 𝐸𝐸 𝑑𝑑𝑑𝑑 á𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔 = 𝑃𝑃 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼.
𝑑𝑑á"#$ . 𝑉𝑉%#&'()*+ . 𝑔𝑔 = 𝑚𝑚,-(&()" . 𝑔𝑔 → 𝑑𝑑á"#$ . 𝑉𝑉%#&'()*+ . 𝑔𝑔 = 𝑑𝑑,-(&()" . 𝑉𝑉,-(&()" . 𝑔𝑔
ATIVIDADES
a) O empuxo é uma força vertical e descendente, que atua sobre objetos mergulhados exclusiva-
mente em líquidos.
b) O empuxo é uma força vertical e ascendente, que atua sobre objetos mergulhados em fluidos.
Essa grandeza equivale ao peso de fluido deslocado pelo objeto mergulhado.
c) O empuxo terá o mesmo módulo da força peso.
d) O empuxo é uma força vertical e ascendente, que atua sobre objetos mergulhados exclusiva-
mente em líquidos. Essa grandeza equivale ao peso de fluido deslocado pelo objeto mergulhado.
e) Todas as alternativas estão incorretas.
124
2 - Um objeto, de volume 0,5 m3, possui 30 % do seu volume mergulhado em um recipiente com água.
Sabendo que a aceleração da gravidade no local é de 9,8 m/s2 e que a densidade da água é de 1000 kg/m3,
determine o empuxo sobre o objeto.
3 - Quando tentamos levantar algum objeto colocado dentro da água, como em uma piscina, ele parece
mais “leve”. Essa sensação surge em razão da força de empuxo que o fluido exerce sobre os corpos
imersos em seu interior.
Em relação ao empuxo, assinale as alternativas corretas:
I – O empuxo exercido sobre um corpo depende de sua densidade.
II – Se a força de empuxo for menor que o peso do corpo, ele afundará.
III – A força de empuxo tem módulo igual ao peso do volume de fluido deslocado pelo corpo nele imerso.
IV – A força de empuxo aumenta gradativamente enquanto um corpo está sendo inserido dentro de
um fluido.
São corretas:
4 - (Unespar 2015)
Considere as seguintes substâncias e suas densidades aproximadas:
Sabendo que em Física, o que determina a flutuação ou submersão de um objeto em um fluido é o Em-
puxo (E = dfluido . Vdeslocado . g).
Considere então três blocos de mesmo volume, um de ferro, um de chumbo e um de gelo. Nestas con-
dições, assinale a alternativa correta:
a) O bloco de gelo flutua na água, no óleo e no mercúrio, mas não flutua no álcool.
b) O bloco de ferro flutua no mercúrio, mas não flutua na água, no álcool e nem no óleo.
c) O bloco de chumbo flutua em todas as substâncias líquidas.
d) O bloco de gelo não flutua na água.
e) O bloco de ferro afunda somente na água.
125
PARA SABER MAIS...
Caro(a) estudante, estamos finalizando o nosso PET 04 e também nosso ano letivo. Todas as contribui-
ções que fizemos aqui tiveram o intuito de te ajudar a conseguir alcançar, neste tempo tão difícil, uma
série de conhecimentos que julgamos necessários para seu avanço para o próximo ano de escolari-
dade. Entendemos as dificuldades pelas quais está passando, pois também as estamos vivenciando.
Juntos iremos passar por todos esses percalços e venceremos.
“Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise destrói uma herança, mas não
uma profissão. Não importa se você não tem dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de
todos os capitais: a sua inteligência. Invista nela. Estude! “
Augusto Cury
Nunca se esqueça de contar conosco em todos os momentos de sua caminhada, estamos aqui para
ajudar sempre.
Para saber mais sugiro que acesse a internet para complementar seus estudos. Existem muitos sites
que poderão completar os conteúdos que colocamos aqui. Veja a lista disponibilizada abaixo.
No YOU TUBE sugiro os canais, Pura Física, Chama o Físico, Descomplica, Stoodi, Só Física, ...
Sugiro também os SITES Física e vestibular, Toda Matéria, Mundo Educação, Brasil Escola, Wikipedia ...
Além destes, utilizem os livros didáticos de sua escola, o que também o ajudará muito!
Um grande abraço!
Bons estudos!
REFERÊNCIAS
BOCAFOLI, Francisco. Dinâmica. 2008. Disponível em: http://fisicaevestibular.com.br/novo/dina-
mica. Acesso em: 11 ago. 2021.
AMALDIi, Hugo. Imagens da Física. As ideias e as experiências, do pêndulo aos quarks. São Paulo:
Scipione, 1995.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. Trad. Triste Freire Ricci e Maria Helena Gravina - 9 ed. Porto Ale-
gre: Bookman, 2002.
LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; ALVAREZ, Beatriz Alvarenga; GUIMARÃES, Carla da Costa. Física:
Contexto e aplicações - ensino médio. 2 ed. São Paulo: Scipione, 2016.
MINAS GERAIS, Secretaria do Estado de Educação. Conteúdo Básico Comum: CBC Física. Belo Ho-
rizonte: SEE,2007.
126
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
Relação sociedade e natureza em questão/ Domínios de natureza no Brasil.
HABILIDADE(S):
Reconhecer os domínios de natureza que compõem o território brasileiro, avaliando a interferência humana
na exploração de seus recursos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Bioma, meio ambiente, biodiversidade, clima, solo, relevo.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, Matemática, Biologia, Sociologia.
O CERRADO BRASILEIRO
O bioma Cerrado é uma formação vegetal que conta com uma grande biodiversidade. Conhecido como a
savana brasileira, é o segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul. A extensão do Cerrado se tra-
duz em biodiversidade: é a savana mais biodiversa do mundo com aproximadamente 330 mil espécies
de plantas e animais, com um expressivo percentual de espécies endêmicas.
O bioma Cerrado é encontrado na parte mais central do País, incluindo os estados de Goiás, Tocantins, Ma-
ranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Mas com
esse tamanho todo (mais de 200 milhões de campos de futebol!), ele está presente também em pequenas
porções dos estados do Paraná, no sul do Brasil, e de Rondônia, na região Norte (Veja mapa abaixo):
127
Fonte: http://www.cerratinga.org.br/cerrado/biomas-cerrado-mapa-do-brasil/. Acesso em 07 de agosto de 2021
O clima predominante no cerrado é tropical sazonal que tem como principal característica a ocorrência
de duas estações: uma chuvosa (outubro a abril), quando caem mais de 90% das chuvas, e uma seca
(maio a setembro), com ausência quase total de chuvas. As temperaturas médias anuais variam de 18 °C
a 27 °C, sendo que a temperatura mínima pode chegar a 8 °C e a máxima, a 34 °C.
A geografia da região central do Brasil, onde está situada a maior parte do Cerrado, é marcada por
planaltos, fazendo com que o bioma tenha papel fundamental para as principais bacias hidrográficas
brasileiras e sul americanas. O Cerrado desempenha um papel fundamental junto às bacias Amazônica,
do Tocantins-Araguaia, do Atlântico Nordeste Ocidental, do Parnaíba, do São Francisco, do Atlântico
Leste, do Paraná e do Paraguai, sendo vital para oito das 12 regiões hidrográficas instituídas pelo Con-
selho Nacional de Recursos Hídricos. Além disto, é válido destacar que no Cerrado existem nascentes
das três maiores bacias hidrográfica da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata).
No entanto, o maior potencial hídrico do Cerrado não está nas águas da superfície, mas nos lençóis
freáticos que estão nas camadas mais profundas do solo.
A vegetação é, em sua maior parte, semelhante à de savana, com árvores baixas, esparsas, troncos
retorcidos, folhas grossas e raízes longas; gramíneas e arbustos. A vegetação é bastante diversifica-
da, variando de formas campestres, como os campos limpos, a formações florestais densas, como os
cerradões. Os fatores que possibilitam essa variedade de fisionomias está relacionado com os tipos de
solo, tipos de clima e tipos de relevo nas regiões que abrigam o Cerrado.
O domínio morfoclimático do Cerrado é composto por diferentes tipos de solos e formas de relevo, que
estão relacionados tanto com a composição climática quanto com a caracterização da vegetação e de
seu passado geológico. Em geral, os solos do Cerrado caracterizam-se pela predominância dos Latos-
solos e pela sua acentuada acidez. Além dos Latossolos que são predominantes, o Cerrado também
apresenta os solos Podzólicos ou Argissolos. Os Latossolos apresentam uma coloração que vai do ver-
melho até o amarelo e são muito ácidos e pobres em alguns nutrientes. Os Podzólicos, por sua vez, po-
dem ser vermelho-escuro ou vermelho-amarelado e apresentam uma grande suscetibilidade a erosões.
A fauna é tão diversa quanto a flora. Estima-se que existam mais de 320 mil espécies de animais, sendo
195 de mamíferos. Há um destaque especial para a diversidade de invertebrados presentes no bioma,
mas ainda pouco conhecida. Neste se destacam os insetos, os quais correspondem a 28% da biota
existente no Cerrado, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. No entanto, o modelo de gestão e
exploração dos recursos naturais nos territórios que compõem o bioma tem resultado em sérias amea-
ças à sobrevivência de pelo menos 132 espécies, as quais se encontram ameaçadas de extinção. Dentre
estas, a arara azul, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, a aroeira, a braúna e a arnica.
Infelizmente, o Cerrado é uma formação vegetal que vem sendo bastante devastada, principalmente
pela expansão de atividades agropecuárias, o que tem causado inúmeras perdas de biodiversidade.
128
ATIVIDADES
1 - Os solos do Cerrado estão sobre um relevo de formação geológica antiga, o que explica a sua
profundidade e características, pois, eles foram bastante trabalhados pelos agentes intempéricos.
Quais os tipos de solos encontrados no Cerrado?
5 - O Cerrado é o segundo maior bioma do território brasileiro em área, sendo superado apenas pela:
6 - Você conhece as frutas típicas do Cerrado brasileiro? Pesquise em sua região de morada e liste
algumas dessas espécies.
129
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
Relação sociedade e natureza em questão/ Domínios de natureza no Brasil.
HABILIDADE(S):
Reconhecer os domínios de natureza que compõem o território brasileiro, avaliando a interferência humana
na exploração de seus recursos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Bioma, Biodiversidade, Agricultura, Agronegócio, Tecnologia.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, Biologia.
130
Fonte:https://brasilescola.uol.com.br/brasil/desmatamento-cerrado.htm. Acesso em: 07 de agosto de 2021.
ATIVIDADES
131
2 - Sobre o desmatamento do Cerrado, assinale V para as proposições VERDADEIRAS e F para as
proposições FALSAS:
I. ( ) O processo de devastação do Cerrado consolidou-se ao longo da segunda metade do século XX
em virtude dos avanços das atividades agropecuárias. Esse processo, no entanto, vem regredin-
do, e boa parte do Cerrado já foi recuperada.
II. ( ) As principais causas do desmatamento do Cerrado são o aumento das queimadas e o desmata-
mento para viabilizar a produção agropecuária.
III. ( ) Apesar de quase 70% do Cerrado ser formado por reservas e unidades de conservação, o desma-
tamento vem aumentando consideravelmente.
IV. ( ) O desmatamento do Cerrado provoca extinção de espécies animais, reduzindo a biodiversidade.
Cite as várias importâncias de conservação do bioma Cerrado para a sociedade e o meio ambiente:
132
4 - O mapa abaixo demonstra o processo de degradação do Cerrado até o ano de 2002, lembrando que
tal processo manteve-se em ação nos anos seguintes.
Responda: Qual o fator principal responsável pela devastação desse importante domínio natural brasileiro?
133
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
Relação sociedade e natureza em questão/ Domínios de natureza no Brasil.
HABILIDADE(S):
Reconhecer os domínios de natureza que compõem o território brasileiro, avaliando a interferência humana
na exploração de seus recursos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Bioma, Meio Ambiente, Biodiversidade, Clima, Relevo, Solo, Vegetação.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, Biologia, Sociologia, História.
134
O clima que compreende a região da Caatinga é o tropical semiárido. Esse clima é marcado por longos
períodos de estiagem, isto é, sem chuvas. O índice pluviométrico é abaixo dos 800 mm/ano. As tempe-
raturas são geralmente elevadas, com uma média de 27 ºC, podendo alcançar números maiores, supe-
riores a 32 ºC. Durante o período de chuva, os índices pluviométricos podem atingir os 1000 mm/ano.
Já nos períodos mais secos, há uma baixa, chegando a 200 mm/ano.
A vegetação da Caatinga apresenta características de adaptação ao longo período de seca e grande
diversidade de espécies vegetais, muitas delas endêmicas (desenvolvem-se apenas nessa região).
As principais características da vegetação são árvores baixas, troncos tortuosos e que apresentam
espinhos e folhas que caem no período da seca (com exceção de algumas espécies, como o juazeiro).
O cair das folhas é um mecanismo para evitar a perda excessiva de água e também diminuir a ocorrência
de processos fotossintéticos para que as plantas entrem em estágio de economia de energia. Outra ca-
racterística marcante é que as raízes das plantas cobrem o solo para que seja possível armazenar água
durante o período de chuva.
Vale dizer também que os cactos, que compõem a formação vegetal desse bioma, apresentam grande
capacidade de armazenamento de água. Há também plantas que apresentam em suas folhas uma es-
pécie de cera para evitar também a perda de água.
A flora da Caatinga é bastante diversificada. O período de floração varia conforme a região, o regime
de chuvas e a qualidade dos solos. Segundo a Embrapa, a Caatinga apresenta cerca de 1.981 espécies
de plantas. Destacam-se os cactos, como o mandacaru e xique-xique; as bromélias, como a macam-
bira; e as leguminosas, como a catingueira.
O solo da Caatinga é definido, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos, como raso a
profundo. É rico em minérios, mas pobre em matéria orgânica, em razão das características do clima,
da hidrografia e da vegetação da região. As texturas são arenosas e argilosas.
O mais comum nesse bioma é o solo raso e pedregoso, o que dificulta o armazenamento de água.
As colorações variam entre tons avermelhados e cinzentos. Mesmo com essas características, ainda
assim esse solo é utilizado para a criação de animais. Como principais produtos agrícolas cultivados na
Caatinga, podemos citar o licuri, umbu, caju e maracujá.
A hidrografia da região compreendida pelo bioma Caatinga apresenta rios que são, em sua maioria, in-
termitentes ou temporários, isto é, rios que correm apenas no período das chuvas e que secam durante
a estação da seca. O rio perene (que apresenta água corrente o ano todo) mais conhecido desse bioma
é o rio São Francisco. Os rios da Caatinga nascem geralmente nas encostas das serras.
No mundo, existem outras regiões semiáridas, como, por exemplo, no Chile, na Ásia e na África, que
compartilham características semelhantes do clima semiárido e de regime irregular de chuvas. Porém,
quando os cientistas compararam as espécies daqui com as dessas regiões, verificaram que as nossas
espécies não apenas eram diferentes e exclusivas, como também apresentavam uma diversidade bem
maior. Mas então, o que fez a Caatinga ser única? Foram justamente os eventos relacionados a varia-
ções no clima (entre muito quente e muito frio) que ocorreram aqui há milhares de anos que fizeram
com que a vida se estabelecesse nessa região de uma forma diferente e peculiar.
As variedades das rochas fizeram com que diferentes solos fossem formados na Caatinga (com dife-
rentes minerais, profundidades, texturas e com maior ou menor capacidade de reter água). O clima da
região, com longos períodos secos, permitiu que apenas as plantas com adaptações para suportar a
deficiência de água prosperassem. O contato com diferentes formações vizinhas como o cerrado e as
florestas amazônica e atlântica, contribuiu para a formação desse cenário de condições tão específi-
cas, onde puderam surgir espécies endêmicas.
135
ATIVIDADES
1 - A caatinga é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro, sua área corresponde a 10%
do território nacional, sendo o bioma predominante da região Nordeste. Quais os estados em que a
caatinga está presente?
3 - “É uma mata seca que perde suas folhas durante a estação seca. Apenas o juazeiro, que possui
raízes muito profundas para capturar água do subsolo, e algumas palmeiras não perdem as folhas.
As plantas [...] estão adaptadas às condições climáticas e possuem várias adaptações fisiologias para
sobreviver à seca”.
ROSS, Jurandyr. Geografia do Brasil. 4 ed. São Paulo: Edusp, 2001. p. 174. (Adaptado)
a) Araucária.
b) Coxilhas.
c) Estepes.
d) Caatinga.
4 - O solo da Caatinga é conhecido por ser rico em minerais, mas pobre em matéria orgânica devido às
características da região. A respeito ao solo marque a alternativa correta:
136
5 - Cite as características da rede Hidrográfica do domínio da caatinga:
137
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
Relação sociedade e natureza em questão/ Domínios de natureza no Brasil.
HABILIDADE(S):
Reconhecer os domínios de natureza que compõem o território brasileiro, avaliando a interferência humana
na exploração de seus recursos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Meio Ambiente, Biodiversidade, Desenvolvimento Sustentável.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, Biologia, Matemática, Sociologia.
O DESMATAMENTO DA CAATINGA
A Caatinga tem como principal característica o fato de ser o único bioma exclusivamente brasileiro.
Mesmo assim, estudos divulgados pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade
do Cerrado e Caatinga (CECAT) alertam que esse é o domínio florestal menos conhecido cientificamen-
te da América do Sul, tanto em termos geográficos quanto em observações biológicas. De toda forma,
à medida que as pesquisas sobre o bioma avançam, mais se descobre que ele é um ambiente natural
mais rico em biodiversidade do que se pensava.
De acordo com os dados do monitoramento, a principal causa da destruição da Caatinga deve-se à ex-
tração da mata nativa, que é convertida em lenha e carvão vegetal destinados principalmente aos polos
gesseiro e cerâmico do Nordeste e ao setor siderúrgico de Minas Gerais e do Espírito Santo. Outros
fatores apontados foram as áreas criadas para biocombustíveis e pecuária bovina. O uso do carvão em
indústrias de pequeno e médio porte e em residências também foi indicado.
138
Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/04/28/em-pernambuco-51-da-vegetacao-de-caatinga-ja-foi-desmatada.
Acesso em 10 de agosto de 2021
Em 28 de abril, Dia Nacional da Caatinga, as comemorações dão espaço à conscientização sobre a im-
portância do bioma que é 100% brasileiro, ou seja, a maioria do seu patrimônio biológico não é encon-
trado em nenhuma outra parte do mundo. De origem tupi, a palavra caatinga significa mata branca, uma
das principais características da sua vegetação, que se preserva durante o período de estiagem e volta
a ficar verde ao menor sinal de chuva. Mesmo diante da riqueza desse bioma, as estatísticas são preo-
cupantes: de um total de aproximadamente 7 milhões de hectares mapeados, apenas 46,89% apre-
sentam hoje cobertura florestal, ou seja, mais da metade, 51,06%, foi convertida em áreas para usos
agrícolas e pastagens (Fonte: Universidade Federal de Pernambuco/ Centro de Pesquisas Ambientais
do Nordeste).
A degradação do bioma tem impactos não apenas para a fauna e flora, mas para a população da região,
já que cerca de 27 milhões de pessoas vivem em áreas de caatinga e com a preservação podem ter im-
pactos positivos nas áreas de sustentabilidade hídrica, alimentar e energética. Além disso, a vegetação
cumpre um papel importante na prevenção de enchentes e enxurradas nas áreas urbanas, especial-
mente neste período onde começam as chuvas na região.
A vegetação desse domínio natural possui um alto poder calorífico, sendo bastante adequada para a
utilização como lenha. Essa característica, associada à grande necessidade energética de uma região
que sofre com a falta de investimentos e de presença do Estado, é a principal causa do desmatamento
da Caatinga. Estima-se que 30% da energia utilizada pelas indústrias locais advenham dessa prática de
extração da lenha da vegetação do semiárido.
Os efeitos do desmatamento da Caatinga são diversos, em razão da importância da vegetação para a
região que ocupa. Além disso, existem indícios ainda não comprovados de que a Caatinga possa ser
mais eficiente na absorção de gás carbônico na atmosfera do que as florestas tropicais, haja vista que
essas últimas produzem uma quantidade de CO2 mais ou menos equivalente ao que absorvem.
Outra consequência do desmatamento da Caatinga é a desertificação. Sabe-se que nas regiões de cli-
ma mais quente e com pouca precipitação, o que se verifica em algumas das áreas ocupadas por esse
bioma, a tendência de desertificação é alta em virtude da desidratação dos solos ocasionada pelo ele-
vado índice de evaporação. Com a remoção da vegetação, o problema é intensificado, além de tornar os
solos mais expostos e, por isso, altamente propensos a erosões e outros problemas ambientais, como
a salinização.
139
De toda forma, é preciso também que o governo nas esferas municipais, estaduais e federal opte por
ações de planejamento que visem diversificar as fontes de energia locais – sendo essa uma região com
elevado potencial para a produção de energia solar e eólica – e priorizar a sustentabilidade da região.
Falar em desenvolvimento sustentável é falar em manter o crescimento econômico sem diminuir a dis-
ponibilidade de recursos naturais e as áreas de preservação disponíveis.
ATIVIDADES
2 - Descreva três atividades humanas que têm promovido degradações físicas e/ou químicas no bioma
Caatinga.
140
3 - Assinale a opção que apresenta unicamente características da Caatinga:
141
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no Mundo Natural.
TEMA/TÓPICO:
Relação sociedade e natureza em questão/ Domínios de natureza no Brasil.
HABILIDADE(S):
Reconhecer os domínios de natureza que compõem o território brasileiro, avaliando a interferência humana
na exploração de seus recursos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Biodiversidade, Meio Ambiente, Fauna, Flora, Solo, Clima, Vegetação.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Arte, História, Biologia, Sociologia.
142
Fonte: Disponível em: http://www.geoensino.net/2012/08/ambientes-naturais-do-continente.html. Acesso em 10 de agosto de 2021.
A vegetação das savanas é constituída por gramíneas, pequenas árvores e arbustos. Nas savanas exis-
tem grandes faixas de terra sem árvores, compostas apenas por gramíneas. Essa cobertura sofre pou-
cas influências do clima, sendo resultante de outras questões, a exemplo do tipo do solo, incêndios e
pastejo animal.
As principais árvores das savanas são as acácias, palmeiras e pinheiros. As acácias são típicas das
savanas africanas, servindo de alimento para muitos animais. Também tem as baobás, árvores com
troncos muito espessos, no qual a água fica guardada para enfrentar a estação de escassez.
A fauna é constituída por animais herbívoros, como búfalos, girafas, cangurus, elefantes, elande, im-
pala, gazela, kudu, orix, etc. Os herbívoros servem de alimento para os carnívoros, como leões, tigres,
leopardos, cães selvagens e etc. Animais de pequeno porte, como répteis e anfíbios, apresentam com-
portamentos subterrâneos para evitar a perda desnecessária de água.
Existem savanas na América do Sul, África, Oceania e Ásia. Por isso, é classificada como a quarto maior
bioma do mundo em área, com aproximadamente 15 milhões de km², que é correspondente a 33% da
superfície continental do planeta. No Brasil, esse tipo de bioma é chamado de Cerrado, sendo um dos
biomas com maior biodiversidade e também um dos mais ameaçados, que atualmente apresenta gran-
de degradação e diversas espécies em risco de extinção.
143
ATIVIDADES
1 - Em termos vegetacionais, a África apresenta uma grande diversidade de vegetação, em razão da sua
extensa área latitudinal. Nas faixas de clima tropical do continente, predomina-se um tipo vegetacional
muito próximo do Cerrado, presente no Brasil, muito adaptado aos períodos de estiagem.
Qual o nome dessa vegetação? _______________________________________________________________
2 - A savana é formada em áreas planas com predominância de gramíneas e árvores esparsas, sendo
muito comum em zonas de clima tropical. Esse tipo de cobertura vegetal está presente em várias partes
do globo, porém, em um continente esse tipo de vegetação é muito comum. Marque a alternativa que
indica, CORRETAMENTE, esse continente.
a) Asiático.
b) Africano.
c) Americano.
d) Europeu.
a) Floresta equatorial – 3.
b) Savana – 2.
c) Floresta equatorial – 2.
d) Savana – 1.
e) Floresta equatorial – 1.
144
4 - Caracterize o tipo climático predominante na Savana africana:
5 - Os noticiários sobre o continente africano, na maioria das vezes, destacam os problemas sociais,
os conflitos étnicos, a fome, as doenças, entre outros fatores negativos. No entanto, esse continente
possui muitas belezas naturais, além de apresentar grande diversidade cultural. Aponte as principais
características naturais da África.
145
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Mutações no mundo natural.
TEMA/TÓPICO:
Padrão de produção e consumo/ Relação sociedade e natureza em questão.
HABILIDADE(S):
Prognosticar sobre o futuro do planeta, tendo como referência os padrões de produção e consumo no capi-
talismo global.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Meio Ambiente, Ecologia, Bioma, Biosfera, Biodiversidade, ODS.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua Portuguesa, Sociologia, Filosofia, Biologia, Matemática, Arte.
146
O desenvolvimento sustentável se apoia em três princípios básicos:
• O ambiental.
• O econômico.
• O social.
Em 2015 a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs que os seus 193 países membros assinassem
a Agenda 2030, um plano global composto por 17 objetivos (ODSs) e 169 metas para que esses países
alcancem o desenvolvimento sustentável até 2030. Esse plano representa um marco na busca por um
mundo melhor para essa e as futuras gerações e determina ações para acabar com a pobreza, promover
a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas.
O desenvolvimento sustentável é necessário para a manutenção das diferentes formas de vida da hu-
manidade, assim como para a garantia de oferta de recursos ambientais para as próximas gerações.
Sendo assim, o alcance do desenvolvimento sustentável perpassa por mudanças nos hábitos de con-
sumo, nas políticas ambientais e na melhoria de qualidade de vida da população. Para tal, torna-se ne-
cessário uma reavaliação dos modos de vida das pessoas, com vistas à diminuição do consumismo e da
predação desenfreada dos recursos naturais, além da promoção de mudanças na estrutura produtiva
das indústrias.
Os seres humanos e outros animais dependem da natureza para terem alimento, ar puro, água limpa e
também como um meio de combate à mudança do clima. As florestas, que cobrem 30% da superfície
da Terra, ajudam a manter o ar e a água limpa e o clima da Terra em equilíbrio – sem mencionar que são
o lar de milhões de espécies. Promover o manejo sustentável das florestas, o combate à desertificação,
parar e reverter a degradação da terra, interromper o processo de perda de biodiversidade são algumas
das metas que o ODS 15 promove. Usar sustentavelmente os recursos naturais em cadeias produtivas e
em atividades de subsistência de comunidades, e integrá-los em políticas públicas é tarefa central para
o atingimento destas metas e a promoção de todos os outros ODS
Envolver a população civil, os governos e as empresas na reflexão sobre o impacto que o estilo de vida
e os hábitos de consumo têm sobre o meio ambiente é uma das preocupações do desenvolvimento
sustentável. Buscar sempre por soluções baseadas na natureza é uma das formas de agir segundo os
princípios do desenvolvimento sustentável.
ATIVIDADES
1 - O conceito de desenvolvimento sustentável foi forjado por meio de intensas discussões globais. Qual
alternativa melhor descreve as intenções do desenvolvimento sustentável?
147
2 - A partir dos seus conhecimentos sobre sustentabilidade e meio ambiente, assinale qual alternativa
apresenta CORRETAMENTE uma ação sustentável.
5 - Vivemos numa sociedade extremamente consumista, havendo grande utilização dos recursos
naturais e degradação ambiental. Com os atuais modos de produção e consumo é possível alcançar o
desenvolvimento sustentável? Discorra sobre o assunto.
148
6 - Para a promoção de ações de bem-estar social ligados ao meio ambiente existem papéis
importantes a serem exercidos por organizações, Estado e pela população. Cite algumas possíveis
atitudes individuais para promover o desenvolvimento sustentável.
Caro (a) estudante, espera-se que tenha tido sucesso na resolução do PET - 04 de Geografia. Saiba
que, ao longo do ano, você irá entender e compreender sobre a complexidade das paisagens, das
atividades humanas, das sociedades e do nível de desenvolvimento entre os países, as transforma-
ções tecnológicas, o modo como a sociedade se relaciona com a natureza e as formas de organização
espacial. A Geografia tem muito a contribuir para a compreensão do espaço mundial, cada vez mais
complexo, cujas transformações são cada vez mais surpreendentes.
149
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO(S):
Das crises do Sistema Colonial ao Período Joanino.
HABILIDADE(S):
Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus processos internos e em suas conexões como o
ideário liberal.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Crise do Sistema Colonial, Mercantilismo, Liberalismo.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia.
APRESENTAÇÃO
A partir de meados do século XVIII, o sistema colonial implantado por ingleses, franceses, portugueses
e espanhóis nas Américas começou a entrar em crise por uma série de fatores internos e externos:
Portugal e Espanha impunham o monopólio comercial a suas colônias americanas - elas só podiam com-
prar de suas metrópoles, o que contrariava os interesses comerciais dos industriais ingleses, que dese-
javam vender seus produtos diretamente para os mercados consumidores.
O século XVIII, na Europa, é chamado de “ Século da Luzes”, em virtude do Iluminismo, movimento inte-
lectual e filosófico que teve a França seu principal centro e que contestava a sociedade da época, que
chamamos de Sociedade do Antigo Regime, que entrou em crise.
150
Características do Antigo Regime:
• Monarquia Absolutista: os reis tinham poder absoluto; total.
• Mercantilismo: conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante a Idade Moderna pe-
los países da Europa que constituíram vastos impérios coloniais. Seu auge foi no século XVII e
caracterizou-se por:
° Colonialismo: formação de vastos impérios coloniais em outros continentes. As terras con-
quistadas (colônias) deveriam ser áreas fornecedoras de matérias-primas (madeiras, metais,
diamantes, esmeraldas, produtos agrícolas como açúcar e algodão, por exemplo) para suas
metrópoles (países colonizadores) e deveriam comprar delas produtos industrializados.
° Metalismo: quanto mais ouro e prata um país europeu conseguisse acumular, mais seria
poderoso.
° Balança Comercial Favorável: exportar mais produtos nacionais do que importar de outros
países.
° Protecionismo: controle de preços, para afastar a concorrência estrangeira; incentivo à pro-
dução e ao comércio nacionais.
• Sociedade Estamental: sociedade dividida em estamentos ou ordens. Cada pessoa pertencia a
um estamento e deveria passar toda a vida nele; ou seja, não havia mobilidade social. A estrutura
da França, por exemplo, era dividida em três estados : clero (os sacerdotes da Igreja Católica Ro-
mana), nobreza (os proprietários das terras; entre eles, o rei e seus familiares) e terceiro estado
(a burguesia - banqueiros, industriais e comerciantes; profissionais liberais, e a grande maioria
da população, os camponeses).
O filósofo inglês John Locke (1632-1794), criticava o Absolutismo e defendia a liberdade individual, a
tolerância religiosa e a propriedade privada. Leia um trecho de um texto de sua autoria:
“É evidente que a monarquia absoluta, que alguns consideram o único governo do mundo, é, de fato,
incompatível com a sociedade civil, não podendo, por isso, ser uma forma de governo (...). Sendo os ho-
mens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade
e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. “
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 71.
OBS: Eram práticas comuns das monarquias absolutistas o confisco dos bens dos cidadãos que deviam
impostos e mandar queimar as residências daqueles que faziam movimentos de contestação da ordem
estabelecida. Como veremos nas semanas seguintes, os colonos da América Portuguesa foram muito
oprimidos dessa forma.
O filósofo escocês ADAM SMITH (1723-1790), considerado como o pai do Liberalismo Econômico, de-
fendia ideias radicalmente opostas ao Mercantilismo, como, por exemplo, que o Estado (poder político
estabelecido) não deveria interferir na economia. Quem produz deveria ter liberdade para definir o que
produzir e a que preço vender. Do mesmo modo, os comerciantes deveriam ter liberdade para nego-
ciar o que quisessem e para definir os preços de suas mercadorias. Assim a economia, deveria ser
regulada pela lei da oferta e da procura: o mercado; ou seja, as necessidades dos consumidores é que
deveriam ser determinantes para que os industriais definissem o que produzir e os comerciantes o que
comercializar.
O Liberalismo Político é a defesa da ideia de que o Estado (os governos estabelecidos) deve ter seus
poderes e funções definidos e limitados por leis - normas gerais e a lei suprema de um país, a Consti-
tuição. Além disso, o Estado deve respeitar os direitos fundamentais e irrevogáveis do homem, como a
vida, a liberdade e a propriedade. Essas ideias foram defendidas pelo filósofo inglês John Locke (1632-
1704) e pelos iluministas franceses como Montesquieu, Rousseau e Voltaire.
A elite de homens cultos e ricos das treze colônias inglesas da América, que deram origem aos Estados
Unidos, conhecia as ideias iluministas e sentia-se massacrada pelo Absolutismo e por suas práticas
mercantilistas, assim como a elite da América Espanhola e da América Portuguesa. Somou-se a isso a
opressão dos impostos que as metrópoles cobravam de seus súditos que viviam nas colônias e o rígido
151
controle sobre o comércio e a mineração. Foi assim que, ao longo do século XVIII, aconteceram vários
movimentos de contestação da ordem colonial, e, já final desse século, movimentos emancipatórios
(que visavam a Independência).
A Revolução Francesa (1789-1799) acabou com o Antigo Regime, mudando completamente a estrutura
das nações europeias e refletindo nas colônias da América.
ATIVIDADES
Com base na leitura do texto do item APRESENTAÇÃO, explique:
1 - No século XVIII, a crise do sistema colonial, é parte da crise do Antigo Regime. Quais são as três
características do Antigo Regime ?
152
No final do século XVIII, Vila Rica, que hoje em dia é Ouro Preto (MG), Rio de Janeiro, Salvador (BA) e Re-
cife (PE) eram centros intelectuais onde as pessoas tomavam conhecimento das ideias iluministas que
circulavam na Europa. Embora as autoridades proibissem a entrada e o comércio dos livros dos filóso-
fos iluministas, eles chegavam no Brasil no fundo dos baús onde rapazes brasileiros da elite que tinham
estudado em Universidades de Portugal e da França guardavam suas roupas. Esses livros eram lidos e
discutidos por um número reduzido de homens que deixaram-se influenciar pelas ideias de liberdade,
igualdade, direito dos povos de instituírem seus governos, entre muitas outras, que levaram-nos a uma
crítica ao colonialismo e à autoridade absoluta dos reis.
3 - As autoridades portuguesas proibiam a circulação dos livros dos filósofos iluministas, no Brasil do
século XVIII. Por que eles eram considerados como uma ameaça à manutenção da ordem colonial ?
As treze colônias inglesas situadas no leste da América do Norte foram a primeira região das Américas
a tornar-se independente. Sua Declaração de Independência foi assinada no Segundo Congresso Con-
tinental da Filadélfia, Pensilvânia, em 4 de Julho de 1776. Repare que as ideias dos filósofos iluministas
foram inspiração para o texto dessa Declaração. Leia alguns itens dessa desse documento:
• Todos os homens nascem livres e iguais e são dotados pelo Criador de certos direitos inaliená-
veis; entre eles, a vida, a liberdade e busca da felicidade
• os governos são estabelecidos pelos homens para garantir esses direitos e seu justo poder ema-
na do consentimento dos governados
• se um governo não reconhece esses objetivos, o povo tem o direito de modificá-lo ou aboli-lo e
de estabelecer um novo governo fundamentando-o nos princípios e sobre a forma que lhe pareça
a mais própria para lhe garantir a segurança e a felicidade
• Quando uma longa série de abusos e de usurpação marca a intenção de submeter os homens a
um despotismo absurdo, é de seu direito e dever rejeitar tal governo.
DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS, 4 de Julho de 1776. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos
de História. Lisboa: Plátano, 1976. p. 60-61.
4 - O último item citado acima fala de “uma longa série de abusos e de usurpação”. Dê exemplos de
abusos praticados pelas metrópoles europeias sobre seus colonos das Américas.
153
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO(S):
Elites Coloniais e Inconfidência Mineira.
HABILIDADE(S):
Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus processos internos e em suas conexões como o
ideário liberal.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Inconfidência Mineira.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia (Iluminismo e Liberalismo).
APRESENTAÇÃO:
A Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira foi uma conspiração contra a Coroa Portuguesa planeja-
da por homens da elite da então Vila Rica, hoje Ouro Preto, Minas Gerais, no ano de 1789, o mesmo ano
em que começou a Revolução Francesa (1789-1799), inspirada pelos mesmos ideais iluministas do fim
do Absolutismo Monárquico pelos quais lutavam os revolucionários franceses. Visava a Independência,
mas foi um movimento separatista - pretendiam separar a Capitania das Minas Gerais do Brasil. Defini-
ram que a República seria a forma de governo a ser adotada posteriormente. Não havia consenso quanto
ao fim da escravidão, visto que era composto por muitos homens que exploravam jazidas de ouro -
e a atividade de extrair ouro de minas ou de encontrar ouro de aluvião, o que fica no leito dos rios, era
feita por escravizados de origem africana.
A conjuração foi delatada; seus participantes presos e julgados. A sentença, lida em 18 de Abril de 1792,
condenou-os à morte, pena posteriormente comutada para degredo nas colônias portuguesas de An-
gola e Moçambique, na África. Apenas um deles, o Tiradentes, teve a pena de morte mantida e executa-
da na forca, no Rio de Janeiro, então Capital da Colônia.
154
PARA SABER MAIS:
Livros paradidáticos:
ANASTASIA, Carla. Inconfidência Mineira. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras. São Paulo: Ática, 1998.
AZEVEDO, Milton M. Abre as Asas sobre Nós- A Inconfidência Mineira. São Paulo: Moderna, 2015.
MOTA, Carlos Guilherme. Tiradentes e a Inconfidência Mineira. São Paulo: Ática, 2003.
VETILO, Walter. Tiradentes. Coleção Saga de Heróis. São Paulo: Escala Educacional, 2007.
Vídeos:
Inconfidência Mineira e Tiradentes. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=rl31pd8ys6k>.
Acesso em: 26 ago 2021.
Inconfidência Mineira- História em minutos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=90a-
KYr14EU4>. Acesso em: 26 ago 2021.
Inconfidência Mineira e Tiradentes - Brasil Escola: Disponível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=X26I2lYkuuI>. Acesso em: 26 ago 2021.
Histórias do Brasil - Tiradentes e a Inconfidência Mineira: Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=sZjHTDtopfU>. Acesso em: 26 ago 2021.
Inconfidência Mineira e Tiradentes - em Ouro Preto, MG: Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=6UDsBW-we34>. Acesso em: 26 ago 2021.
ATIVIDADES
Leia o texto abaixo e responda às questões seguintes:
155
Joaquim José da Silva Xavier: alferes (segundo-tenente) da cavalaria, conhecido como Tiradentes, por
também ser dentista prático. Nascido na antiga Fazenda do Pombal, entre os atuais municípios de São
João del Rey e Tiradentes, de propriedade de seu pai, um minerador potuguês. Órfão de pai e mãe ainda
criança, foi criado por seu padrinho, com quem aprendeu a arrancar dentes. Antes de ser militar, foi
tropeiro entre Vila Rica e o Rio de Janeiro. Depois de envolver-se com os demais conjurados, espalhou
as ideias de libertação de Portugal nos caminhos da Estrada Real que há muito já conhecia, além de na
própria cidade do Rio de Janeiro, então Capital da Colônia. Por isso foi considerado extremamente pe-
rigoso para a manutenção da ordem colonial. Condenado à morte nos Autos da Devassa, os documentos
que registram o julgamento dos inconfidentes, foi enforcado no centro do Rio de Janeiro, no dia 21 de
Abril de 1792. Seu corpo foi esquartejado e os pedaços expostos na Estrada Real, entre o Rio de Janeiro
e Vila Rica.
Eram também militares, entre os inconfidentes: o Tenente-coronel Francisco de Paula Freire de
Andrade, o Tenente-Coronel e comerciante Domingos de Abreu Vieira, José Resende da Costa e
Luiz Vaz de Toledo Piza.
Os inconfidentes cujos nomes são mais conhecidos, além de Tiradentes, são:
Cláudio Manoel da Costa (Vila do Ribeirão do Carmo, hoje Mariana, MG, 1729 - Vila Rica, hoje Ouro Preto,
1789): advogado, minerador e poeta. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, Portugal. Em
Vila Rica, foi por duas vezes secretário de governo, advogado, procurador da Coroa e desembargador.
Foi interrogado apenas uma vez por sua participação na Inconfidência. Preso na Casa dos Contos, a
versão oficial é de que enforcou-se em sua cela, versão questionada por historiadores que levantam a
hipótese de que teria sido morto.
Inácio José de Alvarenga Peixoto (Rio de Janeiro, 1742 - Ambaca, Angola, 1792): advogado e poeta. A ele
é atribuída a ideia de usar na bandeira do movimento a inscrição em Latim Libertas quae sera tamen,
Liberdade ainda que tardia, retirada do poeta romano Virgílio. Formou-se em Direito na Universidade
de Coimbra. Foi ouvidor ( juiz de Direito ) da Comarca de Rio das Mortes e minerador em Campanha e
São Gonçalo do Sapucaí. Casou-se com Bárbara Heliodora, com quem teve quatro filhos e que sabia dos
planos dos conjurados.
Tomás Antônio Gonzaga (Porto, Portugal, 1744 - Moçambique, 1812): advogado e poeta. Estudou Direito
na Universidade de Coimbra. Em 1782 foi nomeado ouvidor (juiz de Direito) da Comarca de Vila Rica.
Principal nome do movimento literário conhecido com Arcadismo, é o autor dos versos de Marília de
Dirceu e das Cartas Chilenas, escritas sob o pseudônimo de Critilo, obra em que satiriza o então gover-
nador da Capitania de Minas Gerais Luís da Cunha Meneses.
José Álvares Maciel (Vila Rica, 1760 - Massangano, Angola, 1804): mineralogista. Era filho do capitão-mor
de Vila Rica, de mesmo nome. Aos 21 anos seguiu para Portugal, para estudar Filosofia Natural na Univer-
sidade de Coimbra, onde conheceu as ideias dos iluministas e entusiasmou-se com a Independência das
Treze Colônias Inglesas da América (1776). Em Portugal, conheceu o Visconde de Barbacena, nomeado em
1788 governador da Capitania de Minas Gerais. Nesse mesmo ano, voltou para o Brasil. Tendo encontrado
o Visconde de Barbacena no Rio de Janeiro, foi convidado por ele a residir no Palácio dos Governadores,
em Vila Rica. Convite aceito, foi encarregado de encontrar novas jazidas de ouro em Sabará, Caeté e nos
arredores de Vila Rica, atividades às quais se dedicou até 1789, quando foi detido, acusado de conspirar
contra a Coroa de Portugal. Foi o conjurado que colocava os outros a par das atividades do governador.
156
1 - Por que a Inconfidência Mineira é considerada como um movimento separatista e planejado por
homens da elite?
157
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO(S):
Elites coloniais e Inconfidência Mineira.
HABILIDADE(S):
Compreender e analisar a crise do sistema colonial em seus processos internos e em suas conexões com o
ideário liberal.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Inconfidência Mineira.
APRESENTAÇÃO
Esteja atento(a) aos conceitos fundamentais para entender o assunto dessa semana:
Inconfidência: falta de fidelidade ou lealdade para com alguém, sobretudo para com o Estado (poder
público ) e seus representantes.
Conjuração: Associação de pessoas que conspiram secretamente contra um governo.
Quinto: imposto criado pela Coroa Portuguesa sobre o ouro encontrado em suas colônias. Correspon-
dia a 1/5 ; ou seja, a 20% do metal. Era cobrado nas Casas de Fundição, locais onde o ouro era fundido
e transformado em barras. Nesse momento, os mineradores recebiam registro de que tinham pagado o
quinto, os “certificados de recolhimento”. As barras de ouro “quintadas” eram marcadas com o selo real
e com dados de controle.
Derrama: sistema de cobrança forçada do piso obrigatório de 100 arrobas anuais na arrecadação do
quinto. Foi implantado pela Coroa Portuguesa nas Minas Gerais a partir de 1751, devido à queda da mine-
ração: como o ouro estava diminuindo, o valor da arrecadação de impostos também. Consistia em con-
fiscar bens dos devedores: joias, pratarias domésticas, móveis, e até mesmo a casa onde o minerador
morasse, conforme o valor da dívida.
Uma arroba: Em Portugal e suas colônias, correspondia a 14,7 kg.
Cem arrobas: 1.470 kg . Como uma tonelada são mil quilos, o piso de 100 arrobas anuais de ouro equi-
valia a uma tonelada e 470 kg.
Autos: documentos que compõem um processo judicial.
Devassa: tudo que constitui a investigação para apurar um crime, como, por exemplo, a pesquisa de
provas e a inquirição dos acusados e das testemunhas.
Autos da Devassa: o processo que levou os inconfidentes a julgamento.
158
SABER MAIS:
Se possível, navegue no site do Museu da Inconfidência: Disponível em: <https://museudaincofiden-
cia.museus.gov.br>. Acesso em: 26 ago 2021.
Casa dos Contos: Disponível em: <http://museus.cultura.gov.br>. Acesso em: 26 ago 2021.
Livros paradidáticos:
DINIZ, André. História do Brasil em quadrinhos - A Inconfidência Mineira. São Paulo: Escala Educacio-
nal, 2018.
GALDINO, Luiz & LACONTE, Wanderley. Conjuração Mineira. São Paulo: Saraiva, 2004.
OLIVIERI, Antônio Carlos. A Independência dos Estados Unidos. São Paulo: Ática, 1992.
ATIVIDADES
Leia o texto a seguir, que explica o que foi a Inconfidência Mineira (1789). Em seguida, responda às
questões.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (CONJURAÇÃO MINEIRA).
Antecedentes:
Ao longo do século XVIII, a produção de ouro de Minas Gerais caiu gradativamente, mas a cobrança de
impostos feita pela Coroa de Portugal, não. Os mineradores não davam conta de pagar. Por isso, em
1751, foi instituída a cobrança de um piso anual de 100 arrobas sobre o pagamento do quinto, o principal
imposto. Como 100 arrobas seriam 1.470kg e o ouro vinha escasseando a cada ano, os homens detento-
res de lavras de ouro foram ficando cada vez mais insatisfeitos. Para piorar o quadro, o Alvará de 1785,
também chamado de Alvará de D. Maria I, proibiu o funcionamento de manufaturas têxteis na colônia,
com exceção das que produziam tecidos grossos de algodão usados para a fabricação de roupas para
os escravizados. A imposição dessa medida obrigou a compra de tecidos importados - geralmente in-
gleses - de ótima qualidade, mas bem mais caros, o que aumentou a crise.
A situação atingiu o auge quando, em 1788, chegou no Brasil um novo governador para a Capitania das
Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, o Visconde de Barbacena,
encarregado de realizar uma Derrama, a cobrança violenta dos impostos sobre a mineração atrasados.
Essa notícia alarmou os habitantes da Capitania, criando condições para uma conspiração: a Inconfi-
dência Mineira ou Conjuração Mineira.
Em sua maioria, os conjurados eram homens da elite de Vila Rica, a então Capital de Minas Gerais (hoje
Ouro Preto): mineradores, fazendeiros, altos funcionários da Coroa, advogados, padres e oficiais da
cavalaria - do regimento encarregado da fiscalização da cobrança do quinto nas Casas de Fundição e da
segurança das barras de ouro que eram transportadas até o porto do Rio de Janeiro, de onde seguiam
para Portugal - a 6ª Companhia de Dragões, onde Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, exercia
o posto de alferes (equivalia a segundo-tenente), tendo como comandante o Coronel Joaquim Silvério
dos Reis, que viria a ser o principal delator da conspiração.
Muitos dos conjurados tinham formação na Universidade de Coimbra, Portugal, o que, por si só, mos-
tra o quanto eram homens nascidos na elite - na época, só os muitos ricos tinham Curso Superior.
Na Universidade de Coimbra, conheceram ideias dos filósofos iluministas franceses, como o fim do
Absolutismo Monárquico, igualdade entre os homens, liberdade religiosa e de expressão, limitação do
poder dos governantes através de uma Constituição, direito da população de destituir o governante que
fosse opressor. Além disso, ficaram informados do fato de que as treze colônias inglesas da América do
Norte proclamaram sua Independência em 1776, formando uma República, os Estados Unidos da Amé-
rica. Esses fatos encheram de esperança os jovens de Minas Gerais que estudavam em Coimbra, como
159
José Álvares Maciel, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto, de que pudessem se
livrar da opressão imposta pela Coroa Portuguesa, depois que voltassem para Vila Rica.
Os inconfidentes reuniam-se à noite, sempre na casa de um deles, para discutir as ideias dos filósofos
iluministas e para planejar como enfrentariam as tropas portuguesas, proclamariam a Independência e
o que fariam depois.
Entre os planos militares, estava a resistência à Derrama, o que daria início a um movimento maior, para
o rompimento com Portugal. Porém, os inconfidentes não tinham tropas e a organização de homens em
armas era muito pequena.
Depois que o movimento se tornasse vitorioso, os homens que o planejaram pretendiam:
• Proclamar a República.
• Aprovar uma Constituição, que seria escrita por Cláudio Manoel da Costa, Inácio José de Alva-
renga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga.
• Apresentar à população a bandeira da nova República: um triângulo com a inscrição em Latim
Libertas quae sera tamen - Liberdade ainda que tardia - que inspirou a atual bandeira do Estado
de Minas Gerais.
• Transferir a Capital de Vila Rica para São João del Rey.
• Fundar uma Universidade em Vila Rica.
• Separar a Igreja do Estado.
• Implantar indústrias em Minas Gerais.
• Criar um serviço militar obrigatório.
• Incentivar a natalidade para aumentar o povoamento, pagando pensões para mães com muitos
filhos.
• Tomar as instalações da Casa da Moeda, que ficava em Vila Rica.
Discutiram muito o fim da escravidão, mas essa questão ficou indefinida, visto que o trabalho nas minas
era feito por escravizados.
Planejada para Fevereiro de 1789, a Derrama não aconteceu. No início de Março, o Visconde de Barba-
cena anunciou às Câmaras Municipais que a Derrama tinha sido suspensa. Em meados desse mesmo
mês, o Coronel Joaquim Silvério dos Reis, que tinha muitas dívidas com a Coroa resultantes do repasse
atrasado de seus contratos de coleta de impostos sobre a mineração, denunciou ao próprio Visconde
de Barbacena uma conspiração contra a Coroa Portuguesa em curso em Vila Rica, em troca do perdão
de suas dívidas. Em 19 de Abril partiu para o Rio de Janeiro, onde estava o Tiradentes, para fazer essa
mesma denúncia ao Vice-rei.
Os conspiradores foram presos e levados para o Rio de Janeiro, Capital da Colônia, onde foram julgados
pelo crime de lesa-majestade, traição ao rei (no caso, à rainha de Portugal, D, Maria I). As sentenças
foram lidas em 18 de Abril de 1792, sendo que 12 réus foram condenados à morte. No dia seguinte, numa
audiência, foi lido o Decreto de D. Maria I que comutava a pena de morte em degredo nas colônias portu-
guesas de Angola e Moçambique, na África. Só para Tiradentes foi mantida a pena de morte, executada
na forca em 21 de Abril desse mesmo ano, no centro do Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado e
seus restos mortais expostos ao longo da Estrada Real, entre o Rio e Vila Rica.
160
1 - Analise o quadro a seguir:
a) A produção aumentou mais entre quais décadas do século XVIII (18) ? Qual foi esse aumento,
em kg ?
c) Depois que a produção de ouro começou a cair, em algum momento ela voltou a aumentar ?
d) Qual foi a queda, em kg, entre a década seguinte e a década em que aconteceu a Inconfidência
Mineira ?
e) Relacione a queda na produção de ouro acontecida em Minas Gerais no século XVIII com a In-
confidência Mineira.
161
2 - Qual o significado social, na Vila Rica do século XVIII, de ter formação na Universidade de Coimbra,
em Portugal ?
3 - Relacione as ideias políticas que alguns inconfidentes conheceram na Universidade de Coimbra com
seus planos para Minas Gerais, após a Independência.
4 - Você identifica alguma contradição entre os ideais iluministas do século XVIII e os objetivos dos
inconfidentes ? Qual ? Por quê ?
162
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO(S):
Manifestações Populares e Conjuração Baiana.
HABILIDADE(S):
Estabelecer relações entre a Conjuração Baiana e a Revolução Francesa.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Conjuração Baiana, Revolução Francesa.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia (Iluminismo).
APRESENTAÇÃO:
A Revolução Francesa começou em Paris no ano de 1789, contra o Absolutismo Monárquico e os pri-
vilégios da nobreza e do clero. Foi um período de guerras civis na França que durou até 1799, quando,
em Novembro, O General Napoleão Bonaparte, deu um golpe de Estado - o Golpe de 18 de Brumário -
e assumiu o poder.
Os revolucionários lutaram na defesa de ideias que poucas décadas antes haviam sido defendidas pelos
filósofos iluministas, como a de que os governantes devem estar a serviço dos interesses da maioria
da população e terem suas funções e poderes limitados por uma Constituição. O governante que não
correspondesse às expectativas da população poderia ser deposto pela vontade popular.
Outra ideia importante defendida pelos iluministas foi a de igualdade de direitos entre todos os cidadãos.
Havia também uma grande insatisfação com o sistema de cobrança de impostos da França: a nobreza e
o clero não pagavam impostos, mas cobravam impostos do restante da população, o chamado Terceiro
Estado.
O lema da Revolução foi “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, que resume muito bem os ideais
iluministas.
A Revolução Francesa inspirou um movimento popular separatista contra o Coroa Portuguesa acon-
tecido em Salvador, na Bahia, no ano de 1798, conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos
Alfaiates (muitos dos participantes eram alfaiates, homens que faziam roupas masculinas) ou Revolta
dos Búzios, porque alguns dos integrantes da revolta identificavam-se como tais usando um búzio em
um braço.
163
CONJURAÇÃO BAIANA OU REVOLTA DOS ALFAIATES (1798)
LOCAL: Salvador, Bahia.
COMO COMEÇOU: membros da Maçonaria que se agregavam com o nome de Cavaleiros da Luz - o senhor
de engenho Ignácio Siqueira Bulcão e homens de classe média como o cirurgião e jornalista Cipriano
Barata o “ médico dos pobres “, o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo, o padre Agostinho Gomes e
os professores Francisco Muniz Barreto e José da Silva Lisboa reuniam-se periodicamente para tradu-
zir e estudar textos de filósofos iluministas como Rousseau e Voltaire. As ideias de igualdade ganharam
as ruas através de panfletos e manuscritos fixados em locais públicos no dia 12 de Agosto de 1798, con-
clamando o povo a fazer uma revolução e implantar uma República igualitária na Bahia.
Essas ideias repercutiram entre a população pobre, que sofria com a escassez de alimentos, que su-
biam de preço constantemente. Roupas, calçados e ferramentas eram produtos caros e importados
de Portugal, já que o Alvará de 1785, assinado por D. Maria I, rainha de Portugal, proibia a existência de
fábricas no Brasil. Além disso, os impostos abusivos contribuíam para aumentar a insatisfação popular.
IDEAIS DEFENDIDOS NOS PANFLETOS:
• Proclamação de uma República na Bahia em que todos tivessem liberdade e igualdade de direitos.
• Abolição da escravidão.
• Abertura do porto de Salvador para o livre-comércio.
• Diminuição dos impostos.
• Aumento dos soldos e da oferta de alimentos.
A REPERCUSSÃO:
O movimento teve adesão popular entre soldados e alfaiates. Quando a revolta se radicalizou, os inte-
lectuais afastaram-se do movimento.
O governador da Bahia, Fernando José de Portugal e Castro, ordenou que fosse aberta uma investiga-
ção para descobrir os responsáveis pelos panfletos, o que levou as autoridades aos conspiradores, que
foram presos. Julgados um ano e dois meses depois, no dia 8 de Novembro de 1799, a responsabilidade
maior coube aos soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga e Lucas Dantas do Amorim Torres e aos
alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus Nascimento, enforcados em 8 de Novembro
de 1799 e depois esquartejados. Seus membros foram expostos em diferentes locais de Salvador.
Os intelectuais e participantes da Maçonaria receberam penas mais brandas ou foram absolvidos.
164
Revolução Francesa:
Mapas Mentais: https://www.youtube.com/watch?v=I8q0S_XGwdg&t=143s
https://www.youtube.com/watch?v=_46qYt8cETc
Vídeos:
Resumo de História - Antecedentes da Revolução Francesa: https://www.youtube.com/
watch?v=ZYlYW7_KBL0
Revolução Francesa: https://www.youtube.com/watch?v=tDzB87R2tEg
Revolução Francesa - História em minutos: https://www.youtube.com/watch?v=jdiONmpJVtc
Jacobinos e Girondinos (2 minutos): https://www.youtube.com/watch?v=vTTsn6Y3yKQ
Revolução Francesa: Causas e motivos - História Contada: https://www.youtube.com/
watch?v=bxSohkuv7SA
Revolução Francesa: Monarquia Constitucional - História Contada: https://www.youtube.com/
watch?v=tzeIqQX4z-8
Revolução Francesa - Parte 1 - Prof. Dr. Alfredo Boulos Júnior: https://www.youtube.com/
watch?v=OQ9xHS2debY
Revolução Francesa - Parte 2 - Prof. Dr. Alfredo Boulos Júnior: https://www.youtube.com/
watch?v=ZgpxBrLaBkE
Todos os vídeos foram acessados em: 27/08/2021
ATIVIDADES
Algumas das propostas dos líderes da Conjuração Baiana eram divulgadas através de textos satíricos
chamados de pasquins, que faziam críticas políticas e conclamavam o povo à mobilização contra a ad-
ministração colonial portuguesa. Muitos desses textos eram afixados nas portas das igrejas.
Leia abaixo o conteúdo de dois deles:
“Povo, o tempo é chegado para defenderdes a vossa liberdade; o dia da nossa revolução, da nossa liber-
dade e da nossa felicidade está para chegar. Animai-vos que sereis felizes para sempre!”
“ nimai-vos povo baiense, que está para chegar o tempo feliz de nossa liberdade, o tempo que seremos
todos irmãos, o tempo em que seremos todos iguais.
As ideias dos participantes da Conjuração Baiana também foram divulgadas através de panfletos pre-
gados nas ruas de Salvador. Leia um trecho de um desses panfletos, de Agosto de 1798:
“ Aviso ao Povo Bahiense
Ó vós Homens cidadãos; o vós Povos curvados e abandonados pelo rei, pelos seus despotismos, pelos
seus ministros.
Ó vós Povo que nascestes para sereis livre e para gozares dos bons efeitos da Liberdade; ó vós Povos
que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado, esse mesmo rei que vós criastes; esse
mesmo rei tirano é quem se firma no trono para vos veixar, para vos roubar e para vos maltratar.
Homens, o tempo é chegado para vossa ressurreição; sim, para ressuscitareis do abismo da escravi-
dão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.
A liberdade consiste no estado feliz, no estado livre do abatimento; a liberdade é a doçura da vida,
o descanso do homem com igual paralelo de uns para outros; finalmente, a liberdade é o repouso e a
bem aventurança do mundo.
PRIORE, Mary del e outros. Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997. p. 38.
165
1 - Há alguma palavra que se destaca mais nos pasquins e no panfleto? Qual?
2 - Essa palavra teria o mesmo significado para os conjurados membros da elite e para os soldados e
alfaiates? Explique.
3 - Identifique nos textos acima ideias em comum com a Revolução Francesa (1789-1799).
166
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, Colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO(S):
Das Crises do Sistema Colonial ao Período Joanino.
HABILIDADE(S):
Comparar os movimentos de resistência contra a colonização portuguesa, identificando suas especificidades.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Revolta de Beckman, Guerra dos Mascates, Guerra dos Emboabas, Revolta de Vila Rica.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
APRESENTAÇÃO
Esteja atento(a) aos conceitos:
Emboaba: palavra de origem Tupi que significa “aves de pernas emplumadas”, em referência às botas
de canos altos usadas pelos portugueses.
Os paulistas chamavam os portugueses de emboabas. Posteriormente, o termo passou a ser utilizado
pelos paulistas residentes na Capitania das Minas do Ouro ( o Estado de Minas Gerais ) para designar não
só os portugueses como também todos aqueles que vinham de outros lugares para a região das minas;
ou seja, com o significado de “forasteiros”.
Mascates: comerciantes que vendiam seus produtos de porta em porta e/ou viajando.
Movimentos nativistas: movimentos sociais em que os envolvidos são ou se sentem nativos da região
onde moram e lutam em defesa de interesses daquela região.
Tropeiro: homem que, no Brasil do século XVIII, transportava mercadorias em tropas de mulas. Geral-
mente viajavam entre o Rio de Janeiro, a então Capital da Colônia, e as minas do ouro e dos diamantes.
Monopólio: exclusividade; domínio ou controle absoluto que se tem sobre alguma coisa.
Estanco: monopólio sobre um produto de forma legal.
Bandeirantes: homens que, no século XVII, saíam de São Paulo em expedições chamadas de bandeiras,
rumo aos sertões, em busca de ouro e pedras preciosas e de indígenas para escravizar.
Ouro de aluvião: ouro encontrado na areia, argila e cascalho no leito dos rios e/ou em suas margens.
Casas de Fundição: locais onde o ouro era fundido e transformado em barras “quintadas”; ou seja, do
qual já tinha sido extraído o quinto (1/5 da quantidade), que era o principal imposto sobre a mineração
cobrado pela Coroa Portuguesa.
167
PARA SABER MAIS:
Livros paradidáticos:
AFONSO, Eduardo José. Guerra dos Emboabas. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras. São Paulo:
Ática, 2006.
BELLOMO, Harry Rodrigues. As Rebeliões Coloniais. São Paulo: FTD, 1998.
SILVA, Luiz Geraldo. Guerra dos Mascates. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras. São Paulo:
Ática, 1995.
Vídeos:
Revoltas Nativistas/Brasil Colônia: Beckman, Mascates, Felipe dos Santos: https://www.youtube.
com/watch?v=WaFF90QMXFI
História do Brasil - Período Colonial (1530-1822) - Aula 9 - Revoltas Nativistas: https://www.youtube.
com/watch?v=p0GP_eNlH5I
Os vídeos foram acessados em: 27/08/2021
ATIVIDADES
REVOLTA DE BECKMAN (1684-1685)
Local: São Luís do Maranhão.
Causas: conflitos entre colonos e jesuítas em torno da escravização de indígenas; insatisfação dos co-
lonos com o monopólio do comércio exercido pela Companhia Geral de Comércio do Maranhão, criada
pela Coroa Portuguesa em 1682. Por deter o monopólio do comércio, a Companhia obrigava os produto-
res locais a vender seus produtos por preços muito baixos e a comprar tudo o que levava para a região
a preços muito altos. Entre outras atribuições, a Companhia deveria fornecer aos colonos do Maranhão
500 africanos escravizados por ano, abastecer a região com gêneros alimentícios e tecidos, adquirir e
exportar produtos locais, como açúcar, tabaco, cacau e couros.
Líderes: o dono de engenho de cana-de-açúcar Manuel Beckman e seu irmão Tomás, e Jorge Sampaio
de Carvalho.
Fatos: a revolta eclodiu na noite de 24 de fevereiro de 1684, quando um grupo de 68 homens invadiu e
tomou os armazéns da Companhia. No dia seguinte, tomaram o Corpo da Guarda de São Luís e a resi-
dência do capitão-mor Baltasar Fernandes. Posteriormente, invadiram o Colégio dos Jesuítas e expul-
saram os padres que ali encontraram. Organizados na Câmara Municipal, os revoltosos organizaram
uma Junta Geral de Governo que decidiu depor o governador e o capitão-mor, abolir o estanco, extinguir
a Companhia do Comércio e expulsar todos os jesuítas.
Para resolver a situação, a Coroa Portuguesa enviou um novo governador, que aportou em São Luís em
15 de Maio de 1685, à frente de efetivos militares. O governo provisório foi dissolvido e os principais lí-
deres da revolta foram presos.
Desfecho: Tomás Beckman e outros envolvidos foram condenados à prisão ou ao degredo; Manuel
Beckman e Jorge Sampaio foram condenados à morte e enforcados em 02 de Novembro de 1685.
168
GUERRA DOS EMBOABAS (1707-1709)
Local: Minas Gerais. Começou entre os atuais municípios de Caeté e Sabará.
Causas: na segunda metade do século XVII, bandeirantes paulistas como Fernão Dias Paes Leme e seu
genro Manuel de Borba Gato dirigiram-se para Minas Gerais em busca de ouro e pedras preciosas. No
final do século XVII, Borba Gato encontrou ouro no rio das Velhas, onde hoje é o município de Sabará.
Desde então o número de aventureiros que afluíram para essa região e proximidades passou a crescer
muito rapidamente. Os paulistas, por terem sido os primeiros a explorar o ouro, achavam que deveriam
ter o privilégio de explorá-lo; por isso, opunham-se à presença de portugueses e de colonos de outras
capitanias, que chamavam pejorativamente de emboabas. Os conflitos entre paulistas e emboabas só
cresceram com o tempo, acabando numa guerra pela exploração do ouro.
Líderes: Manuel de Borba Gato (paulista) e Manuel Nunes Viana, pecuarista e minerador português
(emboaba).
Fatos: assassinatos, provocações, lutas e emboscadas. O episódio mais trágico foi uma batalha acon-
tecida num local que passou a ser chamado de Capão da Traição, entre os atuais municípios de Tiraden-
tes e São João del Rey, quando houve um massacre do exército paulista pelos emboabas.
Consequências: os paulistas que sobreviveram dirigiram-se para Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato
Grosso, onde descobriram novas jazidas de ouro e pedras preciosas; criação, em 1709, da Capitania de
São Paulo e Minas do Ouro, desmembrada da do Rio de Janeiro; a Coroa Portuguesa passou a exercer
rígido controle administrativo e fiscal na região; elevação da vila de São Paulo à categoria de cidade.
2 - Descreva a imagem abaixo, do pintor alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858), identificando o
tipo de ouro que está sendo extraído:
169
Líderes: os homens mais ricos de Vila Rica na época - o português Pascoal da Silva Guimarães e Manoel
Mosqueira Rosa; e o tropeiro Felipe dos Santos Freire, que alguns historiadores dizem que também era
português.
Fatos: a capitania de São Paulo e MInas do Ouro foi criada em 1709, após a Guerra dos Emboabas. Em
1720 foi dividida em Capitania de São Paulo e Capitania de Minas Gerais, com Capitais em São Paulo e
Vila Rica (Ouro Preto), respectivamente. Vila Rica era uma sociedade urbana, com uma população com-
posta por centenas de escravizados de origem africana, portugueses potentados (poderosos, ricos e
influentes) do ouro e por uma classe média de comerciantes e profissionais liberais.
Na noite em que comemoravam o Dia de São Pedro - 29 de Junho - no ano de 1720, centenas de ho-
mens armados tomaram as ruas de Vila Rica ruma à casa do ouvidor (juiz de Direito), que tinha fugido.
Dirigiram-se, então, ao prédio da Câmara, onde Felipe dos Santos assumiu o comando. Foi elaborado
um texto para o governador Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, o Conde de Assumar, que
encontrava-se em Ribeirão do Carmo, hoje Mariana, exigindo o fim das Casas de Fundição e de vários
impostos e a abolição dos monopólios comerciais de sal, gado, aguardente e fumo.
Após receber as reivindicações dos revoltosos, o Conde de Assumar fingiu aceitá-las, ganhando tempo
para organizar tropas e reprimir o movimento violentamente: em 16 de Julho entrou em Vila Rica com
todo seu contingente, mandando prender os rebelados e incendiar suas casas.
Felipe dos Santos encontrava-se em Cachoeira do Campo, pregando a revolta diante das portas da igre-
ja, quando foi preso.
Após o julgamento da rebelião, Pascoal da Silva Guimarães foi enviado preso para Lisboa, junto com
outros conjurados. Felipe dos Santos foi o único condenado à morte, sendo enforcado em 15 de Julho
de 1720.
170
Os olindenses participantes da guerra foram presos. Em 1714, o rei de Portugal, D. João V, concedeu-lhes
anistia. Para que a paz fosse mantida, também obtiveram o perdão de suas dívidas e a manutenção de
suas plantações de cana-de-açúcar.
Consequência: Recife tornou-se sede administrativa de Pernambuco,em 1712, no lugar de Olinda.
4 - Há na Guerra dos Mascates sinais de que no começo do século XVIII a economia açucareira estava
entrando em declínio ? Explique.
171
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, Colonizações e relações étnico-culturais.
TEMA/TÓPICO(S):
Das Crises do Sistema Colonial ao Período Joanino.
HABILIDADE(S):
Comparar os movimentos de resistência contra a colonização portuguesa, identificando suas especificidades.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Conjuração Mineira, Conjuração Baiana.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
APRESENTAÇÃO:
O século XVIII foi de profundas transformações sociais, econômicas e políticas na Europa e nas Améri-
cas: novas ideias defendidas pelos filósofos iluministas, que eram em sua maioria franceses, como as
de que os homens devem ter os mesmos direitos e deveres e os governantes devem ter seus poderes
limitados por uma Constituição influenciaram a Revolução Francesa (1789-1799), cujo lema foi - Liber-
dade, Igualdade e Fraternidade. Enquanto a revolução começava na França, na América Portuguesa, na
Capitania das Minas Gerais, homens da elite, ricos e cultos, iniciavam um movimento sonhando com a
Independência e a separação de Minas Gerais do restante do território brasileiro. Em 1798, já perto do
fim da Revolução Francesa, na Bahia, homens de classe média membros da Maçonaria, discutiram a
Independência e a separação da Bahia do restante do Brasil. Esse movimento, conhecido como Conju-
ração Baiana, teve forte adesão popular, principalmente entre soldados e alfaiates afrodescendentes.
Ambos os movimentos eram republicanos e foram fortemente reprimidos pela Coroa Portuguesa. São
chamados de revoltas separatistas, porque queriam a separação das regiões onde aconteceram (no
caso, Minas Gerais e Bahia) do Brasil, que era ainda uma das colônias de Portugal.
172
Livros para aprofundamento:
CHIAVENATO, Júlio José. As várias faces da Inconfidência Mineira. São Paulo: Editora Contexto, 1989.
(88 páginas)
FIGUEIREDO, Luciano. Rebeliões no Brasil Colônia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. (88 páginas)
Mapas Mentais:
Tiradentes: https://www.youtube.com/watch?v=03-lewJ3n1g
Sobre as duas conjurações: https://www.youtube.com/watch?v=W8gYjQX5q8U&t=49s
Vídeos que comparam as duas conjurações:
Diferenças entre Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana: https://www.youtube.com/
watch?v=ugHs7RWbZWo
A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana: https://www.youtube.com/watch?v=clSLLYUzrDY
Inconfidência Mineira X Conjuração Baiana/ ProEnem: https://www.youtube.com/
watch?v=ZEZMa8H2Gok
Vídeo sobre Tiradentes: Tiradentes / Nerdologia: https://www.youtube.com/watch?v=wADmQiM8XZY
Todos os vídeos foram acessados em: 27 ago. 2021
ATIVIDADES
Analise a imagem abaixo, do pintor Eduardo de Sá (1866-1940), sobre os inconfidentes:
173
2 - Na sua opinião, por que o pintor teria retratado os conjurados olhando para os populares que
assistiam a leitura da sentença, ao invés de para quem lê a sentença ?
3 - Compare qual era a ideia de liberdade que tinham os conjurados mineiros, homens ricos e cultos,
com a dos conjurados baianos, homens de camadas sociais desfavorecidas.
4 - O exercício seguinte é para que você possa lembrar o que estudou nesse bimestre sobre as
Conjurações Mineira e Baiana:
Preencha o quadro comparativo:
Conjuração Mineira Conjuração Baiana
Local e data
Protagonistas
Objetivos
Líderes
Influências externas
Como terminou
Caro(a) estudante, foi ótimo escrever para você sobre a nossa História ! Agradeço seu esforço e
dedicação.
REFERÊNCIA
GALVÃO, Andrea Costa. Plano de estudo tutorado: 1ª série - História ensino médio, Volume 4. Belo
Horizonte: SEEMG, 2021.
174
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Identidade na perspectiva sociológica.
HABILIDADE(S):
Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problemati-
zando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam
os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade; Socialização.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Identidade
Olá, estudante! Espero que esteja bem.
Essa semana introduziremos a discussão sobre o tema Identidade.
175
Para iniciarmos a discussão, temos como provocação a
tirinha ao lado. Nela, a personagem Mafalda nos indaga
sobre quem somos. Esse questionamento é comum em
muitas fases das nossas vidas, principalmente na ado-
lescência. E isso se intensifica ainda mais quando somos
confrontados por meios externos, sejam pessoas que
convivem conosco ou até mesmo pelos estímulos midiá-
ticos, como mostra a nossa colega Mafalda.
E você? Como você pensa a sua identidade? Como ela é
construída? Já parou para pensar sobre isso?
A sociologia também busca explicar a nossa constitui-
ção como indivíduos, pois ao entender como somos, po-
demos compreender como seremos em sociedade.
Primeiramente é preciso entender que a identidade não
faz parte dos indivíduos quando nascem, ela é construída
socialmente a partir do meio no qual as pessoas vivem.
Ou seja, precisamos entender que estamos inseridos em
uma cultura e que há elementos culturais que vão nos
influenciar. Por exemplo, os nossos gostos por determi-
nados estilos musicais, comidas, livros, esportes e até
mesmo pela forma como estabelecemos nossas relações interpessoais (como você se relaciona com
outras pessoas) e intrapessoais (como você lida consigo mesmo). Também construímos a nossa iden-
tidade a partir de elementos físicos, seja a partir de nossas características fenotípicas ou em relação
ao nosso gênero. Apesar de entendermos que a construção da identidade é algo complexo, devemos
entender que essa construção parte de um ponto: o processo de socialização. Segundo os sociólogos
Peter Berger e Thomas Luckmann, “o indivíduo não nasce membro da sociedade. Nasce com a predis-
posição para a sociabilidade e torna-se membro da sociedade” (BERGER & LUCKMANN, 2004, p.173), ou
seja, o indivíduo, quando nasce, precisará aprender como os membros da sociedade em que ele vive
agem. Isso se dará pelo processo de socialização. Mas esse processo não se dá, a princípio, de forma
consciente, pois os indivíduos quando nascem ainda não desenvolveram as capacidades de reflexão.
“Para a sociologia, socialização significa transmissão e assimilação de padrões de comportamento,
normas, valores e crenças, bem como o desenvolvimento de atitudes e sentimentos coletivos pela co-
municação simbólica. Socialização, portanto, é o mesmo que aprendizagem, o sentido mais amplo des-
ta expressão” (NOVA, 2013, p.51). Este processo de socialização ocorre nas instituições, como na família,
na escola, na religião e, também, entre os amigos, pelos meios de comunicação, destacando o intenso
fluxo de mensagens das mídias sociais, rompendo com as barreiras espaço-temporais desse processo.
Entre os grandes clássicos, Émile Durkheim e Nobert Elias, são ótimas referências para você aprofun-
dar o seu conhecimento sobre a socialização.
Com isso, percebemos que não se pode afirmar que apenas um ou poucos elementos são suficientes
para definir a identidade de um indivíduo. Por isso, o sociólogo Stuart Hall, definiu três concepções de
identidade: a primeira concepção é o sujeito do Iluminismo: que é uma concepção individualista do su-
jeito que busca construir sua identidade a partir da razão, isto é, alguém capaz de definir todas as suas
influências; a segunda concepção é o sujeito sociológico: que parte da relação da pessoa com o meio
em que vive, no qual é totalmente influenciada por ele; a terceira concepção é o sujeito pós-moderno:
que é o sujeito que não tem “uma identidade fixa, essencial ou permanente. A identidade torna-se uma
‘celebração móvel’: formada e transformada em relação às formas pelas quais somos representados ou
interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam” (HALL, 2003, p. 12-13). A terceira concepção pro-
posta por Stuart Hall, por ser mais recente, se aproxima do que vivenciamos, pois somos influenciados
o tempo todo e cada nova informação contribui para a nossa forma de ver o mundo.
Também é importante considerar que a construção da identidade não se dá somente de uma forma, isto
é, pelo processo de socialização e pela interação com as instituições nas quais os indivíduos participam.
176
Enquanto pessoas inseridas em um contexto marcado pela diversidade de possibilidades, os indivíduos
podem ter múltiplas identidades. Elas podem estar relacionadas aos papéis sociais ou as funções que
exercem e na tensão entre essas duas realidades. Nesse sentido, o sociólogo Manuel Castells propõe
três formas e origens de construção de identidades.
• identidade legitimadora: é quando instituições que exercem um papel de dominação usam artí-
fices para justificar e propagar os seus atos, sendo assim, uma característica do nacionalismo;
• identidade de resistência: são as formas encontradas pelos indivíduos para tomarem frente
contra as formas de dominação;
• identidade de projeto: que é quando os indivíduos utilizam materiais culturais no processo trans-
formação social baseado na sua identidade, sendo exemplo o feminismo.
Essas discussões em torno do tema Identidade nos ajudam a compreender as pautas identitárias
que tem crescido a cada dia mais, onde se discute o reconhecimento das identidades na busca de
uma convivência saudável. Aceitar as diferenças contribui para que possamos nos despir dos nossos
preconceitos.
REFERÊNCIAS
BERGER, P. L.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conheci-
mento. Petrópolis: Vozes, 2004. 247p.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade - A era da informação: economia, sociedade e cultura.
São Paulo: Paz e Terra, 1999. 530 p.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. 102p.
NOVA, Sebastião Vila. Introdução à Sociologia. 6ª ed. rev. aum. São Paulo: Atlas, 2013. 231 p.
ATIVIDADES
O sociólogo Anthony Giddens ao falar sobre como a Sociologia pode influenciar, de modo prático, nas
nossas vidas, afirma que “a Sociologia pode permitir-nos uma auto-consciencialização - uma auto-com-
preensão cada vez maior. Quanto mais sabemos acerca das razões pelas quais agimos e como funciona,
de uma forma global, a nossa sociedade, tanto mais provável é que sejamos capazes de influenciar o
nosso futuro”. (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 6).
177
Vemos que pensar a identidade na perspectiva sociológica é tornar consciente os nossos processos na
sociedade, ou seja, as nossas motivações para agir em várias situações. Assim, vamos fazer um exercí-
cio de reflexão, treinando o nosso olhar sociológico.
1º momento: pense em algo que você goste muito: comida, música, esporte, dança, etc. 🤔
2º momento: você consegue lembrar a primeira vez que teve contato com isso? Quem te apresentou? 🤔
3º momento: por que as outras coisas que você não considera como favoritas não têm tanta impor-
tância?🤔
4º momento: como você acha que você seria se não gostasse disso? 🤔
5º momento: você acha que é uma pessoa melhor que as outras só por causa dos seus gostos pes-
soais?🤔
6º momento: como podemos criar uma sociedade onde todas as pessoas possam conviver sem serem
julgadas pelas suas escolhas pessoais? 😁
178
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Identidade de Gênero.
HABILIDADE(S):
Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problemati-
zando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam
os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade; Gênero.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
Homens
Mulheres
179
Você já passou por essas limitações? Você já deixou de fazer alguma coisa porque achava que aquilo
não cabe ao seu gênero? Por que a sociedade diz que o seu gênero não pode fazer isso?
Os padrões de comportamento podem ser prejudiciais na construção da identidade dos indivíduos. Eles
podem limitar a criatividade, prejudicar a autoestima e ainda contribuir para problemas como depres-
são e automutilação, pois não foram aceitas na sua individualidade. Você consegue pensar em outras
consequências que os padrões de comportamento estabelecidos para os homens e para as mulheres
podem gerar?
Além dos papéis sociais de gênero, também temos que pensar nos impactos sobre a orientação sexual
de cada indivíduo. Muitas pessoas buscam se relacionar com outras, estabelecendo vínculos, criando
afetos e trocando experiências e intimidades. Nessa busca, há pessoas que acabam se relacionando
com pessoas de gênero oposto ao seu, isto é, se identificando como alguém heterossexual (hetero = di-
ferente); há outras pessoas que acabam se relacionando com pessoas do mesmo gênero, isto é, se iden-
tificando como alguém homossexual (homo = igual); mas, também há pessoas que não se relacionam
apenas com um dos gêneros, isto é, se identificam como bissexuais.
Além das atrações afetivas e sexuais, também temos que pensar em uma outra realidade que a cada dia
se torna mais comum: o reconhecimento das pessoas transgênero. Você conhece alguém que é trans-
gênero? Consegue explicar do que se trata? Há pessoas que nascem com um sexo biológico e que não
se identifica com o gênero que foi atribuído a ela no nascimento. Por isso é importante respeitar a pes-
soa e, inclusive, chamá-la pelo nome social com o qual ela se apresenta. Muitas vezes, as pessoas trans
são registradas com um nome no seu nascimento, mas por não se reconhecerem no gênero atribuído
a elas, em algum momento depois ela decide trocar o seu nome, e passa a utilizar o que chamamos de
nome social.
Até aqui, vemos que a medida que vamos pensando e reconhecendo as identidades de gênero, mais
nomes vão surgindo. Será que isso complica mais? Como podemos pensar isso? Para não “quebrar a
cabeça” precisamos entender que, o reconhecimento dos nomes, tanto o nome social quanto aos vários
que indicam a identidade de gênero, corresponde ao reconhecimento das identidades, da aceitação
que a pessoa busca na sociedade a partir daquilo que ela é, e não do que é esperado dela.
180
PARA SABER MAIS:
SEXUALIDADE: SEXO, GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO. Minutos Psíquicos.
Publicado em 08 de março de 2016. Disponível em: <https://youtu.be/XsJTCKzL-Gg>. Acesso em: 13
ago. 2021.
Ideologia de gênero | Coluna #121. Drauzio Varella. Publicado em 30 de setembro de 2019. Disponível em:
<https://youtu.be/9kowwGuS_-8>. Acesso em: 13 ago. 2021.
O silêncio dos homens | Documentário completo. Papo de Homem. Publicado em 29 de agosto de 2019.
Disponível em: <https://youtu.be/NRom49UVXCE>. Acesso em: 13 ago. 2021.
Coisas de menina e de menino | Matteo Brandão Procópio | Cabine #04. Drauzio Varella. Publicado em
13 de outubro de 2016. Disponível em: <https://youtu.be/DVgb481rRGg>. Acesso em: 13 ago. 2021.
REFERÊNCIAS
NOVA, Sebastião Vila. Introdução à Sociologia. 6ª ed. rev. aum. São Paulo: Atlas, 2013. 231 p.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em Movimento. Ensino Médio. Volume único.2 ed. São Paulo: Editora
Moderna, 2016, 399 p.
ATIVIDADES
1 - ENEM (2010) A primeira instituição de ensino brasileira que inclui disciplinas voltadas ao público
LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) abriu inscrições na semana passada. A grade curricular
é inspirada em similares dos Estados Unidos da América e da Europa. Ela atenderá jovens com aulas
de expressão artística, dança e criação de fanzines. É aberta a todo o público estudantil e tem como
principal objetivo impedir a evasão escolar de grupos socialmente discriminados. (Época, 11 jan. 2010
- adaptado).
O texto trata de uma política pública de ação afirmativa voltada ao público LGBT. Com a criação de uma
instituição de ensino para atender esse público, pretende-se
181
2 - ENEM (2011) Em uma das reuniões do GPH (Grupo de Pais de Homossexuais) na rua Major Sertório,
no centro de São Paulo, mais de 80 jovens ocupam uma sala. Sentados em cadeiras, sofás ou em
almofadas no chão, conversam, esclarecem dúvidas e falam sobre as dificuldades e prazeres típicos
desta fase da vida. No final, participam de uma confraternização com lanche e música. O que os une
nesta tarde de domingo não é política ou religião, mas a orientação sexual: eles são LGBT (lésbicas,
gays, bissexuais, travestis e transexuais) ou querem conhecer pessoas que sejam, por conta de dúvidas
quanto à própria sexualidade. (FUHRMANN, L. Mães e filhos: um grupo em São Paulo ajuda familiares a
lidar com a homossexualidade de jovens e adolescentes. Carta Capital. N° 589, São Paulo: Confiança,
mar. 2010).
Tendo em conta as formas de incompreensão e intolerância que ainda marcam certas visões sobre o
tema da diversidade sexual, o que embasa a criação de movimentos sociais como o GPH e de outros
grupos LGBT com o mesmo perfil?
182
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Identidade Étnico-racial.
HABILIDADE(S):
Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problemati-
zando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam
os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade, etnia e raça.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
O racismo é uma realidade que atinge os negros, os indígenas e muitos outros grupos étnicos que são
considerados minorias sociais. Geralmente vemos muitos casos que afetam mais a população negra.
Diante disso, é importante lembrar que: a população branca não sofre racismo, pois foi ela a responsável
pela escravidão e pela perseguição de outros grupos. Isso incomoda muitas pessoas, pois muitas
183
pessoas brancas não concordam com a escravidão e não tiveram relação direta com a escravidão que
aconteceu no Brasil. Mas, mesmo assim, precisamos entender que a população branca vive a conse-
quência dos privilégios adquiridos às custas de várias pessoas escravizadas. Da mesma forma, a po-
pulação negra hoje, tem sofrido as consequências do período da escravidão, mesmo não tendo sido
escravizadas. Um exemplo é o racismo estrutural, onde se reproduz o racismo no tratamento diferen-
ciado entre negros e brancos.
Se você é negra ou negro: Você já sofreu o racismo? Como foi? Você o denunciou? Como lidou com essa
situação?Se você não é negra ou negro: Você já praticou o racismo? Você já presenciou alguma prática
racista? O que você fez? Você denunciou ou ignorou? Por que você tomou essa atitude?
Sempre que vemos casos de violência contra a negras e negros no país, principalmente causados pela
força policial, surgem grupos dando visibilidade para o acontecimento sob o lema “vidas negras impor-
tam”. Esses grupos sabem que todas as vidas importam, sejam negras, não-negras, de animais e até do
meio ambiente. Mas, diante de uma violência que acomete homens e mulheres negros, principalmente
jovens, então é preciso gritar que essas vidas não estão sendo reconhecidas. Diante da violência coti-
diana, a população negra tem construído a sua identidade negra como forma de lidar e superar o racis-
mo na sociedade.
Essa construção da identidade negra passa por várias esferas sociais. Pode ser no âmbito privado,
quando se trabalha a autoestima de meninas negras, mostrando que suas características físicas tam-
bém devem ser consideradas bonitas, que o seu cabelo não é ruim por ser crespo; pode ser no âmbito
público quando busca representatividade, isto é, que homens e mulheres negras ocupem espaços pú-
blicos, na mídia e até mesmo, na criação de personagens nos filmes e séries que valorizem as pessoas.
Que o ser negro não seja representado apenas quando se fala de criminalidade. E ainda no campo da
linguagem, para que as palavras que remetem à população negra não tenham cunho negativo. Você
pode dar exemplos dessas palavras e seus significados?
Uma palavra é o denegrir. Denegrir significa tornar negro. Ser negro é ruim? Então podemos deixar de
usar essa palavra no contexto em que é aplicada e usarmos a palavra difamar. Não é algo difícil. Quais
outras palavras também podemos mudar no nosso vocabulário? Faça uma lista com as palavras que
tenham cunho racista e quais podem ser utilizadas no lugar delas.
184
O tema proposto para esta semana é extremamente importante e deve ser refletido com as nossas fa-
mílias, amigos, escola, igreja e ambientes de trabalho, enfim, em todas as instituições, lugares e novas
dimensões espaço-temporais permitirem. Para tanto, a sugestão é com esta aula iniciarmos uma nova
compreensão de nós mesmos e de respeito pelo outro, em uma respeitosa ação de alteridade.
“O negro recebe a “marca” do estigma, tendo sua cor de pele utilizada como o principal elemento de
estigmatização. Frantz Fanon já havia chamado esse processo de «esquema epidérmico» do sistema
colonial, o arcabouço de discursos culturais, políticos e históricos de estigmatização do negro. Ele
aponta que certas sociedades, não só nas Américas, constroem discursos e significados que tentam
reduzir o negro a uma cor, levando-o a elaborar um esquema corporal histórico-social de acordo com
elementos fornecidos por um outro, o branco, e não por ele próprio” (FERNANDES, SOUZA, 2013, on-line).
PARA SABER MAIS:
Clélia Rosa - Trabalhando relações étnico-raciais na educação. Geledés Instituto da Mulher Negra. Pu-
blicado em 02 de setembro de 2019. Disponível em: <https://youtu.be/SAeh9zZnHww>. Acesso em: 13
ago. 2021.
Fernandes, Viviane Barboza e Souza, Maria Cecilia Cortez Christiano deIdentidade Negra entre exclu-
são e liberdade. In: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros [online]. 2016, v. 00, n. 63 [Acessado 25
Agosto 2021] , pp. 103-120. ISSN 2316-901X. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.
v0i63p103-120>. Acesso em: 13 ago. 2021.
Kabengele Munanga - raça, racismo e etnia. Sociologia Animada. Publicado em 19 de abril de 2019. Dis-
ponível em: <https://youtu.be/JTySjC1aQF4>. Acesso em: 13 ago. 2021.
EM TESE - IDENTIDADE ÉTNICO-RACIAL (21/10/15). UFPR TV. Publicado e 21 de outubro de 2015. Dispo-
nível em: <https://youtu.be/mjcR8lp7nt0>. Acesso em: 13 ago. 2021.
REFERÊNCIAS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO - 3º ano - Ensino Médio regular - Volume 2 – 2021
Santos, Diego Junior da Silva et al. Raça versus etnia: diferenciar para melhor aplicar. Dental Press
Journal of Orthodontics [online]. 2010, v. 15, n. 3 [Acessado 26 Agosto 2021] , pp. 121-124. Disponível
em: <https://doi.org/10.1590/S2176-94512010000300015>. Epub 07 Jun 2010. ISSN 2177-6709.
ATIVIDADES
185
2 - ENEM (2017) O racismo institucional é a negação coletiva de uma organização em prestar serviços
adequados para pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Pode estar associado a formas
de preconceito inconsciente, desconsideração e reforço de estereótipos que colocam algumas pessoas
em situações de desvantagem. (GIDDENS,A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).
O argumento apresentado no texto permite o questionamento de pressupostos de universalidade e jus-
tifica a institucionalização de políticas antirracismo. No Brasil, um exemplo desse tipo de política é a
186
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Identidade Religiosa.
HABILIDADE(S):
Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problemati-
zando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam
os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade e Religião.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
187
Como a liberdade religiosa é garantida pela Constituição Federal, vemos o cenário religioso se transfor-
mando ao longo dos anos. Se nos basearmos nos dois últimos Censos brasileiros (2000 e 2010) vemos
de forma nítida como esse cenário vem se modificando. Os católicos estão deixando de ser maioria,
principalmente porque não há uma imposição para que as pessoas sejam da religião católica. Vemos
que os vários grupos de evangélicos têm crescido, por isso eles estão ocupando mais espaços. Um
grupo que teve um crescimento baixo são as religiões de matriz africana. Muitas pessoas não assumem
sua identidade religiosa por causa da intolerância religiosa. Abaixo, podemos acompanhar a variação
de adeptos das religiões aqui Brasil:
Proveitoso refletir, por exemplo, sobre o quanto as pessoas se sentem à vontade para expressar sua fé
publicamente sem temerem agressões. Um grupo que tem chamado a atenção, são os sem-religião.
O que tem acontecido no cenário religioso brasileiro que contribui para o crescimento desse grupo?
A diversidade religiosa só é possível devido ao Estado Laico. O Estado Laico não é um modelo que nega
ou exclui as religiões, mas é a garantia de que todas as religiões possam coexistir e compartilhar o mes-
mo espaço público. Verifica-se que a Carta Magna no que se refere à relação Estado e Religião: TÍTULO
III- DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO, CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 19.
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
É importante saber que, o fato de existir uma religião com muitos adeptos, não significa que ela se
torne a religião oficial, pois no Estado Laico não existe religião oficial. Será que a ideia do Estado Laico
funciona no Brasil? Exemplifique a sua resposta com notícias.
188
Diante das notícias, percebemos que as religiões que mais sofrem violência são as religiões de matriz
africana. Isso se dá também devido ao racismo, pois são religiões, originalmente, praticadas por pes-
soas negras, de origem africana que foram escravizadas e levadas contra a sua vontade para várias par-
tes do mundo, sendo o Brasil um desses lugares. Como essa intolerância também tem motivos racistas,
usamos a palavra racismo religioso. Além das violências que sofrem (físicas e simbólicas), as religiões
de matriz africana também passam por um processo de invisibilidade, ou seja, os membros dessas reli-
giões não têm espaços para que possam mostrar mais sobre a religião que frequentam. Nesse contexto
de invisibilidade, também há as religiões indígenas que pouco são faladas. É importante saber que os
preconceitos diminuem à medida que aprendemos mais sobre os outros.
Para dar continuidade ao estudo é bom lembrar que muito tem se debatido sobre a importância do ecu-
menismo e do diálogo inter-religioso para fortalecer o respeito às diferenças de identidade religiosa. O
ecumenismo é o diálogo entre os cristãos que professam a fé em Jesus Cristo e no Novo Testamento (a
Bíblia é dividida entre Velho Testamento e Novo Testamento). Já o diálogo inter-religioso refere-se ao
diálogo entre as mais diferentes religiões e expressões de fé e dogmas para, em comum, dialogarem
sobre a justiça, a cidadania e paz entre os povos.
PARA SABER MAIS:
PLANO DE ESTUDO TUTORADO - 1º ano - Ensino Médio regular - Volume 7 - 2020.
Religare - Conhecimento e Religião sobre Religiões Afro-indígenas. Flávio Senra. O programa foi exi-
bido no dia 23 de novembro de 2005. Disponível em: <https://youtu.be/KVwU5UMlGoc>. Acesso em: 13
ago. 2021.
Religare - Conhecimento e Religião sobre Identidade Cultural Afro-brasileira. O programa foi exibido
no dia 06 de agosto de 2008. Disponível em: <https://youtu.be/5uVpRNXw11g>. Acesso em: 13 ago. 2021.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MONTIM, Benilde Lenzi. Sociologia. Ensino Médio.
Volume único. São Paulo: Editora Scipione, 2016, 2ª edição, 392 p.
BOMENY, Helena; FREIRE-MEDEIROS, Bianca; EMERIQUE, Raquel Balmant; O’DONNELL, Julia. Tem-
pos Modernos, Tempos de Sociologia. Ensino médio. Volume único. São Paulo: Editora do Brasil,
2016, 3ª edição, 384 p.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. Sociologia para Jovens do Século
XXI. Ensino médio. Volume único. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016, 4ª edição, 400 p.
189
ATIVIDADES
1 - ENEM (2017 - Segunda aplicação) Pude entender o discurso do cacique Aniceto, na assembleia dos
bispos, padres e missionários, em que exigia nada mais, nada menos que os índios fossem batizados.
Contestava a pastoral da Igreja, de não interferir nos costumes tribais, evitando missas e batizados.
Para Aniceto, o batismo aparecia como sinal do branco, que dava reconhecimento de cristão, isto é, de
humano, ao índio. (MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo: Hucitec, 1993 (adaptado).
O objetivo do posicionamento do cacique xavante em relação ao sistema religioso externo às tribos era:
2 - A questão do ENEM nos traz algumas situações que precisamos refletir. Quando um grupo aceita
incorporar a religiosidade dominante, isto é, de outro grupo, para ser aceito na sociedade, significa que
o Estado Laico não está cumprindo o seu papel.
a) O que você faria para garantir que todas as pessoas pudessem exercer sua religião sem medo
de sofrer violências?
b) Uma conversão forçada, isto é, fazer alguém aderir a uma outra religião por medo é válida?
Então por que fazer esse tipo de prática?
d) Vivemos em um Estado Laico onde há feriados religiosos. Como lidar com esses feriados se
eles são importantes apenas para um seguimento religioso?
190
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Os movimentos sociais contemporâneos.
HABILIDADE(S):
Identificar as tensões entre os direitos e os deveres da cidadania.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Movimentos Sociais e Identidade.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Filosofia, Geografia e História.
191
Os movimentos sociais representam a luta pela emancipação dos direitos (civis, políticos e sociais), po-
rém atualmente, muitos movimentos sociais considerados movimentos sociais contemporâneos, am-
pliaram as disputas para além das relações com o Estado e ainda, ampliaram as suas pautas, não sendo
apenas a garantia dos direitos, mas também na construção da identidade do grupo. Uma das autoras
referências no estudo de Movimentos Sociais, Maria da Glória Gohn, explica a forma de ação e alguns
dos instrumentos na atuação destes movimentos.
Desde logo é preciso demarcar nosso entendimento sobre o que são movimentos sociais. Nós os enca-
ramos como ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam formas distintas
de a população se organizar e expressar suas demandas (cf. Gohn, 2008). Na ação concreta, essas for-
mas adotam diferentes estratégias que variam da simples denúncia, passando pela pressão direta (...)
até as pressões indiretas. Na atualidade, os principais movimentos sociais atuam por meio de redes
sociais, locais, regionais, nacionais e internacionais ou transnacionais, e utilizam-se muito dos novos
meios de comunicação e informação, como a internet. Por isso, exercitam o que Habermas denominou
de o agir comunicativo. A criação e o desenvolvimento de novos saberes, na atualidade, são também
produtos dessa comunicabilidade (GOHN, 2011, p. 334-335).
É importante que você, estudante, tenha de forma clara e reflexiva a compreensão das principais
características dos movimentos sociais e como estes movimentos podem causar importantes e
benéficas transformações sociais, inclusive, para romper formas estruturais de discriminação e de de-
sigualdade. Além de atuarem nos mais diversos setores da sociedade, como habitação, meio ambiente,
combate à violência contra a mulher, movimento como Marcha das Margaridas, entre outros.
Os movimentos sociais contemporâneos mostram uma revitalização e uma nova forma de ver o mundo,
devido à participação de uma juventude cada vez mais preocupada com o mundo em que vivem. Por isso,
os jovens têm que ocupar todos os espaços da vida pública na sociedade. E em cada um deles, contribuir
para a construção de um mundo melhor. Você conhece os movimentos sociais da sua cidade? Existem
movimentos ou participantes de algum movimento na sua comunidade? Na sua escola há grêmio estu-
dantil? E representantes de sala? Há uma diversidade de formas de participar da vida pública. E os movi-
mentos sociais estão incluídos nestas instâncias de deliberação.
192
Para nos ajudar a pensar um pouquinho mais, vamos ler a letra da música Comida, da banda Titãs:
Bebida é água! A gente não quer só comer A gente não quer só comida
Comida é pasto! A gente quer prazer A gente quer a vida
Você tem sede de quê? Prá aliviar a dor... Como a vida quer...
Você tem fome de quê?...
A gente não quer A gente não quer só comer
A gente não quer só comida Só dinheiro A gente quer comer
A gente quer comida A gente quer dinheiro E quer fazer amor
Diversão e arte E felicidade A gente não quer só comer
A gente não quer só comida A gente não quer A gente quer prazer
A gente quer saída Só dinheiro Pra aliviar a dor...
Para qualquer parte... A gente quer inteiro
E não pela metade... A gente não quer
A gente não quer só comida Só dinheiro
A gente quer bebida Bebida é água! A gente quer dinheiro
Diversão, balé Comida é pasto! E felicidade
A gente não quer só comida Você tem sede de quê? A gente não quer
A gente quer a vida Você tem fome de quê?... Só dinheiro
Como a vida quer... A gente quer inteiro
A gente não quer só comida E não pela metade...
Bebida é água! A gente quer comida
Comida é pasto! Diversão e arte Diversão e arte
Você tem sede de quê? A gente não quer só comida Para qualquer parte
Você tem fome de quê?... A gente quer saída Diversão, balé
Para qualquer parte... Como a vida quer
A gente não quer só comer Desejo, necessidade, vontade
A gente quer comer A gente não quer só comida Necessidade, desejo, eh!
E quer fazer amor A gente quer bebida Necessidade, vontade, eh!
Diversão, balé Necessidade...
PARA SABER MAIS:
A teoria dos movimentos sociais- Sociologia - Ensino Médio. Canal Futura. Publicado em 04 de março
de 2021. Disponível em: <https://youtu.be/vSR5hPwLx4Q>. Acesso em: 13 ago. 2021.
PLANO DE ESTUDO TUTORADO - 1º ano - Ensino Médio regular - Volume 2 - 2021
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MONTIM, Benilde Lenzi. Sociologia. Ensino Médio.
Volume único. São Paulo: Editora Scipione, 2016, 2ª edição, 392 p.
GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação
[online]. 2011, v. 16, n. 47 [Acessado 26 Agosto 2021] , pp. 333-361. Epub 10 Out 2011. ISSN 1809-449X.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-24782011000200005>. Acesso em: 13 ago. 2021.
193
ATIVIDADES
1 - ENEM (2016) O Movimento Negro Unificado (MNU) distingue-se do Teatro Experimental do Negro
(TEN) por sua crítica ao discurso nacional hegemônico. Isto é, enquanto o TEN defende a plena
integração simbólica dos negros na identidade nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer tipo de
assimilação, fazendo do combate à ideologia da democracia racial uma das suas principais bandeiras
de luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei entre negros
e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é racista teriam servido para
sustentar, ideologicamente, a opressão racial. (COSTA, S. Dois Atlânticos: teoria social, antirracismo,
cosmopolitismo. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
No texto, são comparadas duas organizações do movimento negro brasileiro, criadas em diferentes
contextos históricos: o TEN, em 1944, e o MNU, em 1978. Ao assumir uma postura divergente da do TEN,
o MNU pretendia:
2 - ENEM (2017) No Brasil, assim como em vários outros países, os modernos movimentos LGBT
representam um desafio às formas de condenação e perseguição social contra desejos e comportamentos
sexuais anticonvencionais associados à vergonha, imoralidade, pecado, degeneração, doença. Falar
do movimento LGBT implica, portanto, chamar a atenção para a sexualidade como fonte de estigmas,
intolerância, opressão. (SIMÕES, J. Homossexualidade e movimento LGBT: estigma, diversidade e
cidadania. In: BOTELHO, A.; SCHWARCZ, L. M. Cidadania, um projeto em construção. São Paulo: Claro
Enigma, 2012 (adaptado)). O movimento social abordado justifica-se pela defesa do direito de:
a) organização sindical.
b) participação partidária.
c) manifestação religiosa.
d) formação profissional.
e) afirmação identitária.
194
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
A juventude e a crise ecológica.
HABILIDADE(S):
Contextualizar, comparar e avaliar os impactos de diferentes modelos socioeconômicos no uso dos recursos
naturais e na promoção da sustentabilidade econômica e socioambiental do planeta.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Juventude, crise ecológica e meio ambiente.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Biologia, Filosofia, Geografia e História.
195
Vivemos em um sistema de produção capitalista que tem explorado cada vez mais os recursos naturais.
Com o alto índice de consumo, também cresce o descarte de lixo, o qual não costuma ser tratado da
forma adequada. São situações-problema que agravam a cada dia uma crise ecológica. O planeta Terra,
enquanto organismo vivo, pede socorro. Começaram a se pensar alternativas para o sistema de produ-
ção capitalista que explora os recursos naturais de modo desenfreado. Você conhece alguma dessas
alternativas? Conte sobre elas.
196
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MONTIM, Benilde Lenzi. Sociologia. Ensino Médio.
Volume único. São Paulo: Editora Scipione, 2016, 2ª edição, 392 p.
CIDAC, Serge Latouche. Decrescimento: uma proposta polémica? Disponível em: <https://www.
cidac.pt/index.php/o-que-fazemos/centro-de-recursos/documentacao/dossies-de-informacao/
decrescimento-uma-proposta-polemica/>. Acesso em: 13 ago. 2021.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em Movimento. Ensino Médio. Volume único. 2 ed. São Paulo: Editora
Moderna, 2016, 399 p.
ATIVIDADES
1 - PROJETO:
Que tal começar a mobilizar o seu bairro? Pense em projetos que ajudem o meio ambiente, como: coleta
de óleo usado, coleta de recicláveis e aparelhos eletroeletrônicos e destine o descarte adequado para
cada um deles.
- Faça um diagnóstico: como é a realidade de onde vive?
- Identifique os problemas: o que existe na sua realidade que precisa ser mudado?
- Estabeleça os objetivos: o que você quer mudar nessa realidade?
- Quais são as justificativas? O que te motiva em relação a isso?
- Metodologia: como você pretende chegar aos seus objetivos?
- Pense nos seus recursos: as pessoas que podem te ajudar.
Compartilhe suas ideias com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e mostre que você
está contribuindo para uma Minas Gerais melhor.
197
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 1: Compreensão escrita (leitura) / Tópico: 7. Inferências na compreensão do texto escrito de gêneros
textuais diferentes.
HABILIDADE(S):
7.2 Inferir os efeitos de sentido a partir das escolhas de itens lexicais feitas pelo autor.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Simple Past; Comparative Form; Future; Simple Present.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia e Biologia.
TEMA: GENERATION Z
Hello! Nesta semana, você irá conhecer um pouco sobre a Geração Z – aqueles nascidos entre 1996
– 2006 e contrastá-la com gerações anteriores.
APRESENTAÇÃO
Conhecer o perfil de cada pessoa contribui muito para que possamos manter um relacionamento in-
terpessoal saudável. Além de conhecer características individuais, você sabia que existem padrões de
comportamento de acordo com a faixa etária na qual alguém está incluído? É por isso que nesta semana
estudaremos um pouco sobre as características de gerações diferentes, com foco posterior na sua
geração: entender os perfis de cada geração pode nos ajudar a poupar energia em possíveis conflitos,
como também pode nos ajudar a estabelecer pontes entre as gerações distintas. Ótimos estudos!
198
PARA SABER MAIS:
Conheça sobre as gerações. Disponível em: <https://www.kasasa.com/articles/generations/gen-x-
-gen-y-gen-z>. Acesso em: 14 ago. 2021.
ATIVIDADES
1 - Have you ever heard about baby boomers, Generation X, millennials, and Generation Z? Do some
quick research (online or in the school library) and match these names to the characteristics below.
a) People born between 1996 and 2016. They are surrounded by technology and considered ambi-
tious, digital-natives, and confident. ____________________
b) People born between 1965 and 1981. They live between the digital and non-digital world; are
considered resourceful, logical, and good problem solvers. ____________________
c) People born after the WWII, between 1946 and 1964. They are considered committed,
self-sufficient, and competitive. ____________________
d) People born between 1982-1995. They are the first generation to be “digital natives;” are con-
sidered confident, curious, and authority-questioning. ___________________
Based on: <https://www.bbc.co.uk/bitesize/articles/zf8j92p>. Accessed on: Feb. 17, 2020.
2 - In 2018, the British newspaper “The Guardian” published an article on the results of a report about
✔
Generation Z. Read the article title on the next page and tick ( ) the topics you expect to find in it.
3 - Before reading the excerpt, look up the following words in an English or bilingual dictionary to make
your own glossary. Check the “Learning Strategy” box to support your use of the dictionary.
199
LEARNING STRATEGY
Algumas palavras em inglês, assim como em português, possuem diferentes classes gramaticais. Por
isso, é importante observar atentamente o contexto em que a palavra se encontra e sua relação com
os outros elementos da frase. Veja, por exemplo, como o Michaelis Dicionário Inglês apresenta o ver-
bete sense:
Sense [sens] n 1. os sentidos. 2. percepção. 3. compreensão, inteligência, sabedoria. 4. sentido,
significado.
Vt 1. sentir, perceber 2. COLL entender Expressões Common sense: bom senso. Figurative sense:
sentido figurado. In a sense: de certo modo, até certo ponto. Literal sense: sentido literal. The five
senses: os cinco sentidos. The sixth sense: o sexto sentido. To come to someone’s sense: recobrar o
juízo. To make sense: fazer sentido.
MICHAELIS moderno dicionário inglês-português/português-inglês. São Paulo: Companhia Melhoramentos, 2000. p. 582-583.
4 - Now read the excerpt with some of the young people’s answers in the report. Check your predictions
and match the paragraphs to the topics you saw in activity.
200
5 - Say if the sentences below are true (T) or false (F) according to the young people’s answers. After,
identify and write in the space provided the passage that justifies your choice.
The young people say that…
b) b) How does Clara Finnigan feel about her future career? Why?
REFERÊNCIA
WEIGEL, Adriana; RESCHKE, Tatiana. English and more! São Paulo: Richmond, 2020.
201
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 2: Produção escrita / Tópico: 9. Elementos não-verbais e saliências gráficas.
HABILIDADE(S):
9.1 Fazer uso, nos textos produzidos, de recursos não-verbais e saliências gráficas, tendo em vista as condi-
ções de produção sob as quais se está escrevendo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Giving opinion.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Vida e sociedade.
Hello, there! Nesta semana, você irá desenvolver sua capacidade de expor opinião em Língua Ingle-
sa em um gênero digital amplamente utilizado, o comentário.
APRESENTAÇÃO
Durante nossa caminhada, nos deparamos com várias situações nas quais precisamos nos posicionar,
quer seja explícita ou implicitamente, de modo direto ou indiretamente, mas é certo que constante-
mente expomos a nossa opinião, e como somos seres dados ao diálogo, também pedimos a opinião do
outro e, mais importante ainda, aprendemos a ouvi-la e acolhê-la, quer concordemos, quer não. Nesta
semana você verá formas que você pode dar a sua opinião e terá a chance de fazê-lo em Inglês. Tenha
um ótimo estudo!
202
ATIVIDADES
1 - What’s your opinion about generational differences? Write your answers and share them with a friend
or a classmate. Do you have similar opinions?
a) Do more or less people own their houses where you live? Do you agree with Clara and Amelia
that it’s more difficult to own a place nowadays?
b) What about jobs? Do you agree with Clara that your generation will have a variety of jobs? What
is your expectation in this area?
c) How similar is your reality to that of British students? How do you see those aspects in your
generation?
Useful Expressions
I agree/disagree with...
In my opinion/I think
we are similar/different from...
I think my generation is/likes/prefers...
2 - In an online forum thread, someone asked the question: “What’s it like to be a teenager in the 21st
century?” Here’s one of the answers, by Walter Cesarski. GLOSSARY: What is it like? Como é?
a) Read his answer and circle the appropriate forms of the verbs in parentheses.
It (is | are) really good. (...) Adults (think | thinks) that our generation (is | are) becoming limited with
being social with the heavy use of technology, but we (is | are) more connected than ever before! We
(have | has) social media and FaceTime to talk to people that (isn’t | aren’t) with us. Relationships (is |
are) easier to have with social media.
[...]
So all in all, I (love | loves) being a teenager, it (is | are) just like any other generation but with smart-
phones. And I (have | has) faith that my generation can change the world for the better in the future.
Available at: <https://www.quora.com/What-s-it-like-to-be-a-teenager-in-the-21st-century>. Accessed on: Jan. 9, 2020.
203
Writing Practice
Do you remember the young people’s comments in the news article on Semana 1 about the topics below?
Try to remember and go back to the text to check.
• Hanging out with friends.
• Relationship.
• Technology, games, and social media.
Useful Expressions
I like going to… with my friends.
I like hanging out with my friends in…
I like… with my friends.
I usually go to… with my friends.
I like playing…
I [have/don’t have] a boyfriend/girlfriend.
I use [social media]. I post [pictures, videos, memes, etc]. I follow [person].
4 - What’s your personal experience and opinion about these topics? Write a short comment explaining
them. Follow the steps below.
a) Write a list with some of your experiences and preferences in your notebook. Use a bilingual
dictionary to help you. For example:
Hanging out with friends; watching TV; friend’s house; games
b) Connect the ideas in your list and produce sentences giving more details. For example:
On the weekend, I like hanging out with my friends. We usually play video games.
c) Now connect your sentences in a short comment about yourself to be published on a social
network. Follow the tips by using the connectors presented on the “Production Strategy” box.
Production Strategy
Ao escrever um texto, lembre-se de usar conectores como and, but, so e because. Eles estabelecem
relações entre as ideias (de adição, de oposição, de consequência etc.) e, por isso, dão coesão, coe-
rência e fluidez ao texto.
REFERÊNCIA
WEIGEL, Adriana; RESCHKE, Tatiana. English and more! São Paulo: Richmond, 2020.
204
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 3: Compreensão Oral (escuta). / Tópico: 14. Condições de produção do texto oral de gêneros textuais
diferentes.
HABILIDADE(S):
14.1. Identificar o tema geral do texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Routine; Simple Past.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História; Arte.
Hello! Nesta semana, você conhecerá um pouco sobre as suas raízes africanas em termos históri-
cos; reconhecerá também a importância de preservar tradições e cultura locais.
APRESENTAÇÃO
Iniciamos esta semana com a apresentação de uma tirinha norte-americana - Baldo - que representa o
cotidiano social da comunidade hispânica em tom humorístico. Posteriormente, vemos dois exemplos
de atitudes de jovens com vistas à preservação de sua história e cultura local. Por fim, estudaremos
sobre História e Identidade, quando iniciaremos uma série de estudos sobre a história da África, nossas
raízes. Ótimos estudos!
205
ATIVIDADES
1 - Read the cartoon below. Complete the gaps with the words/expressions from the box.
2 - The cartoon in activity 1 portrays the life of a Latin American teen called Baldo. What is funny about it?
Do you identify yourself with him? Why?
3 - Think about the following questions and, then, discuss with a classmate or a friend.
b) What influenced your identity? How was it formed, in your opinion? Explain.
206
4 - Examine these images and read the texts related to them. Then, discuss the following activities.
GLOSSARY
target audience: público-alvo; we grew up: nós crescemos; what they went through: pelo que eles
passaram
b) Consider your family and/or community traditions and history. Which aspects do you think are
important to preserve? Why do you think it is important to keep them alive? Explain.
207
Nos textos anteriores, refletimos so-
bre a importância de se reconhecer a
necessidade de resgatar e valorizar sua
própria história e tradições enquanto
forma de constituição da própria iden-
tidade - o indígena norte-americano
apresentando-se como exemplo a ou-
tros indígenas, e a adolescente que
aprendeu e tece a renda como forma
de se conectar com um ente querido.
Pensando na importância do conhe-
cimento de nossa história, leia um
excerto de uma entrevista com o his-
toriador Laurentino Gomes:
Autor das premiadas obras “1808”,
“1822” e “1889”, que resgatam detalhes
da história brasileira, o escritor pa-
ranaense Laurentino Gomes se deu
conta de que o assunto mais impor-
tante do passado nacional não eram
os ciclos econômicos, as revoluções,
o império ou a monarquia. Era a es-
cravidão. “Tudo o que nós já fomos no
passado, o que somos hoje e o que
seremos no futuro tem a ver com nos-
sas raízes africanas e o modo como
nos relacionamos com elas”, afirma.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/
Sociedade/Historia/noticia/2019/12/laurentino-
gomes-um-pais-que-nao-estuda-historia-e-
incapaz-de-entender-si-mesmo.html.
Acesso em: 29 de ago. 2021.
208
5 - Read the “Africa’s History Timeline: Part I” and answer the following questions.
a) Be an active reader! Insert an emoji, an icon or symbols of “like”, “dislike” and “share” on the
circle of each card to show your reaction to the information or to call attention to the subject.
b) What happened in South Africa in 500 (ca.)? Narrate using the Simple Past.
g) What is the connection between the Arabs, Europe, Asia and slavery?
REFERÊNCIA
WEIGEL, Adriana; RESCHKE, Tatiana. English and more! São Paulo: Richmond, 2020.
209
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 3: Compreensão Oral (escuta) / Tópico: 14. Condições de produção do texto oral de gêneros textuais
diferentes.
HABILIDADE(S):
14.2. Identificar a função comunicativa do texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Reading; listening.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História oral.
Hello, there! Nesta semana, você irá reconhecer o processo de criação de narração pessoal.
BREVE APRESENTAÇÃO
Nesta semana, você verá a atitude tomada por uma jovem menina diante da crescente modernização
causando demolição de prédios históricos na capital da Malásia, Kuala Lumpur, com o objetivo de pre-
servação da memória local. A história é vista no formato de narração pessoal. Logo depois, será a sua
vez de fazer uma produção escrita. Bons estudos!
210
ATIVIDADES
O depoimento abaixo foi extraído de um vídeo disponível online gratuitamente. Se possível, assista ao
vídeo! Assim, você irá desenvolver sua habilidade auditiva.
Pui Wan: For me it’s important to make miniatures just for preserving memories. My name is Pui Wan.
I’m a miniature artist. I make miniatures for living.
In Kuala Lumpur, some of the places or buildings may be demo-
lished in one day. This is why I think how miniature art can be so
meaningful. It’s not just a model, it’s not just a miniature for de-
coration. When I see the old buildings getting demolished very
soon, I decided to make this piece so at least there are models
to see after it is really demolished.
This Lorong Panggung is a bit hidden away from the city. Lo-
rong, it is Malay, it means “alley.” Early in the morning you can see
a lot of uncles and aunties, they love to go to the old kopitiam to
have a typical breakfast. This kopitiam has been existing here
for more than 60 years. Back to a few months ago, I came here
before, there are still some hidden shops inside, which were still
opening. But by this time I came here again, they are closed. Wi-
thin a short period, they are changing very rapidly. So I take the
initiative to recreate them before they are gone.
Miniature art is something in three dimensions, and
when you recreate something that is not existing any-
more. After a time, when you look back to the model, you
can see it, you can touch it, you can even feel it. I un-
derstand that a development of a country is unavoidab-
le. Imagine you go forward 20 or 30 years from now, the
youngsters may not be
able to see all these buildings that still remain the ori-
ginal. It’s slowly disappearing. What I can do is make
miniatures so at least in the future, when you put it in
a museum, so people can see that in three-dimensional
way. That’s why I’ve come into miniature arts: to make
them and recreate them to preserve the memories.
Extracted from: <https://www.youtube.com/watch?v=JvM6ddLvAgM&>. Accessed on: Dec. 2, 2019. Imagens disponíveis em:
https://www.housebeautiful.com/design-inspiration/a34922532/pui-wan-lim-miniatures-replicas/ Acesso em: 29 ago. 2021.
1 - Read or Listen / Watch to Pui Wan’s narrative and choose ( ✔) the best answer to the questions below.
a) Why does she make miniatures?
I. Because they are being demolished. II. Because they are being remodeled.
c) How does she define “miniature art?”
211
2 - Read the following questions and explain your point of view.
a) Pui Wan says that “a development of a country is unavoidable.” In your opinion, does the deve-
lopment of a city/country necessarily mean the demolition of old buildings? Can you observe
this in your city or in Brazil?
b) She thinks “miniature art can be so meaningful [...] for preserving memories.” What are other
ways to preserve memory?
3 - The text you studied is an example of a personal narrative: a text in which someone shares some
✔
personal experience. What is the purpose of this text? Tick the correct one ( ).
4 - Reflect on the characteristics of Pui Wan’s text and write the items that define a personal narrative.
5 - Explore the following sentences from the text/video and relate them to the characteristics of a
personal narrative you chose above. Each sentence may be associated with more than one characteristic.
• “For me it’s important to make miniatures for preserving memories.” _______________
• “I make miniatures for a living.” _______________
• “Early in the morning you can see a lot of uncles and aunties, they love to go to the old kopitiam to
have a typical breakfast.” _______________
212
WRITING: 6.1 Recall Pui Wan’s narrative about her art and consider the structure of a personal narrative.
6.2 You are going to write a personal narrative about some experience related to a tradition or history
from your family or community. Your text will be published in a public forum. Follow the steps.
a) Decide what you want to learn about or to do: some part of the family or community history,
some traditional craftwork, food, etc.
b) Decide how you are going to learn about it: ask someone to teach you; watch or read a tutorial
on the internet; research in books, historical documents, magazines; look for pictures in pu-
blic or personal archives, etc.
c) Go for it! Learn what you want and, if necessary, spend some time practicing it.
d) Write a short text describing your experience. Consider:
° what you learned;
° why you decided to learn about it, and its relevance;
° how you learned it, who taught you;
° your feelings about it.
Useful Language
I wanted/decided to learn about…/to make… I learned about…/to make… from my mother/
In my opinion, this is important because… grandfather/friend/the internet/a book in the
I think it is difficult/easy/ fun/interesting/ school library.
beautiful/sad.
REFERÊNCIA
WEIGEL, Adriana; RESCHKE, Tatiana. English and more! São Paulo: Richmond, 2020.
213
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira
TEMA/TÓPICO:
Tema 3: Compreensão Oral (escuta) / Tópico: 14. Condições de produção do texto oral de gêneros textuais
diferentes.
HABILIDADE(S):
14.3. Reconhecer o gênero do texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Simple Past; Prepositions of time.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História da África.
Hello! Nesta semana, você conhecerá as raízes da escravidão no mundo. Você também poderá iden-
tificar o processo de sistematização da escravidão no continente africano.
BREVE APRESENTAÇÃO
“A história é uma ferramenta de construção de identidade, olhando o passado sabemos quem somos
hoje” (Laurentino Gomes. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57575496 Acesso
em: 29 de ago. 2021.) Por isso, nesta semana vamos estudar sobre as origens da escravidão. Depois,
veremos um pouco mais sobre a história da África durante a Idade Média. Ótimo estudo!
ATIVIDADES
Read the text about The History of Slavery and answer the following questions.
214
History of Slavery Timeline
c. 3000 BC Slavery arrives as part of the package of civlization, along with armies,
public works and social hierarchies
c. 1720 BC The Code of Hammurabi is the first surviving document to record the
law relating to slaves
c. 1700 BC The biblical account suggests that around this period the Hebrews are
a captive tribe in Egypt
c. 350 Frumentius, brought to Ethiopia as a slave, becomes the kingdom’s first
Christian bishop
c. 700 The African slave trade through the Sahara is so extensive that a new town,
Zawila, is established as a trading station
c. 850 The caliphs in Baghdad begin to employ Turkish slaves, or Mamelukes, in
their armies
c. 950 So many Slavs are captured and sold, in the movement eastwards of the
Germans, that their name becomes the European word for a slave
1446 Portugal claims ownership of the region of Guinea, subsequently the centre
of their slave trade on the west African coast
1547 John Knox is captured in St Andrews and is sent to serve in the French fleet
as a galley slave
Disponível em: http://www.historyworld.net/timesearch/default.
asp?keywords=%22slave%22&date=&sort2=&bottomsort=&topsort=&direction=&timelineid=&getyear=&viewtext=extended&
conid=timeline&event_number=20 shorturl.at/iGN67 Acesso em: 10 jul. 2021.
1 - According to the timeline, when and how did slavery start in the world?
2 - According to the timeline, what is the origin of the word slave? Explain it.
3 - It is said that in 1466, the Portuguese settlers are granted a monopoly on the “new slave trade”. If that
slave trade in Cape Verde was a new one, which other slave commerce examples are mentioned in the
timeline? Specify when they happened, where they were, and who were the people involved in it.
215
4 - A escravidão está extinta no mundo contemporâneo? Pesquise dois exemplos atuais de escravidão.
Escreva-os abaixo e sugira possíveis formas que a sociedade pode fiscalizar e retificar esses contextos.
216
6.2 Is there any surprising fact to you in this timeline? Explain.
217
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Recepção e Produção de Textos Orais e Escritos de Gêneros Textuais variados em Língua Estrangeira.
TEMA/TÓPICO:
Tema 3: Compreensão Oral (escuta) / Tópico: 14. Condições de produção do texto oral de gêneros textuais
diferentes.
HABILIDADE(S):
14.4. Reconhecer o local onde se passa o evento comunicativo. 14.5. Identificar a autoria do texto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Food; Culture; Thanksgiving; Harvest Festivals.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História.
Hello, there! Nesta semana, você irá entender a expansão marítima e sua relação com o tráfico hu-
mano estabelecido na África. Você também reconhecerá a forma que o feriado de Ação de Graças -
o Thanksgiving - é celebrado entre muitos povos do continente africano.
APRESENTAÇÃO
Nesta semana, daremos seguimento à linha do tempo da história da África. Iniciamos pelos primeiros
registros do continente, seguimos ao estudo da África na Idade Média, e chegamos agora ao início da
Idade Moderna, quando se estabeleceu a sistematização do tráfico humano do continente africano. Ao
final, veremos como é celebrada a Festa da Colheita ou Thanksgiving entre muitos dos países africanos
nos dias atuais. Você também será levado a considerar os motivos pelos quais você é grato neste ano.
Bons estudos!
ATIVIDADES
b) When and where is the first slave insurrection registered? Is there any other slave insurrection
presented on the table? If so, where did they happen?
218
c) How did emancipation start to happen in Mexico? What does the scholar Bartolome de Albor-
noz say about the slave trade?
d) What was Brazil’s position in this scenario during that time? What was happening in Brazil in
those years?
e) According to the table, how did African countries react when Portugal tried to settle in their
land?
219
Year Events Subject Country
Gaspar Yanga, Known as the Primer Libertador
de America or the first liberator of the Americas,
1570 led colonial Mexico’s first successful slave upri- Emancipation Mexico
sing and later established one of the New World’s
first black settlements.
Professor Bartolome de Albornoz of the Univer-
1573 sity of Mexico writes against the enslavement Spanish Slavery Mexico
and sale of Africans.
The Portuguese are defeated by the combined A n t i - C o l o n i a l
1590 Angola
African armies of Matamba and Ndongo. Resistance
Portuguese forces are defeated by the Zimba in A n t i - C o l o n i a l
1592 Mozambique
the Zambezi Valley. Resistance
Dahomey emerges as the first of a series of sla-
1610 West African Empires Benin
ve-trading states along the West African coast.
The Portuguese are exporting approximately
1615
10,000 enslaved people per year to its Brazilian Portuguese Slavery Brazil
(ca.)
colony.
The town of San Lorenzo de los Negros receives
a charter from Spanish colonial officials in Me- Africans in Colonial New
1617 Mexico
xico and becomes the first officially recognized Spain
free settlement for blacks in the New World.
Disponível em: https://www.blackpast.org/global-african-history-timeline/ Acesso em: 19 jul. 2021.
2 - Ao longo da história, existia uma sistematização do comércio de escravos de modo que todos os
reinos sempre tomassem escravos do mesmo local? Explique apresentando dados à sua resposta.
3 - Reflita sobre as razões por trás da busca por incorporação de novas terras como também sobre a
motivação subjacente à coisificação do ser humano ao torná-lo em um escravo. Agora, responda: Qual
é a relação da expansão marítima europeia com a diminuição do comércio de ouro na África e aumento
do tráfico humano?
220
THANKSGIVING IN AFRICAN COUNTRIES
c) Choose one of the harvest festivals in the text and explain what they are to a friend. After, illus-
trate the celebration with a drawing or an image on your notebook.
d) Se você fosse em um desses festivais, quais seriam os seus motivos de gratidão? Escreva
abaixo, “I’m thankful for ...”.
Esquerda: Yam Festival. Imagem Disponível em: https://www.bbc.com/pidgin/tori-46063336. Acesso em: 17 ago. 2021.
Direita: Homowo Festival. Disponível em: https://www.graphic.com.gh/images/2019/aug/19/Ga.jpg. Acesso em: 17 ago. 2021.
221
The Homowo Festival of Africa, is a celebration of a traditional harvest festival from the Ga people of
Ghana, West Africa, it is the largest cultural festival of its kind. For the Ga people, the word Homowo
means «hooting at hunger.»
The origin of Homowo is tied to the origin of the Ga people and their migration to Ghana. The Ga traveled
for many years before reaching the west coast of Africa where they now live. Along the way they ex-
perienced famine, but because they helped each other, they survived. Later when their harvests were
bountiful, they held a feast at which they jeered at the hunger and hard times that had plagued them.
This was the first Homowo. The Homowo Festival commences with a traditional Ghanaian procession
in which people from local African and African-American assume the roles of kings, queens and fol-
lowers of the royal family of each of Ghana’s ethnic groups.
In some African cultures they hold a ceremony called “first fruits” that takes several days of planning in
order to bless the newly harvested crops and purify the people before they eat the foods.
Disponível em: http://www.harvestfestivals.net/africanfestivals.htm Acesso em: 16 ago. 2021.
DESPEDIDA: Chegamos ao final de mais um bimestre. Assim é a vida, precisamos fechar ciclos, cum-
prir etapas e não pulá-las, porque é cumprindo cada uma delas que conseguimos ter a autoconfiança,
coragem e competência de bater em novas portas para, então, adentrar naquilo que nos é novo e tão
desejado para, mais uma vez, completar novas belas etapas. See you!
222
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em música.
TEMA/TÓPICO:
Ritmo e movimento.
HABILIDADE(S):
Fundamentos da Música e Expressão Musical.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Matemática.
223
Disponível em: <https://aecnoseixal.blogspot.com/2020/06/blog-post_18.html>. Acesso em: 12 jul. 2021.
Você sabia que a música é dividida em partes que marcamos com o tempo? Cada figura, representada
no quadro acima, indica a divisão rítmica de um tempo em uma música. A figura denominada Semibre-
ve, por exemplo, tem a duração de 4 tempos. Se pensarmos que cada tempo pode durar 12 segundos,
uma nota, indicada pela semibreve, irá soar por 4 x 12 segundos, ou seja, 48 segundos. Sendo assim,
o som da nota indicada pela Semicolcheia durará ¼ de 12 segundos, ou 3 segundos.
Mas, para que serve tudo isso?
Em linhas gerais, as divisões rítmicas indicam se uma música será mais rápida ou mais lenta. Elas po-
dem indicar também os estilos musicais que serão tocados. Podemos dizer também, que os instrumen-
tos responsáveis por ditar o tempo nas músicas são os de percussão. Bateria, caixas, surdo, triângulo,
entre outros.
Ao analisar os estilos musicais podemos perceber que a grande diferença entre um e outro está ligada
ao ritmo empregado. O ritmo vai dividir os compassos nos tempos das músicas. Alguns estilos de Rock,
por exemplo, usam da velocidade rítmica para compor seus batidos. O Samba possui outras variações
rítmicas e a música romântica possui tempos mais longos. Isso tudo é matematicamente pensado na
construção de uma canção com a finalidade de atingir o público com aquilo que se deseja.
Muitas sensações podem ser causadas pelas variações rítmicas. Veremos na próxima semana sobre as
sensações causadas pela música.
224
ATIVIDADES
2 - Naturalmente, em um momento de treinamento físico qual seria o estilo musical indicado? Justifique.
a) A figura rítmica Semínima indica que deve ser tocada 1 nota a cada 1 tempo.
b) A figura rítmica colcheia indica que deve ser tocada 1 nota a cada 1 tempo.
c) Normalmente, as variações de estilos musicais não se diferem em figuras rítmicas. Isso quer
dizer que mesmo um funk melódico ou um rock pesado possui as mesmas divisões de tempo
musical.
d) O Samba é o único estilo musical que não possui divisões rítmicas.
225
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Música.
TEMA/TÓPICO:
Fundamentos da Expressão Musical.
HABILIDADE(S):
Estudo e prática de encadeamentos harmônicos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Música.
APRESENTAÇÃO:
Primeiramente, precisamos entender o que é harmonia musical.
Segundo o dicionário Aurélio a palavra harmonia significa: “Concordância ou concórdia; em que há
acordo ou falta de conflitos. Equilíbrio ou combinação entre elementos que ocasiona uma sensação
agradável ou aprazível.”
Podemos então entender que a ideia de harmonia pode estar ligada, também, a maneiras de entendi-
mento, de simetria ou de resolver conflitos.
Na música isso também acontece. Você já ouviu dizer que uma banda não está em harmonia ou, o som
que é entoado não agrada a quem ouve? Sendo assim, podemos concluir que a harmonia é a união de
sons em concordância.
Para Igor Vladimirovitch (2007):
“Chama-se harmonia à união de sons em um conjunto harmônico e à ligação destes conjuntos em uma
progressão. A harmonia possui significado essencial para o desenvolvimento da obra musical e para o
aprofundamento e enriquecimento da sua expressão. ”
Para entendermos melhor, podemos dizer que quando um som “combina” com outro som, eles estão em
harmonia. Nossos ouvidos possuem a capacidade de discernir o que é e o que não é harmônico.
Dentro dos estudos harmônicos musicais existem várias teorias que compõem uma gama de saberes
na construção de uma obra. Podemos citar o das construções de acorde, campos harmônicos, entre
outros. Entretanto, o conhecimento sobre a harmonia funcional nos fará entender com mais facilidade
as sensações criadas atrás dos sons.
A harmonia funcional está diretamente ligada às emoções que a música transmite para o ouvinte.
A forma de compor determinados acordes trará sentimentos e sensações diferentes.
226
A música possui a capacidade de provocar emoções diversas como, nostalgia, felicidade, tristeza, etc.
Essa linguagem artística também pode nos deixar mais agitados ou sonolentos, por exemplo.
Segundo uma matéria online publicada na plataforma da BBC News, a música carrega um poder de
união e de reconhecimento. Isso significa que cada momento de nossas vidas é marcado por uma tri-
lha sonora. O texto da matéria segue dizendo que cada cultura ou lugar reconhece e os vários ritmos
de maneira pessoal, isso acontece também com pessoas diferentes que ouvem a mesma música, mas
reagem de várias formas.
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150921_vert_fut_musica_emocoes_ml>. Acesso em: 15 jul. 2021.
Sendo assim, podemos compreender a importância do estudo dos elementos musicais, como a harmo-
nia, e como a música é fundamental para o crescimento das relações de todos os seres humanos.
ATIVIDADES
1 - Quando você está chateado (a) por algum motivo, costuma ouvir algum estilo musical, qual? Você
acredita que a música pode mudar seu astral? Justifique sua resposta.
227
2 - Segundo o que foi estudado, a harmonia é um elemento que, na música, busca organizar acordes para
que o resultado seja satisfatório. Você já teve a sensação de estar ouvindo uma música desarmonizada?
Se sim, explique como foi a experiência.
228
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Teatro.
TEMA/TÓPICO:
Contextualização, Expressão Cênica e Teatral na História da Humanidade.
HABILIDADE(S):
Conhecimento da dramaturgia tradicional e contemporânea.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Teatro.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História.
“Teatro documentário ou sob o risco do real”. Artigo sobre o conceito de Teatro Documentário e a criação da peça Festa de separação.
Disponível em: <http://www.questaodecritica.com.br/2011/10/teatro-documentario-ou-sob-o-risco-do-real/>. Acesso em: 15 jul. 2021.
229
O termo contemporâneo “teatro documentário” é muito amplo, entretanto, baseia-se em peças teatrais
que trazem ao público documentos históricos, ou seja, os documentos históricos são as principais fer-
ramentas na construção das exibições teatrais.
O grande trabalho das produções documentárias de teatro, é fazer com que a realidade seja mostrada
de maneira verídica ou “maquiada”. Esse fato nos faz pensar que todo teatro documentário é uma relei-
tura feita por pessoas que, possivelmente, não participaram do acontecimento real. Isso tudo mostra
que os olhares se modificam de artista para artista, isso quer dizer que cada ator ou atriz tem sua forma
de ver e contar os fatos.
ATIVIDADES
1 - Como o teatro documentário pode tratar da realidade das pessoas, trazendo assuntos que não
conhecemos?
3 - Construa uma releitura, em forma de tirinhas, da frase: penso, logo existo. A ideia é desenhar uma
tirinha como se fosse cenas de um teatro documentário. Normalmente, a tirinha possui de 3 a 6 quadros.
230
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Teatro.
TEMA/TÓPICO:
Contextualização, Expressão Cênica e Teatral na História da Humanidade.
HABILIDADE(S):
Espaço, tempo, ritmo e movimento.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Teatro.
As apresentações de teatro regional têm a capacidade de envolver a vida das pessoas simples, que
acompanham as peças, usando de lugares e costumes comuns a esse público.
O espaço e o tempo
O espaço e o tempo são fatores fundamentais nas relações do homem com a sociedade. Sua criação e
seus costumes estão firmemente ligados ao lugar e à época deste lugar. Podemos analisar isso quando
pensamos no bairro onde fomos criados, as brincadeiras que eram feitas, os comércios que existiam,
etc. quando algo muda, logo dizemos a famosa frase: “como esse lugar mudou com o tempo”. Analisar
esse tempo e esse espaço é uma estratégia que as peças regionais usam na formatação dos espetácu-
los. A finalidade é dialogar com o passado e com o presente da plateia.
Ritmos e movimentos
Os ritmos e os movimentos são elementos importantes a serem estudados nas peças teatrais. Eles
apresentam as danças características de um povo, provocando a sensação de pertencimento, estrei-
tando os laços entre público e peça. Além das músicas, as expressões corporais “codificadas” estimu-
lam a participação das pessoas, trazendo a atenção para o que está sendo encenado.
231
ATIVIDADES
1 - O espaço territorial é um elemento muito importante na apresentação de uma peça teatral, entender
onde essa apresentação acontecerá pode ajudar a conhecer o tipo de plateia daquele lugar e como
aquele espaço receberá o teatro. Para você, de qual forma uma intervenção teatral pode mudar a rotina
de um lugar?
2 - “As apresentações de teatro regional têm a capacidade de envolver a vida das pessoas simples, que
acompanham as peças, usando de lugares e costumes comuns a esse público. ” Com base no trecho,
marque a alternativa errada.
a) F, F, F.
b) F, V, V.
c) F, F, V.
d) V, V, F.
232
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em teatro.
TEMA/TÓPICO:
Percepção Dramática e Sensibilidade Estética: Análise de Produções de Teatro na Atualidade.
HABILIDADE(S):
Apreciação e análise de teatro contemporâneo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Teatro.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia.
“O Teatro de Caretas realiza espetáculos com interesse em pesquisas sobre atuação na rua, tendo como
base para algumas montagens as MANIFESTAÇÕES TRADICIONAIS POPULARES, em específico as más-
caras presentes nas expressões populares do nordeste brasileiro; os artistas populares de rua presentes
nas praças públicas; movimentos populares urbanos, intervenções urbanas e performances contempo-
râneas. O grupo estabelece sua base dramatúrgica a partir de criações autorais, em determinados espe-
táculos a criação é coletiva. Com os espectadores (transeuntes, camelôs, trabalhadores, estudantes...)
têm sobretudo o intuito de compartilhar a arte teatral que amplia o olhar sobre as relações humanas,
buscando aflorar um pensamento crítico, refletindo sobre o papel social de cada cidadão. ”
Disponível em: <https://mapacultural.secult.ce.gov.br/agente/13833/>. Acesso em: 27 mai. 2021.
233
Uma das funções da Arte é estabelecer relações entre o ser humano e o mundo, buscando espaços para
que as experiências das pessoas possam se manifestar. Muitas das apresentações teatrais contempo-
râneas trabalham com a formação e a afirmação da identidade de um povo, carregando características
peculiares de um determinado lugar.
Pensar em identidade é lembrar dos antepassados, é participar de crenças e costumes, é possuir tra-
ços físicos e, também, e se relacionar com o território onde vive ou de onde vier. Muitas desses quesi-
tos, quando todos, são elementos observados pelos produtores de teatro contemporâneo. Quando uma
peça teatral fala de identidade, as narrativas empregadas levam a plateia a se enxergar em cada movi-
mento, em cada figurino e em cada palavra falada. Esse fato pode contribuir na reafirmação de modelos
comuns a um determinado povo.
ATIVIDADES
1 - Para você, como o teatro pode abrir espaços para que seus saberes possam ser conhecidos?
a) A diversidade no teatro não é algo perceptível pois toda peça possui a mesma história.
b) Construção de identidade, também tem a ver com pertencer a um lugar.
c) A Arte pode se apresentar como uma ferramenta importante na formação e afirmação da
identidade de uma pessoa.
d) As narrativas empregadas em uma peça teatral, nem sempre levam em consideração a vida
comum das pessoas.
3 - Você já teve a oportunidade de discutir sobre sua identidade na escola ou em outro lugar? Acha isso
importante? Responda as perguntas colocando seu ponto de vista.
234
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Conhecimento e Expressão em Teatro.
TEMA/TÓPICO:
Movimentos Artísticos em Teatro em Diferentes Épocas e Diferentes Culturas: Contextualização do Teatro na
História da Humanidade: Expressão Cênica e Teatral.
HABILIDADE(S):
Abrangência do teatro em diferentes períodos na história.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Teatro.
INTERDISCIPLINARIDADE:
História.
APRESENTAÇÃO
Em toda a história, as pessoas sempre tiveram a necessidade de se comunicar usando o corpo, promo-
vendo gestos, criando danças, encenando algo. Nesse contexto, o teatro surge como um facilitador na
comunicação entre os assuntos políticos e as pessoas.
O teatro teve origem na Grécia, aproximadamente, no ano IV a.c. inicialmente, as peças teatrais acon-
teciam anualmente nos cultos ao deus Dionísio, deus do vinho. Nessa época, surgiram vários prédios
chamados de teatro e anfiteatro. Com o passar do tempo, o teatro grego começou a tratar a vida po-
lítica com humor e conhecimento. Isso também aconteceu no império romano, onde os atores eram
perseguidos por satirizar algumas figuras públicas.
A história nos mostra que as peças teatrais traduziam com clareza os movimentos de cada época. Na
cultura medial, por exemplo, quando a igreja católica imperava, o teatro era de caráter religioso levando
os fiéis à devoção. Outro período marcante na história do teatro foi o renascentista, século XV e XVI,
quando as apresentações eram baseadas em temas populares e cômicos, explorando as novas inven-
ções da época.
Podemos dizer também que, além da característica comunicativa, o Teatro tem o “poder” de dialogar
com as novas ideias, promovendo conhecimento e discutindo conceitos relevantes para a formação
das pessoas. Esse fato fica evidente quando, no século XX, as peças teatrais invadem o cinema proble-
matizando eventos inéditos para a humanidade. A crescente industrialização mundial foi retratada, em
1936, no filme Tempos Modernos, do ator Charles Chaplin.
Na atualidade, as manifestações teatrais têm ocupado não somente os palcos de grandes teatros, mas
também espaços públicos, fazendo comédias e discutindo variadas questões que envolvem nosso con-
texto. Violência, política, multiculturalismo, identidade e história, são algumas dessas questões.
235
ATIVIDADES
1 - Na sua opinião, o teatro é uma forma mais fácil de dialogar com as pessoas sobre assuntos comuns,
como política, saúde, violência e educação? Justifique sua resposta.
3 - Observe.
Com base na imagem da linha do tempo acima, crie sua própria linha do tempo indicando partes impor-
tantes da história de sua vida. Faça desenhos na linha do tempo, criada por você.
Querido(a) estudante, finalizamos o PET número 4 do ano de 2021, espero que tenha gostado dos
assuntos tratados e aprendido um pouco mais sobre a arte em nossas vidas. Desejo muita força para
continuarmos e paz em tudo que for realizar. Não esqueça de se cuidar e de cuidar das pessoas! Gran-
de abraço dos professores de Arte.
236
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO:
Esportes.
TEMA/TÓPICO:
Futebol – Aprimoramento técnico-tático e regras.
HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar táticas das modalidades em situações de jogo,
analisar regras dos diferentes esportes, alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e materiais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
História, regras, técnicas e táticas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
TEMA: Futebol
Prezado (a) estudante, iniciaremos nosso PET 4 abordando o esporte preferido da maioria dos brasi-
leiros, o Futebol. Nesta semana de estudos aprenderemos um pouco sobre a origem, regras e algumas
curiosidades desse esporte que encanta o mundo todo e que para nosso país em época de copa do
mundo. Bons estudos!
ORIGEM DO FUTEBOL
Não se sabe ao certo como o esporte se iniciou, mas encontra-se na história antiga, vários tipos de
esportes praticados com o uso da bola e muito semelhantes ao Futebol, embora não possuísse a orga-
nização e regras atuais. O mais parecido com o Futebol atual é um jogo encontrado na Grécia, por volta
do século I a.C., esse jogo era praticado por soldados que se dividiam em duas equipes de nove pessoas
e jogavam com uma bola cheia de areia.
237
Durante a Idade Média, um jogo muito parecido com o futebol se manifestava, porém este fazia o uso
frequente da violência entre os jogadores. Era composto de dois times com 27 jogadores cada e era
permitido qualquer tipo de agressão física para conseguir a vitória.
Foi na Inglaterra, porém, que as regras atualmente conhecidas por nós foram implementadas. Lá o jogo
foi sistematizado, o tamanho do campo foi determinado e passou-se a usar a bola de couro cheia de
ar. Aos poucos o jogo foi se popularizando por toda a Europa e em 1848 foi publicado o primeiro livro de
regras para que o jogo pudesse ser praticado da mesma maneira em qualquer lugar do mundo.
O Futebol foi trazido ao Brasil por Charles Miller um Inglês que ao se estabelecer no Brasil em 1894,
trouxe consigo uma bola de futebol e um livro de regras. O Futebol logo se tornou uma paixão nacional,
sendo o esporte mais praticado e com maior número de espectadores em nosso país.
Adaptado de ARAUJO, Ana Paula. Futebol. Disponível em: <https://www.infoescola.com/esportes/futebol/>.
Acesso em: 05 de Julho de 2021.
REGRAS DO FUTEBOL
As regras do Futebol sofreram muitas mudanças desde a publicação do primeiro livro de regras em
1848 até os dias de hoje. Recentemente tivemos uma grande mudança que dividiu opinião, a presença
do VAR (Vídeo assistant referee) que traduzindo nada mais é do que a inclusão dos árbitros de vídeo, um
grupo de árbitros que revisam as jogadas para checar se houve alguma infração em algum lance capital
do jogo como por exemplo gols e pênaltis.
O Futebol possui 17 regras e seu livro oficial pode ser acessado na integra e gratuitamente através do
seguinte link: <https://conteudo.cbf.com.br/cdn/202008/20200818145813_835.pdf>. Acesso em: 05
jul. 2021.
Abaixo segue o resumo das principais regras que você encontrará no livro:
• O campo de jogo do Futebol deve ter entre 120m a 90m de comprimento e 90m a 45m de largura.
• A trave de jogo mede 7,32m de comprimento e 2,44m de altura.
• Cada equipe é formada por 11 jogadores sendo um goleiro.
• Os jogadores são obrigados a usar camisas numeradas e de mesma cor, exceto o goleiro que
por poder tocar a bola com as mãos, necessita atuar com camisa de cor diferente dos demais
jogadores.
• O arbitro é a autoridade máxima do jogo, entre outras funções compete a ela assinar todas as
infrações ocorridas durante a partida.
• O arbitro assistente tem como prioridade assinalar o impedimento quando este acontece, mas
pode e deve auxiliar o arbitro na marcação de outras infrações durante o jogo.
• Cada partida tem duração total de 2 tempos de 45 minutos, com intervalo máximo de 15 minutos.
• Segurar, puxar, empurrar, calçar, obstruir e tocar a bola com as mãos (exceto o goleiro em sua
área) são exemplos de faltas que podem ser cometidas durante o jogo e devem ser punidas com
um tiro livre direto.
• Caso uma das ações acima seja cometida dentro da área, um pênalti deverá ser assinalado.
• Cartão amarelo é uma fora de advertir um jogador que comete uma falta dura. O cartão vermelho
é usado para expulsar o jogador por fazer uma segunda falta mais dura que mereça um segundo
cartão amarelo ou até mesmo de forma direta quando o jogador comete uma falta violenta.
• A regra de impedimento diz que: “estará em posição de impedimento o jogador que no momento
do passe, se encontrar em seu campo de ataque, mais próximo da linha de fundo que o penúltimo
defensor ou a bola”. A regra do impedimento é um pouco complexa, por isso disponibilizamos um
link no campo “PARA SABER MAIS” que explica de forma muito didática essa regra tão polêmica.
238
CURIOSIDADES DO FUTEBOL
“FOR THE GAME, FOR THE WORLD”, esse é o lema da FIFA que traduzindo diz que o Futebol é o “jogo do
mundo”. De fato o Futebol arrasta admiradores ao redor do mundo. A última final da copa do mundo de
2018 entre França e Croácia por exemplo teve 3,572 bilhões de espectadores em todo mundo, ou seja,
mais da metade da população estava assistindo ao duelo entre Franceses e Croatas. Vejamos agora
mais algumas curiosidades do Futebol.
1. CELESTE OLÍMPICA E PRIMEIRA COPA DO MUNDO: O Uruguai era a potência do Futebol nas décadas
de 20 e 30. Venceu as duas edições das olimpíadas de 1924 e 1928, período que ainda não existia a
copa do mundo. Por essa razão a primeira copa do mundo foi realizada em solo uruguaio em 1930 e
vencida pelos donos da casa. Eles voltaram a vencer a copa de 1950 contra a seleção brasileira no
que ficou conhecido como “Maracanaço” em alusão ao fracasso da seleção brasileira jogando em
casa, em pleno estádio Maracanã.
2. BRASIL – ÚNICO PAÍS A DISPUTAR TODAS AS COPAS: Mesmo com o vexame do “Maracanaço” na copa
de 1950 e o 7x1 para a Alemanha em 2014, o Brasil é o único país que disputou todas as edições da
copa do mundo, sendo também o país que mais levantou a taça com cinco conquistas até agora.
3. BOLA DE COURO E BEXIGA DE BOI: Até os anos 50 era comum usar bexiga de boi como câmera de
ar e couro de boi curtido como revestimento da bola. A partir de 1958 a bexiga começou a dar lugar
a câmera de ar e o couro curtido aos materiais sintéticos. Com isso as bolas foram ficando cada vez
mais modernas e fáceis de jogar.
4. A TAÇA ROUBADA: A taça Jules Rimet, primeira taça da copa do mundo, foi roubada DUAS vezes.
A primeira foi na Inglaterra em 1966 enquanto estava exposta para visitação. A taça foi achada 7 dias
depois graças a ajuda e ao faro de um cachorro de nome Pickles. Em 1970 a taça ficou de vez com o
Brasil após ter vencido a copa do mundo por três vezes antes que as demais seleções. Porém o obje-
to que seria orgulho para todos os Brasileiros, foi roubado da sede da CBF em 1983. A polícia chegou
a prender os envolvidos, mas a taça nunca foi recuperada. Acredita-se que a taça de ouro maciça
tenha sido derretida e vendida clandestinamente.
Foto da seleção Brasileira de 1970 que conquistou a copa do mundo pela terceira vez garantindo a posse definitiva da taça Jules Rimet
que seria roubada em 1983. Em pé: Carlos Alberto, Brito, Piazza, Felix, Clodoaldo, Everaldo. Agachados: Jairzinho, Rivelino, Tostão, Pelé,
Paulo Cézar Caju. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brazil_national_team_1970.jpg acesso em 08/07/2021
5. NÚMEROS NA CAMISA: Os números na camisa não existiam até o ano de 1933 quando dois times
ingleses resolveram numerar as camisas dos jogadores a fim de ajudar na identificação do jogador
pelos árbitros e locutores. A numeração das camisas só se tornou obrigatória na copa do mundo
de 1950.
239
6. USO DE CARTÕES: Até a copa de 1970 não existiam cartões vermelhos e amarelos como forma de
punição aos jogadores. As diferentes línguas faladas em vários países dificultavam a vida dos ár-
bitros na condução do jogo. Foi aí que surgiu a ideia de se usar cartões inspirados nas cores dos
semáforos (vermelho e amarelo) como linguagem universal para advertir e expulsar jogadores por
suas condutas em campo.
7. MAIOR JOGADOR DE TODOS OS TEMPO: O brasileiro Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, é consi-
derado por vários órgãos ligados ao Futebol como o maior jogador de todos os tempos. Nascido na
cidade de Três Corações em Minas Gerais, Pelé é até hoje o jogador mais jovem a vencer uma copa
do mundo. Ele tinha apenas 17 anos quando ajudou o Brasil a vencer sua primeira copa em solo Sue-
co no ano de 1958.
ATIVIDADES
1 - Descreva a origem do Futebol no Brasil. Como e quando o esporte chegou, como e por que se tornou
o esporte mais popular e mais praticado em nosso país.
3 – “A regra é clara!” – Este é um bordão muito antigo, usado por um ex comentarista de arbitragem em
jogos de Futebol. Você acha mesmo a regra do Futebol clara? Assinale a alternativa correta em relação
às afirmações das regras do esporte.
a) Um campo de Futebol pode ser feito num quadrado gramado de 90m x 90m.
b) O cartão vermelho só pode ser aplicado se um jogador já tiver recebido cartão amarelo antes.
c) Um jogo de Futebol que começou as 21h, vai terminar exatamente as 22h e 30 minutos.
d) Os jogadores não são obrigados a usar camisas com numerações diferentes.
e) Toda falta dentro da área deve ser assinalado um pênalti.
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SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO:
Esportes.
TEMA/TÓPICO:
Futsal – Aprimoramento técnico-tático e regras.
HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar táticas das modalidades em situações de jogo,
analisar regras dos diferentes esportes, alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e materiais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
História, regras e técnicas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
TEMA: Futsal
Prezado (a) estudante, nesta semana estudaremos o Futsal, um esporte derivado do Futebol que surgiu
no início dos anos 30 como uma alternativa à falta de espaços para campos de Futebol e que hoje é o
esporte mais praticado nas escolas brasileiras. Bons estudos!
ORIGEM DO FUTSAL
O futsal teve origem em Montevidéu, no Uruguai, em 1934 com o nome de “Indoor Football”. O esporte
surgiu da necessidade de criar uma alternativa para a falta de campos de futebol na capital Uruguaia.
Vale lembrar que na década de 1930 o Uruguai é que era o país do Futebol, vencedor das olimpíadas
de 1924 e 1928 além da copa do mundo de 1930, o país vizinho respirava futebol e muitas vezes faltava
campos para o número de pessoas que queriam jogar. Assim o professor, Juan Carlos Ceriani Gravier
idealizou o jogo e adaptou sua prática a locais fechados. Dai o nome “Indoor Football”.
A modalidade chegou ao Brasil no ano seguinte, em 1935, através dos professores João Lotufo e As-
drubal Monteiro que a batizaram de “Futebol de salão” devido a mesma ser jogada em local fechado.
Durante a década de 1950 surgiram várias federações estaduais de Futebol de salão por todo o Brasil.
O primeiro livro de regras foi publicado em 1957 e em 1971 surgiu a FIFUSA (federação internacional de
futebol de salão).
A FIFUSA organizou as três primeiras edições da copa do mundo de Futebol de salão, em 1982, 1985 e
1988. A FIFA que até então administrava apenas o Futebol de campo, resolveu organizar sua primeira
copa do mundo 1989. Como os direitos ao nome “Futebol de salão” pertenciam a FIFUSA, a FIFA resolveu
rabatizar o esporte como FUTSAL, nome que prevalece até hoje. Somados os mundiais organizados
pela FIFUSA e pela FIFA, a seleção brasileira é a maior vencedora do torneio com sete conquistas no
total, sendo duas pela FIFUSA e cinco pela FIFA.
Adaptado de CUISCA, Alana. Futsal. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/futsal Acesso em: 05
de Julho de 2021.
241
REGRAS DO FUTSAL
As regras do Futsal são muito semelhantes às do Futebol, haja visto que um esporte teve inspiração
no outro. Basicamente o livro de regras do Futsal é composto pelas mesmas regras do Futebol com
exceção do impedimento. Conheça abaixo as principais diferenças que o Futsal apresenta em relação
ao Futebol.
• A quadra de jogo deverá ter entre 38m e 42m de comprimento e 18m e 25m de largura.
• Cada equipe é formada por 5 jogadores, sendo 4 na linha mais um goleiro.
• A partida é dirigida por 4 árbitros. Dois atuando em quadra, sendo um o árbitro principal e outro
o árbitro auxiliar e outros dois atuando fora de quadra, sendo um o “anotador” que é responsável
por fazer as anotações do jogo (gols, cartões, etc.) e o outro o “cronometrista” responsável por
marcar o tempo de jogo.
• Uma partida oficial tem duração de dois tempos de 20 minutos “parados”. Diferentemente do
Futebol, toda vez que o jogo de Futsal é parado por uma falta ou por saída da bola de quadra, o
relógio é parado pelo cronometrista e só volta a ser acionado quando a bola volta a ser disputada
em jogo.
• Limite de faltas: No Futsal cada equipe pode cometer no máximo 5 faltas durante cada tempo
de jogo. Se por acaso cometer uma 6ª falta, essa e todas as demais serão cobradas a 10m do gol
sem barreira.
• Arremesso de meta: Diferente do “tiro de meta” do Futebol que é cobrado com os pés, no Futsal
essa cobrança é feita pelo goleiro e com as mãos.
• Lateral: No Futebol o “arremesso lateral” é cobrado com as mãos. No Futsal essa cobrança é feita
com os pés.
• Limite de recuos de bola para o goleiro: No Futebol o time pode recuar a bola para o goleiro
quantas vezes quiser, desde que este jogue com os pés. No Futsal é permitido recuar a bola para
o goleiro, que também deve jogar com os pés, porém é válido apenas um recuo a cada posse de
bola do time.
• Cartão vermelho: No Futebol se um jogador recebe cartão vermelho ele está expulso e seu time
ficará com um jogador a menos até o fim do jogo. No Futsal se o jogador receber cartão verme-
lho, estará expulso, porém seu time ficará com um jogador a menos somente durante 2 minutos
ou se seu time levar um gol. Após acontecer um ou outro, o time pode colocar um jogador reser-
va no lugar do jogador expulso.
FUNDAMENTOS DO FUTSAL
O Futsal assim como o Futebol classificado como esporte de invasão territorial são aqueles em que uma
equipe deve invadir o território do adversário para acertar a bola num alvo (gol, cesta, etc) e ao mesmo
tempo proteger o seu alvo, evitando que o adversário o conquiste.
Todos os esportes de invasão territorial possuem fundamentos, que são os movimentos básicos ne-
cessários para invadir o território do adversário e defender o próprio território. Todos os fundamentos
possuem uma técnica, que nada mais é do que a maneira mais eficaz que este fundamento é executado.
Vamos conhecer agora os principais fundamentos do Futsal.
• PASSE: É o ato de passar a bola para um companheiro de equipe. Geralmente o passe é feito com
a parte interna do pé, entretanto é possível usar qualquer parte do pé ou do corpo para passar
a bola, como o calcanhar, joelho, coxa, peito e cabeça. O importante é a bola chegar ao jogador
melhor colocado.
• RECEPÇÃO: Também conhecida como domínio, é o ato de receber e dominar a bola que foi pas-
sada por um companheiro. Geralmente é feita com a sola dos pés, pisando e dominando a bola.
Entretanto pode ser feita com qualquer parte do corpo como peito, cabeça, coxa. O importante
é ter o domínio da bola.
242
• CONDUÇÃO: Consiste em deslocar com a bola pela quadra, dando pequenos toques na mesma,
sempre mantendo o domínio e controle. Geralmente é feita com a parte de dentro, de fora ou até
sola dos pés. No Futsal os toques costumam ser curtos, já que o espaço é bem menor que no
Futebol de campo.
• CHUTE: Também conhecido como finalização, é a forma mais eficaz de marcar gols. Geralmente
é feito com o dorso (peito) do pé, mas pode ser feito também com a parte interna, externa ou até
de “bico”.
• CABECEIO: É usado para dominar, passar ou até finalizar a jogada. Também é muito usado para
defender e afastar a bola da meta defendida. Para se ter um bom cabeceio é necessário estar de
olhos abertos e fazer o movimento correto, sempre tocando com a testa na bola.
• DRIBLE: É o ato de passar pelo adversário, na direção da meta atacada, conduzindo a bola.
Ao adversário cabe tentar uma roubada de bola ou uma antecipação para evitar o drible. Existem
desde dribles simples como somente passar pelo adversário conduzindo a bola, como os dribles
plásticos como caneta e chapéu.
• FINTA: Semelhante ao drible, porém consiste em passar ou se livrar do adversário sem a posse
de bola. Por exemplo fingindo que vai para a esquerda e mudando de direção para a direita, a fim
que o adversário se confunda, deixando o jogador livre para receber um passe.
O brasileiro Alessandro Rosa Vieira, mais conhecido como Falcão executava os fundamentos do Futsal com maestria, feito que lhe
rendeu o título de melhor jogador do mundo da FIFA em 4 oportunidades. Ao lado dele, a rainha do Futsal Brasileiro, Amanda Lyssa de
Oliveira, também conhecida como “Amandinha” que também foi eleita melhor jogadora do mundo por 7 vezes consecutivas.
Disponivel em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Amandinha_(jogadora_de_futsal)> e <https://pt.wikipedia.org/wiki/Falc%C3%A3o_
(jogador_de_futsal)> Acesso em: 08 jul. 2021.
ATIVIDADES
1 - Cite e explique pelo menos 3 regras do Futsal que são diferentes do Futebol de campo.
243
2 – Numere a segunda coluna de acordo com o fundamento do Futsal retratado na primeira.
a) Assim como o Futebol, surgiu na Inglaterra como uma variação da modalidade praticado
no campo.
b) A modalidade foi criada em clubes brasileiros como forma de contornar a falta de espaço para
construção de campos de Futebol.
c) O primeiro livro de regras foi publicado ainda na década de 1930, tão logo que a modalida-
de surgiu.
d) O nome original da modalidade no Uruguai era indoor football, no Brasil ficou conhecido como
Futebol de salão e posteriormente teve o nome alterado pela FIFA para Futsal.
e) O Brasil tem 7 títulos mundiais de Futsal da FIFA, sem contar o títulos de mundiais organizados
pela FIFUSA.
244
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Esportes.
TEMA/TÓPICO:
Hóquei – Aprimoramento técnico-tático e regras.
HABILIDADE(S):
Analisar os elementos técnicos de cada modalidade, analisar táticas das modalidades em situações de jogo,
analisar regras dos diferentes esportes, alterar regras de acordo com o interesse do grupo, espaços e materiais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
História, regras, técnicas e táticas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
TEMA: Hóquei
Prezado (a) estudante, nesta semana estudaremos acerca do Hóquei, uma modalidade muito seme-
lhante ao Futebol que também teve sua origem na Inglaterra e que posteriormente ganhou uma versão
mais popular em pistas de gelo. Bons estudos!
CONHECENDO O HÓQUEI
O hóquei é um esporte praticado em pistas de gelo, ou na grama, no qual os jogadores carregam um
taco, com o qual conduzem um disco ou uma bola na direção do gol. Existem dois tipos principais de
hóquei: o hóquei no gelo e o hóquei no campo.
HÓQUEI NO GELO
O hóquei no gelo é praticado em pistas de gelo com temperatura de menos 10°C ou com gelo especial.
Nessa modalidade cada time tem 6 jogadores, e o objetivo é levar o disco até o gol. Para levar o disco
(puck) até o gol utiliza-se um taco em forma de L, com o segurador e a lâmina (que são feitos de madeira).
Cada partida tem 3 tempos de 20 minutos, com intervalos de 15 minutos. Porém, o cronômetro para
quando o disco não está em jogo, nos casos de cobrança de faltas, nas discussões, comemorações
após cada gol ou outro imprevisto qualquer. O hóquei no gelo teve início no Canadá, e atualmente é o
esporte oficial do país. É praticado na Finlândia, Suíça, Rússia e também nos Estados Unidos.
Imagens de dois jogos de Hóquei de gelo e grama respectivamente, disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:14T9529_
(10388391404).jpg> e <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:HOCKEY_ARGENTINA_PAKISTAN.jpg>. Acesso em 12 jul. 2021.
245
HÓQUEI DE CAMPO
É um esporte praticado por dois times de 11 jogadores. Uma partida é dividida em dois tempos de 35
minutos, com intervalo de 10 minutos entre elas.
O jogo é praticado em um campo de grama. Conduzindo a bola com o taco, o objetivo do hóquei no cam-
po é tentar marcar o maior número de gols possíveis. A bola utilizada é feita de plástico (PVC) e cortiça,
pesa 170 gramas e tem 7 centímetros de diâmetro.
O hóquei de campo tem origem na Inglaterra, sendo que é um esporte olímpico desde 1908. Algumas na-
ções são destaque nesse estilo de hóquei: Austrália, Argentina, Países Baixos, China, Alemanha, Índia
e Paquistão.
Adaptado de PACIEVITCH, Thais. HÓQUEI. Disponível em: <https://www.infoescola.com/esportes/hoquei/>. Acesso em: 12 jul. 2021.
246
ATIVIDADES
1 - O Hóquei na grama está presente nos jogos olímpicos desde 1908. O Hóquei no gelo fez sua estreia
nas olimpíadas de 1920, despertando nos organizadores a criar uma versão de jogos olímpicos para
esportes de gelo e neve. Assim as olimpíadas foram divididas a partir de 1924 em olimpíadas de verão e
olimpíadas de inverno. Cite e explique as principais semelhanças e diferenças entre essas duas versões
principais do Hóquei.
3 - “O jogo é disputado em dois tempos de 35 minutos por duas equipes com 11 jogadores cada. Vence
quem conseguir fazer o maior número de gols possíveis. Para marcar gol é necessário que o toque final
para o gol seja feito dentro da área de ataque”. Ao ler o trecho podemos concluir que a modalidade
descrita é:
a) Futebol.
b) Rugby.
c) Hóquei no gelo.
d) Hóquei na grama.
e) Futebol Americano.
247
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO:
Dança e expressões rítmicas.
TEMA/TÓPICO:
A diversidade cultural das danças brasileiras.
HABILIDADE(S):
Reconhecer a pluralidade das manifestações culturais na dança em nosso país. Vivenciar diferentes manifes-
tações culturais da dança.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Dança criativa, improvisação, pantomina.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, História.
DANÇAS FOLCLÓRICAS
As danças folclóricas representam um conjunto de danças sociais, peculiares de cada estado brasilei-
ro, oriundas de antigos rituais mágicos e religiosos. As danças folclóricas possuem diversas funções
como a comemoração de datas religiosas, homenagens, agradecimentos, saudações às forças espiri-
tuais, etc.
No Brasil, o folclore possui muitas danças que representam as tradições e as culturas de determinada
região.
No país, as danças folclóricas surgiram da fusão das culturas europeia, indígena e africana. Elas são
celebradas em festas populares caracterizadas por músicas, figurinos e cenários representativos.
Confira abaixo algumas das principais danças folclóricas brasileiras:
Bumba meu boi
Esta dança folclórica, conhecida em outras regiões brasileiras como o boi-bumbá, é típica do norte e
do nordeste. O Bumba meu boi possui uma origem diversificada, pois apresenta traços das culturas
espanhola, portuguesa, africana e indígena. Trata-se de uma dança na qual a representação teatral é
um fator marcante. Assim, a história da vida e da morte do boi é declamada enquanto os personagens
realizam suas danças.
Samba de roda
O samba de roda surgiu no estado da Bahia no século XIX e representa uma dança associada à capoeira
e ao culto dos orixás. Surgiu como forma de preservação da cultura dos escravos africanos. O samba de
roda é uma variante do samba, que embora tenha se disseminado por várias partes do Brasil, é tradicio-
nal da região do Recôncavo Baiano.
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Frevo
O frevo é uma dança típica do carnaval pernambucano surgida no século XIX. Diferente de outras mar-
chinhas carnavalescas, ele é caracterizado pela ausência de letras onde os dançarinos seguram pe-
quenos guarda-chuvas coloridos como elemento coreográfico. A palavra “frevo” é originária do verbo
“ferver”, representando, desta maneira, particularidades desta dança demasiadamente frenética.
Maracatu
O maracatu, termo africano que significa “dança” ou “batuque”, é uma dança típica da região nordeste
com grande destaque para a região de Pernambuco. Esse ritmo e dança apresentam fortes caracterís-
ticas religiosas, composto por uma mistura de elementos indígenas, europeus e afro-brasileiros.
Imagens de danças folclóricas típicas do Brasil. Respectivamente; Bumba meu boi, frevo e quadrilha, Disponível em: <https://commons.
wikimedia.org/wiki/ File:Bumba-meu-boi_em_Santo_Amaro_-_Bahia.jpg> , <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:No_compasso_
do_frevo.jpg> e <https://commons.wikimedia.org /wiki/File:Quadrilha_junina_na_Bahia.jpg>. Acesso em: 15 jul. 2021.
Baião
O baião é uma dança e canto típicos do nordeste brasileiro que recebeu, em suas origens, influências
das danças indígenas e da música caipira. Com movimentos que se aproximam do forró, o baião é dan-
çado em pares e sua temática é baseada no cotidiano e nas dificuldades da vida dos nordestinos.
Quadrilha
A quadrilha foi popularizada no Brasil a partir do Século XIX mediante influência da Corte Portuguesa.
É uma dança típica das festas juninas, bailada em duplas de casais caracterizados com vestimenta tipi-
camente caipira. Atualmente, a quadrilha abrange todas as regiões do Brasil.
Catira
A catira ou cateretê é uma dança folclórica presente em vários estados brasileiros. Há controvérsias em
relação à sua origem, entretanto, acredita-se que ela contém influências indígena, africana, espanhola
e portuguesa. A catira apresenta muitos elementos ligados à cultura caipira caracterizada pelo figurino
dos dançarinos acompanhados ao som das violas.
O Brasil é um país riquíssimo em diversidade de danças folclóricas. Abaixo temos uma lista com outras
danças um pouco menos populares. Circule as danças que você conhece ou já ouviu falar.
249
ATIVIDADES
1 - O Frevo e o Samba são danças e ritmos tradicionais e presentes na tradicional festa de carnaval
brasileira. Descreva as principais semelhanças e diferenças entre esses dois ritmos do carnaval.
3 - ENEM 2013: Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como dança aristocrática. oriunda
dos salões franceses, depois difundida por toda a Europa. No Brasil, foi introduzida como dança de
salão e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto popular. Para sua ocorrência, é importante a
presença de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que
os dançadores desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes marcações: “Tour”, “En avant”,
“Chez des dames”, “Chez des cheveliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”, “Caminho da roça”, “Olha a chuva”,
“Garranchê”, “Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta transformações: surgem novas figurações, o francês
aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui a música ao vivo, além do aspecto de competição,
que sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos de turismo.
CASCUDO. L.C. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Melhoramentos. 1976.
As diversas formas de dança são demonstrações da diversidade cultural do nosso país. Entre elas, a
quadrilha é considerada uma dança folclórica por
a) possuir como característica principal os atributos divinos e religiosos e, por isso, identificar
uma região.
b) abordar as tradições e costumes de determinados povos ou regiões distintas de uma mes-
ma nação.
c) apresentar cunho artístico e técnicas apuradas, sendo também, considerada dança-espetáculo.
d) necessitar de vestuário específico para a sua prática, o qual define seu país de origem.
e) acontecer em salões e festas e ser influenciada por diversos gêneros musicais.
250
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO:
Esporte.
TEMA/TÓPICO:
Esportes, lazer e sociedade.
HABILIDADE(S):
Analisar limites e possibilidades para a prática esportiva de lazer. Compreender o esporte como direito social.
Analisar o esporte na perspectiva da inclusão /exclusão de sujeitos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Esportes adaptados e paralímpicos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa.
251
Exemplos de esportes paralímpicos. Temos, respectivamente, basquete em cadeira de rodas, goalball e atletismo para amputados de
pernas. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rio_2016-_basquete_feminino_em_cadeira_de_rodas_(28921117184).
jpg , https://commons.wikimedia.org/wiki/File: Brasil_vence_Canad%C3%A1_no_Goalball_paral%C3%ADmpico._(29568716835).jpg
e https://commons.wikimedia.org/wiki/File:070912_-_Michelle_Errichiello_-_3b_-_2012_Summer_Paralympics_(01).jpg.
Acesso em: 15 jul. 2021.
Conheça os principais esportes que fazem parte do programa dos jogos paralímpicos.
• Atletismo: composto por provas de corridas, saltos, lançamentos e arremessos, cujos atletas
participantes possuem deficiências físicas ou visuais.
• Basquetebol em cadeira de rodas: esporte disputado nas categorias feminino e masculino.
É disputado desde a primeira Paraolimpíada. A cadeira de rodas é adaptada, a altura da cesta é a
mesma do basquete normal.
• Bocha: É disputado por pessoas com paralisia cerebral severa, dependentes de cadeira de ro-
das. As competições ocorrem segmentadas entre os sexos, e nas categorias individual e dupla.
• Ciclismo: Disputado por pessoas de ambos os sexos com paralisia cerebral, deficiência visual,
amputados e lesionados medulares. As bicicletas são adaptadas em triciclos e com “pedal
manual”.
• Esgrima: Esporte restrito apenas às pessoas com dificuldade de locomoção com ou sem cadeira
de rodas. As regras de pontuação são praticamente as mesmas da esgrima condicional.
• Futebol de 5: Disputado por homens deficientes visuais. A bola tem um “guizo” que faz barulho e
orientar os jogadores. Um “chamador” bate uma moeda na trave a se fazer o gol para orientar a
direção do chute.
• Futebol de 7: Restrito a homens paralisados cerebrais. As regras são bem semelhantes ao do
Futebol convencional.
• Goalball: Esporte desenvolvido especialmente para pessoas com deficiência visual. Consiste em
fazer um arremesso de uma bola com “guizo” para que a mesma entre no gol do adversário.
• Halterofilismo: Mulheres e homens amputados, paralisados cerebrais e lesionados de medula
espinhal competem nessa modalidade. O levantamento geralmente é feito com um supino.
• Hipismo: É praticado por pessoas de ambos os sexos e abarca diversos tipos de deficiência.
As regras são bem semelhantes a do esporte convencional.
• Judô: Com disputas masculinas e femininas, esse esporte também é restrito aos deficientes
visuais. As regras são praticamente as mesmas do judô convencional.
• Natação: Os nadadores que podem participar das provas são aqueles com limitações motoras e
físicas, com deficiência visual e deficiência mental.
• Remo: Contempla diferentes tipos de deficiência. As embarcações são adaptadas segundo a
necessidade de cada atleta.
• Rugby de cadeira de rodas: Modalidade praticada por equipes masculinas e femininas. O objetivo
é chegar ao fundo da quadra do adversário com a posse de bola na cadeira de rodas.
• Tênis de Mesa: As disputas são feitas de modo individual e por equipe. Participam atletas cadei-
rantes, andantes e portadores de deficiência mental.
• Vôlei sentado: Disputado por equipes com 6 jogadores cada. A regra é praticamente a mesma do
vôlei convencional. As adaptações mais evidentes são as reduções da altura da rede e do tama-
nho da quadra.
Adaptado de RONDINELLI, Paula. “Jogos Paraolímpicos”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/
jogos-paraolimpicos.htm. Acesso em: 13 de julho de 2021.
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PARA SABER MAIS: Clique no link a seguir para conhecer um pouco melhor a história dos jogos para-
límpicos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=d0P1OTHyFIw>. Acesso em: 15 jul. 2021.
Neste outro link você poderá ver os atletas paralímpicos em ação nas principais provas. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=x-wG3MJ_WTs>. Acesso em: 15 jul. 2021.
ATIVIDADES
1 - Descreva como aconteceu o processo de adaptação de esportes para pessoas com deficiência.
Qual era o contexto histórico e como os jogos evoluíram até chegar a este mega evento dos “jogos
paralímpicos”.
3 - Assinale a modalidade esportiva paralímpica em que não temos um esporte convencional adaptado
para pessoas com deficiência e sim um esporte criado especificamente para atender uma determinada
deficiência.
a) Bocha.
b) Goalball.
c) Remo.
d) Esgrima.
e) Rugby em cadeira de rodas.
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SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO:
Ginástica.
TEMA/TÓPICO:
Ginástica, consumo e mídia.
HABILIDADE(S):
Analisar os padrões de corpo impostos pela cultura.
Analisar as implicações do consumismo nas práticas das modalidades da ginástica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Os perigos da imposição dos padrões estéticos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Língua portuguesa, Biologia, Sociologia.
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Os programas de televisão, revistas e jornais têm dedicado espaços em suas programações cada vez
maiores para apresentar novidades em setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagan-
das veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando vender o que não está disponível nas prate-
leiras: sucesso e felicidade.
O consumismo desenfreado gerado pela mídia em geral foca principalmente adolescentes como alvos
principais para as vendas, desenvolvendo modelos de roupas estereotipados, a indústria de cosméti-
cos lançando a cada dia novos cremes e géis redutores para eliminar as “formas indesejáveis” do corpo
e a indústria farmacêutica faturando alto com medicamentos que inibem o apetite.
Preocupados com a busca desenfreada da “beleza perfeita” e pela vaidade excessiva, sob influência
dos mais variados meios de comunicação, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apresenta uma
estimativa de que cerca de 130 mil crianças e adolescentes submeteram-se a operações plásticas
todos os anos.
Evidentemente a existência de cuidados com o corpo não é exclusividade das sociedades contempo-
râneas e que devemos ter uma especial atenção para uma boa saúde. No entanto, os cuidados com o
corpo não devem ser de forma tão intensa e ditatorial como se tem apresentado nas últimas décadas.
Devemos sempre respeitar os limites do nosso corpo e a nós mesmos.
CAMARGO, Orson. “Mídia e o culto à beleza do corpo”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/
a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza.htm. Acesso em 13 de julho de 2021.
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Exemplos de exercícios físicos que podem ajudar a melhorar e manter a saúde, e consequentemente a estética corporal.
Na primeira imagem temos exemplos de exercícios que podem ser praticados ao ar livre (corrida, caminhada, ciclismo) A vantagem
destes exercícios é que podem ser praticados de forma gratuita em espaços públicos. Na segunda imagem temos uma academia de
ginástica que tem como desvantagem o fato de não ser gratuita, mas em contrapartida oferece muito mais opções de exercícios físicos
além a orientação e acompanhamento de um profissional de Educação Física.
Disponível em: https://pxhere.com/pt/photo/1054702 e https://pxhere.com/pt/photo/715253. Acesso em: 15 jul. 2021.
ATIVIDADES
1 - Descreva como a mídia influencia o padrão de beleza e estética. Essa influência ajuda a forma hábitos
saudáveis ou simplesmente influencia na busca a qualquer custo pelo corpo perfeito sem a mínima
preocupação com a saúde?
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2 - Assinale (S) para atitudes que tem predominância da SAÚDE e (E) para práticas que têm a
predominância da ESTÉTICA.
( ) Cirurgia plástica.
( ) Alimentação orgânica.
( ) Corrida / caminhada.
( ) Suplementação alimentar.
( ) Drenagem linfática.
( ) Meditação.
3 - ENEM 2011: Na modernidade, o corpo foi descoberto, despido e modelado pelos exercícios físicos da
moda. Novos espaços e práticas esportivas e de ginástica passaram a convocar as pessoas a modelarem
seus corpos. Multiplicaram-se as academias de ginástica, as salas de musculação e o número de
pessoas correndo pelas ruas.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Caderno do professor: educação física. São Paulo, 2008.
Prezado estudante! Chegamos ao final deste PET 4! Caso tenha ficado alguma dúvida, entre em con-
tato com seu professor pelo CONEXÃO ESCOLA ou mande sua pergunta para TIRA DÚVIDAS AO VIVO
na Rede Minas e Youtube. Continue firme nos estudos e com as práticas regulares de exercícios fí-
sicos, sempre respeitando os protocolos de segurança. Mantenha uma alimentação saudável e uma
hidratação regular. Em breve estaremos vacinados e juntos em nossas quadras. Um forte abraço da
equipe de Educação Física!
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